CTT sobem 6% em véspera de resultados. Lisboa valoriza e contraria Europa

O índice de referência nacional fechou a segunda sessão da semana acima da linha de água. Os CTT destacaram-se e somaram mais de 6%, na véspera de apresentarem resultados do semestre.

Lisboa terminou a sessão desta terça-feira acima da linha de água, com 14 das cotadas a registarem ganhos. Os CTT foram a estrela desta sessão, tendo avançado mais de 6%, um dia antes de apresentar os resultados do semestre. A puxar pela bolsa nacional estiveram ainda os títulos do BCP, que subiram quase 2%.

O índice nacional PSI-20 valorizou 0,73%, para 4.379,78 pontos, prolongando os ganhos registados na última sessão. Lisboa contrariou assim a tendência registada em várias das restantes praças do Velho Continente, com o Stoxx 600 a cair 0,2%, o alemão DAX a recuar 0,5% e o britânico FTSE 100 a descer 0,1%. Em linha com Lisboa, o francês CAC-40 avançou 0,3% e o espanhol Ibex somou 2,1%.

Por cá, os CTT protagonizaram os ganhos mais expressivos. Os títulos da empresa de correios subiram 6,18%, para 2,49 euros, em véspera de apresentarem os resultados do primeiro semestre, depois do fecho da sessão bolsista.

Evolução das ações dos CTT na bolsa de Lisboa

Destaque ainda para o BCP, cujas ações valorizaram 1,91% para 0,1016 euros e deram gás à bolsa nacional. No verde, ficou ainda a Mota-Engil — cujos títulos subiram 2,17% para 1,2260 euros — e a Corticeira Amorim — cujas ações somaram 2,13% para 10,06 euros. Isto depois desta última empresa ter anunciado que fechou o primeiro semestre de 2020 com lucros de 34,27 milhões de euros, menos 15,1% do que no mesmo período de 2019.

Na energia, os títulos da Galp Energia subiram 1,64%, para 9,274 euros, e os da EDP avançaram 0,37%, para 4,37 euros. No mesmo setor, mas do outro lado da linha de água, as ações da EDP Renováveis recuaram 0,72% para 13,84 euros.

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Festa do Avante garante que vai cumprir todas as regras num recinto para 100 mil pessoas

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

A organização comunista da Festa do Avante! garante que vai cumprir todas as regras de distanciamento e higiene, num recinto cuja lotação oficial é de 100 mil pessoas.

A organização comunista da Festa do Avante garantiu esta terça-feira o escrupuloso cumprimento das regras de distanciamento e higiene sanitários impostos pelas autoridades, devido à pandemia de coronavírus, num recinto cuja lotação oficial é de 100 mil pessoas.

O principal responsável pelo evento, Alexandre Araújo, membro do Secretariado do Comité Central do PCP, evitou adiantar “números” de bilhetes já vendidos, qualquer previsão de visitantes ou mesmo esclarecer se vai haver um limite à entrada de pessoas, numa conferência de imprensa nos terrenos da 44.ª edição do certame político-cultural comunista.

“A Direção-Geral da Saúde (DGS) conhece a lotação habitual da festa. Nós temos tido uma lotação estabelecida, do ponto de vista das licenças emitidas, que se aproxima dos 100 mil. Digamos que… Bem, não digamos mais nada”, limitou-se a dizer, após ser insistentemente questionado.

O dirigente do PCP confirmou que a venda de bebidas alcoólicas, por exemplo, vai respeitar “legislação e regras em vigor”, pois “neste momento é proibida a sua venda depois das 20h00, à exceção de estabelecimentos de restauração” e será isso que se vai passar nas quintas da Atalaia e do Cabo da Marinha, Amora, Seixal, entre 4 e 06 de setembro.

“Pronto, isso não sei, há um certo fascínio por números… eu, relativamente, a números… temos tido uma participação normal nas jornadas de trabalho, de fim de semana para fim de semana: 150, 200 pessoas a trabalhar. Tem estado ao nível de anos anteriores”, afirmou Araújo, sobre os voluntários que estão a construir as infraestruturas do recinto desde 6 de junho.

A EP (Entrada Permanente, um bilhete para os três dias) da Festa do Avante! 20202, com o custo de 26 euros até 3 de setembro, está à venda desde o Natal, de forma descentralizada, junto das diversas organizações do partido, um pouco por todo o país. Em qualquer dos dias de espetáculos, o bilhete aumenta para 38 euros, embora as crianças até 14 anos não paguem, desde que acompanhadas por adulto.

“Quanto ao número de bilhetes vendidos, talvez para responder com clareza, como se isso constituísse um grande ‘furo’, mas não será hoje ainda que anunciaremos esse número. Portanto, não avançaríamos essa informação. A EP é vendida de forma descentralizada nas organizações do partido. Vamos procurando conhecer e temos uma ideia aproximada, não exata”, esquivou-se.

Segundo Alexandre Araújo não está ainda colocada “nenhuma limitação do ponto de vista global à presença [de pessoas] na festa”, já que se trata de “um espaço muito amplo, mais aberto, com menos construção do que em anos anteriores, exatamente para permitir maior distanciamento entre as pessoas”, tendo a organização optado por introduzir ”lugares marcados nos espetáculos” e para o comício de encerramento.

“A festa não é exceção em relação àquilo que está hoje colocado, do ponto de vista das recomendações quanto a aglomerações, da distância física que se deve conservar, do uso da máscara quando se está em determinados espaços ou com determinado número de pessoas. Isso hoje são aspetos que estão em aplicação e que o conjunto dos portugueses adotou esse tipo de procedimentos. Na festa isso não será diferente”, assegurou.

O dirigente comunista revelou ainda que, “desde a primeira hora”, foi entregue um “documento na DGS com todo um conjunto de elementos quanto à previsão de funcionamento da festa”, encontrando-se o partido e a organização “a trabalhar na arrumação e fecho final do plano de contingência”.

“Nós temos denunciado. Digamos que ocorre em relação à festa uma certa campanha de quase criminalização. Em muitos aspetos, mais do que a preocupação com aspetos da saúde pública, o que se vê aí é um certo objetivo de isolar a festa, criar dificuldades a que as pessoas a visitem. Procura-se criar uma hostilidade que não se verifica em relação a outros eventos. Pensamos que esses objetivos são políticos e que têm a resposta política que procuraremos dar”, lamentou.

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Programa Valorizar aprova dez projetos de turismo acessível. Investe mais de 2,8 milhões

Criado em 2016, o Programa Valorizar já financiou mais de 700 projetos, num investimento de 155 milhões de euros. Segunda fase recebeu 352 candidaturas, das quais 85 foram aprovadas.

O Programa Valorizar, criado há quatro anos para apoiar a reabilitação de projetos com interesse para o turismo nacional, aprovou recentemente dez projetos de turismo acessível, num investimento superior a 2,8 milhões de euros, anunciou o Ministério da Economia.

Este segundo aviso do Programa Valorizar recebeu 352 candidaturas, das quais 85 já foram aprovadas (24%). No que diz respeito ao turismo acessível, foram recebidas 29 candidaturas das quais dez receberam “luz verde”, num incentivo que ultrapassa os 1,4 milhões de euros, num investimento total superior a 2,8 milhões de euros, nota o mesmo ministério.

“A taxa de apoio no turismo acessível é, assim, superior à taxa global de candidaturas aprovadas no programa”, lê-se no comunicado, que dá conta de sete contratos assinados esta terça-feira em Coimbra no âmbito de projetos de turismo acessível apoiados pelo Programa Valorizar, entre o Turismo de Portugal e os promotores dos seguintes projetos:

  • Criação de suportes acessíveis e inclusivos da informação turística (Município de Albergaria-a-Velha);
  • Bombarral4all (Município do Bombarral);
  • Algarve for All — Promoção e Desenvolvimento do Turismo Acessível (Região de Turismo do Algarve);
  • Praia Del Rey Mais Acessível — Praia e Percursos Pedestres (Junta Freguesia da Amoreira e Município de Óbidos);
  • Bom Sucesso +Acessível — Praia e Percursos Pedestres (Junta Freguesia do Vau e Município de Óbidos);
  • Transporte Acessível para Todos (Tourismforall Unipessoal);
  • Museu da Ciência — Criação de Acessibilidades ao Turista (Universidade de Coimbra).

Os projetos aprovados são dinamizados por entidades públicas e privadas, destacando-se no primeiro grupo as autarquias, “sempre em estreita articulação com as Entidades Regionais de Turismo”.

O Programa Valorizar foi criado em 2016 com o objetivo de promover Portugal como destino turístico, através da regeneração e reabilitação dos espaços públicos com interesse para o turismo e da valorização do património cultural e natural do país. Ao mesmo tempo, pretende promover condições para a desconcentração da procura, para a redução da sazonalidade e, assim, para a crescente criação de valor e de emprego.

Dinamizado pelo Turismo de Portugal, já financiou até ao momento mais de 700 projetos, envolvendo um investimento de 155 milhões de euros e um incentivo de superior a 100 milhões de euros, refere o Ministério da Economia.

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Anacom volta a propor limites às “multas” por quebra de fidelização e quer presidente nomeado por concurso

A Anacom já entregou ao Governo e ao Parlamento a proposta de transposição do Código Europeu das Comunicações. Inclui limites às "multas" nas fidelizações e a nomeação do "board" por concurso.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) já entregou ao Governo e ao Parlamento o anteprojeto de transposição do Código Europeu das Comunicações Eletrónicas, no qual inclui medidas que tem vindo a defender, entre as quais a imposição de novos limites às “multas” que os clientes têm de pagar para romperem contratos sujeitos a fidelização. Esta nova legislação “irá substituir a Lei das Comunicações Eletrónicas” atualmente em vigor, que constitui o enquadramento legal das operadoras de telecomunicações em Portugal.

“O código estabelece o novo quadro regulamentar que dará resposta às necessidades crescentes de conectividade dos cidadãos nacionais e europeus, nomeadamente por via de medidas que estimulem o investimento em redes de capacidade muito elevada”, indica a Anacom, em comunicado. O regulador acrescenta que a nova lei, que transpõe o estipulado a nível europeu, consagra “novos mecanismos de regulação dos mercados” e contempla uma “diferente abordagem do serviço universal”.

Além disso, segundo a Anacom, o código “visa a criação de condições para promover a rápida implementação do 5G na Europa”. O leilão de frequências em Portugal deverá arrancar já em outubro.

“A proteção dos utilizadores merece particular destaque, sendo proposto um reforço dos direitos em matéria de mobilidade dos assinantes no mercado, em linha com as recomendações formuladas pela Autoridade da Concorrência, recuperando-se algumas das propostas que nesta sede a Anacom apresentou ao Governo e à AR [Assembleia da República] em fevereiro de 2019”, continua o regulador.

Entre essas propostas está uma revisão e clarificação dos “limites a aplicar ao valor dos encargos a suportar pelos assinantes em caso de denúncia antecipada de contratos com períodos de fidelização”. O regulador propõe que “deixem de estar associados ao valor das contrapartidas até aqui tidas como justificativas de períodos de fidelização e passem a ter como limite máximo uma percentagem do valor das mensalidades vincendas, em função do tempo de contrato já cumprido”.

Anacom quer Conselho de Administração escolhido por concurso público

Outra proposta incluída pelo regulador no anteprojeto agora entregue é uma alteração significativa na forma como é nomeado o Conselho de Administração da própria Anacom. Atualmente, os nomes são propostos pelo Governo, sujeitos a uma avaliação do Parlamento que, apesar de não ser vinculativa, o Governo tende a respeitar. Mas a Anacom quer mudar este mecanismo e adotar um procedimento de concurso público.

“No que se refere à nomeação dos membros do Conselho de Administração, de modo a corresponder a um processo de seleção aberto e transparente previsto no Código das Comunicações Eletrónicas, a Anacom propõe um procedimento de seleção do tipo concurso público em condições a definir, as quais devem continuar a assegurar o princípio da transparência e os mecanismos de legitimação pelos órgãos de soberania, nos termos que se entenderem adequados e mantendo o cumprimento da regra de alternância de género do presidente do conselho de administração e da representação mínima de 33% de cada género nos vogais do mesmo órgão”, aponta em comunicado.

Por fim, o regulador liderado por João Cadete de Matos lembra que este anteprojeto de diploma de transposição “foi aprovado pela Anacom a 31 de julho, dando cumprimento à prioridade de atuação prevista no seu Plano de Atividades para o triénio 2020-2022 e resposta à solicitação que lhe foi formulada no âmbito das suas atribuições de coadjuvação ao Governo”.

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Marcelo dá “luz verde” à app de rastreio à Covid-19

  • ECO e Lusa
  • 4 Agosto 2020

O Presidente da República promulgou o diploma que "regula a intervenção do médico no sistema Stayaway Covid". App permite rastrear redes de contágio por coronavírus.

Depois da “luz verde” dada pelo Governo, foi a vez de o Presidente da República promulgar o diploma que aprova a aplicação para telemóvel “Stayaway Covid”. Aplicação informa os utilizadores que estiveram no mesmo espaço de alguém infetado.

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou esta terça-feira o “diploma que estabelece o responsável pelo tratamento dos dados e regula a intervenção do médico no sistema STAYAWAY COVID”, lê-se no anúncio publicado no site da Presidência da República.

Esta aplicação é voluntária e, através da proximidade física entre telemóveis, permite rastrear de forma rápida e anónima as redes de contágio por coronavírus, informando os utilizadores que estiveram no mesmo espaço que alguém infetado nos últimos 14 dias.

A uma pessoa que tenha um teste positivo será dado um código por um profissional de saúde para introduzir no telemóvel e, através do sistema bluetooth, os telemóveis que tenham a aplicação instalada reconhecem-se e enviam mensagens informando da proximidade de uma pessoa que tenha sido infetada, garantindo-se todo o anonimato.

A 23 de julho, o Governo aprovou a versão final do diploma que estabelece a obrigatoriedade desta app respeitar a legislação e a regulamentação sobre proteção de dados e sobre cibersegurança. A Direção-Geral da Saúde será a autoridade gestora do sistema, ficando responsável pelo tratamento de dados para efeitos da legislação europeia e nacional aplicável à proteção de dados e regulando a intervenção do médico no sistema.

(Notícia atualizada às 16h07 com mais informação)

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Bruxelas abre investigação aprofundada a compra da Fitbit pela Google

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

Bruxelas receia que, com a compra da Fitbit, a Google reforce ainda mais a sua posição no mercado da publicidade online, aumentando a já vasta quantidade de dados que a Google poderia utilizar.

A Comissão Europeia abriu uma investigação aprofundada para avaliar a proposta de aquisição da Fitbit pela Google por receio de que esta veja reforçada a sua posição no mercado da publicidade ‘online’.

Segundo um comunicado, Bruxelas tem agora um período de 90 dias úteis, até 9 de dezembro, para tomar uma decisão, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da União Europeia (UE).

A Comissão Europeia receia que, com a compra da Fitbit, a Google reforce ainda mais a sua posição no mercado da publicidade online, aumentando a já vasta quantidade de dados que a Google poderia utilizar para personalizar os anúncios que serve e exibe.

Após uma primeira fase de investigação – o executivo comunitário foi notificado da transação em 15 de junho e não ficou satisfeito com as respostas submetidas pela Google em 13 de julho -, a Comissão preocupa-se com o impacto da transação no fornecimento de serviços de pesquisa e exibição de publicidade online (a venda de espaço publicitário, respetivamente, na página de resultados de um motor de pesquisa na Internet ou noutras páginas da Internet).

O impacto no fornecimento de serviços ad tech (ferramentas analíticas e digitais utilizadas para facilitar a venda e compra programática de publicidade digital) é outra dúvida comunitária.

Ao adquirir a Fitbit, defende a Comissão Europeia, a Google adquiriria a base de dados mantida por esta sobre a saúde e a aptidão dos seus utilizadores e a tecnologia para desenvolver uma base de dados semelhante à da produtora de ‘smartwatches’.

A Google anunciou a 1 de novembro de 2019 um acordo para a compra da empresa norte-americana Fitbit por 2,1 mil milhões de dólares (perto de 1,9 mil milhões de euros). O acordo pode colocar a Google em concorrência direta com a Apple e a Samsung no mercado altamente competitivo de ‘smartwatches’ e outros dispositivos móveis, mas levanta questões sobre privacidade e domínio do Google no setor da tecnologia.

O anúncio sobre a compra da Fitbit veio acompanhado da promessa de que não serão usadas informações relativas a dados pessoais, saúde e bem-estar para anúncios da Google.

A Fitbit é pioneira na tecnologia de dispositivos fitness portáteis, fabricando uma variedade de produtos, desde detetores básicos que contam os passos diários do utilizador a ‘smartwatches’ que exibem mensagens e notificações de telefones.

Os dispositivos são utilizados em atividades como ciclismo e natação e permitem registar batimentos cardíacos e padrões de sono. Aos utilizadores, a Fitbit pede normalmente dados como a data de nascimento, sexo, altura e peso para ajudar, por exemplo, a estimar calorias perdidas.

Algumas pessoas usam a aplicação da Fitbit para gravar o que comem e bebem. A empresa conta com 28 milhões de utilizadores em todo o mundo e já vendeu mais de 100 milhões de dispositivos.

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China pede aos Estados Unidos que não abra “caixa de Pandora” ao bloquear TikTok

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

China descreveu como "pura manipulação" a campanha dos EUA contra a aplicação de vídeos TikTok. Alerta Washington para que não abra a "caixa de Pandora", caso contrário sofrerão as consequências.

A China descreveu esta terça-feira como “pura manipulação” a campanha dos Estados Unidos contra a aplicação de vídeos TikTok e alertou Washington para que não abra a “caixa de Pandora” ou, caso contrário, vai “sofrer as consequências”.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Wang Wenbin disse que “é habitual os Estados Unidos usarem o seu poder estatal para atacar violentamente empresas de outros países”.

“Se o erro de Washington se confirmar, qualquer país pode tomar uma ação semelhante contra qualquer empresa norte-americana, com base na segurança nacional”, afirmou.

“Os Estados Unidos não devem abrir a caixa de Pandora, caso contrário sofrerão as consequências”, vincou.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, concedeu à ByteDance, a empresa chinesa que detém o TikTok, um prazo até 15 de setembro para que a aplicação seja adquirida por capital norte-americano, ou então será banida por motivos de segurança nacional.

Trump garantiu ainda que o Departamento de Tesouro deve “receber muito dinheiro” da operação de venda, sem especificar como.

“Não me importo se é a Microsoft ou outra grande empresa, mas tem que ser uma empresa segura, uma empresa muito americana que deve comprar”, disse.

O TikTok, que nos EUA tem mais de 80 milhões de utilizadores, é uma das redes sociais que mais cresceu nos últimos anos no país, sobretudo entre adolescentes, e um canal de promoção para celebridades.

A administração Trump, assim como congressistas democratas, garantem que o amplo uso do TikTok põe em risco a privacidade dos dados dos norte-americanos e a segurança do país, alertando que a ByteDance está sujeita a intervenção do Governo chinês.

O fundador e CEO da ByteDance, Zhang Yiming, mostrou numa carta enviada aos funcionários o seu desacordo com a decisão de Washington de forçar a venda da subsidiária nos EUA, afirmando que a empresa “sempre se comprometeu a proteger os dados dos usuários e a manter a neutralidade e transparência do TikTok”.

O porta-voz da diplomacia chinesa garantiu esta terça-feira que as empresas chinesas conduzem atividades comerciais nos Estados Unidos de acordo com os princípios do mercado e em conformidade com as leis dos EUA, e descreveu as ações do Governo de Trump como “manipulação política”.

“A eliminação de empresas não americanas, sob o pretexto de segurança nacional e sem qualquer evidência, viola os princípios da economia de mercado e os princípios de abertura, transparência e não discriminação da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, afirmou.

Wang pediu a Washington que “ouça atentamente as vozes dentro do próprio país e da comunidade internacional, desista de politizar os assuntos económicos e disponibilize um ambiente de investimento aberto, justo e não discriminatório para todos os participantes do mercado nos Estados Unidos”.

O caso do TikTok é o episódio mais recente na escalada de tensões entre China e EUA, que defrontam já uma prolongada guerra comercial e tecnológica, e disputam a influência na Ásia.

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Tensões entre Washington e Pequim pressionam Wall Street

Os mercados norte-americanos abriram a segunda sessão da semana com perdas, ainda que ligeiras, face às tensões crescentes entre os Estados Unidos e a China por causa do TikTok.

A crescente tensão entre as duas maiores potências económicas do mundo, os Estados Unidos e a China, em torno da eventual compra da operação norte-americana da rede social chinesa TikTok pela Microsoft está a pressionar Wall Street, esta terça-feira. Depois de ter disparado mais de 5%, a gigante fundada por Bill Gates está agora a negociar em “terreno negativo”.

O índice de referência, o S&P 500, abriu a desvalorizar 0,17% para 3.289,10 pontos. Também o tecnológico Nasdaq recua 0,04% para 10.898,17 pontos e o industrial Dow Jones desce 0,09% para 26.641,46 pontos.

Na terça-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que a rede social TikTok terá de encerrar as suas operações a 15 de setembro, a não ser que a chinesa ByteDance venda a plataforma. Em reação, o jornal do regime chinês China Daily afirmou que o país não aceitará o “roubo” da empresa em questão. Na sessão desta terça-feira, os títulos da Microsoft — gigante que está em negociações para adquirir a filial norte-americana do TikTok — estão, por isso, a desvalorizar: caem 1,6% para 213,08 dólares.

Nesta sessão, destaque ainda para os títulos do Insurer American International Group Inc, que descem 7,19% para 29,83 dólares, depois de a empresa ter apresentado uma quebra de 56% dos seus lucros, no últimos trimestre. Em “terreno negativo” estão também as ações da Spirit AeroSystems, que caem 6,88% para 18,15 dólares, depois de a empresa ter anunciado perdas ainda maiores do que as esperadas.

A seguir essa tendência negativa estão ainda os títulos da Ralph Lauren, que desvalorizam 6,77% para 65,00 dólares. A marca de moda não concretizou as expectativas relativas às receitas do último trimestre.

Além dos resultados empresariais, os investidores têm, de resto, os olhos postos nos sinais de progresso na negociação do quinto pacote de apoios públicos, que está a acontecer atualmente no Congresso norte-americano.

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Turismo com quebras acima de 2% do PIB, estima FMI

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

Portugal está entre os grandes exportadores de turismo que, segundo o FMI, deverão registar perdas nas receitas relativas a esse setor superiores a 2% do PIB.

Portugal está entre os países que deverão ter perdas no setor do turismo superiores a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) devido à pandemia de Covid-19, de acordo com um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado, esta segunda-feira.

“As perdas nas receitas do turismo que ultrapassam os 2% do PIB devem concentrar-se em grandes exportadores de turismo, como a Costa Rica, Egito, Grécia, Marrocos, Nova Zelândia, Portugal, Espanha, Sri Lanka, Tailândia e Turquia”, pode ler-se no relatório sobre o setor externo divulgado pelo FMI.

Os dados relativos ao turismo foram analisados a partir de um estudo da Organização Internacional do Turismo, que “inclui um cenário envolvendo um levantamento gradual de restrições às viagens com início em setembro”, que implica “receitas no turismo 73% abaixo dos níveis de 2019”.

“Para economias dependentes de setores afetados [pela pandemia], como o petróleo e o turismo, ou dependentes de remessas, o impacto da crise foi especialmente agudo, com efeitos negativos na balança externa corrente a 2% do PIB que vão provavelmente necessitar de um ajustamento económico significativo“, alerta o FMI. A nível mundial, a instituição liderada por Kristalina Georgieva assinala que haverá um “encolhimento modesto” nos défices e excedentes das balanças correntes, de 0,3% do PIB global, um valor sujeito a “grande incerteza”.

“A deterioração no sentimento dos mercados financeiros no início da crise espoletou uma súbita reversão dos fluxos de capital e depreciações de moeda em várias economias emergentes e em desenvolvimento”, ao passo que as reservas se valorizaram, “refletindo o seu ‘porto-seguro’ em tempos de crise”.

No curto prazo, o FMI defende que “os esforços de política devem continuar a focar-se em providenciar alívios e a promover a recuperação económica”, e para se ajustarem ao choque externo, os países com taxas de câmbio flexíveis devem “permitir que se ajustem quando necessário”. “No médio prazo, as distorções políticas e económicas que precederam a crise podem persistir ou piorar, implicando a necessidade de reformas”, refere também a instituição sediada em Washington.

Nos casos em que o “excesso de défices na conta corrente em 2019 reflita défices orçamentais maiores do que o desejável e onde esses desequilíbrios persistam depois da crise, a consolidação orçamental a médio prazo promoveria a sustentabilidade da dívida, reduziria a diferença na balança corrente e facilitaria a acumulação de reservas internacionais”, segundo o FMI. “A perspetiva para as posições externas [dos países] permanece altamente incerta, com riscos significativos”, ressalva o fundo.

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Fundo de Resolução avaliará venda de ativos do Novo Banco tendo em conta crise e mercados

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

Fundo de Resolução garante que “analisa cada operação que lhe é submetida pelo Novo Banco de forma individualizada".

O Fundo de Resolução disse esta terça-feira que terá em conta a crise económica e o contexto dos mercados na avaliação que fará dos ativos que o Novo Banco queira vender este ano, situações que são desfavoráveis a alienações.

Em resposta a questões da Lusa, sobre se o Fundo de Resolução deverá impedir no resto do ano a venda de ativos do Novo Banco que estejam protegidos pelo mecanismo contingente, tendo em conta a situação dos mercados financeiros, fonte oficial do Banco de Portugal (responsável pela comunicação do Fundo de Resolução) respondeu que o Fundo de Resolução “analisa cada operação que lhe é submetida pelo Novo Banco de forma individualizada, tendo presentes as condições específicas de cada uma e o contexto em que a operação tem lugar”.

Assim, acrescentou, essa análise terá obviamente em conta a situação dos mercados. “Nesse âmbito, a avaliação do Fundo de Resolução não pode deixar de ter em conta o quadro económico prevalecente em cada momento e o contexto de mercado”, lê-se na resposta à Lusa.

Segundo informações obtidas pela Lusa, no resto deste ano, o Fundo de Resolução deverá travar a venda de carteiras de ativos do Novo Banco (desde logo o projeto Nata III, de venda de grandes créditos problemáticos) de modo a que em 2020 o pedido de injeção de capital seja o mínimo possível, uma vez que as condições de mercado são negativas para a venda de ativos.

Na semana passada, o Governo disse que não deverão ser realizadas outras operações de venda de carteiras de ativos por parte do Novo Banco até estar concluída a auditoria da Deloitte, que se esperava que fosse entregue até final de julho.

Ainda segundo o comunicado do Ministério das Finanças, “na sequência das preocupações expressas pelo Governo, o Fundo de Resolução informou hoje [quinta-feira] o Ministério das Finanças que partilha do mesmo entendimento, tendo já comunicado ao Novo Banco que este não deve realizar tais operações até à conclusão do processo de auditoria”.

O Novo Banco divulgou, na sexta-feira passada, prejuízos de 555,3 milhões de euros no primeiro semestre (um agravamento de 38,8% face ao mesmo período de 2019) e estimou que o valor a pedir ao Fundo de Resolução seja de 176 milhões de euros apenas referente ao primeiro semestre.

Nascido na resolução do BES (em 3 de agosto de 2014), 75% do Novo Banco foi vendido em outubro de 2017 ao fundo de investimento norte-americano Lone Star, mantendo o Fundo de Resolução bancário 25%, numa solução acordada entre Banco de Portugal e Governo.

Nos últimos meses, os termos do contrato têm sido muito contestados (desde logo o mecanismo de capital contingente que prevê que até 2026 o Fundo de Resolução compense o Novo Banco até 3.890 milhões de euros por perdas num conjunto de ativos, dos quais o banco já foi buscar 2.976 milhões de euros) e têm sido noticiados negócios suspeitos, motivando duras críticas de todos os quadrantes políticos.

No último fim de semana de julho, o Expresso noticiou que o primeiro-ministro enviou uma carta à Procuradoria-Geral da República, na qual pede a suspensão da venda de ativos do Novo Banco até que esteja concluída a auditoria que está a ser feita pela Deloitte.

O jornal Público tinha noticiado, no início de julho, que o lote de quase 200 imóveis vendido em agosto de 2019 com um desconto próximo de 70% a entidades ligadas ao fundo de investimento Cerberus teve perdas de 328,8 milhões de euros e que esse fundo é o principal acionista do banco austríaco Bawag PSK, que era liderado por Byron Haines até meados de 2017, pouco antes de este assumir o cargo de ‘chairman’ do Novo Banco (presidente do Conselho Geral e de Supervisão).

Já a semana passada (28 de julho), o Público noticiou que a venda de outro conjunto de imóveis feita em outubro de 2018 (projeto ‘Viriato’, como designou o Novo Banco) foi feita a entidades de um fundo registado nas ilhas Caimão em que se desconhecem os donos, com preço significativamente abaixo do registado (os imóveis estavam registados no balanço do banco por 631 milhões de euros e foram vendidos por 364 milhões), tendo o Fundo de Resolução coberto perdas de centenas de milhões de euros. Além disso, o negócio foi feito com dinheiro que o Novo Banco emprestou ao fundo para este fazer esta aquisição.

Em comunicado, o Novo Banco afirmou que esta operação “não foi feita a preços de saldo, mas sim a preços de mercado”, e que os imóveis vendidos não “causaram prejuízos diretos ao Fundo de Resolução”. O presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, disponibilizou-se para prestar todos os esclarecimentos ao parlamento “em qualquer momento, até em agosto”.

Em 24 de julho, em entrevista ao Jornal Económico, o ‘chairman’ do Novo Banco, Byron Haines, disse que as vendas de carteiras de ativos que o Novo Banco tem feito são competitivas e que muitos ativos não estavam corretamente avaliados no balanço do banco.

“O Novo Banco não é o BES, o Conselho de Administração Executivo do Novo Banco não é a antiga gestão do BES e eu não sou o Ricardo Salgado”, acrescentou Haines, referindo ainda que, mesmo face à crise do covid-19, a prioridade continua a ser ‘limpar’ o Novo Banco dos ativos ‘tóxicos’ herdados do BES e que quer concluir esse processo este ano.

Em junho, em entrevista à Antena 1/Jornal de Negócios, o presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, já tinha dito que a instituição vai precisar de mais capital do que o previsto para este ano, face ao impacto da covid-19. Essas declarações levaram o Presidente da República a declarar ter ficado “estupefacto” e o ministro das Finanças, João Leão, disse que o Governo, à semelhança de Marcelo Rebelo de Sousa, também ficou “estupefacto”.

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Segurança é a nova prioridade. Marcas desenham produtos que “matam” o vírus

Ford e Samsung são dois exemplos de marcas que estão a estudar produtos capazes de "matar" o novo coronavírus. Porque a segurança é a nova prioridade.

Chamam-lhes PPE – Personal Protective Equipment, equipamentos de proteção pessoal que, para além da sua função tradicional, chegam agora ao mercado com uma outra missão: a de proteger os consumidores contra a nova grande ameaça do dia-a-dia, os vírus, como aquele provoca a Covid-19. E já não se tratam apenas de luvas, máscaras ou álcool-gel.

No mais recente relatório da Wunderman Thompson Intelligence, esse era um dos temas em análise, dando ainda alguns exemplos de setores e marcas que já entenderam que a segurança é, atualmente, uma prioridade no pensamento de compra dos consumidores.

Um desses exemplos apontados está no setor automóvel. Com o sentimento de insegurança e as pessoas a encontrarem refúgio nas viaturas próprias, há marcas a trabalhar na melhoria do ar.

A Ford, por exemplo, está a trabalhar num sistema de desinfeção do ar que circula no interior dos carros. O software aumenta a temperatura ambiente até 56 graus durante 15 minutos, o que permitirá ajudar a eliminar o vírus. O teste foi conduzido com microbiologistas da Universidade do Ohio e, segundo o relatório, poderá vir a ser usado pela polícia de Nova Iorque, que tem cerca de 9.000 veículos desta marca.

Já a Samsung, dentro das suas várias unidades de negócio, pensou no problema da contaminação das casas, através das roupas e objetos pessoais, como carteiras e telemóveis. No mercado norte-americano, acaba de lançar um smart closet que desinfeta as roupas que forem colocadas lá. O Air Dresser já tinha sido apresentado em 2018, mas surge agora com novas funções, como a capacidade de matar vírus em diferentes roupas e tecidos. A eficácia rondará os 99,9%, assegura a marca.

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Acordos extrajudiciais nos EUA atiram Bayer para prejuízos de 8 mil milhões

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

Os acordos extrajudiciais resultantes de processos relacionados com o herbicida Roundup, que continha glifosato, levaram a Bayer a apresentar prejuízos de mais de 8 mil milhões de euros no semestre.

A Bayer registou um prejuízo de 8.059 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, contra um lucro de 1.645 milhões de euros em termos homólogos, anunciou o grupo químico e farmacêutico alemão.

Este resultado é justificado pela Bayer com os custos dos acordos extrajudiciais em resultado dos problemas cancerígenos causados por um dos seus herbicidas, o Roundup, que continha glifosato e que era usado pela sua empresa, a norte-americana Monsanto, explica o grupo Bayer em comunicado.

A faturação, por sua vez, manteve-se quase idêntica no primeiro semestre deste ano, em 22.899 milhões de euros (-0,3%), se bem que descontado o efeito das diferentes taxas cambiais, teve um acréscimo de 2%.

O resultado operacional negativo foi de 8.285 milhões de euros no primeiro semestre do ano fiscal, contra um resultado de exploração positivo em 2.565 milhões de euros contabilizado no exercício anterior.

No segundo trimestre, o negócio da Bayer “desenvolveu-se bem”, apesar da pandemia de Covid-19 e da incerteza com ela relacionada, especialmente no negócio agrícola, disse o presidente do grupo químico e farmacêutico, Werner Baumann.

A Bayer divulgou que os resultados extraordinários foram de 13.150 milhões de euros de euros na metade do ano fiscal, devido sobretudo aos custos dos acordos extrajudiciais no caso dos processos relacionados com o glifosato nos Estados Unidos. Antes de descontados os resultados extraordinários, a Bayer contabilizou um lucro de 4.865 milhões de euros, mais 9,5% do que um ano antes, lê-se no comunicado.

Já no segundo trimestre, o grupo teve um prejuízo de 9.548 milhões de euros, que compara com um lucro de 404 milhões de euros em termos homólogos. A faturação da Bayer, por seu turno e neste período, recuou na divisão de medicamentos com receita e na venda de medicamentos sem receita.

No comunicado pode ler-se que o segundo trimestre foi penalizado sobretudo pelos processos judiciais nos Estados Unidos. Para a Bayer os efeitos financeiros da pandemia de covid-19 são “difíceis de calcular”, mas fez ajustamentos em baixa nas suas previsões para o final do ano fiscal.

A Bayer prevê alcançar este ano uma faturação entre 43.000 e 44.000 milhões de euros (contra 44.000 e 45.000 milhões anteriormente), num intervalo entre 0% e 1%, descontados os efeitos cambiais.

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