Eutanásia: Partidos chegam a acordo para ultrapassar “chumbo” do Tribunal Constitucional

  • Lusa
  • 22 Julho 2021

PS, BE, PAN, PEV e IL, partidos com projetos sobre a eutanásia, acordaram um texto final para ultrapassar o “chumbo” do TC desta lei, ficando a votação para a próxima sessão legislativa.

PS, BE, PAN, PEV e Iniciativa Liberal, partidos com projetos sobre a eutanásia, acordaram esta quinta-feira, em reunião informal, um texto final para ultrapassar o “chumbo” do Tribunal Constitucional desta lei, ficando a votação para a próxima sessão legislativa.

À agência Lusa, a deputada do PS Isabel Moreira, responsável pela proposta de “texto base” que serviu para este trabalho entre os cinco partidos proponentes, adiantou que esta quinta-feira à tarde, numa reunião informal, foi alcançado o acordo para um texto final.

Segundo Isabel Moreira, segue-se agora um trabalho de “revisão cuidadosa de todo o texto”, o que será feito com “toda a cautela”, ficando o agendamento e votação do texto para “depois do verão”, ou seja, na próxima sessão legislativa uma vez que a Assembleia da República entra no final do mês em período de férias parlamentares.

“No texto de sugestão que entreguei inicialmente tive muito cuidado par fazer um trabalho muito apurado”, explicou, adiantando que neste formato informal os restantes partidos apresentaram propostas pontuais.

Também à agência Lusa, o deputado do BE José Manuel Pureza explicou que com este acordo entre os partidos o texto “ficou estabilizado” e que, na próxima sessão legislativa, depois da redação final, devidamente revista, será informada a conferência de líderes para proceder ao agendamento.

“A reunião informal desta quinta-feira permitiu que os partidos chegassem à acordo sobre os conteúdos da nova redação da lei que permita responder aos problemas levantados pelo Tribunal Constitucional”, acrescentou o bloquista.

O Tribunal Constitucional chumbou em 15 de março, por uma maioria de sete juízes contra cinco, a lei sobre a morte medicamente assistida, em resposta a um pedido de fiscalização preventiva feito pelo Presidente da República.

Os juízes analisaram se os conceitos de “sofrimento intolerável” e “lesão definitiva de gravidade extrema de acordo com o consenso científico” tinham ou não “caráter excessivamente indeterminado”, dando razão a Marcelo Rebelo de Sousa apenas relativamente ao segundo conceito.

Apesar de não constar do pedido do chefe de Estado, o TC entendeu tomar posição sobre a questão de fundo e considerou que a inviolabilidade da vida humana consagrada na Constituição não constitui um obstáculo inultrapassável para se despenalizar, em determinadas condições, a antecipação da morte medicamente assistida.

Face à declaração de inconstitucionalidade, o Presidente da República vetou o diploma e devolvendo-o ao parlamento.

No parlamento, em 29 de janeiro, votaram a favor do diploma a maioria da bancada do PS, 14 deputados do PSD (incluindo Rui Rio), todos os do BE, do PAN, do PEV, o deputado único da Iniciativa Liberal e as deputadas não inscritas Cristina Rodrigues (ex-PAN) e Joacine Katar Moreira (ex-Livre).

Votaram contra 56 deputados do PSD, nove do PS, todos os do PCP, do CDS-PP e o deputado único do Chega.

Numa votação em que participaram 218 dos 230 deputados, com um total de 136 votos a favor e 78 contra, registaram-se duas abstenções na bancada do PS e duas na do PSD.

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UGT suspeita de cartelização na banca para despedimentos no setor

  • Lusa
  • 22 Julho 2021

A UGT manifestou numa carta ao primeiro-ministro, a suspeita de que existe cartelização entre os grandes bancos para uma redução inédita de postos de trabalho no setor.

A UGT manifestou esta quinta-feira, numa carta ao primeiro-ministro, a suspeita de que existe cartelização entre os grandes bancos para uma redução inédita de postos de trabalho no setor, alegando os efeitos da pandemia da Covid-19.

“A situação na banca é tão dramática que a UGT e os seus sindicatos do setor (Mais Sindicato, SBN e SBC) se atrevem a suspeitar que existe cartelização entre os grandes bancos para uma redução histórica e inédita de postos de trabalho no setor à custa da pandemia e dos seus efeitos”, alertou a central sindical numa carta a António Costa.

A UGT questiona na missiva a possibilidade de, “em nome de um eventual fator concorrencial”, todos os bancos terem “decidido em simultâneo extinguir milhares de postos de trabalho”.

Uma centena de sindicalistas da UGT manifestaram-se esta quinta-feira junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, onde entregaram uma carta reivindicativa a reclamar urgência na resolução dos problemas dos trabalhadores portugueses.

Na carta dirigida a António Costa, a central sindical expõe “um conjunto de preocupações, que afetam centenas de milhares de trabalhadores”, no contexto da pandemia da Covid-19, “aproveitado por muitos para promover a desregulação laboral, impondo restruturações agressivas e intoleráveis pela pressão e assédio”.

Lembrando a disponibilidade de sempre da UGT e dos seus sindicatos para o diálogo social, a central criticou alguns membros do Governo por não compreenderem as virtudes da negociação coletiva, nomeadamente os ministros da Educação, da Saúde, da Justiça e da Administração Pública.

“O exemplo vem sempre de quem está no topo da governação do Estado. E o setor privado copia sempre o que de pior o Estado exemplifica”, diz o documento.

A carta salienta “a destruição de milhares de postos de trabalho”, em empresas como a TAP, a Altice e na banca, “situações a que urge pôr cobro”.

A carta, com oito páginas, fala ainda do bloqueio da negociação coletiva e da secundarização da concertação social.

Defende que sejam retomados os valores das indemnizações por despedimento que vigoravam antes da intervenção da ‘troika’ e a imposição ao setor privado de limites nos despedimentos e rescisões.

A carta da UGT, aprovada por unanimidade em secretariado nacional, termina com a central a disponibilizar-se para “transmitir de viva voz as preocupações que grassam na sociedade portuguesa e que carecem de uma resposta social e política urgente”.

A entrega da carta foi antecedida por discursos de protesto de dirigentes das principais estruturas sindicais da UGT.

Foi o caso de José Abraão, secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública, que reclamou a retoma das negociações no setor, com vista à melhoria dos salários e das carreiras, sob pena de serem desencadeados protestos nacionais ou setoriais, nomeadamente greves.

Antes da concentração de protesto, durante a manhã, realizou-se a reunião mensal do secretariado nacional da UGT que aprovou uma moção em defesa dos trabalhadores bancários, vítimas de despedimentos, e a reivindicar a intervenção do Governo para que acabe com “o clima de chantagem e medo que se vive na banca”.

Grandes bancos portugueses preveem cortar milhares de postos de trabalho, sendo BCP e Santander Totta os que têm processos mais ‘agressivos’.

O Santander Totta tem um plano de reestruturação que prevê a saída de mais 685 pessoas através de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo (sem acesso a subsídio de desemprego), depois de centenas já terem saído desde setembro de 2020. A comissão de trabalhadores estima que as saídas ascendam a 1400 funcionários entre setembro de 2020 e o mesmo mês deste ano.

Já o BCP quer que saiam 1.000 empregados através de reformas antecipadas ou rescisões por mútuo acordo (sem acesso a subsídio de desemprego).

A UGT aprovou ainda uma moção a reclamar o cumprimento do Acordo coletivo das Águas de Portugal e o Acordo de Empresa da EPAL, nomeadamente a atualização dos salários.

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Abanca cresce 12% em prémios de seguro no primeiro semestre

  • ECO Seguros
  • 22 Julho 2021

O banco espanhol que desenvolveu oferta própria no seguro automóvel duplicou resultados neste ramo até junho, um desempenho que beneficiou da parceria com a CA Assurances.

Abanca, instituição galega que tem a CA Assurances como parceira em operação conjunta iniciada em outubro de 2020 nos seguros, encerrou o primeiro semestre com lucros de 157 milhões de euros, mais 18% do que um ano antes e a comparar com 137 milhões de ganhos alcançados no primeiro trimestre de 2021.

Nos seguros, impulsionada pela empresa conjunta lançada com a seguradora francesa (ABANCA Seguros Generales), o banco registou “forte aumento da atividade seguradora, que duplicou no negócio dos seguros automóveis,” indicou a instituição que, recentemente, inaugurou um centro de investimento em Ponta Delgada, nos Açores

Os prémios dos seguros gerais e dos seguros de vida “cresceram 11,6%, com um desempenho muito homogéneo nos diferentes segmentos,” refere o comunicado no site da instituição. “Os pagamentos de proteções cresceram 17%, os de vida-risco 13%, os de saúde 13% e os de automóvel 9%”, detalha.

Sobre o desempenho bancário, a entidade refere que as receitas recorrentes por produtos e serviços bancários aumentaram 10,4%, impulsionando a margem financeira 11%.

Com crescimento homólogo de 21,2%, o volume de negócio, já a incluir a atividade da rede Novo Banco em Espanha (que o banco galego adquiriu pelo preço simbólico de um euro), eleva-se acima de 107.000 milhões de euros.

A entidade destaca ainda “a recuperação da atividade comercial, que ultrapassou os níveis dos primeiros seis meses de 2019 em linha como a formalização de crédito habitação (+30,4%)” e operações de financiamento às empresas. “O bom desempenho do ABANCA, durante o segundo trimestre deste ano foi sustentado pela solidez das receitas recorrentes, complementado pelo controlo de custos e contenção do custo do risco.

Para enfrentar a fase “recuperação da economia”, o banco afirma “posição financeira sólida“.

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Fotos de telemóvel resolvem sinistro automóvel em 5 minutos

  • ECO Seguros
  • 22 Julho 2021

O DAT Group lançou em Portugal um software que faz esquecer agendamentos de peritagens e sucessivas visitas a oficinas. App no telemóvel do segurado analisa os danos e permite escolher o que fazer.

 

O novo software identifica e analisa os danos permitindo resposta imediatas aos segurados.

O Grupo DAT acaba de lançar em Portugal o seu software de inteligência artificial para analisar danos de um automóvel causados por acidentes e desgaste. O software de IA (Inteligência Artificial) DAT7XM utiliza fotografias para detetar peças danificadas e diferentes tipologias de danos.

Para Hugo Baptista, Business Development Manager da DAT Ibérica, filial da alemã DAT Group -que está em Portugal desde 2018-, “o software permite automatizar até 65% do processo de gestão de sinistros com um tempo de resposta de resolução final e apresentação de proposta ao segurado ou cliente inferior a 5 minutos”. Segundo o gestor, este software apresenta “uma viragem na ótica da gestão no sentido que permite que seja o business inteligence do próprio cliente a configurar o sistema de forma a que o resultado final seja o mais próximo possível à realidade do cliente e ao seu modus operandi”.

Exemplificando, Hugo Baptista explica a situação do sinistro mais comum em Portugal, um toque entre duas viaturas sem consequências para a sua capacidade de circular. Este software da DAT “permite que o segurado imediatamente tome as fotos da sua viatura sinistrada e consoante as regras definidas que poderão ser desde a localização GPS, à marca e modelo da viatura, a apólice do segurado, à própria telemetria e quilometragem da viatura, tomar em consideração as regras previamente definidas num workflow para tomar a melhor decisão”.

Ainda segundo o gestor, este novo produto aumenta a capacidade de resposta e rapidez na resolução de um sinistro. Destaca a ótica do cliente que vê “uma situação por norma desagradável e demorada, com agendamentos de peritagens, visitas a oficinas, deslocações e contactos diretos, substituída por uma ferramenta no seu próprio telemóvel que permite obter resposta em menos de 5 minutos”. Do lado das vistorias, Hugo Baptista salienta que a ferramenta da DAT “permite verificar se a viatura a segurar tem danos, quais os custos de reparação e qual o valor atual de mercado em menos de 5 minutos, podendo assim apresentar uma proposta de seguro em tempo record ao cliente”.

O produto é dirigido principalmente às seguradoras na vertente regularização de sinistro e de vistorias mas a empresa lembra que também interessa às empresas de leasing e renting para retornos e buy-back, e aos concessionários numa ótica de gerador de leads para reparações e retomas.

O DAT7XM teve um lançamento de produto “bem sucedido” em Itália e na Alemanha, afirma a DAT e está em implantação simultânea noutros países. Já está disponível em Portugal.

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Luís Filipe Vieira quer pagar caução com imóvel e ações do Benfica

Defesa de Vieira já entregou proposta para pagar caução de três milhões de euros. Resta agora saber se o juiz de instrução vai aceitar.

O ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, pretende pagar a caução de 3 milhões de euros através de um imóvel e de ações do Benfica. A proposta já foi entregue pela defesa do arguido, avançou a TSF e o ECO confirmou.

O juiz Carlos Alexandre tem agora de decidir se a caução é aceite. O prazo de pagamento da caução era até 30 de Julho.

O arguido está em prisão domiciliária, sem pulseira eletrónica, até prestar a caução de três milhões de euros, que poderá ser em numerário, garantia bancária, títulos ou até hipoteca de imóveis. É foi a decisão do juiz Carlos Alexandre no caso “Cartão Vermelho”, depois de ter interrogado Vieira, com funções já suspensas no Benfica. São medidas “manifestamente excessivas”, diz o advogado Magalhães e Silva, mas não está decidido se haverá recurso dessa decisão. “Ele (Luís Filipe Vieira) saiu do tribunal em liberdade”, disse o advogado à saída do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

De acordo com o comunicado oficial, a Luís Filipe Vieira foi imposta “a proibição de contactar, por qualquer meio, com os demais arguidos (com exceção do arguido Tiago Vieira) e ainda com Nuno Sérgio Durães Lopes, António Rodrigues de Sá, Vítor Manuel Dantas de Machado, José Gouveia, Diogo Chalbert Santos, Vítor Fernandes e qualquer administrador ou funcionário do Novo Banco, bem como membro da administração da Sport Lisboa e Benfica SAD“. Ressaltam, aqui, além dos administradores da SAD, o gestor Vítor Fernandes, que foi administrador do Novo Banco e está indigitado para chairman do Banco de Fomento, e qualquer administrador do próprio Novo Banco.

No caso de Luís Filipe Vieira, estão em causa estão suspeitas de “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento” por “factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente”. Os quatro detidos, incluindo Vieira, são suspeitos de estarem envolvidos em “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”.

Já o empresário José António dos Santos, popularmente conhecido como ‘o rei dos frangos’, terá de prestar uma caução de dois milhões de euros. “Fundamental é o regresso imediato a casa”, disse o advogado Castanheira Neves. O filho de Vieira, Tiago Vieira, tem de pagar uma caução de 600 mil euros. Já o agente de futebol Bruno Macedo terá de pagar uma caução de 300 mil euros.

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Macron muda de telefone e de número após suspeita de espionagem pelo Pegasus

  • Lusa
  • 22 Julho 2021

O presidente francês, Emmanuel Macron, mudou de telefone e de número após suspeita de espionagem no caso Pegasus.

O presidente da república francês, Emmanuel Macron, mudou de telefone e de número de telefone após o seu antigo número ter sido encontrado numa lista alegadamente cedida pelos serviços secretos de Marrocos à empresa israelita NSO Group.

A informação foi divulgada esta quinta-feira pelos meios de comunicação franceses e a decisão terá sido tomada após uma reunião do Conselho de Defesa convocado pelo chefe de Estado francês para hoje de amanhã no Palácio do Eliseu.

O Conselho apreciou as denúncias do consórcio de jornalistas Forbideen Stories que revelou a espionagem feita através do ‘software’ Pegasus, levada a cabo pela empresa israelita NSO Group.

O número de Macron, que este detinha, pelo menos, desde 2017, figurava na lista de cerca de 50.000 revelada pela equipa de jornalistas de investigações.

O número do Presidente francês, mas também de Edouard Philippe, antigo primeiro-ministro e de pelo menos 14 ministros constava numa lista dos números que Marrocos terá pedido à empresa israelita para espiar.

O Presidente também terá decidido esta quinta-feira, segundo diferentes meios de comunicação franceses, reforçar as medidas de cibersegurança nas suas comunicações.

Marrocos, que nega as acusações de espionagem, apresentou esta quinta-feira em França uma queixa por difamação contra o consórcio de jornalistas Forbidden Stories e a Amnistia Internacional, que colaborou na investigação internacional.

Hoje, a Amnistia Internacional, citando o The Washington Post, reportou que os telefones de 14 chefes de Estado e Governo e centenas de funcionários de governos poderão ter sido espiados pelo software Pegasus.

Segundo um comunicado da AI, o The Washington Post, que também faz parte do consórcio jornalístico que investiga o caso, revelou que os números de telefone de 14 chefes de Estado e de Governo foram incluídos numa lista como pessoas de interesse pelos clientes da empresa NSO Group.

Para além do Presidente francês, esta lista inclui o rei de Marrocos, Mohammed VI, o Presidente iraquiano, Barham Salih, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, e o primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly.

Também estão incluídos o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, o primeiro-ministro marroquino, Saad-Eddine El Ohtmani, o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, o primeiro-ministro do Uganda, Ruhakana Rugunda, e o primeiro-ministro belga, Charles Michel.

A lista continha números de telefone de mais de 600 funcionários de Governos e políticos de 34 países.

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Presidente da República promulga diploma que prolonga moratórias

  • Lusa
  • 22 Julho 2021

Marcelo Rebelo de Sousa sublinha, no entanto, que o diploma depende da "intervenção legislativa do Governo e atuação da Autoridade Bancária Europeia".

O Presidente da República promulgou esta quinta-feira o decreto parlamentar que prolonga até ao final do ano as moratórias bancárias, mas refere que os princípios consagrados vão depender ainda da intervenção legislativa do Governo e da atuação da EBA.

Tendo presente que os princípios consagrados, em última análise, vão depender de intervenção legislativa do Governo e atuação da Autoridade Bancária Europeia – tudo revelando um manifesto realismo, o Presidente da República promulgou hoje o decreto da Assembleia da República que procede à prorrogação das moratórias bancárias, alterando o Decreto-Lei n.º 10-J/2020, de 26 de março”, refere uma nota publicada hoje no site oficial da Presidência.

Em causa está o diploma aprovado pela Assembleia da República em 18 de junho sobre a prorrogação e alargamento das moratórias bancárias, que terminam no final de setembro, até 31 de dezembro, na componente de reembolso de capital, para particulares e empresas de setores especialmente afetados pela pandemia de covid-19.

O texto final apresentado pela Comissão de Orçamento e Finanças relativo a um projeto de lei do PCP foi aprovado na votação final global com a abstenção do PS e votos a favor do PSD, Bloco de Esquerda, PCP, CDS-PP, PAN, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e as deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues.

Segundo o diploma, “as entidades que pretendam beneficiar da prorrogação prevista no presente artigo devem comunicar às instituições esse facto no prazo mínimo de 20 dias anteriores à data de cessação da medida de apoio de que beneficiam”.

Ao longo dos últimos meses foram vários os alertas sobretudo do Banco de Portugal sobre a necessidade de Portugal não adotar soluções fora do quadro da EBA.

Em 08 de julho o Governo aprovou em Conselho de Ministros garantias públicas para os setores mais afetados pela pandemia de covid-19, destinando-se ao período pós-moratórias, prevendo que o Estado garanta 25% do crédito sob moratória.

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Gonçalo de Sampaio reeleito presidente do grupo português da AIPPI

Gonçalo de Sampaio, Sócio da J.E. Dias Costa, foi reeleito para o Presidente do Grupo Português da AIPPI, a delegação nacional da Associação Internacional para a Proteção da Propriedade Intelectual.

Gonçalo de Sampaio, sócio da J.E. Dias Costa, foi reeleito para o cargo de Presidente do Grupo Português da AIPPI, a delegação nacional da Associação Internacional para a Proteção da Propriedade Intelectual, a organização líder a nível mundial dedicada ao desenvolvimento e estudos da Propriedade Intelectual. É uma associação politicamente neutra, sem fins lucrativos, atualmente com cerca de 9000 membros que representam mais de 100 países.

O Grupo Português da AIPPI tem contribuído para o aperfeiçoamento da legislação portuguesa sobre a proteção da propriedade industrial, com base em orientações da AIPPI e nos estudos de direito comparado, e para promover a harmonia da legislação portuguesa com a jurisprudência e a prática administrativa comunitária em matéria de propriedade industrial. Da mesma forma tem tido um papel ativo na colaboração com entidades públicas e forças de segurança no acompanhamento de matérias respeitantes à contrafação, um flagelo que afeta a economia europeia e portuguesa e que ofende a integridade dos agentes económicos titulares ou beneficiários de direitos de Propriedade Intelectual.

Para o biénio 21/22, integram a direção liderada por Gonçalo de Sampaio (J.E. Dias Costa), como Vice-Presidente, António Trigueiros de Aragão (RCF), Secretário, Claúdia Serrano (J.Pereira da Cruz), Tesoureiro, César Bessa Monteiro (Abreu Advogados) e Vogal, Gonçalo Paiva e Sousa (Gastão Cunha Ferreira)

José de Novaes Ataíde (Francisco de Novaes) e Ana Rita Paínho (Sérvulo & Associados) renovam, respetivamente, os mandatos como Presidente da Assembleia Geral e Presidente do Conselho Fiscal.

De acordo com Gonçalo de Sampaio: “Além de procurar, no mandato que agora se renova, ter uma voz ativa no que respeita a políticas públicas, legislação e regulamentação na área da Propriedade Intelectual, reforçando a colaboração institucional com os Ministérios da Justiça, da Economia e da Ciência e Ensino Superior, além de com o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual, que é triplamente tutelado por estes Ministérios, iremos também procurar – no quadro de inovação que o Plano de Recuperação e Resiliência, e outros instrumentos de financiamento comunitário, irão potenciar – sensibilizar o Estado Português, assim como as principais Associações Empresariais em Portugal, para a importância de proteger a inovação e o desenvolvimento tecnológico. O caminho de proteção da inovação made in Portugal, através da constituição de direitos económicos, é o que permitirá afirmar a economia de base inventiva, criativa e tecnológica no contexto pós-pandémico. O papel que a AIPPI poderá desempenhar, como parceiro ativo na promoção de uma agenda capaz de criar um cultura efetiva de salvaguarda e proteção da propriedade intelectual em Portugal é um objetivo central deste mandato que agora se inicia”.

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Parlamento aprova lei que obriga Governo a divulgar verbas do Orçamento para fundações

  • Lusa
  • 22 Julho 2021

A nova versão da lei-quadro das fundações foi aprovada com votos a favor de PS, PSD, PCP, PAN e PEV.

O parlamento aprovou esta quinta-feira uma lei-quadro que obriga o Governo a divulgar anualmente, com atualização trimestral, as verbas do Orçamento do Estado para fundações e que reforça o controlo do Tribunal de Contas sobre estas entidades.

A nova versão da lei-quadro das fundações – criada em 2012 por iniciativa do então executivo PSD/CDS-PP e revista em 2015 – foi aprovada em votação final global com votos a favor de PS, PSD, PCP, PAN e PEV e abstenções de BE, CDS-PP, Chega, Iniciativa Liberal e das deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues, para entrar em vigor em 01 de janeiro de 2022.

O texto final aprovado, apresentado pela Comissão de Assuntos Constitucionais, teve como base uma proposta de lei do Governo que deu entrada no parlamento em 21 de maio, mas a obrigação de divulgação das verbas destinadas a fundações foi introduzida na especialidade, assim como as alterações que reforçam o controlo por parte do Tribunal de Contas.

Até ao fim de março de cada ano, o Governo assegura a divulgação pública, com atualização trimestral, da lista de financiamentos por via de verbas do Orçamento do Estado a fundações“, lê-se num novo artigo aditado à lei-quadro das fundações, proposto pelo PAN, aprovado na especialidade nesta quarta-feira, com a abstenção do PCP.

Também por proposta do PAN, com posteriores mudanças sugeridas pelo PS, o número 3 do artigo 16.º passa a estabelecer que “as fundações privadas que beneficiem de apoios financeiros públicos estão sujeitas à fiscalização e controlo dos serviços competentes do Ministério das Finanças e ao controlo do Tribunal de Contas relativamente à utilização desses apoios”.

De acordo com o relatório da discussão e votação na especialidade, PSD e CDS-PP votaram contra esta nova redação. A norma atualmente em vigor determina apenas que “as fundações privadas que beneficiem de apoios financeiros estão sujeitas à fiscalização e controlo dos serviços competentes do Ministério das Finanças”.

Na especialidade, foi ainda alterada a redação do artigo 54.º, nos termos do qual “as fundações públicas ficam sujeitas ao regime de gestão económico-financeira e patrimonial previsto na lei quadro dos institutos públicos”, para se acrescentar o seguinte: “Nomeadamente, à jurisdição do Tribunal de Contas, sem prejuízo das demais obrigações legalmente estabelecidas”.

Esta mudança, que partiu igualmente de uma proposta do PAN, com posteriores contributos feitos oralmente por PSD e PAN, foi aprovada por unanimidade na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

A lei-quadro em vigor já prevê, no número 2 do artigo 52.º, que se aplica às fundações, entre outros regimes, “o regime de jurisdição e controlo financeiro do Tribunal de Contas e da Inspeção-Geral de Finanças”. As introduções agora introduzidas vêm reforçar este princípio legal.

A proposta do Governo que esteve na base desta revisão legislativa foi aprovada na generalidade em 9 de julho, com votos a favor de PS, PSD, PCP, PAN, PEV e das deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues, e abstenções de BE, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal.

A proposta de lei que o Conselho de Ministros aprovou em 20 de maio continha alterações, que se mantêm no texto final aprovado, que obrigam as fundações a “submeter anualmente as suas demonstrações financeiras a certificação legal das contas”, em vez de “a uma auditoria externa”, e aumentam os seus limites de gastos com pessoal.

Em matéria de despesas, o limite atual “com pessoal e órgãos da fundação” no caso das fundações dedicadas sobretudo à “concessão de benefícios ou apoios financeiros à comunidade” é de “um décimo dos seus rendimentos anuais, devendo pelo menos dois terços destes ser despendidos na prossecução direta dos fins estatutários”, enquanto as fundações dedicadas à “prestação de serviços à comunidade” têm um limite de “dois terços dos seus rendimentos anuais”.

O Governo propôs que os limites inscritos no artigo 10.º da lei-quadro das fundações passem a respeitar apenas a “gastos com pessoal” e aumentem, no primeiro caso, para “15% dos seus rendimentos atuais”, retirando o dever de aplicar parte desse valor na prossecução direta dos fins estatutários, e para “70% dos seus rendimentos anuais”, no segundo caso.

Neste segundo caso, na especialidade, a percentagem subiu de 70% para 75%, por proposta do PSD, que teve votos contra de BE, PCP e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.

No parecer que emitiu sobre esta matéria, o Tribunal de Contas recomendou que este artigo 10.º se continuasse a referir, de modo mais abrangente, a “gastos com pessoal e órgãos da fundação” e que não se eliminasse a imposição de que parte das despesas tenham de ser diretamente aplicadas na prossecução dos fins das fundações.

Entre outras alterações à lei-quadro em vigor, o Governo propôs que a “utilização indevida do termo fundação na denominação de pessoas coletivas que não tenham sido reconhecidas como tal” constitua “contraordenação punível com coima, de 50 euros a mil euros, no caso de pessoas singulares, e de 500 euros a 10 mil euros, no caso de pessoas coletivas”.

Essa norma consta do texto final aprovado, com uma ressalva acrescentada na especialidade, apresentada pelo PS e aprovada por unanimidade, de que isso não se aplica quando, “tendo sido requerido o reconhecimento [como fundação] dentro do prazo previsto para o efeito, ainda não tenha sido emitida decisão”.

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EY quer preencher 130 vagas em setembro. E chegar às 300 contratações de jovens em pandemia

O foco deste processo de recrutamento está, sobretudo, nas competências comportamentais e não tanto no background académico dos candidatos.

Entre março de 2020 e junho de 2021, em plena pandemia, a EY Portugal contratou 170 jovens recém-formados, de forma totalmente digital. Mas o objetivo é ir mais longe: alcançar as 300 contratações. Para isso, em setembro, a consultora prevê recrutar mais 130 jovens profissionais.

“Temos vindo a estruturar o nosso processo de forma a que, sem abrir mão da exigência da avaliação, o recrutamento possa ser realizado da forma mais ágil possível. No caso dos New EYers, tipicamente, desde que um candidato chega para a primeira fase, até que tem uma resposta final da nossa parte podem decorrer entre três a quatro semanas”, explica Teresa Freitas, talent director da EY, em comunicado.

“A EY não discrimina o background, mas acaba por recrutar mais estudantes das áreas de business & administration e STEM. No entanto, também tem integrado estudantes de ciência política ou design”, avança a empresa à Pessoas. O foco, no entanto, está mais nas competências comportamentais e não tanto no background académico.

O processo de recrutamento contempla a análise curricular, uma entrevista por vídeo – na qual todos os candidatos respondem a quatro questões alinhadas com o modelo de competências da EY – um dia de speed interviews e dinâmicas de grupo e, finalmente, as entrevistas finais.

“A participação em projetos muito variados, a integração em equipas multidisciplinares e além-fronteiras, bem como as inúmeras oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, são alguns dos fatores que atraem estes jovens para a EY”, aponta Teresa Freitas.

Os interessados podem candidatar-se através do site dedicados aos New EYers e também da página de carreiras do site da EY.

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Observatório da Comissão Europeia põe Portugal e Lituânia na liga dos últimos do 5G

Último relatório do Observatório do 5G, um organismo da Comissão Europeia, confirma que só falta Portugal e Lituânia lançarem quinta geração na UE. Leilão português continua sem fim à vista.

O Observatório Europeu do 5G confirmou esta quarta-feira que Portugal e Lituânia vão mesmo ser os últimos países da União Europeia (UE) a terem serviços de quinta geração móvel. A notícia já tinha sido avançada pelo ECO, mas a informação é agora subscrita pelo organismo da Comissão Europeia que monitoriza o desenvolvimento do 5G a nível internacional.

“No final de junho de 2021, 25 dos 27 países da União Europeia (UE) beneficiavam de serviços 5G”, lê-se no mais recente relatório trimestral, acabado de publicar pelo observatório. A lista inclui todos os países da UE à exceção de Portugal e Lituânia, depois de Malta ter lançado as primeiras ofertas 5G a 19 de maio, deixando os outros dois numa “corrida” para ver quem será o último da região.

Alargando o espetro a toda a Europa, mais de metade dos países europeus têm serviços 5G. Entre os que ainda não beneficiam da tecnologia, como Portugal, estão, por exemplo, a Bielorrússia e a Ucrânia.

Mapa do 5G na União Europeia:

Fonte: IDATE DigiWorld via 5G Observatory

O relatório do Observatório Europeu do 5G reconhece que, em Portugal, o leilão multifaixa de licenças para o 5G, promovido pela Anacom, decorre há dezenas de dias (mais precisamente 131 dias).

Quanto à Lituânia, o relatório indica que estava previsto o leilão dos 700 MHz arrancar no primeiro trimestre, o que não se chegou a verificar, esperando-se ainda o leilão de frequências na faixa dos 3.4-4.2 GHz até ao fim do ano. Como noticiou o ECO em junho, o país tem sido impactado por interferências em frequências também usadas pela Rússia.

O 5G é a nova geração de rede móvel de comunicações, sendo considerado fundamental para a competitividade dos países. Em Portugal, Governo, Anacom e operadoras estão de acordo quanto ao potencial da tecnologia. Mas o processo de lançamento tem sido impactado por profundas divergências entre os três lados do triângulo, e ferido pela litigância.

Certo é que muitos dos países da UE que já têm 5G não concluíram necessariamente um leilão. No caso da Bélgica, o regulador nacional atribui licenças válidas até um eventual leilão, para não atrasar o lançamento da tecnologia. Noutros Estados-membros, as operadoras usaram tecnologias que permitem lançar ofertas de 5G sobre as frequências de 4G, nomeadamente o DSS (Dynamic Spectrum Sharing).

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Hotéis e restaurantes não têm de guardar testes nem resultados

  • Lusa
  • 22 Julho 2021

Mariana Vieira da Silva afirma que a resolução aprovada esta quinta-feira clarifica que não há necessidade de se guardarem os testes.

Os autotestes à covid-19 realizados pelos clientes da hotelaria e restauração, assim como os respetivos resultados não devem ser guardados, afirmou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no final da reunião do Conselho de Ministros.

Esta resolução [do Conselho de Ministros] faz a clarificação de que não se deve armazenar testes e os seus resultados depois da sua utilização”, precisou a ministra depois de questionada sobre qual o destino que deve ser dado aos autotestes exigidos aos clientes de hotéis, unidades de alojamento local para que possam realizar o ‘check-in’ e aos que pretendem consumir refeições no interior de restaurantes.

A questão surgiu na sequência de dúvidas colocadas pelas associações da hotelaria e da restauração sobre se e como devem descartar os testes, tendo a ministra Mariana Vieira da Silva afirmado que a resolução aprovada esta quinta-feira clarifica que não há necessidade de se guardarem os testes. Ficou no entanto por saber se podem ou não ser colocados no lixo.

Num comunicado divulgado recentemente a PRO.VAR – Associação Nacional de Restaurantes, pediu ao Governo para eliminar a medida que obriga à realização de testes nos restaurantes quando o cliente não está munido de um teste previamente realizado (dentro do período temporal válido para cada tipo de teste) ou de certificado digital.

Em alternativa, a PRO.VAR defende que sejam criadas unidades fixas e móveis junto de aglomerados de restauração onde técnicos de saúde pudessem realizar os testes necessários e despistar eventuais casos positivos.

Sublinhando que neste Conselho de Ministros não houve nenhuma decisão sobre mudança de regras ou medidas face às que estão definidas – e que não o fará enquanto não ocorrer a próxima reunião do Infarmed, marcada para dia 27 –, Mariana Vieira da Silva precisou que ao exigir um teste ou um certificado nos hotéis e nos restaurantes, o que o Governo está a fazer é a procurar aumentar a segurança com menos restrições.

Todos gostaríamos de não usar nenhum tipo de teste, evidentemente que sim, mas precisamente o que procuramos foi ter o maior número de respostas para ter este controlo”, referiu.

À luz das regras em vigor, o serviço de refeições no interior dos restaurantes exige a apresentação de um certificado digital ou de um teste negativo ou, em alternativa, a realização de um teste à entrada do espaço. Esta exigência abrange todos os concelhos considerados em risco elevado ou muito elevado de infeção, a partir das 19:00 de sexta-feira e durante o fim de semana.

Esta exigência (de teste ou certificado) tem igualmente de ser observada pelos turistas (nacionais ou não) à chegada das unidades de hotelaria e de alojamento local.

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