Supervisor dos seguros cria task force para vigiar Covid-19

  • ECO Seguros
  • 28 Fevereiro 2020

A ASF nomeou um grupo especial de acompanhamento da epidemia mundial que vai propor e monitorizar medidas tomadas e a tomar de acordo com as necessidades ditadas pelo evoluir da situação.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) já tem em vigor um conjunto de medidas por causa do coronavírus que estão de acordo com as orientações da Direção Geral de saúde (DGS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS). Criou, inclusivé, uma task force para vigiar a epidemia, revelou a entidade reguladora ao ECO Seguros.

“O Conselho de Administração constituiu para o efeito um Grupo de Acompanhamento do COVID-19 que tem como função propor e monitorizar as medidas tomadas e a tomar de acordo com as necessidades ditadas pela evolução da situação”, diz ASF.

Relativamente aos efeitos nos seguros de doença, vida e interrupção de negócios, a ASF refere que “acompanha a evolução da situação e tomará medidas, se necessárias, junto do setor segurador com o qual está em permanente contacto”.

A ASF é a entidade reguladora que supervisiona mais de 600 empresas de seguros, das quais 75 são seguradoras com atividade direta em Portugal, empregando mais de 10 mil colaboradores, também todas as sociedades gestoras de fundos de pensões e mais de 16.500 corretores e mediadores de seguros.

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Nos acusa Anacom de “falta de sustentação” na guerra dos preços

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2020

Um dia depois de a Anacom considerar que os preços das comunicações em Portugal têm subido nos últimos anos, a Nos mostrou-se surpreendida e fala em "falta de sustentação" do regulador.

A Nos manifestou “surpresa” com a “falta de sustentação” do regulador Anacom, que considerou que os preços das telecomunicações em Portugal são os que aumentam mais e, também, mais caros que na União Europeia.

Na quinta-feira, uma análise do preço das telecomunicações em Portugal da Anacom referia que estes são os que “aumentam mais e são mais caros” que na UE. “Entre 2009 e 2019, os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 7,6%, enquanto na União Europeia diminuíram 9,9%”, adiantou a Anacom, num comunicado relativo à análise do tema no mercado português “sob a forma de resposta” a nove questões.

“É com surpresa que a Nos vê o regulador do setor fazer afirmações gratuitas e tirar conclusões que não correspondem à verdade e primam por falta de sustentação ou fundamento”, disse à Lusa fonte oficial da operadora de telecomunicações, quando questionada sobre o tema.

“É nosso entendimento que o comportamento do regulador é, do ponto de vista institucional, de tal forma inaceitável que não nos merece qualquer comentário”, rematou a mesma fonte.

Também na quinta-feira, a associação de operadores de telecomunicações (Apritel) disse ver com “perplexidade” as afirmações do regulador. “É com perplexidade que vemos o regulador do setor fazer afirmações e retirar conclusões que não estão corretas e que não levam em conta os critérios bem fundamentados” do estudo realizado pela Deloitte para a Apritel, “não contribuindo para o adequado esclarecimento dos consumidores”, afirmou, numa nota enviada à Lusa, o secretário-geral da associação, Pedro Mota Soares.

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Covid-19: Bruxelas pede aos países da UE que avaliem impactos económicos

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2020

A Comissão Europeia solicitou aos Estados-membros da União Europeia que avaliem os impactos económicos do coronavírus, com o objetivo de "coordenar uma análise em toda a UE".

A Comissão Europeia solicitou esta sexta-feira aos Estados-membros da União Europeia (UE) que avaliem os impactos económicos do novo coronavírus, visando coordenar uma análise destas consequências na indústria e empresas do espaço comunitário.

Em comunicado, o executivo comunitário informa que o comissário europeu da Indústria, Thierry Breton, “solicitou aos Estados-membros que enviem [à Comissão] dados agregados sobre o impacto nas cadeias de abastecimento”. O objetivo é “coordenar uma análise em toda a UE dos efeitos do surto na indústria e nas empresas europeias”.

Já na quinta-feira, o comissário europeu da Indústria, Thierry Breton, anunciou que Bruxelas já estava a preparar, caso se torne necessário, “medidas de apoio” aos setores económicos enfraquecidos pelo coronavírus Covid-19, mas não especificou as possíveis ajudas. De acordo com o responsável, muitos setores estão a ser afetados pela epidemia, desde logo o turismo, porque “os chineses não vêm para a Europa há dois meses”.

Segundo Thierry Breton, 250 mil turistas chineses não viajaram para UE entre janeiro e fevereiro, o que representou uma redução de dois milhões de dormidas, afetando também as transportadoras aéreas europeias. A estes acrescem setores com redes de produtos ligadas à China, como “automóveis, saúde, aparelhos eletrónicos, madeira ou brinquedos”. “E este é apenas o começo”, comentou o responsável.

Frisando ser ainda “muito cedo para medir o impacto exato”, Thierry Breton considerou ser “a altura” de haver coordenação dos países da UE no que toca à partilha de informações e de medidas. Os ministros da Economia da Europa, reunidos na quinta-feira em Bruxelas, agendaram novo encontro para daqui a um mês com o objetivo de fazer um balanço. Thierry Breton admitiu, porém, a convocação de um conselho formal extraordinário apenas dedicado exclusivamente aos impactos do Covid-19.

Uma atualização feita esta sexta-feira pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) refere que já existem 815 casos do novo coronavírus (Covid-19) na Europa. Entre estes, já se registaram 19 mortes, 17 das quais em Itália e duas em França. Até ao momento, verificaram-se casos em Itália (650), Alemanha (47), França (38), Espanha (25), Reino Unido (16), Suíça (oito), Suécia (sete), Áustria (cinco), Noruega (quatro), Croácia (três), Grécia (três), Finlândia (dois), Bélgica (um), Dinamarca (um), Roménia (um), Estónia (um), São Marinho (um), Holanda (um) e Lituânia (um).

A nível mundial, o Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios. Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram. Também hoje, a Comissão Europeia anunciou a “aquisição conjunta de equipamentos de proteção” para os Estados-membros minimizarem a propagação do novo coronavírus.

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Cão infetado com coronavírus. Hong Kong põe animais de quarentena

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2020

Hong Kong detetou a presença do coronavírus num cão, cujo dono está infetado, sem ter ainda a certeza se o vírus está presente no animal. Por precaução, aconselha quarentena para os animais.

As autoridades de Hong Kong detetaram coronavírus num cão, o que levou a cidade a colocar de quarentena todos os animais de estimação dos doentes infetados pelo surto, de acordo com o New York Post (conteúdo em inglês).

O vírus detetado no animal, cujo dono está infetado com coronavírus, apresenta um “baixo nível” de mortalidade, depois as cavidades orais e nasais do cão terem sido examinadas. Contudo, as autoridades ainda não têm a certeza se o animal está realmente infetado pelo vírus ou se apenas o tem na boca e no nariz devido a uma “contaminação ambiental”.

Ainda assim, o Governo de Hong Kong decidiu deixar o cão de quarentena num abrigo de animais, até os resultados serem mais conclusivos, assim como todos os animais cujos donos estão infetados, lê-se num comunicado governamental. Até porque o animal, até ao momento, não apresentou qualquer tipo de sintomas.

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Eleições para o Tribunal Constitucional suspensas no Parlamento. Boletins de voto estão ilegais

As eleições para o Tribunal Constitucional foram suspensas por tempo indeterminado, uma vez que os boletins de voto não estavam em conformidade com a lei.

A votação dos nomes para ocuparem as duas vagas no Tribunal Constitucional foi suspensa, porque os boletins de voto que foram entregues aos deputados não estavam em conformidade com a lei. A informação foi transmitida pelo deputado António Filipe durante o plenário desta sexta-feira.

Segundo António Filipe, vice-presidente da Assembleia da República, a suspensão vigora até à “disponibilização de boletins de voto” que sigam as regras definidas na lei. Mas não ficou claro se esta votação ainda se realizará esta sexta-feira, como estava previsto.

Em causa está a Lei Orgânica do Tribunal Constitucional, mais propriamente o terceiro ponto do artigo 16.º, que não estaria a ser respeitado pelos referidos boletins de voto. Este ponto determina que “cada deputado assinala com uma cruz os quadrados correspondentes aos candidatos em que vota, não podendo votar num número de candidatos superior ao das vagas a preencher, nem num número de candidatos que não sejam juízes dos restantes tribunais que afete a quota de lugares a estes reservada, sob pena de inutilização do respetivo boletim”.

Também não foi clara a razão concreta pela qual os boletins de voto estariam ilegais. Mas uma fonte disse ao ECO que o problema esteve na mudança na forma como os juízes são eleitos, de um formato de listas para o de candidatos, e que não terá sido acompanhada pelos serviços do parlamento. Isto explica porque é que momentos antes da suspensão, Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, referindo-se a “preocupações levantadas” por alguns deputados, chegou a garantir que os boletins estavam legais à luz da lei orgânica do referido tribunal.

Esta era uma das votações agendas para o plenário desta sexta-feira. O intuito é o de preencher os dois lugares deixados vagos no Tribunal Constitucional por Cláudio Monteiro e Clara Sottomayor. Os candidatos propostos pelo PS são Vitalino Canas e António Clemente Lima.

Concretamente, o nome de Vitalino Canas causou polémica pelas ligações passadas ao partido e ao antigo primeiro-ministro José Sócrates: foi porta-voz do PS durante um dos Governos de Sócrates e, anos antes, tinha sido secretário de Estado de António Guterres. Esta quarta-feira, no Parlamento, Canas defendeu-se das críticas, garantindo ter estado a preparar-se “para ser juiz” do Constitucional nos últimos “40 anos”.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h37)

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Desemprego arranca 2020 a subir. Taxa foi de 6,9% em janeiro

A taxa de desemprego arrancou o ano a subir, ficando nos 6,9% em janeiro, uma percentagem superior à observada em dezembro.

A taxa de desemprego em Portugal subiu para os 6,9% em janeiro, depois de se ter fixado nos 6,6% no mesmo mês do ano passado, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Em dezembro do ano passado, o INE confirma que este indicador se fixou nos 6,7%, tendo subido no arranque de 2020.

Em janeiro deste ano, estima-se que havia 358,6 mil pessoas desempregadas, um aumento de 2,6% face a dezembro, refere o INE. Comparando com janeiro do ano passado, este número representa uma subida de 5,4%. Já em termos de pessoas empregadas, estimam-se que havia 4,86 milhões, uma subida de 0,2% face a dezembro.

Há uma subida no desemprego face ao último mês do ano passado. Inicialmente INE estimava que a taxa de desemprego se tinha fixado nos 6,9%, mas essa percentagem acabou por ser inferior: afinal foi de 6,7%. Este valor foi igual ao observado em novembro e superior em 0,2 pontos percentuais face aos três meses anteriores. Comparando com dezembro de 2018, subiu 0,1 pontos percentuais.

Nos últimos três meses do ano passado, a taxa de desemprego corrigida da sazonalidade já estava a subir. “A taxa de desemprego no quarto trimestre fixou-se no 6,7%, “superior em 0,6 pontos percentuais à do trimestre anterior e igual à do trimestre homólogo de 2018”, revelou o INE no início deste mês.

No acumulado do ano passado, a taxa de desemprego em Portugal ficou nos 6,5%. Tratou-se de uma diminuição de 0,5 pontos percentuais face à taxa de 7% do ano anterior. Apesar da melhoria, o Governo falhou a sua meta que apontava para uma baixa do desemprego para 6,4% em 2019. Para este ano, o Executivo estima que a taxa fique nos 6,1%.

(Notícia atualizada às 11h19 com mais informação)

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Afinal, economia portuguesa cresceu 2,2% em 2019

INE reviu o crescimento do PIB em alta. Afinal, a economia portuguesa cresceu 2,2% no ano passado, desacelerando face a 2018. Taxa saiu melhor do que era esperado pelo Governo.

Afinal, a economia portuguesa cresceu 2,2% em 2019, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), depois de ter revisto em alta a taxa de crescimento do PIB em 0,2 pontos percentuais face à estimativa rápida apresentada há apenas duas semanas. Os dados confirmam o abrandamento económico em relação a 2018, num desempenho que saiu, ainda assim, melhor do que era esperado pelo Governo.

O Executivo, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Conselho das Finanças Públicas (CFP) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) antecipavam um crescimento económico de 1,9%. A Comissão Europeia e o Banco de Portugal tinham uma previsão de crescimento uma décima superior (2%).

Mas o que explica a revisão em alta do crescimento em poucos dias? A incorporação de nova informação atualizada da Balança de Pagamentos, publicada no dia 19 de fevereiro pelo Banco de Portugal, esclarece o INE. Isto fez com que os números do crescimento económico relativos a 2018 e também a 2019 fossem melhorados.

“Face às estimativas anteriores, os novos resultados determinaram uma revisão em alta de 0,2 pontos percentuais das taxas de variação do PIB em 2018, para 2,6% em volume e 4,3% em valor. Esta nova informação implicou também uma revisão em alta de 0,2 pontos percentuais da variação em volume do PIB em 2019“, sublinha o INE.

Economia desacelera em 2019

Fonte: INE

De acordo com o gabinete de estatísticas, a desaceleração da economia nacional deveu-se essencialmente ao abrandamento do consumo das famílias. O contributo da procura interna diminuiu para 2,7 pontos percentuais (3,1 pontos em 2018), “refletindo o crescimento menos intenso do consumo privado”, salienta o INE.

A explicar o menor consumo das famílias está a “diminuição das despesas com a aquisição de veículos automóveis“, com a componente de bens de duradouros a travar dos 6,1% em 2018 para 0,8% em 2019. Já o consumo público abrandou ligeiramente.

Por outro lado, o investimento cresceu 6,5% em 2019 (6,2% em 2018), refletindo a aceleração da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) para uma taxa de variação de 6,4% (5,8% em 2018). O investimento em construção acelerou, compensando o abrandamento do investimento em máquinas e equipamentos.

Em relação à procura externa líquida, registou um contributo mais negativo no ano passado face ao ano anterior: contribuiu com -0,6 pontos percentuais para a variação em volume do PIB (-0,4 pontos em 2018).

O INE adianta que as exportações de bens e serviços cresceram 3,7% em 2019, desacelerando face ao ano anterior devido à componente de serviços. As importações também cresceram, mas menos do que em 2018.

(Notícia atualizada às 11h58)

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Coronavírus põe bolsas a caminho da pior semana desde a crise de 2008

Principais bolsas acumulam perdas superiores a 10% e várias entidades poderão estar já a preparar respostas ao surto. Investidores antecipam cortes na produção de petróleo e nas taxas de juro do BCE.

É preciso recuar até outubro de 2008, no pico da crise financeira e pouco depois da falência do Lehman Brothers, para encontrar uma semana mais negra do que a que se vive nas bolsas. Com um surto de coronavírus a ameaçar a economia global e o risco de um conflito armado a aumentar, a bolsa de Lisboa já afundou mais de 11% e prepara-se para a maior queda semana em 12 anos, em linha como o sentimento negativo por todo o mundo.

“No início desta sessão europeia, os ’touros’ [investidores que apostam na subida das bolsas] ainda procuraram alguma recuperação, depois do pandemónio da sessão asiática. Mas estão a ter muitas dificuldades. O receio dos investidores leva-os a abster-se de investir nos mercados, à medida que o número de casos fora da China aumenta dramaticamente“, diz André Neto Pires, analista da corretora XTB.

O número de casos de infetados fora da China aumentou em quase mil pessoas e o total para 83.381. O número de vítimas mortais subiu para 2.858. Com o vírus a espalhar-se por todo o mundo, aumenta a probabilidade de viagens diminuírem, bem como volumes de negócios das empresas.

Os principais índices em Wall Street caíram mais de 4,4% na quinta-feira e entraram em território de correção. A queda do S&P 500 foi a maior num só dia desde agosto de 2011 e o Dow Jones afundou 1.191 pontos, no maior tombo diário de sempre. Na Ásia, as bolsas desvalorizaram mais de 3%.

A agravar o sentimento, durante a noite, “o risco de conflito entre a Turquia e a Rússia aumentou depois que 33 soldados turcos terem sido mortos num ataque aéreo na Síria, conduzido pelo regime de Assad, apoiado pela Rússia”, sublinha o analista da XTB.

Na Europa, as quedas das bolsas são expressivas, com o Stoxx 600 a perder quase 4% esta manhã. O português PSI-20 recua 3,11%, pressionado pelo tombo de 5,8% do BCP para 16,25 cêntimos por ação, no valor mais baixo em quase três anos. A Ibersol é a única cotada que negoceia no verde.

Lisboa não escapa às perdas generalizadas

As energéticas também estão a pressionar o índice português, com a Galp Energia a desvalorizar 3,15% para 12,60 euros. As petrolíferas estão entre as empresas mais afetadas (atrás dos setores ligados ao turismo) devido às quebras nos preços da matéria-prima. O crude WTI perde 4% para 45,20 dólares por barril, enquanto o Brent de referência europeia recua 3,4% para 50,40 dólares por barril.

O Financial Times noticiou que a Arábia Saudita já está a pressionar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para implementarem um corte adicional na produção de mil barris por dia na próxima reunião.

Esta reação poderá juntar-se aos estímulos da China, enquanto outros planos poderão estar em curso. A Comissão Europeia já disse que está a preparar, caso se torne necessário, “medidas de apoio” aos setores económicos enfraquecidos. Já o Banco Central Europeu (BCE) disse estar a seguir “muito cautelosamente” a epidemia de coronavírus. A presidente Christine Lagarde afastou, para já, medidas de política monetária que respondam à propagação deste surto, mas os futuros do mercado monetário indicam que os investidores esperam um corte das taxas de referência em junho.

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Inflação homóloga em fevereiro estimada em 0,4%

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2020

A taxa de inflação terá sido de 0,4% em fevereiro, menos 0,4 pontos percentuais face em janeiro. Face ao mês passado, o Índice de Preços no Consumidor terá diminuído 0,6%.

A taxa de inflação terá sido de 0,4% em fevereiro, menos 0,4 pontos percentuais face em janeiro, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta sexta-feira.

De acordo com o INE, o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá subido 0,1% (taxa inferior em 0,3 pontos percentuais à registada no mês anterior). No que respeita à taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá sido de 0,9% (em janeiro foi de 3,1%).

Face a janeiro, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído 0,6%. No mês anterior, a variação mensal foi de -0,8% e em fevereiro de 2019 foi de -0,2%. O INE estima uma variação média nos últimos 12 meses de 0,3%, menos 0,1 pontos percentuais que no mês anterior.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português terá registado uma variação homóloga de 0,6% em fevereiro (0,8% em janeiro). Os dados definitivos do mês de fevereiro serão publicados em 11 de março.

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Epidemia na China põe negócios entre a doença e a falência: “Vamos todos perder o emprego”

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2020

A epidemia do coronavírus ameaça atirar para a falência muitas empresas, incapazes de resistir à incerteza e às restrições nas deslocações: "Vamos todos perder o emprego em breve."

Alice Zhang, gerente de uma confeitaria em Pequim, deixou de estar alarmada com a possibilidade de infeção pelo Covid-19 para se preocupar com a possibilidade de ficar desempregada, à medida que a China permanece paralisada.

“Vamos todos perder o emprego em breve”, admitiu à agência Lusa a gerente da Comptoirs de France de Sanlitun, tradicionalmente uma das zonas mais movimentados da capital chinesa, mas desde há um mês convertida numa espécie de bairro fantasma.

Volvidas cinco semanas desde o início da epidemia do novo coronavírus, é cada vez mais evidente que muitos negócios não sobreviverão às restritas medidas de prevenção adotadas pelas autoridades chinesas, que incluem restrições sob a movimentação de centenas de milhões de pessoas ou o encerramento forçado de estabelecimentos.

André Zhou, natural de Braga e proprietário do Viva, um dos poucos restaurantes portugueses em Xangai, a “capital” financeira da China, revelou à Lusa só ter recebido esta sexta-feira autorização para reabrir, mas aguarda agora que os funcionários cumpram 14 dias de quarentena para poderem voltar ao trabalho.

Em Pequim e Xangai, viajantes oriundos de outras zonas do país têm de ficar em casa duas semanas após voltarem das suas terras natais, o que impede o regresso imediato ao trabalho de milhões de trabalhadores migrantes, que em janeiro passado foram a casa celebrar o Ano Novo Lunar e só agora começam a voltar às prósperas cidades do litoral.

Inaugurado há cinco anos, o Viva fica em Weihai Lu, próximo de uma das ruas comerciais mais frequentadas do centro de Xangai. Com cerca de oitenta metros quadrados, o espaço custa a André o equivalente a quase dez mil euros por mês. “Está difícil”, admitiu. “Tenho a renda paga até abril, depois logo se vê”.

As restrições às deslocações na China estão a colocar várias empresas à beira da falência.EPA/DUMITRU DORU

Zhang Kejian, funcionário da Comissão de Desenvolvimento e Reforma Nacional, órgão máximo de planificação económica da China, assumiu que as autoridades chinesas enfrentam um “dilema” entre recuperar a atividade económica e evitar a propagação da doença, que matou já 2.788 pessoas e infetou 78.824 no país asiático. Analistas dizem, porém, que a atividade económica não voltará ao normal até pelo menos meados de março. O turismo e outras indústrias de serviços podem não conseguir recuperar as vendas perdidas.

Na Comptoirs de France de Sanlitun, os fins de tarde costumavam ser movimentados, à medida que os alunos da escola primária adjacente acorriam à confeitaria para comer éclairs, mil folhas ou muffins de chocolate. As escolas, no entanto, continuam encerradas, por período indefinido, com os alunos a atender às aulas via online. As mesas do estabelecimento permanecem vazias ao longo do dia.

A operar na China desde 2006, para a Comptoirs de France, que só em Pequim tem doze estabelecimentos, e cuja faturação depende ainda das vendas para hotéis ou companhias aéreas, outros dois setores fortemente atingidos pelo surto, a paralisia dos negócios representou uma queda homóloga das receitas de 85%, explicou a gerente. Despesas com fornecedores, rendas e mais de 200 funcionários, no entanto, mantiveram-se.

Um inquérito realizado pela Câmara de Comércio da União Europeia revelou um cenário idêntico para outros negócios europeus no país. Segundo os resultados a que a agência Lusa teve acesso, quase metade das empresas inquiridas prevê uma queda de dois dígitos nas receitas e um quarto estima uma queda superior a 20%, no primeiro semestre de 2020.

Joerg Wuttke, presidente da Câmara de Comércio, apontou que a “rede de regras conflitantes” aplicadas no combate contra o vírus produziu “centenas de feudos”, à medida que funcionários e comités locais adotam medidas por si, “tornando quase impossível a movimentação de mercadorias ou pessoas no país”.

“Todos os entrevistados sofreram consequências em graus variados e foram sujeitos a restrições e regulamentações frequentemente conflitantes”, apontou. “Embora a contenção do vírus seja a tarefa mais importante, medidas de padronização em jurisdições maiores devem ser priorizadas para recuperar a economia real”, aconselhou.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2020

Um "pico" no petróleo está mais perto de acontecer do que se pensa, estimando-se um prazo de seis anos. Enquanto isso, Espanha prepara um conjunto de impostos "verdes". 

O última dia da semana começa com a notícia de que um “pico” no petróleo está mais perto de acontecer do que se pensa. Ainda nos combustíveis, um estudo mostrou que os novos carros emitem mais CO2 do que os antigos. E porque o futuro tem de ser sustentável, o Governo espanhol está a preparar um conjunto de impostos “verdes”.

Bloomberg

“Pico” no petróleo está apenas a seis anos de distância

A ENI, a maior produtora petrolífera de Itália, prevê que o “pico” no petróleo, momento em que começará o declínio e subsequente término da produção desta matéria-prima, está mais perto do que o que se pensa. Perante a crescente pressão para a redução de emissão de gases poluentes para a atmosfera, antecipa que possa chegar dentro de seis anos. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Financial Times

Thyssen fecha venda do negócio de elevadores por 17 mil milhões

A Thyssenkrupp fechou aquele que é um dos maiores negócios do ano a nível europeu. Acordou a venda do negócio de elevadores a um grupo de empresas de capital de risco formado pela Advent e a Cinven, arrecadando uma soma de 17,2 mil milhões de euros. A empresa descarta qualquer tipo de pagamento de dividendo extraordinário em resultado desta operação. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

The Guardian

Novos carros emitem mais CO2 do que os antigos

Numa altura em que aumenta a pressão para a troca de veículos antigos por novos, mais eficientes, um estudo vem mostrar que a substituição não está a ser “amiga do ambiente”. Os carros que cumprem a mais recente norma de emissões, a Euro 6d, produziram 162,1 gramas de CO2 por quilómetro, 10,5 gramas mais do que os das anteriores gerações (6b e 6c), sugerindo um retrocesso na luta contra as alterações climáticas. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

El Economista

Governo espanhol prepara subidas de impostos “verdes”

O Governo espanhol está a preparar um conjunto de medidas para promover a sustentabilidade. Em cima da mesa estão o agravamento de vários impostos, desde a penalização dos plásticos em função da sua biodegradabilidade, aos bilhetes de avião e até aos impostos especiais sobre o CO2. Estas medidas, explicou uma fonte governamental, estão em linha com as recomendações deixadas pela Comissão Europeia. Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Tech Crunch

Spotify torna app mais fácil de utilizar

O Spotify fez uma série de atualizações à plataforma, de forma a torná-la mais intuitiva para os utilizadores. Há um novo ícone de “reprodução aleatória”, os ícones de “like”, “play” e “download” estão agora agrupados na parte inferior do ecrã e, para os utilizadores premium, o botão de “download” foi atualizado para ser igual ao usado para “baixar” podcasts. Leia a notícia completa no Tech Crunch (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Apritel perplexa com conclusões da Anacom sobre preços das telecomunicações

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2020

Pedro Mota Soares, secretário-geral da associação que representa as operadoras, disse ver com "perplexidade" a análise da Anacom que concluiu que os preços das comunicações em Portugal têm aumentado.

A associação de operadores de telecomunicações (Apritel) disse ver com “perplexidade” o regulador a afirmar que os preços das telecomunicações são mais caros em Portugal do que na União Europeia, conclusão que não tem em conta “critérios fundamentados”.

“É com perplexidade que vemos o regulador do setor fazer afirmações e retirar conclusões que não estão corretas e que não levam em conta os critérios bem fundamentados” do estudo realizado pela Deloitte para a Apritel, “não contribuindo para o adequado esclarecimento dos consumidores”, afirmou, numa nota enviada à Lusa, o secretário-geral da associação, Pedro Mota Soares.

É com perplexidade que vemos o regulador do setor fazer afirmações e retirar conclusões que não estão corretas.

Pedro Mota Soares

Secretário-geral da Apritel

Em causa está uma análise da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), divulgada esta quinta-feira, que avança que os preços das telecomunicações em Portugal “aumentam mais e são mais caros” do que na União Europeia.

“Entre 2009 e 2019, os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 7,6%, enquanto na União Europeia diminuíram 9,9%”, adiantou a Anacom, num comunicado relativo à análise do tema no mercado português “sob a forma de resposta” a nove questões. “A diferença estreitou-se em 2019 devido à entrada em vigor do regulamento europeu que reduziu os preços das chamadas intra-UE”, referiu o regulador.

“De acordo com os estudos de comparações internacionais de preços de telecomunicações promovidos por instituições independentes (Comissão Europeia, OCDE, UIT), os preços dos serviços móveis, dos serviços individualizados de Internet e de pacotes de serviços para níveis de utilização mais reduzidos encontram-se acima da média dos países considerados”, acrescentou.

Na sequência desta análise, a Apritel disse estar a estudar “em detalhe o documento”, garantindo que “não deixará de se pronunciar”.

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