ADSE. CGS quer prolongar cobertura para estudantes com 26 anos durante pandemia

O Conselho Geral e de Supervisão da ADSE discutiu um conjunto de medidas a aplicar durante a pandemia, que incluem a comparticipação dos testes de Covid-19 e dos equipamentos de proteção individual.

O Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da ADSE pediu para que seja estudado um alargamento do período de cobertura dos jovens de 26 anos, descendentes de beneficiários, que ainda estejam a estudar, durante a pandemia. Atualmente, apenas podem manter a qualidade de beneficiários familiares até aos 26 anos.

Para os jovens que fizeram anos depois da crise, foi solicitado ao Conselho Diretivo que se estude a opção de prorrogar a validade dos cartões de beneficiário, durante um período, que poderá rondar os três ou quatro meses, adianta José Abraão, representante da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) no CGS, ao ECO. O presidente do CGS, João Proença, diz estar convencido de que o Governo irá adotar esta medida em breve.

Para além desta medida, o conselho consultivo da ADSE decidiu também, numa reunião esta quinta-feira, pedir ao Conselho Diretivo que repensasse a decisão de limitar a comparticipação dos testes de Covid-19 para as grávidas e doentes oncológicos, bem como considerar a comparticipação dos equipamentos de proteção individual que possam ser cobrados nos prestadores de saúde.

O representante da Fesap teceu críticas ao Conselho Diretivo do subsistema, apontando que este não fornece a informação necessária ao CGS para este tomar decisões. “À margem do CGS foram enviadas para o Governo as tabelas” de preços, aponta José Abraão, referindo que o documento ainda não chegou às mãos do conselho consultivo.

Para além disso, estão ainda por resolver questões como o alargamento do subsistema aos trabalhadores da Função Pública com contrato individual, a realização de novas convenções, bem como de concursos para colmatar a falta de pessoal, e os atrasos nos reembolsos aos beneficiários, salienta.

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Galp põe Lisboa a ganhar 1%. Corticeira e Novabase brilham

Ações da Galp somaram quase 4% suportando os ganhos do índice lisboeta, mas com a Corticeira e a Novabase a serem as estrelas da sessão. Selaram ganhos de mais de 8% e de quase 6%, apoiadas nos lucros

A bolsa nacional encerrou a última sessão da semana da melhor forma. O PSI-20 valorizou 1%, figurando entre os melhores registos da Europa, apoiado na forte subida das ações da Galp Energia. Mas a Corticeira e a Novabase acabaram por ser as estrelas da sessão, com o mercado a reagir positivamente aos resultados apresentados na quinta-feira.

O PSI-20 ganhou 0,94%, para os 3.995,72 pontos, com apenas quatro cotadas no vermelho e a Jerónimo Martins a voltar a sobressair pela negativa. Já o índice Stoxx 600, referência para as ações europeias, somou 0,48%.

O disparo de 3,74%, para os 9,936 euros, das ações da Galp Energia foram o principal suporte do índice bolsista nacional. A petrolífera acompanhou a subida das cotações do “ouro negro” nos mercados internacionais.

O preço do barril de brent avançava 2,06%, para os 31,77 dólares, no mercado londrino. Já no outro lado do Atlântico, o crude somava 5,29%, para os 29 dólares, por barril.

Corticeira dispara mais de 8%

Apesar do impulso dado pela Galp Energia, a Corticeira Amorim acabou por ser o título que mais valorizou. As ações da empresa do setor da cortiça dispararam 8,48%, para os 8,95 euros. Outra das estrelas da sessão foi a Novabase, cujos títulos apreciaram 5,64%, para os 2,81 euros. Os investidores reagiram de forma positiva aos resultados relativos ao primeiro trimestre apresentados por ambas e que revelaram resistência ao coronovírus. A Corticeira Amorim viu os seus lucros aumentarem 7% para os 20 milhões de euros e a Novabase aumentou em 13% o volume de negócios, atingindo os 31,6 milhões de euros.

Nota positiva ainda para o BCP, que a poucos dias de apresentar o balanço das suas contas relativas aos três primeiros meses do ano, viu as suas ações somarem 1,99%, para os 8,71 cêntimos. Recuperou face aos mínimos históricos sinalizados nas últimas sessões.

Em sentido oposto, destaque negativo para a Jerónimo Martins, cujas ações foram as mais penalizadas na praça lisboeta. Perderam 2%, para os 13,71 euros, prolongando o tombo de 11% da sessão anterior, com os investidores ainda a reagirem de forma negativa à quebra dos lucros da retalhista no primeiro trimestre e à decisão de cortar em quase 40% o valor do dividendo a distribuir pelos acionistas.

(Notícia atualizada às 17h09)

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Ministro da Saúde do Brasil pede demissão. Estava no cargo há menos de um mês

  • Lusa
  • 15 Maio 2020

Nelson Teich assumiu o cargo de ministro da Saúde do Brasil há menos de um mês. Esta sexta-feira, pediu demissão.

O ministro da Saúde do Brasil, Nelson Teich, pediu a demissão esta sexta-feira de manhã, informou à Lusa a assessoria de comunicação do ministério. Estava há menos de um mês nesse cargo.

Teich havia assumido o cargo em 17 de abril, após a demissão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que discordava do Presidente do país, Jair Bolsonaro, na condução das medidas de combate ao novo coronavírus.

No Brasil há o registo de 202.918 casos e 13.993 mortes provocadas pela covid-19. A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 302 mil mortos e infetou mais de 4,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

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Joaquim Sarmento: “Não me chocaria Centeno ser governador do Banco de Portugal daqui a 5 ou 10 anos”

O ministro das Finanças "sombra" do PSD considera que uma passagem direta do Ministério das Finanças para o Banco de Portugal "é muito difícil de conceber".

O PSD vê “com muitas reservas” o nome de Mário Centeno para governador do Banco de Portugal, uma hipótese que continua a não ser afastada a 100% pelo próprio ou pelo primeiro-ministro. A decisão cabe ao Governo, mas Joaquim Miranda Sarmento, presidente do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD, diz ao ECO que “é muito difícil de conceber” essa passagem direta, admitindo, no entanto, que Centeno possa assumir esse cargo mais tarde.

Há três razões que levam o ministro das Finanças “sombra” do PSD a rejeitar uma ida direta, em julho, do atual ministro das Finanças para o cargo de governador do Banco de Portugal. A primeira passa pela independência do banco central face ao poder político, “um pilar fundamental da credibilidade da política monetária”, classifica.

Não consigo compreender como é que se pode ser ministro das Finanças na sexta-feira e na segunda-feira ser governador do Banco de Portugal“, aponta, relembrando que Centeno tomou decisões no Governo em áreas onde o BdP atua de forma direta como é o caso da supervisão bancária, com a recapitalização da CGD e a venda do Novo Banco, assim como a proposta de alteração do Ministério das Finanças sobre a regulação do setor financeira e que envolvia os estatutos do BdP, a qual acabou por não avançar na legislatura passada.

Em segundo lugar, o economista considera que a saída neste momento não é o ideal: “O ministro das Finanças, que é a estrela, vai sair quando a equipa está a precisar mais dele“, crítica, referindo que se avizinha o OE 2021, um “Orçamento muito difícil”. Acresce que Centeno foi eleito deputado pelo que “o natural” é que regresse à Assembleia da República.

Contudo, Joaquim Miranda Sarmento admite que estes motivos dissipam-se com o tempo, reconhecendo no economista Mário Centeno as capacidades para ser governador: “Não me chocaria Centeno ser governador do Banco de Portugal daqui a 5 ou 10 anos”. E vai mais longe, afirmando que “o nome de Mário Centeno, se não fosse ministro das Finanças, teria todas as condições para ser governador do Banco de Portugal“.

A posição do PSD ainda não era clara uma vez que, em fevereiro, Rui Rio não se comprometeu: “Não veto à partida, pode haver melhores candidatos, deixe que o Governo na devida altura faça o que entender”, disse o presidente do PSD. Para já, Sarmento compromete-se a “ouvir os argumentos” caso a hipótese se coloque, mas antecipa que há “vários argumentos contra” e que ainda não ouviu “nenhum a favor”. “A avaliação final será feita, mas é muito difícil de conceber“, prevê.

Questionado sobre o antecedente de Miguel Beleza, Joaquim Miranda Sarmento argumenta que este “não serve de exemplo”, uma vez que em 1991 o enquadramento era diferente, desde logo porque “não existia o euro nem o sistema europeu de bancos centrais”. Além disso, o economista refere que Beleza, que fez parte do primeiro Governo de Cavaco Silva, não foi nomeado pelo mesmo Governo (como aconteceria no caso de Centeno) — apesar de ter sido pelo mesmo primeiro-ministro — mas sim pelo ministro das Finanças Jorge Braga de Macedo no segundo Governo de Cavaco.

Centeno fica com um “problema de relacionamento político” com Costa

Joaquim Miranda Sarmento assume que não sabe quem tem razão na polémica à volta do Novo Banco, mas considera que o ministro das Finanças “desautorizou” o primeiro-ministro e chamou-o de “irresponsável”. “Penso que fica com um problema de relacionamento político e institucional” entre Mário Centeno e António Costa.

Assim, acompanha as declarações de Rui Rio de que Centeno “não tem condições” para continuar à frente do Ministério das Finanças, compreendendo uma saída por “incompatibilidade política”.

Contudo, “se conseguiram resolver esse problema”, diz, referindo-se à reunião de quarta-feira à noite entre Centeno e Costa em São Bento que culminou num comunicado e fotografias de união, “que sentido faz o ministro sair?”. “Não faz sentido no meio da turbulência não sair por razões políticas mas por ter um lugar simpático” à sua espera, considera.

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Portugal vai emitir até 1.750 milhões em dívida de curto prazo

A agência liderada por Cristina Casalinho anunciou que vai realizar, na próxima quarta-feira, um leilão duplo de bilhetes do Tesouro.

Portugal vai voltar ao mercado de dívida pública na próxima semana, para emitir títulos de curto prazo. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP anunciou que vai realizar um leilão duplo de bilhetes do Tesouro (BT) a seis e 12 meses.

“O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 20 de maio, pelas 10h30, dois leilões das linhas de BT com maturidades em 20 de novembro de 2020 e 21 de maio de 2021, com um montante indicativo global entre 1.500 milhões e 1.750 milhões de euros“, anunciou a agência liderada por Cristina Casalinho, em comunicado

A emissão vai acontecer numa altura de subida nos juros da dívida causada pelo impacto da pandemia de Covid-19 na economia mundial. Após quatro anos a financiar-se a curto prazo com juros negativos, Portugal voltou a pagar para emitir BT, enquanto os juros das obrigações têm sofrido um agravamento.

A última vez que o país se financiou com estas maturidades foi a 18 de março, ainda com juros negativos. Na altura, Portugal colocou 405 milhões de euros com maturidade a 12 meses, tendo pago uma taxa de juro de -0,101% e uma procura 1,26 vezes superior à oferta. Já no caso dos títulos a seis meses, o IGCP emitiu na mesma data 595 milhões com uma yield de -0,089% e uma procura 1,13 vezes acima da oferta.

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Covid-19: Linhas de crédito do Mecanismo Europeu Estabilidade já operacionais

  • Lusa
  • 15 Maio 2020

As linhas de crédito do MEE criadas especificamente para apoiar os Estados-membros no quadro da pandemia de covid-19 foram formalmente aprovadas esta sexta-feira por aquele organismo.

As linhas de crédito do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) criadas especificamente para apoiar os Estados-membros no quadro da pandemia da covid-19 estão já operacionais, após formalmente aprovadas esta sexta-feira pelo Conselho de Governadores da instituição.

“A primeira das nossas três redes de segurança de emergência para a economia está operacional. O «Apoio à Crise Pandémica» do MEE está agora disponível para todos os países da Zona Euro”, anunciou na sua conta na rede social Twitter o ministro Mário Centeno, que acumula a presidência do Conselho de Governadores do fundo de resgate permanente da Zona Euro com a presidência do Eurogrupo, hoje reunido por videoconferência.

Citado num comunicado divulgado pelo MEE, instituição com sede no Luxemburgo, Centeno sublinha que, “ao longo dos próximos dois anos e meio, o MEE terá 240 mil milhões de euros disponíveis para ajudar os seus membros a combater a crise da pandemia”.

“Em virtude da pandemia e da recessão económica sem precedentes, os Governos aumentaram as despesas para fazer face às suas necessidades urgentes em matéria de cuidados de saúde. Em consequência, todos os 19 membros do MEE terão défices orçamentais muito elevados este ano. Com o Apoio à Crise Pandémica do MEE, os membros podem financiar uma parte dessas necessidades de uma forma segura, com taxas de juro muito baixas”, salientou, por seu turno, o diretor do Mecanismo, Klaus Regling.

Depois do acordo alcançado em 9 de abril passado sobre um pacote de três “redes de segurança” para Estados, empresas e trabalhadores, num montante global de 540 mil milhões de euros, o Eurogrupo definiu na passada reunião de 8 de maio as características exatas da primeira, o Apoio à Crise Pandémica do MEE, através das quais os países da zona euro podem requerer até 2% do respetivo PIB para despesas direta ou indiretamente relacionadas com cuidados de saúde, tratamentos e prevenção da covid-19, sendo essa a única condição imposta para recorrer a estas linhas cautelares.

“Deixem-me sublinhar isto: não há outros requerimentos associados ao uso do instrumento”, afirmou o presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, na conferência de imprensa após a reunião.

Além da questão da condicionalidade, Centeno sublinhou que, a nível de elegibilidade, também foi confirmado que “todos os membros do MEE preenchem os critérios de acessibilidade” face à natureza da atual crise e o seu impacto nos Estados-membros, confirmado pelas previsões económicas da primavera da Comissão Europeia – que antecipam uma contração recorde de 7,7% do PIB na zona euro este ano –, e destacou igualmente que a monitorização e vigilância serão “proporcionais” ao “desafio particular” da atual crise.

“Estamos por isso longe do estilo de monitorização da crise da dívida soberana”, enfatizou Mário Centeno.

O Governo português já indicou, todavia, que Portugal não conta recorrer a este instrumento, dadas as condições “bastante favoráveis” de acesso aos mercados.

“As linhas cautelares destinam-se a situações em que os países enfrentam nos mercados dificuldades de financiamento e, Portugal, em virtude daquele que foi o ajustamento que fez nos últimos anos […] tem, neste momento, condições de acesso ao mercado regulares e até bastante favoráveis e, portanto, neste momento, não se afigura que o recurso a uma linha de crédito faça sentido”, afirmou também no passado dia 8 o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix.

Ainda assim, o governante destacou que, “como qualquer instrumento de seguro, a sua existência é praticamente também uma forma de evitar a sua utilização, na medida em que dá confiança aos mercados de que os países têm acesso a financiamento”.

As outras duas “redes de segurança” de emergência acordadas pelo Eurogrupo são o programa ‘Sure’ – um instrumento temporário que providenciará até 100 mil milhões de euros em empréstimos em condições favoráveis aos Estados-membros, para os ajudar a financiar aumentos súbitos e avultados da despesa pública relacionada com medidas de combate ao desemprego, como regimes nacionais de redução do tempo de trabalho –, que hoje mesmo recebeu o aval do Conselho da UE, e um fundo de garantia pan-europeu do Banco Europeu de Investimento (BEI) até 200 mil milhões de euros para empresas em dificuldades, em particular Pequenas e Médias Empresas.

No mais recente Conselho Europeu, celebrado em 23 de abril por videoconferência, os chefes de Estado e de Governo aprovaram o pacote de emergência acordado pelo Eurogrupo num montante global de 540 mil milhões de euros, e solicitaram que todos os instrumentos estivessem operacionais até 1 de junho.

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Uma pessoa por 20 metros quadrados e fim dos intervalos. Como vão ser os espetáculos?

  • ECO
  • 15 Maio 2020

O Ministério da Cultura preparou regras para espetáculos ao ar livre e em recinto fechado. Vai passar a existir lotação máxima, as máscaras serão opcionais e acabam os intervalos.

Depois de o Parlamento ter aprovado o cancelamento dos festivais até ao final de setembro (com exceções), o Ministério da Cultura enviou aos promotores de espetáculos e companhias de teatro e dança um conjunto de regras que devem ser cumpridas, avança a Blitz (acesso livre). Seja ao ar livre ou em recintos fechados, está previsto o limite máximo de pessoas por área, espaçamento entre lugares e a proibição de lugares em pés.

Está decidido que, até 30 de setembro, não se podem realizar festivais nem “espetáculos de natureza análoga”, com o objetivo de evitar a transmissão de coronavírus. Mas, tal como disse a ministra da Cultura esta quinta-feira no Parlamento, há exceções. Essas exceções foram confirmadas num documento enviado pelo Ministério de Graça Fonseca aos promotores, que se devem pronunciar sobre estas medidas até dia 18 de maio.

Seja em recinto aberto ou fechado, há regras que os promotores devem aplicar, independentemente das circunstâncias. As bilheteiras e a zona do bar devem estar protegidas com barreiras de acrílico ou vidro, enquanto a entrada nos recintos terá de ser controlada e sujeita à apresentação de bilhete (mesmo que o espetáculo seja gratuito). O período de entradas e saídas deve ser alargado para facilitar o distanciamento social e os pagamentos com cartão multibanco devem ser privilegiados.

Em termos de segurança e higiene, cada recinto tem de ter um plano de contingência e estruturas para a lavagem de mãos com água e sabão líquido e/ou com solução antissética de base alcoólica, toalhetes de papel e contentores de lixo com abertura por pedal. As casas de banho deverão ser controladas com vigilância à porta para evitar que se ultrapasse a lotação máxima e será obrigatório limpar e desinfetar regularmente as instalações antes do espetáculo e imediatamente após o seu fim, bem como as superfícies mais utilizadas, como cadeiras, mesas ou bancadas.

No que diz respeito às equipas artísticas, cada promotor deve decidir se faz, ou não, um teste de rastreio antes do espetáculo. Mas será obrigatório controlar a medida corporal de cada um dos membros. Já os funcionários dos recintos — incluindo os de montagem/desmontagem — deverão usar máscara, viseira, luvas descartáveis e gel desinfetante, cumprindo todas as regras de segurança e higiene.

Assim, de acordo com o documento a que a Blitz teve acesso, nos espetáculos ao ar livre estão previstas as seguintes medidas:

  • Apenas poderá haver uma pessoa por cada 20 metros quadrados;
  • Os lugares devem estar previamente identificados com cadeiras ou marcação no chão;
  • A distância entre a frente do palco e a primeira fila terá de ser — seja em recinto ao ar livre ou fechado — pelo menos dois metros.

Por sua vez, nos espetáculos em recinto fechado aplicam-se as seguintes regras:

  • À entrada da sala os espetadores têm de usar máscara (se não tiverem, a organização deve fornecer uma), mas podem optar por usá-la, ou não, durante o espetáculo;
  • Distância mínima de dois metros entre espetadores — exceto se viverem juntos –, devendo ser cumpridas as medidas de higiene e etiqueta respiratória;
  • Nos espetáculos em teatros, para além das regras anteriormente referidas, deve ser verificada a necessidade de remover ou reposicionar mobiliário para que os espetadores possam movimentar-se com a devida distância social;
  • Sempre que possível, as portas devem ser mantidas abertas para evitar os toques;
  • Só pode haver bilhetes para lugares sentados e têm de estar previamente identificados;
  • Os lugares ocupados devem ter uma fila de intervalo e no mínimo dois lugares de intervalo entre espetadores que vivam juntos ou três lugares de intervalo entre desconhecidos. Na fila seguinte, os lugares ocupados devem ser desencontrados;
  • As duas primeiras filas junto ao palco devem ficar vazias;
  • Os camarotes devem ser ocupados apenas por pessoas da mesma família ou que vivam juntas. Já os lugares das galerias só poderão ser utilizados com lugares sentados e garantindo a mesma distância de segurança aplicada aos restantes lugares da sala;
  • Os intervalos dos espetáculos são desaconselhados para evitar a movimentação das pessoas dentro da sala.

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PSD admite não viabilizar Orçamento retificativo se for para grandes obras públicas

Os social-democratas não querem que o Orçamento retificativo seja utilizado pelo Governo para ir além dos impactos da pandemia. Se for para grandes obras públicas, o PSD não viabiliza.

O presidente do PSD, Rui Rio, já assumiu que quer viabilizar o Orçamento suplementar que o Governo vai apresentar à Assembleia da República. Mas também alertou que não passará um cheque em branco. Desde logo, o PSD opõe-se que este suplemento ao OE2020 seja utilizado para fazer grandes obras públicas, explica Joaquim Miranda Sarmento, presidente do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD, ao ECO.

Os social-democratas estão disponíveis para viabilizar o Orçamento suplementar se for para incorporar os impactos da pandemia, ou seja, “muito mais despesa e muito menos receita”, resume Joaquim Miranda Sarmento, assinalando que esta é uma “consequência legislativa da crise” e “não é uma opção de política”. “É inevitável” aumentar os tectos de despesa e as necessidades de financiamento do Estado por causa do vírus, assume, e, por isso, “à partida”, isso terá o voto favorável do PSD.

Coisa diferente é se o Governo quiser ir mais além, nomeadamente na área do investimento público que tem estado na retórica do Governo nas últimas semanas, o que não deverá ser acompanhado pelo maior partido da oposição. Tanto Mário Centeno como Pedro Siza Vieira, Pedro Nuno Santos ou Nelson de Souza, com mais ou menos intensidade, disseram que o investimento público será uma das ferramentas principais que o Governo usará para combater a crise epidémica.

Se for para fazer mais quilómetros de autoestrada ou ressuscitar o TGV, isto é, para grandes obras públicas, provavelmente não estaremos disponíveis“, baliza o ministro das Finanças “sombra” do PSD, assinalando que, porém, é favorável se o investimento for para preparar o SNS para uma segunda vaga. Já o Orçamento de 2021 é uma coisa completamente diferente, aí haverá decisões políticas. O nosso apoio é para o suplementar”, esclarece.

O PSD considera que faz sentido “algum” investimento público, nomeadamente em tecnologia e na saúde. No caso das “infraestruturas pesadas”, Miranda Sarmento é favorável à expansão dos transportes públicos, nomeadamente do metropolitano, mas contra uma possível terceira travessia sobre o Tejo ou um aeroporto em Alcochete. “Seria um perfeito disparate” optar por este tipo de obra pública para estimular a economia, conclui.

Neste momento, o Governo aguarda mais informação da resposta europeia para concluir o desenho do Orçamento suplementar. Ainda não é claro qual será a dimensão do apoio da União Europeia, mas a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, já disse que a sua intenção, pelo menos na proposta da Comissão (que terá de ser aceite pelos Estados-membros), é que parte da ajuda do fundo de recuperação chegue ainda em 2020. A concretizar-se, tal poderá moldar também as intenções do Governo. Neste momento, o OE2020 prevê 4.992 milhões de euros de investimento público, mais mil milhões de euros do que o executado em 2019.

Em março, o presidente do PSD assumiu que queria viabilizar o Orçamento suplementar, mas avisou que não iria aceitar “tudo e mais alguma coisa”. “Não vou passar um cheque em branco [ao Governo]. Apesar de toda esta solidariedade, não vou passar cheques em branco ao Governo“, disse Rui Rio, no final de março, em entrevista à RTP, assinalando que é preciso “manter o rigor” na gestão do dinheiro dos contribuintes. “Quero que o Governo apresente um Orçamento suplementar que seja viabilizável”, concluiu.

“Centeno não quer que alguém lhe diga que errou nas estimativas”

Apesar de reconhecer o nível elevado de incerteza que existe, Joaquim Miranda Sarmento partilha da crítica feita pelos vários partidos, à exceção do PS, e pela UTAO e o Conselho das Finanças Públicas (CFP) sobre a ausência de previsões no Programa de Estabilidade 2020.

Para o ministro das Finanças “sombra” do PSD, seria melhor ter um intervalo de previsão, mesmo que venha a ser revisto. “Neste momento todas as estimativas vão errar”, antecipa. E dá o exemplo dos outros países da Zona Euro que “tiveram coragem de avançar com previsões, mesmo que se venham a revelar bastante erradas“, argumentando que é importante saber o que se estima a cada momento numa crise destas.

Para o economista, estes números são importantes para os agentes económicos tomarem decisões. E admite mesmo que o Ministério das Finanças tenha previsões — “não quero acreditar que as medidas políticas não tenham subjacentes um cenário macro“, assinala –, mas que não as revele por estratégia política do ministro. “Centeno não quer que alguém lhe diga que errou nas estimativas”, conclui.

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Mafalda Contumélias Batista reforça equipa da firma Raposo Bernardo & Associados

A sociedade de advogados Raposo Bernardo & Associados reforçou a equipa de seguros, concorrência e contencioso com a integração de Mafalda Contumélias Batista, como associada sénior.

A sociedade de advogados Raposo Bernardo & Associados integrou recentemente a advogada Mafalda Contumélias Batista, enquanto associada sénior. O novo reforço da firma transita da ABC Legal – Alexandra Bessone Cardoso & Associados.

Mafalda Contumélias Batista centra a sua prática em seguros, contencioso e concorrência, áreas que vai reforçar na sociedade de advogados Raposo Bernardo & Associados. A advogada tem vindo a representar várias empresas líderes de mercado, tanto nacionais como multinacionais.

“É com enorme satisfação que anunciamos aos nossos clientes e ao mercado a integração da Mafalda na nossa sociedade, o que, apesar dos tempos difíceis que o mundo atravessa, demonstra o nosso firme compromisso com uma estratégia de reforço da qualidade dos serviços que prestamos aos nossos clientes, através do mérito e do talento de excelentes profissionais”, nota Nelson Raposo Bernardo, managing partner da firma.

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Trump trava fornecimentos à Huawei. Wall Street cede às tensões comerciais e cai 1%

Tensões comerciais entre EUA e China voltam a condicionar as negociações nas bolsas norte-americanas. Os índices caem 1% com decisão de Trump que castiga a chinesa Huawei.

As bolsas norte-americanas estão novamente sobre pressão. Os índices caem mais de 1% perante uma súbita escalada nas tensões comerciais entre EUA e China.

Os investidores voltaram a vender ações face à notícia de que a Administração Trump travou o fornecimento de componentes à gigante chinesa Huawei, um sinal de deterioração das relações entre as duas maiores economias do mundo, que se soma à incerteza e ao impacto económico do novo coronavírus.

O S&P 500 perde 1%, à semelhança do industrial Dow Jones, que também cai 1%, e do tecnológico Nasdaq. Este, contudo, continua ainda assim em território positivo desde o início do ano, com um avanço de cerca de 14%.

Apesar das garantias dadas recentemente pela China, que sinalizou que o acordo comercial de “fase 1” alcançado no fim do ano passado é mesmo para cumprir, o Departamento do Comércio dos EUA anunciou esta sexta-feira uma medida que vai impedir “certas empresas norte-americanas de software e tecnologia” de fornecerem a Huawei.

A resposta não deverá fazer-se esperar. Segundo a imprensa chinesa, o regime de Xi Jinping está já a preparar uma retaliação, inscrevendo diversas empresas dos EUA numa “lista de entidades não confiáveis”. Entre elas estão a Apple, a Cisco e a Qualcomm.

Face a este imbróglio, as ações da Apple perdem 2,11%, para 303,21 dólares. Os títulos da Qualcomm derrapam 4,59%, para 76,19 dólares, enquanto a Cisco permanece pouco alterada, com um recuo de 0,05%.

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Tráfego aéreo afundou 94%. Só houve 4.018 voos em abril

Depois de uma quebra de 36% do tráfego aéreo em março, o impacto do coronavírus foi ainda maior em abril. No quarto mês do ano foram geridos apenas 4.018 voos pela NAV Portugal.

Os impactos do coronavírus na aviação já se traduzem em números. Em abril, a NAV Portugal geriu apenas 4.018 voos, o que mostra uma quebra de 94,2% face ao mesmo mês do ano passado.

Depois de uma quebra de 36% do tráfego aéreo em março, em abril os números foram ainda pior. No quarto mês do ano, a NAV Portugal geriu apenas 4.018 voos, “o que confirma o forte impacto das medidas de contenção da pandemia Covid-19”, diz a empresa, em comunicado. Ainda assim, este resultado não surpreendeu, uma vez que a controladora aérea já tinha prevista uma “queda abrupta em abril”.

Este ano os impactos provocados pela crise estão a ser significativos e apenas janeiro e fevereiro conseguiram manter-se em linha com os dados do ano passado, refere a NAV. Assim, no acumulado dos primeiros quatro meses do ano, a empresa geriu 165.600 movimentos, contra os 253.700 observados no ano passado e os 246.000 registados em 2018.

“Estes valores são ainda mais reduzidos que as previsões mais pessimistas traçadas pela NAV Portugal aquando do desenho do orçamento para 2020, quando se estimava que no pior dos cenários se chegaria a abril com um mínimo de 182,7 mil voos controlados”, refere o comunicado.

Sobre o futuro, e apesar dos anúncios de retoma de algumas ligações aéreas já este mês, a NAV diz que “ainda é difícil antever algum regresso à normalidade na evolução do tráfego aéreo” e, por isso, acredita que os números deverão continuar em “queda significativa nos próximos meses”.

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Sporting prolonga lay-off por mais 30 dias

  • Lusa
  • 15 Maio 2020

Foram feitos alguns ajustes pontuais relativamente ao pedido inicial, mas 95% dos funcionários do clube vão continuar em lay-off.

O Sporting solicitou o prolongamento por mais 30 dias do lay-off que afetava 95% dos funcionários desde abril, em consequência da suspensão das atividades desportivas devido à pandemia de Covid-19, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

O prolongamento destas medidas extraordinárias, que suspenderam o trabalho de alguns colaboradores e levaram à redução do tempo de serviço e do salário de outros, foi comunicado aos profissionais do clube na quinta-feira, afirmou a mesma fonte, acrescentando que foram feitos alguns ajustes pontuais relativamente ao pedido inicial.

Em 16 de abril, a SAD do Sporting comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o recurso ao lay-off de 95% dos trabalhadores do “universo ‘leonino'”, então com o objetivo de reduzir os custos com o pessoal em 40% durante a pandemia.

Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.

Os campeonatos de futebol de França e dos Países Baixos foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede na Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 04 de junho.

O recurso ao lay-off do clube “verde e branco” seguiu-se ao acordo com os futebolistas para uma redução salarial de 40% nos meses de abril, maio e junho e ao “corte” para metade dos vencimentos dos administradores da SAD ‘leonina’, também durante estes três meses.

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