Estas são as 15 marcas de luxo mais populares da internet

Num ano em que a compra online cresceu no mercado do luxo, estas são as marcas que conquistaram mais consumidores.

Num ano marcado pela pandemia, em que a compra online cresceu em praticamente todos os setores, o do luxo não foi diferente. A popularidade e a notoriedade das marcas, atualmente, também se mede pela sua presença digital, com novas estratégias e maiores investimentos.

De acordo com o ranking anual da Luxe Digital, são 15 as que se destacam em 2021, sendo um indicador daquelas que poderão ter também uma melhor performance em matéria de vendas. Mas é também um sinal do tipo de engage e conversa que criam com os consumidores numa lógica omnicanal, ou de estratégia com influencers.

A transformação digital acelerou este ano também no mercado do luxo, e a relevância tornou-se um dos principais critérios a captar a atenção do consumidor no digital. No ranking, que se foca em marcas de luxo de moda, joalharia e alta relojoaria, só as cinco primeiras marcas captam 57% da atenção no digital a nível global.

Assim em primeiro lugar surge a Gucci, seguida da Chanel, da Hermès, da Dior e da Louis Vuitton. Em sexto lugar surge a marca de relojoaria Rolex, seguida da marca de alta joalharia Tiffany. No oitavo lugar está a Prada, depois a Versace. A fechar os primeiros dez lugares do ranking está a Armani.

Em 11.º lugar continua a moda, com a Valentino, seguida da Balenciaga. As jóias e relógios da Cartier estão no 13.º lugar, seguindo-se a Burberry. A fechar o ranking das 15 marcas com maior popularidade online, os relógios da Omega.

Quais são os hotéis mais caros do país? Quem são as personalidades mais influentes no TikTok? E os gestores mais bem pagos da nossa bolsa? De segunda a sexta-feira, todos os dias há um ranking para ver aqui no ECO.

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que o Parlamento discute o Estado da Nação, serão conhecidos os dados do endividamento da economia. O IGCP vai ao mercado e a Nos apresenta as contas aos investidores.

Governo e partidos fazem o exame ao Estado da Nação. No plano económico, enquanto o Banco de Portugal divulga os dados relativos ao endividamento da economia, Portugal vai aos mercados de dívida, isto no dia em que o Fórum para a Competitividade organiza um seminário sobre Fundos Europeus.

Debate sobre o Estado da Nação

No Parlamento, debate-se o Estado da Nação. O Governo e os partidos vão analisar, ao longo de quase quatro horas, a situação do país. O primeiro-ministro, António Costa, vai ser o primeiro a discursar.

Como evoluiu o endividamento da economia?

O Banco de Portugal dá a conhecer, esta quarta-feira, aquela que foi a evolução do endividamento da economia, excluindo o setor financeiro, no mês de maio. Em abril, de acordo com a instituição liderada por Mário Centeno, o endividamento da economia desceu cerca de 300 milhões de euros, face a março, fixando-se nos 752,9 mil milhões de euros.

IGCP vai ao mercado captar até mil milhões de euros

O IGCP vai realizar um duplo leilão de bilhetes ao Tesouro com um montante indicativo global entre 750 milhões de euros e 1.000 milhões de euros. Os títulos de dívida a emitir têm maturidade em julho de 2022, ou seja, dentro de 12 meses.

Fórum para a Competitividade organiza conferência sobre Fundos Europeus

Sob o mote “Potenciar os efeitos dos Fundos Europeus na economia nacional”, o Fórum para a Competitividade organiza um seminário para abordar a aplicação dos investimentos relacionados com a “bazuca” europeia e com os restantes fundos europeus. Este encontro contará com a presença de Elisa Ferreira, comissária europeia da Coesão e Reformas, António Saraiva, presidente da CIP e que vai moderar um dos painéis, do Presidente da República, bem como de Miguel Maya e Paulo Macedo.

Nos presta contas ao mercado

A Nos vai apresentar os resultados operacionais relativos ao segundo trimestre deste ano. Entre janeiro e março, a empresa liderada por Miguel Almeida passou de prejuízos a lucros, com a operadora a registar resultados líquidos de 30,5 milhões de euros nos primeiros três meses do ano. Ao mesmo tempo, o EBITDA consolidado cedeu 0,4%, para 152,2 milhões de euros, enquanto as receitas recuaram 2,3% para os 337,4 milhões de euros.

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Banca tranquila com malparado. Não será travão ao crédito

"Expectativa de continuação de apoio aos setores mais afetados" com o fim das moratórias leva banca a afastar aumento das restrições no crédito. Malparado não será, desta vez, travão ao financiamento.

Nos últimos anos, a banca tem envidado esforços para reduzir o elevado peso do malparado. O setor reduziu de forma expressiva o total de créditos em incumprimento no balanço, chegando a um nível que o coloca em linha com o dos pares europeus. Com a pandemia vieram as moratórias, sendo que com o fim destas teme-se um aumento deste “fardo”. Há dinheiro posto de lado para as enfrentar, pelo que desta vez, ao contrário do que aconteceu no passado, o aumento do malparado não será motivo de stress para os bancos portugueses que afastam qualquer impacto deste contexto na concessão de crédito para o futuro.

Historicamente, tem havido uma relação causa/efeito entre o malparado e a disponibilidade de financiamento a empresas e famílias, mas esse impacto “tem-se alterado ao longo do tempo”, de acordo com o Banco de Portugal. Se no período de 2014 a 2017, o rácio de NPL (non performing loans) contribuiu para aumentar a restritividade no crédito às empresas e, em menor grau, aos particulares”, em 2018, “o aumento da restritividade decorrente deste rácio foi mais ligeiro e, em 2019, foi praticamente inexistente”.

“Para esta evolução terá contribuído a trajetória de redução do rácio de NPL iniciada em 2016″, recorda o supervisor numa caixa do inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito. Com efeito, desde essa altura que o rácio de malparado da banca tem vindo a encolher de forma expressiva, tendência que se manteve mesmo com a pandemia, embora em 2020 este fator “tenha contribuído ligeiramente para tornar os critérios mais restritivos”.

Os bancos continuam a baixar o nível de empréstimos em incumprimento nos seus balanços em 2020, mas também no arranque deste ano. O rácio de NPL atingiu os 4,6% no final de março, menos 0,3 pontos percentuais em relação a dezembro. Em euros, o “fardo” está, atualmente, em qualquer coisa como 14 mil milhões de euros, valor com o qual os bancos se mostraram confortáveis, acabando por ter “um impacto nulo no crédito a particulares e apenas ligeiro nas empresas”.

"Progressos realizados pelo sistema bancário desde a última crise, no sentido de o tornar mais robusto e resistente a choques, estarão a contribuir para um menor impacto dos NPL na concessão de crédito.”

Banco de Portugal

Com as moratórias criadas em resposta à pandemia a chegarem ao fim, vários têm sido os alertas para o aumento dos créditos em incumprimento. Isto porque o peso deste instrumento criado para aliviar famílias e empresas — que puderam deixar de pagar os respetivos empréstimos –, no total dos créditos concedidos, foi um dos mais elevados da Europa. Chegou a superar 20% do total.

Mesmo com o prazo destas moratórias a terminar em setembro, os bancos mostram-se tranquilos. Segundo o Banco de Portugal, as maiores instituições financeiras nacionais “preveem que o rácio de NPL praticamente não tenha impacto nos critérios de concessão de crédito” que, de acordo com o inquérito, têm-se tornado apenas ligeiramente mais restritivos que antes da pandemia.

“Para esta evolução podem ter contribuído as medidas de apoio às empresas e às famílias já implementadas, assim como expectativas de continuação de apoio aos setores mais afetados“, aponta o Banco de Portugal. Recorde-se que o Governo anunciou, recentemente, que vai conceder garantias públicas às empresas dos setores mais castigados pela pandemia, podendo estas chegar a 25% do montante em dívida junto dos bancos.

“Também os progressos realizados pelo sistema bancário desde a última crise, no sentido de o tornar mais robusto e resistente a choques, estarão a contribuir para um menor impacto dos NPL na concessão de crédito“, remata o supervisor da banca, salientando tanto o trabalho feito para reduzir o malparado para o nível gerível como o facto de os bancos terem vindo a registar provisões que permitirão acautelar incumprimentos futuros.

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Berardo visado em nova ação. BCP mete processo de 2,2 milhões contra Metalgest

Banco avançou com novo processo na Madeira contra empresa ligada a Berardo. Ação de 2,2 milhões visa a Metalgest, que também foi constituída arguida no caso que investiga fraude à banca.

Joe Berardo voltou a ser visado numa ação judicial por parte de um dos bancos credores das suas empresas. Desta vez, foi o BCP a colocar um processo no valor de 2,17 milhões de euros contra a sociedade Metalgest.

Esta será a primeira ação contra empresas do universo de Berardo desde a detenção do comendador madeirense, no final do mês passado. Joe Berardo foi constituído arguido e saiu em liberdade mediante o pagamento de uma caução de cinco milhões no caso que investiga a sua relação com a banca, que reclama mais de 1.000 milhões de euros em dívidas em incumprimento.

A ação do BCP contra a Metalgest (também integra uma lista de mais de uma dezena de arguidos entre particulares e coletivos) deu entrada esta segunda-feira no tribunal da Comarca da Madeira, no Funchal, de acordo com o portal Citius. Contactado pelo ECO, o banco liderado por Miguel Maya não comentou a petição.

O BCP não é o único banco com ações contra sociedades de Joe Berardo. Em meados de abril também o Novo Banco avançou com um processo de execução no valor de 3,5 milhões de euros contra a Metalgest e ainda a Fundação José Berardo.

No entanto, uma das ações mais relevantes em curso será mesmo aquela que Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP e Novo Banco avançaram em outubro passado contra a Associação Coleção Berardo, a dona das obras de arte do empresário madeirense e cujos títulos de participação se encontram penhorados. Conforme avançou o ECO na altura, os três bancos querem confirmar em tribunal a penhora das obras de arte para efeitos de execução das dívidas, algo que até hoje não conseguiram tendo em conta a complexidade de todo o processo.

Antes dessa ação, em abril de 2019, Caixa, BCP e Novo Banco haviam avançado com um processo de execução contra o próprio empresário madeirense e as sociedades Metalgest, Moagens Associadas e Fundação José Berardo, exigindo cerca de 962 milhões de euros por dívidas em incumprimento.

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Inquérito ao Novo Banco iliba governos, mas deixa recomendações

Banco de Portugal, Novo Banco, Lone Star e Comissão Europeia foram visados no relatório do inquérito ao Novo Banco, de Fernando Anastácio. Já os governos de Passos e Costa escaparam às críticas.

São mais de 400 páginas, e mais de 100 conclusões e 10 recomendações que constam no relatório (ainda preliminar) da comissão de inquérito ao Novo Banco. O autor do documento, o deputado socialista Fernando Anastácio, dispara em quase todas as direções: Banco de Portugal, Comissão Europeia, Novo Banco e americanos da Lone Star e ainda os grandes devedores. No entanto, os governos tanto do PSD/CDS como do PS saem “ilesos” em todo o processo.

Não há críticas, apenas um relato dos acontecimentos. Concluiu o relatório que os executivos de Passos e Costa se limitaram a acompanhar os processos de resolução do BES (2014) e de venda do Novo Banco (2017), a assegurar das condições para as decisões do Banco de Portugal e a conduzir a negociações com Bruxelas, tendo contribuído para garantir e preservar a estabilidade do sistema financeiro.

Por exemplo, em relação à resolução do BES, é dito: “O XIX Governo Constitucional, no quadro das suas competências próprias, reconheceu que a decisão do conselho de administração do Banco de Portugal tinha sido tomada dentro do enquadramento legal nacional e europeu e que a medida de resolução visou garantir a estabilidade do sistema financeiro e salvaguardar os depósitos, os serviços bancários e os postos de trabalho, constituindo um contributo positivo para o sistema financeiro português, tendo manifestado a sua concordância com a mesma”.

Acrescenta que, no âmbito das suas competências, o executivo de Passos Coelho “assegurou a solução de financiamento encontrada, materializada num empréstimo do Tesouro ao Fundo de Resolução, o qual seria reembolsado pela venda da nova instituição bancária entretanto criada – o Novo Banco – e pelo sistema bancário”.

Quase a mesma leitura se pode ter aquando das conclusões sobre a atuação do primeiro Governo de António Costa no processo de venda do Novo Banco em outubro de 2017 ao fundo Lone Star.

“O XXI Governo Constitucional, no que concerne à decisão de venda do Novo Banco, tomada pelo conselho de administração do Banco de Portugal dentro do enquadramento legal nacional e europeu vigente à data, manifestou publicamente a sua concordância com a operação, destacando que a mesma afastava o espetro da liquidação do banco”, aponta o relatório.

Acrescenta ainda: “A intervenção do XXI Governo Constitucional, no quadro das suas competências próprias, ao criar as condições para a concretização da decisão da venda do Novo Banco, tomada pelo Banco de Portugal em processo competitivo e à melhor proposta, impedindo a sua liquidação, visou preservar a sustentabilidade do sistema bancário e do sistema financeiro, salvaguardando o interesse público”.

Últimos beneficiários e abusos no IMT na mira

Apesar de tudo, o relatório deixa duas recomendações dirigidas diretamente ao Governo relacionadas com os últimos beneficiários e com o enquadramento fiscal relacionado com a criação de sociedades imobiliárias que potencia abusos em sede de IMT.

Sobre o primeiro aspeto, o relatório recomenda ao Governo “que avalie as melhores práticas internacionais no combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, nomeadamente quanto à verificação dos requisitos do último beneficiário efetivo, em termos do limite definido na lei de 25% de participação no capital social para se considerar se a propriedade é direta ou indireta”. Esta recomendação tem sobretudo a ver com a venda de ativos problemáticos do Novo Banco a fundos estrangeiros e cujos beneficiários últimos não terão sido conhecidos em muitas transações.

Em relação ao segundo ponto, a recomendação vai no sentido de o Governo analisar e ponderar sobre “a forma de mitigar o risco de abusos em sede de IMT (Imposto Municipal sobre a Transação Onerosa de Imóveis), decorrente da criação de sociedades imobiliárias que, após a realização de uma transação, podem obter benefícios fiscais na aquisição de imóveis”.

Segundo o relatório, o atual enquadramento torna o negócio de compra de imóveis “apetecível para fundos de investimento em início de atividade em Portugal”.

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Relatório do Novo Banco aponta falhas ao Banco de Portugal, critica Bruxelas, Ramalho e Lone Star e arrasa devedores

O relatório preliminar sobre o Novo Banco aponta falhas ao Banco de Portugal, critica Bruxelas, Ramalho e Lone Star e arrasa devedores.

Quatro meses depois do início das audições, está aí o relatório (ainda que preliminar) da comissão de inquérito ao Novo Banco, da autoria do deputado do PS, Fernando Anastácio. O documento tem mais de 400 páginas e mais de 100 conclusões, sendo apontadas falhas ao Banco de Portugal em todo o processo. Mas os reparos duros não ficam por aqui. A Comissão Europeia, a gestão de António Ramalho e o acionista Lone Star também são alvo de críticas. E sobram ainda os grandes devedores, que são arrasados no relatório.

“Banco de Portugal falhou em toda a linha”

Em relação ao Banco de Portugal, a crítica à falta de atuação antes da derrocada do BES é direta. “A forma como o Banco de Portugal exerceu os seus poderes de supervisão relativamente ao GES-ESFG caracterizou-se por falta de intervenção ou decisão tardia, perante problemas que identificou e soluções que equacionou, mas que nunca chegou a implementar”, diz o relatório.

Para dar força a este ponto, o relatório descreve várias situações em que os problemas foram detetados, mas o Banco de Portugal nunca chegou a resolver:

  • A deslocalização da holding para Portugal, naquilo que os serviços entendiam que “seria medida adequada para responder às dificuldades criadas à supervisão pelas más práticas da gestão do GES- ESFG”. Porém, administração do Banco de Portugal, após dois anos sem nada decidir, “decidiu não a implementar”.
  • Aperto da supervisão ao grupo, subindo o patamar de consolidação da ESFG, medida que foi ponderada pelos serviços do Banco de Portugal e “era uma medida exequível”. Contudo, aponta o relatório, “não foi implementada pela administração do Banco de Portugal, em prejuízo da possibilidade de um controlo mais efetivo da atividade a ESFG”.
  • A elevada exposição a Angola, que em 2013 representava metade dos fundos próprios do BES violando normas prudenciais, “obrigava o supervisor a impor medidas para reduzir tal volume de exposição”. Falha: “não houve qualquer intervenção por parte do BdP a este respeito”.
  • Foi uma “má opção do supervisor” não afastar administradores do BES, nomeadamente Ricardo Salgado. “Os normativos existentes na legislação ao tempo em vigor que o permitiam”, aponta o relatório.

Na apresentação do relatório preliminar, Fernando Anastácio não teve meias medidas e disse que a “supervisão falhou em toda a linha”.

Comissão Europeia condicionou Novo Banco

Segundo o relatório, a Comissão Europeia, através da autoridade da concorrência DG-Comp, “foi determinante no condicionamento de todo este processo”, desde a resolução do BES em 2014 até ao momento da venda do Novo Banco em 2017.

No momento da resolução do BES, impôs compromissos que “viriam a condicionar fortemente o futuro do Novo Banco, porquanto eram limitativos da operação”.

Estas condicionantes refletiam-se nestas dimensões: “o banco de transição ter de ser vendido dentro de um prazo de 24 meses sob pena da revogação da licença bancária e da liquidação do banco; o banco não poder pagar depósitos acima do valor de mercado; o banco ter de se desfazer de rapidamente de ativos por forma a minimizar as necessidades de capital”, explica o relatório.

Em relação ao processo de venda ao Lone Star, são apontadas várias críticas desde a proibição de ter membros na administração do Novo Banco – restrição que tentou ser compensada com a criação de uma comissão de acompanhamento – até à venda acelerada de crédito malparado, que “teve como resultado a colocação do Novo Banco numa posição de fragilidade negocial perante potenciais compradores especializados na aquisição de carteiras de ativos bancários problemáticos”.

Lone Star e gestão de Ramalho visados

O acionista americano Lone Star e a administração do Novo Banco, liderada por António Ramalho não saem bem na fotografia da comissão de inquérito.

Em relação ao fundo americano que detém 75% do banco, “não foi possível apurar quem são efetivamente os responsáveis diretos pelas decisões” da Lone Star, sendo que Evginy Kazarez, António Ramalho e Byron Haynes, apesar de terem sido questionados sobre o tema, “não habilitaram” a comissão com “informação suficiente” para este esclarecimento. “Seria importante esse conhecimento para restabelecer e fortalecer a confiança da opinião pública, quanto ao NB ter um acionista comprometido e empenhado com o projeto”, aponta o relatório preliminar.

Em relação à gestão de António Ramalho, há um rol de observações críticas:

  • A grave situação herdada do BES, em matéria de análise de risco, rating e de procedimentos de decisão sobre a concessão ou reestruturação de crédito veio, paulatinamente, a evoluir em sentido positivo, sem prejuízo que, ainda ao longo dos anos de 2015 a 2017, continuaram a existir lacunas e insuficiências na decisão e implementação destes procedimentos.
  • Existiram falhas nos procedimentos de avaliação de contrapartes e de partes relacionadas, assim como na análise de conflitos de interesses.
  • Inexistiram normativos internos no Novo Banco orientados para a realização sistemática de uma análise das entidades compradoras que participaram em processos de venda, incluindo vendas agregadas de ativos, de forma a concluir acerca de eventuais conflitos de interesse ou outros constrangimentos à realização das operações.
  • De acordo com informação prestada pelo Novo Banco, nas análises de contraparte não foram identificadas pessoas relacionadas com o Novo Banco ou com a Lone Star. Porém, não foram efetuadas análises de partes relacionadas ou de conflitos de interesses.
  • O Novo Banco dispõe de normativos internos que regulam a área de recuperação de crédito, que têm vindo a evoluir e a sofrerem adaptações ao longo dos anos e têm permitido a execução de uma política de recuperação de crédito em linha com as práticas do setor bancário. Contudo, foram identificadas algumas situações que poderão ser qualificadas como hesitações e/ou atrasos, em matéria de recuperação de crédito, relativamente a grandes devedores, nomeadamente nos casos do grupo Moniz da Maia e Ongoing, o que aumentou as dificuldades na recuperação desses créditos.

Os prémios atribuídos à administração não foram esquecidos: “constituem um risco reputacional muito elevado para a instituição bancária”, aponta Fernando Anastácio.

Moniz da Maia fez “figura”, Vasconcellos sem “adesão à realidade”

Os grandes devedores ocuparam uma parte importante do relatório, mas sempre com Fernando Anastácio a mostrar-se bastante crítico e, em algumas situações, até irónico.

Como aconteceu com Luís Filipe Vieira, em que o deputado relator deixa esta observação:

“Como apontamento final, não posso deixar de salientar um momento dos trabalhos da comissão. A dado momento, no decorrer da sua audição, Luís Filipe Vieira, diz o seguinte: ‘só estou aqui porque sou Presidente do Sport Lisboa e Benfica’. A deputada que, naquele momento, lhe colocava questões, explicou-lhe que estava ali porque era um dos maiores devedores do Novo Banco. Como algumas coisas são efémeras! No momento que escrevo este texto, Luís Filipe Vieira já não é o presidente do Sport Lisboa e Benfica, mas a pertinência das razões pelas quais está aqui continuam a existir e ainda com maior atualidade e pertinência”.

Sobre Vieira, é dado destaque ao seu “relacionamento próximo com Ricardo Salgado e com o BES”, tendo o presidente da Promovalor deixado uma imagem de “grande dependência em relação ao Grupo BES, assumindo o próprio, nas suas declarações, em certos casos, uma atuação ‘em nome’ ou uma incapacidade de ‘dizer não’ a Ricardo Salgado ou ao BES”.

Moniz da Maia (Sogema) e Nuno Vasconcellos (Ongoing) também não escapam.

Segundo Fernando Anastácio, Moniz da Maia “adotou postura pouco colaborante, sistematicamente a refugiar-se em respostas evasivas, evitando responder de forma objetiva, plena e direta às questões que lhe eram colocadas”.

“Dirão alguns: que atitude, incompetência, nada sabe …, como é que alguém assim pode gerir empresas. Dirão outros: foi esperto, fez a figura que fez, mas evitou falar sobre o muito que sabia”, escreveu o deputado, que tirou a sua própria conclusão: “Perdoem-me a inconfidência, mas estou com os segundos”.

Também Nuno Vasconcellos se mostrou “pouco colaborante” com a comissão de inquérito, “apresentando uma versão da história que não tem adesão à realidade dos factos, desresponsabilizando-se das suas ações e da sua condição de devedor”, concluiu o relatório preliminar.

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Do estado de emergência ao Estado da Nação em oito pontos

Após muitos meses a viver em estado de emergência, Portugal caminha para o futuro pós-pandemia, mas com desafios. O Estado da Nação é debatido hoje. O ECO destaca oito pontos sobre a situação do país.

Os casos aumentam, mas a vacinação bate recordes. O desconfinamento parou, mas a retoma económica continua. Teme-se a falência das empresas, mas o desemprego atingiu mínimos do início da pandemia. É neste limbo em que Portugal se encontra no momento que a Assembleia da República vai debater o Estado da Nação, a principal discussão parlamentar do ano que põe um ponto final na sessão legislativa. O Governo minoritário do PS terá de responder perante as críticas de todos, seja a oposição seja os partidos que viabilizaram o Orçamento, numa altura em que se perspetiva a “libertação total da sociedade” no fim do verão, segundo o primeiro-ministro.

Em antecipação ao debate, António Costa Pinto diz ao ECO não ter dúvidas de que a direita vai criticar a “persistência do PS no poder, as dimensões do clientelismo, a corrupção e a ineficácia e erros do desempenho dos ministros”, enquanto a esquerda vai apontar mais para a “dimensão social da recuperação económica”. Já o primeiro-ministro fará do discurso um reflexo da sua agenda em que salienta a “saída da pandemia e da crise económica com a oportunidade para Portugal dos fundos europeus”, antecipa o politólogo.

Para José Adelino Maltez, este “será um debate de casos” e no qual, mais uma vez, não se discutirá política”. Eduardo Cabrita, Matos Fernandes e João Gomes Cravinho (por causa do hospital militar) são alguns dos ministros que na sua opinião serão trazidos ao calor da discussão.

Já Filipa Raimundo destaca o facto de este ser o primeiro debate desde que entrou em vigor o novo regimento que acabou com os debates quinzenais: existe “alguma sede de exposição sobre o primeiro-ministro para criar soundbytes e dar visibilidade, depois do desaparecimento dos debates quinzenais”, assinala, referindo que o contexto é de baixa popularidade do Governo, mas sem a oposição se “conseguir demarcar” e capitalizar em intenções de voto até ao momento. “Do ponto de vista da oposição não lhes falta coisas para pegar, desde a má gestão da pandemia, independente do plano de vacinação, o desgaste do Governo e as críticas por nomeações como a de Vítor Fernandes e a de Ana Paula Vitorino“, exemplifica.

Vacinação permite “libertação total da sociedade” no final do verão, mas até lá é preciso lidar com aumento de casos

A atual situação epidemiológica é desafiante por envolver mais fatores do que no passado: o aumento da capacidade de testagem e do processo de vacinação e, ao mesmo tempo, o maior ritmo de transmissão das novas variantes que se tornam dominantes e os potenciais efeitos prolongados da Covid-19. Porém, para já, o aumento dos casos não está a refletir-se da mesma forma na pressão no sistema de saúde, em particular no Serviço Nacional de Saúde: os internados, as unidades de cuidados intensivos e mesmo os falecimentos não estão a acompanhar os padrões registados antes da vacinação. Apesar dessa melhoria, o PAN não se inibe de criticar o Governo: “Tem faltado aquilo que é um planeamento e tem-se feito muito a correr atrás do prejuízo”, disse Bebiana Cunha à Lusa.

A pandemia obriga os políticos a trabalharem num território onde as previsões são ingratas”, lembra Adelino Maltez. António Costa já fala em “libertação total da sociedade” após o fim do verão, mas “não sabe, nem ninguém sabe” e “deixou de ter o espaço unânime dos epidemiologistas e médicos de saúde pública”, “houve uma brecha importante”, recorda o politólogo numa alusão à carta contra a tomada de “medidas extraordinárias de confinamento” para combater a pandemia, e “isso deve preocupar o primeiro-ministro e é essa uma das razões pelas quais não fez ainda remodelações”. “Não sabe como conduzir o barco. A sociedade está toda com medo” e qualquer erro pode custar a sobrevivência política, alerta.

Apoios de emergência dão lugar às medidas da retoma, mas incerteza mantém-se

Em 2020, o Governo foi criticado tanto à esquerda como à direita por ser um dos países da UE que menos gastou nos apoios Covid-19. Nas negociações do OE2021 o Executivo foi obrigado a ceder em vários apoios, nomeadamente com o pagamento a 100% do lay-off simplificado, e o segundo confinamento pressionou-o a ir mais longe com a despesa até maio a ficar nos 3.256,6 milhões de euros, acima do total gasto em 2020. Já a receita que prescindiu está nos 438,8 milhões de euros. Apesar destes números, a pressão para gastar mais, seja dos partidos seja da sociedade, mantém-se, principalmente perante o fim de medidas como as moratórias.

O Governo tem defendido que é preciso haver um equilíbrio entre a sustentabilidade das contas públicas e a necessidade de apoiar a economia e argumenta que é preciso manter algumas munições perante as incertezas (cada vez menores) do futuro próximo. Ultimamente, o foco tem estado em medidas de relançamento, em vez de medidas de emergência, como é o caso do IVAucher, as garantias para os créditos em moratória e o fundo de capitalização das empresas. A dúvida está no próximo ano: não se sabe o que mais tem o Governo na manga além do PRR, nem se irá cumprir com o alívio do IRS prometido em campanha. Para já, só garante que haverá estabilidade fiscal.

Economia recupera com turismo a atrasar. Dívida pública fica com o legado da crise

Portugal foi o único país da União Europeia a contrair no primeiro trimestre por ter de fechar significativamente a economia por causa da segunda vaga da pandemia. Essa evolução não estava nos planos e atrasou a retoma económica, mas no segundo trimestre são muitos os dados que apontam para um crescimento expressivo não só pela base de comparação de 2020 ser baixa mas porque há frações da economia que já estão no nível pré-pandemia. Mas ainda falta muito para o turismo recuperar totalmente e é esse fator que leva Portugal a ser um dos países europeus mais atrasados na retoma (lá chegará em meados de 2022).

No mercado de trabalho, os apoios do Estado e a resiliência das empresas evitaram cenários mais catastróficos e a taxa de desemprego subiu ligeiramente. O número de desempregados registados no IEFP baixou nos últimos três meses e atingiu em junho um mínimo de março de 2020, ficando próximo de eliminar por completo o impacto da pandemia no desemprego. Porém, há uma cicatriz na dívida pública, provocada pelos défices altos, que demorará a desaparecer. E nem tudo são rosas, como recorda o PCP — “O estado da nação é, naturalmente, um estado de grandes problemas económicos e sociais”, disse João Oliveira à Lusa –, recordando os despedimentos coletivos em algumas empresas.

A dúvida sobre a execução dos fundos europeus, a transparência e a corrupção

É expectável que Portugal receba a primeira tranche de 2,2 mil milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ainda este mês, o que vai representar um marco para a “bazuca”, mas a execução do plano já está em andamento dado que o Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) já tinha uma verba de antecipação do PRR, a qual até pode ser aumentada. Ainda assim, este será um dos principais desafios do país nos próximos cinco anos, dado o risco de perder fundos, e, apesar das linhas mestres do plano já estarem todas definidas, é preciso assegurar que a execução corresponde às expectativas não só em termos de timing como de efeitos no crescimento da economia. Ao PRR vão acrescer os fundos europeus “normais” do Quadro Financeiro Plurianual (QFP 2021-2027).

Os partidos têm questionado bastante a capacidade do Estado de gastar bem (ou não) os fundos europeus, baseando-se, por exemplo, em estudos sobre o que foi feito no passado, como é o caso da recente análise feita pelo economista Fernando Alexandre. Além disso, mostram-se preocupados com o potencial de corrupção e de fraude dado o elevado volume de verbas e da capacidade de fiscalização, apesar das várias instituições que vão estar a olhar para as operações antes, durante e depois de estas se concretizarem. O Bloco usa esse perigo para criticar o estado da Nação perante os casos judiciais as últimas semanas: “As pessoas reconhecem, o país percebe, com tantos sacrifícios que foram pedidos, para que uma elite desgovernasse o país e vivesse às custas desses sacrifícios gerais”, disse Pedro Filipe Soares à Lusa.

Uma coisa é certa: este será um trunfo que o Governo poderá usar como impulso da economia, a seu crédito, ainda que seja financiado pela União Europeia. Para Filipa Raimundo, o primeiro-ministro vai focar-se nas “coisas positivas e no futuro porque as previsões de crescimento são boas e tem bastante dinheiro dos fundos europeus e pode explicar o que pretende fazer com eles“. António Costa pode ainda argumentar que esteve ativamente envolvido no acordo da bazuca, nomeadamente com a aprovação do aumento dos recursos próprios e dos primeiros PRR, durante a presidência portuguesa do Conselho da UE no primeiro semestre deste ano.

O dossier em aberto da TAP e a necessidade de recapitalizar as empresas para a retoma

A TAP é uma das vítimas da pandemia. O Governo nacionalizou a empresa, apresentou um plano de reestruturação a Bruxelas, e apesar da luz verde para uma ajuda de emergência de 1,2 mil milhões de euros, o dossier teima em não descolar. Apesar das dezenas de despedimentos, que podem ainda não ficar por aqui, a Comissão Europeia enviou o tema para investigação aprofundada. O Governo já fala num plano B que passa pela entrada da Lufthansa no capital da TAP e uma possível redução dos níveis de ajuda. A oposição não tem poupado ataques ao Governo pela forma como tem gerido o tema (que se avolumou com a ajuda que a TAP deu à Groundforce) e o peso que terá no bolso dos contribuintes.

A necessidade de capitalização da TAP não é única. Se há coisa que a pandemia veio acentuar foi a falta de capitais próprios das empresas nacionais, sobretudo as PME. As moratórias ajudaram num primeiro momento e agora que chegaram ao fim foi necessário criar mecanismos de capitalização que evitassem uma onda de falências. O Banco de Fomento foi chamado a financiar as soluções, também com verbas do PRR, mas se a operacionalização do banco é uma arma que o Executivo pode esgrimir a seu favor, as suspeitas do envolvimento de Vítor Fernandes na Operação Cartão Vermelho é mais um caso que a oposição pode explorar. Isto porque o antigo administrador do BCP e da Caixa Geral de Depósitos foi uma escolha do ministro da Economia. E como sublinha José Adelino Maltez, o debate será “um tiro à peça: quanto mais ministros na berlinda melhor”.

Xadrez político começa a mexer e há remodelação governamental à vista

As últimas sondagens divulgadas antes do Estado da Nação não trazem boas notícias para ninguém: a popularidade do Presidente da República baixou, assim como a do primeiro-ministro (que não se refletiu muito nas intenções de voto no PS), e a subida do PSD foi curta face à distância que tem do PS. O terceiro lugar continua taco a taco entre o Bloco e o Chega e os restantes partidos (IL, PAN e PCP) mantêm-se com votações aproximadas, à exceção do CDS que quase desaparece. Os partidos entram assim no verão sem mudanças significativas no xadrez político, apesar de se notar uma “consolidação” dos novos partidos à direita (ainda insuficiente para governar), assinala Costa Pinto, além da ascensão do Chega e da queda do PCP (o que dá mais votos aos partidos à direita do PSD do que aos partidos à esquerda do PS), uma tendência que já tem algum tempo.

Para José Adelino Maltez “tocaram os sinais de alarme”, “é o sinal da mudança psicológica”, “de um potencial crescimento do PSD”. “A situação da esquerda institucional é dramática, nem percebeu o que lhe aconteceu”, diz o politólogo. “Pensam e organizam-se e depois têm este resultado nas sondagens, com o Bloco à beira de André Ventura”, acrescenta o politólogo. “Há um território do centro que tem de ser desbravado pelo PSD ou pelo PS e Rio, com todas as asneiras, tem surfado melhor a onda“, defende.

É verdade que a discussão sobre o desgaste do Governo é cada vez maior, principalmente por causa dos sucessivos casos do ministro da Administração Interna, Eduarda Cabrita, algumas notícias sobre governantes que querem sair (exemplo de Augusto Santos Silva) e a longevidade de alguns no cargo. O Governo está “gasto, cansado, com vários ministros a cometerem muitos erros”, diz o PSD.

Porém, o primeiro-ministro já afastou esse cenário, ainda que os analistas políticos sejam quase unânimes a dar como certas mexidas no Governo antes ou depois das eleições autárquicas — momento em que ficará também definida a continuação (ou não) da liderança de Rui Rio do PSD –, dois anos após o arranque desta legislatura. “António Costa tem a remodelação pronta”, garante Adelino Maltez. Mas a decisão de avançar com a remodelação será tomada “de acordo com a temperatura” política. “De derrotado pode passar a vencedor da opinião pública com a remodelação”, sublinha o investigador de ciência política, recordando o que se passou na vizinha Espanha com Pedro Sanchéz a remodelar o seu Governo recentemente. Quando acontecer, será de “surpresa”, antecipa Costa Pinto.

As divergências de Marcelo e Costa, com o TC à mistura

Tanto o Presidente da República como o primeiro-ministro rejeitam que exista tensão entre Belém e São Bento, mas não escondem que não pensam da mesma forma, a começar pela gestão da pandemia, com Marcelo a insistir para que não se volte atrás e Costa a dizer que não é possível garanti-lo (apesar de não querer recuos). Mas até aí houve concordância no final com Marcelo a elogiar o equilíbrio das novas regras definidas pelo Governo, apesar da resistência e polémica com os testes, para lutar contra a subida de casos. Também no desenho final do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) há divergências, tendo o Presidente repetido recentemente as críticas que já tinha feito em abril quando foi apresentada a versão final entregue à Comissão Europeia.

A discórdia subiu um nível quando se trata não só de Belém e de São Bento, mas também envolvendo a Assembleia da República e os entendimentos à margem do Governo minoritário do PS. O primeiro embate foi o aumento dos apoios sociais com Marcelo a adivinhar uma derrota jurídica mas uma vitória política ao colocar-se ao lado da maioria do Parlamento e dos portugueses que pediam mais apoios durante o confinamento. Essa ideia foi repetida pelo próprio na sequência das críticas de vários comentadores após o Tribunal Constitucional ter decidido que a subida era inconstitucional por violar a lei-travão, tal como defendia o Governo. Agora avizinha-se uma nova batalha constitucional por causa de dois diplomas do Parlamento (um deles já promulgado por Belém) que obrigam o Governo a mexer no recrutamento de professores, o que o Executivo diz que viola a separação de poderes inscrita na Constituição, segundo o Expresso.

OE2022 com “bazuca” e sem limite ao défice, mas não se pode perder foco das regras

O Governo começou na semana passada a fazer o ponto de situação com os partidos sobre a execução do Orçamento do Estado em vigor, o qual servirá de ponto de partida para as negociações do próximo que arrancarão depois do Estado da Nação. Após ter conseguido aprovar dois Orçamentos de emergência durante a pandemia, o OE2022 terá outra filosofia (de retoma da economia), vários milhares de milhões vindos da União Europeia e ainda será sem obrigação de cumprir as regras orçamentais, o que dá ainda menos motivos para haver roturas. Porém, a secretária de Estado do Orçamento já avisou a esquerda de que não se pode perder o foco das regras.

Tanto o Executivo como os partidos que viabilizaram o último OE não avançam ainda com medidas e cadernos de encargos — as discussões com o Bloco serão mais tarde e não se espera uma mudança no sentido de voto –, focando-se na execução do OE2021 e remetendo a discussão do OE2022 para mais tarde. Mas há já uma queixa: a data das eleições autárquicas, a 26 de setembro, irá criar “dificuldades” às negociações do Orçamento, não pelos resultados mas pelo curto calendário posterior até à entrega no dia 11 de outubro, alertou o PCP. Fora da negociação orçamental, mas em modo crítico sobre a política económica está o PSD que aponta o dedo ao PS por não ter “vontade nenhuma de reformar o que quer que seja”, disse Afonso Oliveira à Lusa, para que a economia portuguesa seja mais competitiva.

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Wall Street recupera com época de resultados

  • ECO
  • 20 Julho 2021

As bolsas norte-americanas estão a recuperar das perdas expressivas no arranque da semana e fecharam em alta esta terça-feira.

As bolsas norte-americanas encerraram em alta esta terça-feira, com os investidores a afastar, por momentos, os receios do impacto da variante delta na recuperação económica e mais confiantes na época de resultados das empresas.

Os três principais índices de Wall Street fecharam o dia em alta, com ganhos acima de 1%. O Dow Jones subiu 1,62% para 34.511 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 1,52%, para 4.323 pontos, e o Nasdaq valorizou 1,23% para 14.728 pontos. Esta sessão representou o primeiro ganho em quatro dias do S&P e o primeiro do Nasdaq em seis.

Os analistas estimam um crescimento anual dos lucros da S&P de 72,9% para o período de abril a junho, uma melhoria significativa em relação ao aumento de 54% no início do trimestre.

“As expectativas de lucro aumentaram. As empresas continuam a superar essas expectativas, então o entusiasmo com a recuperação económica pós-COVID é forte, e isso também ajuda as avaliações”, disse à Reuters, Tim Ghriskey, estrategista-chefe de investimentos do Conselho de Inverness em Nova Iorque.

Alguns dos títulos mais populares hoje em Wall Street estão ligados ao setor turístico, como o caso da Norwegian, Carnival, Royal Caribbean ou American Airlines com subidas entre 8 e 9,3%.

Apesar desta recuperação, o mercado continua instável, tendo em conta que Wall Street fechou na segunda-feira em baixa ao registar a pior sessão desde outubro com avanço da pandemia.

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Autoridade para as Condições do Trabalho tem em curso 28 processos de verificação na Altice

  • Lusa
  • 20 Julho 2021

A Autoridade para as Condições do Trabalho tem em curso 28 processos de verificação em empresas do grupo Altice, relacionados com o despedimento coletivo em curso de cerca de 300 trabalhadores.

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) tem em curso 28 processos de verificação em empresas do grupo Altice, relacionados com o despedimento coletivo em curso cerca de 300 trabalhadores, anunciou esta terça-feira no parlamento a inspetora-geral.

A inspetora-geral em suplência da ACT, Fernanda Campos, foi ouvida pela Comissão Parlamentar de Trabalho e Segurança Social, a pedido do PCP, que a questionou sobre as ações inspetivas na Altice, sobretudo desde que foi anunciado o despedimento coletivo.

Fernanda Campos disse aos deputados que a ACT tomou a iniciativa dos procedimentos inspetivos em curso assim que o despedimento coletivo foi noticiado, mesmo antes de receber pedidos de intervenção ou de se ter reunido com os representantes dos trabalhadores da Altice.

A maioria dos processos de verificação em curso, 23, são da MEO.

A deputada comunista Diana Ferreira considerou que a Altice é uma empresa que viola regularmente a lei, manifestou preocupação pelo facto e pela “mão leve contra os infratores”, questionando se o número de inspeções e de notificações e coimas tem sido suficiente.

Todos os grupos parlamentares foram unânimes nas críticas ao comportamento da empresa, pediram dados inspetivos e pediram a intervenção do Governo para travar o despedimento coletivo.

A responsável da ACT reafirmou os dados que o secretário de Estado da Segurança Social tinha referido quando, no dia 07, foi ouvido na mesma comissão parlamentar, também sobre o despedimento coletivo da Altice.

A Altice Portugal foi alvo de 269 visitas inspetivas da ACT nos útimos seis anos, que originaram 101 contraordenações e coimas de mais de 462 mil euros.

Segundo Fernanda Campos, o que esteve em causa na Altice até 2021, “foram infrações muito graves”, nomeadamente a violação da convenção coletiva de trabalho, assédio sobre os trabalhadores, a exposição de trabalhadores a riscos biológicos, e direitos e deveres de igualdade.

A inspetora-geral reconheceu que o despedimento coletivo em curso “tem que ter um acompanhamento muito atento e assertivo da ACT” porque tem “um impacto brutal”.

Os trabalhadores da Altice vão estar em greve na quarta-feira contra o despedimento coletivo, com o sindicato dos trabalhadores do grupo a esperar “uma boa presença” na concentração que decorrerá durante a tarde em Lisboa.

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Eduardo Dávila é novo CEO da Aon para região EMEA

  • ECO Seguros
  • 20 Julho 2021

Atualmente CEO da Aon Iberia e Médio Oriente, Eduardo Dávila vai acumular a responsabilidade de liderar o mercado africano, integrando também a comissão executiva da nova Aon.

Eduardo Dávila, nomeado presidente executivo da Aon para a região EMEA, foi diretor geral da Aon Portugal entre 2006 e 2008.

A Aon Plc, líder global na corretagem de seguros e consultoria de risco, além de soluções de reforma e planos de saúde, confirmou três nomeações para postos de chefia sénior que irão integrar a futura comissão executiva da nova Aon, entidade que se efetivará com a conclusão do processo de combinação com a Willis Towers Watson (WTW).

Eduardo Dávila foi confirmado CEO da região EMEA no grupo Aon, passando a liderar as áreas Commercial Risk, Health e Affinity na Europa, Médio Oriente e África. Dávila reportará simultaneamente a Eric Andersen, presidente da divisão Internacional (unidades regionais; risco comercial e internacional) e a Carlo Clavarino, nomeado para presidente executivo da área operacional International Business.

A nomeação de Eduardo Dávila como CEO EMEA (excluindo Reino Unido) confirma as responsabilidades que lhe caberão na nova estrutura de liderança da Aon, conforme organograma aqui noticiado em fevereiro.

Eduardo Dávila foi diretor geral da Aon Portugal entre 2006 e 2008. Daí em diante assumiu responsabilidades sobre a região da Galiza e, em 2012, foi nomeado para a direção executiva do mercado ibérico, ficando sediado em Madrid. Desde 2016, passou a acumular também a liderança executiva dos mercados ibérico e do médio Oriente.

Outra promoção que, por inerência, supõe a integração no novo Executive Committee da futura entidade, é a de Julie Page, atual CEO em Commercial Risk, Health e Affinity no mercado britânico. Foi confirmada nova CEO da Aon no Reino Unido.

Carlo Clavarino, que assumirá as funções de Chair International, estará igualmente na futura comissão executiva da companhia, anunciou em comunicado a líder global da corretagem de seguros.

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MetLife promove proteção contra Acidentes pessoais e Doença em tempo de férias

  • ECO Seguros
  • 20 Julho 2021

“Sempre protegido” é o mote da campanha lançada em rádio e redes sociais para comunicar as vantagens de assegurar a proteção das famílias face a imprevistos no período de férias.

A MetLife desenvolveu nova campanha publicitária, para mostrar as vantagens do seu seguro de Acidentes Pessoais e do seguro de Doenças Graves. A campanha da multinacional líder em seguros de Vida e de Acidentes Pessoais inclui três spots de rádio distintos e estará no ar até ao final de julho nas faixas horárias da manhã e da tarde da TSF.

O seguro de Acidentes Pessoais da MetLife “permite assegurar a estabilidade financeira em caso de acidente. Além da cobertura de morte e lesões corporais.” São seguros com proteções opcionais que incluem o pagamento de despesas médicas, hospitalização, cirurgias ou mesmo uma indemnização diária em caso de perda de rendimentos.

Já o seguro de Doenças Graves “proporciona proteção no caso de diagnóstico de cancro, enfarte do miocárdio, AVC ou de outras doenças do aparelho circulatório previstas na apólice”. Nessa situação, o segurado tem acesso “nesse momento ao capital seguro, podendo concentrar-se na recuperação e evitar preocupações adicionais. Também poderá aceder a coberturas adicionais, como assistência domiciliária e psicológica, para ajudar a superar os momentos difíceis,” esclarece.

Na comunicação digital, além da atividade das redes sociais (Facebook e Instagram da marca), a MetLife criou a página sempreprotegido.pt, onde dá a conhecer as principais vantagens dos seguros e facilita contacto de potenciais clientes com agentes que colaboram com a companhia, para aconselhamento sobre as “soluções de proteção mais adequadas a cada caso”.

Segundo a MetLfe, a criatividade da iniciativa assenta na fórmula “Sabia Que” para explicar as vantagens da proteção proporcionada por um seguro de Acidentes Pessoais “quando se viaja ao volante ou em qualquer transporte público ou privado, bem como em caso de queda em contexto doméstico ou de lazer”. Num spot a transmitir na última semana de julho, a companhia explicará os benefícios do seu seguro de Doenças Graves.

A campanha dirige-se aos portugueses “que querem desfrutar das suas férias em tranquilidade, sabendo que a estabilidade financeira das suas famílias está assegurada”. A comunicação da companhia alinha com o propósito da empresa “de acompanhar os clientes nos vários momentos da sua vida, mesmo os mais imprevistos”, acrescenta a seguradora.

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Lovys inicia expansão ibérica, CEO realça experiência dos novos investidores: “É o mais importante”

  • ECO Seguros
  • 20 Julho 2021

Crescimento e capacidade financeira reforçada impulsionam a insurtech de adn português para estratégia de venda direta em Espanha e parcerias no conjunto do mercado ibérico.

Tendo ultrapassado limiar de 20 milhões de euros captados em ronda (série A) concluída em janeiro passado, a Lovys – que mantém Portugal Ventures, Heartcore, NewAlpha, MAIF Avenir, Plug&Play, TechStars e BpiFrance como os principais, entre demais investidores – acaba de reforçar fôlego financeiro com adesão de dois fundos importantes para a estratégia desta insurtech.

João Cardoso (fundador e CEO): Em Portugal, “a Lovys baseará a sua estratégia em parcerias com empresas de média e grande dimensão.”

Crescimento de 70% em vendas diárias no primeiro trimestre foi um dos motivos a justificar a adesão de novos investidores como a Adevinta Ventures e a MS&AD Ventures, afirma João Cardoso, fundador e CEO da Lovys, em troca de e-mail com ECO Seguros.

A MS&AD Ventures é um fundo global (venture capital) apoiado pelo grupo de seguros japonês MS&AD e que está na americana Hippo, enquanto a Adevinta Ventures (Adevinta) detém alguns dos maiores sites de classificados online (Le BonCoin em França ou Fotocasa em Espanha). O complemento de recursos fornecidos pelos novos investidores “não estava previsto e, mais do que o montante, foi importante para nós contar com a Adevinta Ventures e a MS&AD Ventures, pela experiência que têm,” disse o empresário.

Apostada agora nos mercados de Espanha e Portugal para atingir a meta de 100 mil clientes até final de 2021, a Lovys posiciona-se como “única startup europeia a oferecer 5 produtos de seguros diferentes numa única plataforma digital”. Segundo anunciado pela startup, o novo investimento vem permitir acelerar a expansão na região ibérica, com estratégias bastante diferenciadas para Portugal e Espanha. No mercado português, a aposta passa pela procura de canais B2B2C, “que queiram distribuir quaisquer produtos de seguros integrados e digitais”, refere um comunicado.

Em Portugal, explica João Cardoso a ECOseguros, “a Lovys baseará a sua estratégia em parcerias com empresas de média e grande dimensão, onde irá disponibilizar alguns dos produtos já criados para o mercado francês”. Para o fundador da insurtech de adn português, acelerar a estratégia em Portugal passa “essencialmente por 3 pontos: adaptar alguns produtos ao mercado; presença de equipas comerciais para ativar parcerias em setores como banca, telecom, imobiliário, retalho eletrónico, retalho de produtos para animais, entre outros”; e a adaptação da plataforma tecnológica, sobretudo ao nível da língua”.

A propósito, o site em língua castelhana para lançamento da operação em Espanha está praticamente concluído. A oferta digital será sobretudo caracterizada pela agilidade e rapidez na contratação de um seguro: “asegúrate em 2 minutos”, sugere um ícone na api que anuncia, para breve, o lançamento da oferta Lovys no mercado espanhol.

Tendo Telefónica Seguros e o grupo Munich Re como parceiras para ser concorrencial ao nível de preços no país vizinho, a operação da Lovys “terá uma componente de venda direta no site” mas também será feita através de parcerias. “Começaremos por lançar seguro casa e 2 outros produtos bastante ligados a esta categoria. Em 2022 entraremos com outros produtos já lançados em França,” até um total de cinco que a empresa tem como objetivo para os primeiros 12 meses naquele mercado.

Excluindo a necessidade de mais recursos para esta fase de expansão, o responsável da Lovys explica: “A nossa série A permitiu-nos acelerar o nosso desenvolvimento com 25 recrutamentos e um crescimento forte. O voto de confiança que recebemos da Adevinta Ventures e da MS&AD Ventures, dois grandes fundos, permitir-nos-á uma expansão rápida com vista a consolidar o nosso posicionamento como o líder deste segmento a nível europeu”.

Os novos investidores Adevinta Ventures e a MS&AD Ventures, que entraram sem colocar “condições do ponto de vista legal ou de organização (…), terão o mesmo enquadramento na organização do que os anteriores,” esclarece João Cardoso.

Alguns destes fundos não são muito recetivos à ideia de revelar montantes das apostas que fazem, mas o processo “foi rápido desde o momento em que ambos os fundos mostraram interesse”. Ainda, sobre o que os levou a investir na empresa, desenvolve: “Em primeiro lugar, a visão e o posicionamento da Lovys, sendo o único player na Europa a criar um conceito de subscrição em seguros. Depois, o crescimento da empresa nos últimos anos e, por fim, a qualidade da equipa, com cerca de 90 pessoas e 15 nacionalidades diferentes”.

Lançada em 2017, a Lovys permite aos utilizadores gerir todas as suas necessidades diárias de seguros, através de uma única interface, 100% online. Em quatro anos desenvolveu quatro produtos – casa, carro, smartphone e cães e gatos –, uma oferta focada nas necessidades das gerações mais digitais.

A Lovys conta com escritórios em Paris, Porto e Lisboa e ainda um centro tecnológico em Leiria.

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