Limite de pessoas em loja e proibição de vender álcool a partir das 20H00 “não revelam bom senso”, alerta APED

Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição lamenta que Governo continue a insistir na proibição de vender bebidas alcoólicas a partir das 20H00 e na lotação máxima de 5 pessoas por cada 100 m2.

As mercearias, supermercado e hipermercados vão manter-se abertos e sem restrição de horário durante o novo confinamento, mas a proibição de venda de bebidas alcoólicas a partir das 20H00 e a lotação máxima limitada a cinco pessoas por cada 100 metros quadrados são medidas que vão manter-se em vigor. Restrições que na ótica da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) “não revelam bom senso”.

“O não aumento do rácio de pessoas em lojas e a manutenção da proibição de venda de bebidas alcoólicas a partir das 20H00 são medidas que no nosso entender não revelam bom senso”, explica ao ECO o diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Gonçalo Lobo Xavier. Lamenta que o Governo volte a insistir nesta medida. “Não faz sentido nenhum limitar o rácio de cinco pessoas por cada 100 metros quadrados, sendo o mais baixo da Europa. Vamos continuar a insistir na possibilidade de existirem filas à porta das lojas o que é manifestamente desnecessário e inconsequente”, lamenta Gonçalo Lobo Xavier.

O diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição não acredita que as lojas sejam possíveis focos de contágio e destaca que os “espaços dentro das lojas são higienizados, existe a distância social obrigatória, o uso de máscara e a higienização dos colabores e clientes”. “Lamentamos que se tenha insistido, mais uma vez, em manter um rácio manifestamente baixo. Ao aumentar este número teríamos mais rotação em lojas, mais fluidez”, refere.

Em relação à continuidade da medida que proíbe a compra de bebidas alcoólicas a partir das 20h00, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, considera “que não faz sentido nenhum” e que vai “continua a causar alguns constrangimentos na operação”.

António Costa garantiu na quarta-feira, quando apresentou as medidas que vão vigorar durante o novo confinamento, que “não há nenhum motivo para as pessoas correrem para os supermercados ou hipermercados porque vai tudo manter-se em funcionamento”, pedindo para que não haja ‘corridas’ desenfreadas aos supermercados, à semelhança do primeiro confinamento. A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição garante que “não vão faltar produtos e bens essenciais”.

Com este novo confinamento as grandes cadeias de distribuição já não encerram às 13H00, uma medida positiva para a associação das empresas do setor. “Houve bom senso em deixar cair a limitação de horários ao fim de semana. O encerramento das lojas às 13H00 estava a provocar enormes constrangimentos e felizmente houve o bom senso de deixar cair essa medida”, destaca o diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição.

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Ministra do Trabalho tem Covid-19. Ministro do Ambiente e ministro do Mar em isolamento

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, testou positivo à Covid-19. Ministro do Ambiente e ministro do Mar estão em isolamento.

A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, testou positivo à Covid-19, informou, esta quinta-feira, o Executivo de António Costa. Em comunicado, é explicado que a governante tem “sintomas ligeiros” e encontra-se em confinamento domiciliário. Em consequência de “outros contactos”, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e o ministro do Mar, Serrão Santos, estão em isolamento, avançou a mesma fonte.

“A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social testou positivo à Covid-19. Tem sintomas ligeiros e encontra-se em confinamento domiciliário, sendo substituída pelo secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional”, informou o gabinete do primeiro-ministro, esta quinta-feira. Ana Mendes Godinho estava em isolamento desde segunda-feira, pelo que já participou na reunião de Conselho de Ministros desta quarta-feira por videoconferência.

Também participaram remotamente na referida reunião o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, e o ministro do Mar, Serrão Santos, já que estão em isolamento profilático, determinado pelas autoridades de saúde, “em consequência de outros contactos”. Em comunicado, é assegurado, contudo, que no casos destes governantes, os testes à Covid-19 deram resultado negativo.

Ana Mendes Godinho é o quarto membro do Governo a testar positivo à Covid-19, de acordo com o levantamento feito pelo ECO. O primeiro foi o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor. Já em novembro, o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, testou positivo para o SARS-CoV-2, depois do secretário de Estado do Planeamento, Ricardo Pinheiro, ter também testado positivo ao novo coronavírus.

(Notícia atualizada às 12h07)

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PIB alemão cai 5% em 2020 e é o maior recuo desde 2008

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2021

Produto Interno Bruto da Alemanha caiu 5% em 2020 devido ao impacto da pandemia da Covid-19, a maior contração desde a crise financeira de 2008-2009, diz Destatis.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha caiu 5% em 2020 devido ao impacto da pandemia da Covid-19, a maior contração desde a crise financeira de 2008-2009, informou esta quinta-feira a agência de estatísticas federal alemã, Destatis.

O presidente da Destatis, Georg Thiel, admitiu que a economia alemã foi “gravemente afetada” pelas consequências da pandemia.

A queda do PIB no ano passado é ligeiramente inferior à, recentemente, estimada pelo Bundesbank, banco central alemão, que tinha previsto que a economia iria contrair-se 5,5% em 2020, quando emitiu as suas previsões em dezembro passado.

O Bundesbank previu que a economia alemã cresceria 3% em 2021 e 4,5% em 2022.

No ano passado, a economia alemã sofreu as consequências da pandemia “em praticamente todos os setores“, tanto no dos serviços como na produção de bens, afirmou a Destatis.

O declínio do PIB em 2020 segue-se ao aumento de 0,6% em 2019 e a maior queda até agora ocorreu em 2009, quando a economia alemã se contraiu 5,7% devido à crise financeira.

Os dados oficiais indicam que a situação económica foi particularmente negativa em 2020 na área dos serviços, que registou “quedas sem precedentes”, e a Destatis indicou que a pandemia também tinha atingido o comércio, os transportes e a indústria hoteleira de forma particularmente dura.

Globalmente, estes setores registaram um declínio de 6,3% em 2020 e os dados oficiais indicam que, em contraste, o comércio via Internet registou um aumento. A Destatis confirma que o setor do turismo registou uma queda “histórica” no ano passado.

A contração em 2020 também teve as suas consequências negativas na área do emprego, tendo terminado 14 anos consecutivos de crescimento do emprego no país: em 2020 havia menos 1,1% de pessoas a trabalhar (477.000 menos do que em 2019).

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35 anos depois, EDP abandona carvão em Sines e aposta tudo no hidrogénio

Na cidade alentejana, o negro do carvão vai dar lugar ao verde do hidrogénio. Nada será como antes. Até os banhistas terão de dizer adeus ao mar quente. O "esquentador" de São Torpes apaga-se de vez

A partir desta sexta-feira, 15 de janeiro, nada será igual em Sines, ao fim de 35 anos de atividade da gigante termoelétrica que a EDP ali construiu, mesmo à beira mar. A maior central a carvão do país vai fechar portas para sempre, deixando os cerca de 500 trabalhadores diretos e indiretos “numa situação delicada” para enfrentarem um futuro que dizem ser incerto. O presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, considera mesmo que “havia margem para que a central continuasse a laborar por mais algum tempo, até porque o país continua a importar energia”.

Mas a transição energética está em marcha e não pode parar. Para Sines está já destinada uma nova energia limpa, de futuro: o hidrogénio verde, que ali há de fazer nascer em 2022 um mega polo industrial e atrair milhares de milhões de euros de investimento nacional e estrangeiro.

Os olhos da Europa estão agora virados para Sines (e para Portugal) e para o seu potencial para produzir e exportar hidrogénio produzido a partir da energia solar e da água, por eletrólise, para os países do norte, como a Holanda e a Alemanha. Na cidade alentejana, o negro do carvão vai dar lugar ao verde do hidrogénio e nada será como dantes.

Que o digam os banhistas da praia de São Torpes, que terão de dizer adeus às temperaturas tropicais do mar. “Com a central a carvão em atividade, o mar registava um aumento de temperatura na ordem dos 3 graus Celsius. Este fenómeno, que sempre atraiu banhistas àquela praia na costa alentejana, deve-se à proximidade com a zona de rejeição de água do oceano usada para refrigerar a central”, explica a EDP, que nos verões de 2019 e 2020 (quando a queima de carvão era já residual) ou nula chegou mesmo a receber telefonemas na central com reclamações dos veraneantes porque o mar estava inexplicavelmente frio. Agora, o “esquentador” de São Torpes, vai desligar-se de vez.

Recuando três décadas e meia no tempo, até ao século passado, a termoelétrica a carvão começou a ser construída em 1979 e entrou em funcionamento em 1985, tendo destronado a unidade a fuelóleo da EDP em Setúbal (que chegou a abastecer 25% do consumo nacional) como a maior central de produção de energia em Portugal. Construir a central de Sines custou 650 milhões de euros (a preços de 1983).

Na altura as preocupações climáticas estavam ainda bem longe: Portugal queimava 5.280 toneladas de fuelóleo por dia para garantir o abastecimento de energia elétrica ao país. Mas as crises petrolíferas da década de 70 fizeram entrar o carvão em cena para assegurar um nível de “potência instalada” no país necessária à satisfação dos consumos nacionais e permitir a diversificação das fontes de energia primária.

Depressa, um terço da energia elétrica consumida em Portugal passou a vir de Sines, e do carvão: 29% nos anos 90, 20% na década de 2000 e 15% na década de 2010. Em 2020 o carvão foi responsável por apenas 4% da eletricidade produzida em Portugal. A central de Sines tem 4 grupos geradores. Inicialmente cada grupo tinha 300 MW de potência, reforçada mais tarde para 314 MW, somando um total de potência instalada de 1.256 MW e de produção (potência disponível/emissão para a rede nacional) de 1.180 MWh.

Ao longo da sua vida, a maior central de produção de energia do país produziu 294 TWh, tendo emitido para a rede nacional 274 TWh (5,5 vezes o consumo nacional do ano de 2019, segundo dados REN), o que equivale a abastecer uma população de 60 milhões de pessoas durante um ano.

Já o parque de carvão tinha capacidade para cerca de 1,3 milhões de toneladas. A central recebia 24 a 25 navios de carvão por ano. Ao longo da vida da central foram consumidas (e passaram pelo parque de carvão) 105 milhões de toneladas, o equivalente a 699 navios de 150 quilotoneladas. Cada tonelada de carvão dava para produzir cerca de 2,7 MWh, diz a EDP, a mesma energia que permite, por exemplo, numa hora manter acesas 273.043 lâmpadas LED com 10W de potência.

O carvão que abastecia Sines e as casas dos portugueses com eletricidade vinha da Colômbia (60/70%) e dos EUA (5/10% – sendo que ultimamente chegou aos 20%, após o impacto do shale gas que permitiu aos EUA comercializar carvão de melhor equilíbrio técnico/ambiental/económico). O restante provinha da África do Sul ou Rússia e, em anos anteriores, também da Indonésia, mas com o conflito com Timor-Leste esse carvão deixou de fazer parte do cabaz de aquisições.

Apesar de responsável por 15% das emissões poluentes de Portugal, a EDP garante que “a central cumpriu sempre os seus compromissos de sustentabilidade e, após vários investimentos em tecnologia e sistemas de proteção ambiental – que somaram mais de 400 milhões de euros investidos ao longo dos anos – tornou-se numa das mais eficientes centrais a carvão na Europa”.

O futuro de Sines será verde mas a central não será reconvertida

A poucas horas do fecho final dos portões (a central tem licença de operação até às 23h59 de 14 janeiro de 2021 e encerra definitivamente às 00h00 de 15 de janeiro de 2021 com o “sentimento” de missão cumprida, diz a EDP), a empresa diz que a decisão de antecipar o fim do carvão – “enquadrada na estratégia de descarbonização do grupo EDP e alinhada com as metas de transição energética do país – foi tomada num contexto em que a produção de energia depende cada vez mais de fontes renováveis. Além disso, com o crescente aumento do custo da produção a carvão e do preço das licenças de emissões de CO2, aliado a um agravamento da carga fiscal, e com a maior competitividade do gás natural, as perspetivas de viabilidade das centrais a carvão diminuíram drasticamente”.

http://videos.sapo.pt/zzDyJBgHPQztczqguIRI

A empresa estima que o encerramento das centrais a carvão a nível ibérico da EDP (uma em Portugal e duas em Espanha, nas Astúrias) tenha um custo extraordinário de cerca de 100 milhões de euros em 2020.

Após o fecho, inicia-se a fase de descomissionamento e, posteriormente, os trabalhos de desmantelamento da central que levarão cerca de cinco anos a estar concluídos”, garante a elétrica, que vai ainda receber uma parte dos 200 milhões do Fundo de Transição Justa que vem para Portugal para ajudar na transição energética. “A EDP desconhece ainda os valores que poderão ser destinados a Sines nesse contexto”, diz a empresa. A decisão poderá ser conhecida no final do primeiro semestre de 2021, disse já o ministério do Ambiente e Ação Climática.

Quanto à central propriamente dita, com as suas imponentes chaminés com 225 metros de altura, fonte oficial da EDP tinha já revelado ao ECO/Capital Verde que a mesma não será reconvertida para “queimar” nenhum outro combustível, poluente ou não poluente, para a produção de energia elétrica. As razões são técnicas, explica a empresa, mas acima de tudo económicas.

“A avaliação feita não aponta para uma reconversão da central termoelétrica (nomeadamente dos equipamentos industriais de queima de carvão e produção de energia) – tanto por motivos técnicos, como económicos – mas sim para o aproveitamento das infraestruturas associadas à central (por exemplo de tomada e restituição de água, caminho para terminal de GNL ou edifícios administrativos) para o projeto de hidrogénio verde que poderá usar a mesma localização”, disse fonte oficial.

Já António Mexia, quando ainda era CEO da EDP, tinha descartado uma possível reconversão da histórica central a carvão para trabalhar a hidrogénio: “A central, em si, não. A central a carvão tem uma escala e uma configuração muito diferente do que é o projeto de hidrogénio, que inclui centrais de eletrólise mais pequenas”, disse ao Capital Verde, do ECO. Sobre uma eventual compensação financeira à empresa pelo fecho antecipado da central a carvão, que o Governo já garantiu que não pagará, Mexia afirmou que “o setor da energia não pode ser o único negócio do mundo onde as pessoas são obrigadas a operar e a perder dinheiro”.

O processo de descomissionamento e desmantelamento do colosso energético que entrou em funcionamento em 1985 “implica agora várias etapas que terão agora de ser avaliadas e executadas, previsivelmente, num período de cerca de cinco anos”, explicou a mesma fonte.

E se em Setúbal os terrenos da velhinha central a fuelóleo na península da Mitrena (encerrada em 2013) estão hoje limpos e prontos a receber novos projetos de energias renováveis, hidrogénio incluído, em Sines tudo aponta para o “aproveitamento das infraestruturas associadas à central para o projeto de produção de hidrogénio verde”.

“A EDP está empenhada em trabalhar para a descarbonização da economia e para o cumprimento das metas de sustentabilidade, mantendo entre os seus objetivos ter 90% da energia produzida a partir de fontes renováveis e reduzir em 90% (face a 2005) as emissões de CO2. Analisou-se por isso, um conjunto de alternativas, sempre dentro de opções sustentáveis, e neste momento o único cenário considerado adequado e com maior potencial é o do hidrogénio verde. A EDP espera que o projeto de produção de hidrogénio verde possa dar início a um novo ciclo no atual processo de transição energética. A expectativa é que possa também ser um novo polo de dinamismo para a economia local e também do país”, disse fonte oficial da EDP.

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Preços das casas em Portugal crescem 7%, acima da média da Europa

Entre julho e setembro do ano passado, os preços das casas subiram cerca de 5% na Europa. Em Portugal o aumento foi ainda mais acentuado: 7%.

Os preços das casas subiram 4,9% na Zona Euro e 5,2% na União Europeia (UE) no terceiro trimestre do ano passado, mostram os dados do Eurostat. Portugal registou uma subida de mais de 7%, acima da média europeia.

Esperava-se que a pandemia provocasse um arrefecimento no mercado imobiliário mas, comparando com o terceiro trimestre do ano passado, os preços das casas subiram em torno de 5% no território europeu. Numa análise aos Estados-membros, os maiores aumentos observaram-se no Luxemburgo (13,6%) e na Polónia (10,9%), enquanto o Chipre (-1,4%) e a Irlanda (-0,8%) registaram as maiores descidas.

Portugal aparece acima da média europeia, depois de ter visto os preços das casas subirem 7,1% entre julho e setembro, quando comparado com o mesmo período do ano passado, refere o Eurostat.

Contudo, quando analisada a evolução dos preços do segundo para o terceiro trimestre, a subida foi mais residual: 1,3% na Zona Euro e 1,4% na UE. Nesta análise, a Hungria (5,2%) e a Dinamarca (4,2%) observaram os maiores aumentos, enquanto no Chipre (-4,8%) e na Roménia (-2,6%) foi onde os preços mais caíram durante a altura do verão. E, aqui, Portugal já aparece com uma evolução abaixo da média europeia. Do segundo para o terceiro trimestre, os preços subiram apenas 0,5%.

Numa outra publicação, o Eurostat conclui que desde 2010 até ao terceiro trimestre de 2020, as rendas aumentaram 14,6% e os preços da habitação 26,8%. Numa análise a todos os Estados-membros, verifica-se que, durante esta década, os preços das casas subiram mais do que as rendas em 16 países, sendo um deles Portugal.

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Mais de 200 mil eleitores já pediram voto antecipado

  • Lusa e ECO
  • 14 Janeiro 2021

Mais de 200 mil pessoas pediram o voto antecipado em mobilidade para as presidenciais de 24 de janeiro em três dias, segundo o Ministério da Administração Interna.

Mais de 200 mil pessoas pediram o voto antecipado em mobilidade para as presidenciais de 24 de janeiro em três dias, adiantou esta quinta-feira o Ministério da Administração Interna, no Twitter. Em tempos de pandemia de covid-19 e numa altura em que se espera novo confinamento geral, batem-se diariamente recordes na inscrição para o voto antecipado. Nas últimas legislativas, em 2019, 50.638 eleitores votaram antecipadamente, tendo-se inscrito 56.287.

Nas primeiras 24 horas do período de registo, no domingo, as inscrições para votar uma semana antes das eleições atingiram 52.994, número que quase se multiplicou por quatro até às 23:59 de quarta-feira, 196.786. Os portugueses que não puderem votar nas presidenciais em 24 de janeiro podem pedir, até às 24h00 desta quinta-feira, para exercer o seu direito de voto uma semana antes, numa mesa de voto à sua escolha.

O voto antecipado em mobilidade foi alargado por lei aprovada no parlamento e pode ser feito na sede de cada um dos 308 concelhos do país, em vez da sede do distrito, como aconteceu nas eleições europeias e legislativas de 2019. Assim, quem quiser antecipar o seu voto para 17 de janeiro, numa qualquer câmara municipal, em vez do dia 24 na mesa de voto onde está inscrito, tem de o pedir até ao fim do dia de quinta-feira.

O pedido pode ser feito por via eletrónica junto do Ministério da Administração Interna no site www.votoantecipado.mai.gov.pt ou através de correio normal.

O eleitor deve mencionar o nome completo, data de nascimento, número de identificação civil, morada, mesa de voto antecipado em mobilidade onde pretende exercer o direito de voto, endereço de correio eletrónico e/ou contacto telefónico, havendo uma minuta na página da Internet do Ministério da Administração Interna.

No dia 17 de janeiro, o eleitor vota na mesa do local escolhido, de acordo com a alteração à lei, aprovada em outubro pela Assembleia da República. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.963.557 mortos resultantes de mais de 91,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 8.236 pessoas dos 507.108 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

A campanha eleitoral começou no dia 10 e termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

(Notícia atualizada às 16h05 com atualização do número de inscrições)

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André Pardal reforça equipa de sócios da LEGALWORKS

André Pardal é, desde o início do ano, o novo sócio da LEGALWORKS. O advogado integrou a firma em 2009 enquanto estagiário.

A LEGALWORKS reforçou a sua equipa de sócios com a promoção de André Pardal, que até então era advogado associado. O novo sócio integra a LEGALWORKS desde 2009.

“A entrada de um novo sócio reflete o sucesso e constitui o reconhecimento do mérito profissional, assim como das qualidades dos nossos advogados”, afirma Rui Gomes da Silva, sócio fundador da LEGALWORKS.

André Pardal desempenhou funções públicas como deputado à Assembleia da República (2013-15), adjunto do Secretário de Estado do Desporto e Juventude (2011-13) e presidente da Mesa da Assembleia-geral da Movijovem (2011-14). Atualmente, é presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Associação Nacional de Jovens Advogados Portugueses e auditor de Defesa Nacional, pelo Instituto de Defesa Nacional (2017), e do Georgetown Leadership Seminar, Universidade de Georgetown, E.U.A. (2014).

Com quatro sócios, num total de 12 advogados, a LEGALWORKS renova a aposta na qualidade dos serviços prestados aos seus clientes e na senioridade da sua equipa.

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TAP ganha oficialmente estatuto de empresa em “situação económica difícil”

Foi publicada em Diário da República a resolução do Conselho de Ministros que declara a TAP uma empresa em "situação económica difícil", permitindo suspender os acordos de empresa.

A resolução do Conselho de Ministros de 22 dezembro que declarava a TAP, a Portugália e a Catering como empresas em “situação económica difícil” foi publicada esta quinta-feira em Diário da República. É este regime que vai permitir suspender os acordos de empresas no âmbito do plano de reestruturação da companhia aérea que o Governo vai negociar com a Comissão Europeia.

Estas empresas veem-se confrontadas com resultados de exploração fortemente deficitários comparando 2020 com o período homólogo de 2019“, explica o Governo no texto da resolução, admitindo que “a recuperação perspetiva-se, portanto, muito demorada, dada a imprevisibilidade da duração dos efeitos da pandemia, e as estimativas de um lento retorno da procura do setor”.

“Em particular, a TAP contabiliza cerca de 45% de passageiros em voos de ligação, estando muito dependente da evolução do mercado de longo curso para os seus resultados financeiros, sendo que se prevê que este mercado apresente uma recuperação ainda mais lenta, devido ao alastrar da pandemia em mercados chave como o Brasil e os Estados Unidos da América e às restrições de viagem e redução das disponibilidades económicas dos potenciais passageiros”, detalha o Executivo, prevendo que “as companhias da TAP vão enfrentar dificuldades significativas nos próximos anos”.

Perante este cenário, a classificação destas empresas como estando numa “situação económica difícil” permite fazer uma maior reestruturação, alterando os direitos que os trabalhadores teriam numa situação normal. Na prática, tal reflete-se na suspensão total ou parcial das cláusulas dos acordos de empresa ou dos instrumentos de regulamentação coletiva aplicáveis.

O plano de reestruturação apresentado pelo Governo implica cortes nos salários e nos postos de trabalho. “No plano laboral, são necessárias medidas urgentes, as quais foram referenciadas pela TAP como não sendo alcançáveis no curto prazo disponível, por negociação direta nem por decisão unilateral das empresas“, escreve o Governo na resolução, argumentando que “o estatuto de empresa em situação económica difícil permitirá à TAP a manutenção de postos de trabalho, que em outras circunstâncias deixariam de poder ser suportados”.

Podem ser declaradas em situação económica difícil empresas públicas ou com participação maioritária de capitais públicos (como é o caso da TAP) que tenham responsabilidades junto da banca superiores a 60% do ativo líquido de amortizações, que precisem de apoio público para cobrir saldos negativos de exploração e não reembolsados ou em risco de incumprimento, sobretudo quando reiterado, de obrigações para com o Estado, a Previdência Social ou o sistema bancário.

No caso da TAP, a empresa deverá ficar maioritariamente sob o controlo do Estado, principalmente depois de se converter o empréstimo de 1,2 mil milhões de euros em 2020 em capital. O plano de reestruturação prevê que a transportadora aérea receba até 3,7 mil milhões de euros de apoio público nos próximos anos.

Em contrapartida a colocar a TAP nesta situação, a empresa fica impedida de distribuir lucros, sob qualquer forma, nem aumentar as remunerações dos membros dos corpos sociais ou proceder ao reembolso de prestações suplementares de capital ou de suprimentos. A empresa ficará nesta situação até 31 de dezembro de 2021, mas a declaração pode ser renovada.

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PLMJ seleciona ROOX e Intapp para apoiar a estratégia

  • BRANDS' ADVOCATUS
  • 14 Janeiro 2021

O maior escritório de advogados de Portugal escolheu a Intapp e o seu parceiro IT de confiança, a ROOX, para apoiar à concretização dos objetivos estratégicos de crescimento e inovação do escritório.

LISBOA, Portugal – 14 de Janeiro de 2020 – A Intapp, líder em soluções de gestão de organizações de serviços profissionais, anunciou hoje a PLMJ, um importante escritório de advocacia português, como o mais recente acréscimo ao seu crescente portfólio de clientes Intapp Time. Recentemente reconhecida pela sua inovação pelo The Financial Times, a PLMJ, o maior escritório de advocacia em Portugal, escolheu o Intapp Time e o seu parceiro de confiança, ROOX – o fornecedor português de produtos e serviços de TI para empresas de serviços profissionais – para auxiliar na implementação e apoiar dessa forma à concretização dos objetivos estratégicos de crescimento e inovação do escritório. A PLMJ começou a utilizar o serviço em vários grupos de prática e setores da indústria.

Fundada em 1967 e com sede em Lisboa, a PLMJ presta aconselhamento a empresas portuguesas e multinacionais, bem como a instituições financeiras e do Estado, numa série de transações nacionais e internacionais. Mais de 320 advogados e 400 funcionários no total trabalham nos cinco escritórios de PLMJ espalhados por sete países na Europa, África e Ásia.

Intapp Time é uma solução abrangente baseada na cloud que ajuda a PLMJ a melhorar as suas práticas de registos de tempos por forma a melhorar a realização, honrar os compromissos do cliente e libertar os seus advogados de tarefas mundanas de registo de horas. O Intapp Time captura automaticamente o trabalho faturável e não faturável, garantindo a conformidade com os termos de faturação no momento do registo.

“A adopção do Intapp Time como a nossa solução de registo de tempos e o trabalho com a ROOX como parceiro de integração são passos extremamente importantes na nossa contínua transformação tecnológica,” afirmou Miguel Reis, membro do Board da PLMJ. “A PLMJ coloca os clientes em primeiro lugar e a facilidade de uso e funcionalidade do Intapp Time ajuda os nossos advogados a dedicarem mais tempo às necessidades do cliente, em vez de se preocuparem com a entrada de tempo. Com esta tecnologia baseada na cloud, a PLMJ pode capturar de forma mais eficiente informações críticas para melhor demonstrar o nosso valor para cada cliente. ”

A PLMJ adoptou o Intapp Time como parte de um compromisso mais amplo de implementação de soluções inovadoras baseadas na cloud, que podem ser dimensionadas de acordo com as necessidades do cliente e o crescimento da empresa.

 

“À medida que avançamos com um modelo de soluções exclusivamente baseadas na cloud, estamos entusiasmados por colaborar com organizações como a PLMJ, que estão empenhadas em trabalhar de forma mais inteligente através da transformação digital,” disse Chris Turk, Vice-Presidente EMEA da Intapp. “Nunca foi tão desafiador operar um escritório jurídico com lucro, e tudo começa com a captura precisa e transparente do tempo que os advogados passam a trabalhar. Ao implementar a tecnologia abrangente e avançada do Intapp Time, as empresas economizam o equivalente ao tempo de 5,2 advogados por ano, o que corresponde a um valor líquido médio de US $ 522.400 em maior produtividade.”

“Estamos orgulhosos por apoiar o sucesso através da inovação, ação que a PLMJ demonstra com a sua decisão de se associar à ROOX e à Intapp na sua solução de registo de tempos e ao continuar a investir em tecnologias orientadas para o cliente,” acrescentou Danilo Teixeira, Head of Software Development na ROOX. “Apoiaremos a PLMJ ao longo do processo de implementação Intapp Time, bem como esperamos otimizar as suas soluções tecnológicas para melhor servirem os seus clientes.”

Sobre Intapp

A Intapp capacita empresas conectadas. Com a confiança de mais de 1.600 das principais firmas jurídicas, de bancos de investimento, capital privado, contabilidade e consultoria do mundo, a Intapp oferece software de gestão de firmas conectadas de ponta a ponta, baseado na cloud, desenvolvido para as necessidades exclusivas de firmas lideradas por parceiros. Intapp ajuda a aprimorar a colaboração, exponenciar conhecimento coletivo, transformar a tomada de decisões e impulsionar o sucesso. O nossos produtos e serviços abrangem todo o ciclo de vida de engagement – desde a estratégia até à origem e execução – para gerar resultados ideais. Para obter mais informações, visite intapp e conecte-se connosco no Twitter (@Intapp) e LinkedIn.

Sobre PLMJ

PLMJ é um escritório de advogados com sede em Portugal que alia um serviço completo a um trabalho jurídico personalizado. Por mais de 50 anos, a empresa adotou uma abordagem inovadora e criativa para produzir soluções sob medida para defender com eficácia os interesses dos seus clientes. Apoiamos clientes em todas as áreas do Direito, muitas vezes com equipas multidisciplinares, e sempre atuando como um parceiro de negócios nos processos de tomada de decisão mais estratégicos.

 

Sobre ROOX

A ROOX é uma empresa fundada em 2001, com foco na entrega a 360º de produtos e serviços de IT a empresas de serviços profissionais. A dinâmica do mercado de serviços, a qual assenta em produtividade, melhoria contínua e diferenciação, levou-nos a focar os nossos esforços na adequação constante dos meios tecnológicos aos utilizadores. O princípio da humanização da tecnologia, está subjacente em tudo o que fazemos, porque entendemos que a tecnologia tem de ser natural e envolvente, e não uma barreira ou força de fricção.

Somos hoje uma equipa de 60 pessoas, presentes em 4 geografias e 3 países, através de empresas participadas e rede de parceiros.

ROOX, uma empresa especialista em IT para empresas de serviços profissionais.

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Sucesso da presidência portuguesa será medido pelo avanço nas vacinas e fundo de recuperação

Os analistas do banco holandês ING consideram que a presidência português será julgada pelo sucesso da vacinação e da implementação do fundo de recuperação europeu.

Portugal segura no leme da presidência do Conselho da União Europeia numa altura em que, apesar de ter as suas próprias prioridades, a realidade dominará o trabalho. Os analistas do banco holandês ING consideram que o sucesso da vacinação e do arranque do fundo de recuperação europeu será crucial para fazer o julgamento sobre os seis meses de presidência portuguesa.

Na nossa opinião e de forma a estimular a recuperação da Zona Euro, os dois assuntos mais importantes para a presidência portuguesa passam por um eficiente lançamento do programa de vacinação em conjunto com a implementação total do fundo de recuperação europeu“, escrevem os analistas do ING numa nota divulgada esta quinta-feira, concluindo que o sucesso da presidência não será definido pelas prioridades portuguesas mas por estes dois temas centrais para a UE.

Os analistas identificaram uma “longa lista de desejos” por parte da presidência portuguesa com o foco nos assuntos sociais, nomeadamente sobre o sistema de imigração europeu e o pilar dos direitos sociais, nas relações com a Índia e África e ainda a promoção das prioridades europeias da dupla transição digital e ambiental. Contudo, a realidade veio impor as suas próprias urgências que a presidência portuguesa não poderá ignorar, desde logo a “revitalização” das relações entre os Estados Unidos e a UE após a tomada de posse de Joe Biden a 20 de janeiro, ainda que o recente acordo de investimento com a China possa causar algum atrito.

Certo é que a pandemia continuará a dominar a atualidade, seja na saúde pública (e vacinação) seja na frente económica. Os analistas do ING consideram que a implementação do Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2021-2027 e do fundo de recuperação europeu (Próxima Geração UE) é “crucial”, tendo um impacto no crescimento de curto prazo. Além da aprovação da legislação dos recursos próprios em todos os Estados-membros, os países têm de apresentar planos sobre como vão gastar o dinheiro no máximo até 30 de abril.

A nossa expectativa é que o fundo de recuperação europeu vá estimular o crescimento económico no segundo semestre deste ano ao aumentar o investimento público“, antecipam os analistas do ING, avisando que ainda não é claro de que forma as empresas privadas poderão juntar-se a este esforço de investimento dado que a sua capacidade financeira foi afetada pela pandemia. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, espera que a Comissão Europeia emita em nome da UE dívida em abril pelo que as primeiras tranches ainda podem sair no primeiro semestre.

Do lado da saúde, além das restrições e da coordenação europeia nas fronteiras, o foco estará na vacinação, cujo processo parece estar a ser mais lento na UE do que no Reino Unido, por exemplo. Estes meses também deverão ser o palco de discussão do “certificado de vacinação” proposto pelo primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, para estimular o turismo. Mas a tensão maior estará na compra de mais vacinas com alguns países a inclinarem-se para aquisições nacionais em vez de centralizadas na Comissão Europeia. “Um dos maiores desafios da presidência portuguesa é o equilíbrio entre os interesses nacionais e os europeus“, concluem os analistas do ING.

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Nas notícias lá fora: Brexit, eleições Catalunha e Tesla

  • ECO
  • 14 Janeiro 2021

Barnier avisa que fricção nas fronteiras é o "novo normal" pós-Brexi. Catalunha quer desconvocar eleições devido à Covid-19. Regulador norte-americano notifica Tesla para recolher 158 mil veículos.

O Brexit continua a dar que falar e o negociador chefe da União Europeia avisou esta quinta-feira que haverá muitos atritos regulatórios entre o Reino Unido e a UE que não será possível suavizar. Na Catalunha, a Generalitat já está a preparar um decreto para cancelar as eleições catalãs de 14 de fevereiro, devido à pandemia da Covid-19 e ao aumento do número de infetados. Nos EUA, o regulador norte-americano notifica Tesla para recolher 158 mil veículos no país devido a problemas de segurança. Na China, as exportações cresceram mais do que o esperado. O construtor automóvel francês Renault vai aumentar a meta de redução de custos.

Financial Times

Barnier avisa que fricção nas fronteiras é o “novo normal” pós-Brexit

O negociador chefe da União Europeia nas negociações do Brexit avisou esta quinta-feira que haverá muitos atritos regulatórios entre o Reino Unido e a UE que não será possível suavizar. “Há consequências mecânicas, óbvias e inevitáveis quando se deixa o mercado único e isso era o que os britânicos queriam fazer”, admite Michel Barnier, citado pelo Financial Times, alertando o Governo britânico de que arrisca perder o regime de tarifas zero e quotas zero com a UE se divergir demasiados dos padrões regulatórios europeus. “Este acordo não será renegociado e agora tem de ser implementado”, disse.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

Reuters

Exportações da China superam expectativas e sobem em dezembro

Os dados do comércio internacional de dezembro divulgados esta quinta-feira indicam que as exportações chinesas cresceram mais do que o esperado, sugerindo que as disrupções criadas pela pandemia em vários países nesse mês levaram a uma maior procura por bens chineses. Esta evolução acontece mesmo quando a moeda chinesa está mais forte, o que torna mais caros os produtos para compradores externos. Por outro lado, a recuperação económica chinesa também levou a um maior apetite por produtos estrangeiros em dezembro, com o crescimento das importações também a superar as expectativas.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

El Confidencial

Generalitat está a preparar decreto para desconvocar eleições devido à Covid-19

A Generalitat já está a preparar um decreto para cancelar as eleições catalãs de 14 de fevereiro, de acordo com fontes parlamentares. O motivo da suspensão das eleições centra-se no crescimento descontrolado do coronavírus, embora na Catalunha os casos positivos estejam a crescer a uma taxa de 2% ao dia, uma percentagem menor quando comparada com os números globais de Espanha. Para a Generalitat o direito de voto deve ser garantido ao número máximo de catalães e que o mais tardar, em junho, “todos os catalães” podem votar.

Leia a notícia completa no The Economic Times (acesso livre, conteúdo em espanhol)

The Economic Times

Regulador norte-americano notifica Tesla para recolher 158 mil veículos nos EUA

A agência norte-americana responsável pela segurança automóvel (NHTSA) notificou o fabricante Tesla para que recolha 158 mil veículos nos Estados Unidos, devido a problemas de segurança. De acordo com a AFP, o problema estará relacionado com o esgotamento das capacidades de memória do computador de bordo, em particular com o sistema de info-divertimento, o que pode aumentar o risco de acidentes.

Leia a notícia completa no The Economic Times (acesso livre, conteúdo em inglês)

Business Insider

Renault aumenta meta de redução de custos

O construtor automóvel francês Renault disse, esta quinta-feira, que aumentou o seu objetivo em reduzir os custos de 500 milhões de euros (608 milhões de dólares) para 2,5 mil milhões de euros em 2023. Para além da redução de custos, o grupo estabeleceu objetivos para aumentar gradualmente as margens à medida que se concentra no lançamento de automóveis mais rentáveis. O novo presidente executivo, Luca de Meo, adiantou ainda que a empresa reduziria o número de veículos produzidos, diminuindo assim os gastos em investigação e desenvolvimento, e simplificaria os processos de fabrico.

Leia a notícia completa no Business Insider (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Marcelo considera endividamento inevitável, mas credores acreditam em Portugal

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2021

"Prolongar a pandemia significa prolongar a crise, mais X meses de pandemia são mais X meses de crise profunda", alerta o candidato Marcelo Rebelo de Sousa em entrevista à antena 1.

O Presidente da República e recandidato ao cargo considera que é inevitável Portugal endividar-se mais, face às consequências da pandemia de Covid-19, mas que os credores acreditam na capacidade de gestão orçamental do país.

Num excerto de uma entrevista à Antena 1 divulgado esta quinta-feira, questionado se há espaço para o país se endividar mais, Marcelo Rebelo de Sousa responde: “Sabe que quando não há outro remédio, tem de ser”.

Interrogado, depois, sobre qual o limite para o endividamento do Estado, o Presidente da República e candidato às presidenciais de 24 de janeiro realça que “até agora tem sido surpreendente” o resultado das emissões de dívida portuguesa nos mercados internacionais.

“Por exemplo, tivemos uma emissão de dívida a dez anos pela primeira vez negativa, com taxas de juro negativas”, assinala, concluindo: “Quer dizer, os credores estão a acreditar na capacidade de gerir o Orçamento e de não entrar numa perda irreversível ou muito grave em termos de dívida pública”.

Marcelo Rebelo de Sousa refere que “há uma parte do financiamento europeu que é para a saúde, e há de chegar”, mas chama a atenção para os custos globais dos efeitos da pandemia de Covid-19 na economia, comparando-os com a chamada “bazuca” de apoios da União Europeia.

“A pandemia vai custar toda, e provavelmente não se sabe se não custa mais, tanto quanto o valor da bazuca, tirando o quadro financeiro multianual. Portanto, a bazuca bazuca, correspondente ao Plano de Recuperação e Resiliência, vai valer 15 mil milhões, 16 mil milhões, que é, tudo somado, quando fizermos contas, um ano ou mais de um ano, um ano e meio de pandemia”, calcula.

A propósito dos prejuízos económicos que resultarão do confinamento decidido na quarta-feira pelo Governo, o Chefe de Estado e recandidato ao cargo apoiado por PSD e CDS-PP argumenta que também é preciso ter em conta o que aconteceria num cenário de agravamento continuado da Covid-19 em Portugal.

“Se a pandemia se agrava ao ritmo a que se estava a agravar, isto quer dizer prolongar a pandemia. Prolongar a pandemia significa prolongar a crise, mais X meses de pandemia são mais X meses de crise profunda. Portanto, as pessoas têm de ver, mesmo do ponto de vista da economia e da sociedade, o não tentar conter e travar e inverter a tendência significa termos o primeiro trimestre perdido, entrava-se no segundo trimestre numa situação desgraçada, e o que isso significaria em metade do ano para a economia e para a sociedade”, aponta.

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