Aeroporto de Lisboa tem nova área de controlo. SEF aposta no reconhecimento facial

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

O Aeroporto Humberto Delgado tem uma nova área de controlo de chegadas do SEF. Usa a tecnologia do reconhecimento facial para controlo automático da fronteira.

Uma nova área de controlo de chegadas do SEF no aeroporto de Lisboa entrou em funcionamento esta segunda-feira, destinada essencialmente aos voos do Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Croácia.

Segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), neste novo espaço do Aeroporto Humberto Delgado foram colocadas sete posições de controlo de passageiros, duas das quais e-gates para controlo automatizado de fronteira, que pretendem reduzir as filas de espera e assegurar “um mais rápido controlo” na chegada dos passageiros.

O SEF escolheu um voo proveniente do Reino Unido para assinalar a entrada em funcionamento destes equipamentos eletrónicos, numa cerimónia em que marcaram presença o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, o presidente do conselho de administração da ANA – Aeroportos de Portugal, José Luís Arnault, e a diretora do SEF, Cristina Gatões.

A diretora do SEF explicou aos jornalistas que a nova área vai permitir o processamento de 700 passageiros por hora e cerca de 30 voos por dia.

Estes sete equipamentos eletrónicos fazem parte dos 49 e-gates de nova geração que o SEF adquiriu e que vão entrar em funcionamento nas próximas semanas nos aeroportos de Faro e Madeira e que permite processar “de forma mais célere a leitura dos passaportes com dados biométricos”.

Para o Porto também está prevista a entrada em funcionamento deste sistema, mas ainda não há data. “Esta resposta tecnológica vale cerca de cinco milhões de euros de investimento publico em 49 novas posições de controlo eletrónico”, disse aos jornalistas o ministro da Administração Interna, adiantando que a maior colocação destas estruturas vai acontecer no aeroporto do Porto, numa total de 16 novas unidades, devido ao seu crescimento.

Eduardo Cabrita explicou que estes novos equipamentos inserem-se na “melhoria das condições do aeroporto de Lisboa”, frisando que há dois anos desenvolveu um plano de ação que foi apresentado à ANA e que determinava “um conjunto de alterações que eram necessárias nos aeroportos portugueses para melhorar as condições de receção de passageiros oriundos de espaço não Schengen”.

O ministro destacou que uma dessas respostas tem sido também o recrutamento de inspetores para o SEF, considerando que foi “o maior desde 2005”. Eduardo Cabrita enalteceu ainda a “capacidade de resposta” que os inspetores do SEF têm dado ao crescimento do número de passageiros. Segundo o governante, o número de passageiros controlados pelo SEF no aeroporto de Lisboa passou de cerca de 10 milhões em 2015 para 18 milhões em 2019.

Por sua vez, o presidente do conselho de administração da ANA afirmou aos jornalistas que esta nova área “vai seguramente ajudar a melhorar o problema das filas na entrada do aeroporto de Lisboa na área de controlo de fronteiras”.

Ressalvando que a questão das filas no controlo de fronteiras é da responsabilidade do SEF e não da ANA, José Luís Arnault reconheceu que esta situação “é de facto um problema” que tem sido melhorado. No entanto, precisou que esta situação persiste e, como exemplo, referiu que, no mês de janeiro, registou-se “uma média de uma hora e sete minutos de espera nas horas de ponta”.

“Estamos confiantes que com estes melhoramentos e novas tecnologias e com estes investimentos que se possa contribuir para diminuir a situação, que é uma situação que não deixa ninguém contente”, disse ainda.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ASF reuniu com supervisor de seguros angolano

  • ECO Seguros
  • 10 Fevereiro 2020

Elmer Santos, presidente da ARSEG, entidade reguladora dos seguros em Angola, reuniu-se em Lisboa com Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF. Cooperação foi o tema anunciado.

O Conselho de Administração da ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões recebeu a visita dos responsáveis máximos da ARSEG – Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros, no quadro das relações de cooperação existentes entre as duas Autoridades de Supervisão.

A representação da ARSEG esteve a cargo de Elmer Serrão, Presidente do Conselho de Administração, Jardel Duarte, Administrador e Walter Bravo, Diretor do Gabinete de Tecnologias de Informação.

A visita da delegação angolana envolveu um conjunto de reuniões de caráter técnico na área dos sistemas de informação e culminou com uma reunião alargada de trabalho, presidida por Margarida Corrêa de Aguiar, que incluiu quadros de ambas as Instituições.

Nesta sessão de trabalho, o Conselho de Administração e quadros da ASF deram a conhecer à delegação da ARSEG o modelo organizativo e operacional desta Autoridade de Supervisão e as principais metodologias de supervisão utilizadas, bem como o papel da ASF no quadro da supervisão do sistema financeiro português e europeu.

Os representantes do supervisor de seguros angolano partilharam as suas experiências e interesses neste domínio, dando igualmente conta das transformações atualmente em curso no seu país.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PPR do Bankinter foi o mais rentável em 2019

  • ECO Seguros
  • 10 Fevereiro 2020

Os cinco fundos de PPR com melhores resultados no ano passado estão entre 16,5% e 14,8% de ganhos. Nos últimos 5 anos o NB PPR do novo banco conseguiu 6% em média.

O Fundo de Poupança reforma (PPR) Bankinter 75 PPR Classe B, gerido e comercializado pelo Bankinter, obteve o 1º lugar do ranking da APFIPP- Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios, com uma rentabilidade anual de 16,5% em 2019. O fundo tem uma carteira de investimentos de 29,9 milhões de euros.

Nos lugares imediatos neste ranking ficaram, com 15,8%, o BPI Reforma Valorização , gerido pela BPI Gestão de Activos, que tem investido 119,3 milhões de euros. De novo o Bankinter com o fundo 75 PPR Classe A ficou em 3º lugar com 15,5%, e em quarto, com 15% de rendibilidade em 2019, o Optimize Capital Reforma PPR Agressivo. Em quinto lugar deste ranking surgiu o BBVA Estratégia Investimento PPR, gerido pela BBVA Fundos.

Num horizonte de 5 anos, medindo a rentabilidade média anual de 2015 a 2019, o NB PPR, gerido pela GNB, obteve 6% e detinha 46 milhões de euros em carteira no último dia do ano passado. Dois PPR da Optimize surgem em 2º e 3º lugar nesta análise de rentabilidade média a 5 anos, o Optimize Capital Reforma Activo com 3,4% e, da mesma família, o Moderado com 2,7%, ambos geridos pela Optimize Capital Partners. Nos quarto e quinto lugares desta classificação surge o PPR SGF Poupança Dinâmica e o PPR BIG Taxa Plus, ambos com 2,6% de rendibilidade anual entre 2015 e 2019.

Este ranking da APFIPP também indica os valores geridos por cada fundo sendo o BPI Reforma Valorização o mais volumoso com 119,3 milhões de euros geridos, seguido pelo PPR Big Taxa Plus com 75,6 milhões de euros e o NB PPR com 46 milhões.

Para comparar a rentabilidade dos fundos também deve ser, por lei comunitária, considerado um risco semelhante entre os fundos comparados e a APFIPP utiliza as normas da UE que classifica os fundos entre o nível de risco 1, o mais baixo, e o nível de risco 7, o mais elevado. Todos os fundos mencionados no top 5 de 2019 e no top 5 de 2015-2019 são de risco 4, exceto o Optimize Capital Reforma Moderado que é de risco 3.

O cálculo do risco é realizado considerando em conjunto o risco de mercado, analisando o histórico a 5 anos e o risco de crédito, a capacidade de os emitentes de pagarem as suas responsabilidades aos investidores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Professores querem que Tribunal Constitucional fiscalize ultrapassagens na carreira

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

A Fenprof pede aos partidos que intervenham junto do Tribunal Constitucional para este fiscalizar situações de ultrapassagens de professores.

A Fenprof pediu aos grupos parlamentares que requeiram ao Tribunal Constitucional “a fiscalização abstrata e sucessiva de constitucionalidade das situações de ultrapassagens” de professores, consequência também do processo de contagem de tempo de serviço.

Em comunicado, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) refere que há ações a correr nos tribunais para tentar solucionar a questão, mas pede aos partidos que intervenham junto do Tribunal Constitucional (TC), “com a urgência que o problema justifica”, lembrando que existe jurisprudência criada por este tribunal em situações anteriores semelhantes, e adiantando ainda que os professores vão voltar a pedir a intervenção do Provedor de Justiça.

A Fenprof afirma que as ultrapassagens resultam de duas situações distintas: A integração na carreira de 11 mil docentes a partir de 2013, que provocou a ultrapassagem de cerca de 56 mil, segundo números da federação sindical; e o processo de recuperação dos dois anos, nove meses e 18 dias de tempo de serviço congelado.

Para o primeiro caso, a federação explica que “o problema não foi o reposicionamento, mas a não aplicação de regras semelhantes aos que já estavam na carreira”, que motivou processos judiciais, relativamente aos quais ainda decorrem diligências.

Quanto ao processo de recuperação parcial do tempo de serviço congelado, que pôde ser feito de uma só vez ou de forma faseada, “o problema não só não foi resolvido, com as ultrapassagens decorrentes do reposicionamento a manterem-se totalmente inalteradas, pois a recuperação de tempo aplicou-se a todos os docentes da carreira, como o próprio processo de recuperação daquele tempo deu origem a outras situações de ultrapassagem”.

Também neste caso decorrem ações em tribunal, refere a Fenprof. “O recurso aos tribunais tornou-se inevitável, dada a recusa do Ministério da Educação em resolver um problema que é flagrante: as ultrapassagens na carreira não são apenas ilegais, mas, como o Tribunal Constitucional já decidiu em situação semelhante que surgiu em 2010, são inconstitucionais”, afirma a Fenprof.

“O Tribunal Constitucional não se limitou a afirmar que havia inconstitucionalidade nas ultrapassagens de docentes com mais tempo de serviço por outros com menos ou igual: obrigou, na altura, a solucionar o problema e acrescentou que aquela decisão faria jurisprudência para futuros casos (Acórdão 239/2013, do TC). Não obstante, o Ministério tudo tem feito para passar ao lado desta questão”, acrescenta ainda a federação em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sabe o que aconteceu nos mercados na 2ª feira? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 10 Fevereiro 2020

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O narcisismo positivo da geração Z

Criada pela Droga5, a campanha "Make Yourself a Gift to the World" celebra os efeitos positivos da devoção a nós próprios. O narcisismo quer-se positivo em 2020.

A Equinox entra numa nova década a promover aquilo a que chama uma “obsessão saudável por nós próprios”, numa campanha que encoraja as pessoas a tornarem-se a melhor versão delas próprias, através de atos de auto devoção.

Se toca o narcisismo? Sim, e de forma intencional para provocar reações. Com criatividade da Droga5 e realizada por Floria Sigismondi, a campanha constrói uma narrativa positiva, mostrando que é através dessa self-obsession” que nos podemos melhorar enquanto pessoas e o próprio mundo. Um discurso que vai ao encontro daquela que é a visão da geração Z, que vê na vaidade uma forma positiva de se afirmar.

Para os clubes de fitness e lifestyle Equinox, a campanha vem reforçar o seu posicionamento e mensagem da marca — a de que quem frequenta os clubes se torna melhor pessoa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vinte e quatro novos eurodeputados estrearam-se no Parlamento Europeu após ‘Brexit’

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

Esta segunda-feira estrearam-se no Parlamento Europeu, vinte e quatro eurodeputados, de um total de 27 novos que vão substituir os eleitos do Reino Unido após o Brexit.

Vinte e quatro eurodeputados, de um total de 27 novos que vão substituir os eleitos do Reino Unido após o Brexit, estrearam-se esta segunda-feira na sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.

“Na sequência da saída do Reino Unido da UE, a 31 de janeiro de 2020, as autoridades competentes de 13 Estados-membros apresentaram a notificação da eleição de 24 eurodeputados, cujo mandato entra em vigor a partir de 1 de fevereiro de 2020 ”, anunciou a vice-presidente do Parlamento Europeu Mairead McGuinness, no arranque da sessão plenária da assembleia europeia.

A estes eurodeputados vão juntar-se três eurodeputados da Holanda, país que “ainda não finalizou o processo” de seleção, mas que vai escolher três eleitos, explicou fonte europeia à agência Lusa.

Ao todo, 73 eurodeputados britânicos deixaram o Parlamento Europeu no passado dia 31 de janeiro, aquando da saída do Reino Unido da UE, sendo agora substituídos por 27 eleitos de França, Espanha, Finlândia, Irlanda, Itália, Suécia, Croácia, Eslováquia, Roménia, Dinamarca, Polónia, Estónia, Áustria e Holanda.

“Gostaria de dar as boas-vindas aos novos membros”, adiantou Mairead McGuinness no arranque dos trabalhos. A sessão plenária do Parlamento Europeu decorre até quinta-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Álvaro Barreto ajudou a “desbravar a “modernização do país”, diz Marcelo

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

O Presidente da República lembrou Álvaro Barreto como “um amigo”, com “uma vida ao serviço de Portugal”, que ajudou a “desbravar” e “consolidar” a “modernização do país e a integração europeia”.

O Presidente da República lembrou Álvaro Barreto, o ex-ministro do PSD que esta segunda-feira morreu aos 84 anos, como uma personalidade que ajudou a “desbravar” e “consolidar” a “modernização do país e a integração europeia”.

Deu um contributo de grande relevância para a governação e para as políticas públicas da nossa democracia, tendo servido como ministro de Portugal em sete governos, tendo como primeiros-ministros Mota Pinto, Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Mário Soares, Cavaco Silva e Santana Lopes, desbravando e consolidando a modernização do país e a integração europeia”, lê-se na mensagem colocada por Marcelo Rebelo de Sousa no “site” da Presidência da República.

Marcelo recordou Barreto como “um amigo”, com “uma vida ao serviço de Portugal”, engenheiro civil de formação, que se notabilizou “como gestor e como governante, colocando o melhor do seu saber, talento e trabalho ao serviço do desenvolvimento da economia portuguesa, em áreas como a indústria, o comércio, a agricultura e as pescas”.

“Conduziu em diversos momentos as negociações setoriais, de extraordinária exigência técnica e política, com a União Europeia, e representou Portugal sempre com o mais elevado sentido de Estado”, concluiu.

O ex-ministro do PSD morreu morreu ao princípio da tarde desta segunda-feira, aos 84 anos.

Fonte do PSD adiantou à Lusa que o velório de Álvaro Barreto está previsto para terça-feira à tarde, na Igreja do Campo Grande, em Lisboa.

Álvaro Barreto foi ministro de sete governos constitucionais, com Carlos Mota Pinto, Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Mário Soares, Cavaco Silva (duas vezes) e Pedro Santana Lopes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nelson Souza contradiz Matos Fernandes. Portugal não vai perder os 83 milhões do metro de Lisboa

Em quatro anos, Portugal tem margem de manobra para reutilizar os 83 milhões de euros que eventualmente serão libertados pela suspensão por um ano do projeto de expansão da linha circular do metro.

Bolsa de recuperação do PT2020 - 10FEV20

O ministro do Ambiente dramatizou até ao limite a decisão da Assembleia da República de suspender por um ano as obras de expansão do Metro de Lisboa, nomeadamente a linha circular. Em causa estaria a perda de 83 milhões de euros em fundos comunitários que o projeto já tinha garantido. Mas o ministro do Planeamento, Nelson Souza, afirmou esta segunda-feira que Portugal vai executar o Portugal 2020 a 100%. Ou seja, não vai devolver nem um euro a Bruxelas.

“Não estamos a falar do adiamento da obra por um ano, mas sim por três anos. Isto significa perder 83 milhões de euros em fundos comunitários, que dificilmente poderão ser realocados”, disse Matos Fernandes em conferência de imprensa após a decisão do Parlamento de suspender a linha circular. O responsável sublinhou que esta empreitada “tem de estar concluída até ao final de 2023” para beneficiar do atual quadro comunitário (Portugal 2020).

Questionado se o Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR) tem projetos em carteira disponíveis para absorver os 83 milhões que serão libertados pela linha circular do metro de Lisboa, Nelson Souza começou por recordar que “a decisão será contestada nas instâncias apropriadas”, através de um pedido, pelo Partido Socialista, de fiscalização sucessiva por parte do Tribunal Constitucional. Mas caso a obra seja mesmo suspensa, o senhor forte dos fundos garante que haverá capacidade para absorver o montante de incentivos libertados.

“Estamos aqui para assegurar que os fundos serão executados a 100%, principalmente a quatro anos de distância. Mal seria se a quatro anos de distância, responsáveis políticos não assegurassem a 100% o cumprimento das suas obrigações”, frisou Nelson Souza.

Mal seria se a quatro anos de distância, responsáveis políticos não assegurassem a 100% o cumprimento das suas obrigações.

Nelson Souza

Ministro do Planeamento

O Parlamento aprovou iniciativas do PCP e PAN que suspendem, “durante o ano de 2020”, a “construção da Linha Circular” do metro de Lisboa. A do PAN mereceu o apoio do PSD, BE, PCP e Chega e votos contra do PS, CDS e Iniciativa Liberal. A iniciativa define ainda que “durante o ano 2020” o Governo realiza, “através do Metropolitano de Lisboa, um estudo técnico e de viabilidade económica, que permita uma avaliação comparativa entre a extensão até Alcântara e a Linha Circular”. E, o Executivo terá ainda de fazer, segundo a proposta, “os estudos técnicos e económicos necessários com vista à sua expansão prioritária para o Concelho de Loures” e “uma avaliação global custo-benefício, abrangendo as várias soluções alternativas para a extensão da rede para a zona ocidental de Lisboa”.

“O Governo já se pronunciou sobre a natureza dessa decisão, da semana passada, da Assembleia da República e compete-nos a nós, em altura própria, tomar as decisões para que perante uma eventual não utilização desses verbas, e em caso de uma eventual impossibilidade de utilização no POSEUR, haja soluções para a utilização daquela verba num outro qualquer projeto ou programa operacional do Portugal 2020″, afirmou Nelson Souza na conferência de imprensa sobre a Bolsa de Recuperação do Portugal 2020.

Compete-nos a nós, em altura própria, tomar as decisões para que haja soluções para a utilização daquela verba num outro qualquer projeto ou programa operacional do Portugal 2020.

Nelson Souza

Ministro do Planeamento

O responsável explicou ainda que, apesar de o Portugal 2020 estar a chegar ao fim em termos de data limite (2020), as regras comunitárias permitem que nos três anos remanescentes para executar o Portugal 2020 ainda seja possível lançar novos concursos. Ou seja, há data de hoje, o Executivo tem quatro anos para reutilizar as verbas que vai libertando no âmbito da bolsa de recuperação, de eventuais anulações que resultem de exercícios de auditoria ou da simples anulação de projetos.

Certo é que não ficarão esses dinheiros por utilizar em 2023. Quatro anos darão para que situações deste tipo possam não prejudicar os interesses nacionais“, concluiu.

“Eventual projeto alternativo já não será exequível”

Horas depois da conferência de imprensa, o Ministério do Planeamento emitiu uma nota na qual esclarece que “o projeto da linha circular” do Metro de Lisboa não pode “ser substituído no PT2020 por qualquer outro relacionado com a rede de metropolitano da cidade ou de natureza equivalente”.

“Efetivamente, esse eventual projeto alternativo já não será exequível no âmbito do PT2020, dada a complexidade e o grau de maturidade exigido a uma iniciativa deste tipo“, esclarece a mesma nota, tentando retomar o sentido de urgência e gravidade decorrentes da decisão da Assembleia da República em suspender o projeto por um ano.

“A suspensão do referido projeto pela AR acrescenta ainda uma dificuldade adicional ao país em matéria de fundos comunitários. Coloca em risco o objetivo de concentração temática relativo ao objetivo OT4 “Apoiar a transição para uma economia com baixas emissões de carbono”, para o qual o projeto em causa contribui de forma significativa”, acrescenta a mesma nota.

(Notícia atualizada às 22H41 com a nota do Ministério do Planeamento)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Com EuroBic, Abanca sobe à segunda liga da banca em Portugal

Compra do EuroBic vai dar músculo ao Abanca em Portugal. Espanhóis passam a ter volume de negócios acima dos 18 mil milhões de euros no país, posicionando-se ao lado Montepio e Crédito Agrícola.

Juan Carlos Escotet é o dono do Abanca.Abanca

“Sem pressas, mas sem pausas”, referiu Juan Carlos Escotet, dono do Abanca, quando veio a Lisboa em junho para anunciar a compra do negócio de retalho Deutsche Bank em Portugal. Escotet dava o mote para a estratégia de crescimento do banco galego no país. Meio ano depois, há nova compra potenciada pela circunstância polémica em torno do Luanda Leaks: vai ficar com pelo menos 95% do EuroBic, onde Isabel dos Santos era acionista. Resultado? O Abanca sobe à segunda liga dos maiores bancos no mercado português em termos de volume de negócios, ao lado dos históricos Crédito Agrícola e Banco Montepio.

Há uma semana, confrontado com o interesse no banco português, Escotet disse que tinha dinheiro para avançar, que não compraria por comprar, mas frisou o objetivo de construir a partir da fortaleza da Galiza um banco ibérico, com negócios dos dois lados da fronteira entre Portugal e Espanha, a exemplo de Santander e CaixaBank (dono BPI).

Esta segunda-feira, deu mais um passo nesse sentido, com a formalização do memorando de entendimento para a aquisição do banco cuja reputação estava a ser chamuscada pela exposição à acionista angolana. Não se conhece o valor do negócio, que ainda está dependente de dois passos: a due diligence que fará uma análise aprofundada ao EuroBic; e a autorização do Banco Central Europeu (BCE).

Portugal já era o segundo maior mercado para o Abanca antes da aquisição do EuroBic e após a compra do Deutsche Bank em Portugal. Prepara-se agora para ficar ainda maior.

O banco liderado por Teixeira dos Santos apresentava no final de 2019 um volume (crédito+depósitos) a rondar os 11,7 mil milhões de euros — isto sem contar com o impacto do Luanda Leaks, que levou à saída de alguns depósitos do EuroBic. Na prática, o Abanca está a comprar um banco que é quase o dobro do seu tamanho em Portugal (6,7 mil milhões).

Tudo somado, o novo Abanca passará a ter um volume de 18,4 mil milhões de euros em Portugal, o que vai tornar o banco galego no oitavo maior em Portugal, atrás dos cinco habituais (Caixa Geral de Depósitos, Santander, BCP, BPI e Novo Banco, que estão na primeira liga) e praticamente ao lado de dois bancos com forte implementação no país: Crédito Agrícola e Banco Montepio. Com o BCE a pressionar a margem com juros em mínimos históricos, é aumentando o volume de negócios (com todas as implicações que isso traz) que os bancos conseguem faturar mais.

O próprio Escotet sublinhou isso esta segunda-feira: “A nossa aposta é ibérica, é termos uma vocação ibérica e dar um salto importante em volume de negócios porque supõe a incorporação de mais de 11 mil milhões ao nosso volume de negócios. Entramos num valor de volume de negócios de mais de 100 mil milhões de euros. (…) É uma referência em termos de escala mínima para assegurar a rentabilidade e sustentabilidade”, disse, referindo-se aos 85 mil milhões de euros de volume de todo o grupo.

Volume de negócios na banca nacional

Fonte: Bancos

Mais negócio, menos estrutura

Escotet disse na passada terça-feira que só lhe interessam negócios que sejam complementares ao Abanca.

Com o EuroBic, o banco galego dará um forte impulso ao seu negócio de crédito e depósitos, ficando com uma estrutura que, ainda assim, é mais pequena do que a concorrência mais direta.

Aos 70 balcões que detém atualmente em Portugal (que pertenciam sobretudo ao Deutsche Bank), o Abanca vai juntar as 184 agências do EuroBic, operando assim numa rede com 254 pontos em todo o país. Será o oitavo maior banco visto deste prisma. Em Espanha, o Abanca tem mais de 700 agências, a maioria delas na região da Galiza.

Fonte: Bancos

Em relação ao número de trabalhadores, o Abanca conta hoje em dia com 500 trabalhadores na operação portuguesa. O quadro de pessoal será multiplicado por quatro com a compra do EuroBic, que emprega 1.482 pessoas. O Abanca Portugal passará a ter quase 2.000 trabalhadores. O Banco Montepio e o Crédito Agrícola, que estão na mesma divisão do novo Abanca, têm 3.500 e 4.000.

Agregamos uma rede bastante densificada, com boa capilaridade, que está presente em todo Portugal, em todos os distritos”, destacou o chairman do Abanca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BNP Paribas lucra 1 716 milhões nos seguros em 2019

  • ECO Seguros
  • 10 Fevereiro 2020

O BNP Paribas, segundo maior banco em França, lucrou perto de 1,72 mil milhões de euros antes de impostos na área seguradora em 2019, revelou o banco liderado por Jean-Laurent Bonnafé.

As receitas geradas em seguros superaram 3 000 milhões de euros a subirem 14,5%, enquanto as despesas operacionais totalizaram 1 500 milhões (+6,7% em variação homóloga), a resultar num lucro bruto que progrediu 16% face a 2018 descontado o efeito negativo da desconsolidação da indiana SBI Life (-3,6 mil milhões de euros), nota o comunicado do grupo.

O resultado do negócio segurador (1 716 milhões de euros em lucros antes de impostos) representa cerca de um quinto do lucro líquido anual consolidado pela instituição bancária e foi determinado pelo “crescimento do mercado” e do desenvolvimento “muito bem orientado do negócio”.

Os seguros, junto com as atividades de gestão de ativos e de património, os negócios imobiliários e outras operações (BancWest; Europa e Mediterrâneo e Personal Finance) integram a divisão International Financial Services (IFS), uma das três que compõem o universo de exploração da instituição.

Em conjunto, as áreas de seguros e gestão de ativos e patrimónios fecharam 2019 com um total de 1,12 biliões de euros de recursos sob gestão (260 mil milhões só nos seguros), sendo que o negócio segurador beneficiou do crescimento de apólices ‘unit-linked (seguros ligados a fundos) em particular nos mercados francês e asiático, detalha o comunicado com as contas anuais do grupo.

Quanto ao perímetro de consolidação do BNP Paribas, o grupo apurou um resultado líquido de 8 173 milhões de euros (depois de interesse minoritários), mais 8,6% relativamente aos ganhos de 2018. Comentando os resultados apresentados, Bonnafé classifica “muito bom o desempenho alcançado em 2019”, realçando a força do modelo de negócio e o efeito da transformação do grupo numa entidade mais eficiente e digital.

O grupo BNP Paribas é líder europeu no crédito ao consumo e elege a França, Bélgica, Luxemburgo e Itália como os seus mercados domésticos, orgulhando-se de ser nº 1 em termos de sustentabilidade em França. É também a segunda maior instituição do setor bancário em França, atrás do Crédit Agricole, quer pela dimensão de fundos próprios quer por número de clientes.

Em Portugal, onde se implementou desde 1998, a instituição francesa atua no setor de seguros através do BNP Paribas Cardif (Cardif Assurance Vie e Cardif Risques Divers), filial de vida e riscos diversos do grupo bancário que oferece proteções de pagamentos, pessoas e bens, que distribui através de uma rede de parceiros.

Nos últimos anos, o BNP Paribas Cardif tem desenvolvido novos produtos nomeadamente na área da saúde, habitação e proteção de equipamentos eletrónicos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AXA vende as operações em três países europeus por 1000 milhões

  • ECO Seguros
  • 10 Fevereiro 2020

O grupo austríaco UNIQA Insurance vai pagar 1 000 milhões de euros para ficar com os negócios da AXA na Polónia, República Checa e Eslováquia, revelou a companhia francesa.

O acordado entre as partes estará concluído no último trimestre de 2020 e supõe que a adquirente pague 1 002 milhões de euros em dinheiro pela totalidade dos negócios dos ramos Vida, Pensões e Poupança, Propriedade & Danos que a companhia francesa decidiu alienar nos três países do centro e leste europeu.

Citado num comunicado do grupo francês, Thomas Buberl, CEO da AXA, afirma que a transação “marca mais um passo na simplificação da AXA”. As operações na Europa Central e Oriental “beneficiarão da forte presença da UNIQA e da experiência na região para criar novas oportunidades de crescimento com um foco contínuo na entrega de propostas de valor ao cliente”, concluiu.

A AXA polaca representa uma base de 3,2 milhões de clientes e receitas que alcançaram 585 milhões de euros em 2018. Em acréscimo, a atividade da seguradora francesa na República Checa e na Eslováquia engloba 1,6 milhões de clientes. Com a direção regional instalada em território checo, a gestão é feita por uma equipa ativa nos dois países. O mercado checo e o eslovaco equivalem a uma receita conjunta em torno dos 170 milhões de euros.

A AXA adianta ainda que a venda não terá impacto significativo nos lucros do grupo, mas espera que a concretização da transação resulte num impacto positivo de dois pontos no rácio de solvência do grupo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.