Falha de energia fez parar o metro. Circulação mantém-se condicionada

  • Lusa e ECO
  • 9 Outubro 2019

Uma falha de energia levou o metro de lisboa a ficar parado, esta manhã. Entretanto a circulação já foi retomada, mas mantém-se condicionada.

A circulação em todas as linhas do Metropolitano de Lisboa foi restabelecida às 10:55, embora permaneça com perturbações, depois de uma “falha de energia” ter impedido a passagem das composições durante cerca de 20 minutos.

O restabelecimento do serviço foi indicado à Lusa por fonte da transportadora. A empresa tinha referido que a interrupção se deveu “a uma causa alheia” à empresa, nomeadamente uma “falha de energia”.

O Metropolitano de Lisboa tem quatro linhas – Azul, Amarela, Vermelha e Verde -, que estão agora a funcionar com algumas perturbações. No site do metro, ainda está indicado que todas as linhas estão com circulação condicionada. “Existem perturbações na circulação. O tempo de espera pode ser superior ao normal. Pedimos desculpa pelo incómodo causado”, lê-se.

Sobre os problemas que causaram estas perturbações na circulação, fonte oficial EDP Distribuição esclareceu que “não houve qualquer falha de energia da EDP Distribuição no abastecimento à rede do metro de Lisboa”.

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CEO do Bank Millennium vê como “positiva” decisão da Justiça da UE sobre créditos na Polónia

  • ECO
  • 9 Outubro 2019

No entender de João Brás Jorge, a decisão da justiça europeia é "positiva" porque elimina a possibilidade de os empréstimos denominados em zlóti se basearem na Libor, o que "seria o pior cenário".

O CEO do Bank Millennium, unidade polaca controlada pelo BCP considera “positiva” a decisão do Tribunal Europeu sobre os empréstimos em francos na Polónia, apesar de esta ser a favor dos clientes. João Brás Jorge não vê ainda a necessidade de um aumento das provisões do banco polaco para esses empréstimos.

No entender de João Brás Jorge, a decisão é “positiva” porque elimina a possibilidade de que os empréstimos imobiliários denominados em zloty se baseiem na taxa Libor, o que “seria o pior cenário” para o Bank Millennium.

Em causa está o entendimento do Tribunal de Justiça Europeu, de que os contratos de empréstimos feitos na Polónia e indexados a uma moeda estrangeira, cláusulas abusivas, relacionadas com variações cambiais, podem motivar a anulação dos contratos.

A decisão emergiu após um pedido de nulidade feito por cidadãos polacos aos tribunais na Polónia e que chegou ao Tribunal de Justiça Europeu, relativo a um crédito para compra de habitação em francos suíços contraído em 2008. Quando o franco suíço valorizou face à moeda local, o zloty, o valor em dívida aumentou.

Em resultado disso, os devedores polacos, com créditos em francos suíços, podem recorrer aos tribunais para os mudarem para zlotys, com perdas para os bancos.

Em termos de impacto para o banco polaco, o CEO do Bank Millennium não considera ser necessária a constituição de provisões. “Pessoalmente, não vejo razão para mudar a abordagem das provisões para empréstimos em francos suíços”, disse João Brás Jorge, em declarações aos jornalistas citadas pela Reuters, acrescentando no entanto que “por enquanto, é difícil estimar [o custo da decisão] e declarar se o banco será um banco de dividendos no futuro“.

João Brás Jorge diz ainda ser necessário “esperar algumas decisões dos tribunais de segunda instância [para ver] como eles abordam a questão de anulações de empréstimos e acordos de bancos com clientes”. “Pela mesma razão, é difícil abordar os clientes com propostas de acordo — temos que ver como os tribunais veem isso”, acrescenta a esse propósito.

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Prémio Nobel da Química para desenvolvimento de baterias de lítio

  • ECO
  • 9 Outubro 2019

John B. Goodenough, M. Stanley Whittingham e Akira Yoshino foram os vencedores do Prémio Nobel da Química, uma condecoração que se deveu ao "desenvolvimento de uma bateria de íons de lítio".

John B. Goodenough, M. Stanley Whittingham e Akira Yoshino foram os vencedores do Prémio Nobel da Química, uma condecoração que se deveu ao “desenvolvimento de uma bateria de íons de lítio”. Juntos, os três “criaram um mundo recarregável”, diz a Real Academia Sueca das Ciências.

Os vencedores já estão anunciados no site da academia sueca, que explica que o alemão John B. Goodenought, o britânico M. Stanley Whittingham e o japonês Akira Yoshino vão dividir o prémio de nove milhões de coroas suecas (cerca de 871 mil euros) em partes iguais.

O Prémio Nobel de Química 2019 recompensa “o desenvolvimento da bateria de íons de lítio”. “Esta leve, recarregável e poderosa bateria pode ser agora usada em tudo, desde telemóveis, a computadores portáteis e veículos elétricos. Também pode armazenar quantidades significativas de energia da energia solar e eólica, tornando possível uma sociedade livre de combustível fóssil“.

No ano passado, o Nobel da Química foi entregue aos norte-americanos Frances H. Arnold e George P. Smith e ao britânico Gregory P. Winter, que dividiram igualmente o prémio entre si.

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Baixa médica? Agora já pode enviar por email para o trabalho

A partir deste mês, já é possível ter acesso à baixa médica em suporte digital, o que vai permitir enviar o documento emitido pelo médico de família por email para o seu local de trabalho.

A partir deste mês, os portugueses passam a ter acesso às suas baixas médicas em suporte digital, na área do cidadão do portal do sistema nacional de saúde (SNS). Tal permite que o envio para o empregador deste documento emitido pelo médico de família possa ser feito, num primeiro momento, por e-mail, devendo o original ser entregue no local de trabalho, numa ocasião posterior.

“Agora, já é possível o cidadão aceder à sua baixa médica em suporte digital, emitida pelo médico de família. No Registo de Saúde Eletrónico – Área do Cidadão do Portal SNS, pode consultar, guardar e enviar por e-mail, para o seu local de trabalho, a baixa ou Certificado de Incapacidade Temporária. Posteriormente, o documento original deverá ser entregue na entidade empregadora”, explica a nota divulgada, esta quarta-feira, pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

De notar que a baixa médica é emitida em três vias, devendo uma delas ser entregue ao empregador, outra à Segurança Social e a terceira ficar com o utente. Por norma, está associado a esta baixa um subsídio de doença para compensar a perda de remuneração resultante do impedimento temporário para o trabalho.

Esta funcionalidade passa a permitir também que o utente consulte as baixas médicas prescritas. “Com mais de 2,2 milhões de utilizadores, a Área do Cidadão agiliza procedimentos e promove a literacia em Saúde. Até ao final do ano, disponibilizará novas funcionalidades”, acrescenta a mesma nota.

Além da baixa médica sem papel, já está disponível através do mesmo portal a consulta aos resultados dos exames médicos, guias de tratamento, boletim de vacinas e a marcação de consultas.

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Pesca da sardinha proibida a partir de sábado

  • Lusa
  • 9 Outubro 2019

A captura e descarga de sardinha proibida a partir de sábado. “A partir das 12:00 horas do dia 12 outubro é proibida a captura, manutenção a bordo e descarga de sardinha, com qualquer arte de pesca".

A captura e descarga de sardinha proibida a partir de sábado, segundo um despacho do secretário de Estado das Pescas publicado esta quarta-feira em Diário da República.

“A partir das 12:00 horas do dia 12 de outubro é proibida a captura, manutenção a bordo e descarga de sardinha, com qualquer arte de pesca”, refere o despacho.

A pesca da sardinha tem vindo a ser gerida “com o objetivo de assegurar a gradual recuperação do recurso, em linha com os objetivos da Política Comum das Pescas”.

Por esse motivo tem havido todos os anos paragens do setor, têm sido implementadas medidas de proteção dos juvenis e impostos limites anuais às possibilidades de captura.

A pesca da sardinha foi retomada a 03 de junho, ainda que com medidas de gestão e limites de captura definidos, depois de ter estado parada desde meados de setembro de 2018.

O estado do recurso está a ser avaliado pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar, com o intuito de definir as possibilidades de pesca para 2020 para Portugal e Espanha.

Em setembro, a ministra do Mar reiterou que a quota da captura da sardinha para este ano é de até 9.000 toneladas, mantendo-se cautelosa com a possibilidade do aumento das capturas em 2020.

No entanto, para as organizações ibéricas da sardinha este valor é insuficiente, uma vez que estas defendem que a biomassa disponível permite uma atualização das possibilidades até cerca de 19 mil toneladas ainda este ano.

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Portugal paga apenas 0,49% para emitir 750 milhões em dívida a 15 anos

No primeiro leilão de obrigações após as legislativas, e na semana anterior a fazer um reembolso antecipado de dois mil milhões aos credores europeus, Tesouro captou 750 milhões em dívida a 15 anos.

Portugal pagou menos para emitir 750 milhões de euros em dívida a 15 anos. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP realizou esta quarta-feira o primeiro leilão de obrigações do Tesouro (OT) após as eleições legislativas e a uma semana de a fazer um reembolso antecipado de dois mil milhões aos credores europeus.

A taxa de juro conseguida no leilão, de 750 milhões de euros em OT com maturidade em 18 de abril de 2034, fixou-se em 0,49%, num novo mínimo histórico. A última vez que Portugal tinha colocado dívida a 15 anos foi em setembro, quando emitiu 400 milhões de euros, a uma taxa de juro de 0,676%.

Em mercado secundário, os títulos com este prazo negoceiam com um juro de 0,519%, enquanto as OT benchmark, ou seja a dez anos, têm uma taxa de 0,123%.

Os investidores — que têm mostrado confiança na estabilidade que resulta das legislativas de domingo — reforçaram o apetite por dívida portuguesa. A procura ficou 2,47 vezes acima da oferta, enquanto na última colocação comparável tinha sido 2,30 vezes maior.

Com este novo leilão, Cristina Casalinho mantém a estratégia de aproveitar os baixos juros para se financiar com maturidades mais longas, enquanto recompra dívida mais cara no mercado e reembolsa antecipadamente os empréstimos da troika. É isso que irá fazer na próxima semana.

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças Ricardo Mourinho Félix anunciou esta terça-feira que Portugal vai pagar na próxima semana o reembolso antecipado de dois mil milhões de euros ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF). A data para o pagamento antecipado ainda não está fechada, mas é certo que será “já em outubro”, devendo ocorrer entre os dias 15 e 17, disse o secretário de Estado à Lusa.

O governante afirmou que o pagamento antecipado de dois mil milhões de euros ao FEEF já anunciado pelo Executivo, permitirá uma poupança em juros acumulada da ordem dos 120 milhões de euros, uma vez que os empréstimos em causa venciam apenas em 2025/2026.

(Notícia corrigida às 10h45 com alteração do valor da emissão de 1.000 para 750 milhões)

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myPartner lança o quarto episódio de podcasts com Bruno Ferreira, diretor do Casino Estoril

  • ECO + myPartner
  • 9 Outubro 2019

Bruno Ferreira, diretor de Planeamento, Controlo e Sistemas de Informação no Casino Estoril fala no quarto episódio do podcast da myPartner.

Bruno Ferreira, diretor de Planeamento, Controlo e Sistemas de Informação no Casino Estoril é o quarto convidado da série de episódios de podcast da myPartner.

O Casino Estoril já foi considerado o maior e mais antigo casino da Europa. Mais do que um espaço de jogo, o Casino Estoril tem hoje muitos outros tipos de serviços, cujos processos e operações devem estar integrados, não só a nível interno, mas também de relação com os clientes. Este é o tema deste podcast, com Bruno Ferreira, Diretor de Planeamento, Controlo e Sistemas de Informação no Casino Estoril (Grupo Estoril Sol).

Com estes podcasts, a myPartner pretende criar um espaço de partilha de experiências para as empresas, nomeadamente no que diz respeito aos softwares de gestão empresarial e aos processos de implementação passando também pelo impacto que têm sobre a produtividade das empresas.

A myPartner é uma empresa especializada em soluções de software de gestão empresarial, com 15 anos de experiência na implementação de soluções ERP, CRM e BI em Portugal e no estrangeiro. É parceiro certificado pela Microsoft para a implementação de soluções Dynamics 365.

Foi eleita pela Microsoft Portugal, Partner of the Year 2017, em soluções Dynamics 365. Com escritórios em Lisboa e no Porto, a myPartner disponibiliza serviços qualificados através de uma equipa com cerca de 100 colaboradores.

O podcast da myPartner está disponível nas plataformas Spotify, SoundCloud, Apple Podcasts e Google Podcasts.

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“Nunca houve da nossa parte compromisso para um acordo parlamentar”, diz Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa reforça a ideia de que não necessita de um acordo escrito, numa possível solução governativa com o PS, relembrando que nunca houve da parte do PCP um "compromisso".

Jerónimo de Sousa reforça a ideia de que não necessita de um acordo escrito, numa possível solução governativa com o PS, relembrando que nunca houve da parte do PCP um “compromisso para um acordo parlamentar ou acordo de Governo”. Horas antes da reunião com os socialistas, o líder do PCP recorda que a situação atual é diferente daquela vivida há quatro anos.

“Hoje temos um quadro diferente. Independentemente da relação de forças ser idêntica, aqui a diferença substantiva é que nunca houve da nossa parte compromisso para um acordo parlamentar ou acordo de governo”, aponta Jerónimo de Sousa, em declarações transmitidas pelas televisões.

Enquanto em 2015 o entendimento alcançado foi com o objetivo de “desbloqueamento da situação”, e tinha como pano de fundo a exigência do na altura Presidente da República, Cavaco Silva, de existir um acordo escrito para garantir a estabilidade. Agora, PS venceu as eleições e, apesar de não ter maioria absoluta, Marcelo Rebelo de Sousa já disse não precisar do “papel”, tanto queindigitou Costa como primeiro-ministro.

O secretário-geral do PCP apontou ainda o dedo ao PS por, durante os quatro anos que passaram, terem sido “muitas as vezes em que o PS se encostou claramente à direita em questões fundamentais“, como é o caso das PPP, Uber, Banif e legislação laboral. Estes assuntos foram uma “demonstração clara de que não havia nenhum acordo”.

Já no que diz respeito ao encontro desta tarde com António Costa, às 16h00, Jerónimo sublinhou que não pode adiantar um juízo porque “ainda não conhecemos os conteúdos e perspetivas do PS”. Ao contrário não é o caso, apontou, já que as propostas do PCP são conhecidas. “O PS sabe ao que vem”, reiterou.

Os “objetivos imediatos” do partido são, como Jerónimo enumerou, o salário mínimo de 850 euros, o combate à precariedade, o aumento de pensões de reforma, uma rede de creches gratuita para crianças até aos três anos, e o investimento nos serviços públicos, nomeadamente no SNS.

(Notícia atualizada às 11h20)

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Com o partido em rebelião, Boris Johnson poderá estar mais próximo de um acordo com Bruxelas

  • ECO
  • 9 Outubro 2019

Cinco ministros ameaçaram abandonar o Governo britânico devido ao impasse do Brexit. No entanto, a UE estará disposta a fazer cedências sobre a Irlanda do Norte, o que poderá desbloquear o processo.

O primeiro-ministro Boris Johnson está a enfrentar uma rebelião interna no partido devido às perspetivas de um Brexit sem acordo, segundo noticia o The Times (acesso condicionado e conteúdo em inglês). As preocupações em Downing Street estão a aumentar e há ameaças de novos despedimentos, mas o problema poderá ser afetado. O mesmo jornal britânico avança que a União Europeia poderá estar a preparar uma cedência chave para que as duas partes cheguem a acordo.

Um grupo de cinco ministros — Nicky Morgan, Julian Smith, Robert Buckland, Matt Hancock e Geoffrey Cox — ameaçou abandonar o Governo britânico, após uma reunião em que alertaram para o “grave” risco associado à proposta sobre a Irlanda do Norte, que é o grande entrave para um acordo do Brexit.

O governo britânico propôs na semana passada a criação de uma zona regulatória comum entre a Irlanda do Norte e a vizinha Irlanda para facilitar a circulação de bens agroalimentares e industriais. O plano pressupõe que a Irlanda do Norte sai da união aduaneira europeia e fica a fazer parte de uma união aduaneira britânica quando o Reino Unido sair da UE, após o período de transição, no final de 2020.

O alinhamento com as regras do mercado comum na Irlanda do Norte teria de ser autorizado pelas autoridades autónomas da província britânica a cada quatro anos. A UE manifestou reservas sobre as propostas e pediu mais detalhes. No entanto, o The Times avança agora que Bruxelas poderá estar disposta a fazer cedências neste tema, permitindo um mecanismo com o qual a Irlanda do Norte possa sair deste backstop após um número determinado de anos.

Fontes diplomáticas disseram ao jornal que as autoridades europeias estão preparadas para conceder a revogação unilateral do acordo de saída após um período de tempo. A data de 2025 terá sido estudada, mas ainda não está fechada. A União Europeia terá negado esta possibilidade, segundo a Reuters, pois as diferenças entre as duas posições são demasiado grandes.

Nos últimos dias, o primeiro-ministro britânico tem estado em contacto telefónico com vários líderes europeus, incluindo o homólogo português, António Costa, para tentar persuadir Bruxelas a reatar negociações. Falou também com o homólogo finlandês, Antti Rinne, e com o presidente francês, Emmanuel Macron.

Na conversa com a chanceler alemã, Angela Merkel, esta terça-feira de manhã, Boris Johnson terá dito que o acordo para o Brexit é “praticamente impossível”. O primeiro-ministro britânico terá dito a Merkel que, caso a União Europeia continue a exigir que a Irlanda do Norte se mantenha na união aduaneira do bloco comunitário, então não será possível chegar a acordo.

(Notícia atualizada às 11h50)

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Unicef passa a aceitar donativos em criptomoedas

  • ECO
  • 9 Outubro 2019

Unicef junta-se a outras instituições de ajuda humanitária que já aceitam doações em moedas virtuais, incluindo a Cruz Vermelha dos EUA e o Programa Mundial de Ajuda Alimentar das Nações Unidas.

Quer doar dinheiro à Unicef? Até agora, tinha de enviar euros, dólares ou outra moeda de qualquer país a partir da sua conta bancária, mas isso vai mudar. É que a Unicef vai passar a aceitar donativos em criptomoedas, como a bitcoin ou a ether, avança o The Guardian (acesso livre), nesta quarta-feira.

O novo Fundo de Criptomoedas da Unicef, é o mais recente de uma série de esforços que têm vindo a ser feitos no sentido de abrir as organizações não-governamentais a outras fontes de donativos e à poupança de custos com transferências e intermediários, cobrados pelas instituições financeiras tradicionais, especialmente nas transferências de grandes montantes para outros continentes.

Christopher Fabian, conselheiro da Unicef Innovation, diz que a decisão de incorporar donativos em criptomoedas é uma forma de preparar a organização para o futuro, ao mesmo tempo que são salvaguardados os sistemas de doadores existentes. “Vemos isso como uma parte do processo de aprendizagem pelo qual precisamos de passar de forma a nos prepararmos para a próxima década“, disse Fabian.

Para as organizações de ajuda internacional, como é o caso da Unicef, as criptomoedas tornam mais fácil o processo de acompanhamento das doações, bem como permitem aos doadores o acompanhamento da aplicação do dinheiro que é usado.

A Unicef junta-se assim a outras instituições de ajuda humanitária que já começaram a aceitar doações em moedas virtuais, incluindo a Cruz Vermelha dos EUA e o Programa Mundial de Ajuda Alimentar das Nações Unidas.

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Regulação é grande desafio para os CTT. João Bento critica nível de exigência

  • Lusa
  • 9 Outubro 2019

João Bento, presidente dos CTT, assume regulação como um desafio. Critica os novos indicadores de qualidade de serviço que "são, em número e em nível de exigência, um caso sem paralelo no setor".

O presidente executivo dos CTT, João Bento, disse à Lusa que o enquadramento regulatório é um dos “grandes desafios” que a empresa enfrenta, mas que os Correios pretendem ultrapassar “em diálogo permanente com o regulador”.

Numa resposta por escrito a questões colocadas pela Lusa, no âmbito do Dia Mundial dos Correios, que hoje se comemora, João Bento considerou que o setor “está a passar por vários desafios” que são encarados pelos CTT “como oportunidades”.

Um deles é a alteração do perfil de negócio, com a queda do tráfego de correio tradicional e crescimento do segmento de expresso e encomendas, devido ao comércio eletrónico.

Nesse sentido, os CTT apostam na diversificação do negócio, introduzindo novas soluções de logística e de interação com o cliente.

“Encaramos também como um desafio e oportunidade a consolidação do Banco CTT no mercado nacional, um setor altamente competitivo e desafiante, mas onde temos conseguido assumir uma posição interessante”, adiantou.

Além disso, a compra da 321 Crédito “permite-nos reforçar a nossa atividade e sentimos já o impacto positivo desse investimento”, disse o gestor, que assumiu a presidência dos CTT em maio último.

"Os novos indicadores de qualidade de serviço são, em número e em nível de exigência, um caso sem paralelo no setor, num mercado onde a queda do tráfego postal é uma realidade irreversível e em que os operadores postais como nós precisam de tempo para se reinventar.”

João Bento

Presidente dos CTT

“O enquadramento regulatório é outro dos grandes desafios que enfrentamos, mas que estamos a gerir e pretendemos ultrapassar, em diálogo permanente com o regulador”, sublinhou João Bento.

“Os novos indicadores de qualidade de serviço são, em número e em nível de exigência, um caso sem paralelo no setor, num mercado onde a queda do tráfego postal é uma realidade irreversível e em que os operadores postais como nós precisam de tempo para se reinventar”, apontou.

“O término do contrato de concessão para a prestação do Serviço Postal Universal e as condições em que tal serviços deve ser prestado no atual quadro de desenvolvimento das comunicações, também assumirá um papel muito relevante nas nossas prioridades do próximo ano”, concluiu o presidente executivo.

O contrato dos CTT para o serviço postal universal termina em 31 de dezembro de 2020.

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Comércio eletrónico é “uma das alavancas de crescimento” dos CTT

  • Lusa
  • 9 Outubro 2019

CTT "podem desempenhar um papel catalisador muito importante no mercado" do comércio eletrónico, diz o presidente dos CTT, João Bento.

O presidente executivo dos CTT, João Bento, considerou, em declarações à Lusa, que o comércio eletrónico “continua a evoluir com muito dinamismo” e que é “uma forte aposta” da empresa “e uma das alavancas de crescimento”.

Numa resposta por escrito a questões colocadas pela Lusa, no âmbito do Dia Mundial dos Correios, que hoje se comemora, João Bento salientou que “o mundo do comércio eletrónico continua a evoluir com muito dinamismo, nas suas várias vertentes” e “prova disso são os crescimentos verificados nos últimos anos e a expectativa de que esses crescimentos se mantenham para os próximos anos”.

Aliás, o comércio eletrónico “é uma forte aposta dos CTT e uma das alavancas de crescimento da empresa, não apenas enquanto fornecedor de excelência de distribuição e logística, mas também enquanto player ativo no setor”, prosseguiu o gestor, que assumiu a liderança dos Correios de Portugal em maio último.

“Acreditamos que os CTT podem desempenhar um papel catalisador muito importante no mercado”, sublinhou, apontando o exemplo do Dott, marketplace de comércio eletrónico resultante de uma parceria com a Sonae.

"Com o crescimento das encomendas e a queda do tráfego, é inevitável que as empresas do setor postal e logístico se adaptem a esta nova realidade através do seu modelo de negócio.”

João Bento

Presidente dos CTT

O Dott, que “tem a ambição de ser tornar o grande marketplace das empresas e dos clientes portugueses, um verdadeiro campeão nacional de ecommerce em Portugal”, é apenas “uma das muitas iniciativas” dos CTT.

“A entrega da última milha será sempre um dos principais desafios em termos de comércio eletrónico. A inovação no setor, que permite resolver esses desafios, é uma externalidade positiva do seu crescimento e os grandes players mundiais serão sempre uma referência”, disse, quando questionado sobre o facto de grandes retalhistas como a Amazon estarem a apostar em sistemas de entregas inovadores.

“Acreditamos que a nível local temos toda a capacidade de fornecer aos consumidores portugueses e espanhóis as soluções mais convenientes“, rematou João Bento.

Para o gestor, a diversificação do setor é incontornável.

“Com o crescimento das encomendas e a queda do tráfego, é inevitável que as empresas do setor postal e logístico se adaptem a esta nova realidade através do seu modelo de negócio“, disse, salientando que “todo o setor, não só a nível nacional, mas também internacional, tem acompanhado a alteração do correio físico tradicional, através da aposta em soluções digitais, de proximidade e conveniência, que vão ao encontro das necessidades dos clientes e do comportamento do consumidor”, que é cada vez mais exigente, referiu.

“É neste contexto transformacional que os CTT têm vindo a adaptar a sua organização para suprir as novas necessidades da alteração do perfil de negócio, mas também têm vindo a alterar as suas operações, através de um plano de modernização e investimento, no quadro do qual estamos a investir 40 milhões de euros”, recordou o presidente executivo.

Sobre o impacto da quinta geração móvel (5G), que está prevista ser lançada em Portugal em 2020, João Bento salientou que “a conectividade desempenhará um papel absolutamente crucial no âmbito do atual estádio de desenvolvimento social e empresarial, permitindo através” daquela tecnologia e da Internet das Coisas [em que os dispositivos estão conectados entre si] “que este potencial seja efetivamente capturado”.

“No nosso setor, em transição dos correios para a logística enquanto cadeia de valor alargada, o potencial destas tecnologias é imenso”, considerou.

“O 5G, em particular, através das suas características de baixa latência, alta velocidade e disponibilidade, permitirá, por exemplo, a sensorização em escala de objetos e de elementos da cadeira operativa logística, que nos permitirão não só garantir processos cada vez mais eficientes, por exemplo, na capacidade de prever com exatidão fluxos de tráfego das nossas redes e ajustar a operação”, apontou.

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