Banco Montepio vai abrir balcões “low cost” onde a CGD fechou

Carlos Tavares vai abrir sete balcões "muito brevemente" em zonas do país menos urbanas. E quer aproveitar o fecho de agências da CGD em algumas localidades para explorar novo conceito "low cost".

O Banco Montepio vai abrir “muito brevemente” sete agências low cost. E entre as primeiras localidades onde o banco vai instalar este novo conceito de balcão de proximidade estão Abraveses, Avanca e Pedras Salgadas, justamente onde a Caixa Geral de Depósitos (CGD) fechou operações recentemente.

Carlos Tavares enviou na quinta-feira uma mensagem de Ano Novo aos trabalhadores e aproveitou para anunciar os primeiros locais onde vai nascer “um novo conceito de balcão” ainda no primeiro trimestre do ano. “Estar mais perto das pessoas, sobretudo das que mais precisam de serviços bancários de proximidade é uma obrigação. E nós vamos cumpri-la muito brevemente, com a abertura dos primeiros balcões”, revelou o presidente do Banco Montepio na comunicação a que o ECO teve acesso.

Além de Abraveses (Viseu), Avanca (Estarreja) e Pedras Salgadas (Vila Pouca Aguiar), de onde o banco público desapareceu, o Montepio também se prepara para avançar com este novo modelo de agência em Fão (Esposende), Ferro (Covilhã), Ferreira do Alentejo e Oiã (Oliveira do Bairro).

Estes novos balcões surgem no âmbito de um projeto-piloto que Carlos Tavares anunciou em setembro e que passa pela abertura de pequenas unidades fora dos grandes centros urbanos, onde vão trabalhar dois ou três funcionários e com custos controlados para a instituição.

2018 foi o ano para vos conhecer e para conhecer a instituição. Para repensar e projetar um futuro melhor para a Caixa Económica Montepio Geral. 2019 será um ano de mudança.

Carlos Tavares

Presidente do Banco Montepio

Nova marca e administração fechada este mês

As novidades que Carlos Tavares transmitiu aos funcionários do banco na mensagem de Ano Novo não ficam por aqui. Até final de janeiro conta apresentar a nova marca e imagem do Banco Montepio, uma mudança que também está prevista há algum tempo mas só agora vai ser tornada pública. Por outro lado, a sua equipa de administração também ficará “praticamente” fechada este mês, revelou.

“É já no primeiro mês do ano que vai ser pública a nossa nova marca. Aquela que, até agora, só nós conhecemos. Manteremos os valores de sempre, com uma nova visão de futuro, atitude e imagem. A renovação tem um nome: Banco Montepio”, disse Carlos Tavares.

“Dentro de casa, muito ficará arrumado até ao fim deste mês. Teremos a equipa de administração praticamente completa. E é também nas próximas semanas que começará a ser implementada a nova organização do Banco Montepio, que ficará assim preparado para aplicar integralmente o Plano de Transformação”, adiantou.

Carlos Tavares acabou de contratar Dulce Mota ao ActivoBank, que vai passar a ser a administradora responsável pela rede de retalho do Banco Montepio, tal como o ECO avançou em primeira mão. Por outro lado, João Ermida aguarda autorização do Banco de Portugal para iniciar funções de chairman.

Em relação ao Banco de Empresas Montepio (BEM), direcionada para a PME e empresas do middle market, como o ECO também já noticiou, “está mesmo a chegar”. “O grande objetivo é fazer a diferença na vida financeira das nossas empresas e dos empresários. O nome não é inocente, é um propósito em si mesmo: BEM”, assinalou.

Para fevereiro está previsto o lançamento de uma campanha de crédito à habitação “diferente e didática”. Porquê? “Vamos dizer às pessoas aquilo que nem todos têm dito”, prometeu Carlos Tavares.

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Tomás Correia e Carlos Tavares juntos no apoio ao próximo chairman do Banco Montepio

Associação Mutualista e Banco Montepio desmentem tensões em torno de João Ermida, sendo nome consensual entre Tomás Correia e Carlos Tavares para o cargo de chairman do banco.

A Associação Mutualista Montepio Geral e o Banco Montepio desmentem tensões em torno de João Ermida, sendo este um nome consensual entre Tomás Correia e Carlos Tavares para desempenhar funções de presidente do conselho de administração do banco. E reforçam, num comunicado conjunto, que João Ermida ainda se encontra à espera de aval do Banco de Portugal para tomar posse.

O Diário de Notícias refere esta quinta-feira que Tomás Correia e Carlos Tavares não se entendem quanto ao nome de João Ermida para o cargo de chairman do banco detido pela mutualista. O jornal adianta que o mal-estar entre ambos se deve ao facto de João Ermida ter sido sócio de António Godinho, que concorreu contra Tomás Correia nas últimas eleições.

Mas tanto a AMMG como o Banco Montepio desmentem eventuais divergências em torno do nome de João Ermida para o cargo que é atualmente ocupado por Carlos Tavares — acumula funções de CEO e com as de chairman do banco até dia 21 de janeiro.

“Tendo em conta o prazo adicional concedido pelo Banco de Portugal para acumulação das funções de presidente do conselho de administração e de presidente da comissão executiva pelo atual titular, a Associação Mutualista, através do seu presidente, desenvolveu iniciativas, em articulação com o presidente do banco, para encontrar e propor um nome para aquela função com respeito pelo prazo referido”, começam por dizer mutualista e banco num comunicado conjunto emitido esta quinta-feira.

E acrescentam: “Na sequência destas iniciativas, o presidente da AMMG endereçou convite a João Ermida e, atendendo ao período eleitoral na instituição, foi adotado o procedimento de pedido de autorização prévia à respetiva nomeação. Tal pedido foi, como dispõe a regulamentação, devidamente instruído pelo banco – incluindo o parecer favorável da Comissão de Auditoria – e submetido formalmente ao Banco de Portugal com o conhecimento da AMMG”.

No mesmo comunicado, as duas partes adiantam que decorre neste momento o processo de avaliação prévia de João Ermida junto do supervisor. “Como é lógico, nenhuma opinião do supervisor foi ou será emitida antes do final deste processo”, sublinham. O Diário de Notícias refere que há a expectativa de que nome de João Ermida vai ser chumbado pelo Banco de Portugal.

Por fim, AMMG e Banco Montepio “lamentam que, com intuitos que se desconhecem, sejam postas a circular notícias que põem em causa a idoneidade e honorabilidade de diversas pessoas envolvidas, invocando fontes não identificadas e certamente não autorizadas”.

(Notícia atualizada às 11h29)

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Venda do Banco Terra dá prejuízo de 3,6 milhões de euros ao Montepio

O Montepio saiu oficialmente de Moçambique. Concluiu a venda do Banco Terra, obtendo um proveito de 3,2 milhões de euros. Operação vai pressionar lucros do banco em 3,6 milhões.

A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) já concluiu a venda da posição de 45,78% que detinha no capital social do Banco Terra à Arise, saindo oficialmente do mercado moçambicano. Num comunicado enviado à CMVM, o banco liderado por Carlos Tavares revela ainda que, com a operação, obteve “um proveito estimado de 3,2 milhões de euros” e que os resultados líquidos do Montepio “vão ser afetados desfavoravelmente em 3,6 milhões de euros”.

“A CEMG informa que concretizou a venda da participação de 45,78% que a sua participada Montepio Holding detinha no capital social do BTM – Banco Terra. A venda (…) proporcionou um proveito estimado de 3,2 milhões de euros nas demonstrações financeiras consolidadas de 2018″, informa a empresa, que é detida pela Associação Mutualista.

O banco informa que “a concretização desta operação originou a perda de controlo desta subsidiária, tendo determinado, de acordo com as normas contabilísticas aplicáveis, a reciclagem da reserva cambial negativa de 6,8 milhões de euros por contrapartida de resultados do exercício”. “Assim, os resultados líquidos da CEMG vão ser afetados desfavoravelmente em 3,6 milhões de euros”, assume o Montepio.

Apesar do impacto negativo em termos de resultados, a operação acaba por se traduzir positivamente nos rácios de capital da instituição bancária. O rácio Core Tier 1 melhora em nove pontos base, enquanto o rácio de Capital Total melhora em seis pontos base. A melhoria dos rácios de capital da CEMG resulta da “diminuição dos ativos ponderados pelo risco”.

O Banco Terra é uma instituição com operações em Moçambique. A posição de 45,78% em causa foi vendida à Arise, uma holding holandesa que é composta pelo fundo soberano norueguês Norfund, pelo banco de fomento holandês FMO e pelo Rabobank, que tem missão “apoiar o crescimento em África através de investimentos em instituições financeiras africanas”, informou o Montepio num comunicado emitido no final de agosto de 2018, no qual comunicou a assinatura do acordo da transação.

Como recordou o ECO em agosto, já no relatório e contas de 2017 o Montepio apontava para a venda da posição no Banco Terra e de outros ativos detidos em África: “Importa referir que a CEMG se encontra num processo negocial com um conjunto de investidores com vista a recentrar a abordagem no mercado africano, tendo em vista a desconsolidação do Finibanco Angola S.A. e BTM – Banco Terra”, lia-se no documento.

A concretização da venda do Banco Terra acontece no mesmo dia em que Tomás Correia volta a tomar posse como presidente da Associação Mutualista Montepio, dona da CEMG, depois de ter sido reeleito em dezembro com 43,2% dos votos.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h22)

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Lucros da Associação Mutualista Montepio afundam em 2018. Passam de 587 milhões para 1,7 milhões

Mutualista liderada por Tomás Correia conta com reversão de imparidade com o Banco Montepio para se manter lucrativa em 2018, isto após os lucros de 587 milhões em 2017 por causa dos créditos fiscais.

Tomás Correia lidera a Associação Mutualista Montepio.Hugo Amaral / ECO 7 dezembro 2018

Depois de ter registado lucros de 587 milhões de euros em 2017, a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) prepara-se para lucrar apenas 1,7 milhões este ano, prevê a instituição no programa de ação e orçamento para 2019 a que o ECO teve acesso. Mas os ganhos deverão acelerar novamente no próximo ano, com a mutualista liderada por Tomás Correia a apontar para um lucro de 44 milhões.

Vários fatores vão manter a AMMG a lucrar em 2018, isto após os resultados históricos do ano passado terem sido insuflados pelo apuramento de ativos por impostos diferidos no valor de 800 milhões de euros.

Entre esses fatores está a expectativa de reversão de 42 milhões de euros da imparidade constituída em 2015 e 2017, no montante de 498 milhões de euros, para o Banco Montepio, devido à melhoria do desempenho do banco, assim como do contexto do mercado. Até setembro deste ano, o banco liderado por Carlos Tavares acumulava lucros de 22 milhões de euros e apresentava uma melhor situação financeira, razão pela qual a AMMG poderá agora reverter uma parte do dinheiro que tinha colocado de lado para fazer face à desvalorização do banco em relação ao valor a que ele está registado no balanço da mutualista.

Além da reversão da imparidade com o banco, a AMMG destaca ainda o contributo positivo de várias rubricas nas suas contas individuais: dos resultados inerentes a associados, por via da relação entre a margem associativa e a variação das provisões técnicas; dos resultados financeiros, em juros e rendimentos dos depósitos e da carteira de títulos, que deverão atingir os 20 milhões de euros; e ainda rendimentos de 5,8 milhões das propriedades de investimento, que incluem as residências seniores e de estudantes.

A impactar negativamente nas contas estão os gastos administrativos, que vão ascender a 30,8 milhões de euros, e ainda a eliminação de ativos por impostos diferidos no valor de 16,5 milhões.

AMMG paga 17,8 milhões em impostos em 2019

De acordo com o programa de ação e orçamento para 2019, a AMMG aponta para lucros de 43,84 milhões de euros no próximo ano. A redução de imparidade com o Banco Montepio vai continuar a ajudar as contas: a mutualista deverá reverter outros 55,5 milhões de euros de imparidade associada ao banco, detalha a demonstração de resultados previsional que consta no documento.

A fiscalidade voltará a ter impacto nos resultados, um cenário que não se verificava até há pouco tempo tendo em conta que a AMMG gozava de benefício fiscal que a lei prevê para as IPSS. Mas o estatuto fiscal da instituição alterou-se no início deste ano, quando perdeu isenção em sede de IRC e passou a pagar impostos. Em contrapartida, a AMMG passou a poder tirar partido do regime de ativos por impostos diferidos, que permite transformar contabilisticamente prejuízos em créditos fiscais a haver no futuro.

Assim, face à previsão de lucros em 2019, a AMMG estima vir a pagar 17,8 milhões de euros em impostos. Por outro lado, vai voltar a registar ativos por impostos diferidos no valor de 22,9 milhões.

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Carlos Tavares aposta no BEM: Banco de Empresas Montepio

Montepio Investimento vai ter uma segunda vida. Carlos Tavares vai lançar o Banco BEM no início de 2019 com oferta para o segmento das PME e do “middle market”.

Praticamente desativado, o Montepio Investimento vai ganhar uma nova vida no início do próximo ano. Carlos Tavares prepara-se para transformá-lo num banco dedicado às PME e empresas do middle market. E já tem nome: vai chamar-se Banco de Empresas Montepio ou, simplesmente, BEM.

Esta foi uma das novidades do plano de reestruturação que Carlos Tavares, presidente do Banco Montepio, anunciou aos seus quadros num encontro em Ílhavo, realizado há algumas semanas.

A anterior administração de Félix Morgado pretendia desativar o Montepio Investimento e vender a licença do banco, mas Carlos Tavares decidiu reinventá-lo, atribuindo-lhe as funções de banco de apoio às empresas. Será lançado no primeiro trimestre de 2019.

O Banco BEM vai oferecer produtos de banca comercial, negócio internacional e banca de investimentos, especialmente dirigidos ao segmento das pequenas e médias empresas e empresas com volumes de negócio até 100 milhões de euros. Pretende ainda apoiar este segmento de empresas na obtenção de financiamento nos mercados de capitais, funcionando também como um conselheiro financeiro.

Por outro lado, o novo banco também quer intervir em operações de recuperação de créditos relativas a empresas em maiores dificuldades financeiras, mas com indicadores económicos favoráveis.

O Banco BEM vai funcionar através dos 21 centros de empresas que existem atualmente no Montepio Investimento. Também os balcões do Banco Montepio vão ser dotados de um ou dois gestores de empresas, de acordo com o número de PME afetadas.

O conselho de administração do Banco BEM será composto por 11 administradores, no máximo, inclui membros comuns ao conselho de administração do Banco Montepio, liderado por Carlos Tavares, e gestores não executivos independentes.

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Já votaram 42 mil nas eleições do Montepio. Menos de 10% dos associados elegíveis

Menos de 10% do universo de associados elegíveis já enviou voto por correspondência para as eleições da Associação Mutualista. Afluência deverá ser inferior às eleições de 2015.

Até ao final da manhã desta quinta-feira, cerca de 42 mil associados já tinham enviado votos por correspondência nas eleições para a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), correspondendo a menos de 10% do universo de associados que podem votar neste ato eleitoral para a maior mutualista do país, apurou o ECO junto de fonte da comissão eleitoral.

As eleições para os vários órgãos da AMMG terminam esta sexta-feira, pelas 18h00, hora a que encerra a urna presencial que estará disponível durante todo o dia na sede da instituição na Rua Áurea, em Lisboa. As primeiras indicações apontam para uma afluência inferior às últimas eleições de 2015 e 2012.

Encerrada a votação, seguir-se-á a contagem dos votos de forma automatizada: duas máquinas de leitura de votos, cada uma com capacidade para analisar cerca de 8.000 boletins por hora, vão contar os votos recebidos. Assim sendo, já só nas primeiras horas de sábado deverão ser conhecidos os resultados finais.

Os associados receberam em casa dois boletins de voto: um boletim para eleger o Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral e outro boletim para eleger os membros que vão compor Conselho Geral.

A grande maioria dos associados elegíveis — são cerca 480 mil os sócios da AMMG que podem votar nestas eleições — enviou os votos através do correio. Até ao momento, 41.983 votos por correspondência já tinham chegado à instituição, não se sabendo quantos serão anulados por não cumprirem as regras, pelo que o número de votos considerados válidos acabará por ser inferior.

Por outro lado, a AMMG ainda vai receber mais votos por correspondência amanhã, enquanto tem aberta uma urna de voto entre as 9h00 e as 18h00, na sede da instituição, para os associados que quiserem votar de forma presencial. Nas últimas eleições, apenas uma pequena parte o fez desta forma, cerca de 1.500 associados.

Ou seja, à luz dos números que são conhecidos até agora, há sinais de que a afluência dos associados nestas eleições seja ainda mais baixa do que nas eleições de 2015, quando participaram mais de 50.000 associados, e nas eleições de 2012, que contou com perto de 75 mil votos válidos.

São três as listas que concorrem para o mandato 2019-2021: a Lista A surge como a lista de continuidade encabeçada por António Tomás Correia; a Lista B tem como cabeça de lista o administrador dissidente Fernando Ribeiro Mendes; e a Lista C reúne as listas derrotadas nas últimas eleições em torno de António Godinho.

As eleições surgem num quadro sensível para o futuro da instituição que tem mais de 620 mil associados, que desde a última semana passou a ser supervisionada pelo regulador dos seguros, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), o que vai implicar novas regras, desde logo a redução da exposição ao Banco Montepio. Além disso, no próximo ano terá de adaptar os seus estatutos ao novo Código das Associações Mutualistas. E isto num contexto financeiro desafiante, depois da “engenharia contabilística” ter permitido à AMMG sair de uma situação de capitais próprios negativos de 250 milhões de euros através do registo de créditos fiscais no valor de 800 milhões.

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Tomás Correia violou limites de investimento especulativo no Montepio apesar dos alertas

  • ECO
  • 6 Dezembro 2018

Já após a crise do subprime, a gestão de Tomás Correia excedeu os limites definidos parta investimentos especulativos ao apostar em derivados da PT e concedeu crédito a clientes de risco.

São cerca de 600 milhões de euros o resultado da violação das regras por parte da gestão de Tomás Correia em 2014. Em causa estão os investimentos especulativos que a Caixa Económica Montepio Geral fez, nomeadamente em derivados da PT (75 milhões de euros) e empréstimos de risco concentrados em apenas nove clientes que somavam cerca de 850 milhões de euros. Perante este cenário de risco, o departamento de planeamento do banco enviou um email à administração, ainda chefiada por Tomás Correia, a chamar a atenção para o facto, avança esta quinta-feira o Público (acesso condicionado).

O departamento, na altura chefiado por João Neves, estava especialmente preocupado com as aplicações do Montepio em derivados de crédito no qual o risco é oculto, os chamados CLN (Credit Linked Note), da PT que em abril de 2014 ascendiam a 75 milhões de euros. A este investimento somavam mais 53 milhões de euros em securitizações. Isto porque em “em caso de desvalorização continuada de 30%” destes “instrumentos altamente complexos”, que desencadearam a crise do subprime de 2007 e de 2008, haveria perdas para o banco, alertavam os técnicos do departamento.

Perdas que de facto se vieram a materializar: o Montepio registou, logo em abril de 2014, perdas totais de cerca de 380 milhões de euros que, se agravaram em mais 200 milhões, para quase 600 milhões de euros nos anos seguintes.

O banco, que é o principal ativo do grupo Montepio, a maior entidade da economia social, tinha um excesso de concentração em alguns clientes. De acordo com o mesmo email citado pelo Público, Rui Alegre tinha “barcos” que eram um “cancro” (135 milhões), o Grupo Espírito Santo (120 milhões), a construtora e imobiliária HN (74,5 milhões), o construtor da Figueira da Foz Aprígio Santos (74 milhões), os construtores José Guilherme e Jorge Silvério (120 milhões), mas também à EDP (150 milhões), a PT (114,2 milhões) e a Galp (80 milhões de euros). Do conjunto salvaram-se os investimentos na EDP, na Galp e no GES.

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Dulce Mota abandona presidência do ActivoBank e vai para o Banco Montepio

Regressada há um ano ao ActivoBank, Dulce Mota aceitou o convite de Carlos Tavares para integrar administração do Banco Montepio. Deixa banco online quando o BCP prepara a sua internacionalização.

Dulce Mota vai abandonar o cargo de presidente executiva do ActivoBank, o banco online do BCP, para assumir funções de administradora executiva no Banco Montepio, apurou o ECO. Será a segunda mulher na equipa liderada por Carlos Tavares.

A responsável tinha sido novamente nomeada CEO do ActivoBank há apenas um ano, substituindo António Henrique na liderança do banco online, isto depois de ter passado por lá com as mesmas funções entre 2005 e 2009.

Agora, Dulce Mota deixa a liderança do banco online numa altura em que Miguel Maya, CEO do BCP, tem planos ambiciosos para o ActivoBank, como alavanca de crescimento do número de clientes através do digital e como um dos motores de expansão internacional da instituição.

Questionado pelo ECO sobre quem vai suceder a Dulce Mota no cargo de CEO do ActivoBank, o BCP não esteve disponível para responder em tempo útil. Por seu turno, o Banco Montepio não quis comentar a informação. O ECO sabe que Dulce Mota vai ter responsabilidade sobre a rede de retalho do Montepio.

Dulce Mota tem um passado muito ligado ao BCP. Exercia funções como chefe de gabinete de Nuno Amado antes de ter regressado à liderança do banco online do BCP no ano passado, tendo sido responsável pela área de comunicação e agenda estratégica da instituição financeira. Mas há mais de 20 anos que está no BCP, onde se iniciou em 1996 para ocupar um cargo no conselho de administração da AF Investimentos. Foi diretora em vários departamentos no BCP: Trading, Hipotecas, Depósitos e Produtos de Investimento foram alguns dos departamentos que liderou ao longo das últimas duas décadas.

Antes do BCP, Dulce Mota esteve 16 anos nos CTT, onde chegou a exercer o cargo de diretora geral. Foi também professora de Investigação Operacional e Matemática no ISCTE entre 1980 e 1995.

Em relação ao novo trabalho que vai ter no Montepio, Dulce Mota vai ficar a cargo de uma rede composta por 324 balcões em Portugal, isto numa altura em que o banco tem em curso um plano de transformação que, entre outros aspetos, inclui a mudança da designação comercial e também um projeto-piloto para a abertura de mais dez agências “low cost” até final do ano, localizadas no interior do país ou em localidades sem serviços bancários.

Ainda esta semana, o Banco Montepio anunciou uma subida de 10% dos lucros para 22,4 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, beneficiando da redução das imparidades para crédito.

(Notícia atualizada às 14h31)

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Carlos Tavares assegura paz social no Montepio com prémio de 440 euros aos trabalhadores

No final do mês, cada trabalhador do Montepio vai levar para casa um bónus de 440 euros. Carlos Tavares decidiu pagar um prémio igual a todos. Vai gastar 1,6 milhões.

A boa nova chegou esta semana à caixa de correio eletrónico dos trabalhadores do Montepio: no final do mês, cada um deles vai levar para casa um prémio superior a 400 euros que o banco se comprometeu a pagar com base nos lucros que obteve no ano passado, apurou o ECO. Com isto, Carlos Tavares assegura a paz social entre os funcionários, distribuindo uma compensação de igual montante pelos quadros de pessoal.

Carlos Tavares tinha um problema em mãos que podia criar instabilidade num período particularmente sensível para o banco. Quando decidiu rever em baixa os lucros da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) dos 30,1 milhões de euros para apenas seis milhões no exercício de 2017, o então recém-empossado presidente do banco criou uma pequena crise entre os trabalhadores que tinham um compromisso da anterior administração de José Félix Morgado para a partilha de 5% do resultado líquido caso fosse positivo, a título de recompensa pelo congelamento de salários nos últimos anos.

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Neste caso, um lucro menor significaria um prémio mais baixo para os funcionários do banco. Feitas as contas, em vez de um bolo total de 1,6 milhões que resultaria do lucro de 30 milhões apurado inicialmente, a instituição só teria para distribuir um montante de apenas 320 mil euros com base no resultado de seis milhões. O que dividir pelos mais de 3.600 trabalhadores daria uma pequena gratificação de 90 euros a cada um.

Porém, a fim de garantir a paz social no banco, Carlos Tavares manteve o prémio de 1,6 milhões. Até agora não se sabia como é que este montante iria ser distribuído: se em função do escalão (o que daria um prémio maior a quem estivesse nos escalões superiores) ou um bónus igual para todos. A administração do banco optou pela segunda via.

A informação foi transmitida aos funcionários esta semana. Como recompensa pelo congelamento dos salários, e depois de prejuízos avultados nos quatro anos anteriores, o bónus chega agora. O salário deste mês vai incluir já um extra de 440 euros, confirmou o banco ao ECO.

Tavares pede “empenho e dedicação”

Na mensagem enviada esta semana aos trabalhadores, Carlos Tavares deu a boa notícia do bónus, mas aproveitou para pedir “empenho e dedicação” a todos os trabalhadores para ajudarem na transformação que está a implementar no banco controlado pela Associação Mutualista Montepio Geral.

E são várias as mudanças que estão em curso. Desde logo a mudança de nome da marca que deverá ocorrer até final do ano: o banco vai abandonar a designação “Caixa Económica Montepio Geral” e vai passar a adotar o nome “Banco Montepio e até a imagem do pelicano que partilha com a Associação Mutualista Montepio Geral vai ser estilizada, segundo apurou o ECO.

Paralelamente, o novo plano de transformação do banco inclui ainda um reforço da rede comercial com a abertura de dez novas agências “low cost”, num projeto-piloto a ser lançado até final do ano.

No primeiro semestre, o banco registou uma subida de 21% dos lucros para 15,8 milhões de euros. Chegou a junho deste ano com 3.638 trabalhadores, mais oito do que no final do ano passado.

(Notícia atualizada às 11h42 com clarificação do banco sobre valor do prémio)

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António Godinho lança segunda candidatura contra Tomás Correia nas eleições para a Associação Mutualista

Listas derrotadas nas últimas eleições já têm candidato para concorrer contra Tomás Correia e Ribeiro Mendes na corrida à liderança da Associação Mutualista Montepio Geral: António Godinho.

Falhado o objetivo de uma solução única alternativa contra Tomás Correia, as listas derrotadas nas últimas eleições da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) vão concentrar esforços numa única candidatura e já estão fechados os nomes que vão concorrer aos vários órgãos sociais da instituição no próximo ato eleitoral agendado para dezembro. António Godinho, que já tinha sido candidato nas eleições de 2015, é o cabeça de lista para o conselho de administração. O economista Eugénio Rosa concorre para o conselho fiscal. De fora ficará Bagão Félix por opção pessoal.

Foi durante os últimos dias que tudo ficou acertado no seio deste grupo de associados descontentes com a atual gestão da AMMG, depois de não ter havido um entendimento com o único candidato assumido à liderança da mutualista, Fernando Ribeiro Mendes, para se avançar apenas com uma candidatura, tal como o ECO já tinha avançado. Vão avançar em conjunto sob o lema: “Juntos pelo Montepio. Recuperar a Confiança”.

Da candidatura de António Godinho fazem parte ainda Alípio Dias, que concorre para a liderança do conselho geral, e o general José Pinto Ramalho, presidente da Liga Amizade Portugal-China, que procurará eleger-se para a liderança da assembleia geral da AMMG. Contactado pelo ECO, António Godinho confirmou composição da sua lista, remetendo detalhes do programa para mais tarde.

Em relação a Bagão Félix, que concorreu nas anteriores eleições para o conselho fiscal na lista de António Godinho, o antigo ministro da Segurança Social e do Trabalho vai ficar fora da corrida eleitoral por opção pessoal, mas deverá publicar uma carta de manifestação de apoio a esta candidatura, segundo apurou o ECO.

António Godinho iniciou a sua vida profissional na Caixa Económica Montepio Geral em 1996, tendo fundado dois anos depois a OneBiz, uma empresa de franchising de serviços presente em mais de 30 países e que chegou a deter 50% da SAD do clube de futebol do Leixões. É ainda autor do livro “Renovar Montepio”, publicado em 2015, juntamente com Alexandre Abrantes.

Em 2015, liderando a lista D, António Godinho recebeu 21,5% dos votos, tendo ficado em segundo lugar nas eleições, atrás de Tomás Correia, que reuniu quase 60% dos votos, e à frente da lista C de Eugénio Rosa, que ficou em terceiro com 16,3%.

António Godinho volta agora a concorrer ao conselho de administração com uma equipa que integra os nomes de António Couto Lopes (diretor da Montepio Holding), Nuno Monteiro, Lúcia Gomes e Tânia Flores. Alguns destes nomes concorreram nas últimas eleições.

Numa carta dirigida aos associados, a que o ECO teve acesso, Eugénio Rosa justificou por que razão este grupo de associados decidiu avançar com a sua própria lista. “É urgente afastar a administração e resgatar o Montepio de gente que tem alguns processos na justiça ou colocados pelo Banco de Portugal, e que tem afetado gravemente a reputação do Montepio e determinado a perda de confiança no Montepio por parte de um grande número de associados”, disse o economista afeto ao PCP.

“Não foi possível a unidade com a lista de Ribeiro Mendes porque este pretendia, por um lado, incluir apenas um representante destas três listas no conselho de administração; por outro, ter o poder para escolher essa pessoa; e, finalmente, incluir na sua lista pessoas que sempre estiveram com Tomás Correia e que são também responsáveis pela situação a que o Montepio se encontra”, explicou ainda Eugénio Rosa na missiva.

Tudo aponta para que a corrida para a liderança da AMMG seja feita a três: além de Fernando Ribeiro Mendes e de António Godinho, deverá surgir uma terceira lista encabeçada ou apoiada por Tomás Correia. O atual presidente da AMMG tem mantido tabu em relação a uma nova candidatura para um quarto mandato, mas já assegurou que o atual conselho de administração deverá apresentar uma lista própria. Para já, apenas Ribeiro Mendes anunciou publicamente a sua candidatura, tendo apresentado já os nomes de João Costa Pinto (antigo vice-presidente do Banco de Portugal), João Proença (ex-secretário-geral da UGT) e João Carvalho das Neves (professor no ISEG) para os vários órgãos da mutualista.

Os candidatos terão de formalizar as suas candidaturas para o triénio 2019-2021 até final deste mês. As eleições na mutualista que conta com mais de 620 mil associados terão lugar no próximo dia 7 de dezembro.

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João Proença integra lista de Ribeiro Mendes às eleições da Associação Mutualista

Antigo líder da UGT candidata-se ao cargo de presidente da Assembleia Geral da Associação Mutualista Montepio pela lista "União e Confiança" encabeçada por Fernando Ribeiro Mendes.

João Proença, antigo secretário-geral da UGT, é o cabeça de lista da candidatura de Fernando Ribeiro Mendes para o cargo de presidente da mesa da Assembleia Geral da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) nas eleições que vão ter lugar em dezembro.

A candidatura “União e Confiança” anunciou esta quinta-feira mais dois nomes que vão concorrer às próximas eleições na maior mutualista do país: além de João Proença, foi desvendado ainda o nome de João Carvalho das Neves, professor catedrático no ISEG, para ser eleito para cargo de presidente do Conselho Fiscal da instituição.

Ribeiro Mendes, administrador dissidente da atual gestão liderada por Tomás Correia e até ao momento o único candidato à liderança da AMMG, oficializou a sua candidatura na semana passada em Lisboa, tendo anunciado na altura que João Costa Pinto, antigo vice-presidente do Banco de Portugal, também integrava a sua lista para liderar o conselho geral da instituição.

“A experiência, a dedicação e o profissionalismo demonstrados ao longo da sua vida profissional pelos cabeças de lista que agora integram a “União e Confiança” comprovam a abrangência da nossa lista e a convergência de vontades em inverter o estado em que se encontra a AMMG”, referiu Ribeiro Mendes num comunicado distribuído pelas redações.

Ex-secretário da estrutura sindical UGT, João Proença é atualmente presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE, o subsistema de saúde dos funcionários e aposentados do Estado. Foi um dos subscritores do designado Manifesto Anti-Tomás Correia.

As eleições para a AMMG, que conta com mais de 620 mil associados, terão lugar no próximo dia 7 de dezembro. As listas derrotadas nas anteriores eleições, que pretendiam avançar com apenas uma solução única alternativa contra Tomás Correia, também deverão apresentar candidatura às eleições, segundo apurou o ECO. Já o atual presidente tem mantido tabu em relação a uma recandidatura.

Os candidatos têm até final do mês para formalizar as suas candidaturas aos órgãos sociais da AMMG.

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Já há duas listas para concorrer contra Tomás Correia na Associação Mutualista

Listas derrotadas nas últimas eleições falharam acordo com Fernando Ribeiro Mendes e vão avançar com candidatura à Associação Mutualista. Ribeiro Mendes inicia campanha eleitoral esta quarta-feira.

As listas que perderam as últimas eleições para Tomás Correia vão avançar com uma candidatura própria para a liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), isto depois de falhado o acordo com o único candidato já anunciado, Fernando Ribeiro Mendes, no sentido de apoiar uma solução alternativa única para derrotar o atual presidente da instituição.

Ao que o ECO apurou, dirigentes destas listas derrotadas, que integram nomes como António Godinho, Bagão Félix, Eugénio Rosa e Manuel Rogério, e Fernando Ribeiro Mendes mantiveram conversas até ao início desta semana para fechar um entendimento de última hora, mas sem sucesso.

“O assunto está arrumado. Cada um vai seguir o seu caminho”, disse uma fonte próxima das negociações do lado das listas derrotadas em 2015 ao ECO, reconhecendo que se falhou o objetivo de haver apenas uma única lista a concorrer contra Tomás Correia (que ainda não anunciou candidatura). “Desbloqueado este impasse, isto agora vai ter de acelerar com o calendário apertado que temos pela frente”, acrescentou a mesma fonte.

As eleições para os órgãos sociais da AMMG vão ter lugar já no próximo dia 7 de dezembro. Os associados são chamados a eleger o Conselho de Administração da Associação Mutualista Montepio, a Mesa da Assembleia Geral, o Conselho Fiscal e o Conselho Geral para o triénio 2019-2021. Mas, antes disso, os candidatos terão de entregar as suas listas até final deste mês.

"O assunto está arrumado. Cada um vai seguir o seu caminho.”

Fonte próxima das negociações

Para já, apenas Fernando Ribeiro Mendes anunciou a intenção de concorrer às eleições para a maior mutualista do país, que conta com mais de 600 mil associados, mas tudo indica que a corrida eleitoral deverá ser feita a três.

O administrador dissidente da AMMG tem esta quarta-feira uma primeira aparição pública enquanto candidato, participando num encontro público que reúne o grupo de subscritores do designado Manifesto Anti-Tomás Correia, incluindo João Costa Pinto (ex-Banco de Portugal) e João Proença (ex-UGT) a ter lugar num hotel em Lisboa. Ainda não são conhecidos os nomes que vão integrar a sua lista.

Já Tomás Correia, que tem feito tabu sobre a sua candidatura a um quarto mandato, já adiantou que o atual conselho de administração que lidera vai apresentar uma lista mesmo que não seja encabeçada por si.

Que não haja “dúvidas de que vai aparecer um candidato proposto pelo [atual] conselho de administração”, disse há cerca de duas semanas Tomás Correia, citado pela agência Lusa. Na altura, o presidente da AMMG deixou algumas bicadas à concorrência que se perfila: “As alternativas não têm qualidade e não têm determinação para poder assumir tamanha responsabilidade”.

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