Abanca cresce 19% na produção de seguros em 2019

  • ECO Seguros
  • 6 Fevereiro 2020

O Abanca registou um aumento de 18,7% em produção nova de seguros em 2019 e conseguiu mais de 425 mil novos clientes, dois terços dos quais através de Deutsche Bank Portugal e da Caixa Geral España.

A subscrição de seguros aumentou 18,7%, apoiada «na comercialização de produtos inovadores e na experiência do cliente», realça a instituição presidida por Juan Carlos Escotet na apresentação dos resultados anuais do banco galego.

Por ramos, os prémios correspondentes a seguros de pagamentos protegidos aumentaram 53%, os dos seguros de saúde 36%, os dos seguros de empresas 19% e os de seguros de vida 17%. O produto estrela do banco (‘Tarifa Plana de Seguros‘) cresceu 15% em número de clientes com mais de cinco apólices contratadas, realça a instituição que resultou da fusão, há nove anos, de duas instituições galegas de banca regional.

Posicionando-se entre os três bancos espanhóis com melhor rating de ‘experiência digital’, o Abanca revela que impulsionou o negócio de seguros levando a cabo “duas grandes operações que vão redefinir o seu modelo nos próximos anos. Por um lado, a internalização do negócio de vida e pensões, que passou a ser gerido integralmente dentro do grupo”. Por outro lado, Abanca estabeleceu “uma joint-venture de longo prazo com o maior grupo bancário e segurador europeu, o Crédit Agricole Assurances, para operar no segmento de seguros em Espanha e Portugal”.

Em 2019, prossegue o comunicado que divulga resultados anuais, Abanca conseguiu mais de 425.000 novos clientes, dois terços dos quais através das integrações do Deutsche Bank PCB Portugal e do Banco Caixa Geral España.

Este acréscimo de recursos fora do balanço, permitiu aumentar os ativos em 57,9%, ou 11,4% se descontado o efeito de Portugal e do Banco Caixa Geral.

Globalmente, a instituição financeira encerrou o exercício de 2019 com um lucro líquido de 405 milhões de euros, 6,7% superior ao do ano anterior, assumindo estar entre as entidades “mais rentáveis” do sistema financeiro espanhol. Em acréscimo, o banco espanhol diz que registou (em Espanha) o maior crescimento em valor comercial de marca.

Numa recente passagem por Lisboa, membros da administração do banco admitiram interesse na aquisição do EuroBic e de uma participação no grupo Cofina.

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Elsa e Fabien: 22.700 sinistros, 42 milhões de indemnizações

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2020

Contas finais dos temporais de dezembro passado são piores que as previsões iniciais. As seguradoras pagaram, ou já puseram dinheiro de lado para pagar, indemnizações devidas por 22.700 sinistros.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) divulgou hoje o balanço final dos custos resultantes do mau tempo do final de dezembro, estimados em 42 milhões de euros, resultantes da participação de 22.700 sinistros.

Segundo o balanço hoje divulgado, a partir do inquérito às seguradoras suas associadas, foram participados 22.700 sinistros “a que corresponde um valor agregado de danos (valores pagos e provisionados) de 42 milhões de euros”.

O balanço anterior, de 16 de janeiro, registava 17.000 sinistros num valor de danos de 34 milhões de euros.

O mau tempo provocado pela tempestade Elsa, entre 18 e 20 de dezembro, a que se juntou no dia 21 a depressão Fabien, fez três mortos e deixou mais de 100 pessoas desalojadas.

Provocou ainda danos em habitações, linhas de comboio, vias rodoviárias e na rede elétrica.

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Mar 2020 com mais de 560 milhões de euros em investimentos em execução

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2020

Os investimentos em execução no âmbito do programa operacional Mar 2020 superam os 560 milhões de euros, segundo números oficiais. A zona Centro concentra a maior "fatia".

Os investimentos em execução, no âmbito do programa operacional Mar 2020, superam os 560 milhões de euros e a maioria está localizada na região Centro, com 163 milhões de euros.

“Os investimentos que estão a ser executados com o apoio do PO [Programa Operacional] Mar 2020 cobrem todas as regiões do país. Estamos a falar de mais de 560 milhões de euros de investimento”, lê-se numa nota publicada na página da internet do Mar 2020.

Do total, cerca de 30%, ou seja, 163 milhões de euros estão localizados na região Centro. Segue-se Lisboa (22%) com 125,9 milhões de euros, a região Norte (18%) com 99 milhões de euros, o Algarve (13%) com 71,6 milhões de euros e os Açores (10%) com 57,4 milhões de euros.

Nos últimos lugares da tabela figuram a Madeira com 6% do total de investimentos aprovados, a que correspondem 35,8 milhões de euros, e o Alentejo (1,6%) com 8,8 milhões de euros.

O Mar 2020, que se insere no Portugal 2020, tem como objetivo a implementação das medidas de apoio enquadradas no Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP), estando entre as suas prioridades a promoção da competitividade, a sustentabilidade económica, social e ambiental, bem como o aumento da coesão territorial.

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PRA aposta no Corporate Governance e passa a ter diretor-geral

A PRA implementou num novo modelo dentro da sociedade de advogados. A área de corporate governance é a mais recente aposta da firma, tal como a criação do cargo de diretor-geral.

A sociedade de advogados PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados aprovou recentemente um novo modelo de governance e instituiu o cargo de diretor-geral, o qual, em articulação com o conselho de administração, contribuirá para “prosseguir os objetivos estratégicos” da firma.

“Sustentando o seu crescimento e o alargamento de associados, face às necessidades dos seus clientes, a PRA reforça a sua estrutura para incrementar os níveis de eficiência e qualidade no mercado“, refere a sociedade em comunicado.

Pedro Braz, anteriormente CEO da Mercedes-Benz Portugal e managing director da Turiscar, assumiu o novo desafio de diretor-geral numa sociedade de advogados, que segundo o próprio, “é já uma referência e que continua a crescer de forma sólida e dinâmica, antecipando um ano de mudanças e de novos projetos”.

Pedro Raposo, presidente do conselho de administração da PRA, afirma que a nova contratação irá “robustecer os serviços profissionais da sociedade, já certificados no que respeita à gestão da qualidade”, e refere que a larga experiência de Pedro Braz se traduzirá num fator diferenciador “numa sociedade que tem como mote fazer da excelência uma forma de estar”.

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Madoff, promotor da maior fraude fiscal de sempre, alega doença terminal e pede para sair da prisão

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2020

Aos 81 anos, Bernard Madoff pediu para sair da prisão, alegando que uma insuficiência renal lhe dá apenas 18 meses de vida. Cumpre pena de 150 anos, "apanhado" na maior fraude fiscal de sempre.

Bernard Madoff, de 81 anos, que cumpre uma pena de 150 anos por ter cometido aquela que foi considerada a maior fraude fiscal de sempre, disse que está a morrer devido a insuficiência renal e pediu para ser libertado antecipadamente.

De acordo um documento que foi apresentado pelos seus advogados, Madoff, que diz sofrer de uma doença renal em estado terminal, para além de ter hipertensão e dificuldades cardíacas, tem “menos de 18 meses de vida”.

Bernie, como é conhecido, recusou-se a fazer diálise e, no verão passado, foi transferido para uma unidade de cuidados paliativos no centro médico da prisão da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, onde está a cumprir a sua sentença.

“Está claro que Madoff não representa um perigo para nenhuma pessoa ou para a comunidade”, vincaram os advogados no pedido de libertação, que na quarta-feira foi entregue no tribunal, em Nova Iorque. Os advogados recordaram ainda que o recluso não tem um historial violento e que a natureza dos seus crimes o impede de participar em qualquer tipo de atividade financeira.

Recentemente, numa entrevista ao The Washington Post, Bernie Madoff já tinha afirmado que sofria uma “doença terminal”, acrescentando que cumpriu 11 anos de prisão.

Madoff foi preso no final de 2008 devido a um esquema de fraude de pirâmide, conhecido por Ponzi, com o qual a sua empresa desviou cerca de 65 milhões de dólares (perto de 59 milhões de euros). Apesar de, inicialmente, se ter declarado inocente, em 2009, Madoff acabou por admitir ser culpado dos crimes em causa.

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Ministério Público pondera investigação a António Costa por violação de segredo de Justiça

A resposta é da Procuradoria-Geral da República relativamente à averiguação de uma alegada violação de segredo de justiça do primeiro-ministro.

“O Ministério Público pronuncia-se no âmbito dos processos sobre as questões concretas aí suscitadas”. A resposta é da Procuradoria-Geral da República — a uma questão levantada pelo ECO/Advocatus — relativamente à averiguação de uma alegada violação de segredo de Justiça por parte do primeiro-ministro António Costa, no âmbito do processo Tancos.

Na quarta-feira, o juiz de instrução Carlos Alexandre pediu ao Ministério Público para se pronunciar sobre a divulgação na página oficial do Governo do depoimento escrito do primeiro-ministro. Em despacho, o juiz encarregue pela fase de instrução do caso de Tancos referiu que os autos se encontram em segredo de justiça externo e que, depois de ter tido conhecimento de que foi publicado na página da presidência do Conselho de Ministros uma cópia das respostas do depoimento escrito de António Costa, que o tribunal recebeu na terça-feira, decidiu notificar o Ministério Público para se pronunciar sobre a divulgação. A resposta dada pelo gabinete de Lucília Gago confirma que o Ministério Público foi notificado do despacho proferido pelo juiz Carlos Alexandre mas não admite se haverá uma investigação a António Costa por alegada violação de segredo de justiça externo (que não abrange arguidos nem advogados dos mesmos, apenas os elementos externos ao processo). Neste caso, tendo António Costa ter apenas testemunhado — por escrito — estaria teoricamente vinculado a esse mesmo segredo de justiça.

O primeiro-ministro entendeu esta quarta-feira proceder à divulgação pública integral das suas respostas às questões colocadas pelo juiz Carlos Alexandre depois de terem sido “postas a circular versões parciais do depoimento”.

“Tendo sido postas a circular versões parciais do depoimento do primeiro-ministro como testemunha arrolada pelo professor doutor José Alberto Azeredo Lopes no chamado ‘Caso de Tancos’, entendeu o primeiro-ministro dever proceder à divulgação pública integral das respostas a todas as questões que lhe foram colocadas e que constam do depoimento já entregue ao Tribunal Central de Instrução Criminal, às 16h22 horas, do dia 4 de fevereiro de 2020″, lê-se numa nota divulgada pelo gabinete do líder do executivo.

O primeiro-ministro respondeu por escrito, como testemunha arrolada pelo ex-ministro da Defesa e arguido Azeredo Lopes, às 100 perguntas formuladas pelo juiz que dirige a fase de instrução do processo sobre o furto e a recuperação das armas dos paióis de Tancos.

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Descida do IVA na luz beneficiaria famílias mais ricas, diz Centeno

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2020

O ministro das Finanças, Mário Centeno, avisou no Parlamento que a descida do IVA da luz iria beneficiar as famílias com maiores rendimentos.

O ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno, reiterou esta quinta-feira que uma descida do IVA da eletricidade, que não foi aprovada na proposta de Orçamento do Estado, beneficiaria “sobretudo os agregados com maiores rendimentos”.

“Uma descida transversal do IVA beneficiaria sobretudo os agregados com maiores rendimentos”, defendeu o ministro das Finanças, que criticou as propostas apresentadas pelos partidos, nomeadamente a do PSD.

Mário Centeno defendeu que o impacto negativo da medida do Governo para a eletricidade “será muito menor do que a medida radical proposta pelo PSD”. “Eu quero relembrar aqui que a generalidade dos países está sujeita a taxa normal do IVA”, prosseguiu o ministro, afirmando que “se fosse tão fácil como as contas incertas com que o líder da oposição ontem [quarta-feira] brindou o país, no resto da Europa já teria sido feito, não estavam à espera do doutor Rui Rio para fazer as contas”.

Mário Centeno, também presidente do Eurogrupo, defendeu que o executivo sempre esteve de “boa-fé” e se “aproximou das preocupações apresentadas pelos vários partidos”, mas “no quadro da responsabilidade orçamental, da ação climática e da justiça social”.

“A medida que o Governo pretende desenhar a partir da autorização legislativa que foi aprovada, não é uma medida dirigida à redução dos custos com o consumo de energia: isso é feito através da redução da tarifa e da tarifa social”, asseverou.

A proposta do OE2020 contém uma autorização legislativa no sentido de permitir ao Governo criar escalões de consumo de eletricidade diferenciados, mas que está dependente de aprovação do Comité do IVA da Comissão Europeia.

Ao longo da sua intervenção de encerramento, Mário Centeno foi sendo interrompido várias vezes por várias bancadas, e referiu “que um Orçamento é um documento de responsabilidade, não é uma lista de desejos e muito menos um peditório”, e que “como não há carros sem travões, não há orçamentos sem cativações”. “Há é quem não saiba travar e acaba a cortar a direito, na verdade, à direita. E há quem não saiba cativar e acabe a desperdiçar, afinal, as ‘gorduras’ que depois querem queimar”, prosseguiu.

No seu discurso, Mário Centeno salientou a importância da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e da venda do Novo Banco, que classificou de “decisões difíceis e até, naqueles momentos, controversas”. “Mas foram essas decisões que lançaram as bases para Portugal recuperar a confiança e a credibilidade”, defendeu o ministro.

O ministro afirmou ainda que a poupança de 2.000 milhões de euros em juros da dívida correspondeu ao “aumento de despesa no Serviço Nacional de Saúde”. “Este é o melhor orçamento dos últimos anos”, de acordo com Mário Centeno, que afirmou que o Governo não trabalha “em função de interesses do momento, ou mesmo do próximo fim de semana”. Centeno disse ainda que “nada está garantido”, e que “pensar o contrário” foi o que levou o país “ao Programa de Ajustamento”.

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Foi este o último Orçamento do Estado de Centeno?

As notícias sobre a potencial saída do ministro das Finanças não são novas. Em dezembro, o governante dizia que voltaria a pensar no assunto depois de aprovado o OE 2020.

O Orçamento do Estado (OE) para 2020 está aprovado. Após três dias de debate e votações — marcados por maiorias negativas que fizeram aprovar medidas contra a vontade do PS e pelo chumbo da descida do IVA da luz. — o documento final teve o “OK” do Parlamento. Fica, no entanto, a dúvida sobre se o ministro das Finanças, Mário Centeno, irá manter-se no Governo para o executar.

Eu acho que os portugueses estão agora interessados é que este OE se execute. Que se execute com o mesmo rigor que todos os anteriores. Honestamente, eu acho que é isso que interessa aos portugueses“, respondeu Mário Centeno, no Parlamento, quando questionado sobre se estaria a ponderar deixar o Governo, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

O ministro das Finanças já tem como (quase) garantido que será o primeiro a conseguir o excedente orçamental das contas públicas portuguesas e poderá conquistar também a diminuição da dívida pública nominal. As políticas desenhadas por Centeno deverão conduzir a este legado. Mas irá o próprio assistir à execução? Na conferência de imprensa que se seguiu à aprovação, foi essa a questão: Quer Centeno executar o OE 2020 até ao fim?

Em vez de Centeno, quem respondeu foi o primeiro-ministro, António Costa, que tirou o foco do ministro. “Vamos seguramente, assim que o senhor Presidente da República o promulgar, começar a executar”, disse sobre o OE. “Fora aquelas normas que são inconstitucionais e que devidamente deverão ser encaminhadas para o Tribunal Constitucional na altura própria”, sublinhou, referindo-se à suspensão das obras da linha circular do metro.

Aprovado o OE, voltou a estar em foco a ideia de que Centeno poderá estar prestes a sair do Governo. O ministro transitou da legislatura anterior e começou apenas há quatro meses a segunda legislatura, que só termina em 2023.

No entanto, desde o início do ano que têm surgido notícias sobre o futuro do governante, nomeadamente sobre a possibilidade de substituir Carlos Costa como governador do Banco de Portugal. O mandato do atual governador termina em maio e o próprio Mário Centeno já admitiu considerar ter perfil para o cargo de liderança do Banco de Portugal.

Mas tem mantido sempre em aberto se o quer ou não fazer. Para isso, teria de sair do Governo e da presidência do Eurogrupo, mas neste caso o mandato termina em julho e o ministro tem defendido que é “extremamente favorável à limitação do número de mandatos”. Questionado pelo Expresso em dezembro sobre a possibilidade de sair, Centeno atirou a decisão para depois da aprovação do OE 2020.

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Descida de tarifas da China leva Wall Street a novos recordes. Twitter dispara 14%

Os principais índices bolsistas dos EUA negoceiam em alta, depois de Pequim ter anunciado que vai reduzir para metade as taxas alfandegárias sobre produtos dos EUA, no valor de 756 milhões de dólares.

As ações norte-americanas negoceiam esta quinta-feira em novos máximos históricos, animadas pelo plano da China de cortar para metade as taxas alfandegárias sobre alguns produtos dos EUA, no valor de 75 mil milhões de dólares. O anúncio ajudou a aliviar os receios sobre as consequências financeiras da epidemia de coronavírus.

O S&P 500 e o Dow Jones assinalam novos máximos históricos, ao subirem 0,31% e 0,33% para os 3.344,92 e 29.388,58 pontos, respetivamente. Já o Nasdaq acelera 0,34%, para os 9.540,98 pontos.

Pequim anunciou esta quinta-feira que vai reduzir para metade as taxas alfandegárias sobre produtos norte-americanos, no valor de 75 mil milhões de dólares (68 mil milhões de euros) em importações anuais. A medida entra em vigor a 14 de fevereiro, sendo que taxas de entre 10% e 5% vão ser reduzidas em 1.600 bens, como produtos marinhos, aves, soja e alguns tipos de aviões ou ainda lâmpadas de tungsténio usadas na investigação médica.

O corte nas tarifas segue um forte estímulo monetário do banco central da China no início desta semana para apoiar uma economia atingida por paralisações e restrições de viagens devido ao surto de vírus.

“O medo, que os investidores tinham quando o vírus começou, parece ter diminuído um pouco“, disse Rick Meckler, sócio da Cherry Lane Investments, citado pela Reuters.

Um conjunto de dados económicos positivos revelados nos EUA também ajudam a mitigar os receios em torno do coronavírus e dão fôlego a Wall Street.

A nível empresarial destaca-se o Twitter, cujas ações disparam 13,8%, depois de a empresa dona da rede social ter revelado que atingiu receitas trimestrais de mil milhões de dólares pela primeira vez na sua história, batendo ainda as estimativas dos analistas.

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“Costa manda no PCP e de certa forma no próprio CDS”, diz Rui Rio

Líder do PSD deixou críticas a comunistas e centristas que não aprovaram a redução do IVA na eletricidade. "Neste momento António Costa manda no PCP e de certa forma no próprio CDS", atirou Rui Rio.

Rui Rio criticou PCP e CDS por não terem aprovado a proposta para a redução do IVA na eletricidade, dizendo que António Costa “manda” nos dois partidos.

“A nossa proposta, que ia no sentido da descida da carga fiscal, deixou a nu que, neste momento, António Costa manda no PCP e, de certa forma, no próprio CDS“, disse o líder do PSD, na primeira reação após a aprovação final do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).

“O PCP dizer que ‘se o IVA descer já está bem, mas que, descer só a partir de outubro, já não serve’ é uma coisa que não tem lógica nenhuma, não tem sustentabilidade possível. É de uma contradição total”, completou Rio em declarações transmitidas pela Sic Notícias. “E depois vimos o CDS a dizer que se abstinha, e depois veio a votar contra as propostas de redução. Também é uma coisa um bocado esquisita. Fica aqui claro quem esteve de boa-fé desde o início”, acrescentou.

Rio acusou ainda o PS e o Governo de “encenação” na questão da redução do IVA da luz. “Sabíamos todos que o PS não quer baixar o IVA da eletricidade, apesar de ter feito toda aquela encenação, mandando uma carta para Bruxelas. Mas não quer nada. Não tem sequer orçamento preparado para acomodar a redução do IVA da eletricidade.

(Notícia atualizada às 14h56)

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Costa acusa PSD de “cenas patéticas” e “absoluta irresponsabilidade” no IVA da luz

O primeiro-ministro acusou a oposição de "cenas patéticas" com os avanços e recuos na descida do IVA da luz, mas congratulou-se com a aprovação final ao Orçamento do Estado para 2020.

O primeiro-ministro congratulou-se esta quinta-feira com a aprovação final ao Orçamento do Estado (OE) para 2020, mas acusou o presidente do PSD de “cenas patéticas” com as propostas que previam a descida do IVA da luz, que foram, para o Governo, uma “absoluta irresponsabilidade” da parte do maior partido da oposição.

“É manifesto que o Dr. Rui Rio foi utilizando as sucessivas etapas deste debate orçamental como um instrumento da sua campanha eleitoral interna”, considerou António Costa, numa reação transmitida pela SIC Notícias.

“Já tinha sido assim no debate na generalidade e culminou agora nestas cenas patéticas a que assistimos nos últimos dias, de avanços e recuos absolutamente irresponsáveis em matéria de IVA da eletricidade, seguramente para o poder tentar exibir como uma grande atuação política no congresso deste fim de semana”, apontou.

O primeiro-ministro socialista defendeu que “quem quer fazer política tem de estar na política com responsabilidade”, acusando o líder da oposição de “absoluta irresponsabilidade” na discussão das alterações ao OE. “Não podemos estar a fazer política para a bancada. O OE não é, propriamente, um outdoor. Tem de ser um instrumento de responsabilidade”, reforçou.

Dito isto, interrogou: “Como é que um partido que passa o tempo a falar na necessidade de melhorar a competitividade fiscal das empresas não apresenta medidas para a competitividade fiscal das empresas, e a grande medida que apresenta exclui, precisamente, as empresas?”, disse, referindo-se à descida do IVA da eletricidade exclusivamente para os consumos domésticos.

A discussão do OE para 2020 levou ao chumbo de todas as propostas que previam a descida do IVA da energia, incluindo a do PSD, mas também a do PCP. O PSD, apesar de ter dito que votaria a proposta comunista, acabou por abster-se e a deixar cair, porque as contrapartidas que propunha para compensar a perda de receita não foram aprovadas pelo Parlamento. Este foi um assunto polémico, que, inclusivamente, opôs o PS aos parceiros da esquerda.

Questionado sobre se este OE força o Governo a promover uma maior negociação com o BE e PCP de medidas para o OE do próximo ano, António Costa disse que “é preciso desfazer esse mito”. “Este OE foi negociado ainda antes da apresentação”, garantiu. E deu como exemplo a autorização legislativa pedida para criar escalões de consumo no IVA da luz, aplicando o imposto de forma progressiva.

“Não constava do programa eleitoral do PS nem do Programa do Governo. Mas constatámos que todos os partidos tinham assumido o compromisso com os portugueses de reduzir o IVA da eletricidade”, lembrou. Daí, o pedido de autorização legislativa incluído na proposta de OE para 2020 e entregue à Assembleia da República (AR) em dezembro passado.

“OE não dá passo maior que a perna, nem tem retrocessos nem fica a marcar passo”

Visivelmente satisfeito com a aprovação do OE para 2020, António Costa disse que o documento “está totalmente sintonizado com o que são os desafios estratégicos para a legislatura: combater as alterações climáticas, combater as desigualdades, promover a transição para a sociedade digital e, também, promover uma nova dinâmica demográfica”.

“É o OE que não dá um passo maior que a perna, pelo contrário, não tem retrocessos nem fica a marcar passo, mas que avança com segurança tendo em vista cumprir todos os objetivos a que nos propusemos nesta legislatura”, indicou o primeiro-ministro.

Depois de elencar os principais pontos do OE na ótica do Governo, António Costa deixou um aviso aos deputados. “Vamos seguramente, assim que o Sr. Presidente da República o promulgar, começar a executar o OE. Fora aquelas normas que são inconstitucionais e que devidamente deverão ser encaminhadas para o Tribunal Constitucional na altura própria”, disse, referindo-se à aprovação da suspensão da construção da linha circular do metro de Lisboa.

(Notícia atualizada às 14h45 com mais informações)

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As cambalhotas do PSD no IVA. Mas a luz não baixou

PSD tentou agradar à esquerda para garantir a descida do IVA da luz, mas nenhuma das suas contrapartidas que exigiu passou. CDS travou-as. Sem a sua medida aprovada, PSD "tramou" a proposta do PCP.

O Orçamento do Estado para 2020 mereceu vários reparos de todos os partidos. Foram mais de 1.300 as propostas de alteração que deram entrada no Parlamento, abrindo a porta a uma maratona de votações. Entre todas as medidas, algumas destacaram-se. Mas nenhuma teve tanto protagonismo como o IVA da luz. Em vez do IVA variável do Governo, esquerda e direita queriam uma taxa mais baixa. Era “bandeira” do PCP e do BE, mas foi o PSD que assumiu lugar de destaque.

PCP e BE foram claros no que queriam: IVA da luz a cair dos 23% para 6%, por considerarem que se trata de um “bem essencial”, como a água, por exemplo. Tinham ambos contrapartidas, procurando responder aos alertas de Mário Centeno sobre os custos de uma medida destas — cerca de 800 milhões de euros por ano. Na lógica da responsabilidade orçamental, o PSD apresentou-se como o partido com a solução mágica para chegar ao objetivo dos vários que têm assento parlamentar.

Na proposta para baixar o IVA da luz, o PSD tinha várias contrapartidas, sendo que uma delas, a de redução da despesa dos gabinetes ministeriais em 21,7 milhões de euros foi a votos de forma isolada, bem antes do “pacote” do IVA da luz. Resultado? Foi reprovada, mas sem “drama” já que iria voltar à votação mais tarde.

A proposta “final” do PSD para levar o IVA da luz para 6% — que seria levada a votos na quarta-feira — voltava, contudo, a prever estes cortes nos gabinetes ministeriais, bem como a descida da taxa a 1 de julho, mas apenas para as famílias — deixando as empresas de fora, de forma a amenizar o custo da medida.

Esta proposta não agradou totalmente à esquerda, obrigando o PSD a uma cambalhota. De um momento para o outro, a bancada de Rui Rio propôs uma descida do IVA não em julho, mas a 1 de outubro, enquanto as contrapartidas passaram a apenas uma contrapartida: a redução dos gastos nos gabinetes ministeriais. A esquerda não tinha ficado convencida com os gastos intermédios.

A contrapartida dos ministérios voltou a merecer o chumbo dos deputados já ao terceiro e último dia de votação, assim como a data em que a descida do IVA aconteceria — o PCP votou contra no calendário, mas juntou-se ao CDS na abstenção à proposta dos cortes nos ministérios. Ainda assim, a proposta não passou.

Sem estas medidas, o PSD deu outra cambalhota ao “texto”, retirando de votação a proposta de baixa de IVA. Gerou-se alguma confusão nas bancadas, uma vez que sendo retirada não poderia ser avocada para o quarto e último dia. O PCP lamentou a decisão, até porque nessa proposta iria votar a favor.

Com a proposta do PSD retirada, com a do PCP e a do BE chumbadas e veio mais uma cambalhota dos social-democratas. Uma última tentativa para tentar fazer passar a baixa do IVA — criticada pelo PS, ao ponto de se levantar a ideia de uma crise política logo a seguir. O PSD aceitou aprovar a proposta do PCP, tendo sido avocadas as contrapartidas que os comunistas deveriam ajudar a aprovar.

O problema no “esquema” montado pelo PSD foi o “guião”… das votações. PSD queria votar a proposta do PCP, na esperança que depois fosse mais fácil aprovar as contrapartidas que propunha para amenizar o impacto da medida. E aí até o PS poderia votar a favor, na tentativa de aliviar o Governo do “fardo”.

A votação não seguiu, contudo, o caminho pedido pelo PSD que viu as suas contrapartidas irem a votos à frente. E mais uma vez, chumbaram. Restava a proposta do PCP, que o PSD prometeu aprovar. Com o CDS a ser decisivo na inviabilização da proposta, acabando com a medida mais polémica deste OE, o PSD deu a última cambalhota. Deu o dito por não dito. Não aprovou, absteve-se — votou a favor da do BE, mas esta também não teve sucesso.

“A partir do momento em que a nossa proposta de entrada em vigor da iniciativa foi reprovada com os votos do CDS, porque o novo CDS quis estar ao lado do PS, ficámos sem espaço para votar a favor da proposta do PCP, porque sempre dissemos que queríamos preservar o saldo orçamental”, explicou Duarte Pacheco.

O PCP ripostou. “O PSD, perante a proposta do PCP, depois de ter dito no plenário que iria votar a favor, quando chegou a hora da verdade absteve-se, e não permitiu que a proposta do PCP avançasse”, disse Duarte Alves.

Nem um, nem outro conseguiram a baixa do IVA. E o Bloco de Esquerda também não. “O Governo ficou aliviado, mas a fatura da luz não”, atirou Catarina Martins no discurso de encerramento das votações na especialidade, momentos antes da aprovação global da proposta do Executivo para este ano.

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