Crianças portuguesas já podem candidatar-se para ilustrar novo livro de J. K. Rowling

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

A partir de hoje, as crianças portugueses podem candidatar-se para verem as suas ilustrações incluídas no novo livro de J. K. Rowling, que sai em Portugal em novembro.

O novo livro infantil da autora da saga de Harry Potter, J. K. Rowling, intitulado “O Ickabog”, chega a Portugal em novembro e incluirá os desenhos das crianças que vencerem um concurso de ilustração lançado esta terça-feira para esse efeito.

“O Ickabog” é um original infantojuvenil de J. K. Rowling escrito há mais de dez anos e que foi publicado online em maio para ajudar a entreter crianças, pais e cuidadores confinados em casa durante a pandemia. A Editorial Presença, que edita a obra da autora em Portugal, anunciou hoje que a versão impressa chega às livrarias portuguesas em novembro e traz “uma grande novidade”.

Trata-se de “um desafio inédito lançado por J. K. Rowling, em todo o mundo”: um convite às crianças para participar num concurso de ilustração, através do envio de um desenho, para ganharem a oportunidade de terem a sua ilustração na edição impressa dos respetivos países. Em Portugal, o concurso de ilustração abre hoje e pode ser consultado no site português oficial, em www.presenca.pt/ickabogconcurso.

“O Ickabog” é um conto de fadas que J. K. Rowling escreveu para ler aos seus filhos mais novos quando os ia deitar. Escrita para ser lida em voz alta, a história passa-se numa terra imaginária e é uma história autónoma, sem relação com outros trabalhos da autora, não estando assim relacionada com o universo Harry Potter, mas contendo temas frequentemente explorados na escrita de J. K. Rowling.

Conta a história do reino de Cornucópia, governado pelo Rei Fred, o Destemido, que aproveita o Dia da Petição para agradar a todos os súbditos que o procuraram com os seus pedidos. O último a chegar, um pastor das Terras Pantanosas, queixa-se do temível monstro Ickabog, uma personagem dos contos infantis usada para aterrorizar as crianças do reino caso não se portassem bem, mas o rei decide levar a sério a história do pastor e partir com o exército para as Terras Pantanosas, no extremo norte do reino, com o intuito de caçar o monstro.

“O Ickabog” será publicado gratuitamente no site português, de forma parcelar, durante as próximas sete semanas. Diariamente, quando forem lançados novos capítulos, a Presença divulgará também sugestões de temas que as crianças poderão desenhar, a partir da leitura dos capítulos.

Os novos capítulos da história vão estar disponíveis na página de Internet da editora todos os dias úteis de 18 de agosto até 2 de outubro de 2020, altura em que a história acaba. O concurso, destinado a crianças dos 7 aos 12 anos, termina a 9 de outubro e serão selecionados 34 vencedores, cujos desenhos serão publicados na edição impressa do livro.

Cada vencedor do concurso de ilustração receberá ainda um prémio. Os direitos de autor da venda desde livro será destinado a projetos de auxílio a grupos particularmente afetados pela pandemia, no Reino Unido e internacionalmente, anunciou a escritora.

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China acusa EUA de prejudicar comércio mundial com sanções à Huawei

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

A China acusou Washington de prejudicar o comércio mundial com sanções que ameaçam paralisar a gigante de tecnologia Huawei.

A China acusou esta terça-feira Washington de prejudicar o comércio mundial com sanções que ameaçam paralisar a gigante de tecnologia Huawei, tendo garantido que irá proteger as empresas chinesas embora não tenha avançado com quaisquer retaliações.

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira que vai endurecer as sanções contra a chinesa Huawei e as suas 38 subsidiárias para impedir que tenham acesso a tecnologias norte-americanas para produzir ‘chips’ de processador e outros componentes dos telemóveis.

A administração dos Estados Unidos acusou a Huawei de usar as suas subsidiárias internacionais para contornar as sanções, referindo que o grupo representa um risco de segurança para o país devido aos seus laços com o Governo chinês, o que a Huawei nega. Os Estados Unidos estão “a violar as regras do comércio internacional e a minar a cadeia industrial global, a cadeia de fornecimentos e a cadeia de valores”, acusou o Governo chinês através do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Zhao Lijian.

Pequim “tomará as medidas necessárias para salvaguardar os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”, disse Zhao, sem adiantar que ações serão adotadas. A Huawei escusou-se a comentar a decisão dos EUA.

O presidente de unidade de consumo da empresa, Richard Yu, admitiu este mês que a Huawei está a ficar sem ‘chips’ de processador para os seus ‘smartphones’. A Huawei projeta seus próprios ‘chips’, mas os mais avançados, a série Kirin, será interrompida em 15 de setembro porque a empresa depende de fabricantes externos que usam tecnologia norte-americana, anunciou Richard Zu.

A Huawei removeu vários componentes produzidos pelos Estados Unidos dos seus principais produtos quando o Presidente, Donald Trump, resolveu impor algumas sanções que impediam o acesso à tecnologia norte-americana. As sanções anunciadas na segunda-feira visam alargar o controlo a componentes asiáticos e europeus desde que o processo de fabrico use tecnologia dos Estados Unidos, o que é comum.

As sanções anteriores já tinham impedido a Huawei de carregar músicas populares e outros serviços do Google nos seus ‘smartphones’, prejudicando a sua capacidade de competir em mercados fora da China.

A Huawei ultrapassou, no segundo trimestre deste ano, a Samsung e a Apple e tornou-se a marca de ‘smartphones’ mais vendida do mundo, graças a um forte aumento das vendas no populoso mercado da China, de acordo com a analista de mercados Canalys. As vendas no estrangeiro caíram 27% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, durante o mesmo período, a Huawei vendeu mais 8% na China, onde já controla mais de 70% do mercado de ‘smartphones’.

Fundada em 1987 por um ex-engenheiro militar, a Huawei nega as acusações de ajudar a espionagem chinesa, enquanto as autoridades chinesas acusam Washington de usar a segurança nacional como desculpa para impedir o sucesso de um concorrente da indústria de tecnologia. “Quanto mais exagerados são os obstáculos criados pelos Estados Unidos à Huawei e a outras empresas chinesas, mais se prova o sucesso dessas empresas e a hipocrisia e arrogância dos Estados Unidos”, defendeu Zhao Lijian.

“Pedimos aos Estados Unidos que corrijam imediatamente os seus erros, parem de caluniar a China e parem de abolir as empresas chinesas”, apelou, acrescentando que “o Governo chinês continuará a tomar as medidas necessárias para salvaguardar os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”. O conflito entre a China e os Estados Unidos tem aumentado desde que os dois países assinaram um acordo comercial histórico, em janeiro, para acalmar as relações.

“A China fez-nos coisas terríveis. Eles [responsáveis chineses] poderiam ter parado. Travaram essa doença, que eu chamo vírus chinês. Impediram que se propagasse na China, mas não nos Estados Unidos e no resto do mundo”, afirmou na segunda-feira Donald Trump, referindo-se, numa entrevista dada à Fox News, à Huawei como “espiões”.

A administração Trump tem também pressionado os seus aliados para banirem os equipamentos da Huawei, acusando o grupo de partilhar dados com os serviços secretos do regime chinês e de colocar a sua tecnologia ao serviço da vigilância dos dissidentes e da repressão de um milhão de uigures. O Reino Unido já proibiu a compra de novos equipamentos Huawei a partir de 31 de dezembro.

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Costa: “Não vale a pena pedir demissão da ministra. Está a fazer um excelente trabalho”

Costa diz que Ana Mendes Godinho instaurou um inquérito ao caso do lar de Reguengos logo no dia 12 de julho e comunicou ao Ministério Público no dia 16.

Reagindo à polémica sobre o caso do lar de Reguengos de Monsaraz, o primeiro-ministro defende a ministra do Trabalho, apontando que Ana Mendes Godinho instaurou um inquérito ao lar logo no dia 12 de julho e comunicou ao Ministério Público no dia 16 desse mês. “Não nos devemos distrair do essencial nem estar com polémicas artificiais”, reiterou António Costa.

O primeiro-ministro defende ainda que “não vale a pena pedir demissão da ministra”, respondendo aos pedidos de demissão de alguns partidos da direita, após uma reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional, em declarações transmitidas pelas televisões. “Tem toda a minha confiança, está a fazer um excelente trabalho”, garantiu Costa.

“Numa fase de crise como a que estamos a viver, do ponto de vista sanitário, económico e social, com tanta gente a sofrer com receio de perder emprego, pessoas que têm menos procura do que tinham dos serviços que prestam, temos de ter respeito pelos cidadãos e não alimentar polémicas”, acrescentou ainda o primeiro-ministro.

A polémica surgiu este fim de semana, depois de, numa entrevista ao Expresso, Ana Mendes Godinho ter admitido que não leu o relatório da Ordem dos Médicos sobre o caso do lar em Reguengos. Entretanto, esta terça-feira, a ministra garantiu já ter lido todos os relatórios sobre o caso em particular.

Surgiram também críticas de que a ministra estava a desvalorizar a situação nos lares, por ter dito, na mesma entrevista, que a “dimensão dos surtos não é demasiado grande em termos de proporção”, referindo que são 3% do total dos lares e 0,5% das pessoas internadas em lares que estão afetadas pela doença. Costa defende que “não houve das palavras da ministra nenhuma tentativa de desvalorização da gravidade”.

(Notícia atualizada às 13h15)

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Galp testa serviço de “power banks” para carros elétricos no Algarve

A Galp lançou no Algarve um projeto piloto de "carregamento portátil" de baterias dos carros elétricos. É gratuito nesta fase, por 15 minutos, o suficiente para 35 quilómetros extra de autonomia.

A Galp está a testar o “carregamento portátil” de automóveis no Algarve.Galp Energia

Ficar sem bateria no telemóvel é uma fobia que afeta muita gente, mas é provável que ficar sem bateria no carro elétrico cause um transtorno bem maior. Quando acontece, chamar um reboque será o mais sensato… a não ser que esteja no Algarve, onde a Galp está a testar um novo serviço de carregamento portátil de elétricos, quase à semelhança das power banks.

A empresa aposta num “conceito pioneiro de carregamento portátil de veículos elétricos”, que permite aos clientes “requisitar o serviço em local e hora da sua conveniência”. A ideia já está em fase piloto na região sul do país, durante o qual “os carregamentos serão gratuitos e terão a duração de 15 minutos cada, o que permitirá uma autonomia de até 35 quilómetros, dependendo do modelo do veículo”, anunciou a Galp Energia em comunicado.

Assim, nesta primeira fase, “os condutores de veículos elétricos que estejam no Algarve vão poder recarregar as baterias dos seus automóveis com recurso a esta tecnologia agora em teste, que foi desenvolvida pela startup portuguesa AddVolt”, informa a Galp. Para já, o serviço estará disponível até 22 de agosto e pode ser solicitado por quem tenha estacionado na praia da Quinta do Lago, praia do Ancão ou Avenida Infante Sagres (Quarteira), ou ainda nas áreas de serviço Galp de Loulé na A22, e na avenida V6 em Portimão. Também há limitações de horários.

Da parte da Galp, o piloto permitirá “aferir o interesse dos consumidores por esta solução mais conveniente, que poderá complementar a atual rede instalada de carregadores”. O grupo entende ainda que a solução poderá “contribuir ao mesmo tempo para a mitigação de eventuais constrangimentos na rede, por excesso de procura”.

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DCIAP vai investigar vendas de imóveis do Novo Banco

Carta enviada por António Costa à PGR seguiu para o Departamento Central de Contencioso do Estado e Interesses Coletivos e Difusos e para o Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

As vendas de imóveis realizadas pelo Novo Banco vão ser investigadas pela justiça. Depois de ter recebido a carta enviada por António Costa por causa dos projetos “Viriato” e “Sertorius”, dois portefólios de imobiliário alienados em 2018 e 2019, o Ministério Público vai avançar com a investigação às operações de venda.

A carta do primeiro-ministro foi encaminhada para o Departamento Central de Contencioso do Estado e Interesses Coletivos e Difusos e para o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) para análise e sequência, no âmbito das competências dos referidos departamentos”, confirmou fonte oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao ECO, depois da informação avançada pelo Jornal Económico.

O DCIAP é o responsável pela coordenação e direção da investigação. Este órgão é chamado a intervir em processos económico-financeiros altamente organizados ou de especial complexidade, como é o caso.

António Costa enviou, no final de julho, uma carta à PGR, pedindo a suspensão da venda de ativos do Novo Banco até à conclusão da auditoria da Deloitte. No seguimento da receção desta carta, foram solicitados documentos ao Novo Banco, os quais a instituição liderada por António Ramalho acabou por enviar quase de seguida.

A decisão de António Costa de enviar esta carta surgiu depois de no debate do Estado da Nação o presidente do PSD ter levantado suspeitas sobre os negócios do Novo Banco que têm gerado perdas avultadas, pedindo que o Ministério Público se “debruce” sobre a forma como o contrato de venda do Novo Banco ao Lone Star, em 2017, está a ser executado.

Na base das declarações de Rui Rio estavam operações com ativos imobiliários, nomeadamente os projetos “Viriato” e “Sertorius”, dois portefólios de imobiliário alienados em 2018 e 2019 que geraram avultadas perdas para o banco. Banco terá perdido 390 milhões, apresentado prejuízos que foram, em parte, compensados pelo mecanismo de capital contingente, com recurso a dinheiro do Fundo de Resolução obtido sob empréstimo do Estado.

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Ministra do Trabalho diz que já leu os relatórios sobre lar de Reguengos

"Naturalmente, conheço o teor dos relatórios, li todos os relatórios", garante a ministra do Trabalho, após polémica em torno do surto de Covid-19 num lar de Reguengos.

A ministra do Trabalho e da Segurança Social garante que já leu o relatório sobre o surto de Covid-19 num lar de Reguengos de Monsaraz. Este fim de semana, em entrevista ao Expresso, Ana Mendes Godinho admitiu não ter lido o relatório da Ordem dos Médicos sobre esse caso em particular, o que acabou por gerar polémica e até pedidos da sua demissão.

“Naturalmente, conheço o teor dos relatórios, li todos os relatórios. Pedi [à minha equipa técnica] para fazer uma análise minuciosa. Aliás, aproveito para dizer que, logo no dia 12 de julho, pedi à Segurança Social que fizesse uma avaliação e desencadeasse toda uma análise do que se passava em Reguengos. E no dia 14 de julho, a Segurança Social fez um relatório de toda a situação, que foi enviado para o Ministério Público”, assegurou a governante, esta terça-feira, em declarações aos jornalista.

Na entrevista publicada no sábado, Ana Mendes Godinho admitiu não ter lido o relatório, tendo dito que pediu que o analisassem. “Não o li pessoalmente, mas a Ordem [dos Médicos] fez-me chegar o relatório e já pedi que o analisassem”, disse a responsável, referindo que esta é uma matéria da Saúde pelo que se escusou a fazer mais comentários.

Esta terça-feira, a ministra do Trabalho salientou ainda que os lares têm sido uma prioridade do Governo desde o início da pandemia de coronavírus. “Quero voltar a frisar que, desde o início, os lares têm sido uma prioridade total de todos nós, atendendo ao risco e à idade das pessoas [que aí estão]”, afirmou. Mendes Godinho revelou, nesse sentido, que tem uma task force dedicada a esta matéria.

A governante aproveitou ainda para sublinhar que já foram colocadas seis mil pessoas para reforçar os meios dos lares e lembrar que, em 2019, foram encerrados 137 lares ilegais.

Em reação às declarações da ministra do Trabalho publicada este fim de semana, o CDS e o Chega pediram a sua demissão. Também Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se crítico. “Eu li. Li vários relatórios. É preciso ver que é preciso lê-los todos”, disse o chefe de Estado. “É evidente que todos os relatórios são importantes. São muito técnicos, mas são importantes”, rematou o Presidente da República.

Em reação, o primeiro-ministro atirou, esta terça-feira, que estas “polémicas são artificiais”. “Ao Ministério do Trabalho cabe fiscalizar e apoiar os lares”, disse o chefe do Executivo, garantindo que não há qualquer desvalorização do assunto.

(Notícia atualizada às 12h43)

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Água concessionada a privados é sempre mais cara que a das autarquias

  • ECO
  • 18 Agosto 2020

O preço da água em municípios que concessionam o fornecimento de água a privados é sempre mais elevado do que no caso das autarquias que prestam publicamente o serviço, concluiu o JN.

As autarquias asseguram o fornecimento de água aos cidadãos sempre a preços mais acessíveis do que as empresas concessionárias. A conclusão foi noticiada pelo Jornal de Notícias (acesso condicionado), com base em dados de 2019 da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).

Dez metros cúbicos de água em Santo Tirso/Trofa podem custar seis vezes mais do que o mesmo consumo no Peso da Régua. A diferença é significativa: uma família no primeiro caso paga 265,49 euros, enquanto no segundo paga 43,20 euros, indicam os cálculos publicados pelo jornal.

A diferença está no facto de, em Santo Tirso/Trofa, o fornecimento de água ser concessionado a uma empresa privada, enquanto, no segundo, o serviço é assegurado pela autarquia. Os cálculos não contemplam outras tarifas que mexem com o valor final da fatura, como o saneamento de resíduos sólidos.

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Estoril acolhe etapa final do Mundial de Superbikes substituindo Misano

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

A etapa do Estoril vai ser a oitava corrida da época, entre 16 e 18 de outubro, encerrando a temporada.

O Campeonato do Mundo de Superbikes vai terminar no Estoril, em 18 de outubro, em substituição da corrida de Misano, em Itália, anunciou esta terça-feira a Federação Internacional de Motociclismo (FIM).

“O calendário revisto do campeonato conta com um segundo evento em Portugal e o regresso do Estoril ao Mundial de motociclismo de velocidade”, lê-se no sítio oficial da competição na Internet. O Mundial de Superbikes arrancou em 1 de março, em Phillip Island, na Austrália, tendo estado interrompido, devido à pandemia de covid-19, até 2 de agosto, quando foi retomado em Jerez de La Frontera, em Espanha.

A terceira corrida foi disputada no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, em 09 de agosto, pelo que Portugal vai receber “dois eventos do Mundial pela primeira vez na história”, de acordo com a FIM.

A etapa do Estoril vai ser a oitava corrida da época, entre 16 e 18 de outubro, encerrando a temporada, no regresso ao circuito cascalense, que já recebeu a competição de motas derivadas das de série – as de MotoGP também estão limitadas a 1.000 cc, mas são protótipos – em 1988 e 1993 e o Mundial de MotoGP entre 2000 e 2012.

“Estou orgulhoso por ter sido possível juntar uma segunda prova em Portugal e por ver o Mundial de Superbikes regressar ao circuito do Estoril, que já tinha acolhido este campeonato tão competitivo no ano da fundação, em 1988, e depois em 1993”, afirmou o presidente da FIM, o português José Viegas.

O responsável pelo circuito do Estoril, Jaime Andrez, partilhou o entusiasmo, ambicionando que “este evento contribua para a divulgação desta modalidade em 2020 e nos próximos anos”.

“A inclusão de uma segunda etapa do calendário em Portugal é muito importante para o crescimento das Superbikes na Península Ibérica e, especialmente, em Portugal. Vai adicionar um desafio ao ‘paddock’, cuja maioria não conhece esta pista, conferindo uma dinâmica extra para o campeonato”, referiu Gregorio Lavilla, o diretor-executivo da competição.

De acordo com a organização do campeonato, a presença de público na competição “ainda não está decidida”, mas será definida a tempo, mediante os protocolos sanitários em vigor.

Após três corridas, o Mundial de Superbikes é liderado pelo britânico Jonathan Rea (Kawasaki), pentacampeão mundial, com 136 pontos, mais quatro do que o compatriota Scott Redding (Ducati). Na sequência das alterações nos calendários devido à covid-19, Portugal, com o circuito de Portimão, já tinha entrado nos campeonatos de Fórmula 1, em 25 de outubro, e de MotoGP, em 22 de novembro.

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Oracle negoceia compra do TikTok nos EUA e é alternativa à Microsoft

A multinacional Oracle também está na corrida pela compra do TikTok, sendo uma alternativa para um potencial negócio caso falhem as negociações entre a ByteDance e a Microsoft, revelou o FT.

A Oracle também está na corrida pela compra do TikTok. A multinacional tem mantido negociações preliminares com a chinesa ByteDance e está a considerar “seriamente” a aquisição da popular aplicação de vídeos, segundo o Financial Times (acesso pago).

Segundo o diário britânico, a Oracle está a explorar uma possível compra em conjunto com alguns investidores norte-americanos que já têm posições na ByteDance. Entre os parceiros está a General Atlantic, mas também a gigante de private equity Sequoia Capital.

Em causa estão as operações do TikTok no mercado norte-americano, mas também no Canadá, Austrália e Nova Zelândia. É público que também a Microsoft está a negociar a compra deste ativo, e que também o Twitter chegou a sondar uma possível “combinação”, noticiou nas últimas semanas a imprensa internacional.

A ByteDance tem estado a negociar uma venda apressada (flash sale) do TikTok naqueles mercados para evitar a morte anunciada da aplicação. Donald Trump, presidente dos EUA, tem-se oposto vocalmente à empresa, com as autoridades norte-americanas a temerem que o serviço seja um veículo de espionagem da China. A empresa nega estas acusações.

Na semana passada, o chefe de Estado assinou uma ordem executiva que estabelece formalmente o prazo para esta venda, dando 90 dias à ByteDance para vender o ativo. O prazo para a conclusão de um negócio termina assim em novembro, sendo cerca de dois meses superior ao prazo inicial dado pelo presidente, que terminaria em setembro.

Se o TikTok não for vendido até lá, a aplicação poderá ser banida por lei. Empresas ficarão legalmente impedidas de anunciar na aplicação e Google e Apple terão de remover a app das duas principais lojas de aplicações, dificultando ou impossibilitando o download.

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Draghi vê na emissão de dívida da UE a “base” para um Ministério das Finanças europeu

O ex-presidente do Banco Central Europeu considera que a emissão de dívida da Comissão Europeia, em nome da UE, pode ser a "base" de um Ministério das Finanças comum, o que beneficia o euro.

O ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) afirmou esta terça-feira que, ao criar o precedente de emitir dívida comum, o Fundo de Recuperação europeu pode ser a “base” da estrutura de um Ministério das Finanças (ou Tesouro) comum na União Europeia. Num discurso em Rimini (Itália), Mario Draghi considera que a Europa pode emergir “reforçada” da crise pandémica, após ter demonstrado capacidade de chegar a acordo, apesar das duras negociações.

“A Próxima Geração UE (Fundo de Recuperação europeu) enriquece o arsenal europeu de políticas”, afirmou Draghi numa conferência realizada esta terça-feira, assinalando que a ação dos Governos é possível pela segurança que a política monetária do BCE dá aos Estados-membros. Anteriormente, durante o seu mandato, o italiano pediu diversas vezes aos Estados-membros da Zona Euro para usarem a política orçamental de forma a contribuírem para o crescimento da economia europeia.

Para Draghi, “o reconhecimento desse papel que um orçamento europeu pode ter na estabilização das nossas economias, e o precedente de emitir dívida conjunta, são importantes e podem formar a base de uma estrutura de um Ministério das Finanças comum“, o que iria beneficiar a estabilização do euro. O ex-presidente do BCE, que foi sucedido por Christine Lagarde, elogia também o facto da Comissão Europeia, que vai emitir dívida em nome da União Europeia, estar “no coração da ação” neste Fundo de Recuperação europeu, enquanto braço executivo da UE.

As palavras do italiano sugerem que vê a possibilidade de um Ministério das Finanças europeu a concretizar-se no futuro: “Está na natureza do projeto europeu evoluir gradualmente e de forma previsível, com a criação de novas regras e instituições“, disse, assinalando a introdução do euro após a criação do mercado único. “A criação de um orçamento europeu — que é a direção natural da evolução da nossa arquitetura institucional — irá um dia corrigir a falha que ainda existe”, concluiu, referindo-se a falta de um poder orçamental a nível europeu.

Além da crise pandémica e do projeto europeu, Draghi deu destaque no seu discurso ao investimento nos mais jovens e em educação. Para o ex-presidente do BCE a situação atual tornou “mais urgente” a necessidade de um “investimento massivo” nesta área. Mais: “existe um imperativo moral em fazer esta escolha e fazê-la bem”, diz, referindo que a dívida criada pela crise pandémica não tem precedentes e será reembolsada maioritariamente pelos que são jovens agora.

“É nosso dever equipá-los com os meios para pagarem a dívida”, avisa, criticando um “egoísmo coletivo” que levou os Governos a focarem-se nas iniciativas que têm retorno político imediato. “Isto deixou de ser aceitável hoje”.

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Finangeste compra Trindade Domus no Porto por mais de 40 milhões de euros

A Finangeste adquiriu este empreendimento imobiliário no Porto em "joint venture" com um investidor institucional britânico.

A Finangeste comprou o Trindade Domus, um empreendimento imobiliário no Porto, por mais de 40 milhões de euros. A compra, assessorada pelo Departamento de Capital Markets da JLL, foi realizada pela empresa de recuperação de créditos e gestão de ativos imobiliários em joint venture com um investidor institucional sediado no Reino Unido.

O empreendimento, que se localiza junto à Câmara do Porto, tem, no total, “20.000 metros quadrados de área bruta locável, conjugando escritórios (60%) e uma galeria comercial (40%), além de possuir estacionamento para 496 viaturas”, adianta a JLL, em comunicado. Tem sete pisos acima do solo e três em cave.

Os escritórios do Trindade Domus, de 12.000 metros quadrados, são ocupados por empresas como a Randstad, Mindera, Armatis e as Viagens Abreu. Já na componente de retalho, concentra maioritariamente comércio e serviços de conveniência, como o ginásio Fitness Hut e o supermercado Froiz.

O processo de venda do ativo foi concorrido, com a JLL a receber mais de uma dezena de propostas, mas acabou assim por passar para as mãos da Finangeste. Este investimento “incrementa a nossa presença na cidade do Porto, cidade em que fortemente acreditamos e onde mantemos uma relevante intensão de investimento num futuro próximo”, refere a administração da empresa, citada em comunicado.

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França pressiona Reino Unido impondo quarentena a viajantes ingleses

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

"Uma fronteira tem de ser administrada da mesma forma dos dois lados", afirmou Jean-Baptiste Lemoyne, que reconheceu que decisão serve também para pressionar Governo britânico.

As autoridades francesas querem que o Reino Unido suspenda a quarentena imposta no sábado aos viajantes com origem em França, tendo adotado medidas semelhantes para mostrar que os britânicos também têm interesse em manter a livre circulação.

Não podemos ficar impassíveis perante decisões unilaterais”, disse o secretário de Estado francês para os Assuntos Europeus, Jean-Baptiste Lemoyne, também responsável pelo turismo, em entrevista ao canal BFMTV, divulgada esta terça-feira.

Além do argumento de “coerência”, já que “uma fronteira tem de ser administrada da mesma forma dos dois lados”, Lemoyne justificou a adoção de medidas recíprocas com a necessidade de ter peso nas negociações com o Governo britânico. “Queremos pôr fim a esses obstáculos à liberdade de movimento o mais rápido possível”, mas, para isso, “as autoridades britânicas têm de ter interesse em tomar essa medida”, disse.

O governante francês lembrou que, por norma, 10 milhões de britânicos viajam anualmente para França apenas por motivos turísticos, pelo que a quarentena de 14 dias que Londres impõe a todos os que chegam de França (como de outros países europeus, como Portugal, Espanha, Bélgica ou Países Baixos) – para combater o aumento de infeções da Covid-19 – está a causar prejuízos significativos ao setor do turismo francês.

Para compensar, o Governo vai tentar prolongar a temporada turística, quer para os franceses quer para estrangeiros. Lemoyne reconheceu que a capital francesa e a sua região sofrem uma “situação particularmente preocupante” pelo facto de este ano não haver turistas de outros continentes e, em geral, poucos visitantes estrangeiros. Por isso, as esperanças de recuperação nos próximos meses estão apontadas a eventos como feiras e congressos.

No resto do país, a situação é desigual, mas, de acordo com o secretário de Estado, “o mês de julho foi bom” e o agosto também deverá ser, já que houve um elevado nível de ocupação dos alojamentos rurais e parques de campismo, embora, ainda assim, se estime uma queda de cerca de 20% na ocupação destes locais em relação a 2019.

O secretário de Estado também se referiu ao dispositivo especial que França criou para juntar, no seu território, os casais que ficaram separados durante semanas ou meses devido ao encerramento de fronteiras, tendo assegurado que os primeiros encontros deverão acontecer nos próximos dias. Jean-Baptiste Lemoyne salientou que o procedimento foi “simplificado ao máximo” para que os pedidos e a apresentação de documentos possam ser feitos online e a avaliação não demore mais de oito a 10 dias.

A Covid-19 já provocou pelo menos 770.429 mortos e infetou mais de 21,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios desde que foi detetado o primeiro caso em dezembro, na China, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A pandemia foi combatida em muitos países com um confinamento que durou vários meses e obrigou a maior parte dos países a fechar as fronteiras e suspender as viagens.

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