Lisboa prolonga ganhos. Galp Energia e BCP sobem 2%

O índice de referência nacional arranca o dia com a maioria das cotadas em "terreno" verde. Pela Europa a tendência também é positiva.

Depois de registar uma valorização de mais de 1% no início da semana, o índice de referência nacional prolonga os ganhos nesta sessão. Acompanha a tendência positiva sentida na generalidade das praças europeias, com a maioria das cotadas do PSI-20 a arrancar a segunda sessão da semana em “terreno” verde.

O PSI-20 avança 0,81% para os 4.382,850 pontos. Das 18 cotadas do índice de referência nacional, cerca de 14 encontram-se a valorizar, enquanto as restantes se mantêm inalteradas ou a cair.

A impulsionar o índice encontram-se os “pesos pesados” da bolsa, como a Galp Energia, que sobe 2,26% para os 9,33 euros, e o BCP, que avança 2,01% para os 0,1017 euros. Também as empresas do setor da pasta e papel sobressaem, com a Semapa a avançar 1,40%, a Navigator a subir 1,29% e a Altri a ganhar 0,98%.

Nota também para a Corticeira Amorim, que valoriza 1,93% depois de reportar que fechou o primeiro semestre com lucros de 34,27 milhões de euros, o que corresponde a uma quebra de 15,1% face ao resultado dos mesmos seis meses do ano passado.

Já a Sonae Capital, que ganhou quase 37% na última sessão, depois do anúncio da oferta pública de aquisição (OPA) da Efanor, segue a subir 0,61% para os 66 cêntimos. A Sonae Indústria, também alvo de uma OPA, segue inalterada.

Por outro lado, a família EDP destaca-se nas perdas, com a EDP a cair 0,23% para os 4,34 euros, e a EDP Renováveis a perder 0,57% para os 13,86 euros.

Pela Europa, o dia também arranca numa nota positiva. O Stoxx 600 — índice que agrega as 600 principais capitalizações bolsistas do Velho Continente — valoriza 0,4%, o francês CAC 40 sobe 0,7%, o espanhol IBEX 35 avança 0,5% e o alemão DAX ganha 0,8%.

(Notícia atualizada às 8h35)

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Apoio a trabalhadores sem proteção só fica pronto este mês

  • ECO
  • 4 Agosto 2020

Estava previsto que a prestação social fosse atribuída entre julho e dezembro. O Governo garante que será possível requerer em agosto o valor relativo a julho.

O apoio para os trabalhadores em quebra de atividade e sem proteção social na pandemia, como os advogados e os solicitadores, ainda não ficou disponível no mês passado. Estava previsto que a prestação social fosse atribuída a partir de julho, mas esta só deverá ficar operacional este mês, adianta o Público (acesso condicionado).

Este apoio, de 438,81 euros mensais, deveria ser atribuído entre julho e dezembro deste ano, segundo está inscrito na lei, mas faltou concluir a regulamentação. Ainda assim, o valor “relativo a julho poderá ser requerido em agosto”, garantiu o gabinete da ministra da Segurança Social ao jornal diário.

No Programa de Estabilização Económica e Social, o Governo já previa este apoio. No entanto, a medida, que foi aprovada no Parlamento há um mês, acabou por se fundir com propostas que o PS e o BE apresentaram durante o debate do Orçamento Suplementar, para incluir mais situações, nomeadamente trabalhadores abrangidos por um “sistema de proteção social distinto do sistema de proteção social da Segurança Social”.

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Hoje nas notícias: apoios, Montijo e colégios

  • ECO
  • 4 Agosto 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A prestação para os trabalhadores que não estão cobertos por nenhum apoio da Covid-19 ainda não ficou operacional em julho, mês previsto para o arranque, devendo apenas ficar pronta este mês. Numa altura em que há ainda incertezas na evolução da pandemia, os colégios privados não têm nos planos fazer descontos caso as aulas venham a ser suspensas no próximo ano. Pelo Montijo, a Força Aérea já começou a sair da base onde será construído um novo aeroporto. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

Apoio a trabalhadores sem proteção só fica pronto este mês

O apoio para os trabalhadores em quebra de atividade e sem proteção social na pandemia, como os advogados e os solicitadores, ainda não ficou disponível no mês passado. A prestação social de 438,81 euros mensais era prevista ser atribuída a partir de julho, mas só deverá ficar operacional este mês. Ainda assim, o o gabinete da ministra da Segurança Social garante que o valor “relativo a julho poderá ser requerido em agosto”.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Força Aérea já começou a sair do Montijo, diz ministro da Defesa

João Gomes Cravinho garante que a saída da Força Aérea do Montijo “já começou” e que o Executivo tomou a decisão de “utilizar Beja e não Montijo, como estava inicialmente previsto, como base para os aviões KC390, que vão substituir o C130”. O ministro da Defesa garante ainda que “está acertado” o pagamento de 100 milhões por parte da ANA para essa saída, embora o dinheiro ainda não esteja nas mãos do Estado. O responsável revelou ainda que o objetivo do Governo é formar um consórcio para criar em Beja uma escola de pilotos de aviões a jato, incluindo “privados que já o fazem em diversas partes do mundo”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Colégios sem descontos se aulas forem suspensas

Os colégios não vão baixar as mensalidades mesmo se as aulas tiverem de continuar em casa. Os estabelecimentos privados estão a mudar os regulamentos de forma a travar a redução de prestações, sendo que os pais foram avisados de tal. Apesar do contexto de crise, decorrente da pandemia, o número de matriculas está a crescer em Lisboa, Porto, Coimbra e Braga.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Há investigações a acidentes com comboios pendentes há 14 anos

O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF) está a investigar acidentes que ocorreram em 2006 e para os quais ainda não existe uma conclusão. A razão prende-se com falta de pessoal. Esta estrutura do Estado está há três anos a aguardar aguarda pela autorização do Governo para contratar um terceiro investigador de acidentes ferroviários. De acordo com o último relatório anual do Gabinete, relativo a 2018, só na área ferroviária, existem 20 investigações pendentes para acidentes com data anterior a 2011.

Leia a notícia completa na TSF (acesso livre)

Saíram das juventudes partidárias 4 líderes, um primeiro-ministro e 14 membros do Governo

Olhando para o historial dos 43 nomes que assumiram a liderança das juventudes partidárias desde 1974-75, cerca de quatro tornaram-se líderes partidários e 14 acabaram por ter um cargo governativo. A probabilidade desta última passagem acontecer é maior entre os jovens socialistas, sendo que oito dos 13 líderes da Juventude Socialista vieram a ter funções executivas. Um presidente de uma juventude partidária chegou mesmo a primeiro-ministro, foi o caso de Pedro Passos Coelho.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

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Investimento das empresas em I&D cresce 50% em 2019 e supera os mil milhões

  • Lusa
  • 4 Agosto 2020

As candidaturas ao Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE) foram o ano passado de 2.316, um crescimento de 47% face ao período homólogo de 2018.

O investimento das empresas portuguesas em investigação e desenvolvimento (I&D) cresceu cerca de 50% em 2019 e fixou-se nos 1.168 milhões de euros, anunciou esta terça-feira o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), em comunicado.

“A despesa em investigação e desenvolvimento (I&D) declarada pelas empresas durante o ano fiscal de 2019 aumentou significativamente, passando de 782 milhões de euros em 2018 para 1.168 milhões de euros em 2019, o que corresponde a um crescimento de cerca de 50%”, lê-se na nota emitida pela tutela.

A acompanhar a subida do investimento, as candidaturas ao Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE) foram o ano passado de 2.316, um crescimento de 47% face ao período homólogo de 2018, informou ainda o ministério, liderado por Manuel Heitor.

Os dados oriundos das candidaturas submetidas ao SIFIDE até 31 de julho incluem 6.470 projetos de investigação e desenvolvimento, com um aumento nos “investimentos associados a fundos de apoio à I&D”, que passaram dos 78 milhões de euros, em 2018, para os 221 milhões o ano passado, lê-se no comunicado.

Responsável por apurar e validar as candidaturas, a Agência Nacional de Inovação aprovou, no ano fiscal de 2018, “96% dos projetos candidatos ao crédito”, correspondentes a “642,1 milhões de euros de investimentos em I&D (75% do valor declarado pelas empresas nas candidaturas)”, tendo sido feita a devolução de 331,3 milhões em incentivos fiscais (51,6% do valor).

O MCTES refere, no comunicado, que os dados confirmam o “dinamismo das empresas nacionais” e o “reforço do investimento empresarial em I&D”, reconhecido pela Comissão Europeia, que considerou Portugal o 12.º país mais inovador entre os 27 Estados-membros da União Europeia e colocou o país no grupo dos “fortemente inovadores” em 2020, pela primeira vez.

Desde 2006, o Estado já atribuiu 2.348,8 milhões de euros em benefícios fiscais a 3.193 empresas.

Segundo o comunicado, os apoios do SIFIDE incluem “a contratação de investigadores e a aquisição de novos conhecimentos científicos ou técnicos”, assim como “a exploração de resultados de trabalhos de investigação ou de outros conhecimentos científicos ou técnicos”, com o propósito de “desenvolver ou melhorar substancialmente” produtos, serviços ou processos de fabrico.

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Presidente da Anacom vai de férias entre Penhascoso e Montesinho. Depois virá o leilão do 5G

João Cadete de Matos terá um fim de ano atarefado pela frente, com um leilão de frequências de 5G para realizar. Para já, vai de férias e reforça "determinação" para "melhorar" o setor.

É uma das vozes mais ativas no setor das telecomunicações. As medidas que tem tomado enquanto presidente da Anacom raras vezes agradam às operadoras, mas João Cadete de Matos assegura que só o faz a pensar na proteção dos consumidores. Os próximos meses serão de trabalho intenso: o leilão do 5G arranca já em outubro e a migração da TDT recomeça em meados de agosto, depois da suspensão provocada pela pandemia.

Serão dois processos que exigirão atenção e energia redobradas da parte de Cadete de Matos. Mas, por agora, o presidente da Anacom vai de férias, repartindo o tempo entre Mação e Bragança. E, para além de descanso, será “uma oportunidade para renovar as energias e reforçar a determinação” em continuar a “melhorar” o setor, garante ao ECO por ocasião da rubrica “Eles vão de férias para…”.

Onde é que vai passar as férias este verão?

As férias vão ser repartidas entre a casa dos meus pais em Penhascoso, concelho de Mação, e a minha casa de férias em Montesinho, concelho de Bragança. Nos intervalos continuarei a descobrir as inesgotáveis belezas naturais do nosso país, o seu riquíssimo património, uma das melhores gastronomias do mundo e as suas gentes sempre muito hospitaleiras. As férias no interior de Portugal constituem, também, uma oportunidade para renovar as energias e reforçar a determinação em continuar a contribuir para melhorar as comunicações telefónicas e postais em todo o território de forma a tornar o nosso país mais igual.

A pandemia obrigou a alguma mudança de planos?

A pandemia tem tido o mérito, e ainda bem, de levar muitos portugueses a descobrir o seu país. Mas, no meu caso, essa descoberta começou desde jovem e nunca foi interrompida ao longo da vida. Com a família e com os amigos, viajar por Portugal tem sido, e continua a ser, uma paixão.

Que cuidados vai ter por causa da Covid-19?

Cumprir as orientações e as boas práticas definidas pelas autoridades de saúde. É sem dúvida a melhor forma de ajudar os médicos do nosso país e de respeitar e apreciar a sua enorme dedicação ao serviço de todos nós.

O que têm esses destinos de tão especial?

Em Mação e em Abrantes, as terras dos meus avós, estão as minhas raízes. Apesar de serem zonas martirizadas pelos incêndios, têm sabido regenerar-se e manter a sua beleza natural. No caso de Trás-os-Montes, terra à qual me unem também ligações familiares, trata-se sem dúvida de uma das mais bonitas e bem preservadas regiões do nosso país. Há alguns anos recuperei, em conjunto com a minha família, uma antiga casa de pedra e de telhado de lousa na aldeia de Montesinho. Dessa forma, procurámos contribuir, se bem que de forma modesta, para a preservação da joia que é a Aldeia de Montesinho situada em pleno coração do maior Parque Natural do nosso país.

O que recomenda que não se deve mesmo perder nesse destino?

Quem gosta de fazer percursos pedestres, por serras e vales ou junto aos rios, tem em Abrantes, em Mação e em Trás-os-Montes destinos de eleição. E recomendo que não deixem de admirar aquela que será certamente a árvore mais antiga de Portugal e uma das mais antigas do mundo. A Oliveira do Mouchão, em Mouriscas, com 3.350 anos.

E que livro ou álbum de música vai levar consigo?

Vou levar o livro Política para Perplexos, de Daniel Innerarity, um dos maiores pensadores contemporâneos, que nos ajudou a refletir sobre Os desafios da Sociedade Digital na conferência da Anacom realizada em 2019 no âmbito das comemorações do seu 30.º aniversário.

“Eles vão de férias para…” é uma rubrica de verão em que o ECO lançou o desafio a governantes, gestores e empresários para partilharem com os nossos leitores onde vão, ou foram, neste período de descanso. É publicada diariamente.

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Quanto é que ganha o governador do Banco de Portugal?

Mário Centeno recebia quase 7.000 euros por mês como ministro das Finanças e passou a receber substancialmente mais com a mudança para o supervisor. Quanto? Veja a resposta neste "Sabia que...".

Carlos Costa acabou de ceder o lugar de governador do Banco de Portugal a Mário Centeno, depois de dez anos à frente do influente supervisor da banca. Se tudo correr dentro da normalidade, o ex-ministro das Finanças estará à frente dos destinos do Banco de Portugal nos próximos cinco anos. Mas quanto é que vai ganhar?

De acordo com o artigo 40.º da Lei Orgânica do Banco de Portugal, os membros do conselho de administração “têm direito à retribuição que for estabelecida anualmente por uma comissão de vencimentos composta pelo ministro das Finanças ou um seu representante, que preside, pelo presidente do conselho de auditoria e por um antigo governador, designado para o efeito pelo conselho consultivo, não podendo a retribuição integrar qualquer componente variável”.

Para 2020 ficou estabelecida uma remuneração mensal de 16.962,82 euros para o governador do Banco de Portugal, o mesmo valor que se pratica desde 2017, após a eliminação dos cortes que vigoraram durante o período da crise.

Tomada de posse do novo Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno - 20JUL20
Mário Centeno cumprimenta Carlos Costa no dia da tomada de posse como governador do Banco de Portugal.Hugo Amaral/ECO 20 julho, 2020

Será este o salário mensal de Mário Centeno enquanto governador, o que representa uma melhoria substancial face ao que recebia enquanto ministro das Finanças. Contas feitas, são mais 10 mil euros por mês face ao anterior cargo.

Isto porque a remuneração de um ministro do Governo português ronda os 4.959,71 euros (65% do vencimento do Presidente da República, como diz a lei), valor ao qual ainda acresce um abono mensal para despesas de representação correspondente 40% do respetivo vencimento, ou seja, mais 1.983,89 euros. No final de cada mês, um ministro (incluindo o das Finanças) aufere um salário mensal de 6.943,60 euros.

Quanto ganha o governador, vice e administradores do BdP?

Fonte: Banco de Portugal

O vice-governador do Banco de Portugal — cargo ocupado por Luís Máximo dos Santos — aufere uma remuneração mensal um pouco abaixo daquela que é auferida pelo governador: 15.868,90 euros por mês. Já um administrador tem um salário mensal de 14.810,98 euros.

É o mesmo nível salarial que se verificava em 2010 e abaixo do que se praticou entre 2006 e 2009, em que o governador (na altura, Vítor Constâncio) recebeu mensalmente 17.817,70 euros, enquanto o vice-governador e demais membros do conselho de administração tinham salários de 16.704,10 euros e 15.590,50 euros, respetivamente.

Quanto custa fazer uma máscara? Quanto gasta cada família com as telecomunicações? Quanto cobra uma imobiliária para vender a casa? Ou qual a profissão mais bem paga do país? Durante todo o mês de agosto, e todos os dias, o ECO dá-lhe a resposta a esta e muitas outras questões num “Sabia que…”.

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EDP já está a olhar para projetos de hidrogénio lá fora. “Há um mundo de oportunidades”

A garantia foi dada por António Martins da Costa, administrador da EDP para a área da Sustentabilidade, em mais uma edição das Capital Verde Web Talks.

Além do mega projeto no valor de 1,5 mil milhões de euros para instalar em Sines uma central de produção de hidrogénio verde com 1 GW de capacidade instalada, em consórcio com a Galp, Martifer, REN e a dinamarquesa Vestas, a EDP não esconde que está já a analisar oportunidades e projetos para a produção deste gás descarbonizado do futuro noutras geografias onde marca presença.

No que diz respeito ao hidrogénio, Espanha, Itália, Reino, Unido, Polónia, Roménia e França são alguns dos países já na mira da EDP.Sines é um dos nossos muitos projetos em curso, onde estamos com outros parceiros. Mas a aposta no hidrogénio verde não se esgota em Sines. Há um mundo de oportunidades a explorar, que se estende até aos EUA e ao Brasil”, disse António Martins da Costa, administrador da EDP para a área da Sustentabilidade, ao ECO/Capital Verde, em mais uma edição das Capital Verde Web Talks.

Veja o vídeo da entrevista

http://videos.sapo.pt/wk75BR2heMfYott8Fqzw

Apesar de muito importante, Martins da Costa garante que o hidrogénio “não é a pedra principal” de um futuro mais verde. “Sempre dissemos que o caminho para uma sociedade mais sustentável do ponto de vista energético passa por uma maior eletrificação dos consumos, o que significa que a produção tem de ser 100% descarbonizada. Mas há atividades económicas onde a eletrificação não chega. Por isso tem de haver soluções alternativas. O hidrogénio verde é uma delas. Não é uma originalidade da EDP ou de Portugal. É uma tendência europeia e mundial”, disse.

Em paralelo, a EDP quer também desenvolver um projeto de produção de hidrogénio a partir de energia offshore. Na Estratégia Nacional para o Hidrogénio, este é um dos projetos em destaque que “permitirá abrir novos mercados e aumentar a competitividade do setor de energia offshore de forma sustentável e inovadora”.

O membro do conselho de administração da EDP garante também que “há uma revolução da sustentabilidade que não parou com a pandemia de Covid-19. É preciso acelerar. Quem pensa que o tema da sustentabilidade pode ficar parado ou voltar para trás, não está a ver o filme face à realidade atual. Isto vai continuar e vai ser um dos grandes temas do futuro”.

Até 2022, o plano estratégico da elétrica inclui um investimento total de 12 mil milhões de euros, dos quais 75% (9 mil milhões) em geração renovável. “É uma aposta que confirmamos todos os dias. Fomos pioneiros na emissão de obrigações verdes. Desde que começámos, há um ano e meio, já lançámos 3,7 mil milhões de emissão de dívida dívida em green bonds, quase 30% da dívida total da EDP. Isto é o maior exemplo de que estamos completamente comprometidos no caminho da energia verde e da sustentabilidade. E a comunidade de investidores reconhece isso”, rematou Martins da Costa.

Até 2022, a EDP quer ter mais de 90% da sua geração de energia elétrica proveniente de fontes renováveis, somando para isso mais sete GW de potência instalada ao seu portfólio atual. Daqui a dois anos, a elétrica terá então quase 28 GW de energia eólica, hídrica e solar, entre outras.

Dos atuais 26,8 GW de capacidade total instalada da EDP, 19,8 GW já são renováveis. Os restantes 26% (7 GW) são ainda de origem fóssil (carvão e gás).

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Prestação da casa com Euribor a 3 meses cai para mínimo histórico em agosto

Revisões de agosto trazem cortes nos encargos de 2,73% e 0,72%, respetivamente, nos créditos com Euribor a três e seis meses. Encargos nos créditos com Euribor a 12 meses ficam quase inalterados.

O mês de agosto traz boas notícias para muitas famílias com crédito à habitação. O grosso das revisões da taxa de juro dos empréstimos da casa apontam para encargos com prestações mais baixos. Tal irá aplicar-se nos créditos que têm como referência as Euribor a 3 e 6 meses, sendo que no caso do indexante mais curto, a prestação dá um “trambolhão” para um novo mínimo histórico. Nos créditos com Euribor a 12 meses os encargos mensais ficam por sua vez quase inalterados.

Em termos práticos, considerando o cenário de um empréstimo no valor de 100 mil euros, por um prazo de 30 anos, e com um spread de 1%, as famílias com créditos associados à Euribor a três meses vão ver a prestação baixar 2,73%. Trata-se da maior queda em quase oito anos, com o valor da prestação a fixar-se nestes créditos num mínimo histórico. Nesse cenário, os encargos mensais baixam cerca de 8,5 euros face à prestação fixada há três meses, para se fixarem nos 301,65 euros.

Também os créditos que usam como indexante a Euribor a seis meses a serem revistos neste mês de agosto beneficiam de um corte de encargos, mas muito mais curto. A quebra será de 0,72%, sendo que no cenário considerado se reflete numa diminuição de 72 cêntimos no valor da prestação que se fixa nos 305,99 euros.

Evolução da Euribor a 3 meses no último ano

Fonte: Reuters e Lusa

Já no caso dos créditos que seguem a Euribor a 12 meses — indexante que domina o grosso dos novos financiamentos para a aquisição de casa — o valor da prestação fica quase inalterado (+0,1%) próximo dos 309 euros, tendo em conta o cenário utilizado.

A quebra das prestações que se irá observar nos créditos com indexantes mais curtos acompanham a tendência de descida das Euribor registada desde os máximos de final de abril.

Esses máximos surgiram depois de, em pleno arranque de pandemia na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) ter optado em março por não rever em baixa a taxa de depósito, contrariando o esperado pelo mercado. A expectativa era que essa ferramenta pudesse vir a ser usada no combate à ameaça de recessão económica na Zona Euro devido ao coronavírus. Entretanto, a pressão aliviou, com os indexantes a reaproximarem-se ao longo dos últimos meses dos mínimos históricos.

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Empresas já podem pedir apoio até 1.270 euros por trabalhador que esteve em lay-off

As empresas que já tenham saído integralmente do lay-off simplificado podem pedir a partir das 9h00 desta terça-feira o incentivo à normalização da atividade empresarial.

As empresas que tenham aderido, nos últimos meses, ao lay-off simplificado e que, entretanto, já tenham saído integralmente desse regime podem pedir, a partir desta terça-feira, ao Instituto do Emprego e Formação Profissional o incentivo à normalização. O apoio varia entre 635 euros e 1.270 euros por posto de trabalho e tem de ser pedido online.

O apoio extraordinário à normalização da atividade empresarial estava previsto desde março, no âmbito dos diplomas que fixaram as regras do lay-off simplificava. Faltava, contudo, uma portaria para que a medida fosse posta no terreno. A publicação desse diploma aconteceu em meados de março e o IEFP anunciou, entretanto, que já a partir das 9h00 desta terça-feira, dia 4 de agosto, já é possível pedir este incentivo. O requerimento deve ser feito através do portal online do instituto. O formulário pode ser consultado abaixo.

Tal como já tinha avançado o ECO, depois de feito o pedido, o IEFP tem dez dias para emitir uma decisão, exceto nos casos em que sejam pedidos esclarecimentos adicionais. Nessas situações, o prazo fica suspenso. Também no prazo de dez dias, após a aprovação, será feito o pagamento do apoio, total ou parcialmente, de acordo com a modalidade escolhida pelo empregador.

A propósito, inicialmente, estava previsto que o apoio equivaleria a um salário mínimo (635 euros) por trabalhador retirado do lay-off simplificado, mas o desenho do apoio entretanto foi revisto.

No Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), o Governo introduziu uma nova modalidade, passando a prever que as empresas podem escolher uma das duas opções seguintes: ou recebem um salário mínimo por trabalhador que saia do lay-off simplificado, pago de uma só vez; ou recebem duas vezes o salário mínimo por cada trabalhador que saia do lay-off simplificado, mas de modo faseado ao longo de seis meses. Nessa segunda modalidade, o pagamento é feita em duas tranches: a primeira no tal prazo de dez dias após a aprovação, a segunda no prazo de 180 dias.

O valor deste incentivo varia também em função do período em que os empregadores estiveram abrangidos pelo lay-off simplificado. Assim: Quando esse período tiver sido inferior a um mês, o empregador que tenha escolhido o apoio one-off não receberá 635 euros por trabalhador, mas o proporcional; E quando o período de aplicação das medidas excecionais tiver sido inferior a três meses, o empregador que tenha escolhido o apoio pago em várias tranches não receberá 1.270 euros por trabalhador, mas o proporcional; Além disso, se o período de aplicação tiver sido superior a um mês, o montante do apoio é “determinado de acordo com a média do número de trabalhadores abrangidos por cada mês de aplicação” do lay-off simplificado.

De notar que este apoio não abrange as empresas que estiveram em lay-off tradicional e não é cumulável com o novo apoio à retoma progressiva.

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Clientes com mais de 10 mil euros no BCP passam a pagar comissão de conta

Todos os clientes do banco passam a pagar pela mesma "bitola" pela manutenção de conta. Comissão mensal será de 5,41 euros para todos os clientes a partir de 1 de novembro.

É cliente do Millennium BCP e tem mais de 10 mil euros na conta? Então prepare-se, porque vai passar a pagar comissão pela manutenção de conta. O banco liderado por Miguel Maya vai deixar de isentar contas com mais de 10 mil euros a partir de novembro. Todos os clientes do banco passam, assim, a pagar pela mesma “bitola” — mas há algumas exceções.

O BCP acaba de publicar no seu site uma alteração ao seu preçário que entra em vigor a 1 de novembro e em que é dada nota do arranque dessa cobrança. A partir dessa data, os clientes com Conta Millennium Start, Conta U — vocacionada para os clientes mais jovens da instituição — Conta Millennium, Conta Herança Indivisa e Conta Standard com quantias depositadas acima de 10 mil euros passam a ter de pagar uma comissão mensal de 5,41 euros. Ao fim de um ano, o encargo total é de 64,9 euros.

Essa alteração de preçário surge pouco mais de um ano e meio depois de o BCP ter anunciado a revisão das suas condições de isenção nas contas, duplicando na ocasião para 10 mil euros o património mínimo necessário para que os clientes pudessem não ter de pagar qualquer valor. Naquela altura procedeu ainda a agravamentos de custos nos escalões inferiores.

Ao retirar a isenção a essas contas, o BCP deixa assim de discriminar os clientes consoante o valor depositado, passando a cobrar a todos segundo a mesma “tabela”.

Porém, mesmo com as alterações de preçário previstas, alguns clientes do BCP vão poder escapar ao pagamento de comissão de conta. Nomeadamente, aqueles que tenham menos de 23 anos de idade e que sejam os primeiros titulares da conta, mas também os clientes que tenham o pagamento do ordenado ou da pensão domiciliados na instituição e/ou tenham uma faturação mínima mensal com o cartão de débito ou crédito em compras.

Outra via para tentar reduzir o peso desse encargo é através da adesão às “contas pacote” do banco que a partir de um montante fixo mensal dá acesso a um conjunto de serviços a um preço único.

Essa alteração do preçário do BCP dá seguimento à escalada das comissões levada a cabo pelos bancos no sentido de, perante o contexto de juros historicamente baixos, voltarem a ser rentáveis e puxarem pelos seus lucros. O quadro atual revela-se ainda mais exigente para os bancos que se veem obrigados a constituir provisões para fazer face aos efeitos da pandemia.

De salientar que desde o início do ano, e ainda antes da pandemia, vários bancos procederam a revisões em alta nos seus preçários. Foi o que aconteceu com a Caixa Geral de Depósitos e com o Novo Banco.

Contactada pelo ECO, fonte oficial do BCP não quis comentar o novo preçário da instituição.

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TdC abre inquérito às “infrações financeiras” no caso das contrapartidas das aeronaves C-295M

Foi revogado, por mútuo acordo, um contrato de contrapartidas no âmbito de uma compra de aeronaves. A compensação ao Estado pelo incumprimento destas fixou-se em 18,5 milhões.

O Estado revogou, por mútuo acordo, um contrato de contrapartidas que não tinha sido cumprido ou renegociado, sem acolher a recomendação do Tribunal de Contas. A entidade fez um relatório a analisar a situação, onde aponta que é necessário apurar a responsabilidade por eventuais infrações financeiras que foram encontradas durante o acompanhamento da operação, o que será feito num processo autónomo.

Em causa está uma compra de 12 aeronaves C-295M, de uso militar, uma operação de 2006 na qual foi celebrado um contrato de contrapartidas, “pelo qual a Airbus Defence & Space (ADS) deveria proporcionar à economia portuguesa um retorno industrial no valor inicial de 460 milhões de euros”, valor que foi revisto mais tarde para 464 milhões. O prazo para a realização destas foi prorrogado várias vezes, mas “as contrapartidas não foram integralmente cumpridas nem no prazo original [sete anos] nem no prazo prorrogado [seis anos]”, salienta o TdC.

Os ministérios responsáveis pelo processo, da Defesa Nacional e da Economia, não estavam a chegar a acordo com a ADS, que não conseguia cumprir as contrapartidas no prazo. Perante a perspetiva de incumprimento, “o Estado optou, em dezembro de 2018, pela revogação consensual do contrato, tendo o montante do incumprimento sido fixado, por acordo, em 185 milhões de euros”, sendo que já tinha sido executada uma parte. A compensação ao Estado pelo incumprimento fixou-se em 18,5 milhões, isto é, 10% do valor das contrapartidas não cumpridas.

Esta penalidade por incumprimento tinha sido reduzida para 10% numa alteração ao contrato de contrapartidas, em 2012, que a fixou numa percentagem inferior ao estabelecido na lei, de 15%. “Caso a penalidade por incumprimento definitivo tivesse sido fixada, em 2012, de acordo com o parâmetro que resultava da lei (15%), a compensação acordada afinal teria sido, com elevado grau de probabilidade, de 27,75 milhões em vez de 18,5 milhões, ou seja, de mais 9,25 milhões de euros”, salienta o Tribunal de Contas.

Numa auditoria de 2017, a entidade considerou esta alteração “ilegal e desvantajosa para os interesses do Estado”, recomendando que “na eventual renegociação do contrato de contrapartidas das aeronaves C-295 seja fixada uma garantia e uma penalidade por incumprimento definitivo nos termos legalmente estabelecidos”. A recomendação não foi cumprida, sendo que o contrato acabou por ser revogado, ainda que o TdC admita que tal foi “em circunstâncias que se consideram justificadas”.

No acordo de revogação do contrato de contrapartidas, as partes definiram que a compensação devida ao Estado seria transformada num “crédito para utilização no pagamento à ADS de serviços de manutenção das aeronaves”. Ora este mecanismo levou a que não fosse inscrita em Orçamento a compensação devida pelo incumprimento como receita e dos pagamentos da manutenção como despesa, “o que consubstancia violação dos princípios orçamentais da universalidade e da não compensação, constantes dos artigos 9.o e 15.o da Lei de Enquadramento Orçamental”, refere o TdC.

O Tribunal de Contas acrescenta ainda que não ficou demonstrado que a dedução ao crédito, previsto durante um período inicial, de um montante fixo mensal, o que se concretizou no montante de 1,55 milhões de euros, tenha tido “contrapartida adequada”, o que poderá constituir uma eventual infração financeira reintegratória e/ou sancionatória.

Para além disso, sinalizam quea Carta de Compromisso deveria ter sido submetida a fiscalização prévia do Tribunal de Contas”. “A execução da Carta de Compromisso sem que tenha sido submetida a fiscalização prévia, quando a ela estava legalmente sujeita, é suscetível de constituir infração financeira sancionatória, nos termos do artigo 65.o, n.o 1, alínea h), da LOPTC”, aponta o Tribunal de Contas, no relatório.

Desta forma, a entidade diz ser necessário notificar o relatório ao Ministério Público e “precisar a responsabilidade pelas eventuais infrações financeiras assinaladas, o que será apurado em processo autónomo”.

História das contrapartidas “não é uma história feliz para o Estado”, diz Cravinho

Reagindo a este relatório, o atual ministro da Defesa explica que “em 2012 o então ministro da Economia renegociou a garantia para 10% quando a lei estabelecia um mínimo de 15%”, em declarações transmitidas pela RTP3. No final de 2018, período final para contrapartidas, “verificou-se que estávamos ainda muito longe da realização de contrapartidas”, contou, portanto negociou-se “com a empresa fornecedora, mas a partir de uma base em que a garantia era muito mais baixa do que deveria ser”. “Negociamos a partir de uma posição de fraqueza”, admitiu.

João Gomes Cravinho reitera que a história das contrapartidas “não é uma história feliz para o Estado português”, salientando que hoje em dia já não existem esse tipo de acordos, “por força de transformações na legislação europeia”. Ainda assim, admite que “Portugal não beneficiou grandemente dos diversos contratos de contrapartidas que tiveram lugar com a aquisição de equipamento militar”.

(Notícia atualizada às 10h30 com mais informação)

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Empresários da diversão itinerante dizem que municípios não têm mostrado abertura

  • Lusa
  • 3 Agosto 2020

A percentagem de autarquias que aceitaram acolher equipamentos é ainda "mínima", queixa-se a Associação Portuguesa de Empresas de Diversão.

Os municípios não têm “estado recetivos” à instalação de equipamentos de diversão itinerante, apesar de já estarem autorizados a funcionar mediante regras sanitárias, afirmou, esta segunda-feira, a Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED).

O despacho do Governo a autorizar o funcionamento de equipamentos de diversão itinerante foi publicado no início de julho, mas, um mês depois, a percentagem de autarquias que aceitaram acolher equipamentos é ainda “mínima”, afirmou à agência Lusa o presidente da APED, Francisco Bernardo. “Os parques que existem não devem cobrir sequer 5% e, se calhar, estou a ser muito simpático”, frisou o responsável da associação, que realizou hoje uma reunião extraordinária de sócios em Pedrógão Grande.

Segundo Francisco Bernardo, o grande problema que os empresários enfrentam neste momento é a falta de recetividade e abertura dos municípios para “a instalação destes equipamentos”, com muitos autarcas a terem receio que esses locais possam “promover ajuntamentos de pessoas”. “Nós estamos a tentar ir junto dos municípios e convencê-los a autorizarem-nos e a licenciarem-nos para pôr toda esta gente a trabalhar o mais rápido possível”, frisou.

Francisco Bernardo salientou que os problemas não se esgotam apenas nessa questão, havendo também a dificuldade em garantir a rentabilidade do negócio, mesmo com abertura dos municípios para instalarem equipamentos de diversão. “Há um leque de despesas para o promotor e depois para o empresário, como a logística de transporte dos equipamentos, pagamento a funcionários, despesas associadas aos consumos de luz, certificação de equipamentos e seguros. Havia várias despesas que eram diluídas em seis ou sete meses de trabalho e agora vão ter de ser diluídas em um ou dois meses“, notou, sublinhando que, em casos com menor afluência, poderá não compensar instalar os equipamentos.

De acordo com o presidente da APED, a associação vai continuar a dialogar e a sensibilizar os municípios, ao mesmo tempo que vai procurar marcar uma reunião no Ministério da Economia, por forma a resolver outros problemas, como é o caso da burocracia associada a esta atividade. “Eu considero que o pessoal deste setor é muito resiliente, mas está a ficar pesada a máquina e é difícil conseguirmos convencê-los a terem calma, porque olham para o lado e não veem soluções”, constatou.

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