Pedro Mota Soares escolhido para secretário-geral da associação que representa as telecoms

O ex-ministro e ex-deputado do CDS foi o rosto escolhido para liderar a Apritel, a associação que representa as principais operadoras de telecomunicações, como Meo, Nos e Vodafone.

Pedro Mota Soares, 45 anos, é o novo secretário-geral da Apritel.Apritel

A associação que representa as principais operadoras de telecomunicações, como Meo, Nos e Vodafone, tem um novo secretário-geral. É Pedro Mota Soares, o ex-ministro do Governo de Passos Coelho e Paulo Portas, avançou a associação num comunicado.

Mota Soares, que também foi presidente do grupo parlamentar do CDS-PP, era deputado do partido até julho deste ano. Na semana passada, chegou a ser apontado como possível candidato ao cargo de Assunção Cristas, algo que veio a rejeitar. Acabou escolhido para liderar a Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas (Apritel) num mandato que termina em 2022.

“Numa altura em que o setor tem pela frente desafios nacionais e europeus de grande relevância, como é o caso do 5G [quinta geração de rede móvel] e da transposição da diretiva comunitária sobre o novo código europeu das comunicações eletrónicas, os associados da Apritel entendem que este é momento mais adequado para reforçar a representatividade da instituição e dos seus valores”, refere a Apritel.

Advogado, com 45 anos, Pedro Mota Soares fez parte da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas da Assembleia da República (AR) na legislatura que agora termina. Nela, participou, enquanto deputado, em algumas das discussões mais relevantes para o setor das telecomunicações, como foi o caso das audições dos membros que compõem a administração da Anacom, o regulador do setor, ou as alterações à Lei das Comunicações Eletrónicas, que estabelece regras sobre a forma de atuação das operadoras.

“Assumo este cargo com grande entusiasmo, dedicação e sentido de compromisso, com o objetivo de contribuir para destacar a importância social e económica do setor das comunicações eletrónicas em Portugal”, diz Pedro Mota Soares, citado na nota de imprensa. No mesmo comunicado, refere que “é fundamental reforçar o diálogo com todos os stakeholders do setor e elevar a associação ao patamar de interlocutor indispensável em todas as matérias relativas às comunicações eletrónicas”.

Esta declaração deve ser vista à luz do atual contexto do setor. As empresas de telecomunicações têm mantido um braço de ferro com o regulador setorial, liderado por João Cadete de Matos, acusando-o de manter uma postura de confronto com as operadoras. Ainda esta terça-feira, Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal, sugeriu a demissão do presidente da Anacom, depois de ter anunciado que vai avançar para tribunal contra o calendário definido pela entidade reguladora para a libertação de uma faixa do espetro que vai ser usada para o 5G.

Segundo a Apritel, Mota Soares vai ter pela frente o desafio de “criar valor, esclarecer os consumidores, promover as boas práticas regulatórias e apoiar a sustentabilidade” do setor. Dados da Anacom citados pela associação indicam que o setor das telecomunicações representa 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) anual do país e emprega, no seu conjunto, cerca de 18.000 pessoas.

BE fala em “portas giratórias entre política e negócios”, PCP em “promiscuidade”

A notícia de que o ex-deputado centrista Pedro Mota Soares é o novo secretário-geral da Apritel já mereceu uma reação do Bloco de Esquerda (BE). O partido publicou um artigo no qual defende que este “é o mais recente exemplo das portas giratórias entre a política e os negócios”.

“Pedro Mota Soares foi este ano o n.º 2 da lista do CDS às eleições europeias, mas acabou por ficar de fora dos eleitos, dada a queda da votação no seu partido. Sem lugar nas listas do CDS para as legislativas, que já estavam fechadas na altura das eleições europeias, o resultado da campanha liderada por Nuno Melo ditou o seu afastamento da política”, refere a posição dos bloquistas.

No Twitter, também Jorge Costa reagiu com um comentário em tom irónico. Partilhando o comunicado do partido, intitulado “Mota Soares vai liderar o lóbi das operadoras de telecomunicações”, o deputado do BE escreveu: “Da importância de uma boa carta de recomendação. #portagiratória”.

Por sua vez, numa declaração enviada ao ECO, o gabinete de imprensa do Partido Comunista Português (PCP) considera que a escolha de Pedro Mota Soares para liderar a Apritel “é mais um exemplo da promiscuidade entre os principais responsáveis pela política de direita e os grupos económicos”.

Na mesma nota, fonte do PCP acrescenta que é “uma escolha que não pode ser desligada do papel que, ao longo de anos, quer o CDS-PP, quer o PSD e o PS, assumiram na privatização e liberalização de setores estratégicos, favorecendo o grande capital (sobretudo estrangeiro) e prejudicando o país”.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h01)

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CP volta aos descontos. Há viagens entre Lisboa e Porto a cinco euros

  • ECO
  • 15 Outubro 2019

A empresa de comboios tem mais de 10.000 bilhetes nas viagens de longo curso com descontos de 80%. Viajar entre Lisboa e Porto poderá custar cinco euros.

Voltaram os descontos nas viagens de comboio. A CP – Comboios de Portugal tem 10.300 bilhetes de Alfa e Intercidades com descontos de 80%, válidos para 86 destinos, anunciou a empresa esta terça-feira. As promoções são válidas para viagens realizadas entre 24 de outubro e 19 de dezembro e têm de ser compradas com, no mínimo, dez dias de antecedência.

Esta é a altura ideal para começar a planear a próxima viagem que vai fazer pelo país. Só tem de viajar entre os dias já mencionados e comprar os bilhetes com antecedência, depois é só escolher o destino, um leque de quase uma centena de possibilidades. Por semana, a CP vai colocar à venda mais de 1.200 lugares no âmbito desta campanha, das quais 465 são viagens entre Lisboa e Porto.

Entre as várias promoções estão bilhetes com saída de Lisboa e com destino a Évora a 2,5 euros. Se a saída for Beja há preços a partir dos três euros, um valor que aumenta para os quatro euros no caso de Coimbra ou Covilhã.

Viajar entre a capital e Aveiro, Faro ou Guarda pode custar 4,5 euros, enquanto unir as duas principais cidades do país (Lisboa – Porto) ficará por cinco euros. Ligar Lisboa a Braga ou Guimarães custará, no mínimo, 5,5 euros.

Desde 2013, a CP tem lançado várias campanhas semelhantes, que têm contribuído para o aumento da procura pelos comboios Alfa e Intercidades na ordem dos 37% nos últimos seis anos.

Esta segunda-feira, a empresa pública anunciou uma injeção de capital de 518 milhões de euros por parte do Estado para “a cobertura de resultados transitados negativos”. Este valor — que é o mais elevado injetado pelo Estado desde 2015 — permitirá à CP amortizar um empréstimo obrigacionista contraído em 2009 e que atinge maturidade nos próximos dias.

(Notícia atualizada às 12h27 com mais informação)

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Madrid baixa em uma décima previsão de crescimento económico em 2019 para 2,1%

  • Lusa
  • 15 Outubro 2019

O Governo espanhol baixou em uma décima a sua previsão de crescimento económico em 2019 e 2020, para 2,1% 1,8% do PIB respetivamente. Madrid atribui esta alteração devido à revisão do INE espanhol.

O Governo espanhol baixou em uma décima a sua previsão de crescimento económico em 2019 e 2020, para 2,1% 1,8% do PIB respetivamente, segundo o quadro macroeconómico atualizado que vai enviar esta terça-feira à Comissão Europeia.

Madrid atribui esta alteração a uma revisão estatística da contabilidade nacional levada a cabo pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) espanhol.

De acordo com o quadro macroeconómico incluído no Plano Orçamental 2020, o emprego vai crescer 2,3% em 2019 e 2% em 2020, o que continuará a reduzir a taxa de desemprego para 13,8% no final do corrente ano e 12,3% no próximo, o que já estava previsto anteriormente.

Segundo um comunicado dos ministérios da Fazenda (Orçamento) e da Economia espanhóis, o Plano Orçamental mantém o compromisso já assumido de redução do défice orçamental para 2% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019, enquanto situa em 1,7% o de 2020, seis décimas mais elevado do que os cálculos anteriores.

Madrid explica que a elaboração do documento foi condicionada pela situação de ter um Governo em funções, que o impediu de aprovar um projeto de Orçamento Geral de Estado para 2021 ou atualizar os objetivos de estabilidade.

Espanha vai repetir as eleições legislativas em 10 de novembro próximo, depois de os partidos políticos não terem conseguido chegar a um acordo para formar Governo após a consulta eleitoral de 28 de abril último.

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Regulador dá luz verde à administração da mutualista Monaf. Tomás Correia em espera

Autoridade que supervisiona os seguros, fundos de pensões e grandes mutualistas autorizou o registo dos membros dos órgãos sociais da associação Monaf. Tomás Correia e Montepio continuam em espera.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), que desde setembro de 2018 passou a supervisionar as grandes mutualistas, já deu luz verde à administração da Monaf – Montepio Nacional da Farmácia. À espera de autorização do regulador liderado por Margarida Corrêa de Aguiar continuam, entretanto, Tomás Correia e outros 22 membros de órgãos sociais da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG).

Com o novo Código das Associações Mutualistas, que entrou em vigor há um ano, as grandes mutualistas passaram para esfera de supervisão do regulador dos seguros. Entre as competências que foram atribuídas à ASF está a avaliação de quem gere estas instituições, tal como o Banco de Portugal faz em relação à análise da idoneidade dos administradores dos bancos.

No caso da Monaf, uma das duas mutualistas que estão agora na alçada da ASF, o regulador autorizou no passado dia 8 de outubro o exercício de funções de 13 membros que integramos órgãos sociais daquela associação, incluindo a direção liderada por Luís Miguel Silvestre. O mandato da atual administração já se encontrava em curso quando o regulador iniciou o processo de avaliação.

A outra mutualista em questão é a AMMG. A ASF continua a analisar o processo de avaliação dos membros dos órgãos sociais daquela que é a maior mutualista do país. Há vários meses que esta avaliação está a decorrer. Depois de ter sido alvo de uma coima do Banco de Portugal, Tomás Correia, presidente da AMMG reeleito no final do ano passado, arrisca a ser chumbado pelo regulador, mas uma decisão ainda não foi tomada.

(Notícia atualizada às 12h14)

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Centrista José Manuel Rodrigues eleito novo presidente da assembleia da Madeira

  • Lusa
  • 15 Outubro 2019

O deputado regional do CDS-PP José Manuel Rodrigues foi eleito presidente da Assembleia Regional da Madeira com 24 votos a favor, quatro contra e 19 brancos.

O deputado regional centrista José Manuel Rodrigues foi esta terça-feira eleito como presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, à primeira votação, com 24 votos a favor, quatro contra e 19 brancos.

A presidência do parlamento madeirense sempre foi exercida por elementos eleitos do PSD, mas o resultado das eleições regionais de 22 de setembro, nas quais o PSD perdeu pela primeira vez a maioria absoluta, originou um acordo de coligação com o CDS-PP.

De acordo com o Regimento da Assembleia da Madeira, a proposta do nome de José Manuel Rodrigues para exercer a presidência do principal órgão de governo próprio da Madeira de instalação da Assembleia tinha de ser feita por cinco deputados, mas foi subscrita por 15 parlamentares.

A votação indica que votaram a favor todos os deputados do PSD (21) e os três do CDS, enquanto a bancada do PS votou em branco (19) e os elementos do JPP e do PCP votaram contra.

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Acordo do Brexit é difícil mas “ainda possível”, diz negociador chefe da UE

À medida que a data prevista para a saída do Reino Unido da União Europeia se aproxima, as negociações para um acordo intensificam-se. O negociador chefe da UE acredita que ainda será possível.

O negociador chefe da União Europeia (UE) ainda considera possível firmar um acordo para o Brexit durante esta semana, apesar de ser difícil. As negociações foram intensificadas com o objetivo de alcançar consenso antes da reunião do Conselho Europeu desta semana, que deverá ser a última antes do prazo previsto para a saída do Reino Unido da UE, a 31 de outubro.

É altura de transformar boas intenções em texto jurídico”, apontou Michel Barnier, em declarações aos jornalistas, citado pela BBC (acesso livre, conteúdo em inglês). O negociador chefe admitiu que um acordo “será cada vez mais difícil”, mas mostrou-se confiante de que “ainda é possível esta semana”.

O objetivo de Boris Johnson será alcançar um acordo antes desta quinta-feira, o primeiro de dois dias de reuniões entre os líderes dos países da UE, para que este seja aprovado. Para agilizar o processo, Barnier terá dado a Johnson até à meia noite desta terça-feira para concordar com as exigências da UE e chegar a consenso, segundo indica a imprensa estrangeira.

O Parlamento britânico vai reunir excecionalmente no sábado, sendo que se houver acordo esse será votado. Sem acordo até dia 19 de outubro, a lei recentemente aprovada pelos deputados britânicos dita que o primeiro-ministro britânico terá de pedir um adiamento do Brexit por três meses. Mesmo com esta lei, Boris Johnson já reiterou várias vezes que a sua intenção é que o Reino Unido saia da UE a 31 de outubro.

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Sindicatos de motoristas e patrões já chegaram a acordo

  • ECO
  • 15 Outubro 2019

O texto final da negociação entre a Antram e o Sindicato das Matérias Perigosas deverá ser assinado esta terça-feira.

Depois de ter fechado o processo negocial de revisão do contrato de trabalho com a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) chegou a acordo com o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).

Já foi assinado com a Fectrans o texto final, na passada segunda-feira, e os motoristas de matérias perigosas assinaram esta terça-feira, avança o Público (acesso condicionado). Este prevê uma atualização da tabela salarial em 11,1% para os motoristas de pesados.

O acordo traz “aumentos salariais bastante significativos, especialmente no que toca a salvaguardar trabalhadores numa baixa medica, a reforma no futuro, porque é tudo tributável, estamos a falar de salários com descontos de 1.460 euros”, apontou Francisco São Bento presidente do SNMMP, à saída da reunião com Antram, em declarações transmitidas pelas televisões.

No texto são assim consolidados os pontos contidos no memorando de entendimento de 14 de agosto, que, para além da tabela salarial também atualiza “as principais cláusulas pecuniárias” em, pelo menos, 4%, segundo adiantou a Fectrans na passada segunda-feira.

O texto final será analisado pelos órgãos competentes das duas entidades no decorrer desta semana, nomeadamente pelos sócios da Antram, que têm marcado um congresso este fim de semana, e pela direção da Fectrans. “São os procedimentos normais, não deve de haver problemas”, apontou o coordenador geral da Fectrans, José Manuel Oliveira, ao diário.

Francisco São Bento adiantou que o acordo deverá ser assinado antes do final do mês. O Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias também irá reunir, em plenário, neste fim de semana, para discutir o acordo final que vai ser assinado com os representantes das empresas.

(Notícia atualizada às 13h00)

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Travão no automóvel faz derrapar crédito ao consumo. Foram 637 milhões em agosto

O crédito ao consumo disponibilizado pelos bancos e financeiras recuou entre julho e agosto, para um total de 637 milhões de euros. Quebra de 19% nas vendas de carros ajuda a explicar.

Os portugueses foram buscar menos dinheiro aos bancos e às financeiras para consumo, em agosto. Nesse mês, foram disponibilizados 637 milhões de euros em empréstimos com esse fim, uma quebra de 50 milhões face a julho. Essa redução deve-se à contração do financiamento para a compra de carro, num mês em que as vendas de carros caíram 19%.

Estatísticas divulgadas pelo Banco de Portugal, nesta terça-feira, mostram que os bancos e as financeiras concederam 637 milhões de euros em crédito ao consumo, em agosto. Apesar de, em termos homólogos, se tratar de um novo máximo, isto tendo em conta o histórico da entidade liderada por Carlos Costa que se inicia em 2013, esse montante corresponde a uma redução de 7,35% face ao montante disponibilizado em julho.

A quebra das quantias disponibilizadas em crédito ao consumo em agosto resulta da contração do financiamento para a aquisição de carro. Nesse mês, foram concedidos 261,3 milhões de euros em crédito automóvel, uma redução de 12,43% face a julho e de 8,07% quando comparado com o mesmo mês do ano passado.

A contração do financiamento automóvel acontece num mês que foi marcado por uma quebra acentuada nas vendas de carros em Portugal. Estas recuaram pelo sétimo mês seguido, em agosto, sendo que nos ligeiros de passageiros novos se verificou “uma acentuada queda homóloga de 19%”, segundo revelou a ACAP.

Dentro do segmento automóvel, apenas na locação financeira ou ALD de usados se verificou um aumento do financiamento disponibilizado. Em agosto, os bancos e as financeiras concederam 9,7 milhões de euros em empréstimos com esse fim, 0,97% acima do mês anterior e superior em 3% face ao período homólogo.

Nos restantes segmentos, observaram-se quebras. O novo financiamento de carros novos em locação financeira ou ALD totalizou 27 milhões de euros em agosto, ficando 16,7% aquém do verificado em julho e 18,6% abaixo do período homólogo. Já o crédito com reserva de propriedade de novos ascendeu a 56,7 milhões de euros. Ou seja, menos 18,26% que em julho e 16,41% inferior ao valor concedido em agosto do ano passado.

Por sua vez, no financiamento com reserva de propriedade de usados que representou a maior fatia dos valores concedidos ocorreu uma redução de 10,68%, em termos mensais, e de 3,41% numa base homóloga. No total, foram disponibilizados 167,9 milhões de euros através deste tipo de financiamento.

Crédito ao consumo trava em agosto

Fonte: Banco de Portugal

Também no que respeita aos outros créditos pessoais, categoria onde se inserem financiamento sem fim específico e para a compra de equipamentos para o lar ou viagens, ocorreu uma redução dos valores disponibilizados, em agosto. Foram 271,4 milhões de euros, um valor inferior em 7,75% face ao verificado em julho. Comparando com agosto do ano passado, contudo, assistiu-se a um aumento de 16,16%.

Nas restantes categorias de financiamento para consumo, a tendência global foi de subida. Através de cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto, foram concedidos aos portugueses 94,1 milhões de euros, em agosto. Ou seja, 10,68% acima do valor verificado em julho e 16,99% superior ao financiamento concedido em agosto do ano passado.

Já o crédito pessoal com finalidade de educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos, os valores concedidos totalizaram 10,2 milhões de euros, 2,63% acima de julho e 42% superior ao registado no período homólogo.

(Notícia atualizada às 12h00 com mais informação)

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Jerónimo Martins ajuda 347 colaboradores a concluir escolaridade obrigatória

Este ano, o programa "Aprender e Evoluir" já ajudou 31 colaboradores a obter equivalência ao 9.º ano e 347 a concluir o 12.º ano. Desde a criação, já se qualificaram mais de 3.000 colaboradores.

O grupo retalhista português Jerónimo Martins continua apostado em apoiar os seus colaboradores a obter a escolaridade mínima obrigatória. Este ano, 378 colaboradores concluíram a equivalência ao 9.º e 12.º anos de escolaridade, ao abrigo do programa “Aprender e Evoluir”, criado pelo grupo em 2007. No total, 31 colaboradores conseguiram obter equivalência ao 9.º ano e 347 concluíram o 12.º ano. Desde o lançamento do programa em 2007, o grupo já ajudou a qualificar mais de três mil pessoas.

“Acreditamos que é a valorização do talento das nossas pessoas que permite que as companhias cresçam de forma sustentada”, sublinha Marta Maia, diretora de recursos humanos do grupo Jerónimo Martins. Para Filipa Henriques de Jesus, presidente da Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional, “é muito importante a colaboração das empresas para contrariar o número ainda elevado de adultos sem qualificações”.

 

O grupo Jerónimo Martins lançou o programa “Aprender e Evoluir” em julho de 2007, ao abrigo do programa de educação do Governo “Qualifica”, e em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Agência Nacional para a Qualificação (ANQ), para formar e certificar 11.500 colaboradores. No ano do lançamento do programa, o grupo tinha como objetivo ajudar a formar 5.100 colaboradores com o 9.º ano de escolaridade e cerca de 6.400 com o 12.º ano. Atualmente, o grupo Jerónimo Martins colabora com mais de 20 centros Qualifica em todo o país.

“Investimos nos nossos colaboradores desde o primeiro momento e consideramos a formação como um recurso imprescindível para o seu crescimento pessoal e profissional. A qualidade e o profissionalismo dos nossos colaboradores constitui uma mais-valia decisiva para assegurarmos a competitividade, num mercado cada vez mais concorrencial”, afirmava Pedro Soares dos Santos, administrador do Grupo Jerónimo Martins, em 2007.

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Governo cria grupo de trabalho para organizar e avaliar Web Summit

O Executivo decidiu criar um grupo de trabalho com missão de organizar, coordenar e avaliar cada edição do Web Summit, o maior evento de tecnologia e inovação da Europa que Lisboa acolhe até 2028.

O Governo criou um grupo de trabalho que terá a missão de organizar, coordenar e avaliar cada edição do Web Summit, o maior evento de tecnologia e inovação da Europa que Lisboa vai acolher nos próximos dez anos.

O designado “Grupo de Trabalho Web Summit Portugal 2019-2028” vai integrar membros de vários ministérios e entidades públicas, como o Turismo de Portugal, a Aicep e a Startup Portugal, segundo foi tornado público esta terça-feira em Diário da República.

Esta grupo “tem como missão assegurar a preparação, organização e coordenação do Web Summit, em cada ano do período de 2019 a 2028, e em particular assegurar a articulação entre as várias entidades relevantes no sentido de propiciar o sucesso de cada edição”, lê-se no despacho.

Adicionalmente, após o encerramento de cada edição do Web Summit, o grupo de trabalho terá de apresentar “um relatório intercalar, e findo o seu mandato em 31 de março de 2029, um relatório final, ambos sobre a atividade desenvolvida e os resultados alcançados”.

O apoio logístico, administrativo e financeiro necessário ao funcionamento do grupo de trabalho é assegurado pela Startup Portugal. Os membros do Grupo de Trabalho não auferem qualquer remuneração ou abono pelo exercício das suas funções.

O cofundador do Web Summit, Paddy Cosgrave, disse esperar cerca de 70 mil participantes, incluindo 1.800 startups, na quarta edição da conferência, que vai decorrer de 4 a 7 de novembro no Parque das Nações, em Lisboa.

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Governo faz mudanças na comissão que está a negociar concessão da Fertagus

Mudanças ocorrem numa altura em que Executivo e a Fertagus, de Humberto Pedrosa, negoceiam o contrato de concessão ferroviária que explora a travessia do Tejo que termina no final deste ano.

O Governo procedeu a alterações na comissão de negociação do contrato de concessão para a exploração do serviço de transporte ferroviário da travessia do Tejo, isto numa altura em que decorrem conversações com o atual concessionário, a Fertagus, de Humberto Pedrosa, com vista à renovação do acordo que termina no final deste ano.

Há duas mudanças na comissão, que continuará a ser presidida por Vítor Batista de Almeida (indicado pela Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos): saíram Pedro Nicolau (após pedido de exoneração deste) e Eduardo Borges Silva Pires (indicado pelo Governo) como membros efetivos e foram nomeados para os seus lugares Luís Brandão (indicado pela UTAP) e Mário Fernandes (indicado pelo Governo).

No caso de Eduardo Borges Silva Pires, o responsável permanecerá na comissão como membro suplente, juntamente com Rita Cunha Leal.

As alterações foram publicadas esta terça-feira em Diário da República, e surgem num momento em que decorrem as negociações entre as duas partes em relação ao contrato de concessão que tem 20 anos e chega ao fim no final de 2019.

O ECO Insidernewsletter do ECO exclusiva para assinante — adiantou no final do mês passado que estará a ser discutida uma “solução criativa” entre Governo e Fertagus: haverá mais um ano de contrato, até 2020, ao abrigo de um mecanismo de reequilíbrio financeiro, mas depois haverá um concurso internacional, por obrigações também comunitárias.

Cristina Dourado, administradora da Fertagus, disse recentemente que a empresa está a “renegociar” o contrato de concessão ferroviária da travessia sobre o Tejo, que termina este ano, e estuda o aumento da oferta devido ao passe Navegante. “Neste momento estamos a renegociar ou a trabalhar no âmbito do reequilíbrio da concessão, mas ainda não temos novidades nenhumas para dar”, disse Cristina Dourado, acrescentando que mantém a esperança de que o contrato possa ser renovado.

Outro dado importante: Humberto Pedrosa integra o consórcio Atlantic Gatway, com David Neeleman, que tem 45% do capital da companhia aérea TAP. Neeleman está em rota de colisão com o Governo e pretende vender a sua posição na transportadora portuguesa. Pedrosa poderá ser o elemento desbloqueador do impasse.

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Revista de imprensa internacional

Um acordo para o Brexit durante esta semana ainda está no horizonte, para o negociador chefe da União Europeia. Em Moçambique, é dia de ir às urnas.

Um acordo para o Brexit durante esta semana ainda está no horizonte, para o negociador chefe da União Europeia. Em Moçambique, é dia de ir às urnas, depois de uma campanha eleitoral vivida num clima de violência. No Reino Unido serão ouvidos os chefes da Thomas Cook, a agência de viagens que foi à falência. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Bloomberg

Michel Barnier diz que acordo para Brexit é difícil mas possível

O negociador chefe da União Europeia ainda considera possível firmar um acordo para o Brexit durante esta semana, apesar de ser difícil. “É altura de transformar boas intenções em texto jurídico”, apontou Michel Barnier. As negociações foram intensificadas com o objetivo de alcançar consenso antes da reunião do Conselho Europeu desta semana, que deverá ser a última antes do prazo prevista para a saída do Reino Unido da UE, a 31 de outubro.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

O País

Depois de campanha violenta, Moçambique vai a votos

Os moçambicanos vão esta terça-feira às urnas, para decidir que serão os deputados da Assembleia da República, o Presidente da República e os membros das Assembleias Provinciais, para os próximos cinco anos. A campanha para estas eleições tem sido marcada pela violência, nomeadamente devido à falta de sintonia entre os partidos candidatos, sendo que tudo indica que a FRELIMO se deve manter no poder.

Leia a notícia completa no País (acesso livre).

The Guardian

Não será recuperado mais de um milhão aos chefes da Thomas Cook

Depois do colapso da Thomas Cook, os administradores e diretores da agência de viagens serão ouvidos no Parlamento britânico. Os deputados irão questionar os líderes sobre se sentem que deveriam “devolver” uma parte dos bónus que receberam nos últimos anos a gerir a empresa, que eventualmente foi à falência. No entanto, devido aos contratos dos empresários, a quantia que pode ser exigida se forem considerados responsáveis é limitada a cerca de um milhão de libras.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Expansión

Governo espanhol prevê crescimento da economia de 2,1%

O Governo espanhol espera um aumento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2,1% este ano, e 1,8% no próximo ano, numa revisão em baixa de uma décima. Sobre o défice público, que em 2018 era de 2,5% do PIB, o Executivo estima que este ano cairá para 2% do PIB e 1,7% do PIB em 2020. O Governo sinalizou também um aumento das pensões de 0,9% em 2020, com o objetivo de manter o poder de compra dos pensionistas.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Les Echos

Jacob Zuma vai a julgamento por corrupção e branqueamento de capitais

O antigo Presidente sul-africano Jacob Zuma foi acusado de corrupção, depois de um tribunal sul-africano ter recusado o arquivamento das queixas contra o ex-Chefe de Estado. Zuma vai ser julgado num caso que envolve o grupo francês Thales, sendo suspeito de ter recebido um suborno por favorecer um contrato de armamento de cerca de quatro mil milhões de euros, celebrado em 1999.

Leia a notícia completa no Les Echos (acesso livre, conteúdo em espanhol).

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