Hoje nas notícias: Polestar, Finangeste e vinhos

  • ECO
  • 17 Janeiro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A rival sueca da Tesla vai chegar a Portugal este semestre e a Finangeste comprou o edifício do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto à CGD, por 20 milhões de euros. Os vinhos do Porto e Douro registaram vendas recorde de 600 milhões o ano passado. Estas e outras notícias marcam a atualidade nacional neste início de semana.

Rival sueca da Tesla chega a Portugal até junho

A Polestar, marca de veículos elétricos da Volvo, vai entrar em Portugal este semestre, assim como em Espanha e Irlanda. O mercado português funcionará naquilo que é descrito como uma lógica de “satélite” do mercado espanhol. “A maioria das nossas operações estará a cargo da Polestar Espanha, com um número mínimo de empregados em Portugal para gerir as operações locais”, explica fonte oficial da marca. Apesar de os carros elétricos da Polestar só poderem ser adquiridos online, a empresa tem ambições de criar “uma rede própria de Polestar Spaces e/ou Destinations em Portugal”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Nova lei das garantias abre a porta a conflitos de consumo

O prazo das garantias aumentou de dois para três anos e pode ser estendido após reparações, uma medida que é quase um “exclusivo” de Portugal. A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) assume que “o Governo foi longe de mais” e “não teve em atenção os alertas que lhe fez chegar”. A CCP e a Associação Portuguesa do Comércio Automóvel (APDCA) antecipam “problemas bastante complicados” na relação entre empresas e clientes e mesmo entre empresas e fabricantes ou outros distribuidores.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Finangeste compra edifício do DIAP do Porto por 20 milhões

Um ano e meio depois de de ter comprado o empreendimento imobiliário Trindade Domus, situado nas traseiras da Câmara do Porto, a Finangeste fechou a aquisição à Caixa Geral de Depósitos (CGD) do edifício onde funciona o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Invicta — um investimento de “aproximadamente 20 milhões de euros”. Para além do valor da operação, o grupo investir três milhões de euros em obras de reabilitação do ativo.

Leia as notícias completas no Jornal de Negócios (acesso pago)

Vinhos do Porto e Douro com vendas recorde de 600 milhões em 2021

As vendas de vinhos da Região Demarcada do Douro terão atingido um novo recorde de 600 milhões de euros em 2021, segundo o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), Gilberto Igrejas, o qual classifica o ano passado de “manifestamente muito positivo” e de um “marco histórico” para estes vinhos. Para o responsável, este desempenho atesta “a resiliência das gentes do Douro e dos agentes económicos nos mercados internacionais”. A maioria das vendas correspondem ao vinho do Porto, de cerca de 390 milhões de euros, mais 15% do que em 2020 e mais 3% face a 2019, antes da pandemia.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

 

Só 1% dos apoios da Segurança Social vai para RSI

Do total de despesa corrente (27,5 mil milhões de euros) em prestações sociais da Segurança Social em novembro, apenas 1,2% (327,3 milhões de euros) foi para o Rendimento Social de Inserção (RSI), uma prestação que tem estado em discussão nalguns debates das eleições legislativas de 2022. Nesse mesmo mês havia 206.879 pessoas a receber esta prestação contra a pobreza extrema, sendo a maioria são mulheres, crianças e idosos. É no Porto que estão a maioria dos beneficiários, os quais têm uma prestação média mensal de 120 euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

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Angolanos injetam 8,5 milhões no BNI antes de se tornar no “banco dos brasileiros na Europa”

Banco Master quer que o BNI Europa seja o "banco dos brasileiros na Europa". Prometem duplicar o quadro de trabalhadores até 100 pessoas. Antes disso, banco português recebeu injeção de 8,5 milhões.

O BNI Europa recebeu uma injeção de capital de 8,5 milhões de euros no início do ano do seu acionista angolano. O aumento de capital foi realizado poucos dias depois de se saber que havia acordado a venda da instituição portuguesa ao brasileiro Banco Master, que quer torná-lo no “banco dos brasileiros na Europa”, segundo o seu presidente, Daniel Vorcaro. Negócio ainda aguarda “luz verde” dos reguladores.

“Sempre fez parte do nosso plano de negócios a internacionalização. Com a aquisição do BNI Europa, o nosso objetivo é fazer do Master o banco dos brasileiros na Europa”, refere o responsável numa nota enviada ao ECO.

“A aquisição faz todo o sentido para complementarmos essa operação e não havia país melhor para atuarmos do que Portugal”, acrescenta o responsável do banco brasileiro que fechou o primeiro semestre de 2021 com um lucro de 33,5 milhões de reais (cerca de 5,3 milhões de euros).

O BNI Europa é gerido por dois administradores, António Rola Costa e Nuno Rosário Martins, depois da saída de Pedro Pinto Coelho da liderança em fevereiro. O banco português é detido pelo angolano BNI, do qual o ex-vice-governador do Banco Nacional de Angola, Mário Palhares, é o principal acionista (mais de 35% do capital) e se tornou presidente da comissão executiva em 2020.

O Jornal Económico avançou no final do ano passado que o Banco Master fechou um acordo para comprar o BNI Europa, naquela que é a terceira tentativa de venda da instituição, depois de falhados os negócios com o grupo chinês KWG há dois anos e com espanhóis da Altarius Capital já este ano.

Daniel Vorcaro explica que a presença em Portugal tornará mais fácil o atendimento a clientes brasileiros que vivem cá, tanto particulares como empresas. A forte comunidade brasileira a viver no país pesou na decisão de avançar para o BNI Europa. “Além disso, funcionaremos como um hub na Europa, não só para investimentos proprietários, bem como para captação com menores custos para o Master e para empresas”, detalhou ainda o responsável. O Banco Master é o antigo Banco Máxima, adquirido por Daniel Vorcaro em 2018. A compra do BNI Europa está dependente da autorização dos reguladores, designadamente o Banco Central Europeu (BCE) e também o Banco do Brasil.

Se o Banco Master concretizar a compra, o BNI Europa passará a chamar-se Banco Master Europa e “será o único banco de capital brasileiro com atuação em Portugal”, de acordo com o grupo brasileiro. Maurício Quadrado, diretor do Master Banco de Investimentos, indicou que os planos para a instituição incluem “duplicar o atual quadro de funcionários de 50 pessoas” e reforçar o capital do banco.

Com mais de 50 anos, o Banco Master atua nos segmentos de: retalho, com crédito pessoal, principalmente cartão de crédito pessoal consignado; serviços, com operações de câmbio e administração fiduciária e gestão de recursos; seguros, com a Kovr Seguradora; e operações estruturadas, com o Banco Master de Investimento.

Capital aumenta 25 milhões em dois anos

Ao ECO, fonte oficial do BNI Europa adianta que o aumento de capital de 8,5 milhões de euros realizado no início deste ano tem como objetivo “suportar o plano de negócios do banco”. Desde 2020 que se sucedem os reforços de capital: 24,95 milhões de euros injetados pelo acionista angolano. Com esta última operação, o banco passou a ter um capital de 67,5 milhões.

O BNI Europa fechou os primeiros nove meses do ano com prejuízo de três milhões de euros, registando uma forte quebra nas receitas com juros, na ordem dos 40% em termos homólogos, para os 6,3 milhões de euros no período. As receitas operacionais totalizam os 2,7 milhões, quase metade do que tinha em 2020.

A redução do negócio reflete um pouco o ajustamento do quadro de pessoal que a instituição realizou nos últimos anos, tendo saído cerca de 70 trabalhadores, na sequência da venda falhada ao grupo chinês.

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Horta Osório renuncia ao cargo de chairman do Credit Suisse

O banqueiro português vai sair do banco Credit Suisse, oito meses depois de ter assumido a pasta de chairman. Decisão estará relacionada com a violação, por duas ocasiões, de regras de quarentena.

António Horta Osório renunciou ao cargo de chairman do Credit Suisse, oito meses depois de ter assumido as funções. A notícia foi avançada pelo Financial Times, que justifica a decisão com a investigação interna que apurou que o banqueiro português violou, em duas ocasiões, as regras de quarentena da Covid-19.

Horta Osório tinha admitido ter quebrado as regras de isolamento ao voar de Londres para Zurique em 28 de novembro, abandonando o país três dias depois. O Conselho de Administração promoveu uma auditoria interna que concluiu que o banqueiro também já tinha violado as regras britânicas, ao ter viajado para o Reino Unido para assistir à final do Torneio de Wimbledon em julho, apesar de ser obrigado a cumprir uma quarentena de dez dias à chegada.

“Estou arrependido por algumas das minhas ações pessoais terem resultado em dificuldades para o banco e comprometido a minha capacidade de o representar internamente e externamente. Nesse sentido, acredito que a minha demissão vai ao encontro dos interesses do banco e dos acionistas neste momento crucial”, reagiu Horta Osório num comunicado citado pelo Financial Times.

O jornal financeiro britânico recorda que, depois de deixar o Lloyds Banking Group, Horta Osório ingressou no Credit Suisse com a missão de restaurar a reputação do banco suíço, depois dos escândalos do colapso do fundo Archegos e da queda do banco Greensill. O banco nomeou Axel P. Lehmann, membro da direção, como substituto do português, com efeito imediato.

Horta Osório também é chairman da farmacêutica portuguesa Bial desde janeiro de 2021, altura em que substituiu Luís Portela.

Credit Suisse diz que Lehaman é o “ideal” para substituir Horta-Osório

O vice-presidente do Credit Suisse disse que Axel Lehamn vai substituir António Horta-Osório como presidente do banco depois de uma “investigação interna” que terá revelado que o português violou regras da quarentena contra o Covid-19.

O suíço Axel Lehamn, antigo alto executivo do banco USB encontra-se no Credit Suisse desde outubro do ano passado e assume o cargo de presidente, informou a instituição.

“Lehmann é o ideal para conduzir a transformação estratégica do banco”, disse esta segunda-feira o vice-presidente do Credit Suisse, Severin Schwan, citado pela agência Efe, acrescentando que respeita a decisão de Horta-Osório.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h08)

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Teletrabalho já não é obrigatório, mas há quem possa continuar mesmo sem “sim” da empresa

A adoção do teletrabalho já não é obrigatória. Agora, é apenas recomendada, o que significa que depende de um acordo entre o empregador e o trabalhador. Mas há exceções a essa regra.

Depois de ter sido obrigatória durante três semanas, a adoção do teletrabalho é agora somente recomendada, aplicando-se, portanto, as regras previstas no Código do Trabalho. Tal significa que os trabalhadores que queiram continuar a exercer as suas funções de modo remoto precisam do “sim” da entidade empregadora, mas há exceções a essa regra. Alguns pais, os cuidadores informais não principais e os imunodeprimidos, por exemplo, podem trabalhar a partir de casa, mesmo sem acordo da empresa.

A imposição do teletrabalho tem sido uma das medidas a que o Governo tem recorrido sempre que a pandemia regista um agravamento. Fê-lo logo em março de 2020, no início de 2021 e voltou a aplicar essa obrigação a partir de 25 de dezembro do ano passado, face à escalada dos casos de Covid-19 alimentada pela nova variante do coronavírus, a Ómicron.

Inicialmente, essa restrição ao trabalho presencial deveria vigorar apenas até 9 de janeiro, mas o Governo decidiu prolongá-la até ao dia 14 deste mês, tendo indicado que a partir dessa data o trabalho remoto passaria a recomendado.

Assim, desde sábado que já não é obrigatório trabalhar a partir de casa, sempre que as funções sejam compatíveis, embora o Executivo aconselhe a adoção desta modalidade, uma vez que Portugal ainda atravessa um período crítico da crise sanitária, pelo menos em termos de infeções.

Passam, portanto, a aplicar-se agora as regras previstas no Código do Trabalho, quanto ao exercício das funções a partir de casa, o que significa que é preciso que o empregador e o trabalhador cheguem a um acordo.

Mas há exceções a essa regra. Nos termos do Código do Trabalho, que foram recentemente revistos, os trabalhadores com filhos até três anos têm direito a pedir o teletrabalho, sem que o empregador se possa opor, desde que as funções fossem compatíveis com esta modalidade e que “a entidade patronal disponha de recursos e meios para o efeito”.

Também os trabalhadores cujos filhos tenham até oito anos podem fazê-lo, mas apenas no caso de trabalharem para empresas com dez ou mais trabalhadores e de haver partilha no exercício desta modalidade entre os progenitores “em períodos sucessivos de igual duração num prazo de referência máxima de 12 meses”. No caso de um dos progenitores não reunir condições para o teletrabalho ou de estar em causa uma família monoparental, este último requisito não se coloca.

Por outro lado, os trabalhadores a quem tenha sido reconhecido o estatuto de cuidador informal não principal têm direito a exercer a sua atividade em regime de teletrabalho, mas, neste caso, pelo período máximo de quatro anos seguidos ou interpolados, quando esta modalidade seja compatível com a atividade desempenhada e desde que o empregador disponha de recursos e meios para o efeito.

Além disso, mantém-se em vigor o regime excecional que estabelece que é obrigatória a adoção do regime de teletrabalho independentemente do vínculo laboral, sempre que as funções em causa o permitam e o trabalhador disponha de condições para as exercer, sem necessidade de acordo escrito entre o empregador e o trabalhador, nas situações de imunossupressão (mediante certificação médica), deficiência com grau de incapacidade igual ou superior a 60% ou nos casos em que o trabalhador tenha um filho ou outro dependente a cargo, independentemente da idade, com deficiência ou doença crónica, que, de acordo com as orientações da autoridade de saúde, seja considerado doente de risco e que se encontre impossibilitado de assistir às atividades letivas e formativas presenciais em contexto de grupo ou turma.

Nos demais casos, o teletrabalho tanto pode ser proposto pelo empregador como pelo trabalhador, sendo necessário um acordo entre as partes para que se concretize. Diz o Código do Trabalho que caso o trabalhador se oponha, devendo fundamentar a sua posição, tal recusa não pode “constituir causa de despedimento ou fundamento de aplicação de qualquer sanção”. Já caso seja o empregador a recusar, deve fazê-lo por escrito e com a indicação do fundamento da recusa, caso a atividade prestada pelo trabalhador seja compatível com o teletrabalho.

De notar que tanto as confederações patronais como os sindicatos defendiam, desde o início do ano, que o teletrabalho deveria deixar de ser obrigatório, uma vez que, por um lado, a variante Ómicron tende a gerar sintomas com menor gravidade e, por outro, o trabalho remoto tem um impacto considerável na economia nacional.

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5 coisas que vão marcar o dia

O dia é marcado pelo debate televisivo com todos os partidos com assento parlamentar. BdP diz como evoluíram os novos créditos aos consumidores e o Eurostat revela a evolução do turismo em outubro.

Esta segunda-feira é marcada pelo debate televisivo com todos os partidos com assento parlamentar. É também dia de divulgação dos dados sobre novos créditos aos consumidores e de como evoluiu o turismo em outubro na União Europeia. No contexto internacional, a Organização Internacional do Trabalho vai medir o impacto da pandemia no mercado laboral. Saiba quais são os acontecimentos que vão marcar o dia.

Debate televisivo com todos os partidos

A menos de quinze dias das eleições legislativas, a semana arranca com um debate televisivo com todos os partidos com assento parlamentar. O debate está marcado para as 21 horas e vai ser transmitido na RTP 1 e RTP 3. A sondagem da Universidade de Lisboa dá vitória ao PS com 39% dos votos, mais um ponto do que na última sondagem e mais nove pontos do que os sociais-democratas (30%).

Como evoluiu os novos créditos aos consumidores?

O Banco de Portugal vai divulgar esta segunda-feira a evolução dos novos créditos aos consumidores referentes a novembro do ano passado. Em outubro, o crédito ao consumo contraiu ligeiramente, com os bancos e as entidades financeiras a emprestarem pouco mais de 574 milhões de euros aos consumidores, menos 2% em relação ao mês anterior.

Termina prazo do concurso público para Central do Pego

Esta segunda-feira termina prazo do concurso público para a atribuição do ponto de ligação à rede elétrica da Central Termoelétrica do Pego. A Central Termoelétrica do Pego é o maior centro produtor nacional de energia, com uma potência instalada de 628 megawatts (MW) na central a carvão, e de 800 MW na central a gás, que prosseguirá em atividade, com contrato válido até 2035. O fim da produção de energia a carvão da central termoelétrica da Tejo Energia estava oficialmente marcado para 30 de novembro de 2021, mas com o esgotamento dos stocks de carvão na empresa, no dia 19 de novembro a central a carvão já não foi reativada.

Como evoluiu o turismo em outubro?

O Eurostat vai revelar esta segunda-feira como evoluiu o turismo em outubro na União Europeia. Entre os dados a divulgar estão as noites passadas em estabelecimentos de alojamento turístico relativas a outubro do ano passado. No verão de 2021, o turismo europeu mostrou sinais de recuperação, mas mesmo assim as receitas ficaram 20% abaixo das obtidas no mesmo mês de 2019.

Como vai evoluir o mercado de trabalho em 2022?

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulga esta segunda-feira o relatório “World Employment and Social Outlook: Trends 2022”, que analisará o impacto da pandemia no mercado laboral. A Covid-19 tem feito tremer o mundo do trabalho, atirando milhões para o desemprego e muitos outros para a precariedade. Vários países, incluindo Portugal, têm lançado, em respostas, apoios extraordinários à manutenção dos postos de trabalho, como o português lay-off simplificado.

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Combustíveis vão subir ainda mais com fim do desconto no ISP este mês

Os combustíveis já subiram 4,5 cêntimos em janeiro e vão ficar ainda mais caros. No final deste mês termina a baixa temporária do imposto sobre os combustíveis (ISP), até dois cêntimos por litro.

Mais uma segunda-feira, mais um aumento dos preços dos combustíveis nas bombas de gasolina: a partir de hoje, 17 de janeiro, a gasolina deverá ficar um cêntimo mais cara por cada litro abastecido, e o gasóleo dois cêntimos mais caro.três semanas seguidas que é assim, desde o início de 2022. Há mesmo quem reporte subidas nos preços combustíveis na ordem dos seis e sete cêntimos por litro desde o início de janeiro, o que já levou a protestos e buzinões na Ponte 25 de Abril.

De acordo com os números oficiais da Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), a verdade é que só na primeira metade deste mês a gasolina está já 4,3 cêntimos por litro mais cara e o gasóleo 4,5 cêntimos.

Uma subida que se vai agravar já no final do mês, quando terminar a baixa temporária do imposto sobre os combustíveis (ISP) até dois cêntimos por litro, que o Governo decretou até 31 de janeiro. Uma medida que os fiscalistas ouvidos pelo ECO consideram que deveria ser prolongada para ajudar os consumidores e a economia.

Os dados da ENSE mostram que a 31 de dezembro a gasolina custava 1,718 euros por litro e o gasóleo 1,575 euros por litro. A meio do mês de janeiro, a ENSE já mostrava preços de venda ao público de 1,761 euros por litro na gasolina e 1,62 euros por litro no gasóleo (dados de 14/01). Tendo em conta que a capacidade do depósito de combustível de um carro médio por norma não excede os 50 litros, são 88,05 euros para atestar o carro com gasolina e 81 euros no caso do gasóleo.

Ao ECO/Capital Verde, António Comprido, secretário-geral da Associação Portuguesa De Empresas Petrolíferas (APETRO), lembra que apesar da redução de até dois cêntimos por litro no ISP terminar no fim do mês, existem ainda outras “medidas paliativas, sem as quais os combustíveis estariam hoje não 4,5 mais caros mas dez cêntimos, ou mais, ainda mais caros”, frisou.

Em outubro o Governo decidiu reinstituir um modelo de devolução de receita de imposto que obtém por via do preço dos combustíveis. Assim, os 63 milhões de euros adicionais em IVA que o Estado arrecada tendo em conta os valores atuais da gasolina e do gasóleo, foram sendo devolvidos através de uma redução de dois cêntimos no ISP da gasolina e de um cêntimo no gasóleo.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, precisou que na realidade, nem eram 63 milhões, mas sim 90. “Estes 63 milhões de euros são, na realidade, 90 milhões de euros anuais, na medida em que a repercussão da receita adicional que nos faríamos com os combustíveis, faria com que a taxa unitária do ISP [Imposto sobre Produtos Petrolíferos] do gasóleo apenas fosse aliviada em menos de um cêntimo, e nós arredondámos para o cêntimo”, explicou aos jornalistas António Mendonça Mendes, numa conferência de imprensa a 15 de outubro, um dia antes de a medida entrar em vigor. Mas a sua vigência termina a 31 de janeiro de 2022.

O objetivo do Executivo era, quando acabasse esta medida transitória, entraria em vigor o novo ISP, atualizado em 1%, como constava da proposta de Orçamento do Estado para 2022. O próprio ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, já tinha admitido em entrevista ao ECO que após 31 de janeiro “o mais normal é que o valor do ISP venha a ser aquele que era antes dessa decisão”, ou seja: 52,6 cêntimos por litro na gasolina e 51,3 cêntimos no diesel, valores estes atualizados em 1%.

Mas o Parlamento chumbou o OE2022 e Marcelo Rebelo de Sousa dissolveu a Assembleia da República. Agora está nas mãos do Governo prolongar ou não a portaria. O ECO questionou o Executivo sobre a opção a tomar, mas até à publicação deste artigo não obteve resposta.

Já os fiscalistas ouvidos pelo ECO entendem que esse seria um passo positivo.

Para o fiscalista João Espanha faria todo o sentido que o fizesse porque tendo em conta a realização de eleições a 30 de janeiro ainda vai levar alguns meses até que entre em vigor um novo Orçamento do Estado. “Tendo em conta que o volume de impostos que incide sobre os combustíveis é claramente excessivo, todas as medidas que possam ajudar a baixar a carga fiscal são positivas”, sublinha ao ECO. “É também uma forma de baixar a inflação diretamente através de uma redução dos preços dos combustíveis e indiretamente ao atrasar a chegada da inflação às prateleiras do supermercado, porque o preço dos combustível é incorporado no preço de todos os produtos”, acrescenta o fiscalista. No entanto, João Espanha questiona que se possa “consignar receita de um imposto através de uma portaria”.

O antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Sérgio Vasques, recorda que para alterar a fiscalidade sobre os combustíveis não é preciso estar dependente do Parlamento, porque “basta manipular as taxas do ISP”, algo que é “perfeitamente possível de fazer através de portaria”, tal como está previsto no n.º 1 do artigo 92.º do Código dos Impostos Especiais de Consumo.

“Nenhum consumidor vai dizer que não a uma descida dos impostos, tendo em conta que sobre os combustíveis pesa uma carga fiscal em torno de 60%“, sublinha Amílcar Nunes. O fiscalista recorda o mecanismo que vigorou até 2016 que permitia ajustar o valor do ISP em função da evolução dos preços do brent, um ajustamento que estava dependente de revisões trimestrais. Mas a medida acabou por ser tacitamente revogada com a introdução do gasóleo profissional. Para Amílcar Nunes este era uma medida que poderia ser ressuscitada.

Ana Sofia Patrícia também considera que faz sentido prolongar a vigência da portaria que “usa a folga da receita do IVA para reduzir o ISP” porque “os atuais valores de referência dos combustíveis e de venda ao público estão muito próximos dos que motivaram a decisão a 15 de outubro”. A fiscalista admite que “muitas vezes a baixa do ISP foi impercetível aos consumidores”, porque a subida dos preços acabou por anular o efeito da medida, mas com “os dados atuais faz sentido prorrogar a medida”.

Mas o Governo aprovou outras medidas para ajudar a travar a escalada dos preços dos combustíveis como o congelamento do aumento da taxa de carbono até 31 de março (travando assim um aumento estimado de cinco cêntimos nos preços). Mantém-se assim em vigor, por mais três meses, a taxa aplicada ao longo de todo o ano de 2021, de 23,921 euros por tonelada de carbono.

Por outro lado existe ainda o AutoVoucher, um “subsídio dado a todos os portugueses que, entre os meses de novembro de 2021 e março de 2022, façam compras num dos 3.800 postos de gasolina do território continental”, explicou o Governo. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, explicou na altura que este subsídio consiste no valor equivalente a 10 cêntimos por litro até aos 50 litros de combustível por mês.

O Governo tomou esta decisão depois de muita pressão das empresas de transportes de mercadorias, e outros setores económicos. Entre janeiro e outubro de 2021 a gasolina subiu cerca de 30 cêntimos e o gasóleo aumentou 25 cêntimos por litro, muito por conta dos preços do petróleo que voltaram a subir para a marca dos 85 dólares por barril, o valor mais alto desde 2018.

Agora, o cenário repete-se. De acordo com a Reuters, o preço do barril de Brent tem vindo a subir paulatinamente desde 31 de janeiro de 2021, desde os 77,78 dólares até aos 86,06 dólares esta passada sexta-feira, 14 de janeiro de 2022. O aumento é de quase 10 euros em duas semanas.

Esta é a explicação que António Comprido apresenta também para a subida dos combustíveis em Portugal neste início de 2022, rejeitando qualquer aumento por via das margens brutas das petrolíferas, como aconteceu no ano passado.

“Nos boletins da ERSE não diz em lado nenhum que as margens aumentaram. A lei-travão que o Governo criou já foi publicada e está em vigor, mas para ser acionada tem de partir de uma proposta da ERSE, e o regulador ainda não propôs nada”, rematou o secretário-geral da Apetro.

A legislação aprovada no Parlamento, a 8 de outubro, alterou “o regime jurídico vigente no sentido de habilitar o Governo a intervir com a fixação de margens máximas em todas as componentes das cadeias de valor de gasolina e gasóleo simples e de GPL engarrafado”. Como explicou o ministro do Ambiente em julho, após a aprovação da proposta de lei do Governo em Conselho de Ministros, o objetivo era permitir ao Executivo limitar as margens na comercialização de combustíveis por portaria, caso considerasse que estão demasiado altas “sem justificação”. Mas este é um instrumento a que o Governo ainda não recorreu.

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Safe-Crop e Lusitania querem revolução no seguro agrícola

  • ECO Seguros
  • 16 Janeiro 2022

Mediadora e seguradora vão além de ajudar agricultores na má meteorologia e lançam seguro agrícola paramétrico para cobrir quebras de produtividade e de preços de mercado.

Filipe Charters de Azevedo, António Quadros e Costa e Rodrigo Chaves. Os executivos da Safe-Crop prometem coberturas que vão dar paz de espírito aos agricultores.João Almeida Teté

A mediadora Safe-Crop e seguradora Lusitania lançaram um novo seguro agrícola paramétrico para cobrir quedas de preço e de produtividade. A fórmula indica que quando a produtividade ou os preços de venda pelos agricultores caem, a seguradora poderá pagar a diferença entre o valor da produção e a perda de receita, de acordo com o contratualmente definido. A parceria exclusiva de mediadora e seguradora para estes produtos já havia lançado, durante o ano passado, seguros paramétricos para proteção rendimento da batata, amêndoa e olival.

“O tradicional seguro de colheitas está disponível há muitos anos, mas o rendimento dos agricultores pode ser baixo, mesmo quando a produtividade não é”, explica Filipe Charters de Azevedo da Safe-Crop, “O problema da solução tradicional reside no preço que pode descer de forma abrupta e imprevisível e para o qual não havia, até agora, nenhuma proteção”, conclui.

Os seguros paramétricos diferenciam-se dos tradicionais por avaliarem os sinistros através de índices, dispensando os custos e morosidade da peritagem. No caso deste novo seguro o produtor indica os dados de preço e produtividade do ano anterior e os respetivos comprovativos. Indica ainda o capital mínimo à sua produção, baseado essencialmente nos riscos e custos. No final da campanha avalia-se a taxa de desenvolvimento dos índices escolhidos, multiplicando os preços e as produtividades indicados na subscrição, pelas taxas de crescimento ou de decrescimento indicadas pelos índices. Com esta operação é apurado o preço e a produtividade no final da campanha.

Para que o modelo resulte, o tomador do seguro e a seguradora têm de acertar os índices utilizar. Para este produto da Safe-Crop e Lusitania, os parâmetros são estabelecidos de acordo com o Poolred no preço do azeite, com o Observatório da Andaluzia para o preço da amêndoa e com o INE para a produtividade. Filipe Azevedo explica que “utilizando os indicadores do preço e da produtividade atualizados temos uma estimativa fiável do rendimento que podemos comparar com o capital indicado. Se o rendimento estimado ficar abaixo do capital, o seguro pagará a diferença”. O prazo do pagamento da indemnização, a ter lugar, é conhecido no momento de subscrição do seguro, permitindo um adequado planeamento da conta de exploração do produtor, refere ainda Filipe Azevedo.

Concorrência aperta entre Inovação e tradição

O mercado do seguro agrícola tem mantido ativas apenas a Tranquilidade, Fidelidade e CA Seguros, a repartir prémios de cerca de 25 milhões de euros por ano, estando a Lusitania a entrar agora mas em modelo de apólices não tradicionais.

Filipe Azevedo comenta que a Safe-Crop lançou o produto da batata o ano passado e este “foi bem aceite pelas principais entidades governamentais do setor e pelas entidades associativas, mas temos enfrentado alguns desafios de concorrência entre o seguros de colheita tradicionais e o nosso seguro paramétrico de proteção ao rendimento”.

Segundo o gestor “o seguro paramétrico e de proteção ao rendimento paga mais imposto de selo – pagamos 9%, o seguro de colheitas paga 6% – e também não temos acesso facilitado ao parcelário (o bilhete de identidade da exploração agrícola), aumentando a complexidade de contratação – precisamos de mais papéis”, diz. Além destas limitações este seguro não tem acesso aos apoios estatais nos prémios de seguro, enquanto no seguro de colheitas o apoio varia entre os 60% e os 70%.

No entanto Filipe Azevedo exclama “tivémos esta semana uma boa notícia. Aquando da apresentação de candidaturas a fundos comunitários, os produtores obtêm uma avaliação mais favorável se tiverem seguros que proteja o risco de produção”. Se assim for o seguro da batata, e consequentemente do olival e do amendoal, está em igualdade de circunstância na avaliação desta rubrica no que aos apoios do PDR (Programa de Desenvolvimento Rural) diz respeito, considera o gestor.

As três revoluções e quem são os revolucionários

A Safe-Crop está a apresentar-se como revolucionária no setor agrícola incidindo sobre o modelo paramétrico e entrando em modelos que o Estado não patrocina. Filipe Charters de Azevedo, matemático e financeiro, lançou a empresa revelando que “sempre quis construir alguma coisa, e trabalhando com estatística e como consultor e em apoio às seguradoras foi talvez fácil ver a oportunidade”.

Considera que os seguros estão a passar por várias revoluções em simultâneo. A de dados é a mais conhecida e foi via Data XL, a empresa mãe da Safe-Crop, que nasceu a vontade de usar o big data e sobretudo o desenho experimental para criar novos produtos e avaliar o risco”, conta Filipe Azevedo. A segunda revolução, explica, é de experiência de cliente prometendo-lhe paz de espírito: “O facto de termos seguros paramétricos ajuda muito – já que a análise do sinistro e a avaliação do dano ficam muito mais simples”. Acrescenta a terceira revolução, a do modelo de negócio, “com os seguros paramétricos podemos separar o desenho dos produtos da tomada efetiva de risco. Conseguimos assim oferecer uma solução ágil e funcional aos nossos clientes”, conclui.

Entretanto a Safe-Crop juntou à equipa Rodrigo Chaves que após formação em Engenharia Agronómica e uma passagem por Inglaterra para uma especialização em Gestão, decidiu voltar a Portugal para aproveitar esta onda que considera de “elevada profissionalização do setor”. Afirma que “estando muito envolvido em projetos próprios de olival e amendoal e tendo uma experiência de banca na área de agronegócio entendi que uma ferramenta de redução de risco será essencial no futuro permitindo projetos mais sustentáveis”. Reforça a vontade de inovar com os seguros paramétricos: “Terão certamente um futuro promissor na agricultura portuguesa. A incorporação do big data, da agricultura de precisão e da digitalização vai permitir criar novos produtos de seguro”, conclui.

Já António Quadros e Costa, que também integrou a equipa da Safe-Crop, está desde sempre ligado ao mundo rural. Cresceu no campo, formou-se em agronomia e sempre trabalhou ligado à agricultura e de braço dado com a produção. Diz: “passei pela área da química agrícola, aplicada principalmente à olivicultura, e interesso-me por temas como economia e sociologia agrária, desenvolvimento rural, economia da água e sustentabilidade dos sistemas agrícolas e pecuários”.

Quanto ao futuro a construir pela empresa, Quadros e Costa resume que “pela primeira vez temos um instrumento que garante ao produtor os dois principais fatores de que depende o seu sucesso: produtividade e preço”. Acredita que os seguros paramétricos contribuem decisivamente “para que se possa produzir cada vez mais e melhor e de forma estável e sustentável, conclui.

A propósito deste nova produto fonte da Lusitania adianta que a seguradora “continua ao lado dos agricultores portugueses, a partilhar os riscos do seu negócio e a desenvolver soluções de proteção ajustadas às suas necessidades, que protegem os seus rendimentos e os incentivam a manter a dinâmica do setor.”

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Melgaço faz upgrade tecnológico de 15 milhões para a indústria

Autarquia reforça cobertura 5G e aposta na produção e armazenamento de energia renovável para autoconsumo e postos de abastecimento elétricos e a hidrogénio para pesados na Zona Industrial de Penso.

O município de Melgaço vai avançar com um upgrade tecnológico à Zona Industrial de Penso, no valor de cerca de 15 milhões de euros, na sequência da aprovação de uma candidatura a verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito das chamadas Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE) de Nova Geração.

Segundo a informação enviada ao ECO pela autarquia do Alto Minho, este projeto visa a requalificação da Zona Industrial de Penso (ZIP) através da criação de espaços de demonstração, “posicionando Melgaço em termos de competitividade no acolhimento empresarial, reforçando a centralidade no contexto da eurorregião Galiza – Norte de Portugal, alinhando-se com as novas agendas climáticas e digitais”.

Das cinco tipologias a que se candidatou, só não foi aprovado o investimento relativo às “ilhas de qualidade de serviço de estabilidade energética”, por justificação insuficiente. O autarca melgacense, Manoel Batista, promete “tudo [fazer] para ultrapassar essa inelegibilidade e promover os investimentos nessa área” reclamados pelas empresas da ZIP, adiantando que já está em negociações com o operador de rede (E-Redes).

De resto, o investimento foi aprovado nas outras quatro tipologias a concurso: sistemas de produção e armazenamento de energia renovável para autoconsumo; mobilidade sustentável nas AAE (postos de abastecimento elétricos e a hidrogénio para veículos pesados); reforço da cobertura de AAE com soluções de comunicação 5G; e medidas ativas de prevenção e proteção contra incêndios.

Terreno da futura Zona Empresarial de Alvaredo, em Melgaço

A Câmara de Melgaço destaca ainda que o investimento agora aprovado vai beneficiar igualmente a futura Zona Empresarial de Alvaredo (ZEA), cujo investimento ascende a 2,7 milhões de euros. Este processo arrasta-se desde 2013, quando foi feita a revisão do PDM que definiu esta zona como área industrial. Em 2018 ficou definido o projeto global e a execução da primeira fase de obra arrancou em julho de 2021.

Além de Melgaço, outras dez autarquias viram as suas candidaturas aprovadas para Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE) de Nova Geração, num total de 110 milhões de euros de fundos disponibilizados pela chamada “bazuca europeia”: Chaves, Vila Real, Águeda, Guarda, Oliveira do Hospital, Rio Maior, Campo Maior, Beja e Lagos.

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Real vai aceitar seguros sem exames médicos e sem papel

  • ECO Seguros
  • 16 Janeiro 2022

Crescendo prémios em 90% em relação ao ano anterior, a seguradora começa a total digitalização dos processos de subscrição pelos produtos Vida Habitação. Muitos riscos vão dispensar exame médico.

2ª Conferência Anual ECOSeguros - 28OUT21
Marta Graça Ferreira, Vice-presidente da Real Vida: ” Damos mais um importante passo no constante processo de digitalização e inteligência artificial promovendo a eco sustentabilidade”.Henrique Casinhas/ECO

A Real Vida vai entrar numa nova fase de digitalização dos processos “vamos dar aos nossos clientes a capacidade de obter o seu seguro sem papéis e relatórios clínicos, podendo inclusive fazê-lo a partir de casa ou do escritório” afirma a seguradora em comunicado. Para começo, esta nova forma de subscrever seguros vai começar pelo produto Vida Habitação, estendendo-se a outros ramos, como Saúde, ao longo de 2022.

“Queremos ir mais longe”, afirma Marta Graça Ferreira, Vice-presidente da seguradora, “damos mais um importante passo no constante processo de digitalização e inteligência artificial promovendo a eco sustentabilidade”, conclui.

Nesta nova fase, a Real Vida quer “potenciar a tecnologia ao serviço dos nossos Clientes e Distribuidores e, em tempo real, proporcionar simulações de preço, descontos de fidelização, avaliação médica digital e com possibilidade de emissão imediata do seguro, tudo isto paperless, num processo totalmente integrado e sem interrupções”, refere a companhia.

Com este passo a Real Vida afirma que passou a “assegurar a análise e subscrição imediata da generalidade dos riscos sem necessidade de exames médicos”.

A companhia tem 100% de capital português e está no top 10 das seguradoras de Vida. Obteve 117 milhões de euros em prémios no acumulado até ao terceiro trimestre de 2021, mais 90% face a igual período de 2020, segundo informação da ASF, entidade reguladora do setor.

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Porque estão as empresas a investir no metaverso?<span class='tag--premium'>premium</span>

  • Joana Abrantes Gomes
  • 16 Janeiro 2022

O metaverso tem estado no centro do debate no mundo tecnológico desde a mudança do nome do Facebook para Meta, com várias empresas a anunciarem planos nesse mundo. Quais? E porquê?

Desde que Mark Zuckerberg anunciou, em outubro passado, a mudança de nome da sua empresa para Meta, juntamente com a intenção de desenvolver produtos de realidade aumentada, muito se tem falado sobre o metaverso. Além da dona do Facebook e do Instagram, outras empresas têm dado vários passos neste mundo que é visto como o " próximo capítulo da internet". Desde a Zara, que veste avatares na appZepeto, à Boeing, que quer criar aviões no metaverso dentro de dois anos, à Hyundai, que anunciou planos para expandir a mobilidade para a realidade virtual, até ao jogo onlineSorare, em que os utilizadores constroem equipas de futebol através de cartões que representam jogadores e competem entre si. Mas porque estão as empresas a investir no metaverso? Para responder à pergunta, importa, em

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CEO do grupo Zurich prevê ultrapassar objetivo de resultados em 2022

  • ECO Seguros
  • 16 Janeiro 2022

Face ao desempenho do grupo ao longo da pandemia, o CEO da seguradora suíça admite que as metas estabelecidas para o ano fiscal poderão ser superadas.

O presidente executivo do grupo Zurich considera possível superar os objetivos do ano fiscal 2022, dado que a companhia vem mostrando desempenho para isso ao longo da pandemia de Covid-19.

O Zurich Insurance Group, quinto entre os maiores da Europa na indústria de seguros, estabeleceu metas ambiciosas no plano trienal apresentado em novembro de 2019, no qual se inclui o objetivo de, em vez de 12%, crescer acima de 14% em termos de rentabilidade económica (resultado operacional depois de impostos sobre o ativo), em linha com o retorno alcançado em 2019.

“Estamos inteiramente numa trajetória de podermos cumprir com os acionistas em todos os alvos definidos para 2022. Poderemos até superar esses alvos,” reproduz o site Business Insurance, citando declarações de Mario Greco, CEO do grupo Zurich à agência Reuters.

Greco afirmou ainda que o negócio segurador, em particular as linhas comerciais (não Vida), terá um ano de crescimento forte, suportado pelo aumento de preços e maior procura de coberturas. Mercados maduros como Alemanha e Suíça, mas também emergentes como Brasil e Indonésia proporcionaram boas oportunidades de crescimento, referiu.

No final de 2020, o BOP (business operating profit) ou resultado operacional consolidado pela grupo desceu 20% face ao ano anterior, penalizado por um impacto negativo de 852 milhões de dólares por conta da covid-19. Nesse exercício fiscal, o seu BOPAT RoE (Business operating profit after tax return on common shareholders’ equity), rácio utilizado pela companhia no quadro das normas IFRS, recuou 3,3 pontos percentuais para 11%, indicam números da companhia.

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Governo britânico vai eliminar taxa que financia a BBC

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2022

A taxa anual paga por quem tem televisão ou vê a BBC através da internet, que serve para financiar a estação pública de rádio e televisão, custa atualmente perto de 190 euros.

O Governo britânico vai congelar nos próximos dois anos a taxa usada para financiar a estação pública de rádio e televisão da BBC, e eliminá-la completamente em 2027 para passar para um novo modelo.

A ministra britânica da Cultura, Nadine Dorries, cujo ministério é responsável pela BBC, afirmou, numa mensagem divulgada este domingo na rede social Twitter, que este anúncio é “o último” que será feito sobre a taxa anual paga por quem tem televisão ou vê a BBC através da internet e que serve para financiar a emissora.

“Acabaram-se os dias em que os idosos eram ameaçados com prisão e os inspetores batiam às portas [de casa]. Agora é altura de debater novas formas de financiar, apoiar e vender os grandes conteúdos britânicos”, escreveu a ministra.

 

De acordo com o jornal Sunday Mail, o congelamento da taxa — custa atualmente 159 libras (cerca de 190 euros) por ano — e o seu desaparecimento paulatino nos próximos três anos, obrigará a estação estatal a poupar mais de 2.000 milhões de libras (2.400 milhões de euros) nesse período.

Quando o atual acordo com a BBC expirar, em 31 de dezembro de 2027, se os conservadores permanecerem no poder, a ideia é abolir a taxa para passar a ter um novo modelo de financiamento, mais próximo dos atuais serviços de assinatura de gigantes da televisão como as plataformas Netflix ou a Amazon Prime.

Este anúncio insere-se na ofensiva que o Governo de Boris Johnson prepara para recuperar a sua popularidade entre os britânicos, bastante prejudicada pela revelação de inúmeras festas realizadas em Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro, durante a pandemia e apesar das restrições sociais em vigor.

A imprensa britânica avança este domingo que Boris Johnson, envolvido há várias semanas neste escândalo que está a abalar a sua credibilidade, vai anunciar medidas que incluem a proibição de álcool nos escritórios de Downing Street, planeando ainda despedir vários dos funcionários que ali trabalham.

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