Revive: Governo quer lançar mais quatro concursos no primeiro semestre

  • Lusa
  • 2 Março 2020

Ainda no primeiro semestre deste ano, o Governo quer "lançar mais quatro concursos" do Revive em Sesimbra, Cascais e Coimbra.

O Governo pretende lançar mais quatro concursos de concessão no âmbito do programa Revive ainda no primeiro semestre de 2020, nos distritos de Setúbal, Lisboa e Coimbra, anunciou esta segunda-feira a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.

A governante falava em Oeiras na cerimónia de assinatura do contrato de concessão para a reabilitação e exploração do Paço Real de Caxias, como estabelecimento hoteleiro, com a concessionária Imobimacus, do Grupo Hotéis Turim. “No futuro próximo, ainda no primeiro semestre de 2020, pretendemos lançar mais quatro concursos de concessão: em Sesimbra, no Santuário do Cabo Espichel; em Cascais, no Forte de São Pedro do Estoril e Forte de São Teodósio da Cadaveira; e em Coimbra, no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova“, anunciou a secretária de Estado.

De acordo com Rita Marques, os quatro concursos “testemunham o caráter transversal do programa” Revive, tendo como objetivo a coesão territorial. Até ao momento foram lançados 21 concursos de concessão, encontrando-se em aberto o concurso relativo ao Palacete dos Condes Dias Garcia, em S. João da Madeira, integrado na segunda fase; da Quinta do Paço de Valverde, em Évora, e do Forte da Barra de Aveiro, em Ílhavo.

“Dos 49 imóveis que foram identificados, no programa Revive, já foram lançados 21 concursos de concessão, sendo que estão adjudicadas 14 concessões num investimento total de 118 milhões de euros“, sublinhou a secretário de Estado do Turismo.

Segundo o Governo, o Paço Real de Caxias, em Oeiras, “é entregue por 50 anos à empresa que apresentou a proposta vencedora no concurso, que deverá pagar ao Estado uma renda anual de 216 mil euros pela concessão e assegurar o investimento de recuperação do imóvel estimado em cerca de 11,6 milhões de euros”. Este foi o 12.º imóvel a ser adjudicado no âmbito do Revive. A unidade hoteleira deverá abrir portas em 2022.

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Reclamações sobre serviços postais sobem 18% em 2019 para 28 mil

  • Lusa
  • 2 Março 2020

Utilizadores dos serviços de comunicações apresentaram 28 mil reclamações sobre os serviços postais o ano passado, mais 18% que em 2018. CTT foram o prestador mais reclamado, seguido da DPD.

Os utilizadores dos serviços de comunicações apresentaram 28 mil reclamações sobre os serviços postais em 2019, mais 18% do que no ano anterior, e as reclamações sobre comunicações eletrónicas diminuíram 1% para 71,8 mil, divulgou hoje a Anacom.

No total, os utilizadores de serviços de comunicações apresentaram cerca de 100,6 mil reclamações no ano passado, representando uma subida de 4% face a 2018, devendo-se este crescimento “ao aumento do volume de reclamações sobre os serviços postais”, esclareceu, em comunicado, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

Segundo o regulador, os CTT foram o prestador mais reclamado, sendo alvo de 83% do total das 28 mil reclamações relativas ao setor postal em 2019 e tendo aumentado em 12% as reclamações comparativamente a 2018, para 23 mil.

Seguiu-se a DPD, com 11% das reclamações totais, representando um aumento de 55% face ao período homólogo.

“Os restantes operadores representam 4% das reclamações e, tal como a DPD, têm visto aumentar o seu peso nas reclamações totais do setor, alertou a Anacom.

Numa análise por motivo da reclamação, o atraso na entrega foi o que registou uma maior percentagem de queixas e também o que mais aumentou em proporção no setor postal (passou de 28% para 32% do total de reclamações).

Seguiram-se a entrega de objetos postais no domicilio (27%), designadamente a falta de tentativa de entrega, o atendimento ao cliente (23%), o tratamento de reclamações (18%) e o extravio de objetos postais (12%).

Já as reclamações relativas ao atendimento ao cliente desceram, no período em análise, para 23% do total, menos três pontos do que em 2018, bem como as reclamações sobre desalfandegamento de objetos pessoais, que passaram de 7% para 4%.

Quanto às reclamações sobre serviços de comunicações eletrónicas, a Meo foi, segundo o regulador, o operador com mais reclamações (36%), seguindo-se a NOS (32%), a Vodafone (28%) e, por último, a Nowo/Oni (4%).

A Anacom acrescentou que apenas a Meo registou uma diminuição do volume de reclamações (21% para 26 mil), tendo as reclamações sobre a Vodafone aumentado 34% para 19,9 mil, seguida da Nowo/Oni, com mais 18% situando-se nas 2,7 mil, e a NOS, com uma subida de 4% para 23 mil reclamações.

Os temas mais reclamados neste setor foram, adianta a Anacom, a faturação (29%) e a contratação de serviços (25%).

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Queixas contra SEF quase triplicam nos primeiros meses de 2020

As reclamações contra o SEF quase triplicaram, nos primeiros dois meses do ano. As queixas vêm, sobretudo, de estrangeiros que tentam regularizar a sua situação em Portugal.

Nos primeiros dois meses de 2020, as reclamações contra o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) quase triplicaram, em relação ao período homólogo. De acordo com o Portal da Queixa, foram registadas 126 reclamações até 29 de fevereiro, ou seja, em média cerca de duas por dia.

No último ano, entre o início de janeiro e o final de fevereiro, tinham sido registadas 50 queixas. Este ano, subiram para 126 as reclamações registadas neste período, isto é, quase que triplicaram em comparação com o período homólogo. “A média dos dados revela que, no período analisado, foram realizadas contra o SEF, pelo menos, duas reclamações por dia“, frisa o Portal da Queixa, a maior rede social de consumidores em Portugal.

Entre as queixas registadas em 2020, 63 estão relacionadas com a intenção de cidadãos estrangeiros regularizarem a sua situação em Portugal.

O número de queixas dirigidas ao SEF já tinha registado, de resto, um aumento significativo em 2019 de 310 reclamações em 2018 para 707 reclamações. Em causa estava um salto de 128%.

A demora na entrega dos documentos e os problemas com agendamento foram os principais motivos de reclamação, particularmente entre os estrangeiros que se querem regularizar em Portugal.

Das queixas registadas em 2019, 236 diziam respeito a problemas com agendamento (tinham sido 96 em 2018), 289 diziam respeito à demora na entrega de documentos (tinham sido 155 no ano anterior) e 62 diziam respeito ao mau atendimento (tinham sido 28 no ano homólogo).

Além disso, na sua página no Portal da Queixa, o SEF tem uma nota de apenas 12,5 em 100 no Índice de Satisfação. Nos últimos 12 meses, a taxa de resposta do SEF foi de 10,8% e a taxa de solução foi de 11,2%.

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Comissão Europeia eleva nível de risco do coronavírus para “elevado”. Fronteiras continuam abertas

Depois de ter elevado o nível de risco do coronavírus de "moderado" para "elevado", a comissária europeia dos Transportes vem afirmar que é importante "manter a mobilidade dos cidadãos" na UE.

Os números de infetados com o coronavírus continua a aumentar, e Portugal já entrou para a lista dos países com casos confirmados. À medida que a situação se vai desenvolvendo, a Comissão Europeia já elevou o nível de risco de “moderado” para “elevado” e criou uma task-force para lidar com a situação. Ainda assim, a comissária europeia dos Transportes diz ser “crucial manter a mobilidade dos cidadãos, tanto quanto possível”.

A Comissão Europeia anunciou esta segunda-feira o lançamento de uma “equipa de resposta” ao novo coronavírus. Desta farão parte a própria presidente, Ursula Von der Leyen, e cinco comissários europeus — da Gestão de Crises, Janez Lenarcic, da Saúde, Stella Kyriakides, dos Assuntos Internos, Ylva Johansson, dos Transportes, Adina Valean, e da Economia, Paolo Gentiloni.

Este anúncio foi feito no mesmo dia em que o risco de infeção foi alterado. “Por outras palavras, o vírus continua a propagar-se”, disse Úrsula Von der Leyen em conferência de imprensa, acrescentando que “o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) está a publicar a atualização da sua avaliação de risco rápida, na qual aumenta o risco de infeção na UE de ‘baixo a moderado’ para ‘moderado a elevado'”.

Os diferentes Estados-membros enfrentam diferentes desafios relativamente ao surto de Covid-19. Itália está a enfrentar uma situação que não é a mesma de outros Estados-membros. No entanto, esta é, para todos, uma situação em constante desenvolvimento, que muda rapidamente, e precisamos de estar todos prontos para novos desenvolvimentos”, disse a comissária Kyriakides.

A presidente da Comissão Europeia apontou que se trata de “uma situação muito complexa que exige, por um lado, uma ação muito célere, e, por outro lado, uma forte coordenação entre todos os diferentes setores”, o que justifica também o lançamento desta “equipa de resposta” transversal, que se focará em três pilares: o campo médico, a mobilidade e a economia.

“É crucial manter a mobilidade dos cidadãos, tanto quanto possível”

“Desde o início que está tudo a correr como se esperava com todos os serviços de transportes da União Europeia (UE)”, começou por dizer Adina Valean, comissária europeia dos Transportes, em conferência de imprensa esta segunda-feira. “Os viajantes devem saber que, a nível europeu, temos um conjunto muito robusto de regras para passageiros”.

A comissária anunciou ainda que Bruxelas vai criar um portal online para que “as pessoas interessadas possam ver num único lugar todas as informações atualizadas”. “Os passageiros terão informação exaustiva sobre a propagação do coronavírus e teremos uma visão conjunta e clara de todas as opções disponíveis e mesmo sobre o recebimento dos montantes há pagos pelas viagens”, explicou.

“A minha palavra final é que é crucial manter a mobilidade dos cidadãos, tanto quanto possível”, afirmou, apelando aos serviços de transporte para oferecerem “serviços regulares” aos passageiros. “Estamos sempre em contacto com os nossos parceiros para quantificarmos o impacto financeiro a nível do setor dos transportes”, continuou.

Já do lado económico e financeiro, o comissário europeu da Economia referiu que “a duração deste surto e das medidas de contenção representam um risco acrescido”. Na mesma conferência de imprensa, Paolo Gentiloni acrescentou que “é claro para todos que o impacto a curto prazo, e rapidamente na economia chinesa, vai ser significativo”.

O comissário terminou o discurso afirmando que “o facto de ser ainda muito cedo para medir o impacto destes efeitos colaterais, não significa que não os possamos minimizar”.

De acordo com a comissária europeia da Saúde, o mais recente balanço para a UE dá conta de 2.100 casos confirmados em 18 Estados-membros e 38 vítimas mortais (35 das quais em Itália). Estes dados não incluem ainda os dois primeiros casos positivos em Portugal (um confirmado e outro que aguarda uma contraprova), anunciados esta segunda-feira pela ministra da Saúde.

(Notícia atualizada às 12h10 com mais informação)

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“Seria estranho se não houvesse nenhum caso em Portugal”, diz Marcelo

Foram detetados os primeiros dois casos de coronavírus em território nacional. Marcelo Rebelo de Sousa diz que "seria estranho se não houvesse nenhum caso em Portugal". Apela ao bom senso.

O Presidente da República já reagiu aos primeiros dois casos de coronavírus em território nacional. Marcelo Rebelo de Sousa quis evitar alarmismos, apelando ao “bom senso” e garantindo que “o Governo está preparado para tomar as medidas necessárias”.

“Isto é a chamada notícia esperada há muito tempo. Com tantos países, nomeadamente da Europa, a terem casos positivos seria de estranhar que não houvesse nenhum caso positivo em Portugal”, disse o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP 3.

O Presidente da República sublinha ainda que os dois casos detetados em Portugal, “têm origem fora do território português”, o que na ótica do Chefe de Estado “é fácil de detetar e uma vantagem”.

Marcelo Rebelo de Sousa ressalva ainda que “até agora” não há nenhum caso “com origem em Portugal”, salvaguardando que o processo de identificação e de validação de novos casos está a ser acompanhado “com muita atenção”.

O Chefe de Estado apela ainda ao “bom senso” referindo que “não se deve entrar em alarmismos” e que as medidas que estão a ser tomadas são “necessárias e proporcionais”. “Se for preciso tomar mais medidas, o Governo está preparado para as tomar, se não for preciso não as toma“, assinala.

O novo coronavírus chegou esta segunda-feira a Portugal. Trata-se de um médico de 60 anos que esteve de férias no norte de Itália e um outro homem de 33 anos que esteve em Valência, Espanha. Ambos os pacientes estão internados em hospitais no Porto. Em declarações aos jornalistas, a ministra da Saúde garantiu que os dois pacientes estão estáveis e anunciou ainda que será aplicada “rastreabilidade de contactos” para os passageiros que vierem de Itália.

Os primeiros casos em Portugal representam uma escalada nas preocupações em torno desta epidemia, numa altura em que há mais de 87 mil pessoas infetadas em todo o mundo. Apesar da maioria dos casos regista-se na China, o número diário de novos casos é já superior fora do território chinês.

(Notícia atualizada às 11h59)

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DPD Portugal fatura 72 milhões em 2019. Coronavírus teve “efeitos imediatos” e vai travar o negócio

O grupo DPD faturou 72,3 milhões de euros em Portugal no ano passado e entregou quase 21 milhões de encomendas. Mas a atividade vai abrandar este ano devido aos "efeitos imediatos" do coronavírus.

O grupo DPD, que surgiu da fusão da Chronopost e da Seur, faturou 72,3 milhões de euros em Portugal em 2019 e foi responsável pela entrega de 20,7 milhões de encomendas no país, abaixo do objetivo de 22,5 milhões de encomendas que tinha definido para o ano. Ainda sob a nuvem do Brexit e com o impacto da epidemia do coronavírus, a empresa espera agora uma redução da atividade, que já começou a materializar-se.

Estas informações foram reveladas pelo presidente executivo da empresa, Olivier Establet, que salientou que a faturação cresceu cerca de 2,5% face a 2018. O gestor avançou ainda que o grupo tem já em Portugal 600 circuitos de distribuição, contando com 1.400 trabalhadores no final do ano passado. Num encontro com jornalistas esta segunda-feira, questionado pelo ECO sobre o volume de encomendas ter ficado aquém do anteriormente indicado, o gestor desvalorizou, falando num “acerto no modelo de negócio” devido à fusão.

A empresa está agora a preparar-se para o impacto de um hard Brexit, um cenário em que o Reino Unido não consegue alcançar um acordo comercial com a União Europeia — e que, para Olivier Establet, é praticamente garantido. Outra preocupação é a epidemia do coronavírus, que já começou a travar a atividade do grupo DPD, sobretudo em Itália, em que o alastrar do vírus na região de Milão teve “efeitos praticamente imediatos” na DPD. A empresa está a trabalhar em “cenários de quatro a 12 semanas de crise profunda”, disse o gestor.

“O impacto na nossa atividade é o reflexo do impacto que terá na atividade dos nossos clientes. Temos clientes que a cadeia de abastecimento depende muito da China. E temos clientes que já nos avisaram de que vão entrar numa fase de dificuldade para abastecer a sua rede de retalho”, disse Olivier Establet, num encontro com jornalistas esta segunda-feira, praticamente em simultâneo com a notícia de que já há dois casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus em Portugal.

Temos clientes que já nos avisaram de que vão entrar numa fase de dificuldade para abastecer a sua rede de retalho.

Olivier Establet

Presidente executivo do grupo DPD em Portugal

Situação no mercado é “bastante desafiadora”

A nível internacional, o negócio da DPD correspondeu a 30% do total do grupo LaPoste, o seu principal acionista, contribuindo com um volume de faturação de 7,8 mil milhões de euros, um crescimento de 6,7% do que em 2018. Quanto às encomendas, foram entregues 1,3 mil milhões no total de mercados em que o grupo opera, com destaque para a CyberMonday, que resultou em 9,3 milhões de encomendas entregues num só dia, a 2 de dezembro de 2019.

Para o gestor, este resultado global foi positivo mesmo tendo em conta o que considerou ser uma “situação bastante desafiadora do mercado”. Nomeadamente, a “grande escassez de motoristas em termos gerais”, bem como, novamente, os “preparativos do Brexit, que ocuparam o ano de 2019” e “começaram a ter alguns impactos” na filial inglesa da DPD, assim como “nas trocas entre Reino Unido e resto da Europa”.

Segundo Olivier Establet, o grupo “está totalmente preparado para todos os cenários do Brexit”. Mesmo para um “hard Brexit” — isto é, um cenário em que o Governo britânico não consiga fechar um acordo comercial com a União Europeia.

Os resultados da DPD em Portugal e a nível internacional ganham relevância na medida em que a empresa não é obrigada a divulgar estes números por não estar cotada na bolsa. Surgem também num momento de transição no setor postal, em que são enviadas cada vez menos cartas, mas há cada vez mais encomendas para transportar.

O grupo DPD encontra-se no centro deste segmento, concorrendo com os CTT e, mais recentemente, com os espanhóis dos Correos. No ano passado, a fusão da Chronopost com a Seur levou Olivier Establet a reclamar a liderança da nova DPD do segmento de “Expresso e Encomendas” em Portugal, superando o grupo CTT, segundo informação da própria empresa.

Questionado sobre o projeto de instalação de um novo centro de distribuição em Lisboa, num investimento de 25 milhões de euros, Olivier Establet disse que o mesmo continua em desenvolvimento. Está prevista a conclusão para 2022.

(Notícia atualizada às 12h02 com crescimento percentual do volume de negócios em Portugal em 2019 face a 2018)

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Covid-19: Turismo na UE já perdeu 1.000 milhões com falta de turistas chineses

  • Lusa
  • 2 Março 2020

A ausência de turistas chineses, devido ao novo coronavírus, já provocou perdas de 1.000 milhões de euros no setor turístico da União Europeia desde janeiro.

O setor turístico da União Europeia (UE) perdeu dois milhões de dormidas e 1.000 milhões de euros desde o início de janeiro devido à ausência de turistas chineses, indicou esta segunda-feira o comissário europeu do Mercado Interno.

Numa entrevista ao canal BFMTV, Thierry Breton, citado pela agência Efe, disse haver “um abrandamento importante da economia mundial” relacionado com a epidemia do coronavírus, dado o elevado peso económico da China.

Esse impacto, disse, sente-se ao nível das cadeias de fornecimento de muitas empresas, que dependem de mercadorias fabricadas na China, mas também no turismo, já que os chineses deixaram de viajar.

Segundo o comissário francês, como resultado registaram-se menos dois milhões de dormidas nos estabelecimentos turísticos dos 27 países da União Europeia desde janeiro, o que se traduz num recuo de 1.000 milhões de euros das receitas mensais.

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MotoGP da Tailândia adiado devido ao Covid-19

  • Lusa
  • 2 Março 2020

Depois de organização do campeonato ter anunciado o cancelamento da corrida de abertura do Mundial de MotoGP, no Qatar, o Grande Prémio de motociclismo da Tailândia também foi adiado.

O Grande Prémio de motociclismo da Tailândia, marcado para 22 de março, foi esta segunda-feira adiado devido ao novo coronavírus, um dia depois da corrida de abertura do Mundial de MotoGP, no Qatar, ter sido cancelada.

Precisamos primeiro de nos concentrar na pandemia. Devemos adiar a corrida hoje [segunda-feira, 2 de março] até novo aviso”, disse o vice-primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnvirakul, também responsável pela pasta da Saúde.

O MotoGP da Tailândia realiza-se no circuito de Buriram (centro).

Várias equipas que disputam o campeonato do mundo de motociclismo de velocidade, em que participa o português Miguel Oliveira, são italianas, como a Ducati e a Aprilia, bem como muitos pilotos, como Andrea Dovizioso, Danilo Petrucci, Francesco Bagnaia, Valetino Rossi e Franco Morbidelli.

No domingo, a organização do campeonato tinha já anunciado o cancelamento da corrida de abertura do Mundial de MotoGP, prevista para o Qatar, devido à epidemia de Covid-19.

A decisão afetou apenas a categoria rainha no Grande Prémio do Qatar, explicou a Dorna, empresa promotora do campeonato, em comunicado, assinado também pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e pela associação de equipas.

As provas das categorias inferiores, de Moto2 e Moto3, deverão decorrer como previsto, pois as equipas já estavam naquele país do Médio Oriente, devido aos testes de pré-temporada que ali se realizaram durante o fim de semana.

“As autoridades do Qatar não deixam entrar no país ninguém que viaje a partir de Itália. Estivemos até à última hora a tentar tudo, mas não foi possível”, explicou o presidente da FIM, o português Jorge Viegas, em declarações à agência Lusa.

O Qatar decidiu colocar em quarentena por 14 dias todos os passageiros provenientes de Itália ou que tenham estado naquele país transalpino nas últimas duas semanas: “Desta forma, não é possível haver corrida”, observou Jorge Viegas, até porque seis dos 22 pilotos do campeonato são italianos, bem como muitos dos elementos que compõem as diversas equipas.

“Fecharam o Qatar a pessoas da China, Irão, Coreia e Itália”, explicou o responsável máximo da FIM, acreditando que os prejuízos decorrentes desta decisão serão, “sobretudo, desportivos”.

Também na Fórmula 1 já foi cancelado o Grande Prémio da China, devido ao surto do coronavírus.

A epidemia de Covid-19, que teve origem na China, em dezembro de 2019, já infetou mais de 86 mil pessoas em 53 países de cinco continentes, das quais morreram cerca de três mil.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

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Inditex acaba com linha infantil Massimo Dutti. Aposta tudo na Zara Kids

Inditex decidiu acabar com a marca infantil Massimo Dutti e passará a concentrar apenas na Zara Kids. A coleção atual irá permanecer nas lojas até julho e depois será transferida para a Zara Kids.

A Inditex decidiu acabar com a marca infantil Massimo Dutti, a semana passada, e passará a concentrar apenas na Zara Kids. O encerramento da marca infantil vai afetar cerca de uma dezena de trabalhadores, mas fonte da Inditex já adiantou que foi oferecida a possibilidade a todos os colaboradores de transferência para outras empresas do grupo.

A decisão deste encerramento afeta apenas os escritórios centrais, uma vez que as unidades de produção localizadas em Tordera, Barcelona, vão passar a concentrar toda a produção da Zara Kids, segundo apurou o jornal espanhol, Expansión.

A coleção atual irá permanecer nas lojas até julho e depois será transferida para a Zara Kids. A marca tem atualmente mais de 700 pontos de venda em 75 países.

A Massimo Dutti teve um volume de negócios de 1.802 milhões de euros em 2018, de acordo com o relatório anual do grupo Inditex. É a quarta marca mais importante para o grupo Inditex em termos de volume de negócios, atrás de Zara (incluindo Zara Home), Bershka e Pull&Bear. No total, representa 7% do rendimento do gigante galego.

Fontes da multinacional têxtil indicam que este segmento infantil pode representar cerca de 20% do rendimento da Zara. A Zara Kids conta com mais de 400 colaboradores na sede em Arteixo (A Coruña).

Para além de Massimo Dutti, a multinacional têxtil tem a sede de outras três marcas na Catalunha, a Lefties, Oysho e Bershka.

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Dívida pública sobe 2,3 mil milhões em janeiro. Está nos 252,1 mil milhões

A dívida pública começou o ano a subir. Aumentou 2,3 mil milhões de euros em janeiro, atingindo os 252,1 mil milhões de euros, segundo o Banco de Portugal.

A dívida pública portuguesa arrancou o novo ano a subir 2,3 mil milhões de euros, atingindo os 252,1 mil milhões de euros em janeiro, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal. É o valor mais elevado desde setembro do ano passado.

“Para este aumento contribuiu essencialmente o acréscimo dos títulos de dívida, que foi parcialmente compensado pela redução de Certificados do Tesouro“, explica a instituição liderada por Carlos Costa.

Em janeiro, o IGCP realizou uma emissão sindicada de Obrigações do Tesouro a dez anos, numa operação em que obteve um financiamento de 4.000 milhões de euros. Por outro lado, o investimento nos produtos de poupança do Estado afundaram mais de 650 milhões no primeiro mês de 2020, com os Certificados do Tesouro a perderem 690 milhões de euros.

Acrescenta o Banco de Portugal que os ativos em depósitos das administrações públicas aumentaram 2,9 mil milhões de euros, “pelo que a dívida pública líquida de depósitos diminuiu 500 milhões de euros em relação ao mês anterior, totalizando 234,7 mil milhões de euros”.

Fonte: Banco de Portugal

Este desempenho surge depois de o Governo ter fechado 2019 com a dívida pública nos 117,7% do Produto Interno Bruto (PIB), menos 12,2 pontos percentuais do que o estimado pelo Executivo. É o valor mais baixo desde 2011, e acontece não só por via da redução nominal da dívida, mas também pelo andamento positivo da economia. Em 2019, a economia cresceu 2,2%.

Para 2020, Mário Centeno prevê nova descida da dívida pública, apontando para uma descida para 116,2% do PIB.

(Notícia atualizada às 11h06)

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Petróleo avança 2% face a cenário de cortes de produção pela OPEP

Investidores estão a apostar num corte de produção pela OPEP e de estímulos dos bancos centrais com vista a combater o impacto económico do coronavírus, o que puxa pelas cotações do "ouro negro".

O petróleo está em alta nos mercados internacionais, com as cotações a acelerarem 2%, estando os investidores a apostar num corte de produção por parte da OPEP e de estímulos dos bancos centrais com vista a combater o impacto económico do coronavírus.

O preço do barril do “ouro negro” já chegou a estar a valorizar mais de 4%, tendo aliviado entretanto, mas mantendo-se com ganhos em torno de 2%.

O barril do brent — que serve de referência para as importações nacionais — avança 2,34%, para os 50,83 dólares em Londres, enquanto o crude negociado em Nova Iorque ganha 1,99%, para os 45,65 dólares.

Petróleo recupera após seis dias a cair

Trata-se da primeira subida para os dois benchmarks do mercado petrolífero após seis sessões de consecutivas perdas causadas pela preocupação em torno do coronavírus. O vírus já matou mais de 3.000 pessoas e agitou os mercados na semana passada. No caso da praça bolsista lisboeta o tombo semanal foi de 12%, a maior queda desde outubro de 2008.

Vários membros importantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) estão a ponderar um corte adicional na produção no segundo trimestre, com receios de que o surto do vírus corroa a procura de petróleo. A proposta anterior era de um corte de produção adicional de 600.000 barris diários.

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Portugal confirma dois primeiros casos de Covid-19

  • ECO
  • 2 Março 2020

Foram detetados os primeiros dois casos de coronavírus em território nacional. Ministra da Saúde avança que os passageiros de voos provenientes de Itália vão ter de identificar contactos recentes.

O novo coronavírus já chegou a Portugal. As autoridades de saúde detetaram os dois primeiros casos de infeção em território português. Um médico de 60 anos que esteve de férias no norte de Itália e um outro homem que esteve em Valência, Espanha. Em declarações aos jornalistas, a ministra da Saúde anunciou ainda que será aplicada “rastreabilidade de contactos” para os passageiros que vierem de Itália, uma medida que já está em vigor relativamente aos três voos semanais provenientes da China.

A notícia — que entretanto já foi confirmada pelo Executivo e pela Direção Geral de Saúde — foi avançada, esta segunda-feira, pela SIC Notícias que adiantava que um dos casos diz respeito a um médico do Hospital do Tâmega e Sousa que esteve de férias no norte de Itália, um dos focos de maior preocupação com o Covid-19 fora da China, e que se encontra internado no Hospital de Santo António.

O outro infetado é um homem que trabalhava em Espanha e está internado no Hospital de São João com sintomas ligeiros.

Entretanto, a ministra da Saúde já explicou que ambos os pacientes estão estáveis e em “boa condição de saúde”. Os dois casos já têm confirmação definitiva e os “contactos próximos” de ambos os pacientes serão agora colocados sob vigilância, assegurou Marta Temido.

A ministra sublinhou, além disso, que a recomendação geral é que as pessoas que venham de áreas afetadas façam “vigilância ativa” e contactem a linha SNS 24 em caso de dúvida, antes de se dirigirem aos serviços de saúde.

Esta informação marca a entrada de Portugal na lista dos mais de 60 países com casos confirmados de infeção pela doença Covid-19, que é provocada por uma nova estirpe de coronavírus que teve origem na província chinesa de Hubei.

Os primeiros casos em Portugal representam uma escalada nas preocupações em torno desta epidemia, numa altura em que há já dezenas de milhares de pessoas com a infeção em todo o mundo. Apesar da maioria dos casos regista-se na China, o número diário de novos casos é já superior fora do território chinês.

Itália, na Europa, está a ser uma das maiores preocupações, com a região de Milão a registar mais de quatro centenas de casos confirmados, segundo os dados oficiais.

O alastrar do vírus dentro da União Europeia é particularmente preocupante, na medida em que envolve um vasto território sem fronteiras físicas. Este facto dificulta ou impossibilita o controlo das deslocações, que foi uma dos métodos usadas pela China para conter os avanços deste surto.

É consensual na comunidade científica que esta nova estirpe de coronavírus é contagiosa entre humanos, mas ainda não é claro em que condições, bem como qual o respetivo período de incubação. Autoridades de vários países têm aplicado quarentenas de 14 dias, mas também têm surgido casos de transmissão em que a pessoa que contagia não apresenta sintomas de doença. Este fator tem-se revelado desafiante para as autoridades e determinante para o alastrar do problema.

http://videos.sapo.pt/vHmzZZMZZ2gQM5BOOqeW

“Temos de estar conscientes do risco, mas manter a calma”

Esta segunda-feira, o primeiro-ministro sublinhou que é preciso estar consciente do risco implicado no surto de coronavírus, mas apelou a que se mantenha “a calma e a serenidade”. Aos jornalistas, o primeiro-ministro voltou a explicar que é aconselhável que quem tenha estado em contacto com alguém contaminado recorra ao SNS 24 e se mantenha particularmente atento à sua saúde. “A Linha Saúde 24 tem de ser a porta de entrada para todos estes casos”, disse o governante.

Questionado sobre os efeitos deste surto na economia, António Costa garantiu que as consequências estão a ser analisadas e referiu que o Governo tem estabelecido “metas muito prudentes” por uma questão de “conservadorismo responsável”.

(Notícia atualizada às 15h06 com o resultado positivo da contra-análise que ainda faltava fazer a um dos casos)

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