Prorrogação do prazo da inspeção periódica carece de retificação, diz APIA

  • Lusa
  • 24 Março 2020

A APIA considera que a lei deve ser “clarificada e retificada” no que se refere aos transportes especiais e às viaturas cuja data de validade da sua inspeção termina antes de 13 de março.

A Associação Portuguesa de Inspeção de Automóveis (APIA) congratulou-se com a prorrogação por cinco meses da data para as inspeções, devido à covid-19, mas defendeu que a lei deve ser retificada e clarificada quanto aos transportes especiais.

“A APIA congratula-se pela alteração efetuada ontem [segunda-feira] […], embora com alguma demora, onde fundamentalmente foi anunciada uma prorrogação da data de realização da inspeção por cinco meses contados da data da matrícula”, indicou, em comunicado, a associação.

Para a APIA esta decisão vem dar “tranquilidade” aos patrões, funcionários e clientes, perante a propagação do novo coronavírus. No entanto, alertou que a lei deve ser “clarificada e retificada” no que se refere aos transportes especiais e às viaturas cuja data de validade da sua inspeção termina antes de 13 de março.

A associação de inspeção automóvel defendeu ainda ser urgente a adoção de medidas de apoio às entidades empregadoras e colaboradores. “É prioridade da APIA cuidar do bem-estar das suas associadas e dos seus trabalhadores, tentando a todo o custo prevenir a doença, conter a pandemia e assegurar que não sejam contaminados, nem responsáveis pela contaminação dos utentes”, concluiu.

Serviços essenciais, por marcação, vão continuar a funcionar em centros de inspeção automóvel para alguns veículos, revela um diploma, publicado na segunda-feira, que entra hoje em vigor.

O decreto-lei, aprovado há quatro dias pelo Conselho de Ministros e que entra esta terça-feira em vigor, um dia depois de ter sido publicado em suplemento do Diário da República, suspende a atividade daqueles centros até 30 de junho, uma medida de contenção no âmbito da pandemia da covid-19.

Apesar deste encerramento, durante o estado de emergência, o Governo determinou que vão continuar a ser assegurados os serviços essenciais, ainda que por marcação, para alguns veículos: “É definido por portaria do membro do Governo responsável pela área dos transportes, sob proposta do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), o regime da prestação de serviços essenciais de inspeção”, lê-se no diploma.

Por outro lado, os veículos com inspeção periódica entre 13 de março e 30 de junho ficam com o prazo de inspeção prorrogado por cinco meses contados da data da matrícula.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386.000 pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000. Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, há 30 mortes, mais sete do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista mais 302 casos do que na segunda-feira. Dos infetados, 203 estão internados, 48 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00h00 de quinta-feira e até às 23h59 de 2 de abril. Além disso, o Governo declarou dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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Cuatrecasas constitui equipa para dar resposta à pandemia Covid-19

Task-Force Coronavírus é a recente equipa interdisciplinar criada pela Cuatrecasas como forma de dar resposta a todas as dúvidas dos clientes sobre o Covid-19.

A sociedade de advogados Cuatrecasas formou uma equipa interdisciplinar de forma a dar resposta às várias dúvidas sobre a pandemia Covid-19, a Task-Force Coronavírus.

Sob a coordenação do sócio Miguel de Almada, a equipa interdisciplinar coloca à disposição dos clientes “sínteses legislativas, análises de impacto e coordena as respostas às numerosas solicitações em relação às implicações da epidemia de coronavírus e às medidas aprovadas (e a aprovar) para lhe fazer face“, nota a sociedade em comunicado.

A Task-Force Coronavírus da Cuatrecasas em Portugal integra advogados das áreas de financeiro, fiscal, imobiliário, laboral, público, litígios e arbitragem, saúde, societário e M&A, bem como da área de conhecimento e inovação.

“Em primeira instância, a Task-Force Coronavírus tem estado dedicada à sistematização de conhecimento e à partilha pública do mesmo, através de legal flashes e dos órgãos de comunicação social. Concomitantemente, temos vindo a garantir respostas completas, coerentes e atempadas às questões prementes que nos chegam, a um ritmo muito intenso, por parte de empresas e organismos públicos”, nota Miguel de Almada.

Para o sócio coordenador da Task-Force Coronavírus, as várias questões que atualmente se colocam “vão projetar-se no tempo muito para lá da situação de saúde pública que atualmente enfrentamos, o que requer o trabalho conjunto e aprofundado entre vários especialistas”.

Para além desta equipa permanente, existem ainda advogados de contacto preferenciais para cada uma das outras especialidades do direito empresarial.

No contexto do Covid-19, a sociedade ibérica tem ainda alguns advogados a colaborar, a título pro bono, com a Tech4COVID-19, uma comunidade que conta com já mais de 1.500 empreendedores e colaboradores de tecnológicas portuguesas que se voluntariaram para combater o novo coronavírus.

A Task-Force criada pela Cuatrecasas em Portugal tem paralelo nas outras jurisdições onde a sociedade tem atividade.

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Pais em casa? Apoio pode voltar depois da Páscoa se fecho das escolas for prolongado

Costa admite prolongar "muito além das férias da Páscoa" o encerramento das escolas, referindo que, se assim for, o apoio aos pais voltará a estar disponível depois dessa interrupção.

Face à pandemia de coronavírus, o Governo avançou com o encerramento de todas as escolas, deixando milhares de crianças em casa e consequentemente milhares de pais sem poderem ir trabalhar. A esses últimos, o Executivo garantiu o pagamento de dois terços do salário, mas só até às férias da Páscoa. Esta terça-feira, e em resposta à deputada Catarina Martins, o primeiro-ministro adiantou que é “provável” que o fecho destes estabelecimentos se prolongue além desse período de interrupção, voltando então os pais a terem direito ao apoio que fica suspenso durante a Páscoa.

No debate quinzenal desta terça-feira, a bloquista Catarina Martins perguntou o Governo se admitia prolongar o apoio aos pais que tenham de ficar em casa com os filhos até 12 anos para o período das férias da Páscoa, uma vez que o decreto-lei publicado deixa claro que o pagamento só é assegurado entre apenas de 16 de março a 27 de março.

Em resposta, António Costa esclareceu que o apoio se manterá, pelo menos, até 9 de abril, no caso dos pais com crianças que frequentem creches, já que esses estabelecimentos iriam continuar a funcionar mesmo durante as férias, o que já não acontecerá face ao surto de coronavírus. “Mas não vamos manter [o apoio] relativamente à situação que era previsível“, atirou o primeiro-ministro referindo-se às férias escolares marcada para o período de 27 a 13 de abril.

“Temos de ter em conta que, provavelmente, no dia 9 de abril a decisão que estaremos a tomar é prolongar essa situação e esta medida [o apoio aos pais] muito além das férias da Páscoa“, acrescentou o chefe de Executivo. Ou seja, durante as férias o apoio será suspenso, mas se o fecho das escolas for prolongado, esse pagamento de dois terços do salário voltará a ser assegurado pela Segurança Social.

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Covid-19: Suspensas obras de projeto de 260 milhões na mina de Neves-Corvo

  • Lusa
  • 24 Março 2020

A Lundin Mining decidiu suspender temporariamente as obras para expandir a produção de zinco na mina de Neves-Corvo, no Alentejo, num projeto que ronda os 260 milhões de euros.

A companhia sueco-canadiana Lundin Mining suspendeu as obras e atividades do projeto de 260 milhões de euros para expandir a produção de zinco na mina de Neves-Corvo, no Alentejo, devido à pandemia de covid-19.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Lundin Mining, dona da empresa Somincor, a concessionária da mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, distrito de Beja, refere que “as atividades de construção e comissionamento diretamente relacionadas com o Projeto de Expansão do Zinco” (PEZ) no complexo mineiro “foram temporariamente suspensas”.

Segundo a presidente da Lundin Mining, Marie Inkster, citado no comunicado, a companhia suspendeu as atividades do PEZ “com o objetivo de reduzir o risco” de exposição das comunidades locais, funcionários e empreiteiros ao novo coronavírus que provoca a doença covid-19.

“Como a força de trabalho do projeto inclui muitos trabalhadores de empreiteiros que viajam de outras regiões de Portugal e de outros destinos internacionais, o risco é que o vírus possa ser levado para a região do Alentejo por pessoas que viajam para trabalhar no projeto”, explicou Marie Inkster.

A saúde e a segurança de comunidades locais, funcionários e empreiteiros são “da maior importância” e, por isso, a companhia suspendeu as obras e atividades do PEZ para “reduzir os riscos para estes e o risco de disrupção significativa para o negócio”, referiu Marie Inkster.

A companhia frisa que está a avaliar os impactos da suspensão temporária do PEZ nos prazos e no orçamento e “fornecerá uma atualização assim que estejam concluídas as avaliações”.

A Lundin Mining refere que “tem a saúde e a segurança como prioridade” e todas as suas operações estão a responder à covid-19 no âmbito do plano de resposta da companhia à pandemia e das recomendações e dos requisitos das autoridades de saúde.

Todas as operações e escritórios da Lundin Mining implementaram planos de restrição de viagens não críticas, limitaram os visitantes externos e mantêm apenas os considerados críticos para o negócio e instruíram os funcionários e empreiteiros que tenham tido contacto ou exposição acidental com alguém diagnosticado com covid-19 e os que efetuaram viagens internacionais a ficar em casa por 14 dias e independentemente de terem ou não sintomas.

A Lundin Mining e as suas operações estão a monitorizar e a implementar medidas para assegurar a continuidade do negócio e mitigar e minimizar potenciais impactos da pandemia que possam surgir nas operações, cadeia de abastecimento e atividades comerciais e financeiras.

Até hoje, “não se registou qualquer impacto significativo na produção ou na expedição de concentrado” e “não foi registada qualquer perturbação significativa na cadeia de abastecimento” das operações da Lundin Mining devido à pandemia de covid-19, refere a companhia.

Segundo Marie Inkster, a Lundin Mining está “numa posição financeira forte, com um excelente balanço e operações de alta qualidade” e “bem posicionada para manter a estabilidade” e continuará “a trabalhar proativamente para proteger a saúde” da companhia, dos parceiros e das comunidades locais “enquanto navegamos neste tempo de incerteza”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000. Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com mais de 81.000 casos, tendo sido registados 3.277 mortes. Nas últimas 24 horas a China reportou 78 novos casos, sendo quatro de contágio local e os restantes importados.

As 74 infeções importadas do exterior levantam receios de nova onda de contágio. Depois de cinco dias sem novas infeções locais, foi reportado um novo caso local, em Wuhan.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.696 mortos em 39.673 infeções, o Irão, com 1.934 mortes num total de 24.811 casos, a França, com 860 mortes (19.856 casos), e os Estados Unidos, com 499 mortes (41.511 casos). Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal, há 30 mortes, mais sete do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista mais 302 casos do que na segunda-feira.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00h00 de quinta-feira e até às 2h59 de 02 de abril.

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Covid-19: Número de “tratamentos milagrosos” à venda na Internet “é chocante” , diz Bruxelas

  • Lusa
  • 24 Março 2020

"A quantidade de crimes cibernéticos na UE aumentou. O número de medicamentos falsos, sprays de desinfeção ou tratamentos milagrosos vendidos online é chocante”, alerta a Comissão Europeia.

Comissão Europeia alertou esta terça-feira para o “número chocante” de medicamentos falsos e “tratamentos milagrosos” para a covid-19 à venda na Internet, e garantiu ação policial para combater este crime cibernético em altura de pandemia.

A quantidade de crimes cibernéticos na UE aumentou. O número de medicamentos falsos, sprays de desinfeção ou tratamentos milagrosos vendidos online é chocante”, declara a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, num vídeo publicado esta tarde.

Notando que o “medo [da população] criou oportunidades de negócio” para este tipo de crimes na Internet, a responsável garante que a Comissão Europeia está a trabalhar “com os governos nacionais e as agências da União Europeia [UE] para resolver esse problema e manter as pessoas seguras”.

Como exemplo, Ursula von der Leyen destaca que o serviço europeu de polícia, a Europol, apreendeu nas últimas semanas “mais de 4,4 milhões de unidades de produtos farmacêuticos ilícitos”, deteve 121 pessoas e desmantelou 37 grupos de crime organizado.

A operação da Europol, coordenada pela organização internacional Interpol, abrangeu 90 países em todo o mundo e decorreu entre os passados dias 3 e 10 de março.

No vídeo, Ursula von der Leyen aconselha ainda a população a verificar a credibilidade das páginas da Internet em que este tipo de produtos são vendidos. “Se uma vacina contra o novo coronavírus for criada, o seu governo e as instituições públicas em geral vão anunciá-lo”, diz ainda a responsável.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 360 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais.

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Costa anuncia “com grande probabilidade” excedente orçamental em 2019

O debate quinzenal desta terça-feira com o primeiro-ministro é o primeiro desde a declaração do estado de emergência.

No debate quinzenal desta terça-feira, que arranca às 15h, será discutida a defesa do Serviços Nacional de Saúde e a necessidade de travar os despedimentos num momento em que as empresas fecham portas, por iniciativa do Bloco de Esquerda. Ao contrário do que é habitual, apenas 46 dos 230 deputados vão estar no hemiciclo.

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Não há risco de rutura no abastecimento de bens, diz grupo de acompanhamento

  • Lusa
  • 24 Março 2020

O grupo "tem avaliado e acompanhado as condições de abastecimento de bens nos setores agroalimentar e do retalho, em estreita articulação e coordenação entre os setores público e privado".

O grupo de acompanhamento e avaliação das condições de abastecimento e do retalho disse esta terça-feira que, “até ao momento, não se verifica qualquer risco de rutura de ‘stocks’ no país” e volta a reunir-se na quarta-feira.

De acordo com uma nota enviada pelo Ministério da Economia, este grupo de trabalho, que envolve 18 entidades (organizações de produtores, distribuidores, entre outros) e as áreas governativas da Economia, Agricultura, Infraestruturas e Habitação e Mar, “tem avaliado e acompanhado as condições de abastecimento de bens nos setores agroalimentar e do retalho, em estreita articulação e coordenação entre os setores público e privado, o que permite afirmar que, até ao momento, não se verifica qualquer risco de rutura de ‘stocks’ no país”. Na próxima quarta-feira, o grupo volta a reunir-se, pela quarta vez e por videoconferência.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000. Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

Em Portugal, há 30 mortes, mais sete do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista mais 302 casos do que na segunda-feira. Dos infetados, 203 estão internados, 48 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram. Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 2 de abril.

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BE vai lançar plataforma para a receção de denúncias de abuso no mercado de trabalho

  • Lusa
  • 24 Março 2020

Bloco de Esquerda vai lançar nos próximos dias uma plataforma para a recepção de denúncias, abusos e despedimentos arbitrários por parte das empresas em relação aos colaboradores.

O Bloco de Esquerda (BE) vai lançar nos próximos dias uma plataforma para a receção de denúncias, de casos de abuso, de despedimentos arbitrários, ou seja, todos os casos de irresponsabilidade social das empresas que deixam as pessoas, que já são vulneráveis por serem precárias, em situação de ainda maior vulnerabilidade no quadro de uma pandemia”, revelou Jorge Costa, à Lusa.

“O BE continua a exercer as suas funções enquanto partido de oposição e continuará a fazer as propostas que acha que são as melhores para que esta crise sanitária – na qual acompanhamos o esforço que está a ser feito pelas autoridades para conter o vírus – não derive numa situação de regresso de uma nova crise social”, assegurou o deputado bloquista.

Questionado sobre os desafios de toda estas adaptações, Jorge Costa considerou que “até tem sido fácil” porque “o BE está a beneficiar de ser um partido que há muito anos tem chegado primeiro a uma série de alterações que teve a comunicação política” com a internet, a emergência das redes sociais e outros suportes digitais que os bloquistas estão “muito habituados a utilizar”.

“Somos uma organização bastante ágil na utilização nestas ferramentas. Desde que esta crise se iniciou que começamos a recorrer a elas de uma forma muito mais intensa”, destacou.

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Pandemia pode custar 252 mil milhões de dólares ao transporte aéreo

  • Lusa
  • 24 Março 2020

"Precisamos com urgência de um pacote de ajuda" e "precisamos desesperadamente de dinheiro", alerta o diretor geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo.

A crise do novo coronavírus deve privar o setor mundial de transporte aéreo de 252 mil milhões de dólares de receitas este ano, mais do dobro do previsto anteriormente (113 mil milhões).

“Trata-se da crise mais profunda de sempre para a nossa indústria”, afirmou o diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), Alexandre de Juniac, durante uma conferência telefónica, apelando a governos para ajudarem quando se aproxima “uma crise de liquidez”.

“Precisamos com urgência de um pacote de ajuda” e “precisamos desesperadamente de dinheiro”, adiantou.

A crise causada pela pandemia de covid-19 afeta agora 98% do tráfego de passageiros em todo o mundo, de acordo com a IATA, precisando que no início do ano uma companhia aérea dispunha de uma margem de dois meses de tesouraria.

Na semana passada, as companhias aéreas, muitas com a quase totalidade da frota em terra devido às restrições de circulação impostas devido à pandemia, já tinham lançado um apelo para uma ajuda urgente até 200 mil milhões de dólares (cerca de 185 mil milhões de euros).

A IATA, que reúne 290 companhias que representam 82% do tráfego mundial, pediu “apoio financeiro direto” para os transportadores de passageiros e de mercadorias para compensar o que não ganham e superar as dificuldades de tesouraria, mas também empréstimos e garantias da parte dos Governos e bancos centrais ou alívio nos impostos e nos encargos sociais.

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Coronavírus. Governo francês apela aos desempregados para irem trabalhar para o campo

  • Lusa
  • 24 Março 2020

"Façamos um ato cívico, vamos para o campo", sublinhou o ministro da Agricultura francês, apelando a que os desempregados escolham ir trabalhar para o campo.

O ministro da Agricultura francês apelou, esta terça-feira, aos desempregados franceses e às pessoas que se encontrem sem atividade devido às medidas de confinamento desencadeadas pela covid-19 para trabalharem no setor agrário, que tem atualmente 200.000 vagas de emprego.

“Façamos um ato cívico, vamos para o campo”, sublinhou hoje o ministro Didier Guillaume numa entrevista ao canal BFMTV, na qual destacou que o problema para os agricultores não é não poderem pagar aos trabalhadores, mas sim o facto de não haver mão-de-obra disponível, em parte porque muitos trabalhadores temporários são estrangeiros e estão nos seus países.

Por isso, afirmou que “os agricultores acolherão muito bem” quem responda a este apelo. A presidente do principal sindicato agrícola francês, FNSEA, Christiane Lambert, apresentou uma plataforma online batizada “Braços para o teu prato” para pôr em contacto os potenciais candidatos com os agricultores.

Numa conferência de imprensa através do Twitter, Lambert deu como exemplo a situação dos produtores de espargos do sul do país, que não os podem apanhar por falta de mão-de-obra.

Lambert também se queixou de que chegaram espargos e morangos procedentes de Espanha a preços baixos, que a grande distribuição está a pôr à venda em lugar de o fazer com produtos franceses, aos quais o comércio deveria dar prioridade.

O titular da pasta da Economia, Bruno Le Maire, juntou-se a este apelo e pediu aos grandes grupos de distribuição para se abastecerem com produtos franceses, especialmente depois da decisão do Governo de proibir os mercados ao ar livre.

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Números do coronavírus “têm adesão à realidade”. “Não há aqui nenhum equívoco”, diz Marcelo

O Presidente da República quis tranquilizar os portugueses e assegurou que os números que têm sido divulgados do coronavírus correspondem à realidade.

Muitas dúvidas se têm levantado relativamente aos números que as autoridades de saúde nacionais têm divulgado sobre os casos de coronavírus. Há quem acredite que a realidade é bastante mais preocupante. Contudo, o Presidente da República quis tranquilizar os portugueses e assegurou que os números que têm sido adiantados refletem a realidade.

“Preocupados estamos todos”, disse Marcelo Rebelo de Sousa numa conferência de imprensa, depois de ter estado cerca de três horas numa sessão com apresentações técnicas sobre o coronavírus, juntamente com órgãos do Governo e líderes partidários com representação parlamentar. “Os números têm adesão à realidade. Não há aqui nenhum equívoco de números”, afirmou, em declarações transmitidas pela RTP3.

Explicando que a opção das autoridades de saúde nacionais foi “testar [apenas] aqueles que apresentavam sintomas”, o Presidente sublinhou que “o número de casos positivos é, efetivamente, o número de testados positivos”, assim como os restantes números, desde internados, a internados nos cuidados intensivos e óbitos.

“Saio [desta sessão] menos preocupado porque estamos mais unidos”, disse, adiantando que “vai haver mais informação por parte dos especialistas”. “Estou menos preocupado porque vamos ter mais dados que nos permitem ir ajustando o tal momento em que entramos em estabilidade e descida”, notou.

Marcelo Rebelo de Sousa revelou que, a partir de agora, estas sessões técnicas acontecerão com uma “periodicidade razoável”. “Provavelmente teremos dentro de duas semanas, no final do mês, uma nova reunião para uma nova avaliação. A 2 de abril cessa a vigência do estado de emergência e coloca-se a questão da sua renovação. Depois haverá outras decisões que justificam esta periodicidade”.

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Rui Rio: “Retificativo? Terá de haver é um orçamento suplementar”

Rui Rio voltou a sinalizar que estará ao lado do Governo para aprovar não um orçamento retificativo mas um orçamento suplementar que terá de ser apresentado face à pandemia do novo vírus.

Rui Rio não tem grandes dúvidas de que o Governo vai ter de apresentar um orçamento para retificar o Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) que já foi aprovado e entrará em vigor já em abril. “Aqui nem é um retificativo, é um orçamento suplementar. Isso é óbvio que tem de haver”, disse o presidente do PSD.

“É um orçamento suplementar para aquele que vai entrar em vigor nos próximos dias. É evidente que vai ter de haver [um orçamento suplementar] na exata medida em que ninguém previa, quando ele [o OE2020] foi aprovado, aquilo que viria a acontecer e que é para as finanças públicas terrível“, adiantou Rui Rio em declarações aos jornalistas, isto depois de ter estado cerca de três horas numa sessão com apresentações técnicas sobre o coronavírus, juntamente com órgãos do Governo e outros líderes partidários com representação parlamentar.

Na mesma intervenção, o líder do PSD deixou sinais ao Governo de que não criará obstáculos à aprovação do orçamento suplementar.

“Quem pode contar com o PSD é Portugal. Portugal tem um governo democraticamente eleito e em exercício de funções. Temos de estar com quem, democraticamente no exercício das funções, compete governar e dirigir o país”, declarou Rui Rio.

“Estamos a ganhar ao vírus, mas à custa da economia”

Para o líder social-democrata, se a reunião desta terça-feira “foi boa do ponto de vista da saúde, porque se percebe inequivocamente o que há a fazer”, relativamente à economia as notícias não são tão positivas.

Isto porque “aquilo que é melhor para a saúde é pior para a economia”.

“Se achatamos a curva, como estamos a fazer, vamos prolongar [o surto] no tempo e vão falecer menos pessoas. Serão infetadas o mesmo número de pessoas, só que de uma forma mais moderada, em que nunca haverá falta de resposta da saúde”, explicou.

"O apelo que faço é que portugueses cumpram o que está determinado. Fiquem em casa porque estamos a ganhar à Covid. Neste momento estamos a ganhar ao vírus, mas estamos a ganhar à custa de dificuldades económicas enormes.”

Rui Rio

Presidente do PSD

Porém, prosseguiu mais tarde, “cada dia que passa, cada semana que passa, o problema económico que vamos ter lá à frente torna-se muito mais expressivo e muito mais grave“, acrescentou.

“É este o equilíbrio que o país vai ter de saber fazer” quando se decidir prolongar ou não o atual estado de emergência em que o país se encontra.

Foi neste contexto que Rui Rio deixou o apelo aos portugueses para que cumpram o que está determinado. “Fiquem em casa porque estamos a ganhar ao Covid-19”, disse. Mas sublinhou que “estamos a ganhar ao vírus (…) à custa de dificuldades económicas enormes”, disse.

Sendo “óbvio” que o atual estado de emergência terá de ser prolongado, o dirigente do PSD frisou a necessidade de reforçar “a defesa dos profissionais de saúde e a defesa aqueles que estão mais avançados na idade”, mas também de “ter uma política económica e medidas (…) em defesa das empresas e do tecido produtivo”.

(Notícia atualizada às 15h04)

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