Theresa May quer acordo sobre Brexit antes de o Parlamento britânico fechar no verão

Theresa May reuniu-se com Jeremy Corbyn e no final disse que vai voltar a submeter um acordo sobre o Brexit na primeira semana de junho e quer acordo fechado no Parlamento antes das férias do verão.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, reuniu-se esta terça-feira com o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, e no final da reunião o Governo britânico diz que vai submeter uma nova proposta ao Parlamento britânico na primeira semana de junho. Ainda não há acordo, mas Theresa May quer o Brexit concluído antes de o Parlamento fechar no verão.

Mais uma ronda de negociações entre Theresa May e Jeremy Corbyn e há finalmente progressos, pelo menos no que ao calendário diz respeito. O Governo britânico já não vai conseguir fechar um acordo a tempo de evitar a realização de eleições europeias — o partido do Brexit de Nigel Farage lidera nas sondagens –, mas quer fechar um acordo ainda antes de o Parlamento britânico fechar para as tradicionais férias de verão.

De acordo com um comunicado do Executivo após as negociações, Theresa May irá submeter uma nova proposta ao Parlamento na primeira semana de junho.

Para já, as negociações vão continuar, com uma nova reunião marcada para esta quarta-feira, agora de forma oficial. Sobre as conversas desta terça-feira, o Governo britânico diz apenas que estas foram “úteis e construtivas”

Jeremy Corbyn também comentou a reunião, através de um porta-voz, adiantando apenas que a reunião durou uma hora e que exigiu ao governo britânico que se aproximasse mais das suas posições, e que o governo prometeu dar mais informação na próxima reunião, que decorre já esta quarta-feira.

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Imobilização de comboios leva a mais de duas dezenas de supressões na Linha de Sintra

  • Lusa
  • 14 Maio 2019

A CP contabilizou 24 supressões na Linha de Sintra até às 18h00 desta terça-feira devido ao “excesso de imobilizações do material circulante”, uma situação que se regista pelo segundo dia consecutivo.

A CP contabilizou 24 supressões na Linha de Sintra até às 18h00 desta terça-feira, relacionadas com um “excesso de imobilizações do material circulante”, situação registada pelo segundo dia, informou fonte oficial da empresa ferroviária.

Segundo confirmou à Lusa fonte do gabinete de comunicação da CP, verificaram-se hoje “24 supressões na Linha de Sintra, relacionadas com excesso de imobilizações do material circulante”.

Na segunda-feira, “pelo mesmo motivo, ocorreram também cerca de 20 supressões” de comboios na linha ferroviária entre Lisboa e Sintra, acrescentou a mesma fonte oficial.

“A CP e a EMEF [Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário] estão a trabalhar para que, no mais breve espaço de tempo possível, sejam repostos os níveis de disponibilidade do material circulante, o que deverá ocorrer nos próximos dias”, frisou a responsável da transportadora.

A supressão de comboios ao longo do dia, com maior impacto durante as horas de ponta, provocando elevada concentração de utentes nas estações ao longo da linha, resultou da necessidade de imobilizações “para reparação ou para manutenção” do material circulante, explicou.

As supressões motivaram queixas dos utentes, pelos atrasos, mas também pelo calor dentro das composições lotadas, o que contribui para um desconforto acrescido nas ligações suburbanas de Lisboa.

Em relação “aos problemas reportados com ar condicionado destes comboios, a CP fará a verificação dos veículos envolvidos”, assegurou a fonte da empresa.

De acordo com dados da CP, “na Linha de Sintra circulam diariamente mais de 400 comboios por dia útil” e os níveis de regularidade nesta linha, até ao final de abril, “foram de 98,3%, traduzindo uma melhoria” relativamente a 2018, na “ordem dos 96%”.

“A CP continuará a desenvolver todos os esforços para continuar a melhorar estes indicadores, apesar dos constrangimentos associados ao parque de material circulante que, por vezes, obrigam à supressão de comboios, como se verificou nos últimos dois dias”, concluiu a mesma fonte.

A Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) lançou, em março passado, um abaixo-assinado em defesa da melhoria do serviço ferroviário, reclamando o reforço de meios humanos e de material circulante.

No abaixo-assinado, “por um serviço público de qualidade na Linha de Sintra”, refere-se que os utentes “constatam diariamente a degradação do serviço ferroviário, sendo os atrasos constantes e as supressões de comboios sistemáticas”.

Perante a degradação do serviço prestado, os utentes exigem “o fim das supressões e atrasos sistemáticos, repondo um nível de oferta superior ao atual em pelo menos mais 10%, e articulando o transporte ferroviário com os restantes meios da Área Metropolitana de Lisboa”.

No documento também se reclamava a “contratação imediata dos trabalhadores necessários” para dotar a EMEF da “capacidade de resposta à reparação e manutenção do material circulante da CP” e as estações da Linha de Sintra “do pessoal necessário à abertura das bilheteiras e postos de informação”.

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Benfica aumenta oferta de obrigações para 40 milhões

A SAD encarnada aumentou o montante do empréstimo obrigacionista dos 25 milhões de euros para 40 milhões. Operação de financiamento termina no próximo dia 16, com títulos a renderem 3,75%.

O Benfica aumentou o montante do empréstimo obrigacionista dos 25 milhões de euros para os 40 milhões de euros, revelou esta terça-feira a SAD encarnada em comunicado enviado ao mercado, onde avança que espera conseguir 38,4 milhões de euros com esta operação.

A oferta de subscrição termina na próxima quinta-feira, dia 16, com os títulos a oferecerem uma taxa de juro de 3,75%, a mais baixa dos empréstimos obrigacionistas da sociedade encarnada nos últimos anos

Domingos Soares de Oliveira, administrador financeiro da SAD do Benfica, já tinha sinalizado ao ECO a intenção de aumentar a oferta tendo em conta duas variáveis: por um lado, a procura estava a revelar-se “robusta” até à semana passada; por outro, o Benfica está a reembolsar um outro empréstimo obrigacionista no valor de 50 milhões de euros, através de uma oferta de troca que está a correr em simultâneo com a oferta de subscrição.

Nesta operação de troca, a SAD do clube da Luz pretende substituir antigos títulos de dívida emitidos em 2017 e que vencem no próximo ano, por títulos desta nova emissão. O alvo da troca são as Obrigações Benfica SAD 2019-2022. Esta oferta pública de troca é voluntária para os investidores.

No comunicado enviado à CMVM, a Benfica SAD diz que espera agora ter um encaixe líquido com esta operação €38,4 milhões de euros, numa operação que coloca à negociação oito milhões de obrigações, em vez dos cinco milhões inicialmente previstos.

Os investidores ficarão a saber quantas obrigações lhes couberam a 17 de maio, dia em que são apurados os resultados da oferta. Os novos títulos de dívida devem ser admitidos à negociação dois dias depois. Ou seja, a 21 de maio.

Esta operação financeira está a decorrer num momento de grande expectativa no seio do clube encarnado. A equipa principal poderá sagrar-se campeão nacional no próximo fim de semana, bastando para isso pontuar no Estádio da Luz na partida diante do Santa Clara.

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Ministério da Saúde ordena inspeção sobre acusações de falseamento de dados no Hospital de Cascais

  • Lusa
  • 14 Maio 2019

Após as denúncias feitas na reportagem emitida pela SIC, o Ministério da Saúde determinou a abertura de um processo de inspeção para esclarecer as acusações de falseamento de dados.

O Ministério da Saúde determinou à Administração Regional de Saúde a abertura de um processo de inspeção para esclarecer as acusações de dados falseados no Hospital de Cascais, gerido em parceria público-privada.

“Face às denúncias relatadas na reportagem da SIC, o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Francisco Ramos, determinou à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo a abertura de um processo de inspeção de forma ao cabal esclarecimento destas matérias”, indica uma resposta do Ministério enviada à agência Lusa.

O Ministério acrescenta que “acompanha em permanência a execução dos contratos-programa das Parcerias Público-Privadas (PPP) na Saúde, através da respetiva Administração Regional de Saúde (ARS), que procede a auditorias de forma sistemática, regular e permanente”.

Um grupo de antigos e atuais profissionais do Hospital de Cascais acusa a administração de falsear resultados clínicos e algoritmos do sistema de triagem da urgência para aumentar as receitas que são pagas à parceria público-privada.

Uma reportagem exibida na segunda-feira pela SIC relata a situação e adianta que a denúncia já chegou à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e ao Ministério Público, que estão a analisar o caso.

Relatos de antigos e atuais funcionários recolhidos no âmbito da reportagem denunciam que eram impelidos a aligeirar sintomas ou o caso do doente, de forma a que os algoritmos da Triagem de Manchester dessem uma cor de pulseira verde em vez de amarela, por exemplo, para que os tempos máximos de espera não fossem ultrapassados.

O incumprimento dos tempos de espera faz o hospital incorrer em penalizações financeiras.

A SIC, que também ouviu doentes tratados na instituição, dá ainda conta de suspeitas de acrescento de informação clínica nas fichas dos doentes alegadamente para aumentar a severidade e as comorbilidades dos utentes.

Isto serviria para influenciar o financiamento que o hospital recebe, que é calculado através do “case-mix”, um índice de ponderação da produção de um hospital que reflete a maior ou menor complexidade das situações.

O Grupo Lusíadas, que gere o Hospital de Cascais, veio hoje negar o envolvimento da administração do Hospital em qualquer das situações relatadas, mas indicou que será feita uma análise, indicando que, a ter havido alguma das questões suscitadas, se deveria a comportamentos individuais de profissionais.

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Santander quer dispensar mais 3.700 trabalhadores em Espanha

  • Lusa
  • 14 Maio 2019

Depois da reestruturação feita em 2017, o banco espanhol comunicou aos sindicatos que pretende cortar mais de 10% da sua força de trabalho e fechar uma em cada quatro agências.

O banco espanhol Santander anunciou esta terça-feira a intenção de cortar cerca de 3.700 postos de trabalho em Espanha, mais de 10% da sua força de trabalho no país, segundo fontes sindicais citadas pelas agências internacionais.

O banco, que emprega cerca de 32 mil pessoas em Espanha, também pretende fechar perto de 1.150 agências, ou seja, uma em cada quatro.

O plano inclui “remover duplicações” após a integração do Banco Popular, comprado à beira da falência por um euro em junho de 2017, disse à AFP fonte sindical da UGT ligada ao banco.

Os números integram a primeira proposta feita pela administração durante uma reunião com o sindicato, hoje, estando previstos mais encontros nas próximas semanas, prevendo-se a conclusão do processo até final de junho. Contactado pela AFP, o banco recusou-se a comentar.

No final de 2017, o Banco Santander já tinha eliminado cerca de 1.100 postos de trabalho em Espanha devido à reestruturação relacionada com a integração do Banco Popular, principalmente através de pré-reformas.

Para justificar os novos cortes, o banco também avançou com o argumento da “transformação digital”, acrescentou o sindicalista.

O Santander anunciou no início de abril que vai cortar os custos em 1,2 mil milhões de euros por ano ao longo dos próximos anos, enquanto prevê gastar mais de 20 mil milhões de euros ao longo de quatro anos para a “transformação digital e tecnologia”.

Em janeiro, o banco também alertou para o fecho de uma em cada cinco agências do Reino Unido para lidar com o crescente uso de serviços bancários ‘online’, um movimento que deve resultar em 1.270 cortes de empregos.

No final de março, o Banco Santander empregava cerca de 202 mil pessoas em todo o mundo, em 13.300 agências.

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A tarde num minuto

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Empresas portuguesas estão na linha da frente na transformação digital, diz estudo da OutSystems

A transformação digital é uma das apostas das empresas portuguesas, nomeadamente através do desenvolvimento de aplicações, aponta um estudo da OutSystems.

A evolução da tecnologia trouxe a necessidade de adaptar a maneira de fazer as coisas, desde os procedimentos mais simples até outros mais complexos. As empresas portuguesas não querem ficar para trás e têm acompanhado a transformação digital, por exemplo ao aumentar as equipas de desenvolvimento de software.

Entre várias organizações no mundo, as empresas portuguesas encontram-se acima da média nesta transformação, conclui o relatório anual “The State of Application Development 2019”, elaborado pelo unicórnio português OutSystems. A média de maturidade das organizações nacionais neste segmento é a mais alta a nível regional e global.

Para Steve Rotter, CMO da OutSystems, “a ameaça da disrupção digital e a necessidade de uma transformação digital têm sido fatores determinantes nas estratégias de tecnologias de informação há anos”, aponta, citado em comunicado. “Se juntarmos isto à incerteza que caracteriza o panorama económico global, torna-se óbvio porque é que os líderes empresariais estão tão preocupados com o fator da agilidade”, completa.

Mais talento, mais aplicações

As equipas de desenvolvimento de aplicações cresceram em mais de metade das empresas nacionais, sendo esta uma área que tem merecido destaque. Esta proporção de organizações interessadas em contratar mais profissionais no campo é superior em 15% à média mundial.

A utilização do software de low-code, que é o foco do trabalho da OutSystems, para desenvolver aplicações tem vindo a ganhar terreno nas empresas, revela o relatório. Em Portugal, 63% dos inquiridos disseram já ter aderido a este tipo de tecnologia.

Com as equipas reforçadas, os profissionais portugueses entrevistados neste estudo têm em vista desenvolver e disponibilizar 60% mais aplicações do que no ano passado e quase 40% quer lançar mais de 25 aplicações. As empresas nacionais mostram-se assim mais rápidas a desenvolver as aplicações, comparativamente com a média global.

Mas encontrar e reter talento nesta área afigura-se um desafio. Só 15% das empresas inquiridas caracterizam o recrutamento como fácil, sendo que várias o descreveram como difícil ou muito difícil. Tendo em conta estas dificuldades, “cada vez mais organizações tendem a apostar no outsourcing para o seu desenvolvimento de aplicações”, aponta o relatório.

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Alojamento Local no Porto não pára de crescer. Há mais três mil

  • Lusa
  • 14 Maio 2019

A Câmara Municipal do Porto revelou que há 8.082 imóveis afetos ao Alojamento Local (AL) na cidade do Porto e que em 2018 foram registados três mil novos AL, a uma média de 250 por mês.

Na cidade do Porto há “8.082 imóveis afetos ao Alojamento Local”, dos quais dos quais 93% são apartamentos e os outros 7% são moradias e estabelecimentos de hospedagem”, declarou hoje o vereador do Turismo da Câmara do Porto, Ricardo Valente, citando dados recolhidos pela autarquia em parceria com a Confidencial Imobiliária, para criarem um sistema de monitorização de AL na cidade.

Ricardo Valente, referindo o estudo recente sobre AL feito pela Universidade Católica para a Câmara do Porto, indicam que em 2018 houve uma “média de 250 registos por mês” de novos AL, o que totaliza “três mil” novos registos de Al em 2018 na cidade do Porto, o equivalente “perto de 42% do total de AL registados num único ano”, acrescentou.

Em termos de tipologias do AL na cidade do Porto, 64% são T0 ou T1, prevalecendo a “lógica dos apartamentos como a grande fatia daquilo que está afeto aos alojamentos locais”, acrescentou o vereador.

Mais de metade do total de AL do Porto está concentrada nas freguesias do centro histórico da cidade.

Cerca de 71% dos AL (5.190 registos) estão localizados na União de freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória”, lê-se no estudo a que a Lusa teve acesso.

Dentro desta União de freguesias é, por sua vez, notável a concentração na antiga freguesia de Santo Ildefonso, que corresponde a cerca de 2.000 registos de AL.

Se considerarmos as sete freguesias do concelho do Porto, Bonfim aparece em segundo lugar com 962 AL, o que corresponde a 13% no total dos AL contabilizados.

A União de freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos aparece em terceiro lugar com 388 AL, o que correspondente a 5% do total de AL.

A freguesia de Paranhos e a União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde apresentam-se, respetivamente, com 292 e 182 registos de AL, seguindo-se as freguesias de Campanhã e de Ramalde com, respetivamente, 128 e 116 registos de AL.

O estudo foi preparado pelo Centro de Estudos de Gestão e Economia Aplicada da Universidade Católica do Porto em resposta a uma solicitação da Câmara Municipal do Porto, cujo coordenador foi Alberto Castro.

O presidente de Câmara do Porto, Rui Moreira, já disse estar disposto a implementar medidas de contenção para limitar o AL no centro histórico, após conhecer o estudo da Católica.

Em vigor desde 21 de outubro de 2018, as alterações legislativas ao regime do AL determinam que as câmaras municipais e as assembleias de condóminos podem intervir na autorização do exercício da atividade, permitindo a fixação de “áreas de contenção” para “preservar a realidade social dos bairros e lugares”.

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Horas a mais levam ACT a abrir 233 contraordenações contra empresas de transporte pesado

Mais e melhor fiscalização ao cumprimento da lei é das reivindicações mais repetidas pelos sindicatos de motoristas. Números da ACT mostram porquê: violações das condições de trabalho dispararam.

O excesso de horas exigido pelas empresas, a falta de condições de segurança e saúde ou o simples cumprimento das normas previstas para o pagamento de salários e outros subsídios têm sido das queixas mais apontadas pelos sindicatos de motoristas de transporte rodoviário que avançaram e/ou ainda ameaçam avançar para a greve. E os números obtidos pelo ECO junto da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) ajudam a explicar porquê. As infrações estão a aumentar: em 2018 o total de procedimentos coercivos ou contraordenações nos transportes pesados dispararam 69%.

A procura por “um melhor e mais eficaz cumprimento das normas legais de legislação laboral e sobre segurança e saúde”, começou por explicar fonte oficial desta Autoridade no seguimento das questões do ECO, tem levado a ACT a intervir nos últimos anos de forma cada vez mais sistemática “no setor dos transportes rodoviários”, tanto de passageiros como de mercadorias, seja através de campanhas de informação, seja através do “controlo inspetivo nos locais de trabalho”.

Este reforço da ação inspetiva sobre o setor acabou por revelar uma tendência de crescimento nas infrações laborais cometidas pelas empresas, pelo menos nos últimos dois anos, os referentes aos dados fornecidos pela ACT. Se em 2017 os inspetores desta autoridade abriram um total de 138 procedimentos coercivos, em 2018 as contraordenações subiram para 233.

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“Em 2017, foram controlados 286.557 dias de condução e realizadas 1.420 visitas inspetivas no âmbito da intervenção inspetiva de controlo das condições de trabalho e repouso em transportes rodoviários”, detalhou fonte oficial da ACT. “Em resultado da atividade inspetiva desenvolvida, os serviços da ACT formalizaram 138 procedimentos coercivos, cuja moldura sancionatória mínima ascendeu ao valor de 197.000 euros”, acrescentou.

Já no ano passado, e com 297.160 dias de condução controlados e um total de 830 visitas inspetivas, as irregularidades identificadas levaram à instauração de “233 processos de contraordenação relativos ao controlo das condições de condução e repouso, aos quais esteve associada a moldura sancionatória mínima de mais de 291.112,92 euros”, apontou a ACT ao ECO.

Ou seja, e apenas de 2017 para 2018, foram abertos pela ACT mais 68,9% de processos que originaram sanções financeiras, tendo o valor global mínimo destas crescido 48% — de 197 mil para 291 mil euros.

Além dos processos que arrastam sanções pecuniárias, também as advertências elaboradas às empresas pelos inspetores de trabalho cresceram de 2017 para 2018, subindo de 142 advertências para 188 advertências de um ano para o outro. Já as notificações para a tomada de medidas concretas recuaram de um ano para o outro, caindo de 396 para 195 — o que pode ser explicado por eventuais reincidências, já que, após uma notificação ignorada, estas originam sanções.

Tratando-se de transporte rodoviário, as inspeções da ACT focam essencialmente no controlo “das condições de condução e repouso”, incluindo “matérias de duração dos períodos de condução e repouso na condução de veículos pesados, registo dos tempos de condução e repouso em suporte documental adequado, conservação dos registos nas empresas, informação e formação prestadas aos trabalhadores, transferência da responsabilidade civil por acidentes de trabalho e vigilância da saúde”, detalhou a autoridade ao ECO.

A ACT espera continuar a acompanhar o setor de transportes rodoviários como forma de assegurar “o cumprimento da legislação laboral e a promoção da melhoria das condições de trabalho no setor”, assegurou a Autoridade. E a ACT pode mesmo ver reforçadas as suas atividades inspetivas ao setor não apenas por decisão estratégica sua, como também em resultado da mediação do governo no conflito entre o Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e a ANTRAM.

Reivindicações e avanços negociais: mais inspeções

As queixas dos sindicatos sobre a falta de cumprimento da lei por parte das empresas de transportes têm sido uma constante no conflito que ganhou particular atenção após a greve com que o SNMMP avançou no passado dia 15 de abril. O pré-aviso relativo a esta greve apontava mesmo como uma das reivindicações “a abolição imediata de ajudas de custo”, uma rubrica salarial que, acusa o sindicato, “tem vindo a ser utilizado ilicitamente com vista ao pagamento de trabalho suplementar de forma a fugir às obrigações fiscais e tributárias, que se traduz numa fraude de milhões de euros”.

As reivindicações para que se assegure o cumprimento da lei por parte dos patrões tem sido mesmo um dos tópicos que este sindicato tem trazido para a mesa das negociações desde a primeira reunião, tanto que alguns dos pontos em que já surgiu um pré-acordo passam por aqui. Estes avanços, porém, têm sido “abafados” pela questão do salário-base.

Mas além do salário-base, e da criação de um estatuto específico para os motoristas de matérias perigosas, também tem sido discutida a criação de formas mais rápidas e eficazes para os trabalhadores denunciarem eventuais incumprimentos das empresas, assim como o reforço das ações inspetivas, seja pela ACT, seja por serviços da Segurança Social. Os motoristas procuram com isto assegurar que os horários que querem limitar — 40 horas por semana e não mais de 8 horas extra por semana — não serão apenas teóricos, mas respeitados na prática — incluindo o pagamento integral das horas extra.

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Governo e Altice chegam a tréguas no SIRESP. Memorando de entendimento deve surgir até final do mês

Negociações entre o Governo e os acionistas do SIRESP prolongaram-se nesta segunda-feira à noite, mas permitiram base de acordo. Memorando de entendimento deve ser celebrado até final de maio.

O Governo e os acionistas privados da SIRESP estão a negociar um memorando de entendimento para que se concretize a compra pelo Estado das participações privadas da operadora da Rede Nacional de Emergência e Segurança. O primeiro-ministro, António Costa, avançou esta segunda-feira no Parlamento que “esperava uma conclusão nas próximas horas“, o que acabou por ficar mais próximo durante a noite desse mesmo dia.

Ao que o ECO apurou, as partes ainda não chegaram a um acordo definitivo, mas na segunda-feira à noite estiveram reunidos com o ministro das Finanças, tendo o encontro permitido a definição de uma base de acordo. Esta base de acordo deverá permitir que, até ao final deste mês, seja celebrado um memorando de entendimento entre Estado, Altice e Motorola. A SIRESP é detida em 52,1% pela Altice, 33% pelo Estado e em 14,9% pela Motorola.

Tal como antes noticiado, o lento avançar destas negociações levou António Costa a chamar Mário Centeno para assumir as rédeas das mesmas, já que em causa está também encontrar uma solução que permita liquidar a dívida do Estado de 11 milhões de euros à empresa.

Com o estabelecimento de uma base de acordo entre Governo e acionistas privados da SIRESP, os receios de uma escalada num conflito entre as partes à conta da divida de 11 milhões de euros, num diferendo em que a SIRESP chegou a apresentar um ultimato ao Governo, conforme escreveu o Público, ao ameaçar desligar a rede de emergência nacional na véspera do início da época quente.

Esta terça-feira, e contactado pela Lusa, o Ministério das Finanças referiu apenas que “o Governo tem prosseguido negociações regulares com os acionistas privados da sociedade SIRESP, S.A., tendo em vista uma solução de acordo entre as partes”. Contudo, apontou, “até ao final das negociações não haverá quaisquer comentários adicionais”, disse fonte oficial das Finanças.

No debate quinzenal realizado esta segunda-feira, o primeiro-ministro apontou aos deputados que a SIRESP tem uma questão financeira com o Estado, que temos vindo a negociar no estrito limite da legalidade”, recordando que o Estado “não pode pagar algo que não tem o visto do Tribunal de Contas”. Ainda assim, avançou, “estou convencido de que nas próximas horas teremos uma conclusão das negociações”.

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Consolidação na banca anima BCP. Drones fazem subir Galp em Lisboa

Lisboa acompanhou a tendência pela Europa, recuperando das quedas recentes. O BCP destacou-se pela positiva, beneficiando da recuperação do setor na Europa.

Depois de quedas na Europa, motivadas pelos receios dos investidores em torno da guerra comercial entre os EUA e a China, as bolsas internacionais recuperam com sinais de entendimento. A bolsa de Lisboa fechou em alta na segunda sessão da semana, acompanhando a tendência positiva sentida no Velho Continente e nos Estados Unidos. O BCP, mas também a Galp Energia, puxaram pelo índice nacional.

As autoridades chinesas sinalizaram disponibilidade para continuar as negociações, e Trump mostrou-se também aberto a um entendimento. Estes avanços dão esperança aos investidores, que se mostraram mais animados do que na última sessão.

Pelo Velho Continente, a generalidade das praças também fechou no verde. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,9%, o francês CAC 1,4%, o espanhol Ibex 0,9% e o alemão DAX 0,8%. O índice de referência nacional, o PSI-20, subiu 0,76% para os 5.109,10 pontos.

Na bolsa nacional, o destaque foi para o BCP, no dia em que foi revelado que o banco italiano UniCredit está a preparar uma oferta de compra sobre o alemão Commerzbank, tendo já contratado bancos de investimento para assessorar a operação, segundo a Reuters. O banco liderado por Miguel Maya subiu 2,32% para os 0,2515 euros, dando gás ao índice.

Numa altura em que a tensão aumenta no Médio Oriente após um ataque com um drone num oleoduto saudita, perturbando a atividade do principal exportador mundial, o preço do barril de petróleo subiu. A petrolífera portuguesa Galp Energia viu os títulos valorizarem 1,60% para os 13,93 euros, enquanto a EDP caiu 0,10% para os 3,154 euros.

Nos ganhos é ainda de sublinhar o desempenho da Sonae, que tem uma valorização perto dos 2%, ao avançar 1,84% para os 0,9415 euros. A Mota-Engil foi quem mais valorizou. A construtora portuguesa avançou 3,23% para os 2,11 euros nesta sessão.

Já em terreno vermelho ficaram os CTT, que renovam o mínimo histórico, registado na última sessão. Um dia depois de os CTT terem confirmado que João Bento é o nome que se segue na presidência executiva (após a renúncia ao cargo por parte de Francisco de Lacerda), as suas ações caem 1,23% para 2,248 euros.

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“Divórcio milionário” em risco na Bragaparques

Domingos Névoa e Manuel Rodrigues estão a negociar um 'divórcio milionário' que deveria ter a sua conclusão no final da semana, mas tudo indica que os prazos vão ser furados (outra vez).

Afinal, o ‘divórcio milionário’ entre os empresários e sócios Domingos Névoa e Manuel Rodrigues está em risco, pelo menos nos termos em que estava definido, apurou o ECO junto de fontes que estão envolvidas no negócio. Depois de meses de negociações e de um acordo que previa que Manuel Rodrigues comprasse a Névoa os 50% do capital da Bragaparques, por 105 milhões de euros, ultrapassaram-se os calendários e o ‘divórcio’ poderá concretizar-se, mas com os sócios em lugares opostos.

De acordo com informações recolhidas pelo ECO, Manuel Rodrigues teria até ao dia 17 para fazer o pagamento a Domingos Névoa, mas já terá comunicado que não tem condições para o fazer neste calendário e terá pedido mais tempo, alegadamente por não estarem ainda reunidas as condições financeiras para suportar a operação. Ora, segundo as mesmas fontes, se o negócio não for fechado até sexta-feira, passa a ser Névoa a poder comprar a posição de 50% de Manuel Rodrigues na Bragaparques. Com uma ‘pequena’ diferença de preço. É que Névoa tinha oferecido “apenas” 65 milhões de euros a Manuel Rodrigues e agora, se este não aproveitar a janela para fechar o negócio, o direito de execução desta operação – conhecida nos mercados financeiros como ‘shot gun’ – passa para Névoa.

Manuel Rodrigues teria assegurado o financiamento do Novo Banco para fazer a operação e, posteriormente, o Haitong Bank entraria no negócio, juntamente com a sociedade Novo Banco Fundos (NB Fundos), para comprar 50% da sociedade, o que permitiria, na prática, financiar também a operação. Oficialmente, nenhuma das partes faz comentários, mas um facto é que Rodrigues comunicou a Névoa que não poderá fechar o negócio até sexta-feira.

Durante meses, o processo arrastou-se por causa de uma participação da Bragaparques na sociedade Aquapor. Qual é o problema? A Bragaparques tem uma participação de cerca de 30% no capital daquela operadora de água e, no âmbito do acordo, haveria uma cisão na empresa concessionária de parques de estacionamento para a Aquapor ficar do lado de Domingos Névoa, só que um terceiro acionista travou a operação. O grupo construtor e de engenharia de Braga, a DST, exigia direito de preferência e bloqueou o processo em tribunal. Depois de meses de discussões, houve um acordo com a DST, o que levou o seu presidente, José Teixeira, a abdicar desse direito e a viabilizar, na prática, o “divórcio empresarial” na Bragaparques. Ora, quando este processo ficou concluído, esperava-se que o acordo fosse fechado, o que não sucedeu até agora.

Quais são as contas implícitas no negócio que (ainda) está em cima da mesa: Segundo apurou o ECO, o empresário Manuel Rodrigues compraria 50% por 105 milhões de euros, ficando a controlar 100% da sociedade, e em seguida revenderia uma participação ao Haitong Capital e NB Fundos, por um valor na ordem dos 22 milhões de euros, que corresponderá a 50% da sociedade já com a dívida incluída. Porquê a diferença de valor? Esta operação, claro, tem um impacto no nível de endividamento da sociedade, porque a Bragaparques têm um nível de dívida da ordem dos 15 milhões de euros, segundo apurou o ECO, mas Manuel Rodrigues vai passar o financiamento desta operação para a própria Bragaparques. Resultado, o Enterprise Value da companhia vai aumentar num valor que poderá ascender a 100 milhões de euros, correspondente à soma do equity value (ações), da ordem dos 45 milhões de euros, mais o ‘novo’ endividamento.

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