Powell não fecha a porta à descida dos juros. Fed vai atuar “apropriadamente” para sustentar economia

O líder da Fed não fecha a porta a uma descida dos juros. Vai atuar "apropriadamente" para sustentar a expansão económica num cenário de abrandamento por causa da guerra comercial.

O presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana não fecha a porta a uma descida dos juros caso seja necessário e vai estar atento aos desenvolvimentos e implicações das medidas tomadas pelos EUA e pela China no contexto da guerra comercial.

“Nós não sabemos quando é que estas questões vão ser resolvidas”, disse Jerome Powel numa conferência em Chicago, referindo-se ao tema das “negociações comerciais e outros assuntos”. “Estamos a monitorizar atentamente as implicações destes desenvolvimentos nas perspetivas económicas dos EUA e, como sempre, atuaremos apropriadamente para sustentar a expansão, com um mercado laboral forte e a inflação perto do objetivo dos 2%”, disse o líder da Fed.

As declarações poderão sinalizar maior abertura do presidente da Fed à possibilidade de uma descida dos juros norte-americanos na reunião dos responsáveis da política monetária dos EUA, em setembro. A hipótese tem ganhado cada vez mais força e já tinha sido admitida esta segunda-feira pelo presidente da Fed de St. Louis, numa altura em que a Bloomberg atribui uma probabilidade de 88% à descida da taxa diretora em setembro.

A hipótese confirma também os receios dos investidores perante o abrandamento da economia mundial devido à guerra comercial. As crescentes pretensões protecionistas e o alegado défice comercial levaram o Presidente Donald Trump a reforçar os impostos sobre as importações de produtos chineses e, ainda, sobre as importações de produtos do México, caso o país não tome medidas para estancar o fluxo migratório para os EUA.

Uma possível descida dos juros no final do terceiro trimestre está a animar os investidores norte-americanos. Wall Street está a recuperar esta terça-feira, com os três principais índices a valorizarem mais de 1%. O dólar, que seguia em queda, inverteu a tendência após as palavras de Powell e valorizar 0,15% contra as principais pares.

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China Three Gorges quer ficar com ativos da EDP no Brasil

  • ECO
  • 4 Junho 2019

A maior acionista da elétrica portuguesa pretende avançar com a fusão de ativos no Brasil, segundo noticia a Bloomberg.

A China Three Gorges, maior acionista da EDP, quer fundir os ativos que detém no Brasil com os da elétrica portuguesa no mesmo país, segundo noticia a Bloomberg, citando fontes próximas do processo. Caso o negócio avance, a CTG poderá vir a controlar a nova empresa que resulte da fusão.

As negociações para a fusão estarão ainda numa fase inicial, de acordo com a agência. A empresa estatal chinesa controla 23% do capital da EDP e tentou, em maio de 2018, comprar o restante capital. A oferta pública de aquisição (OPA) acabou por cair quase um ano depois.

A EDP é acionista maioritária (com 51% do capital) da EDP Brasil e a hipótese de uma fusão dos negócios brasileiros já tinha sido levantada pela Reuters. O acionista ativista Elliott — que entrou no capital da EDP em novembro do ano passado e manifestou-se pela primeira vez em fevereiro — defendeu a venda do negócio brasileiro, dizendo que poderia render 2,3 mil milhões de euros.

A EDP Brasil acumula uma valorização de 33% em bolsa brasileira desde o início do ano. Às 15h20, os títulos da unidade brasileira valorizam 5% para 20,59 reais, enquanto a elétrica sobe 1,44% para 3,32 euros, em Lisboa.

EDP tinha já anunciado mudanças estratégicas, incluindo um plano de venda de ativos, e esta notícia surge menos um mês depois de a EDP ter anunciado uma joint-venture com a francesa Engie com foco na energia eólica offshore. Nesse caso, o objetivo é criar um líder mundial no mercado de energias renováveis através da parceria em que cada empresa terá partes iguais e entrar em mercados asiáticos como o Japão ou a Coreia do Sul.

Na altura, o CEO António Mexia garantiu que não houve qualquer relação entre o negócio e o fim da OPA, mas explicou ter recebido o aval do acionista maioritário. “O que anunciámos foi aprovado de acordo com as regras do jogo e pelos principais acionistas”, afirmou Mexia, acrescentando, no entanto, que a joint-venture “é uma relação exclusiva” entre a EDP e a Engie pelo que a CTG não será incluída.

(Notícia atualizada às 15h34 com mais informação)

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Trump promete “acordo fenomenal” com Reino Unido após o Brexit

  • Lusa
  • 4 Junho 2019

Os Estados Unidos estão "empenhados" em fazer um "acordo comercial fenomenal" com o Reino Unido, disse Donald Trump, durante a visita ao Reino Unido.

O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu esta terça-feira um “acordo fenomenal” com o Reino Unido após o Brexit, durante uma conferência de imprensa em Londres após um almoço de trabalho com a primeira-ministra britânica, Theresa May.

“Agora que o Reino Unido está a preparar-se para sair da União Europeia (UE), os Estados Unidos estão empenhados em fazer um acordo comercial fenomenal entre os EUA e o Reino Unido. Há um tremendo potencial nesse acordo comercial. Eu digo provavelmente duas ou até três vezes o que estamos a fazer agora. Tremendo potencial”, disse.

O Brexit continua num impasse devido à falta de um consenso no Parlamento em redor de um acordo de saída da UE, pelo que foi adiado para além da data prevista de 29 de março, para 31 de outubro. Segundo os dois líderes, atualmente cada um dos países investe no outro mais de um bilião de dólares (890 mil milhões de euros), sendo o Reino Unido o maior investidor estrangeiro nos EUA e vice-versa.

Pelo seu lado, Theresa May revelou que hoje os dois líderes tiveram “discussões positivas”, mostrando-se otimista sobre um futuro acordo comercial bilateral. “Também tenho a certeza de que o nosso relacionamento económico vai crescer cada vez mais, com base nas conversas que tivemos e nas ideias que ouvimos das empresas do Reino Unido e dos EUA que encontrámos hoje”, afirmou.

A conferência de imprensa acontece no segundo dia de uma visita de Estado do presidente norte-americano ao Reino Unido, que começou hoje por um pequeno-almoço com empresários dos dois países. À noite, o chefe de Estado oferece um jantar de agradecimento na residência do Embaixador dos EUA, no qual o príncipe Carlos vai participar em nome da rainha.

Na quarta-feira, Trump, a rainha o príncipe Carlos e outros chefes de Estado ou de Governo participam em Portsmouth, no sul de Inglaterra, num evento comemorativo do 75.º aniversário do desembarque do Dia D das forças aliadas que contribuiu para a derrota da invasão nazi na II Guerra Mundial.

May reconhece divergências com Trump em questões como ambiente, Irão e China

A primeira-ministra britânica, Theresa May, reconheceu esta terça-feira existirem diferenças com o presidente dos EUA, Donald Trump, na abordagem em diferentes questões, como as alterações climáticas, Irão e China. “Tal como os primeiros-ministros e presidentes antes de nós, e certamente aqueles que nos vão suceder, também podemos divergir às vezes sobre como enfrentar os desafios que enfrentamos. Sempre falei abertamente consigo, Donald, quando adotámos uma abordagem diferente, e você fez o mesmo comigo“, afirmou May, numa conferência de imprensa conjunta.

Como exemplo, referiu a questão da “atividade desestabilizadora do Irão na região” e a necessidade de impedir que Teerão consiga obter armas nucleares. “Embora divirjamos quanto aos meios para o conseguir, como eu disse antes, o Reino Unido continua a apoiar o acordo nuclear, está claro que ambos queremos alcançar o mesmo objetivo“, acrescentou.

A primeira-ministra britânica reiterou também junto de Trump a abordagem do país para combater as alterações climáticas e o apoio ao Acordo de Paris, do qual os EUA se afastaram, e mencionou a China. Além de recentemente terem rompido negociações e imposto tarifas comerciais mais elevadas a Pequim, o que representa uma ameaça para a economia global, os EUA estão a pressionar o Reino Unido para não usar a companhia Huawei nas infraestruturas de telecomunicações 5G devido ao risco de segurança.

May defendeu que é preciso reconhecer a dimensão económica daquele país, embora tenha salientado que não se deve “ignorar ações que ameacem” os interesses ou valores comuns aos dois países.

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, tinha deixado em aberto há algumas semanas a possibilidade de impor restrições à troca de informações entre os dois países, mas hoje Trump foi mais positivo. “Vamos ter um acordo sobre a Huawei e tudo mais, temos uma relação de segurança incrível e vamos poder resolver quaisquer diferenças. Eu acho que não vamos ter problemas. Nós discutimos isso e eu não vejo absolutamente nenhuma limitação”, vincou.

Questionado sobre a questão do aumento em 5% das tarifas comerciais sobre produtos importados do México, o presidente norte-americano reiterou a intenção de aplicá-las a partir da próxima semana. Trump alegou ser “inaceitável” que “milhões” de imigrantes entrem nos EUA através do México e que o país deve impedi-lo, mostrando-se convicto de que tal vai acontecer. “Se não o fizerem, vamos colocar tarifas”, ameaçou.

(Notícia atualizada às 16h06 com mais informação)

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Fed sinaliza descida dos juros em setembro. Wall Street recupera 1%

A informação de que a Fed poderá baixar os juros em setembro está a ofuscar a notícia da abertura de investigações às grandes tecnológicas norte-americanas. Índices ganham cerca de 1%.

Wall Street está a recuperar das perdas expressivas das últimas sessões, perante a crescente hipótese de a Fed vir a baixar juros este ano. A informação está a ofuscar a notícia de que as as autoridades norte-americanas vão apertar o cerco a gigantes como o Facebook, a Apple e a Google, investigadas por alegadas práticas anticoncorrenciais.

O S&P 500 e o industrial Dow Jones estão a subir em torno de 1%, sendo o melhor desempenho registado pelo índice de referência desde a primeira sessão de abril. Já o tecnológico Nasdaq avança 1,08%, mostrando que os investidores estão a atribuir pouca relevância aos potenciais impactos das investigações em curso nos EUA.

A Apple avança 1,37%, para perto dos 175,70 dólares por ação, um dia depois de anunciar novidades nos produtos e ao nível do software na conferência anual de programadores. Já as ações da Amazon e do Facebook, outras das empresas investigadas, registam perdas ligeiras.

A puxar pelos mercados estão as recentes declarações do presidente da Reserva Federal de St. Louis, que foi o primeiro a admitir publicamente que a Fed poderá ter de baixar a taxa diretora já na próxima reunião. A hipótese tem sido amplamente antecipada pelos investidores, com a Bloomberg a atribuir uma probabilidade de 88% a que uma redução dos juros se verifique já em setembro.

A possibilidade de uma descida de juros, apesar de confirmar os receios dos investidores quanto ao abrandamento da economia, apresenta-se como uma resposta da Fed que poderá estimular o crescimento dos EUA.

Neste contexto, a General Electric avança 2,20% e a Tesla recupera 3,15%, para cerca de 184,7 dólares cada título, no dia em que revelou que pretende colocar no mercado uma “pick-up” que terá um custo inferior a 50 mil dólares.

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Ricardo Salgado vai ser interrogado por Ivo Rosa a 8 de julho

  • ECO
  • 4 Junho 2019

O antigo banqueiro vai ser interrogado a 8 de julho pelo juiz Ivo Rosa no âmbito da Operação Marquês. Salgado é o terceiro arguido do processo com mais crimes imputados pelo MP, 21 ao todo.

O antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, vai ser interrogado a 8 de julho pelo juiz Ivo Rosa, avança a SIC Notícias (acesso livre). Este interrogatório vai acontecer no âmbito da Operação Marquês. Ao ECO, o advogado de Ricardo Salgado, Francisco Proença de Carvalho, confirma que já foi notificado e que “Ricardo Salgado comparecerá na data marcada para prestar os esclarecimentos solicitados pelo Meritíssimo Juiz de Instrução“.

Segundo o Diário de Notícias, não era expectável que o ex-banqueiro fosse ouvido agora, já que foi dos poucos arguidos que não requereu a abertura da fase de instrução. Contudo, tendo em conta que o seu nome tem sido referenciado em vários dos interrogatórios que Ivo Rosa já conduziu, o magistrado decidiu convocar o antigo presidente do Grupo Espírito Santo para prestar depoimento.

O ex-banqueiro é acusado de 21 crimes ao todo, sendo o terceiro arguido com mais crimes imputados pelo Ministério Público, entre eles um crime de corrupção ativa de titular de cargo político, dois de corrupção ativa, nove de branqueamento de capitais, três de abusos de confiança, três de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

Em novembro de 2018, Ricardo Salgado perdeu um recurso no Tribunal da Relação, onde questionava a validade dos despachos do juiz Carlos Alexandre, responsável pela fase de inquérito deste processo.

O ex-banqueiro alegava ainda que lhe foi negada a prova pericial sobre a existência de vírus informático nas escutas telefónicas do processo, facto que diz ter sido impeditivo de pedir a abertura de instrução e exercer a sua defesa.

O megaprocesso que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates encontra-se neste momento em fase de instrução. O juiz de instrução criminal Ivo Rosa tem estado a ouvir testemunhas e arguidos à porta fechada desde janeiro de 2019.

Recorde-se que no âmbito deste megaprocesso, o Ministério Público acusa Sócrates de receber cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos e na PT, bem como para garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento de luxo Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

Entre os 28 arguidos estão também Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Armando Vara, Bárbara Vara, Joaquim Barroca, Helder Bataglia e Gonçalo Ferreira, empresas do grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) e a sociedade Vale do Lobo Resorts Turísticos de Luxo.

(Notícia atualizada às 15h29 com mais informação)

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Portugal tem 400 a 600 mil jogadores ‘online’ que apostam 2,4% do rendimento anual

  • Lusa
  • 4 Junho 2019

Os jogadores 'online' em Portugal gastaram mais de 2,4 mil milhões de euros em apostas no ano passado, um aumento de quase 40% no volume total das apostas.

Os 400 a 600 mil apostadores ‘online’ existentes em Portugal gastam nesta atividade 2,4% do seu rendimento anual disponível, tendo o volume de apostas total somado 2.432 milhões de euros em 2018, segundo um estudo hoje divulgado.

Intitulado “Jogo ‘online’ em Portugal – A melhor aposta para o sistema regulamentar nacional” e elaborado pela consultora Winning Scientific Management para a Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online (APAJO), o estudo aponta a existência de 1,18 milhões de contas ativas no país, que deverão ser entre 400 mil a 600 mil apostadores únicos (duas contas por jogador), ou seja, entre 4,6% e 6,9% da população adulta no país.

Esta percentagem compara com uma taxa de penetração (número de jogadores por população adulta) de 5,1% em França, de 4,3% em Itália, de 3,7% em Espanha e de 17% no Reino Unido.

Segundo a associação, em 2018 a indústria nacional das apostas e jogos online “cresceu nos seus indicadores mais relevantes”, com o volume total de apostas a subir 37,3% para 2.432,1 milhões de euros (2.040,3 milhões dos quais em jogos de fortuna e azar e 391,8 milhões em apostas desportivas) e a receita após pagamento de prémios (GGR ou receita bruta) a aumentar 24,2% para 152,2 milhões de euros (73,3 milhões relativos a jogos de fortuna e azar e 78,9 milhões a apostas desportivas).

No ano passado, a receita fiscal desta indústria aumentou 22,7%, para 66,5 milhões de euros (14,9 milhões relativos a jogos de fortuna e azar e 51,6 milhões a apostas desportivas), tendo o número de contas de utilizadores subido 47,3%, para 1,18 milhões, e o número de operadores licenciados crescido 57,14% para 11.

De acordo com a APAJO, estes valores revelam que em 2018 o volume total de apostas da indústria nacional cresceu acima de França e Espanha, enquanto o GGR progrediu em linha com estes países.

No que se refere ao valor aplicado por jogador em apostas e jogos online em função do rendimento disponível, a percentagem de 2,4% em Portugal (dados de 2018) compara com 1,8% em França (dados de 2018), 3,3% em Itália (dados de 2017), 2,4% em Espanha (dados de 2017) e 2,8% no Reino Unido (dados de 2017).

Encomendado pela APAJO com vista à revisão “em detalhe” do quadro regulatório e legislativo do setor, de forma a “acompanhar a dinâmica do mercado português atualmente em crescimento”, o estudo aponta para a necessidade de “mais proteção ao nível dos mecanismos de combate ao jogo não licenciado” e de “informação mais detalhada e abrangente” sobre esta indústria em Portugal.

“Portugal apresenta oportunidades de melhoria no quadro da abrangência, profundidade e transparência da informação disponibilizada por parte da entidade reguladora, bem como nos formatos de publicação de tais informações”, sustenta, referindo ainda que o país “apresenta uma baixa abrangência e profundidade de mecanismos de bloqueio e combate a plataformas não reguladas”.

Em relação ao jogo não licenciado, o presidente da APAJO refere que “cerca de 80% das transações no jogo ‘online’ estão associadas a sistemas de pagamento como o Multibanco e o MB Way”, pelo que “a utilização destes meios de pagamento a operadores não licenciados deve ser alvo de maior restrição e bloqueio por parte das entidades autorizadas a restringir este acesso”.

Para Gabino Oliveira, é ainda “muito importante que Portugal acompanhe o alinhamento revelado por esta análise face à Europa, aumentando também a sua oferta de produtos com novos tipos de jogo ‘online’, tais como o casino ao vivo, jogos virtuais e apostas em ‘e-sports’”.

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Fundação Champalimaud vai crescer. Novo edifício será hospital e centro de investigação

  • ECO
  • 4 Junho 2019

Está aberto o concurso público para a construção de um edifício junto à Fundação Champalimaud, que funcionará como um hospital e um centro de investigação focado no cancro do pâncreas.

O projeto de expansão da Fundação Champalimaud foi classificado pela câmara de Lisboa como uma obra de “interesse excecional para a cidade” mas, mesmo assim, ainda estará em consulta pública até à próxima semana. A expansão passa pela construção de um edifício com 12 mil metros quadrados junto à fundação, que deverá estar concluído em outubro de 2020.

A zona ribeirinha de Pedrouços, em Lisboa, deverá ganhar mais vida em breve. Até à próxima terça-feira está em debate público a ampliação da Fundação Champalimaud, avança o Público (acesso condicionado) e, se tudo correr bem, o Botton-Champalimaud Pancreatic Centre vai nascer. Isto porque, dado que se trata de uma construção nova na zona ribeirinha, o projeto estaria, desde logo, condenado, a não ser que a câmara o classificasse como “interesse excecional para a cidade”. O que já aconteceu.

O novo edifício vai ser construído num terreno cedido pela Administração do Porto de Lisboa e que é usado atualmente como parque de estacionamento. O Botton-Champalimaud Pancreatic Centre terá três pisos à superfície, com 153 metros de altura, e funcionará como um centro hospitalar com 48 camas, postos de quimioterapia, gabinetes médicos, salas de exames, laboratórios e ainda um centro cirúrgico, avança o Público.

Expansão da Fundação ChampalimaudD.R.

Além disso, o imóvel prevê dois pisos subterrâneos que terão 366 lugares de estacionamento e aéreas técnicas, totalizando 821 espaços para automóveis. Assim, aos 34.721 metros quadrados já existentes, somar-se-ão outros 12 mil.

A expansão da fundação acontece na sequência de uma parceria entre a Fundação Champalimaud e Mauricio e Chalotte Botton, que vão contribuir com cerca de 50 milhões de euros para a construção deste novo centro.

Tal como acontece com o edifício principal da fundação, este aumento ficará numa zona com “elevada” vulnerabilidade às inundações e “muito elevada” vulnerabilidade sísmica. Durante a reunião da Câmara de Lisboa a 11 de abril, o Bloco de Esquerda foi o único partido a abster-se de votar a favor do projeto, com o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, a mostrar-se reticente quanto à construção nesta zona, que “deve ser mais ponderada”.

O projeto vai estar disponível para consulta pública até 11 de julho e, passada essa fase, decorrerá a fase de licenciamento.

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Portugal entre países europeus que menos aumentaram salário mínimo

De acordo com o Eurofound, Portugal foi um dos Estados-membros que menos fez subir o salário mínimo, este ano. Em termos reais, a remuneração garantida lusa subiu 2,83%.

Na esmagadora maioria dos países europeus, janeiro ditou um aumento da remuneração mínima mensal garantida. De acordo com o relatório divulgado esta terça-feira pelo Eurofund, Portugal ficou, contudo, entre os Estados-membros que menos fez subir o salário mínimo nacional, tendo registado uma valorização real de 2,83%. Tal valor compara com o aumento de 36,53% da Lituânia, a maior subida verificada na Europa.

“Os salários mínimos mensais variam agora entre 286 euros na Bulgária e 2.071 euros no Luxemburgo para os trabalhadores a tempo inteiro. Oito países têm salários mínimos superiores a 1.000 euros, enquanto quatro países têm salários mínimos abaixo dos 500 euros“, lê-se na análise anual conhecida esta manhã.

Em termos reais, foram a Lituânia (36,53%), a Grécia (10,35%) e a Espanha (21,08%) os países que mais fizeram subir as suas remunerações mínimas garantidas. Do outro lado do espetro, França (0,10%), Bélgica (0,16%) e Holanda (0,35%) registaram as menores subidas e na Letónia verificou-se mesmo um recuo (-2,9%), uma vez que não fez qualquer alteração ao seu salário mínimo nacional e o valor praticado foi alvo do desconto implicado na inflação. “A Letónia foi o único Estado-membro que não mudou o salário mínimo nacional em 2019, uma vez que a remuneração existente (430 euros) baseia-se num acordo de três anos, feito em 2017″, explica o Eurofound.

Letónia foi o único Estado-membro a registar um recuo, em termos reais

Fonte: Eurofound

Também Portugal foi dos países que menos fez aumentar a remuneração mínima garantida. Recorde-se que, em janeiro, o Executivo de António Costa aprovou a subida do salário mínimo nacional de 580 euros para 600 euros (ou 700 euros, a 12 meses), embora não tenha sido possível chegar a consenso com os parceiros sociais.

Tal mudança representou um aumento nominal de 3,45% e de 2,83% em termos reais. Ou seja, em termos nominais, apenas seis dos 22 Estados-membros fizeram o salário mínimo subir menos e, em termos reais, nove países aumentaram menos a remuneração mínima garantida do que o Governo português.

O Eurofound nota, por outro lado, que Portugal está entre os países onde o desconto para Segurança Social (11%) é mais baixo. Assim, embora em termos brutos dez países tenham remunerações garantidas mais baixas do que a portuguesa, em termos líquidos são onze os Estados-membros nessa situação.

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Facebook alarga suporte de assinaturas em Instant Articles aos media

  • Lusa
  • 4 Junho 2019

Depois de ano e meio de testes, "a nova ferramenta vai permitir aos editores definir formas inovadoras de rentabilizar os seus conteúdos", anunciou a empresa.

O Facebook anunciou que inicia esta terça-feira o alargamento do suporte das assinaturas em Instant Articles, ferramenta paga da rede social, aos editores de media, permitindo que estes rentabilizem o negócio.

“O Facebook inicia hoje [terça-feira] o alargamento do suporte de assinaturas em Instant Articles a todos os editores de meios de comunicação social qualificados”, refere a rede social em comunicado.

Depois de ano e meio de testes, “a nova ferramenta vai permitir aos editores definir formas inovadoras de rentabilizar os seus conteúdos, seja baseado num modelo vinculado a um número específico de artigos gratuitos por mês, ou num modelo freemium, que deixa certos artigos abertos e outros bloqueados”, acrescenta o Facebook.

No fundo, de acordo com a rede social, o objetivo é ajudar os media a rentabilizar o seu negócio dentro do Facebook. Entre as funcionalidades agora disponíveis, refere o Facebook, está a “Welcome Screen”, que “encoraja os novos subscritores a seguir a página” do meio de comunicação social e, assim, a ver mais conteúdos do título, aumentando a probabilidade de retenção do leitor.

“Também investimos em formas de permitir aos publishers comunicar diretamente com os subscritores no Facebook”, adianta a rede social, que refere que também desenvolveu uma ferramenta que permite aos media medir “o comportamento das suas audiências” no Facebook e Instagram.

Ou seja, os publishers que usam as subscrições no Instant Articles “são capazes de analisar dados” sobre a atividade dos seus clientes dentro da Facebook Analytics.

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ALD Automative compra negócio de aluguer de frotas do BBVA

  • Lusa
  • 4 Junho 2019

A empresa do grupo financeiro francês Société Générale notificou a Autoridade da Concorrência da compra do controlo exclusivo do negócio de aluguer de frotas da BBVA Automercantil.

A ALD Automotive, uma empresa do grupo financeiro francês Société Générale, notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra do controlo exclusivo do negócio de aluguer de frotas da BBVA Automercantil, do grupo Banco Bilbao Vizcaya.

A operação de concentração foi notificada no início da semana passada, segundo o aviso publicado esta terça-feira no site AdC.

A ALD Automotive – Sociedade Geral de Comércio e Aluguer de Bens, sediada em Portugal, é integralmente detida pela ALD International e integrada no Grupo Société Générale, grupo financeiro francês, com presença internacional, que se dedica a oferecer consultoria e serviços a particulares e a empresas no setor financeiro.

A empresa comprada, a BBVA Automercantil, Comércio e Aluguer de Veículos Automóveis, também sediada em Portugal, está integrada no Grupo Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, que tem atividade no ramo do aluguer operacional, incluindo a atividade de gestão de frotas.

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A manhã num minuto

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A nova Pessoas já está nas bancas. Com entrevista exclusiva a António Ramalho

  • Trabalho
  • 4 Junho 2019

Quase dois anos depois do início do plano de reestruturação, António Ramalho assume o pelouro dos recursos humanos e explica mudanças em entrevista.

António Ramalho, presidente do Novo Banco, assegura que a instituição entrou numa nova era. Dois anos depois do início do plano de reestruturação, o pelouro dos recursos humanos passou para o CEO. Ramalho quer que todos os trabalhadores da instituição se sintam participantes na transformação que o banco ainda tem em marcha e espera que relembrem “a grande vantagem que foi estar no Novo Banco nesta fase especial”.

“É uma mudança tática óbvia. Até agora, o que precisávamos era de sobreviver: a nossa proposta de valor era ir reduzindo o custo da nossa operação, oferecendo às pessoas as condições para sair assim que quisessem. A partir desse período, temos de voltar a olhar para os recursos humanos como o nosso principal ativo de crescimento, que deve ser central na instituição, e isso passa por pô-lo na dependência do CEO”, explica o CEO em entrevista à Pessoas.

Capa da revista Pessoas, já nas bancas.D.R.

Assine aqui a revista Pessoas.

A entrevista a António Ramalho é capa da revista Pessoas que chega esta terça-feira às bancas. Mas há mais. Nesta edição damos a conhecer o OutPerform, a forma que o unicórnio OutSystems encontrou para integrar o departamento de pessoas no negócio da empresa. Criado em meados de 2018, prevê que cada departamento fixe os próprios objetivos a cada três meses e transforma o feedback numa prática obrigatória. Resultado? Melhor comunicação e visão do caminho geral a seguir.

Ainda houve espaço para ir conhecer os novos planos de Fred Canto e Castro, o Sr. Sonder, a mesa de trabalho de Isabel Heitor, diretora de recursos humanos da ANA Aeroportos, um dia com Pedro Ramos, diretor de recursos humanos da TAP e o novo escritório da Talkdesk no Porto. Ainda não assinou a Pessoas? Pode assinar aqui.

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