Hoje nas notícias: offshores, PSD e raquetes

  • ECO
  • 30 Junho 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Suíça continua a ser o maior destino do dinheiro enviado para Portugal proveniente de paraísos fiscais. A Quad Padel é a primeira fábrica de raquetes de padel em carbono em Portugal. No plano político, Ricardo Baptista Leite posiciona-se para líder parlamentar do PSD e o PCP quer demolir a sua sede em Aveiro. Num dia marcado pela escolha de Alcochete para acolher o novo aeroporto, com o Montijo como solução de curto prazo, sabe também que há 8,5 milhões de utilizadores com redes sociais em Portugal.

Metade do dinheiro enviado para Portugal de offshores vai para a Suíça

No ano passado, os clientes com contas em bancos portugueses transferiram cerca de 6.700 milhões de euros para contas sedeadas em paraísos fiscais. A Suíça continua a ser a maior depositária dos fluxos, sendo responsável por 3.522 milhões de euros das transferências concretizadas ao longo do ano passado, seguida por Hong Kong e os Emirados Árabes Unidos, segundo o balanço mais recente da Autoridade Tributária e Aduaneira.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Baptista Leite coloca-se na lista para líder parlamentar do PSD

Ricardo Baptista Leite, um dos atuais vice-presidentes da bancada parlamentar do PSD admite substituir Paulo Mota Pinto. Isso acontecerá se Mota Pinto se demitir assim que Luís Montenegro tomar posse como novo líder dos sociais-democratas. “Há na bancada do PSD uma série de quadros com grande experiência parlamentar, não me excluo desse grupo de deputados mais experientes, mas vejo em todos eles disponibilidade para fazer o que é preciso nesta fase”, assume Baptista Leite.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença /Público (acesso livre)

Portugal ganha primeira fábrica de raquetes de padel em carbono

A Quad Padel é a primeira fábrica de raquetes de padel em carbono em Portugal. Localizada em Braga, implica um investimento de três milhões de euros e pretende produzir cerca de 12 mil unidades já neste ano. Atualmente com 14 pessoas, a unidade produtiva vai ocupar 1.300 metros de área coberta e terá 70% de vendas para o estrangeiro. Em 2025, a equipa irá contar com 64 pessoas e deverá produzir 94 mil raquetes.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

 

Há 8,5 milhões de utilizadores com redes sociais em Portugal

Em janeiro deste ano, havia 8,5 milhões de utilizadores com redes sociais ativas em Portugal, o que representa aproximadamente 84% da população portuguesa. Trata-se de mais 700 mil face a igual período do ano passado, isto é um aumento de 9%, quando existiam 7,8 milhões de utilizadores. O Youtube é a rede social mais utilizada, seguida pelo Facebook e Instagram.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível)

PCP quer demolir edifício histórico em Aveiro

O PCP quer demolir a sua sede em Aveiro para construir um prédio de sete andares. Construída em 1930, a “Vivenda Aleluia” era residência da família dona da Fábrica Aleluia, de louças e azulejos da cidade, e acabou por ser, primeiro, ocupada, pelo partido e, depois, comprada em litígio com os proprietários. No passado, a eventual demolição do edifício gerou contestação da esquerda à direita.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Sword Health e Remote apoiam financeiramente colaboradores após decisão do Supremo

Depois de nos EUA o Supremo ter anulado a decisão do processo “Roe vs. Wade”, que protegia desde 1973 o direito das mulheres a interromper a gravidez, as empresas têm avançado com apoios.

As unicórnios Sword Health e Remote estão entre as empresas que nos Estados Unidos estão a avançar com apoio financeiro aos colaboradores, depois de a decisão do Supremo Tribunal de Justiça ter deixado ao critério de cada Estado decidir sobre a legalização da interrupção voluntária da gravidez. Na Feedzai o tema “está a ser analisado”.

“Acreditamos, como companhia e a nível pessoal, que o direito à interrupção voluntária da gravidez é um direito humano e ao avançarmos com uma lei que vai legalmente proibi-lo, estamos a regredir no tempo e a eliminar anos de progresso social no sentido de uma existência humana mais equitativa”, disse Virgílio Bento, cofundador da Sword Health, numa comunicação interna enviada aos colaboradores, depois de o Supremo ter anulado a decisão do processo “Roe vs. Wade”, que, desde 1973, protegia como constitucional o direito das mulheres a interromper a gravidez.

“Numa resposta direta a esta decisão, queremos que saibam que caso pretendam acesso a serviços de saúde reprodutiva que o vosso Estado proíbe, iremos cobrir os custos de deslocação e licença paga para que possam, com outra pessoa, viajar e tratar da vossa saúde”, anunciou o CEO da startup, que atua na área de saúde, numa carta partilhada na sua rede no LinkedIn.

Contactada pela Pessoas, a Sword Health não quis adiantar mais informação.

Mas não é o único unicórnio nacional a tomar medidas na sequência desta decisão da justiça norte-americana. Na Remote a política da empresas sobre direitos reprodutivos e bem-estar foi “atualizada”, adianta Marcelo Lebre, cofundador da unicórnio.

No site a Remote indica que apoia com 2.000 dólares os trabalhadores ou os seus parceiros para custear transporte, alojamento ou de cuidados de saúde “caso o seu Estado ou país não permita uma forma segura de interromper a gravidez”.

“O pedido para estes fundos será tratado de forma confidencial e com a maior urgência”, “não há passos de aprovação”, “não recolhemos quaisquer tipo de dados sobre este assunto”, garante a empresa. “Se preferir mudar-se de forma permanente, siga o nosso processo de relocalização, não precisa de dar nenhuma razão”, diz ainda a unicórnio.

Na Feedzai — outro unicórnio nacional com colaboradores nos Estados Unidos — “o tema está a ser analisado internamente“, adianta fonte oficial quando contactada pela Pessoas.

Farfetch, Outsystems e Anchorage Digital não quiseram comentar este tema. Até ao momento a Talkdesk ainda não adiantou a sua posição.

Metade dos americanos tem seguros de saúde das empresas

Depois da decisão do Supremo, muitas empresas com operação nos Estados Unidos têm vindo a avançar com medidas de apoio aos colaboradores para que, caso seja essa a sua opção, possam ir a outro Estado onde a interrupção voluntária da gravidez seja legal.

Citigroup, Salesforce, Match Group, Walt Disney, JPMorgan Chase ou a Meta (a dona do Facebook e do Instagram), entre outras empresas, já anunciaram que irão prestar apoio financeiro, relata a CNN Business. (conteúdo em inglês)

Há dias foi a vez de a Google enviar um email aos colaboradores informando-os de que poderiam “candidatar-se a relocalização (para outro Estado) sem justificação”, lembrando ainda que os planos e seguros de saúde da tecnológica “cobrem procedimentos (médicos) fora do Estado que não estão disponíveis nos locais onde o colaborador vive e trabalha”, num email enviado por Fiona Cicconi, a chief people officer do Google, a que a Verge teve acesso. (conteúdo em inglês)

Depois da Nike também a Adidas tomou posição e anunciou que o plano de saúde para os seus funcionários no país garante até 10.000 dólares para cobrir custos de viagem e alojamento para situações em que os colaboradores tenham de sair do Estado onde residem/trabalham para realizar esse procedimento médico.

“A Adidas está firme no apoio ao direito de escolher os cuidados de saúde apropriados para cada um”, disse a marca alemã citada pela Footwear News. (conteúdo em inglês).

Cerca de 50% dos trabalhadores americanos auferem de seguros de saúde através das suas empresas, o que significa que, o local onde trabalham determina muitas vezes o tipo de cuidados de saúde a que têm acesso, segundo números noticiados pela Quartz. (conteúdo em inglês e de acesso reservado) A decisão agora tomada pela justiça norte-americana poderá aumentar, ainda mais, a dependência dos colaboradores para terem acesso a cuidados de saúde.

“Penso que, infelizmente, isto irá resultar em dois níveis: o das pessoas que têm recursos para obterem os cuidados que necessitam, e as pessoas que não têm”, comenta Erika Seth Davies, CEO da Rhia Ventures, empresa de impacto social focada nas mulheres e na saúde reprodutiva, citada pela Quartz.

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“Para os norte-americanos, os Açores são como o Hawai português”, diz ERA Portugal

A ERA Portugal nota que há cada vez mais alemães, franceses e belgas a renderem-se aos Açores. CEO da imobiliária nota que distância aos EUA atrai também muitos norte-americanos.

O mercado imobiliário nos Açores tem estado cada vez mais em alta e tem, sobretudo, captado o interesse de muitos estrangeiros. Do lado da imobiliária ERA, os números de clientes, faturação e transações já superam os de 2019 e as expectativas para o futuro do mercado açoriano são extremamente positivas. Em entrevista ao ECO, o CEO da imobiliária em Portugal destaca o aumento da procura por parte de norte-americanos, que olham para os Açores como uma espécie de Hawai português.

O ano de 2022 “está a ser bastante positivo” para a ERA Portugal, diz Rui Torgal. “Os Açores sempre foram uma região muito forte e com excelentes resultados, mas perspetivamos ter o melhor ano de sempre na região no que diz respeito ao número de clientes compradores, faturação e transações”, acrescenta, notando que a média de compradores, por mês, naquele arquipélago, cresceu 35% em 2021 face a 2020.

Os dados da imobiliária indicam ainda que, entre janeiro e maio de 2022, o número de imóveis vendidos disparou 94% face a 2019, enquanto a faturação disparou 117%. “A nossa perspetiva é ultrapassar a barreira dos quatro milhões de euros” em faturação, afirma o responsável, ao ECO.

Ricardo Moura e Ricardo Silva têm uma visão mais aprofundada do terreno. Os responsáveis pelas lojas ERA de Ponta Delgada e Horta/Pico, respetivamente, explicam que, nos Açores, tal como acontece no Continente, “os preços dos imóveis estão a aumentar significativamente” e isso deve-se, sobretudo, “ao aumento exponencial da procura” e à “pouca oferta de imóveis“. A escassez de mão-de-obra e de matérias-primas também se sente.

Apesar disso, “são vários os fatores” que têm contribuído para que os Açores se estejam a tornar um destino tão atrativo. “A par das melhorias de acessibilidade e nas redes de transportes — que permitem mais conexões aéreas –, a qualidade de vida sentida na região dos Açores é muito associada à natureza e à proximidade ao mar“, explicam Ricardo Moura e Ricardo Silva, ao ECO.

Alemães, franceses e belgas rendem-se aos Açores

Esses fatores acabaram por atrair compradores, tanto nacionais como internacionais. “Seja para investimento ou para habitação secundária, em todas as ilhas onde a ERA está presente a procura por portugueses é muito acentuada”, diz o CEO Rui Torgal, notando que “o crescimento do turismo nos Açores com a democratização das viagens” contribuiu para “uma grande procura sobretudo por parte de portugueses vindos do Continente e que estão a desenvolver projetos hoteleiros e de restauração no arquipélago”.

E atraídos vêm também os estrangeiros. “A procura por parte de estrangeiros é exponencial, sobretudo, por norte-americanos e europeus no geral. No entanto, em algumas ilhas, verificamos uma maior incidência de procura de habitação por parte de alemães, franceses e belgas“, dizem Ricardo Moura e Ricardo Silva. “Na ERA Ponta Delgada assiste-se também à procura por parte de brasileiros e outros cidadãos que procuram vistos gold“.

“Temos notado que, para os norte-americanos — particularmente os que vêm da Costa Este –, os Açores são como o ‘Hawai Americano’, a apenas quatro horas de distância”, dizem os responsáveis pelas lojas ERA de Ponta Delgada e Horta/Pico. “Adicionalmente, o turismo sustentável, a segurança, a estabilidade política, a baixa densidade populacional e o custo de vida relativamente baixo, fazem com que os Açores sejam um destino de eleição, sobretudo para os clientes estrangeiros”.

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Governo demora três anos a criar unidade técnica sugerida por grupo de trabalho dos benefícios fiscais

"Está em processo legislativo a criação de uma Unidade Técnica que vai fazer a avaliação sistemática dos benefícios fiscais (ex ante e ex post)", explicou ao ECO fonte oficial das Finanças.

Foi em 2019 que o grupo de trabalho criado um ano antes fez um levantamento dos 542 benefícios fiscais existentes em Portugal, tendo concluído que, em um quarto (147), não se percebia a razão de ser da sua existência. Exatamente três anos depois, a secretária de Estado do Orçamento anunciou no Parlamento a criação de uma unidade técnica para fazer o levantamento destes benefícios.

“Está também criada uma unidade técnica, e está em processo legislativo no Governo, que pretende precisamente fazer todo o levantamento destes benefícios” fiscais, disse Sofia Batalha aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças, destacando que a renovação desses benefícios “tem acompanhamento para avaliar a sua pertinência”.

O ECO questionou o Ministério das Finanças sobre a necessidade desta nova unidade técnica tendo em conta o relatório apresentado em 2019 e fonte oficial explicou que a criação desta unidade “está em processo legislativo”. A unidade “vai fazer a avaliação sistemática dos benefícios fiscais (ex-ante e ex-post), conforme a recomendação do Grupo de Trabalho criado para o efeito”, acrescentou a mesma fonte.

O relatório apresentado em junho de 2019 sublinhava que os cofres públicos deixam de receber cerca de 11,7 mil milhões de euros em receita fiscal devido às decisões de atribuição de benefícios fiscais e de taxas de IVA mais baixas que a taxa normal de 23%.

No ano seguinte o Tribunal de Contas revelou que houve uma redução da despesa com benefícios fiscais (uma quebra de 29% para 2,29 mil milhões de euros), mas alertou para a existência de uma subavaliação porque falta informação sobre a despesa de uma grande parte dos benefícios fiscais existentes no país. Um recado recorrente.

O grupo de 13 especialistas, coordenado por Francisca Guedes Oliveira, professora na Católica Porto Business School, sugeriu a introdução de “uma total clareza no momento de criação do benefício fiscal quanto à data de caducidade do mesmo”. Clareza que se deve manter “sempre e quando” houvesse “alterações (ainda que menores) ao benefício fiscal”. Por outro lado, a “prorrogação ou revogação de um benefício fiscal, ou de parte de um benefício fiscal, deve ser expressa, nunca tácita”, segundo os autores.

Os especialistas sugeriram ainda que deve haver uma avaliação ex-post, que permita acompanhar a implementação do benefício fiscal e perceber se corresponde ao objetivo pretendido. Uma avaliação que deve ocorrer preferencialmente próximo do final do período de caducidade (quando o apoio fiscal está prestes a terminar).

Mas não só. O relatório aponta para a criação de uma “unidade técnica” que leve a cabo uma avaliação de todos benefícios fiscais existentes “em ciclos de cinco anos” e “de forma progressiva”. “De acordo com a materialidade ou a importância política, o modelo de avaliação será, evidentemente, distinto, mas nada deve ficar de fora do espetro da avaliação”, lê-se no documento.

“A unidade técnica deve acompanhar a criação de novos benefícios fiscais e garantir que o guião definido que justifica novos BF [benefícios fiscais] é seguido e que os indicadores definidos são passíveis de serem calculados”, sugerem ainda os especialistas.

Os peritos avançaram ainda a possibilidade de o Governo apresentar uma “candidatura ao programa SARE (Serviço de Apoio à Reforma Estrutural) da Comissão Europeia, na área de Revenue Administration & Public Financial Management, com vista à implementação da Unidade Técnica para Avaliação de Benefícios Fiscais”.

E foi isso que veio a suceder, como explicou ao ECO fonte oficial das Finanças. A criação da unidade técnica contou com “o apoio técnico do FMI no âmbito do programa de apoio às reformas estruturais a que o Governo se candidatou, e que ajudou na construção do modelo institucional e de avaliação dos benefícios fiscais”.

A nova unidade poderia funcionar como a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), junto ao Parlamento, mas o Executivo acabou por seguir o modelo irlandês e deixá-la associada ao Ministério das Finanças, ainda que o objetivo inicial fosse garantir uma análise independente dos benefícios fiscais.

No modelo definido pelos especialistas, em 2019, as propostas de criação de benefícios fiscais devem ser acompanhadas de uma “avaliação ex-ante, que identifique com clareza qual(is) o(s) objetivo(s) extrafiscal(is) da criação do benefício e defina os indicadores e fontes de informação adequadas que permitam uma adequada avaliação após a sua implementação”.

Depois, deve ser feito o “acompanhamento do benefício fiscal durante o período da sua vigência”. Ou seja, uma monitorização. E, finalmente, uma avaliação ex-post perto do prazo de caducidade do benefício ou quando as circunstâncias o exigirem. Avaliação essa que o grupo de trabalho sugere que fosse feita pela unidade técnica agora em criação, com a ressalva de que monitorização e avaliação ex-post sejam feitas por entidades separadas.

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Consultora britânica BJSS troca de escritórios e alarga equipa em Portugal

Dois anos após chegar a Portugal, a consultora de tecnologia e engenharia BJSS muda para instalações maiores no Porto e Lisboa. Reforça a Norte com 40 pessoas e prepara terceira localização em 2023.

A consultora de tecnologia e engenharia BJSS, que arrancou as operações em Portugal no verão de 2020, acaba de mudar a atual equipa de 27 pessoas no Porto, de um espaço de coworking perto da estação de S. Bento, no centro histórico, para um escritório de 430 metros quadrados no complexo empresarial Burgo, na avenida da Boavista, com capacidade para quase 80 pessoas. Depois de Lisboa e Porto, a consultora britânica prepara, para o próximo ano, uma terceira localização também na região Norte.

A aposta na cidade Invicta surge por ser “a capital do Norte, que centraliza o talento que orbita nesta região”, justifica Pedro Ferreira, diretor geral do grupo britânico em Portugal, em entrevista ao ECO/Pessoas. Apesar de estar a operar num modelo híbrido e “raramente” ter toda a equipa reunida, o gestor nota que “as pessoas já têm alguma necessidade de interação e, por isso, continua a fazer sentido ter escritórios físicos”.

Também em Lisboa, onde arrancou a operação nacional há quase dois anos e emprega atualmente perto de 75 profissionais, a BJSS tem prevista uma mudança de instalações, calendarizada para o final de setembro. Permanece no Parque das Nações, mas troca um espaço de 300 m2 por outro de 1.470m2 no novo Exeo Office Campus, com “condições mais adaptadas a um mundo pós-pandemia”, incluindo zonas de colaboração e de interação digital.

A consultora que, a partir de Portugal, trabalha o mercado doméstico (público e privado) e tem como clientes empresas em Espanha – entre as quais a gigante Inditex, dona da Zara – e no Reino Unido, frisa que o escritório no Porto, inaugurado esta semana, não é o último que vai abrir no país. “Vamos continuar a expandir e abrir um terceiro escritório algures em 2023, que em princípio será também no Norte”. Braga? “É uma das opções finais”, responde Pedro Ferreira.

A BJSS soma um total de 102 colaboradores em Portugal e mantém a meta de chegar aos 150 até abril de 2023. Até ao final deste ano prevê mais do que duplicar a equipa baseada no Porto, recrutando perto de 40 profissionais, conseguindo desta forma “equilibrar o número de pessoas” nos dois escritórios, sublinhou o diretor-geral em solo nacional, que viveu nove anos no Reino Unido.

A consultora faz o desenvolvimento interativo de soluções tecnológicas, o que significa que, em termos de perfis, precisa de “um bocadinho de tudo”: engenheiros de plataforma, programadores, analistas de negócio, gestores de projeto, investigadores, product designers para o desenho das soluções. Procuram “pessoas versáteis, que queiram aprender e com interesse em resolver problemas”.

“Há muito talento em Portugal e sabemos o que estamos a oferecer, que acaba por ser interessante. Somos uma consultora muito informal, com uma estrutura pouco hierárquica, e a capacidade de trabalharmos vários problemas, setores, tipos de tecnologias e soluções acaba por ser um aliciante para as pessoas. E continuamos a investir na aprendizagem das pessoas. Obviamente, o mercado está muito competitivo, mas temos conseguido continuar a crescer”, resume Pedro Ferreira.

Vamos ser mais conhecidos no mercado nos anos que aí vêm e vamos ter uma terceira localização. Estamos a ir na direção correta.

Amir Soufizadeh

Responsável pela expansão internacional da BJSS

De passagem esta semana pelo Porto, o responsável pela expansão internacional da BJSS, Amir Soufizadeh, considera que “Portugal é um sítio fenomenal para construir uma equipa”, garante ao ECO/Pessoas. “Se olharmos aos 20 meses em que estamos a operar aqui, estou muito confiante que podemos crescer uma taxa similar. Vamos ser mais conhecidos no mercado nos anos que aí vêm e vamos ter uma terceira localização. Estamos a ir na direção correta”, sublinhou. Prevê uma faturação a rondar os 20 milhões de euros em 2022, o que compara com os 12 milhões no ano passado.

Impostos e rendas condicionam investimento estrangeiro

Fundada em 1993 por dois programadores de Leeds, no Norte de Inglaterra, que ainda hoje continuam a ser os únicos acionistas, a BJSS trabalha com a administração pública e com setores como a saúde, retalho, financeiro (bancos e seguradoras) ou energia – aliás, o cliente mais antigo é a BP. No último exercício fiscal, terminado em abril de 2021, o volume de negócios ascendeu a 196 milhões de libras (227 milhões de euros).

A consultora tecnológica soma mais de 2.200 funcionários divididos por 26 escritórios: 20 no Reino Unido e os restantes nos EUA (Nova Iorque e Houston), em Portugal (Lisboa e Porto), na Austrália (Melbourne), na Irlanda (Dublin) e em Copenhaga (Dinamarca). A internacionalização arrancou antes, mas foi acelerada pelo brexit. “Estrategicamente, uma consultora britânica que se queira expandir globalmente tem de ter um pé na Europa e [após o referendo] deixou de beneficiar de tudo o que se pode ter acesso na União Europeia”.

Pedro Ferreira, diretor-geral da Bjss em Portugal

Pedro Ferreira trabalhou durante quatro na BJSS em Leeds, até montar um caso de negócio que convenceu a administração a investir 12 milhões de euros em Portugal e regressar ao país natal para iniciar essa operação. Questionado sobre as fraquezas do país para a atração de mais hubs tecnológicos globais, começou por destacar a elevada carga fiscal que “limita a capacidade de qualquer empresa pagar ainda melhor e que o colaborador leve mais dinheiro para casa no final do mês”.

“Notamos também que os valores imobiliários em Portugal são mesmo muito altos. No Porto já começa a aumentar, mas em Lisboa estão astronómicos. Os preços das rendas dos escritórios [na capital] já começam a chegar aos níveis de Londres. Termos, ao mesmo tempo, as rendas a aumentar e esta carga fiscal elevada, prejudica o campo de ação das empresas e também o poder de compra das pessoas”, completa o diretor, salvaguardando que “nada disso limita a ação e expansão” da BJSS em Portugal.

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Hoje é o último dia para entregar o IRS. Atenção às multas

O prazo para entregar o IRS arrancou a 1 de abril e termina esta quinta-feira. Ainda há contribuintes que não entregaram a declaração, e falhar a data pode dar azo a multas.

Termina esta quinta-feira o prazo para entregar a declaração de IRS, referente aos rendimentos de 2021. Até ao momento, a Autoridade Tributária e Aduaneira já recebeu 5,64 milhões de declarações dos contribuintes e reembolsou mais de 2,4 mil milhões de euros, numa campanha que arrancou a 1 de abril.

Segundo os dados do Portal das Finanças, já tinham sido entregues até 5.532.611 declarações. No total, é expectável que sejam entregues mais de seis milhões de declarações de IRS, tendo em conta o número fixado em 2021.

Para completar esta “tarefa” e evitar multas, pode aceder ao Portal das Finanças e validar a sua declaração (caso esteja pré-preenchida) ou introduzir manualmente os dados. Se entregar até um mês depois da data limite, por iniciativa própria e sem ter prejudicado o Estado, pode ter de pagar, no mínimo, uma coima de 25 euros. Já se entregar depois destes 30 dias adicionais, o montante pode ser mais elevado, dependendo de fatores como se o Fisco já iniciou um procedimento inspetivo.

A apresentação da declaração Modelo 3 à Autoridade Tributária é obrigatória para todos os contribuintes que tenham obtido rendimentos, independentemente da natureza dos rendimentos obtidos. Este procedimento ocorre exclusivamente através do Portal das Finanças, sendo que já não pode ser feito em formato físico, isto é, em papel. Ainda assim, existem locais onde os contribuintes com mais dificuldades podem ir para receber ajuda, sendo que os serviços de Finanças já abriram 200 mil vagas para atendimento por marcação para apoiar os cidadãos na entrega da declaração do IRS.

Para algumas pessoas, a tarefa é facilitada pelo IRS automático. Depois do alargamento do ano passado, o universo de contribuintes que tem a declaração pré-preenchida aumentou, abrangendo agora os trabalhadores independentes. O acesso à apresentação automática do Modelo 3 (referente aos rendimentos de 2021) está, assim, à disposição dos contribuintes que preencham as condições.

Segundo o último balanço (de 29 de junho), 32% das declarações entregues foram submetidas através do IRS Automático. Assim, cerca de um terço dos contribuintes optaram por este instrumento.

É de salientar que no IRS automático, o Fisco assume que a entrega é feita em separado, mesmo para os casados e pessoas em união de facto. Os especialistas alertam que a tributação conjunta costuma ser mais favorável, pelo que deve verificar qual é a opção mais vantajosa e, se preferir, escolher a entrega em conjunto.

Existe ainda uma medida para os mais jovens, apelidada de IRS Jovem, que vai sofrer mudanças com o Orçamento do Estado para 2022. Mas, por agora, mantém-se com as mesmas regras: este regime prevê uma isenção de 30% no primeiro ano com o limite de 7,5 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), de 20% no segundo ano com o limite de 5 IAS e de 10% no terceiro ano (até 2,5 IAS).

Por fim, não se esqueça de que também pode consignar uma parte do seu IRS, sendo que, este ano, há mais de 4.500 entidades às quais pode “doar” 0,5% do imposto. A consignação de 0,5% do IRS não implica a perda de qualquer parte do reembolso, uma vez que a verba “doada” é retirada do imposto devido ao Estado.

Assim que tiver completado esta obrigação fiscal, poderá ter reembolso a receber, sendo que “o prazo médio de pagamento de todos os reembolsos efetuados por transferência bancária está nos 19,2 dias“, segundo as Finanças. Pode também ter um montante a pagar, algo que terá de ser feito até 31 de agosto.

Até 29 de junho, o Fisco já tinha liquidado 4,7 milhões declarações, das quais 2,4 milhões corresponderam a reembolsos, que totalizam os 2.475 milhões de euros. Por outro lado, foram também “emitidas 883,6 mil notas de cobrança, num total de cerca de 1.354 milhões de euros, sendo as restantes nulas (não havendo lugar a reembolso ou nota de cobrança)”, adiantou o Ministério liderado por Fernando Medina.

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Jackpot para alguns aforradores. Certificados do Tesouro vão pagar 11% em julho

Boas notícias para os aforradores. Disparo da economia no primeiro trimestre aumenta prémio dos Certificados do Tesouro Poupança Mais, que vão pagar uma taxa de 11% em julho, bem acima da inflação.

Com a escalada da inflação, tornou-se ainda mais difícil encontrar investimentos com retornos reais positivos, sobretudo entre os produtos financeiros mais seguros. Mas as famílias e os pequenos aforradores que há cinco anos compraram Certificados do Tesouro não podem dizer o mesmo, pois estão agora prestes a receber um verdadeiro “jackpot” com as suas aplicações que vão pagar quase 11% a partir do próximo mês.

Sim, leu bem: os velhinhos Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) estão a chegar ao fim de vida em excelente forma, pagando uma taxa de juro, para ser mais preciso, de 10,99% em julho (e nos dois meses seguintes, até à próxima revisão da taxa) sobretudo por conta do bónus que está associado a estes títulos.

Já se sabia que o quinto ano e último de aplicação dos CTPM — descontinuados em 2017 — davam uma taxa de juro bruta de 3,25%, mas não se sabia qual o prémio que iria pagar, pois este está dependente da evolução da economia.

Se a pandemia cortou os prémios ao longo de 2020 e 2021, perante o afundanço do PIB, a recuperação económica que se seguiu trouxe taxas de crescimento inevitavelmente altíssimas, pelo efeito de base da comparação. E isso está agora a impulsionar o prémio associado aos CTPM, que corresponde a 80% da subida média do PIB nos últimos quatro trimestres.

Vamos às contas: em termos médios, a economia cresceu 9,7% entre o segundo trimestre do ano passado e o primeiro trimestre deste ano, pelo que o prémio dos certificados ficará nos 7,74%. Um bónus que juntando à taxa de 3,25% do quinto e último ano de aplicação fará com que o retorno dos CTPM atinja os 10,99%. De acordo com o INE, a inflação situou-se nos 8% em maio, o valor mais alto desde 1993, com a taxa a ser atualizada esta quinta-feira.

Certificados antigos vão pagar prémios até 7,74%

Fonte: IGCP

Assim, se tem uma aplicação de 10.000 euros, receberá agora em julho 1.009,9 euros em juros e o reembolso do investimento de 10.000 euros que fez há cinco anos. Valores relevantes para quem está agora a marcar as férias ou se encontra numa situação de maior aperto por causa do aumento dos encargos com a casa.

É importante lembrar, contudo, que estes CTPM já foram substituídos por outros certificados do Tesouro com remunerações muito mais baixas, refletindo as condições do mercado e o ambiente de juros baixos do Banco Central Europeu (BCE). Se for agora subscrever, já não terá tanta sorte com as taxas oferecidas pelos novos certificados.

Já depois dos CTPM, durante algum tempo foi subscrever os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC), que foram descontinuados no ano passado. Estes CTPC pagam taxas crescentes de 0,75% até 2,25% no sétimo ano e também dão direito a um prémio em função desempenho do PIB a partir do segundo ano, equivalente a 40% do crescimento económico, mas sempre limitado a um máximo de 1,2%. É este prémio que vai continuar a pagar em julho e nos próximos meses, confirmou o IGCP esta quarta-feira.

Entretanto, para o lugar dos CTPC, o Governo criou em setembro passado os Certificados do Tesouro Poupança Valor (CTPV) e são estes que vai encontrar se for agora a um balcão dos CTT para subscrever este produto do Estado. Mas conte remunerações ainda mais deprimidas do que os seus antecessores: pagam, em média, uma taxa bruta de 1% nos sete anos de maturidade, e um prémio que vem apenas no terceiro ano e que corresponde a 20% da média de crescimento da economia, sendo que há um limite até máximo de 1,5%.

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Subida das Euribor não dá tréguas e faz disparar prestação da casa até 20% em julho

Subida em flecha das Euribor em junho agrava encargos com a habitação. Famílias com contratos da casa revistos no próximo mês vão sentir novo aperto. Prestação mensal subirá entre 3% e 20%.

A subida das taxas Euribor não está a dar tréguas e vai fazer disparar a prestação da casa no próximo mês. Os contratos cujas condições vão ser revistas em julho vão sofrer aumentos entre 3% e 20%, consoante o prazo do indexante, de acordo com os cálculos do ECO. O agravamento dos encargos com a habitação vem colocar maior pressão sobre as famílias, que já estão a sentir um sério aumento do custo de vida perante a escalada da inflação.

Desde o final do ano passado que as taxas Euribor — que são usadas nos contratos financeiros, servindo como indexante nos empréstimos dos bancos para a compra de casa — mantêm uma trajetória de subida, depois do Banco Central Europeu (BCE) ter sinalizado um aperto das condições financeiras na Zona Euro para responder à escalada dos preços.

Contudo, estas taxas aceleraram nos últimos meses, com a inflação em máximos de décadas — acima dos 8% — a encostar o banco central à parede e a não deixar outra alternativa senão avançar com a primeira subida dos juros diretores em mais de uma década já na próxima reunião de 21 de julho.

Foi neste cenário que a Euribor a seis meses inverteu no início deste mês para valores positivos, depois de sete anos abaixo de zero. Este é o prazo mais usado pelas famílias portuguesas nos contratos da casa. Mas também as Euribor a três meses e a 12 meses estão a acelerar.

Sobem, sobem, Euribor sobem

Fonte: Reuters

Prestação regista maior subida numa década

Até quando e quanto mais vão subir as taxas Euribor? São perguntas que ninguém arrisca responder com 100% de certeza, pois está dependente da evolução do quadro macroeconómico, o qual, por sua vez, se encontra intimamente ligado à incerteza geopolítica com a guerra da Rússia na Ucrânia e à subida dos preços da energia.

Certo é que o BCE vai continuar a subir as suas taxas até ter a certeza de que a inflação no médio prazo se situe nos 2%, como garantiu ainda esta semana a presidente da instituição, Christine Lagarde, em Sintra, admitindo mesmo subidas mais agressivas se as tensões inflacionistas persistirem. O Eurostat divulgará esta sexta-feira a estimativa rápida para a evolução dos preços na Zona Euro no mês de junho. Os economistas apontam para uma taxa de 8,5%.

Sendo assim, as famílias, que já se encontram pressionadas com o aumento dos preços dos bens e serviços que consomem no dia-a-dia, como o gás, os combustíveis, mas também os bens alimentares, devem fazer as contas e prepararem-se para pagar mais ao banco. Isto já tem vindo a acontecer desde janeiro e voltará a repetir-se no próximo mês. Quanto mais? Serão as maiores subidas em mais de uma década, pelo menos.

Fazendo as contas a um empréstimo de 150 mil euros, com o prazo de 30 anos e um spread de 1%, as famílias com créditos associados à Euribor a seis meses vão ver a prestação subir cerca de 10% no próximo mês, refletindo um agravamento de mais de 46 euros para cerca de 493 euros, segundo as simulações realizadas pelo ECO.

Mais penalizado sairá quem tiver um empréstimo indexado à Euribor a 12 meses, que tem vindo a conquistar a preferência dos portugueses nos últimos anos. Neste caso, e assumindo os mesmos pressupostos do crédito de 150 mil euros, a prestação da casa vai agravar-se mais de 20%, com as famílias a pagarem mais 92 euros em relação à última revisão feita há um ano. A prestação mensal subirá assim para mais 542 euros.

Nos contratos com indexante a três meses, a revisão de julho trará uma subida mais contida: a prestação da casa aumenta 3%, ou cerca de 13,80 euros, para 466 euros.

Bancos atentos

O aumento da prestação da casa tem sido recebido com um misto de cautela e algum otimismo pelos bancos, que disseram ao ECO que estão a reforçar os contactos com as famílias no sentido de antecipar eventuais problemas no pagamento da prestação mensal, acenando com a fixação da taxa do empréstimo para se protegerem da elevada incerteza.

Em Portugal, mais de 90% dos financiamentos da habitação têm taxas variáveis, circunstância que torna o país particularmente sensível ao novo ciclo que a Zona Euro está a entrar.

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5 coisas que vão marcar o dia

Da inflação ao turismo, passando pelo PRR e pelo aeroporto do Porto, saiba o que vai marcar esta quinta-feira.

O INE publica esta quinta-feira dados provisórios sobre a inflação em junho e a atividade turística em maio. Decorre ainda a conferência QSP Summit sobre investimento no aeroporto do Porto e o primeiro evento anual sobre o PRR. Esta quinta-feira termina ainda o prazo para a entrega da declaração do IRS.

Conferência QSP Summit sobre investimento no aeroporto do Porto

O dia de ontem ficou marcado pela discussão em torno da solução decidida pelo Governo para o aeroporto de Lisboa. No rescaldo, decorre esta quinta-feira a conferência QSP Summit, cujo tema é o investimento no aeroporto do Porto, que tem levantado vários críticas por parte do turismo e de vários autarcas do Norte. O evento arranca às 14h na Exponor e vai contar com a presença do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, o diretor do aeroporto Francisco Sá Carneiro, Fernando Vieira, e Ricardo Valente, vereador da Câmara do Porto.

Como evoluiu a inflação em junho?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar esta quinta-feira a estimativa rápida da inflação em junho. Os portugueses estarão atentos para ver se continua a trajetória de crescimento que se tem registado nos últimos meses. A taxa alcançou 8% em maio, o valor mais alto desde 1993. Apesar de o fenómeno ser agora mais transversal, a energia continua a dar o maior contributo para a elevada subida dos preços em Portugal.

Fim do prazo para entrega do IRS

Termina esta quinta-feira o prazo para entregar a declaração de IRS, referente aos rendimentos de 2021. Até ao momento, a Autoridade Tributária e Aduaneira já recebeu cerca de 5,5 milhões de declarações dos contribuintes e reembolsou mais de 2,4 mil milhões de euros, numa campanha que arrancou a 1 de abril.

Turismo ganha força?

Esta quinta-feira é dia de saber como evoluiu a atividade turística em maio, que tem estado a recuperar e que, em abril, já superou os números de 2019. No quarto mês do ano, devido à Páscoa, o setor alcançou 2,4 milhões de hóspedes e 4,1 milhões de dormidas, aumentos de 424,6% e 548,4% face a abril de 2021 e a subidas de 1,6% e 1,1% face a 2019, respetivamente.

Evento anual sobre o PRR

A Estrutura de Missão Recuperar Portugal e a Comissão Europeia organizam esta quinta-feira o primeiro evento anual do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O evento conta com as intervenções da ministra da Presidência, do secretário de Estado do Planeamento e ainda a presença de vários representantes de Bruxelas. O PRR de Portugal tem um valor de 16,6 mil milhões de euros: 13,9 mil milhões de euros em subvenções e 2,7 mil milhões de euros em empréstimos.

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Wefox prepara ronda que pode duplicar valor do unicórnio alemão

  • ECO Seguros
  • 29 Junho 2022

Posicionada como maior start-up europeia de seguros, a fintech alemã está a montar nova angariação de fundos que põe o valor da empresa nos 5,2 mil milhões de euros.

A Wefox, seguradora digital que em 2021 protagonizou a maior ronda de Serie C na Europa, pretende captar mais centenas de milhões de dólares em recursos. Os termos da ronda de financiamento estão a ser negociados e a operação poderá ser concluída “nas próximas semanas”, noticiaram Reuters e Bloomberg.

Com esta ronda de investimento, que praticamente duplicará o valor da empresa sediada em Berlim para um intervalo entre cinco mil e 6 mil milhões de dólares (cerca de 5,2 mil milhões de euros), a insurtech germânica pulverizaria avaliação alcançada em junho do ano passado, quando captou 650 milhões de dólares em ronda da Serie C e elevou valor do unicórnio aos 3 mil milhões de dólares.

Entre os investidores desta insurtech incluem-se o fundo soberano de Abu Dhabi Mubadala Investment Co., Salesforce Ventures, Sound Ventures e a Horizons, venture ligada a Li Ka shing, multimilionário de Hong Kong.

A nova ronda, cuja concretização não estará ainda assegurada, parece emergir contra corrente face um cenário global considerado desafiador para o setor tecnológico, com algumas start-ups a procurarem atrair capital enquanto investidores se afastam de apostas consideradas mais arriscadas.

Face a um contexto de crise e com o mundo a dividir-se, a Sequoia Capital avisou recentemente os gestores de carteiras que os bons tempos terminaram. Por seu lado, a Lux Capital advertiu sobre a necessidade e tendência sinalizada de redução de postos de trabalho em diversas techs.

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PCP chama Pedro Nuno Santos ao Parlamento com urgência para explicar novo aeroporto

  • Lusa
  • 29 Junho 2022

O Grupo Parlamentar do PCP requereu a audição no Parlamento com caráter de urgência do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, para prestar esclarecimentos sobre solução Montijo/Alcochete.

O Grupo Parlamentar do PCP requereu esta quarta-feira a audição no Parlamento com caráter de urgência do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, para prestar esclarecimentos sobre solução Montijo/Alcochete para resolver a situação do aeroporto de Lisboa.

De acordo com um requerimento endereçado à tutela, através da Assembleia da República, os comunistas requerem a “audição com caráter de urgência” de Pedro Nuno Santos na Comissão de Económica, Obras Públicas, Planeamento e Habitação para esclarecer os deputados sobre a proposta do Governo de avançar com a construção, até 2026, de um novo aeroporto no Montijo e por encerrar o Humberto Delgado quando estiver concluído o de Alcochete.

Durante a tarde, no parlamento, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, disse que esta solução “não é credível” e que não “a resposta necessária para o país”.

A deputada comunista acrescentou que o investimento que vai ser feito para construir o aeroporto no Montijo implica a manutenção do da Portela durante mais tempo, o que significa “estar a perder mais tempo e a penalizar o país”.

Na ótica do PCP, a única opção viável é a transferência faseada do Aeroporto Humberto Delgado para o Campo de Tiro de Alcochete e Paula Santos argumentou que esta ideia “ficou comprava nas audições realizadas na semana passada”.

O plano passa por acelerar a construção do aeroporto do Montijo, uma solução para responder ao aumento da procura em Lisboa, complementar ao aeroporto Humberto Delgado, até à concretização do aeroporto em Alcochete, apontada para 2035, segundo o Ministério das Infraestruturas.

O Governo atribuiu ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil a elaboração do Plano de Ampliação da Capacidade Aeroportuária da Região de Lisboa e respetiva avaliação ambiental estratégica, o estudo da construção do aeroporto do Montijo, enquanto infraestrutura de transição, e do novo aeroporto stand alone (único) no Campo de Tiro de Alcochete.

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Passos Coelho testemunha esta quinta-feira na instrução do BES

A defesa do ex-banqueiro Ricardo Salgado prescindiu de ouvir o ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa. Mas esta quinta-feira será ouvido Pedro Passos Coelho.

O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho vai testemunhar na fase de instrução do processo BES/GES esta quinta-feira. Das cerca de 50 testemunhas pedidas por Ricardo Salgado, o juiz Ivo Rosa agendou também a audição de Eduardo Catroga, ex-ministro das Finanças, para o mesmo dia. À saída do Campus de Justiça, em Lisboa, esta quinta-feira, o ex-primeiro ministro social democrata não quis prestar declarações.

Por outro lado, a defesa do ex-banqueiro Ricardo Salgado prescindiu de ouvir o ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa, no âmbito da instrução do processo BES/GES, uma diligência que estava agendada para esta quinta-feira.

A audição pelo juiz Ivo Rosa, estava marcada para as 16:00, no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), no Campus de Justiça, em Lisboa, duas horas após a inquirição do ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

Carlos Costa era o governador do Banco de Portugal em funções em agosto de 2014, quando foi anunciada a resolução do Banco Espírito Santo (BES), tendo a decisão sido comunicada ao país pelo próprio governador.

Em 2015, a defesa de Salgado sublinhava que o BES “não faliu”. Mas sim, “foi obrigado a desaparecer pelo Banco de Portugal [BdP]. Hoje sabemos que com o apoio do governo de Portugal, liderado pelo Dr. Pedro Passos Coelho.”

“O conselho de administração do Banco de Portugal deliberou hoje aplicar ao Banco Espírito Santo, SA uma medida de resolução. A generalidade da atividade e do património do Banco Espírito Santo é transferida para um banco novo, denominado de Novo Banco, devidamente capitalizado e expurgado de ativos problemáticos”, afirmou Carlos Costa, numa declaração, no dia 03 de agosto de 2014, transmitida em direto pela televisão.

O ex-banqueiro e presidente do BES prescindiu de 33 das mais de 80 testemunhas inicialmente arroladas no seu requerimento de abertura de instrução (RAI), estando agora convocadas para prestar declarações 50 testemunhas, 12 das quais residentes no estrangeiro, de acordo com o despacho do juiz Ivo Rosa.

O processo BES/GES conta com 29 arguidos (23 pessoas e seis empresas), num total de 356 crimes. A abertura de instrução foi requerida por 16 arguidos e nos autos estão constituídos até ao momento 123 assistentes.

Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro. Segundo o Ministério Público (MP), cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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