Labour 2030: Conferência sobre o futuro do trabalho com boas vindas de um robot

O Labour 2030 teve início este quinta-feira na Alfândega do Porto. No II congresso internacional vão decorrer várias sessões compostas por diferentes oradores de vários países do mundo.

O Porto voltou a acolher esta quinta-feira o congresso internacional sobre o futuro do trabalho e das relações laborais. O Labour 2030 vai reunir os maiores especialistas mundiais, com vasta experiência, durante os próximos dois dias, na Alfândega do Porto.

Numa altura em que muito tem sido dito sobre o papel dos robots no futuro do mercado de trabalho e emprego, a abertura da conferência esteve a cargo do TEK, um robô, que afirmou que não podia perder “a oportunidade de fazer parte da maior discussão do mundo sobre o futuro do trabalho”.

Para o primeiro painel, António Costa, publisher do ECO, sentou-se com Pedro Duarte, da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), e Rui Moreira, presidente da câmara municipal do Porto.

À pergunta de António Costa, moderador do painel, sobre se Portugal “está preparado para a revolução industrial“, o presidente da câmara do Porto lembrou que esta questão não é uma questão nacional. “A revolução industrial provocou enormes transformações mas nunca estamos preparados para elas. Temos de nos adaptar às circunstâncias”, explicou Rui Moreira. Sobre a possibilidade da extinção de postos de trabalho, o presidente evidenciou que esse fenómeno se sentirá tendencialmente no setor privado e assegurou que no setor público os empregos artificiais ainda se vão manter.

Pedro Duarte, presidente do Conselho Estratégico da Economia Digital da CIP, abordou o impacto da automação, em particular no mercado português. Segundo um estudo encomendado pela CIP à Universidade Nova, prevê-se que em 2030, 67% dos postos de trabalho sejam automatizados, sendo que apenas 26% serão efetivamente alterados. Cerca de um milhão dos atuais empregos vão desaparecer, segundo Pedro Duarte. Contudo, serão criados novos empregos através do mundo digital.

Questionado sobre os investimentos estrangeiros que o Porto tem recebido, Rui Moreira afirma que a aposta das multinacionais advém do reconhecimento de que a Invicta, além de ser lugar confortável e seguro, possui mão-de-obra qualificada, principalmente na área das engenharias.

O presidente da câmara municipal do Porto concluiu a sessão de abertura alertando para a necessidade dos profissionais retornarem com regularidade à academia, uma vez que considera que a busca de soft kills é o grande desafio atual da sociedade neste âmbito.

No II congresso internacional Labour 2030 vão decorrer várias sessões compostas por diferentes oradores de vários países do mundo.

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Cigarros e brinquedos. Estes são os artigos contrafeitos que mais chegam à Europa

  • Lusa
  • 19 Setembro 2019

Apreensões de remessas de mercadorias falsas na União Europeia totalizaram quase 27 milhões de artigos, avaliados em 740 milhões de euros, no ano passado. China é a principal origem.

As apreensões de remessas de mercadorias falsas na União Europeia (UE) subiram para as 69.354 em 2018, face às 57.433 de 2017, totalizando quase 27 milhões de artigos, avaliados em 740 milhões de euros, divulgou hoje a Comissão Europeia.

Segundo dados hoje publicados pelo executivo comunitário, em 2018 houve um aumento do número de imobilizações de mercadorias falsas importadas na UE em consequência da multiplicação dos envios de pequenas encomendas por via postal e por correio expresso, com as apreensões de remessas a passarem de 57.433 em 2017 para 69.354 em 2018.

As principais categorias de artigos imobilizados foram os cigarros, que representaram 15% do montante total dos artigos imobilizados, seguindo-se os brinquedos (14%), os materiais de embalagem (9%), os rótulos, etiquetas e autocolantes (9%) e o vestuário (8%).

Os produtos para uso pessoal diário doméstico, como artigos de higiene corporal, medicamentos, brinquedos e artigos elétricos de uso doméstico, representaram cerca de 37% do número total de artigos imobilizados.

A China continuou a ser o principal país de origem das mercadorias que infringem os direitos de propriedade intelectual, nomeadamente de relógios, telemóveis e acessórios, tinteiros e tóneres, CD/DVD, rótulos, etiquetas e autocolantes falsos.

A Macedónia do Norte foi a principal proveniência das bebidas alcoólicas contrafeitas, a Turquia foi a principal origem de outras bebidas, perfumes e cosméticos, o principal país de origem do equipamento informático foi a Índia, dos cigarros o Camboja e do material de embalagem a Bósnia-Herzegovina.

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BCP prepara nova emissão de dívida de alto risco. Operação avança “em breve”

O banco liderado por Miguel Maya está a preparar "uma potencial emissão de títulos de dívida subordinados". Quer emitir títulos Tier 2 para cumprir com os rácios exigidos pelo BCE.

O Banco Comercial Português (BCP) está a preparar-se para voltar ao mercado de dívida de alto risco. Já mandatou bancos para prepararem uma emissão de títulos de nível 2 (AT2), admitindo que a decisão final sobre a operação poderá ser tomada “em breve”.

O banco “mandatou o Credit Suisse, a Goldman Sachs International, o JP Morgan e o Millennium BCP para atuar enquanto Joint Lead Managers no contexto de uma potencial emissão de títulos de dívida subordinados”, diz a instituição liderada por Miguel Maya.

O objetivo é que esta emissão de dívida de taxa fixa tenha um prazo de dez anos e seis meses, havendo a possibilidade de reembolso antecipado, por parte do banco, uma vez decorridos cinco anos e seis meses, concretiza ainda a instituição.

“Pretende-se que a emissão venha a preencher os requisitos regulamentares necessários para poder ser classificada como instrumento de fundos próprios de nível 2”, refere o comunicado, onde é explicitado que “dependendo das condições de mercado, o banco poderá decidir realizar a operação em breve”.

O BCP foi ao mercado no início deste ano colocar títulos de alto risco, mas nessa altura foram emitidos 400 milhões de euros em instrumentos de fundos próprios adicionais, mas de nível 1 (AT1). Na ocasião o banco pagou uma taxa de juro de 9,25%.

Antes desta emissão de AT1, igual àquela que o BPI acabou de fazer junto do CaixaBank, o BCP tinha feito uma outra de títulos de nível 2, igual à que vai agora realizar, em novembro de 2017. Na altura conseguiu uma taxa de cupão de 4,5% para colocar 300 milhões de euros em dívida subordinada a dez anos.

A mais recente operação de AT2 foi levada a cabo pela CGD. Em junho de 2018, o banco de capitais públicos emitiu 500 milhões de euros em obrigações subordinadas classificadas para contar para o capital Tier 2. A maturidade foi de dez anos, tendo a CGD pago uma taxa de juro de 5,75% aos investidores que participaram na operação.

(Notícia atualizada às 13h15 com mais informação)

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OCDE revê em baixa crescimento da economia mundial em 2019 e 2020

  • Lusa
  • 19 Setembro 2019

Nas revisões feitas agora, a OCDE prevê que a Zona Euro cresça menos uma décima este ano menos e quatro em 2020. A instituição prevê que o PIB suba 1,1% em 2019 e de 1% em 2020.

O crescimento da economia mundial deverá desacelerar para 2,9% em 2019 e para 3% 2020, estimou esta quinta-feira a OCDE, que reviu em baixa as previsões anteriores e advertiu que serão os acréscimos mais fracos desde a crise financeira de 2008.

No relatório Perspetivas Económicas Intercalares, que revê as previsões semestrais lançadas em maio, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) baixou três décimas a projeção para este ano e quatro décimas para 2020, em linha com uma tendência que se estende nas maiores economias.

Estes mesmos recuos aplicam-se ao G20, o grupo de grandes países desenvolvidos e emergentes, com um crescimento previsto de 3,1% em 2019 e de 3,2% em 2020, enquanto que na zona euro o ajustamento é mais ligeiro, de uma e quatro décimas, para subidas de 1,1% em 2019 e de 1% em 2020.

Depois de um avanço do crescimento da economia mundial de 3,6% em 2018, as conclusões da OCDE são taxativas, afirmando que o panorama se tornou “cada vez mais frágil e incerto”, em grande parte devido às tensões comerciais e políticas, que minam a confiança e o investimento.

A OCDE já tinha revisto em baixa as previsões em maio e neste novo relatório a organização com sede em Paris ratifica que, segundo os últimos acontecimentos económicos e financeiros, a desaceleração durará mais do que o previsto.

O peso da incerteza reinante recai sobretudo na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, e na perspetiva de um ‘Brexit’ sem acordo.

A introdução de tarifas bilaterais entre Washington e Pequim desde inícios de 2018 continuará a arrastar a atividade e o comércio global nos próximos dois anos e “poderia reduzir o acréscimo global do Produto Interno Bruto (PIB) em entre 0,3 e 0,4 pontos percentuais em 2020 e entre 0,2 e 0,3 em 2021”, afirma a OCDE.

Ainda que aqueles dois países registem duas das taxas de crescimento mais elevadas nos próximos dois anos, a OCDE sublinha que também serão os mais afetados.

De momento, a organização calcula que a economia norte-americana crescerá 2,4% em 2019 e 2% em 2020, menos quatro e três décimas que as previsões de maio, e que a chinesa avançará 6,1% e 5,7%, que traduz um corte de uma e três décimas.

A possibilidade de que o Reino Unido abandone a União europeia (UE) sem acordo é outro dos fatores mais desestabilizadores, com custos sobre o comércio e um impacto sobre a economia britânica que poderia fazer com que o país caísse numa recessão.

A OCDE só revê de forma pormenorizada nestas perspetivas a situação de países do G20, mantendo por exemplo a projeção para 2019 para França (+1,3%) e tirando uma décima para 2020 (+1,2%), enquanto para a Alemanha o ajustamento é de duas e seis décimas para respetivamente 0,5% em 2019 e 0,6% em 2020.

Em contrapartida, a OCDE reviu em baixa os crescimentos das economias do México, para 0,5% este ano (-1,1 pontos) e 1,5% em 2020 (menos 0,5 pontos), e do Brasil, para 0,8% em 2019 (menos 0,6 pontos) e 1,7% em 2020 (menos 0,6 pontos).

O impacto desta conjuntura sombria far-se-á sentir na qualidade de vida dos cidadãos, a perspetiva de uma melhoria continuada dos salários a médio prazo é mais fraca do que antes da crise financeira e o crescimento ‘per capita’ nos últimos anos também se manteve abaixo, refere a OCDE.

A OCDE sublinha que a necessidade de políticas macroeconómicas adicionais cresceu na maior parte das economias e conclui que devem aplicar-se com urgência políticas que fortaleçam a confiança, acalmem as tensões, estimulem o investimento e o crescimento potencial.

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Presidente da Proteção Civil também é arguido no caso das golas

  • Lusa
  • 19 Setembro 2019

O presidente da Proteção Civil, Mourato Nunes, foi na quarta-feira constituído arguido na investigação ao negócio das golas antifumo, juntamente com o secretário de Estado.

O presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Mourato Nunes, foi na quarta-feira constituído arguido na investigação ao negócio das golas antifumo, juntamente com o secretário de Estado, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

Mourato Nunes, tenente-general e ex-comandante geral da GNR, foi constituído arguido, juntamente com o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, que no mesmo dia da operação do Ministério Público pediu a demissão do cargo, pasta que agora passará para a responsabilidade do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

O Ministério Público (MP) está a investigar os negócios efetuados no âmbito dos programas “Aldeia Segura”, “Pessoas Seguras”, nos quais foram distribuídos cerca de 70 mil kits com as golas antifumo, e “Rede Automática de Avisos à População” (SMS) por suspeitas de fraude na obtenção de subsídio, de participação económica em negócio e de corrupção.

Foram realizadas oito buscas domiciliárias e 46 não domiciliárias, no inquérito que é dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

As buscas decorreram em vários locais, incluindo o Ministério da Administração Interna, a Secretaria de Estado da Proteção Civil, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e Comandos Distritais de Operações de Socorro e empresas que realizaram contratos com o Estado. A operação tem a participação de seis magistrados do MP.

O caso das golas antifumo (golas que fazem parte do ‘kit’ distribuído à população no âmbito do programa “Aldeia Segura”, “Pessoas seguras”) levou o ministro da Administração Interna a pedir um “inquérito urgente” sobre a contratação de “material de sensibilização para incêndios”, a 27 de julho.

Dois dias depois da decisão do ministro, o adjunto do secretário de Estado da Proteção Civil, Francisco Ferreira, demitiu-se, depois de ter sido noticiado o seu envolvimento na escolha das empresas que produziram os ‘kits’ de emergência.

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Brent sobe quase 3% e volta a negociar acima de 65 dólares. WTI aproxima-se dos 60

O barril de petróleo do Mar do Norte está novamente a valer mais de 65 dólares. Em simultâneo, o WTI aproxima-se dos 60 dólares em Nova Iorque.

Os preços do petróleo estão novamente a subir depois do disparo desta segunda-feira, desencadeado pelos ataques a refinarias sauditas que arrasaram 5% da produção diária global. O Brent já está a negociar novamente acima dos 65 dólares, uma semana depois de o valor da matéria-prima ter descido abaixo da fasquia dos 60 dólares o barril.

O contrato de Brent para entrega em novembro sobe 2,83% em Londres, para 65,41 dólares, preço de referência para as importações portuguesas. Em simultâneo, o Western Texas Intermediate (WTI) está a negociar em Nova Iorque nos 59,27 dólares, uma valorização intradiária de 2,12%, depois de ter fechado a valer 62 dólares na segunda-feira.

Brent volta a negociar acima dos 65 dólares

A subida desta quinta-feira acontece no dia em que se sabe que a Arábia Saudita começou a importar petróleo de outros países para poder manter o mesmo nível das exportações antes dos ataques do passado sábado, de forma a não perder o estatuto mundial de fornecedor de confiança. Segundo o The Wall Street Journal (acesso pago), o reino saudita não é, normalmente, um importador de crude.

No sábado, drones associados aos rebeldes do Iémen sobrevoaram a baixas altitudes, mantendo-se invisíveis aos radares, tendo lançado mísseis que destruíram algumas das maiores refinarias sauditas, tendo reduzido a metade a produção diária de petróleo do líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). A Arábia Saudita acusa o Irão de estar por detrás destes ataques.

Perante a redução súbita na oferta, os preços do petróleo nos mercados internacionais registaram uma subida histórica, com o Brent a namorar os 70 dólares. A Aramco, petrolífera estatal saudita, prometeu restabelecer 50% da produção eliminada até ao final desta semana e garantiu na terça-feira que mantém todos os compromissos assumidos para com os clientes.

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Bloomberg: Vistos gold estão a empurrar portugueses para as periferias das cidades

  • ECO
  • 19 Setembro 2019

O "mercado imobiliário mais quente da Europa" está a ficar demasiado quente para alguns. O destaque para Portugal é da Bloomberg, que refere que os vistos gold estão a provocar gentrificação.

O boom do mercado imobiliário em Portugal está em destaque na Bloomberg (acesso condicionado) esta quinta-feira, com a agência financeira a destacar que o país mantém ativo o programa dos vistos gold, apesar de a subida das rendas para habitação estar a “expulsar” alguns moradores dos centros urbanos. Um fenómeno conhecido por gentrificação.

Mais concretamente, o artigo ‘O mercado imobiliário mais quente da Europa está a ficar demasiado quente para alguns’ faz foco na freguesia de Marvila, concelho de Lisboa. Uma moradora, citada pela agência, refere que “os preços dispararam” nos últimos meses, o que a levou a ter de se mudar e a ir viver com a mãe, por já não conseguir pagar uma renda sozinha. Além disso, de acordo com dados compilados pelo Eurostat, os preços do imobiliário para habitação em Portugal subiram 9,2% só no primeiro trimestre deste ano.

A Bloomberg justifica a dinâmica crescente do mercado imobiliário português com os 4,3 mil milhões de euros injetados por investidores estrangeiros desde que os “vistos dourados” começaram a ser atribuídos em 2012. Uma medida que o Governo se recusou a eliminar, devido à necessidade de o país atrair mais investimento do exterior. Os vistos gold permitem a cidadãos estrangeiros obterem autorização de residência mediante um investimento mínimo de 500 mil euros.

Tiago Caiado Guerreiro, fiscalista português, disse à agência que “estes incentivos tornaram cidades como Lisboa num íman” para o investimento externo. Imóveis foram reabilitados e colocados no mercado do arrendamento de curta duração, através de plataformas como o Airbnb, tornando estes centros num “destino turístico” apetecível.

“Lisboa nunca esteve melhor em termos de reabilitação dos seus edifícios. O número de prédios devolutos tem sido reduzido e alguma da miséria que existia em certos bairros já não é visível. No entanto, esta mudança teve enormes custos sociais à medida que os locais com menos recursos financeiros estão a ser empurrados para as periferias”, explicou à Bloomberg Francisco Bethencourt, professor do King’s College, em Londres.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 19 Setembro 2019

O Reino Unido tem até 30 de setembro para apresentar uma proposta para abandonar a UE com um acordo, caso contrário “está tudo acabado”. Este é um dos principais destaques da imprensa internacional.

O primeiro-ministro da Finlândia, Antii Rinne, encostou o Reino Unido, dando 30 de setembro como a data limite para apresentar uma proposta de acordo. Na imprensa desta quinta-feira, destaque ainda para Netanyahu que depois de ter perdido as eleições em Israel, pede um Governo de unidade nacional. Já a Grécia quer dar apoio de 9 mil milhões aos bancos para limparem malparado dos seus balanços, a China vai libertar 10 mil toneladas de porco das reservas nacionais. A Itália e a França estão em sintonia: migrantes devem ser distribuídos pela UE.

BBC

Reino Unido tem até 30 de setembro para a apresentar proposta escrita para o Brexit – UE

O Reino Unido tem até ao final de setembro para apresentar uma proposta para abandonar a União Europeia com um acordo, caso contrário “está tudo acabado”, disse o primeiro-ministro da Finlândia, Antii Rinne à BBC. O chefe do Governo finlandês, que detém a presidência rotativa da União Europeia, diz que chegou a acordo com Emmanuel Macron que os britânicos têm de apresentar propostas por escrito até 30 de setembro, caso contrário não haverá acordo.

Leia a notícia completa na BBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

Haaretz

Netanyahu perde eleições em Israel mas pede Governo de unidade nacional

Com 97% dos votos contados, a coligação de centro esquerda de Benny Gantz é a vencedora das eleições legislativas em Israel, mas sem deputados suficientes para conseguir uma maioria no Knesset. Benjamin Netanyahu, que procurava o seu quinto mandato consecutivo na liderança do Governo, instou Benny Gantz a formar um Governo de unidade nacional, mas na sua coligação há resistência a uma aliança com o grupo de partidos liderados pelo Likud.

Leia a notícia completa no Haaretz (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Bloomberg

Grécia quer dar apoio de 9 mil milhões aos bancos para limparem malparado dos seus balanços

O Governo grego pediu autorização à Comissão Europeia para criar uma linha de crédito de 9 mil milhões de euros para ajudar os bancos gregos a limparem os seus balanços dos elevados volumes de malparado, uma medida semelhante à criada em Itália em 2016, avança a agência Bloomberg. O esquema precisa de aprovação da Comissão Europeia, devido às regras relativas às ajudas de Estado.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

CNN

China vai libertar 10 mil toneladas de porco das reservas nacionais

Para lidar com a crise de febre suína e o consequente disparar de preços da carne de porco, a China vai libertar 10 mil toneladas métricas de carne de porco das reservas centrais. O porco congelado, importado dos Estados Unidos, Reino Unido, Dinamarca, Alemanha, França e Chile, vai ser leiloado online na tarde de quinta-feira. As empresas interessadas têm de se inscrever e ser examinadas pelo Ministério do Comércio. Cada licitante pode comprar até 300 toneladas.

Leia a notícia completa na CNN (acesso livre, conteúdo em inglês).

Reuters

Itália e França em sintonia. Migrantes devem ser distribuídos pela UE

A União Europeia deve introduzir um novo sistema automático de acolhimento de migrantes salvos do Mediterrâneo. A posição é partilhada por França e Itália e é conhecida depois de na quarta-feira Macron e Conte se terem encontrado visando “consertar” as tensas relações bilaterais. Itália tem reclamado que as organizações não-governamentais francesas têm sido fundamentais para resgatar migrantes, mas que França não tem feito o suficiente para os ajudar.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Menos tempo para reembolsar, mais tempo para pedir. Isto é o que muda no Fundo de Garantia de Viagens e Turismo

Há mudanças no Fundo de Garantia de Viagens e Turismo, nomeadamente no que diz respeito à contribuição das agências de viagens para o financiamento do fundo, que foi uniformizada.

As regras do Fundo de Garantia de Viagens e Turismo (FGVT), que pretende ressarcir as pessoas prejudicadas pelo incumprimento de serviços contratados às agências de viagens e turismo, mudaram. O novo regulamento uniformiza a contribuição das agências para o fundo, altera as obrigações das agências e aumenta a proteção dos consumidores.

O financiamento do FGVT passa a ser assegurado com uma contribuição única das agências de viagens e turismo, de 2.500 euros, a prestar no momento da inscrição no registo, dita a portaria publicada esta quinta-feira em Diário da República. Anteriormente o financiamento do FGVT era repartido pelas agências vendedoras, que contribuíam com seis mil euros, e pelas organizadoras e as que sejam, simultaneamente, vendedoras e organizadoras, que dariam 10 mil euros.

Além disso, com as novas regras, se o fundo atingir um valor inferior a três milhões de euros, “as agências de viagens e turismo são notificadas pelo Turismo de Portugal, I. P., para prestarem contribuição adicional”, até que se chegue ao valor mínimo de quatro milhões de euros. As agências têm de facultar o acesso à informação empresarial simplificada para se apurar o escalão aplicável e respetivo montante a contribuir.

Quando um consumidor quiser obter a “satisfação de créditos resultantes do incumprimento de contratos celebrados com agências de viagens e turismo”, pode fazê-lo de várias formas, sendo que agora o Turismo de Portugal vai notificar as agências responsáveis para procederem ao pagamento da quantia devida no prazo de 10 dias, antes de remeter o processo ao conselho geral do FGVT para o seu acionamento. O prazo foi assim reduzido de 20 para dez dias.

Os clientes terão, ao invés, mais tempo para apresentar o requerimento a solicitar a intervenção da comissão arbitral, passando de um prazo de 30 dias para 60. Para este requerimento, uma das formas de solicitar a devolução de créditos, passará a ser necessário também a identificação das agências de viagens e turismo organizadora e retalhista envolvidas.

Depois de ser feito um pagamento por parte do FGVT, “a agência ou agências de viagens e turismo responsáveis devem repor o montante utilizado, no prazo máximo de 15 dias a contar da data do pagamento efetuado”, lê-se agora no regulamento. As agências tinham, dantes, 60 dias para repor os montantes.

Há também mudanças na composição do conselho geral do FGVT, que deixará de ter um representante da Direção-Geral do Consumidor. Esta portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, ou seja, esta sexta-feira.

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Juros implícitos no crédito da casa caem pela primeira vez desde novembro

A taxa de juro média aplicada pelos bancos no crédito à habitação ficou-se, em agosto, nos 1,077%, o valor mais baixo desde abril.

Os juros no crédito à habitação aliviaram de máximos de três anos, em agosto. Neste mês, e pela primeira vez desde novembro, a taxa de juro média aplicada pelos bancos nos empréstimos para a aquisição de casa baixou. Fixou-se em 1,077%, um mínimo desde abril, segundo a atualização mensal publicada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação de 1,077% fixada em agosto, fica aquém dos 1,087% do mês anterior, valor que correspondia a um máximo de junho de 2016. Seria anda necessário recuar até ao passado mês de abril para ver um valor mais baixo: 1,073%.

Os dados revelados pelo gabinete público de estatísticas mostram ainda que nos contratos realizados nos últimos três meses, pelo contrário, a taxa de juro média aumentou. Passou de 1,305% para 1,306%, em agosto.

Juros implícitos da casa aliviam agosto

Fonte: INE

Considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação vencida desceu um euro, passando dos 248 euros em julho, para 247 euros.

Deste valor, 48 euros (19%) corresponderam ao pagamento de juros e 199 euros (81%) a amortização de capital. Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação aumentou cinco euros, para 333 euros.

No que respeita ao capital médio em dívida para a totalidade dos contratos, este subiu 102 euros face ao mês anterior, fixando-se nos 53.056 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida fixou-se em 102.155 euros, mais 1.500 euros do que em julho.

(Notícia atualizada às 11h24 com mais informação)

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Certificados voltam a crescer. Aplicações engordam 646 milhões até agosto

Os certificados do Tesouro continuam a ser o principal motor do crescimento das aplicações nos produtos de poupança do Estado. Angariaram 68 milhões de euros em agosto. Aforro cresceram 13 milhões.

Os produtos de poupança do Estado voltaram a engordam em agosto. As aplicações aumentaram em 81 milhões de euros, com o valor do investimento total a crescer perto de 650 milhões de euros no acumulado do ano. A maior parte do dinheiro continua a ir para os certificados do Tesouro.

De acordo com o último boletim estatístico do Banco de Portugal, divulgado esta quinta-feira, o investimento em certificados do Tesouro cresceu 68 milhões de euros, em agosto, enquanto as aplicações em certificados de Aforro aumentaram 13 milhões de euros.

As aplicações nos certificados do Tesouro cresceram 530 milhões de euros nos primeiros oito meses do ano, para um total de 16.948 milhões, um máximo histórico. Já os certificados de Aforro ganharam 116 milhões de euros, situando o saldo em 11.988 milhões, um máximo desde setembro de 2017.

Evolução das aplicações nos últimos três anos

Fonte: Banco de Portugal

O investimento dos portugueses em certificados ascendia assim a 28.936 milhões de euros no final de agosto, o que representa o valor mais elevado de sempre, e superando as previsões do Governo.

Quando entrou em 2019 assumia uma saída líquida de mil milhões de euros dos certificados em resultado do fim do prazo dos primeiros Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), que tinham uma maturidade de cinco anos. A perspetiva era que todo o dinheiro que entrou nestes CTPM e que agora está a ser reembolsado acabasse por ser redirecionado para investimentos alternativos, ainda que parte fosse reinvestida em certificados de Aforro ou CTPC.

Contudo, já por duas vezes este ano, o Tesouro reviu essa primeira estimativa. A primeira foi em abril, com esta a passar de uma perda de mil milhões de euros para uma captação de 400 milhões. Na mais recente apresentação aos investidores, o IGCP subiu ainda mais o valor que prevê arrecadar este ano em certificados, com este a passar para mil milhões de euros, fruto da atração que estes títulos estão a ter junto dos aforradores.

(Notícia atualizada às 11h39 com mais informação)

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Endividamento da economia baixou para 728,7 mil milhões de euros em julho

O Banco de Portugal divulgou esta manhã dados sobre o endividamento total da economia. Portugal apresenta uma melhoria depois do recorde de maio.

O endividamento da economia portuguesa desceu para 728,7 mil milhões de euros em julho, revelou o Banco de Portugal esta quinta-feira. Trata-se do segundo recuo mensal depois de em maio ter observado um recorde de 733,9 mil milhões de euros.

Este indicador, calculado pelo Banco de Portugal, inclui o endividamento das Administrações Públicas, das empresas do setor público, privado e dos particulares. De fora fica a dívida das instituições financeiras. Estes valores não estão consolidados entre setores, daí apresentarem registos tão elevados, já que não descontam as dívidas entre setores.

Segundo os dados do banco central, o alívio face a junho foi observado tanto no setor público não financeiro (onde estão as Administrações Públicas bem como as empresas públicas que estão fora do perímetro das administrações públicas) como no setor privado não financeiro. Esta tendência é resultado de uma redução do endividamento de particulares bem como das empresas.

“Relativamente a junho de 2019, o endividamento do setor não financeiro diminuiu 1,3 mil milhões de euros. Esta redução decorreu do decréscimo de mil milhões de euros no endividamento do setor público e de 300 milhões de euros no endividamento do setor privado”, diz o banco central.

A diminuição do endividamento do setor público resultou, sobretudo, do “decréscimo do endividamento face às administrações públicas e ao exterior, que foi parcialmente compensado pelo aumento do endividamento face ao setor financeiro e às empresas”.

No privado, o banco central acrescenta que “observou-se uma redução do endividamento das empresas privadas face ao setor financeiro (700 milhões de euros), parcialmente compensada pelo acréscimo do endividamento face ao exterior (500 milhões de euros). Os particulares registaram, no essencial, uma diminuição do endividamento face ao setor financeiro (0,1 mil milhões de euros)”.

(Notícia atualizada às 11h20)

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