Instituição do príncipe Aga Khan comprou Palacete Leitão em Lisboa por 13,5 milhões

  • Lusa
  • 9 Outubro 2020

O Imamat Ismaili pretende reforçar investimentos em Portugal projetando já o alargamento da futura sede mundial que está a ser instalada no Palácio Mendonça.

O Imamat Ismaili, instituição liderada pelo príncipe Aga Khan, adquiriu esta semana por 13,5 milhões de euros o Palacete Leitão, em Lisboa, junto ao terreno onde vai ser edificada a futura sede mundial, disse à Lusa fonte do organismo. De acordo com fonte oficial da instituição, para o imóvel está previsto um projeto de reabilitação ainda não orçamentado.

O Palacete Leitão, na rua Marquês de Fronteira, ocupa o terreno contíguo à futura sede mundial do Imamat Ismaili e deverá acolher uma parte dos serviços que ali vão ser instalados.

Com a nova aquisição concretizada esta semana, referiu a fonte, o Imamat Ismaili pretende reforçar investimentos em Portugal projetando já o alargamento da futura sede mundial que está a ser instalada no Palácio Mendonça, edifício histórico, atualmente alvo de uma intervenção de recuperação e reabilitação.

Os dois edifícios vizinhos vão permitir uma maior concentração dos serviços da instituição e das suas agências internacionais naquela zona de Lisboa.

A instalação em Portugal da sede do Imamat Ismaili foi consagrada através de um acordo, estabelecido em 2015, entre o Estado português e o Imamat Ismaili. A Câmara Municipal de Lisboa e a Direção-Geral do Património Cultural aprovaram a aquisição ao não exercerem o direito de preferência no negócio.

O edifício, de 1904, foi desenhado por Nicola Bigaglia, arquiteto, aguarelista e modelador veneziano que se radicou em Portugal, devendo o nome ao primeiro proprietário, o joalheiro José Pinto Leitão. Através da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN), o Imamat Ismaili é responsável por projetos de desenvolvimento social e cultural em todo o mundo, com o objetivo global de melhorar a qualidade de vida das populações.

Os ismailis são uma comunidade shia com mais de 15 milhões de pessoas, étnica e linguisticamente diversificada, residente em vários países do mundo. Na Europa, Portugal regista uma das maiores concentrações de muçulmanos ismailis com uma comunidade de 10 mil pessoas. O Inamat é a instituição ou gabinete do imã dos muçulmanos shia ismaili.

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Mantém-se impasse nas conversas do OE. “PS tem de negociar”, diz Catarina Martins

Catarina Martins enumerou uma série de matérias sobre as quais ainda não há acordo, nomeadamente a nova prestação social e injeções no Novo Banco.

A poucos dias da entrega na Assembleia da República, o Orçamento do Estado para 2021 continua a ser negociado entre os partidos. O Bloco de Esquerda reitera que, nas matérias essenciais, mantém-se “impasse”, bem como a “intransigência do PS”. Catarina Martins faz assim pressão sobre o PS para que negoceie e apresente contrapropostas.

O PS “tem de negociar, não tem maioria no Parlamento e o mandato que tem é para negociar para conseguir fazer o OE”, reitera a coordenadora bloquista, em declarações transmitidas pela SIC Notícias. Catarina Martins aponta o dedo aos socialistas dizendo que o Bloco “faz propostas o PS não apresenta sequer contrapropostas”.

A líder do BE enumerou as principais matérias em discussão, apontando que “não há avanço sobre contratação líquida de profissionais para o Serviço Nacional de Saúde”, nem sobre “contrapartidas de emprego exigidas pelo acesso a fundos europeus e apoios públicos e condições do despedimento”, sublinhando que o Governo “acha possível as empresas terem apoios mesmo sem garantirem emprego”.

Catarina Martins adianta ainda que “não há acordo sobre como se desenha a nova prestação social, porque o Governo quer manter condição de recursos que ainda vem do tempo da troika“, que “penaliza famílias com filhos”, devido à fórmula que contabiliza as crianças nos cálculos das prestações. A coordenadora bloquista referia-se a um novo apoio social extraordinário, também anunciado por Duarte Cordeiro, que tenha como referência o limiar da pobreza.

Na lista que Catarina Martins enunciou encontra-se ainda a exigência do Governo de “que o Parlamento se comprometa com uma injeção no Novo Banco antes dos resultados da investigação e auditoria”. O Bloco já fez saber que não concorda com a medida que o PS está a preparar para o Novo Banco, defendendo ao invés que seja a banca a financiar diretamente o banco, sem envolver o Fundo de Resolução.

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Mota-Engil afunda 8% e pressiona bolsa de Lisboa

O PSI-20 caiu quase 1% em linha com as principais praças europeias. A Mota-Engil vinha de cinco sessões a ganhar e com a queda de 8% desta sexta-feira apagou metade dos ganhos nesse período.

A Mota-Engil perdeu mais de 8% do seu valor em bolsa nesta sexta-feira, num desempenho que acabou por contaminar Lisboa. O PSI-20 caiu quase 1% em linha com as principais praças europeias.

As ações da construtora liderada por Gonçalo Moura Martins derraparam 8,25% para fechar nos 1,156 euros. Foi o pior registo diário desde 28 de agosto, quando tombou 12%. A Mota-Engil vinha de cinco sessões a ganhar e esta sexta-feira apagou metade dos ganhos nesse período.

Mota afunda 8%

A última sessão da semana acabou por ser negativa para quase todas as cotadas portuguesas. Apenas se “salvou” a Jerónimo Martins, que somou 2,11%. Ibersol e Sonae Capital, duas ações com menor liquidez, fecharam sem qualquer variação.

Do lado negativo, EDP Renováveis e BCP perderam 2,45% e 1,68%, respetivamente. Ambas as ações têm grande preponderância no rumo que a bolsa toma. Não é de estranhar por isso que o PSI-20 tenha acabado por perder 0,96% para 4.181,73 pontos.

A Europa também fechou em queda, mas as perdas não foram tão acentuadas. O Ibex-35 de Madrid perdeu cerca de 0,8% e o CAC-40 cedeu 0,6%. O DAX-30 fechou sem grande variação. O Stoxx 600 cedeu cerca de 0,6%.

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Projeto de revisão constitucional do Chega admitido no Parlamento

  • Lusa
  • 9 Outubro 2020

Apesar das dúvidas de constitucionalidade quanto a algumas das propostas, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, decidiu admitir o projeto de revisão constitucional do Chega.

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, admitiu esta sexta-feira o projeto de revisão constitucional do Chega, apesar das dúvidas de constitucionalidade quanto a algumas das propostas.

O despacho de admissão, com quatro páginas, é assinado por Ferro Rodrigues e foi divulgado esta sexta-feira pelo gabinete do presidente do parlamento.

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Esta Praça junta produtores nacionais no Hub Criativo do Beato

Vencedor do concurso lançado pela Startup Lisboa para a zona de comércio e serviços do Hub Criativo do Beato, a Praça é o primeiro mercado alimentar dedicado à excelência dos produtos nacionais.

O sítio onde nascerá A Praça, no Hub Criativo do Beato.Mariana Motta Veiga

Um refeitório. Um talho de carnes autóctones. Uma peixaria com grelha. Um mercado de produtos frescos. Uma adega. Um espaço dedicado ao azeite. Uma padaria. Uma pastelaria. Uma queijaria e charcutaria artesanal. Uma mercearia a granel. São estes espaços e apenas um: chama-se Praça e é o primeiro espaço de restauração e serviços do Hub Criativo do Beato.

Na prática, é um mercado de produtos nacionais onde só entram os de excelência. O projeto foi o vencedor do concurso lançado pela Startup Lisboa, que procurava um conceito de restauração e comércio integrados no projeto global do hub criativo.

“O conceito nasceu precisamente com o propósito de reforçar a identidade do que é nacional e levar os portugueses a consumir o que é português. Para isso foi feita uma seleção, cuidada e rigorosa de produtos frescos, biológicos e artesanais, resultante de uma procura por aquilo que de melhor produzem os pequenos e médios produtores nacionais”, assinala fonte do projeto, em comunicado. Por isso, já no próximo ano, a Praça terá produtos disponíveis para venda ou para serem utilizados nos vários espaços de restauração que o mercado vai integrar, “todos baseados numa cozinha de confeção simples, genuína e regional”.

A Praça foi apresentada esta sexta-feira: numa área de 1.700 metros quadrados divididos em dois edifícios — onde antes havia uma Fábrica de carnes (matadouro, talho, salsicharia e refeitório do pessoal civil da Manutenção Militar) e no antigo Edifício Administrativo e Oficina vai nascer um espaço “informal de convívio” que servirá para provar, comer, comprar e aprender ao mesmo tempo”, garante Cláudia Almeida e Silva, fundadora do projeto.

Produto como protagonista

Sem fronteiras entre o que se come e o que se compra, nesta Praça o destaque estará no produto, protagonista desta história, e no produtor, no centro da oferta.

Além do universo de serviços, a Praça terá ainda um Fórum que funcionará como ponto de encontro entre os produtores e os visitantes e uma escola “dedicada à aprendizagem e partilha de conhecimentos de temas relacionados com a alimentação, sustentabilidade, cozinha portuguesa”. Do local faz ainda parte um espaço dedicado às startups portuguesas ligadas à gastronomia.

“Sempre foi nossa intenção que os serviços estivessem completamente alinhados com o conceito global do HCB, nomeadamente, que pudéssemos vir a selecionar uma proposta inovadora, diferenciada e capaz de servir os diferentes tipos de perfis que coabitarão neste espaço”, assinala Miguel Fontes, diretor executivo da Startup Lisboa, responsável pelo projeto do Hub do Beato.

Com um investimento de três milhões de euros, o projeto arquitetónico da Praça está a cargo do gabinete Broadway Malyan Portugal e estima criar cerca de uma centena de postos de trabalho.

Parte do projeto da Praça, no Hub Criativo do Beato, ficou a cargo do gabinete de arquitetura Broadway Malyan Portugal.D.R.

Com um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação e social, a Praça vende apenas produtos de produção artesanal, sustentável e biológica e quer lançar uma Bolsa de Refeições Social para possibilitar o acesso a refeições por parte de famílias carenciadas da região. O espaço terá ainda hortas urbanas para servir as diferentes cozinhas e os próprios clientes.

Praça digital

Além do projeto físico, em Lisboa, a Praça quer dar a possibilidade de os seus clientes viajarem pelo país sem saírem de casa. Por isso, existem atualmente mais de 140 produtores e cerca de 700 produtos disponíveis na Praça Digital. A plataforma faz entregas nos concelhos de Lisboa, Cascais, Sintra e Setúbal e é uma forma de antecipar a abertura do espaço.

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Das duras previsões às medidas para conquistar a esquerda. O que já se sabe do OE

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o Orçamento do Estado para 2021, o qual será entregue na próxima segunda-feira no Parlamento. Eis o que já se sabe.

Mais de 16 medidas com a garantia do Governo, o PIB a recuperar mais de 5%, após uma queda de 8% em 2020, e o défice orçamental a descer para a casa dos 4%, depois de superar os 7%. Em traços gerais, será assim o Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) que o Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira — existindo ainda pontos por fechar —, para que o documento seja entregue no Parlamento na próxima segunda-feira e haja um primeiro debate na generalidade no final de outubro. As negociações ainda decorrem e muito poderá mudar na discussão parlamentar, mas aqui fica o que já se sabe sobre o Orçamento do ano da recuperação económica.

Com a garantia de que as regras orçamentais europeias não vão aplicar-se em 2021, o Governo tem luz verde para gastar, ainda que não possa esquecer o nível historicamente elevado da dívida pública. “Temos uma crise económica e social que precisa de um bom Orçamento. É a isso que temos de responder“, disse o primeiro-ministro esta terça-feira, para depois acrescentar no dia seguinte, num debate no Parlamento, que tem “muita esperança” que o OE 2021 seja viabilizado. Até 27 de novembro, dia da votação final global do Orçamento do Estado para 2021, ainda muito será negociado entre os partidos, mas é possível ter já uma noção daquilo com que os portugueses poderão contar para o próximo ano.

Desde logo, o ministro das Finanças, João Leão, garantiu que não haverá aumento de impostos nem corte de rendimentos no próximo ano. Da mesma forma, não deverá haver descidas significativas de impostos — salvo pequenas descidas cirúrgicas — nem grandes aumentos no rendimento, com a exceção a ser, para já, o salário mínimo, que deve subir mais de 20 euros, e as pensões, que deverão ter um aumento extraordinário em agosto do próximo ano. Ao que se sabe neste momento, os funcionários públicos não deverão ter subida dos salários, mantendo-se a normal evolução das progressões.

Uma das medidas bandeira deste Orçamento, que colhe na generalidade o apoio dos partidos à esquerda e do PAN, é o novo apoio social para os portugueses sem proteção social, mas falta saber os pormenores. Ainda não há dados concretos, podendo o valor variar entre os 381 e os 451 euros, tendo como referência o limiar de pobreza (cerca de 500 euros), mas o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentes, Duarte Cordeiro, explicou que este será um apoio temporário e extraordinário para os que não têm proteção social e que deverá abranger mais de 100 mil pessoas, o que custará “várias centenas de milhões de euros”.

Salário mínimo e lei laboral para agradar ao BE e PCP

Na Função Pública, o foco está no potencial aumento do salário mínimo dos funcionários públicos e na contratação de mais profissionais. Segundo Duarte Cordeiro, será feito um levantamento das necessidades para a concretização da contratação de mais 4.200 profissionais para o SNS em 2021 — os que estiverem na linha da frente da Covid-19 contarão também com um subsídio extraordinário de risco. Haverá ainda mais 260 profissionais para o INEM e mais 60 inspetores para a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT). Outra das novidades é que haverá, no próximo ano, um novo programa de estágios na administração central e local para jovens desempregados ou à procura do primeiro emprego.

As alterações nas leis laborais — que podem não ter obrigatoriamente reflexo no OE 2021, mas que estão a ser negociadas neste âmbito — passam pela moratória que suspende prazos de caducidade das contratações coletivas por 18 meses, pelo alargamento da negociação coletiva a trabalhadores em regime de outsourcing, pela limitação das renovações dos contratos ao nível do trabalho temporário para três (atualmente é seis) e pela nova legislação do teletrabalho com o objetivo de controlar o abuso e regulamentar os direitos dos trabalhadores.

Novo Banco e TAP em dúvida

Uma das grandes incógnitas deste OE continua a ser o Novo Banco, um tema que marca a discussão orçamental desde que o banco foi vendido ao Lone Star em 2017 com o mecanismo de capital contingente que permitia empréstimos estatais até 3,9 mil milhões de euros através do Fundo de Resolução. O Governo está à procura de uma solução que não obrigue o Estado a fazer um empréstimo ao FdR no próximo ano. A alternativa poderá passar por um empréstimo dos bancos ao FdR, mas o BE discorda da solução.

Em dúvida está também se a TAP poderá precisar de mais dinheiro no próximo ano, tendo em conta a evolução da pandemia e o seu impacto no setor da aviação e do turismo, agora que o Estado vai controlar totalmente a empresa.

Para tentar colher o apoio do PAN, o Governo também mostrou disponibilidade para acolher a proposta de uma tara de 10 a 20 cêntimos sobre as máscaras descartáveis para combater a poluição, para fazer investimentos para a criação de centros de recolha oficial de animais e para manter as verbas para a esterilização e campanhas de identificação eletrónica de animais de companhia. Deverá ser mantida ainda a verba de 130 milhões de euros ao abrigo do Programa de apoio à redução tarifária nos transportes públicos (PART) para contribuir para a redução do preço dos transportes públicos.

OE 2021 entre a despesa herdada e os novos fundos europeus

É de notar que o Governo conta já com quase dois mil milhões de euros de impacto orçamental automático no próximo ano por causa de medidas tomadas em anos anteriores. Tal inclui, por exemplo, os investimentos previstos no Programa de Emergência Económica e Social (PEES) ou o aumento automático de despesa — por causa das progressões e da demografia — da despesa com pessoal e dos gastos com pensões. Mais: o Governo prolongou as moratórias bancárias até setembro do próximo ano, em 2021 haverá a segunda fase do programa de apoio à promoção dos edifícios mais sustentáveis, há ainda a redução do IVA na eletricidade para os consumos mais baixos e o programa de devolução do IVA nos setores mais afetados pela pandemia como a restauração, alojamento e cultura.

Por fim, o OE 2021 deverá ser o primeiro em que Portugal contará com dinheiro do Instrumento de Resiliência e Recuperação, uma das partes do fundo de recuperação europeu aprovado em julho e que está a ser negociado agora com o Parlamento Europeu. Em causa poderão estar mais de 900 milhões de euros, segundo o Expresso, ao abrigo do pré-financiamento do Instrumento que dará ao todo 12,9 mil milhões de euros em subsídios a Portugal. Contudo, tudo dependerá do andamento das negociações entre o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu, a ratificação por parte dos Parlamentos nacionais e a rapidez com que a Comissão Europeia poderá, posteriormente, ir aos mercados financeiros emitir dívida.

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MOBI.E abre concurso para dez centros de carregamento elétrico com investimento de 1,75 milhões

  • Lusa
  • 9 Outubro 2020

Cada um dos centros vai ter nove postos: um de carregamento ultrarrápido, três de carregamento rápido e cinco de carregamento normal, permitindo o carregamento simultâneo de 18 veículos.

A MOBI.E anunciou esta sexta-feira o lançamento de um concurso para escolher até quatro empresas para instalação de dez centros de carregamento de veículos elétricos, num investimento de 1,75 milhões de euros, financiado pelo Fundo Ambiental.

Em comunicado, a gestora da rede de mobilidade elétrica esclarece que a iniciativa “visa reforçar a infraestrutura de carregamento de acesso público em 90 postos de carregamento”, através de um projeto-piloto integrado no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) do Governo e que conta com o financiamento de 1,75 milhões de euros do Fundo Ambiental.

Cada um dos centros, a que a MOBI.E chama de hub, vai ser constituído por nove postos: um de carregamento ultrarrápido (150 quilowatt (kW)), três de carregamento rápido (50 kW) e cinco de carregamento normal (22 kW), permitindo o carregamento simultâneo de 18 veículos. O projeto conta também com a parceria de vários municípios do país, que terão a função de selecionar, disponibilizar e licenciar o espaço de instalação dos hubs.

Por sua vez, à MOBI.E caberá a instalação dos equipamentos de carregamento e respetivas ligações à rede elétrica. “Durante o processo de instalação, será lançado um procedimento de contratação pública para a concessão da operação dos hubs, de forma a garantir que o início do seu funcionamento ocorra até ao final do primeiro semestre de 2021”, adiantou o presidente da MOBI.E, Luís Barroso, citado no comunicado.

A apresentação de propostas a concurso pode ser feita até 6 de novembro, através da plataforma eletrónica ACinGOV. As empresas selecionadas serão, posteriormente, convidadas a apresentar as suas propostas.

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Governo quer voto antecipado para eleitores confinados para além das presidenciais

  • Lusa e ECO
  • 9 Outubro 2020

O Governo quer dar aos eleitores confinados mais tempo para estes votarem antecipadamente nas presidenciais. Propõe que prazo dure enquanto a pandemia atingir o país.

O Governo defendeu esta sexta-feira que a possibilidade de voto antecipado para cidadãos sujeitos a confinamento obrigatório, por causa do coronavírus, deve estender-se para além das eleições presidenciais e vigorar enquanto a pandemia atingir o país.

Esta posição foi defendida pelo secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, no Parlamento, aproximando-se neste ponto daquilo que tem preconizado o PSD.

Numa referência ao diploma do PS, que limita às próximas eleições presidenciais, de janeiro de 2021, o voto antecipado para cidadãos alvo de confinamento, Antero Luís contrapôs que essa legislação excecional “deverá manter-se enquanto durar a pandemia“. “Infelizmente, poderemos não ter a situação pandémica resolvida até outubro do próximo ano”, quando se realizarem eleições autárquicas, avisou o secretário de Estado.

Neste ponto, o PSD já antes tinha defendido a necessidade de se prever que esse regime excecional para cidadãos alvo de confinamento se aplique também a eventuais eleições intercalares ou a referendos a realizar ao longo do próximo ano — uma medida que o PS, por intermédio do “vice” da bancada Pedro Delgado Alves, manifestou-se aberto para a aceitar na fase de especialidade do processo legislativo.

Na sua intervenção, Antero Luís manifestou também reservas sobre alguns pontos presentes no diploma apresentado pela bancada social-democrata, designadamente quando prevê face ao do PS um aumento do número potencial de eleitores confinados com direito ao voto antecipado.

O PSD pretende dar direito ao voto antecipado a cidadãos confinados fora da sua área de recenseamento, mas o Governo entende que essa norma terá “grandes dificuldades de execução prática”. “Vamos imaginar um cidadão inscrito no continente e que fica retido nos Açores ou na Madeira. Como será possível fazer o transporte do voto deste eleitoral para o seu local de recenseamento em prazo razoável?”, questionou o secretário de Estado.

Antero Luís observou ainda que o desdobramento das mesas de voto para mil eleitores no máximo — medida com a qual o PS pretende assegurar distanciamento social no ato eleitoral — significa mais 2.793 mesas a preencher.

De acordo com a estimativa apresentada pelo membro do Governo, para dar cumprimento a esta medida, “serão necessários mais 13.965 cidadãos para participar no processo eleitoral”. “Obviamente que isto ajuda em termos de pandemia, já que haverá menos eleitores por cada secção de voto, mas implica um reforço substancial de logística do ponto de vista da administração eleitoral”, advertiu.

Antero Luís disse depois que a Secretaria Geral da Administração Interna e o Ministério das Finanças “já fizeram um levantamento dos custos”. “Do ponto de vista financeiro, a medida está assegurada. Do ponto de vista logístico, a administração eleitoral também assegurará o cumprimento de eventual legislação que venha a ser aprovada pelo parlamento”, acrescentou o secretário de Estado.

Esta sexta-feira, durante as votações no Parlamento, tanto o projeto de lei do PS como o do PSD foram aprovados na generalidade, contudo, vão baixar à primeira comissão, podendo ainda sofrer algumas mudanças. Desconhece-se ainda quando acontecerá a votação final global das propostas.

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“Ubers” estão em recuperação após “grandes quebras” da pandemia

  • Lusa
  • 9 Outubro 2020

O negócio das plataformas de TVDE está em fase de recuperação, depois das "grandes quebras" que chegaram a 90% durante o confinamento. Retoma está a ser mais fácil em Lisboa do que no Algarve.

Os operadores de plataformas TVDE (transporte individual e remunerado de passageiros em veículo descaracterizado) sofreram grandes quebras de serviço com a pandemia de Covid-19, encontrando-se atualmente em fase de recuperação.

Numa ronda pelas três operadoras atualmente a trabalhar em Portugal — Bolt, Uber e Free Now –, todas referiram que, durante o confinamento e sensivelmente até junho, houve um “forte bloqueio à mobilidade nas cidades”, pelo que houve uma queda significativa nos serviços prestados.

“Sentimos uma queda enorme ao nível do negócio, a rondar os 90%. Contudo, em junho começámos a recuperar rapidamente e, neste momento, estamos já com a operação a decorrer a níveis acima do que estava a acontecer em fevereiro”, disse o responsável da Bolt em Portugal, David Ferreira da Silva.

Apesar de a plataforma ter sofrido inicialmente uma “redução significativa do número de motoristas”, recuperou o número de profissionais associados que tinha ativos em fevereiro: “O que é um sinal muito positivo de que as coisas estão de facto a melhorar”, afirmou. Também no número de operadores (empresas, que podem corresponder a um ou a vários motoristas) não foi sentida uma “diminuição significativa”.

Embora sem avançar com números de viagens, o responsável da Bolt referiu que estes já são “semelhantes” aos de antes da pandemia.

Já tendo em conta a recuperação, David Ferreira da Silva explicou que as tendências “têm sido semelhantes em todo o país, exceto no Algarve”, que nesta altura “está fortemente dependente do turismo e das atividades noturnas”.

Também a Uber, a primeira operadora de transporte individual a partir de plataforma eletrónica a operar em Portugal, referiu que com o “gradual desconfinamento do país tem havido uma recuperação”.

“A mobilidade tem uma grande correlação com o dinamismo económico do país e, infelizmente, ainda estamos a atravessar uma crise pronunciada. No entanto, sentimos que muitos portugueses estão a olhar para o TVDE como uma alternativa segura para se deslocarem e uma alternativa ao transporte individual”, sublinhou o diretor-geral da Uber em Portugal, Manuel Pina.

Reconhecendo que o serviço prestado pela plataforma tem “naturalmente maior adesão nas zonas urbanas”, Manuel Pina lembrou que após a expansão dos serviços para todo o território nacional em julho “já foram realizadas viagens TVDE em 17 dos 18 distritos” do continente português.

Em relação ao número de viagens realizadas antes da pandemia e depois do confinamento, o responsável referiu que a operadora (também com serviço de distribuição de comida) “não comenta o impacto da Covid-19 no negócio em nenhum mercado em específico”. A nível global, acrescentou, “o impacto foi de 73% no negócio equivalente ao TVDE”.

Em junho deste ano surgiu a plataforma de mobilidade Free Now, criada a partir da MyTaxi (serviço de transporte em táxis através de uma aplicação de telemóvel) e que integra também os TVDE da Kapten (marca que começou a sua atividade em Portugal como Chauffer Privé).

À Lusa, o diretor-geral da Free Now para Portugal, Sérgio Pereira, reconheceu que a operadora teve “uma razoável apresentação ao mercado”, ainda que, “naturalmente, abaixo do que era expectável”, devido à Covid-19.

Para essa razoabilidade, considerou, contribuíram “a herança e o know-how do mercado” que vieram de ambas as marcas que compõem agora a Free Now.

De acordo com Sérgio Pereira, em geral, a queda do número de viagens na plataforma foi “sensivelmente de 70% no pico da pandemia e atualmente de menos 30% em comparação com 2019”. “Em média estamos com menos 50% no segundo e terceiro trimestre de 2020 comparativamente com o ano passado”, exemplificou.

Pelo facto de ser uma aplicação que junta táxis e TVDE, Sérgio Pereira reconhece ser “expectável que quanto maior for a oferta mais facilmente chega a um número mais elevado de clientes e, ao ser mais completa, mais apelativa será”.

“Temos clientes que preferem TVDE e outros que continuam a preferir o táxi. A Free Now, enquanto plataforma que reúne vários tipos de serviços na mesma aplicação, tem um espetro de atuação mais amplo”, sublinhou.

Lisboa recupera melhor do que o Algarve

António Fernandes, do Sindicato Motoristas TVDE de Portugal, referiu que o setor está a assistir a uma recuperação que “é mais lenta numas zonas e noutras mais rápida”.

“A atividade económica não está como antes da pandemia, as nossas faturações ainda não chegam lá. Em Lisboa, por exemplo, está a ser mais fácil recuperar do que no Algarve, que entrou agora em época baixa, estão com mais dificuldades em recuperar”, adiantou.

Reconhecendo que “uma grande maioria parou durante a pandemia”, António Fernandes avançou que alguns motoristas “acabaram mesmo por abandonar e não estão em atividade”, enquanto outros conseguiram “aguentar-se com o apoio que o Estado disponibilizou”.

De acordo com o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, encontram-se licenciados dez operadores de plataformas de TVDE, o que não implica que estejam todos em atividade. Segundo os dados até 30 de setembro deste ano, estavam igualmente licenciados 8.021 operadores de TVDE e certificados 26.971 motoristas.

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Clubes gastaram menos 1,6 mil milhões em transferências no defeso

  • Lusa
  • 9 Outubro 2020

Os clubes de futebol gastaram menos 1,6 mil milhões de euros em transferências de jogadores este verão, em relação ao mesmo período em 2019, anunciou esta sexta-feira a FIFA.

Os clubes de futebol gastaram menos 1,6 mil milhões de euros (ME) em transferências de jogadores na ‘janela’ de transferências de verão, em relação ao mesmo período em 2019, anunciou esta sexta-feira a FIFA.

Num relatório publicado esta sexta-feira pelo organismo de cúpula do futebol mundial, fica evidente o impacto da pandemia de covid-19 nos mercados, sobretudo na ‘janela’ de transferências europeia, com a FIFA a registar, ao todo, um volume de cerca de 3,3 mil milhões de euros gastos em transações neste defeso.

Os principais gastadores foram os clubes europeus, com um terço dessa fatia dedicada ao futebol inglês, e também a Europa regista o principal volume de vendas, num relatório da FIFA que não inclui valores relativos a transferências dentro de um mesmo país.

Desde 2010 que os clubes são obrigados a partilhar os detalhes financeiros de transferências entre emblemas de países diferentes, registados numa plataforma dedicada, com o futebol feminino a fazer o mesmo desde 2018.

Neste campo, o valor quase duplicou em relação a 2019, mas ascendeu ainda apenas a cerca de 700 mil euros, entre junho e os primeiros dias de outubro.

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Wall Street avança a caminho da segunda semana de ganhos

Otimismo em relação à aprovação de algumas medidas de estímulo à economia dá força às bolsas norte-americanas. S&P 500 e Dow Jones rumam à segunda semana de ganhos.

Wall Street prepara-se para fechar em alta pela segunda semana seguida, perante um tom otimista em relação à aprovação de mais estímulos às empresas e famílias e numa altura em que cresce a expectativa em torno de uma vitória democrata nas eleições do próximo mês.

Depois de ter anunciado o fim das negociações a propósito de um amplo plano de ajuda até à realização do ato eleitoral, Donald Trump veio pedir esta quinta-feira aquilo que chamou de “pequeno” alívio à economia que pudesse incluir propostas como pagamentos diretos às famílias e um resgate ao setor da aviação. Do outro lado, a porta-voz da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, respondeu que tais ajudas só teriam aval dos democratas se tivesse garantias de que as negociações em torno de um pacote alargado de estímulos sejam retomadas.

Na esperança de que as duas partes cheguem a um acordo, as companhias aéreas JetBlue, United, Delta e American Airlines registavam ganhos até 1%.

“O mercado mantém-se em alta na esperança de algum tipo de desfecho em relação aos estímulos, não apenas aqueles endereçados às companhias aéreas, mas também ao resto do país”, disse Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities, citado pela agência Reuters.

Neste cenário, o S&P 500 e o industrial Dow Jones avançam 0,49% e 0,42% no arranque da sessão e rumam à segunda semana seguida de ganhos. O tecnológico Nasdaq sobe 0,59%.

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Desconto “mais significativo” a veículos ligeiros nas ex-Scut

  • Lusa
  • 9 Outubro 2020

"Com esta medida garante-se um sistema de portagens mais simples, com menores custos para o utilizador e que simultaneamente garanta a sustentabilidade orçamental", garante o Governo.

A ministra da Coesão Territorial disse esta sexta-feira à agência Lusa que o Governo aprovará, ainda este ano, um sistema de desconto nas taxas das portagens nas ex-Scut (vias sem custos para os utilizadores), com “o desconto mais significativo” destinado às viaturas ligeiras.

“O Governo aprovará em 2020, logo a seguir à apresentação do Orçamento do Estado, com efeitos em 2021, um sistema de descontos nas taxas de portagens, por forma a garantir a uniformização dos descontos existentes e atribuindo um desconto mais significativo aos veículos ligeiros”, adiantou Ana Abrunhosa.

A medida em causa “dirige-se às vias ex-Scut, situadas preferencialmente em territórios do Interior, permitindo a redução dos custos de contexto e aproximando as populações”.

Em maio, a ministra da Coesão Territorial tinha assumido, durante uma audição no Parlamento, que o dossiê para redução das portagens das ex-Scut do Interior seria enviado para o Ministério das Finanças. “Nas portagens, temos o dossiê pronto para enviar para as Finanças e digo-lhe, senhor deputado, esta ministra vai conseguir aquilo que prometeu. Se não, deixo de ser ministra”, assegurou, na altura, Ana Abrunhosa.

A ministra respondia assim ao deputado social-democrata Carlos Peixoto, que acusou o Governo de perder poder negocial porque “parece ter anunciado descontos e só depois vai negociar com as concessionárias”. De acordo com Ana Abrunhosa, o dossiê enviado ao Ministério das Finanças continha todo o trabalho técnico “para continuar a implementar uma metodologia que foi aprovada em Conselho de Ministros de redução de portagens com incidência nos territórios do interior”, relativas às antigas vias sem custos para o utilizador.

“Mantemos os calendários dos descontos. O nosso compromisso era que os descontos eram implementados durante o terceiro trimestre deste ano e, portanto, mantemos este calendário”, assegurava Ana Abrunhosa em maio. Ana Abrunhosa realçou ainda, nessa altura, que o estudo sobre as antigas Scut do Interior “é um bocado complexo por causa das parcerias público-privadas”, apesar de a maior parte das concessões pertencerem à Infraestruturas de Portugal, o que implicará, neste caso, “compensações em termos de Orçamento”.

Não é só para o transporte de ‘classe 1’. Estamos a prever – o que nunca aconteceu – [que] é para empresas de transporte de passageiros também, portanto, estimulando a mobilidade e o uso de transporte coletivo”, disse. “Tem também para os veículos de mercadorias que, depois, tem um impacto muito importante. Nalguns mercados, um cêntimo de poupança é um ganho de competitividade”, acrescentou.

Ana Abrunhosa destacou ainda que, no caso do Interior, o plano abrange “as vias cuja capacidade está por utilizar, e que, nalguns casos, não têm uma alternativa viável e cujo aumento de utilização envolve menor sinistralidade”. A ministra disse também que, no âmbito do plano para a valorização do Interior, foram aprovados oito mil projetos, cerca de um terço do total das operações aprovadas no país. “Só no interior foram aprovados projetos no valor de 1500 milhões de euros nas diferentes áreas: empresas, desenvolvimento urbano, educação, emprego, cultura e património”, sublinhou na ocasião.

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