Mais de 3.400 estrangeiros já receberam “NISS na Hora”

Em apenas uma semana, a Segurança Social atribuiu 3.400 números de identificação a estrangeiros no momento do pedido, ao abrigo da nova funcionalidade "NISS na Hora".

Nos primeiros sete dias do ano, foram atribuídos números de identificação da Segurança Social a mais de três mil estrangeiros, no momento do próprio pedido. Esta nossa funcionalidade — chamada de “NISS na Hora” — entrou em vigor a 2 de janeiro e destina-se a estrangeiros residentes em Portugal que pretendam iniciar a sua atividade profissional.

De acordo com o Governo, esta medida de atribuição no momento do número de identificação em causa tem como objetivo simplificar e agilizar o processo de registar cidadãos estrangeiros no sistema da Segurança Social.

De 2 a 9 de janeiro, foram 3.461 os estrangeiros que conseguiram o número da Segurança Social no próprio momento do pedido, o que é “um sinal muito claro sobre a importância e os efeitos práticos desta medida”, defende a ministra do Trabalho. ” É nossa prioridade simplificar a relação da Segurança Social com os cidadãos e garantir capacidade de resposta rápida, que permite uma maior inclusão social e a capacidade, neste caso, de simplificar o processo de vistos de trabalho para trabalhadores estrangeiros”, salienta Ana Mendes Godinho.

Esta funcionalidade está disponível em 108 balcões em todo o país, “tanto nas sedes dos Centros Distritais do Instituto da Segurança Social, como nos Serviços Locais de Atendimento”. A lista pode ser consultada abaixo.

De notar que, ao longo de 2019, inscreveram-se na Segurança Social 160 mil dos cerca de 480 mil estrangeiros residentes em Portugal.

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Bruxelas exige investigação “independente e credível” a acidente aéreo

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2020

A Comissão Europeia exigiu a realização de uma investigação “independente e credível” e em cumprimento com as leis internacionais sobre a queda do avião ucraniano na quarta-feira em Teerão.

A Comissão Europeia exigiu esta sexta-feira a realização de uma investigação “independente e credível” e em cumprimento com as leis internacionais sobre a queda do avião ucraniano na quarta-feira em Teerão, cujos 176 ocupantes morreram.

“É muito, muito importante para nós que a investigação ao acidente seja feita de forma independente e credível […], conduzida à luz das leis internacionais”, declarou o porta-voz da Comissão Europeia para a área dos Transportes, Stefan de Keersmaecker.

Falando na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, em Bruxelas, o responsável notou que, “neste momento, ainda não existem conclusões nem certezas sobre as causas do acidente”.

“Estamos a aguardar os resultados da investigação em curso”, apontou.

Também presente na ocasião, a principal porta-voz do executivo comunitário, Dana Spinant, assinalou que “assim que foram divulgadas as notícias sobre o trágico acidente de avião, na quarta-feira de manhã, a presidente [da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen] e o Alto Representante para a Política Externa [Josep Borrell] enviaram as suas condolências e apelaram a uma investigação internacional credível e independente para apurar as causas”.

Autoridades norte-americanas, canadianas e britânicas declararam que é “altamente provável” que o Irão tenha abatido acidentalmente o avião civil, mas a Autoridade da Aviação Civil do Irão disse hoje ter a “certeza” que o Boeing “não foi atingido por um míssil”.

O aparelho descolou de Teerão, com destino a Kiev, despenhando-se dois minutos após a descolagem.

O Governo da Ucrânia informou que 83 iranianos, 63 canadianos, 10 suecos, quatro afegãos, três alemães e três britânicos morreram quando o avião ucraniano em que seguiam se despenhou nos arredores de Teerão.

A Ucrânia enviou para Teerão uma equipa de 45 investigadores para estudar as causas do desastre aéreo.

O acidente ocorreu horas depois do lançamento de 22 mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, numa operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.

Hoje, a porta-voz Dana Spinant foi ainda questionada sobre recentes falhas técnicas nas aeronaves na companhia aérea Boeing, que provocaram três trágicos acidentes em menos de seis meses, tendo indicado que a Comissão Europeia “está a monitorizar a situação”, sem mais comentários.

A queda de um avião Boeing 737 NG da transportadora ucraniana International Airlines na quarta-feira em Teerão deve agravar a crise de confiança em que está mergulhado o construtor norte-americano, apesar de ainda se desconhecerem as causas.

Depois de dois acidentes trágicos, que provocaram 346 mortos, envolvendo outro modelo de aparelho, o 737 MAX, a reputação do construtor aeronáutico está fortemente posta em causa.

Além deste acidente em Teerão, registaram-se outros dois trágicos acidentes nos últimos meses, na Indonésia (2018) e na Etiópia (2019).

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Discovery vai investir 21 milhões para abrir novos hotéis este ano

A marca vai reabilitar e inaugurar novos hotéis este ano, num investimento total de 21 milhões de euros. Responsáveis dizem-se focados no mercado nacional.

A Discovery Hotel Management (DHM) vai investir 21 milhões de euros em hotéis, este ano. A marca criada a partir de um fundo da Explorer Investments, que se dedica a comprar ativos tóxicos, para depois os recuperar, valorizar e vender, conta abrir dez novas unidades hoteleiras em Portugal, a maioria localizada em zonas recônditas do país.

Entre as várias aberturas e reabilitações que a DHM vai fazer este ano, serão, ao todo, cerca de 1.860 quartos. O principal, que abre portas no verão, num espaço de 11 hectares, é o Évora Farm Hotel, no qual a marca vai investir 4,7 milhões de euros. Numa primeira fase, o hotel abrirá com 57 quartos, piscina exterior e interior, jardins, ginásio e spa, restaurante e salas de reuniões. Numa fase posterior serão inauguradas 20 vilas.

Mais a sul, em Castro Marim, o Praia Verde Boutique Hotel vai reabrir em março, com 40 novos quartos, num investimento de cerca de 800 mil euros. Também no Algarve, uma das apostas da marca é o Vila Monte Farm House, com um milhão de euros investidos na renovação e abertura do Vila Indigo, cujos únicos três quartos, piscina e jardins privados serão dedicados a um público mais premium, com noites a rondar os 2.000 euros.

Mas um dos maiores investimentos da DHM vai ser feito na renovação integral do antigo Alpinus Hotel, no valor de sete milhões de euros. Esta unidade abrirá portas com uma nova identidade e, por isso, com um novo nome: The Patio Suite Hotel. Em Albufeira, o Éden Resort, muito procurado por turistas britânicos, vai receber um investimento de quatro milhões de euros para renovação das áreas comuns.

No centro do país, a DHM vai reabilitar o Monte Real Hotel & Spa e o Palácio da Lousã Boutique Hotel, num investimento total de 3,5 milhões de euros, que servirá para completar as renovações. Este último será transformado numa unidade bike-friendly.

“Os estrangeiros são importantes, mas apostamos muito no mercado nacional”, diz Francisco Moser, managing director da DHM.

Recuperar ativos em dificuldades, valorizá-los e vendê-los

O lema é (quase sempre) ir no sentido contrário ao das cadeias hoteleiras de referência, revelam os responsáveis Francisco Moser e Rodrigo Roquette. “O nosso trabalho é recuperar ativos que estão em dificuldades, valorizá-los e, mais tarde, pô-los à venda no mercado”, explica Rodrigo Roquette, diretor de marketing, num encontro com jornalistas, admitindo mesmo que, “um dia, a marca irá diluir-se e vender os ativos que tem a operadores hoteleiros ou fundos de investimento”.

Francisco Moser, Managing Director da Discovery Hotel ManagementD.R.

Entre os ativos que a DHM procura estão, sobretudo, ativos tóxicos, normalmente nas mãos da banca, resultado de insolvências ou penhoras. E na carteira, que tem atualmente 44 ativos avaliados em cerca de 900 milhões de euros, a marca hoteleira tem vários hotéis, a maioria localizados em zonas pouco estratégicas. O primeiro hotel abriu portas em 2013 e, este ano, vão a caminho do 18.º. “Queremos hotéis informais, com qualidade e ambientes criativos, onde as pessoas sintam a diferença”, diz Rodrigo Roquette.

Na hora de recuperar os imóveis, que normalmente estão em mau estado de conservação, todo o processo de reabilitação fica a cargo da DHM, independentemente de terem sido realizadas parcerias com marcas hoteleiras para desenvolver essas mesmas unidades. Assim, para este ano, a marca estima um investimento de cerca de 21 milhões de euros em novas remodelações ou aberturas.

No ano passado, de acordo com o Atlas da Hotelaria elaborado pela Deloitte, a DHM é o 10º maior grupo hoteleiro em Portugal, representando um crescimento de quatro posições face a 2018. Este desempenho vem em linha com o crescimento de 12% nas receitas, que totalizaram 53 milhões de euros, enquanto os lucros aumentaram 19%.

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Câmara do Porto chumba Hotel nas Galerias Lumière

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2020

Câmara do Porto emite parecer desfavorável. Optar pela "valorização da identidade urbana do Porto, através da conservação dinâmica dos tecidos existentes e manutenção dos usos neles instalados".

A Câmara do Porto emitiu parecer desfavorável ao Pedido de Informação Prévia (PIP) para uma unidade hoteleira a instalar nas Galerias Lumière, considerando “essencial” a manutenção da galeria comercial e do atravessamento que permite a ligação entre duas ruas.

“Relativamente a este processo, o PIP tem um parecer desfavorável tendo sido o requerente notificado da intenção de emissão de parecer desfavorável do pedido, para que se pronuncie, no prazo de 10 dias úteis, sobre tal intenção, nos termos do disposto nos artigos 121.º e 122.º do CPA”, revelou esta sexta-feira o município, em resposta à Lusa.

A Câmara do Porto justifica a decisão com a necessidade de privilegiar “a valorização da identidade urbana do Porto, através da conservação dinâmica dos tecidos existentes e manutenção dos usos neles instalados”, pelo que, acrescenta, “a manutenção da galeria comercial, ao nível do piso térreo, revela-se essencial, pelo que deve ser mantida potenciando desta forma a comunhão de usos mistos e de múltiplas vivências”.

Por outro lado, a autarquia considera que deverá promover-se a requalificação e dinamização da vivência urbana bem como a redução de assimetrias citadinas, garantindo a manutenção do atravessamento pedonal que permita a ligação física entre as ruas José Falcão e a das Oliveiras.

Em novembro, o pedido em causa tinha merecido parecer favorável à alteração do uso para as frações que constituem aquele edifício situado no centro do Porto, por parte da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) que avançava, à data, que a proposta apresentada pretende a alteração de utilização de comércio e serviços para unidade hoteleira, cujo futuro projeto “terá de ser objeto de nova apreciação”.

As Galerias Lumière estão implantadas numa zona geral de proteção do Depósito de Materiais da Fábrica das Devesas, o que obriga a um parecer da DRCN.

Em resposta à Lusa, aquele organismo referia que “a intervenção proposta permite requalificar a imagem exterior do prédio e é por isso positiva para a relação com o imóvel classificado (Depósito de Materiais da Companhia Cerâmica das Devesas), que se pretende salvaguardar”.

Segundo a DRCN, o parecer já tinha sido enviado para a Câmara do Porto, para pronuncia.

Em outubro, quando foi público o encerramento das Galerias Lumière em 2020, os lojistas falavam em “’bullying’ imobiliário”, por parte da atual administração do espaço, que os pressionava através de e-mail e sucessivos contactos telefónicos, no sentido de abandonarem o espaço o quanto antes.

Havia até vários lojistas que tinham já abandonado o local em troca do perdão das rendas em atraso e outros que aceitaram um acordo com a administração, que lhes ofereceu o valor das rendas até dezembro sob compromisso de entregarem a chave em janeiro.

Já os comerciantes mais antigos, alguns com espaços naquele local há pelo menos 15 anos, estavam a estudar junto dos seus advogados o caminho a seguir.

As notícias do encerramento das Galerias Lumière, onde chegou a funcionar nos anos 70 um cinema, levaram também, à data, o presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto, António Fonseca, a reagir, dizendo estar preocupado com a especulação imobiliária naquela zona.

“O que preocupa é que a especulação imobiliária naquele local possa matar a dinâmica conseguida nos últimos anos. Se acontece com moradores, mais depressa acontece com os comerciantes”, afirmava em declarações à Lusa.

O autarca referia que, nos últimos tempos, têm sido vários os edifícios adquiridos por investidores naquela zona, tal como aconteceu com as Galerias Lumière, cujo destino desconhece.

À Lusa, António Fonseca explicava, contudo, que a sua preocupação não se prende com o valor patrimonial daquele edifício que, considerou, se perdeu com o fim do cinema e a sucessiva descaracterização do espaço.

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Estes são os dez piores aeroportos do mundo. Dois são portugueses

No ranking da AirHelp, o Aeroporto Humberto Delgado e o Aeroporto Francisco Sá Carneiro estão entre os dez piores do mundo. Os atrasos são, entre outros, o aspecto mais destacado.

Os aeroportos de Lisboa e do Porto estão entre os dez piores do mundo, de acordo com um ranking da AirHelp, empresa que oferece serviços jurídicos para passageiros que tiveram más experiências com o voo, como cancelamentos ou atrasos.

O aeroporto da Portela foi eleito o pior aeroporto do mundo pela AirHelp, ficando na última posição. A pontuação global foi de 5,77 em 10. Comida dispendiosa, funcionários mal-educados, falta de áreas de espera e caos nas filas são os motivos mais referidos. De acordo com este ranking é difícil encontrar feedback positivo por parte dos passageiros.

Com uma pontuação melhor que o aeroporto Humberto Delgado surge o aeroporto Sá Carneiro, mas mesmo assim situa-se entre os piores, ao obter uma nota de 6,46. Casas de banho sujas e fora de serviço, falta de sinalização e atrasos estão entre as queixas mais frequentes.

Além dos dois aeroportos portugueses, há mais na lista dos piores. Estes são os dez piores do mundo:

  • Aeroporto Humberto Delgado – 5,77
  • Aeroporto Internacional do Kuwait – 5,78
  • Aeroporto de Eindhoven na Holanda – 5,92
  • Aeroporto Internacional Henri Coandă na Roménia – 6,03
  • Aeroporto Internacional de Malta – 6,05
  • Manchester Airport no Reino Unido – 6,26
  • Aeroporto de Paris Orly – 6,37
  • Aeroporto Sá Carneiro – 6,46
  • Billy Bishop Toronto City Airport no Canadá – 6,50
  • Aeroporto de Londres Gatwick – 6,62

Por outro lado, o aeroporto com melhor classificação pertence ao Aeroporto Internacional Hamad em Doha, no Qatar. De acordo com as categorias de desempenho, prazos, qualidade de serviço, alimentação e lojas, o hub da Qatar Airways obteve a pontuação mais alta, 8,39 em 10.

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OE2020: PCP apresenta já segunda-feira propostas de alteração na especialidade

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2020

O PCP vai apresentar “propostas no sentido da melhoria e da resposta aos problemas dos portugueses” disse o deputado Duarte Alves no Parlamento.

O PCP vai apresentar já na segunda-feira, na especialidade, um conjunto de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), um documento que o partido não considera ser o melhor ou sequer de continuidade.

No arranque do segundo e último dia de debate do OE2020 na generalidade, que termina hoje com a votação da proposta do Governo, o deputado Duarte Alves, do púlpito, fez uma intervenção em nome do PCP, considerando que “não é possível dizer que esta é a melhor proposta de orçamento ou sequer de continuidade”.

Na sequência de uma pergunta do deputado do PS Porfírio Silva, o comunista salientou que “na especialidade, o PCP intervirá como sempre interveio ao longo destes últimos anos”, ou seja, “com a sua independência” vai apresentar “propostas no sentido da melhoria e da resposta aos problemas dos portugueses”.

“E é nesse sentido que o PCP irá intervir na especialidade, apresentando já na segunda-feira um conjunto de propostas muito relevantes para o futuro do país”, revelou.

Na perspetiva de Duarte Alves, não se pode falar de continuidade “quando não se avança naquilo que é necessário, sobretudo num momento em que há recursos para isso”.

“A proposta de orçamento que hoje analisamos, documento da exclusiva responsabilidade do Governo PS, apesar de consolidar no essencial muito do que foi possível alcançar nos últimos anos por força da luta dos trabalhadores e da ação do PCP, não avança na resposta necessária aos problemas nacionais e não apresenta uma continuidade no ritmo nem na expressão e alcance dos avanços registados nos orçamentos da anterior legislatura”, começou por criticar.

O deputado do PCP elencou um conjunto de avanços da última legislatura como os aumentos extraordinários de pensões, os escalões de IRS, os passes sociais a preços mais reduzidos, os manuais escolares gratuitos, a redução das propinas, a eliminação do Pagamento Especial por Conta, o descongelamento de carreiras e as 35 horas na administração pública, para questionar “o que há nesta proposta de continuidade de medidas com esta abrangência e impacto positivo na vida dos portugueses”.

“Não há medidas novas com este significado na proposta do Governo e por isso não é possível dizer que esta é a melhor proposta de Orçamento ou sequer que é de continuidade”, respondeu, em seguida.

Já em relação ao Serviço Nacional de Saúde, apesar da importância do fim da suborçamentação, Duarte Alves avisou que é preciso ainda garantir “a contratação de profissionais, a partir da identificação das necessidades serviço a serviço, hospital a hospital, e não de qualquer outro critério” e que o Governo concretize “o calendário concreto para o fim das taxas moderadoras e a sua máxima abrangência”.

“Como o PCP tem sublinhado, havia e há margem orçamental para dar resposta aos problemas económicos e sociais do País. A opção que o Governo faz, no entanto, é a de sacrificar essas medidas em nome da obsessão pela obtenção de um excedente orçamental e da submissão às imposições da União Europeia e dos interesses dos grandes grupos económicos”, condenou.

Segundo o deputado comunista, com a intervenção do PCP, “abriram-se possibilidades de avançar” em áreas como o aumento de pensões, gratuitidade das creches, concretização do fim das taxas moderadoras ou redução dos custos da energia,

“No processo de especialidade que se irá abrir, o PCP bater-se-á pela concretização de todas as possibilidades de avançar no sentido de defesa, reposição e conquista de direitos e de resposta aos problemas estruturais com que o País está confrontado”, prometeu.

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Livre não vai votar contra Orçamento, mas considera que documento não é “satisfatório”

A representante do partido Livre deixou em aberto o seu sentido de voto quanto ao Orçamento do Estado, dizendo apenas que não vai votar contra o documento.

A deputada única do Livre não desfaz o tabu e limita-se a dizer que o partido não vai votar contra o Orçamento do Estado (OE) para este ano. Assim, ficam em aberto as hipóteses de um voto a favor ou de uma abstenção.

“Não tenho intenção nenhuma de estar do lado dos partidos de direita”, começou por dizer Joacine Katar Moreira, em declarações à SIC, depois de os estes terem anunciado o voto contra à proposta do OE. A deputada acrescentou que este OE “não se analisa facilmente” e que “não é satisfatório”.

Minutos depois, em declarações aos jornalistas, e apesar de muita insistência, Joacine não quis revelar o sentido de voto do Livre. “É um OE que nos ilude e que nos desilude”, disse.

Contudo, acabou por dizer que, se o Governo precisar do voto a favor do Livre para aprovar o OE, o Executivo terá de, em troca, “olhar com mais objetividade e investir em áreas fundamentais para o reforço das medidas de aumento de justiça social e de justiça climática”.

Por fim sublinhou que o voto nesta fase da generalidade não “inibe minimamente” o partido de “alterar radicalmente” o voto até à última votação.

(Notícia atualizada às 12h26 com mais informação)

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Miguel Albuquerque confirma abstenção do PSD/Madeira na votação do OE2020

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2020

O presidente do Governo regional da Madeira já confirmou que os deputados do PSD/Madeira vão abster-se na votação do Orçamento do Estado de 2020, contribuindo assim para a viabilização do documento.

O presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, anunciou esta sexta-feira que os três deputados do partido na Assembleia da República vão abster-se na votação na generalidade do Orçamento de Estado para 2020.

“A nossa posição será uma posição de abstenção na generalidade, uma vez que está consubstanciado no Orçamento uma das obras mais importantes para a história da Madeira que será o cofinanciamento do novo hospital”, afirmou à agencia Lusa o líder social-democrata madeirense.

Questionado sobre eventuais procedimentos disciplinares pelo facto dos deputados Sara Madruga da Costa, Paulo Neves e Sérgio Marques “furarem” a indicação da bancada chefiada por Rui Rio, Miguel Albuquerque respondeu: “Não quero saber”.

“Essa foi a indicação que dei aos deputados” do PSD eleitos pela Madeira, reforçou.

Miguel Albuquerque salientou que “primeiro está o interesse da Região Autónoma da Madeira”.

A Assembleia da República aprova esta sexta-feira, na generalidade, o Orçamento do Estado (OE) para 2020 com a abstenção anunciada da esquerda parlamentar e do PAN.

Embora muito críticos da proposta do Governo, sobretudo do excedente orçamental de 0,2%, BE, PCP, PAN e PEV decidiram abster-se na votação de hoje, mas avisaram que os socialistas têm de fazer um esforço de aproximação às suas propostas na fase de discussão na especialidade.

PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega vão votar contra e até agora estava em aberto a posição dos três deputados sociais-democratas madeirenses.

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Centeno antecipa redução da dívida pública em 2019

O ministro das Finanças abriu a porta a uma boa notícia: a dívida pública terá caído em termos nominais no ano passado. Se se confirmar, será a primeira descida do endividamento do Governo desde 1995.

Mário Centeno antecipou esta sexta-feira aquilo que classificou de “boa notícia adicional” para Portugal: a dívida pública terá reduzido em 2019 em termos nominais e não apenas em % do Produto Interno Bruto (PIB). A concretizar-se, será a primeira descida em mais de duas décadas.

“A redução da dívida pública é uma boa notícia. Estamos quase, provavelmente, a ter uma boa notícia adicional que é a possibilidade de a dívida pública nominal já se ter reduzido em 2019”, declarou o ministro das Finanças no Parlamento, na discussão e votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2020.

“Vamos esperar pelos resultados das estatísticas para concluir exatamente isso”, acrescentou ainda em resposta ao deputado socialista Filipe Neto Brandão.

Segundo os últimos dados do Banco de Portugal, a dívida das Administrações Públicas atingiu os 251,1 mil milhões de euros em novembro de 2019. É um montante que está acima dos 249,1 mil milhões de euros no final de 2018. O Banco de Portugal volta a atualizar as estatísticas do endividamento do Estado em relação ao fecho do ano no próximo dia 3 de fevereiro. Nesse momento saber-se-á se a dívida pública sempre desceu em termos nominais em 2019.

Se dezembro trouxer as “boas notícias” que Centeno adivinha, Portugal registará a primeira descida anual do endividamento do Governo desde, pelo menos, 1995. No final desse ano, a dívida pública atingiu os 55,3 mil milhões de euros. Desde então, aumentou quase 200 mil milhões.

Evolução da dívida pública em termos nominais

Fonte: Banco de Portugal; Dados de 2019 referentes a novembro

Mário Centeno referiu-se aos valores da dívida pública em termos brutos. Se analisarmos a dívida pública em função do PIB, um indicador mais relevante porque mede a capacidade do país de pagar a dívida, verifica-se que o rácio já tem vindo a cair nos últimos dois anos à boleia do crescimento económico.

O rácio da dívida pública registou o pico em 2016, quando atingiu os 131,5% da riqueza produzida. Entretanto baixou nos dois anos seguintes, fechando o ano de 2018 nos 122,2% do PIB.

A proposta de Orçamento do Estado para 2020 que está a ser discutida esta sexta-feira no Parlamento prevê que o nível de endividamento tenha baixado para 118,9% do PIB em 2019, apontando para nova queda no final deste novo ano: 116,2% do PIB.

Rácio da dívida em % do PIB cairá pelo terceiro ano

Fonte: Banco de Portugal; Dados de 2019 relativos à previsão do OE2020

(Notícia atualizada às 12h12)

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Empresas antecipam um abrandamento das exportações este ano

As empresas esperam ver as exportações aumentar 2,1% neste ano, um valor que representa uma desaceleração face às previsões feitas no ano passado.

As previsões das empresas apontam para um crescimento nominal de 2,1% das suas exportações em 2020 face ao ano anterior, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta sexta-feira. Já quando se exclui o segmento dos combustíveis e lubrificantes, o aumento esperado é de 1,7%.

Estes valores traduzem-se numa desaceleração quando comparados com as expectativas expressadas para 2019, quando as empresas exportadoras de bens perspetivavam um aumento de 4%, salienta o INE, nesta que é a primeira previsão para este ano.

No que diz respeito aos mercados para onde se irá exportar, “as empresas esperam um acréscimo de 1,1% nas exportações para os mercados ExtraUE e de 2,4% para os países Intra-UE”, sublinha o INE. Já quando se olha para as categorias económicas, destacam-se as perspetivas de aumento das exportações de máquinas, outros bens de capital (exceto o material de transporte) e seus acessórios.

Estas expectativas estão em linha com as previsões avançadas pelo presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo (AICEP), que disse à Lusa estar “convencido” de que este ano as exportações portuguesas vão continuar a aumentar, apesar da “incerteza” ser o grande desafio.

No acumulado do ano passado, Portugal registava em novembro uma balança de bens deficitária em 19 mil milhões de euros, um saldo pior do que registado em todo o ano de 2018. Nesse mês, as exportações de bens cresceram seis vezes mais do que as importações, números que foram, no entanto, influenciados pelo efeito da greve dos estivadores, que travou as exportações nos meses anteriores.

(Notícia atualizada às 11h30)

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“O país não espera maiorias negativas”. Centeno deixa avisos para a especialidade

No último dia de debate na generalidade do OE2020, o ministro das Finanças alerta os partidos para que, na especialidade, não aprovem medidas que afetem o equilíbrio das contas públicas.

Sem maioria no Parlamento e com o OE2020 a ser viabilizado com abstenções à esquerda, Mário Centeno aproveitou a sua intervenção no segundo dia de debate na generalidade para avisar os partidos para a necessidade serem responsáveis nas propostas de alteração que fizerem durante o debate na especialidade. “O país não espera maiorias negativas. Por isso mesmo. Porque são negativas”, disse o ministro das Finanças.

O governante teme o cenário de entendimentos entre os partidos à esquerda do PS e os que estão à direita em sede de especialidade no debate de o Orçamento do Estado. Medidas deste género poderiam afetar os equilíbrios orçamentais, num Orçamento que pela primeira vez, em democracia, apresenta um excedente de 0,2%.

Uma das medidas que estará no pensamento de Mário Centeno deverá ser a redução do IVA da eletricidade. Ainda antes da entrega do Orçamento do Estado, foi possível perceber que existe vontade à esquerda e à direita para aliviar a conta da luz. No entanto, o PSD acabou por defender que a medida teria de ser acompanhada de medidas compensatórias.

O ministro das Finanças não quer que sejam aprovadas medidas que “por aumentarem a despesa ou reduzirem impostos ponham Portugal no caminho do aumento da dívida” ou que “alterem o equilíbrio orçamental”.

Antes o governante tinha defendido que “este é Orçamento da letra E”, de equilíbrio, economia, empresas, estabilidade, emprego e de esquerda. Acrescentando também que este também um Orçamento da letra F, de futuro.

Mário Centeno lembrou os principais resultados dos últimos anos em indicadores como as exportações, o investimento, a economia e o desemprego. E garantiu que Portugal está hoje mais preparado para enfrentar choques externos.

(Notícia atualizada)

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“Se não chegar a primeiro-ministro, tenho de fazer emergir o meu sucessor”, diz Rui Rio

  • ECO
  • 10 Janeiro 2020

Se vencer as diretas e não conseguir levar o PSD ao poder, Rui Rio promete que terá sucessão garantida. "Tenho de fazer emergir o meu sucessor", disse.

Rui Rio acredita que só ele próprio pode devolver ao PSD o poder que o partido perdeu e promete que, se vencer estas eleições para representar os social-democratas, mas não ganhar o país, terá um sucessor preparado para ser um dia primeiro-ministro. No futuro, não descarta um eventual acordo com o partido Chega.

“Não fiz [nestes últimos dois anos], seguramente, a oposição que quis, porque para fazer a oposição que gostaria de ter feito para pôr o partido a funcionar como eu entendia que devia ser, teria de ter tido uma paz interna que não tive”, começou por dizer Rui Rio, em entrevista à TSF, acrescentando que os “sobressaltos, obstáculos internos, boicotes internos e todas essas dificuldades” não permitiram ao PSD “atingir aquilo que são os máximos que tem à sua disposição”.

Uma vitória nas eleições diretas será a única forma de levar o PSD ao poder? “É muitíssimo mais fácil o PSD chegar ao poder se eu ganhar as eleições de sábado do que se eu não ganhar”, respondeu Rui Rio, acrescentando que isso, na sua opinião, é “evidente”.

“Se eu ganhar as eleições e se eu não conseguir chegar ao poder, mesmo ganhando as eleições, compete-me a mim procurar trabalhar o partido de uma tal forma que, nessa altura, quando tiver que sair, eu tenha sido capaz de criar uma, duas ou três figuras que tenham peso institucional, forma e competência, para poderem ser primeiro-ministro de Portugal”, disse.

E explicou: “Se ganhar as eleições e ainda não conseguir chegar a primeiro-ministro, tenho de fazer em paralelo — o partido tem de fazer em paralelo — um trajeto em que faça emergir aquele que deve ser o meu sucessor, que para chegar ao poder — coisa que no cenário que estou a dizer, não terei conseguido, não é — se conseguir chegar ao poder, o problema está resolvido”.

É “um bocadinho exagerado classificar o Chega de fascista ou extrema-direita”

Rui Rio considera que o Chega tem algumas posições extremistas e populistas, mas não descarta, no futuro, um eventual acordo com o partido de André Ventura. Mas isso vai depender. “Vai depender daquilo que for a evolução do Chega até à data em que isso possa eventualmente ser necessário”, afirmou.

Para o social-democrata, o Chega é um partido “muito jovem, está a começar, só tem um deputado”. E, por isso, “é muito difícil perceber o que é que o Chega vai ser daqui por um ano ou daqui por dois anos”.

Contudo, atualmente, Rio Rio não tem muitas dúvidas. O partido “tem efetivamente algumas posições extremistas e algumas posições de perfil populista”, mas “é um bocadinho exagerado classificarmos o Chega de fascista ou de extrema-direita”.

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