Um dia na vida do presidente Trump, segundo “Fire and Fury”

  • Juliana Nogueira Santos
  • 14 Janeiro 2018

Noites passadas ao telefone, reuniões sem papéis e sem atenção e hábitos incomuns. O ECO reconstruiu a rotina de Donald Trump na Casa Branca a partir do novo livro de Michael Wolff.

“É melhor não fazer mais ameaças aos Estados Unidos ou terão como resposta fogo e fúria como o mundo nunca viu.” Com esta ameaça a Pyongyang, Trump cravou na pedra aquela que seria a expressão que caracteriza o seu primeiro ano como inquilino da Casa Branca. Michael Wolff, jornalista do The Hollywood Reporter, pegou na expressão e transformou-a num livro que voou das prateleiras e se estreou em primeiro nos tops de vendas.

“Fire and Fury: Inside the Trump White House” — em português Fogo e Fúria: Dentro da Casa Branca de Trump — retrata os primeiros meses da presidência de Donald Trump e mostra um cenário ainda mais caótico do que aquele que passava cá para fora. A desorganização interna, a teimosia e imprudência do presidente e as incoerências eram já conhecidas. Mas este livro, construído através de mais de 200 entrevistas a membros da administração e até ao próprio presidente, mostra uma Casa Branca que praticamente vive para o presidente.

A capa do livro de Michael Wolff.Grupo Almedina

Não demorou até que os meios de comunicação social pegassem em muitos dos episódios que eram retratados, começando no facto de nenhum dos membros da campanha de Trump — nem sequer o próprio candidato e a sua família — acreditarem que havia alguma hipótese deste se tornar presidente. O empresário queria apenas utilizar esta exposição como publicidade grátis para engrandecer a sua marca.

As ligações com a Rússia, a vida de casado e a relação com o poder são também os tópicos que mais manchetes têm feito nos últimos dias. Mas acompanhar estes primeiros meses de presidência através desta vista privilegiada permite também reconstruir uma imagem daquele que é o seu dia-a-dia, de como é a vida na Casa Branca e na Sala Oval. O ECO leu as mais de 300 páginas que compõem o livro que vendeu 29 mil exemplares no primeiro fim de semana e marcou os hábitos do homem mais poderoso do mundo.

Acordar numa cama que não é sua

Para falar do dia-a-dia do presidente dos Estados Unidos da América é preciso ter em conta a mudança abrupta que aconteceu. Uma vez que Trump nem sequer acreditava que ia ganhar a eleição, quanto mais abandonar a sua vida, as suas rotinas e, especialmente, a Trump Tower. Aliás, a mudança para a Casa Branca é apontada por Wolff como um processo pelo qual Trump nunca tinha passado.

"Nos primeiros dias, encomendou duas televisões para juntar à que já lá estava e uma fechadura para a porta, causando um impasse com os Serviços Secretos que insistiram que tinham de ter acesso livre ao quarto.”

Michael Wolff

“O septuagenário Trump era uma criatura de hábitos a um nível que poucas pessoas sem poder despótico do seu ambiente conseguem alguma vez imaginar”, narra o jornalista. Afirma também que, desde que entrou na Trump Tower, o empresário nunca mais mudou de casa, fez sempre as mesmas deslocações e manteve o seu escritório como se fosse uma “cápsula do tempo”. As mesmas caras, as mesmas vozes, a mesma vida.

Trump no seu escritório na Trump Tower.Washington Post/YouTube

Assim, na primeira vez que ficou por sua conta na Casa Branca, visto que Melania se manteve em Nova Iorque durante muito tempo, Trump sentiu-se “incomodado” e “até assustado”. O espaço, já antigo e raramente renovado, fazia o magnata da hotelaria sentir-se fora do seu ambiente, algo que até foi visto com surpresa pelos seus amigos mais chegados.

Nada como uma boa remodelação no quarto para que Trump se voltasse a sentir em casa. “Nos primeiros dias, encomendou duas televisões para juntar à que já lá estava e uma fechadura para a porta, causando um impasse com os Serviços Secretos que insistiram que tinham de ter acesso livre ao quarto”, escreve Wolff.

Também os hábitos dos funcionários da Casa Branca mudaram para se adaptar às exigências do novo presidente. “Advertiu as empregadas domésticas por terem apanhado uma camisa do chão: ‘Se a minha camisa está no chão é porque eu a quero no chão’. Ninguém tocava em nada, especialmente na sua escova de dentes. Além disto, avisou as empregadas domésticas que quando quisesse a cama feita, ele próprio tirava os lençóis”, conta.

O seu medo de ser envenenado é a justificação para todas estas imposições. Wolff relembra que esta é também a razão pela qual Donald Trump gosta de comer no McDonald’s: “Ninguém sabe que ele está a pedir e a comida foi pré-cozinhada de uma forma segura.” Este tipo de refeições são muitas vezes o almoço e o jantar do presidente norte-americano.

Reuniões sem papel e com ouvidos moucos

Sendo agora o homem mais poderoso do mundo, quem é eleito para presidente do Estados Unidos da América acaba por passar a maior parte do tempo em reuniões, desde briefings diários, a encontros com parceiros e simples cerimónias protocolares. Trump, assim que foi eleito, bateu o pé e afirmou que não precisava de briefings diários pois estes eram repetitivos. “Eu sou uma pessoa inteligente, não preciso de ouvir as mesmas coisas todos os dias durante oito anos”, afirmou numa entrevista.

"Para Steve Mnuchin e Reince Priebus ele era um ‘idiota’. Para Gary Cohn, era ‘burro como a merda’. Para H.R. McMaster ele era ‘imbecil’. E a lista continuava”

Michael Wolff

Ainda que a Casa Branca não tenha cedido em relação a estas reuniões, Trump também não recuou totalmente. “Trump não lê. Nem sequer passa os olhos”, escreve Wolff, em relação aos documentos que lhe são entregues. “Se está impresso, mais vale não existir. Alguns acreditam que, por todas as razões práticas, ele tem um baixo nível de literacia.

As justificações multiplicam-se, nunca abonatórias para Trump. “Outros acham que é disléxico, mas certamente a sua compreensão é limitada. Outros concluem que ele não lê porque não tem de o fazer e isso é um dos seus atributos como populista. Ele está além da literacia — totalmente televisivo.”

E o leitor pode dizer: ‘não é preciso ler os documentos para perceber o que se fala numa reunião’. Wolff continua ainda: “Não só ele não lê como também não ouve. Prefere ser a pessoa a falar. E confia na sua própria sabedoria — não importa o quão insignificante ou irrelevante ela seja — mais do que na de qualquer pessoa. Tem também défice de atenção, mesmo quando pensa que alguém merece a sua atenção.”

O livro dá ainda conta que a própria equipa que está por trás do presidente considera que ele não tem capacidades para o ser. “Toda a gente, à sua maneira, tenta expressar de uma maneira crua o facto óbvio de que o presidente não sabia o suficiente, não se importava particularmente e que estava confiante, se não sereno, das suas certezas inquestionáveis”, aponta o jornalista.

Junta-se ainda uma lista de nomes que os seus braços direitos utilizavam para se referir a ele: “Para Steve Mnuchin e Reince Priebus ele era um ‘idiota’. Para Gary Cohn, era ‘burro como a merda‘. Para H.R. McMaster ele era ‘imbecil’. E a lista continuava”. Era então assumido que eles próprios tinham de, de qualquer forma, “compensar pelas falhas de Trump”.

Um serão de contactos

Após um dia de reuniões e compromissos presidenciais, Trump não para. A última refeição do dia é passada com o seu conselheiro favorito, Steve Bannon. Por volta das 18h30, “Bannon junta-se a Trump em todos os jantares, ou pelo menos disponibiliza-se para tal — um solteirão a apoiar outro”. Este hábito ficou órfão quando o fundador do jornal de extrema-direita Breitbart abandonou a Casa Branca.

Ainda assim, esta não é a forma favorita de Trump passar a sua hora de jantar. Como refere Wolff, se não jantasse com Bannon, e “mais ao seu agrado, estaria na cama a essa hora com um cheeseburguer, a ver televisão nos seus três ecrãs e a fazer chamadas.”

E sendo o presidente um homem que gosta de estar perto daqueles que mais o admiram, quer seja através de rallys — grandes convenções espalhadas pelo país — ou da sua conta oficial do Twitter, as chamadas ao serão não servem só para distração, mas também para este se manter próximo daqueles que acha seus aliados. “O telefone é o seu ponto de contacto real com o mundo — [usa-o] para falar com um grupo pequeno de amigos”, lê-se em Fire and Fury. Este grupo foi ficando maior ao longo do tempo, incluindo não só empresários, como conselheiros externos, republicanos e até fontes secretas.

"Quando o presidente falava ao telefone depois do jantar, tinha habitualmente um discurso incoerente. De uma forma sádica e paranóica, especulava sobre as falhas e fragilidades da sua equipa. Bannon era desleal. Priebus era fraco. Kushner era um ‘lambe-botas’. Spicer era estúpido. Conway era uma choramingas. Jared e Ivanka nunca deviam ter vindo para Washington.”

Michael Wolff

“Quando o presidente falava ao telefone depois do jantar, tinha habitualmente um discurso incoerente. De uma forma sádica e paranóica, especulava sobre as falhas e fragilidades da sua equipa. Bannon era desleal. Priebus era fraco. Kushner era um ‘lambe-botas’. Spicer era estúpido. Conway era uma choramingas. Jared e Ivanka nunca deviam ter vindo para Washington”, enumera ainda, justificando assim muita da informação confidencial que vinha a público.

Trump ligava para discutir pontos de vista, exteriorizar preocupações ou só mesmo falar. Só que “nas suas conversas noite dentro na cama, frequentemente falava com pessoas que não tinham razão para manter as suas confidências”. Terá sido assim que a informação de que Trump andava em roupão às escuras durante a noite porque não sabia mexer nos interruptores foi conhecida. E tantas outras.

O dia termina então, com este a adormecer numa cama que pouco é ocupada por Melania Trump. Adormecia para, muitas vezes, acordar muito cedo e começar as suas discussões no Twitter.

Com este cenário pouco colorido, parece óbvio que Trump não queria que estas páginas vissem a luz do dia. Ainda que a sua equipa de advogados tenha tentado parar a publicação deste cocktail de fogo e fúria, o esforço não teve sucesso e a bomba rebentou com efeitos que se estendem aos antigos aliados. Na Amazon, há utilizadores que afirmam que este foi um dos principais motivos pelos quais compraram o livro.

Em Portugal, o livro será editado pela Actual Editora, do Grupo Almedina, que garante ao ECO a chegada às livrarias já em fevereiro. Entretanto, Trump continua afirmar que ter ganho as eleições à primeira tentativa não mostra que ele é “inteligente”, mas sim “genial”. “E um génio muito estável”, remata.

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Economia norte-americana cresce 3,2% no 3º trimestre, menos que o estimado

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2017

Apesar de ter ficado abaixo do estimado, o ritmo de crescimento registado no terceiro trimestre foi o mais elevado desde o início de 2015.

A economia norte-americana cresceu 3,2% no terceiro trimestre face ao mesmo período de 2016, abaixo da primeira estimativa de 3,3%, foi esta quinta-feira anunciado. O Departamento do Comércio Governo norte-americano publicou hoje o último dos três cálculos sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre.

Apesar da leve revisão em baixa, o ritmo de crescimento de 3,2% é o maior registado no país desde inícios de 2015.

O número é inferior às estimativas dos analistas, que tinham antecipado uma expansão de 3,3% e resultou de um menor aumento dos gastos dos consumidores norte-americanos, que contribui com dois terços da atividade económica, e aumentou 2,2% no terceiro trimestre, contra 2,3% estimado anteriormente.

A melhoria sustentada da economia dos Estados Unidos levou a Reserva Federal (Fed) a subir em três ocasiões este ano as taxas de juro, a última há uma semana.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou em janeiro à Casa Branca com a promessa de conseguir um crescimento homólogo superior a 3% graças a um ambicioso plano que suporia a maior reforma fiscal do país em várias décadas e baixaria os impostos às empresas e a muitos norte-americanos.

O plano, depois de ultrapassar diversos obstáculos, foi aprovado na quarta-feira pelas duas câmaras do Congresso e, segundo os republicanos, o objetivo é acelerar o crescimento económico homólogo até aos 4%.

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Republicanos dão prenda de natal a Trump. Reforma fiscal passou no Senado

A reforma fiscal do Partido Republicano passou no Senado. Esta quarta-feira a medida é votada no Congresso antes de ir para as mãos do presidente, que a promulgará. IRC passa de 35% para 21%.

Antes do Natal, Donald Trump deverá conseguir a sua primeira grande vitória legislativa com os republicanos a aprovarem uma revolução no quadro fiscal norte-americano. 51 senadores republicanos votaram a favor da versão final pacote legislativo contra 48 senadores democratas esta terça-feira à noite. O Partido Republicano argumenta que a reforma fiscal vai ser benéfico para as famílias da classe média, mas o Partido Democrata acusa Trump de cortar nos impostos para os mais ricos e poderosos. Ao todo são 1,5 biliões de dólares de impostos a menos.

O senador republicano John McCain estava fora, por questões de saúde, mas isso não impediu o Senado de fazer passar a reforma fiscal: não houve nenhum dissidente e a legislação passou com o voto contra dos democratas. Momentos depois, Trump tweetou. “O Senado dos Estados Unidos acabou de passar a maior reforma fiscal e corte de impostos da história”, congratulou-se. Se confirmado pelo congresso, este será o pacote legislativo mais significativo do primeiro ano de Donald Trump na Casa Branca.

A reforma fiscal irá cortar, principalmente, nos impostos para as empresas — o equivalente ao IRC passará de 35% para 21%. Também haverá um alívio fiscal para a maior parte dos contribuintes, mas não para todos. No entanto, ao contrário do que acontece com as empresas, este alívio é temporário dado que expira em 2025. Mantêm-se os sete escalões individuais de impostos (semelhante ao IRS), mas existem ajustes nas taxas aplicadas, ainda que não para todos.

Os republicanos esperam que a medida acelere o investimento, o emprego e o crescimento dos salários. Contudo, os cortes nos impostos têm um custo: a previsão é que o défice das finanças públicas norte-americanas cresça mais de um bilião de dólares durante a próxima década. Uma análise do Congressional Budget Office (CBO), o equivalente ao Conselho de Finanças Públicas em Portugal, apontam uma redução da carga fiscal para 44% dos contribuintes, sendo que os mais pobres pagam a fatura e os mais ricos serão os maiores beneficiários.

A medida foi criticada por vários democratas, incluindo Bernie Sanders, o senador do Vermont que ficou conhecido pelo seu duelo com Hillary Clinton nas diretas dos democratas. “O dia de hoje é uma vitória para as maiores e as mais lucrativas empresas deste país que, apesar de quebrarem recordes de lucros, vão ter biliões de dólares em cortes de impostos à custa das famílias que trabalham”, escreveu no Twitter. E exemplificou: Sanders diz que a Apple vai ‘poupar’ 48 mil milhões de dólares, a Microsoft 17,9 mil milhões, a Goldman Sachs 15,2 mil milhões e a Exxon Mobil 10,5 mil milhões.

O independente Tax Policy Center, um think thank sediado em Washington, estimou que os agregados familiares da classe média vão, em média, ter um corte de impostos na ordem dos 900 dólares no próximo ano. Já o 1% dos norte-americanos mais ricos terá, em média, um corte de impostos de 51 mil dólares. Em média, o rendimento líquido dos norte-americanos irá subir 2,2%, segundo o mesmo think thank. Contudo, em 2027, quando expirar o efeito para os contribuintes, apenas as empresas vão continuar a sentir um alívio fiscal.

Também o Nobel da economia, Paul Krugman, criticou a reforma fiscal no Twitter. “A alteração fiscal, tal como está, irá eventualmente dar 83% dos benefícios ao 1% do topo”, escreveu, assinalando noutros tweets que a medida será negativa para a economia norte-americana. Já o economista Robert Reich, ex-secretário de Estado do Trabalho de Bill Clinton, classificou a reforma fiscal como “o maior assalto” aos mais pobres e à classe m´dia para “financiar o maior corte de impostos da história” para as empresas e os mais ricos.

Uma sondagem da NBC/Wall Street Journal mostrava esta terça-feira que apenas 24% dos norte-americanos considera que a reforma fiscal é uma boa ideia. As mudanças dos republicanos são reprovadas por 41% dos norte-americanos.

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52% dos norte-americanos diz que país está pior com Trump

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2017

Apenas três em dez norte-americanos disseram que os Estados Unidos estão a ir na direção correta.

Mais de metade dos norte-americanos consideram que o país está numa situação pior desde que Donald Trump se tornou presidente, indica uma sondagem da Associated Press – NORC Center for Public Affairs Research, divulgada este sábado pela agência noticiosa norte-americana.

“Apenas três em dez norte-americanos disseram que os Estados Unidos estão a ir na direção correta, e 52% disseram que o país está em pior situação desde que Trump se tornou presidente”, referiu a AP, numa notícia sobre a sondagem. Segundo a sondagem, apenas 25% dos norte-americanos pensa que o país está melhor desde a tomada de posse de Trump, e apenas 20% dizem que estão melhor pessoalmente.

O inquérito de opinião mostra ainda que menos de um quarto dos norte-americanos (23%) pensa que Trump está a dar resposta às promessas que fez aos eleitores, enquanto 30% considera que o presidente tentou sem sucesso e 45% diz que ele não as cumpriu de todo. Entre os republicanos, metade diz que Trump cumpriu as suas promessas.

De acordo com uma segunda sondagem, a taxa de aprovação de Trump é de 32%, o que faz dele o presidente menos popular no primeiro ano de mandato. Um quarto dos republicanos diz estar entre os que reprovam o chefe de Estado.

Por outro lado, 40% dos norte-americanos aprova o modo como Donald Trump gere a economia, mais do que os três em cada dez que estão de acordo com o tratamento dado pelo presidente às questões da saúde, da política externa ou dos impostos.

Apenas nove por cento pensa que o país ficou mais unido devido à presidência Trump, enquanto 67% considera que está mais dividido por causa do presidente. Mesmo entre os republicanos, são mais os que pensam que Trump dividiu os Estados Unidos (41% contra 17%), em relação à perspetiva oposta.

A primeira sondagem AP-NORC, que foi realizada entre 30 de novembro e 04 de dezembro, conta com uma amostra de 1.444 pessoas e tem uma margem de erro de mais ou menos 3,7. A segunda, realizada entre 07 e 11 de dezembro, com 1.020 inquéritos, tem uma margem de erro de mais ou menos 4,3.

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Rally do Natal já começou em Wall Street

Aprovação do plano fiscal pelo Senado americano impulsiona bolsas norte-americanas, com investidores à espera que alívio nos impostos traga mais crescimento económico e mais dividendos.

O rally do Natal já começou em Wall Street, com muitos investidores a aplaudir a aprovação pelo Senado da reforma fiscal nos EUA, uma das primeiras promessas eleitorais do Presidente norte-americano, Donald Trump.

O Senado aprovou na passada sexta-feira um pacote legislativo que vai trazer um alívio de impostos para muitas empresas e para algumas famílias para aumentar o crescimento da economia. A proposta que vai reduzir o IRC das empresas dos 35% para os 20% foi aprovada com 51 votos a favor e 49 contra.

No Twitter, Trump já teve oportunidade de reagir: “Estamos mais próximos de conseguir uma redução de impostos MASSIVA para as famílias americanas”. Mais tarde, escreveu: “Com a grande votação no corte de impostos, hoje poderá ser um grande dia para o mercado acionista – e para vós”.

Neste cenário, o índice de referência para todo o mundo, o S&P 500, avança 0,74% para 2.661,66 pontos. O Dow Jones continua a experimentar máximos históricos, seguindo com um avanço de 0,92% para 24.454,90 pontos. Também o Nasdaq soma 0,72%.

Para os investidores, uma menor carga fiscal sobre as empresas vai aumentar o lucro delas e é a expectativa de maiores dividendos que está na base desta pressão compradora, depois de algumas dúvidas em relação a todo o processo do plano fiscal de Trump.

Desde o início do ano, o S&P 500 já avançou 18% devido aos bons resultados empresariais e ao crescimento económico sólido, além de algum otimismo do mercado com o cumprimento das promessas eleitorais de Donald Trump: além da reforma nos impostos, o Presidente norte-americano também pretende retirar alguma regulação no sistema financeiro.

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Trump retweeta vídeos de apelo ao ódio religioso

  • Juliana Nogueira Santos
  • 29 Novembro 2017

Os vídeos foram originalmente publicados pela líder de um grupo de extrema-direita britânico. A veracidade destes não foi verificada.

Donald Trump, através da sua conta pessoal de Twitter, retweetou três vídeos anti-muçulmanos, originalmente publicados por Jayda Fransen, a líder de um grupo de extrema-direita britânico que já foi condenada à prisão por assédio agravado, por motivações religiosas.

Os três vídeos mostram, alegadamente, jovens muçulmanos a perpetrar atos de ódio contra outros jovens, bem como estátuas religiosas. As imagens, cuja veracidade não foi verificada, foram retweetadas pela conta oficial do presidente dos Estados Unidos da América, sem qualquer comentário. Horas depois, Trump voltou a tweetar sobre os media norte-americanos e o estado da economia norte-americana, como se de um dia normal se tratasse.

Jayda Fransen, líder do grupo de extrema-direita Britain First, expressou o seu contentamento em relação a este apoio através da mesma rede social, escrevendo “Deus abençoe Trump! Deus abençoe a América”.

Ainda este mês, Fransen foi presa por apelar ao ódio religioso, por ter interpelado e assediado mulheres muçulmanas, tendo antes violado os termos de liberdade condicional ao marcar presença num programa de rádio neonazi.

Donald Trump conta com mais de 43 milhões de seguidores naquela que é a sua forma favorita de se dirigir aos seus apoiantes, sendo que Ann Coulter, uma comentadora política conservadora e acérrima apoiante das políticas de Trump, também partilhou um dos vídeos no seu Twitter. Coulter conta com 1,7 milhões de seguidores.

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Câmara dos Representantes dos EUA aprova reforma fiscal de Trump

  • Lusa
  • 16 Novembro 2017

Proposta de Donald Trump que prevê profundos cortes de impostos para trabalhadores e empresas foi aprovada esta quinta-feira pela Câmara dos Representantes.

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou hoje a proposta de reforma fiscal impulsionada pelo Presidente Donald Trump, que prevê profundos cortes de impostos para trabalhadores e empresas.

A votação refletiu a maioria republicana na Câmara baixa, com 227 votos a favor, todos republicanos, e 205 contra.

“O que estamos a fazer hoje não é determinar o sistema fiscal que vamos aplicar, o que estamos a fazer é determinar o género de país que vamos ter”, assegurou pouco antes da votação o congressista republicano Paul Ryan, presidente da Câmara e um dos principais mentores da proposta.

O plano, que ainda deverá ser votado no Senado para aprovação definitiva, incluiu uma baixa do imposto de sociedade, pago pelas empresas, de 35% a 20%, e reduz para quatro os atuais sete escalões de impostos.

Ryan insistiu que o plano implica um “alívio real” para a classe média e sustentou que as poupanças para uma família típica norte-americana serão de 1.182 dólares (1.000 euros) por ano.

O Presidente Trump, que designou esta reforma como “o maior acontecimento fiscal da história do país”, visitou hoje o Congresso para se reunir com os deputados antes do voto.

Em simultâneo com a Câmara, o Senado está a elaborar uma proposta paralela, com algumas alterações e que deverá ser submetida a votação em dezembro, num órgão onde os republicanos possuem uma maioria mais frágil, aguardando-se dificuldades para que seja ratificada.

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Powell não tem doutoramento, mas terá voz ativa na Fed

  • Bloomberg
  • 12 Novembro 2017

Jerome Powell foi o nome escolhido por Donald Trump para suceder a Janet Yellen na Fed. Não tem doutoramento mas Powell sabe como ninguém como pensam os economistas.

Anos antes de ser indicado para liderança da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell trouxe para o banco central dos EUA uma lição que aprendeu no setor privado: administre ou seja administrado.

Powell notou que os inteligentíssimos economistas da casa resolviam diferenças entre si — em todos os assuntos, do sistema de pagamentos à política monetária — e depois apresentavam ao altos responsáveis uma recomendação unificada, esperando que seguissem a recomendação do grupo.

Essa prática não caiu bem com um advogado que fez carreira na área de investimentos em private equity. Nesse ramo, as propostas precisam sobreviver a críticas dos principais decisores, sendo que alguns têm a responsabilidade específica de argumentar contra uma ideia de investimento.

Jerome Powell foi o nome escolhido por Donald Trump para suceder a Janet Yellen na presidência da Reserva da Federal norte-americana.Kirkpatrick/Bloomberg

Quando assumiu o cargo de diretor da Fed, Powell quis mudar as coisas. Insistia para os funcionários discutirem à sua frente, de acordo com uma pessoa que trabalhou com ele. O advogado também se debruçou sobre estudos académicos e fez muitas perguntas. Em mais de cinco anos na Fed, Jerome Powell conseguiu ganhar o respeito dos profissionais da instituição mesmo quando questionava as recomendações deles.

Isso será útil quando Powell assumir o comando em fevereiro e a Fed, com um exército formado por mais de 300 economistas com doutoramento, for liderada pela primeira pessoa sem doutoramento em Economia desde Paul Volcker, que presidiu o banco central americano entre 1979 e 1987. Fora da instituição, há quem alerte para o risco de ele ser capturado pela equipa interna.

Evitando pensamento unificado

“É muito importante o presidente da Fed questionar a equipa sobre os motivos para acreditarem que a análise deles é correta”, disse Karen Dynan, economista da Universidade Harvard que trabalhou na Fed durante 17 anos. “O perigo é quando a análise é consistente com opiniões disseminadas e aceita rápido demais.”

Os funcionários da Fed formam uma das melhores equipas de especialistas em economia do mundo. As previsões e recomendações desta equipa são bastante valorizadas pelas autoridades. Mas o grupo também é acusado de ser insular e, como aprendeu Powell, resistente a expor debates não resolvidos aos diretores.

Além disso, há pouca rotatividade entre os economistas mais antigos. Quando isso acontece, o sucessor costuma ser alguém que já estava na casa e é promovido. Entre os oito diretores e vice-diretores das divisões de assuntos monetários e pesquisa e estatística que são diplomados em Economia, seis começaram a carreira no próprio Fed.

"É muito importante o presidente da Fed questionar a equipa sobre os motivos para acreditarem que a análise deles é correta”, disse ”

Karen Dynan

Economista da Universidade Harvard

Liderança de Yellen

A atual presidente da Fed, Janet Yellen, mostrou liderança ao insistir que pessoas que estavam fora da força de trabalho oficial voltariam ao mercado à medida que a economia se recuperasse. A equipa dela estava mais cética. Se ela tivesse seguido a opinião desses profissionais, talvez a Fed tivesse subido os juros mais rapidamente. No fim das contas, Yellen aparentemente estava certa.

Alguns duvidam que Powell terá conhecimento ou confiança para fazer algo parecido. “Powell não pode contar com a mesma profundidade de conhecimento” dos seus antecessores, disse Eric Winograd, economista sénior para os EUA da Alliance Bernstein.

“Isso não importa agora, quando as águas estão relativamente tranquilas e a trajetória da política monetária está bem estabelecida, mas vamos ver o que acontece quando o ciclo virar e o comité de política monetária for obrigado a alterar a rota.”

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2.462 tweets depois: um ano de Trump como Presidente dos EUA

Foi há um ano que Trump arrecadou mais lugares no colégio eleitoral, derrotando Hillary Clinton. Um ano depois, o ECO recorda os tweets que marcam a presidência do empresário norte-americano.

O Twitter é uma espécie de Diário da República para o atual Presidente dos Estados Unidos. Donald Trump usa frequentemente a rede social para deixar recados, anunciar medidas, criticar ou elogiar tudo e todos. Recentemente, a sua conta até foi suspensa durante uns minutos por um funcionário da empresa que estava de saída. Mas há muitos tweets a recordar do ‘covfefe‘ à acusação de que Obama plantou escutas na Trump Tower.

Desde 8 de novembro de 2016, Trump já tweetou 2.642 vezes. Uma contabilização feita pelo arquivo online da conta de Twitter @realDonaldTrump revela que entre as palavras mais usadas pelo Presidente dos Estados Unidos estão “loser” (234 vezes), “dumb” (222 vezes), “terrible” (204 vezes), “stupid” (183 vezes) e “weak” (156 vezes). Entre as expressões mais usadas está “fake news” (142 vezes). Já o alvo preferido de Trump é Obama: 64 tweets dedicados ao ex-Presidente dos EUA.

O que Trump escreve no Twitter tem tanto impacto que existe uma aplicação para quem investe nos mercados quando o Presidente faz um tweet sobre algo que possa influenciar as ações das cotadas. Esta quarta-feira o responsável da campanha digital de Donald Trump corroborou a teoria de que o Twitter é essencial para o atual Presidente dos EUA. Para ser reeleito em 2020, basta que continue a tweetar, disse Brad Pascale, no Web Summit.

Nomeações

Foram várias as nomeações (ou demissões) anunciadas por Donald Trump no Twitter, além de muitas vezes anunciar quando irá fazer certos anúncios. Da nomeação do diretor do FBI, depois da saída de James Comey, à saída de Reince Priebus como chefe de gabinete da Casa Branca e a entrada do então secretário de Estado, John Kelly.

Covfefe!?

É um tweet, entretanto, eliminado, mas que os internautas não deixaram escapar. Este foi um dos momentos mais estranhos que ocorreram no Twitter de Trump. Recorde-se que o tweet surge depois de o Presidente ter despedido o diretor de comunicação da Casa Branca, Michael Dubke. A explicação mais plausível é a de que Donald Trump queria, na realidade, escrever press coverage, ou seja, “cobertura de imprensa”.

O mundo andou às voltas para perceber qual é o significado de ‘covfefe’ e até o próprio Presidente desafiou a internet, mesmo depois de ter apagado o tweet.

Acusação de escutas

Sem citar nenhuma fonte, o recente empossado Presidente dos EUA acusou o seu antecessor de colocar escutas na Trump Tower antes das eleições norte-americanas. “Terrível”, classificou. Mais tarde, Kellyane Conwey, a conselheira de Donald Trump, afirmou numa entrevista que Barack Obama terá utilizado diversos métodos de vigilância na Trump Tower, incluindo um micro-ondas. Barack Obama negou tais acusações e o caso avançou para o Congresso, onde este assunto foi incluído na investigação acerca da influência russa nas passadas eleições, a decorrer atualmente.

Apprentice e Arnold Schwarzenegger

O Presidente dos Estados Unidos não resistiu a comentar a prestação de Arnold Schwarzennegger no papel que era antes seu. Trump afirmou mesmo que este fora despedido por causa das audiência e disse estar triste com o fim do programa de televisão.

Coreia do Norte: The Rocket Man

“The Rocket Man”. É assim que o Presidente dos EUA se refere a Kim Jong Un. São vários os tweets sobre a Coreia do Norte que acusam o líder norte-coreano de ser “louco”. Trump afirmou ainda que “discutir não é a solução” e deu a entender que a solução seria “destruir tudo”. É caso para dizer que, tal como os mísseis disparados por Pyongyang, os tweets de Trump também têm um potencial de destruição massiva.

Proibição de militares transgénero

Numa série de tweets em cadeia, Donald Trump anunciou que “depois de consultar os meus generais e militares especialistas”, decidiu que não deverá ser aceite qualquer militar transgénero. Esta foi uma das decisões de Trump mais polémicas.

11 minutos sem Twitter

Foram apenas 11 minutos, mas não passaram despercebidos. Um funcionário do Twitter que iria abandonar a empresa decidiu, na semana passada, suspender a conta de Donald Trump. 11 minutos depois, a empresa resolveu o problema, mas o presidente dos EUA não deixou passar o momento em branco, alegando que isto demonstrava que as suas palavras estão a ter um impacto.

Primeiro “perdão” de Trump

Em mais uma decisão polémica, Donald Trump decidiu perdoar os crimes de Joe Arpaio que tinha sido condenado pelos tribunais por causa das suas táticas agressivas perante imigrantes ilegais sem documentos. Arpaio tinha sido um apoiante acérrimo de Donald Trump durante a campanha presidencial.

Fake News? CNN!

Donald Trump recordou um dos momentos mais emblemáticos do seu percurso — quando foi à WWE — para ilustrar a sua relação com os media, em particular com a estação de televisão CNN. Apesar de já ter criticado praticamente todos os órgãos de comunicação social, exceto a FOX, o ataque mais constante tem sido com a CNN.

Wall Street sobe, sobe, sobe

As promessas de Trump sobre o alívio dos impostos para as empresas e a esperança de que o empresário vá facilitar, de várias formas, a vida dos bancos e dos agentes económicos levou a um subida exponencial de Wall Street. O S&P 500, por exemplo, já valorizou 21% desde que Trump foi eleito. O próprio Presidente dos Estados Unidos tem feito questão de sublinhar essa evolução.

Decreto anti-imigração

A medida de Trump para suspender a imigração e a cedência de vistos a indivíduos oriundos de “regiões propensas ao terror” já foi alterada várias vezes e combatida nos tribunais. Entre os vários capítulos desta história está um tweet de Donald Trump onde o Presidente dos EUA acusava os tribunais que impediram a entrada em vigor do seu decreto de colocarem em causa a segurança do país. “Vejo-vos no tribunal”, disse.

O muro da fronteira com o México

“O México vai pagar o muro”. Trump não tem dúvidas que vai cumprir esta promessa de campanha, mas os bloqueios têm vindo tanto do país vizinho como do próprio congresso. Mas Donald Trump não desistiu da ideia: “Dado que o México é uma das nações com mais crime, nós temos de ter um muro”.

Videoclip de Snoop Dogg

Nem as celebridades escapam. O rapper Snoop Dogg fez um vídeo onde aparece a apontar uma arma a um figurante vestido de Donald Trump. Teria feito o mesmo com o Presidente Obama? A questão foi feita por Trump no Twitter, seguida de um pedido de prisão para Snoop Dogg.

Meryl Streep? Sobrevalorizada…

Outra celebridade atacada por Donald Trump ainda este não tinha tomado posse foi a atriz Meryl Streep, depois do discurso que fez nos Globos de Ouro. Trump disse que a atriz norte-americana é “a mais sobrevalorizada de Hollywood” e acusou-a de ser uma ‘criada’ de Hillary Clinton.

Esta pequena lista de tweets é apenas uma amostra de tudo o que o Presidente dos Estados Unidos já publicou. Dos assuntos mais sérios aos mais ligeiros, podemos continuar a esperar a reação de Trump — agora com 280 carateres.

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Snapchat afunda 10% após chineses adquirirem 12% da rede social

Trump celebra hoje um ano à frente da Casa Branca e o S&P 500 acumula ganhos de 20% desde que o republicano foi eleito. Mas o dia está a ser negativo em Wall Street.

As ações da Snapchat estão sob forte pressão vendedora, depois de a chinesa Tencent ter assumido uma posição de 12% naquela rede social de mensagens instantâneas. Wall Street cede com investidores apreensivos em relação ao desfecho do plano fiscal dos republicanos, no dia em que Trump cumpre um ano como Presidente norte-americano.

Os índices S&P 500 e Dow Jones perdem 0,16% e 0,15%, respetivamente. Também o tecnológico Nasdaq cai 0,12%. Em todos os casos, a correção ligeira surge numa altura em que negoceiam em máximos históricos.

Este movimento de descida está sobretudo a ser desencadeado pelos receios dos investidores em relação ao plano para cortar os impostos às empresas, reforma esta que foi apresentada na semana passada. Além de reduzir os impostos sobre as empresas, de 35% para 20%, a proposta republicana vai introduzir novas nuances na estrutura fiscal americana que deverão merecer a oposição de muitos grupos de interesse.

Snapchat sob pressão

Fonte: Bloomberg

“A minha preocupação é que o mercado já tenha incorporado totalmente esta reforma fiscal e a sua aprovação mas isto é um caminho difícil de prever”, referiu Scott Brown, economista chefe da Raymond James, à agência Reuters.

Um dos marcos do dia tem a ver com a eleição de Donald Trump há exatamente um ano. Desde o dia 8 de novembro de 2016, o índice de referência mundial S&P 500 acumula ganhos de 21%. Parte destes ganhos estão sustentados na promessa eleitoral de Trump de baixar os impostos às empresas. Mas o mercado começa agora a recear que os planos do Presidente fiquem na gaveta.

No plano empresarial, destaque para a Snap, dona da rede social Snapchat, que cai 9,66% para 13,67 dólares, no dia em que anunciou que a chinesa Tencent passou a controlar 12% da empresa e de ter reportado uma subida das receitas e do número de utilizadores aquém do esperado.

"A minha preocupação é que o mercado já tenha incorporado totalmente esta reforma fiscal e a sua aprovação mas isto é um caminho difícil de prever”, referiu ”

Scott Brown

Economista chefe da Raymond James

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Trump: Acordo comercial com o Japão “não é justo nem aberto”

  • Lusa
  • 6 Novembro 2017

Em visita oficial ao Japão, Donald Trump deixou um aviso: o presidente dos EUA quer que o acordo comercial entre os dois países seja revisto. O republicano alega que o acordo prejudica o país.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se encontra em viagem no Japão, defendeu esta segunda-feira a negociação de um novo tratado comercial com o país, após “muitas décadas” de “gigantesco défice comercial”.

Durante um encontro com líderes empresariais japoneses e norte-americanos, Trump afirmou que o comércio dos Estados Unidos com o Japão “não é justo nem aberto (…) não é livre nem recíproco” e defendeu que tal seja “novamente negociado” de “forma amigável”.

O Presidente norte-americano lamentou que os Estados Unidos sofram com uma situação de “gigantesco défice comercial” de quase 70 mil milhões de dólares (60 mil milhões de euros anuais), com a qual “o Japão ganhou durante muitas décadas”.

Neste sentido, recordou que milhões de carros japoneses são vendidos no seu país todos os anos, mas não há praticamente nenhum veículo norte-americano a ser vendido no Japão.

Em relação à saída dos Estados Unidos do Acordo Transpacífico de Cooperação Económica (TPP), Trump defendeu a decisão. “Teremos mais comércio, como nunca teríamos com o TPP”, afirmou perante executivos de empresas japonesas como Nissan, Honda, Maza e Mitsubishi, e também norte-americanas como a Boeing e a Morgan Stanley.

O Presidente dos Estados Unidos chegou no domingo ao Japão, a primeira paragem de uma viagem pela Ásia, que o levará também à Coreia do Sul, China, Vietname e Filipinas. Após a reunião com os empresários, Trump e a primeira-dama assistiram a uma cerimónia de boas-vindas e encontraram-se com os imperadores do Japão, Akihito e Michiko.

Japão regista várias ameaças de bomba durante visita de Donald Trump

Várias ameaças de bomba foram registadas esta segunda-feira no Japão, onde é raro acontecerem, durante a visita ao país do Presidente norte-americano, Donald Trump. Não foi encontrada nenhuma prova a existência de explosivos nem feita qualquer detenção, segundo a polícia japonesa. Os alertas aconteceram em vários locais no oeste do Japão, longe de Tóquio, onde Trump está hoje.

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Subida tímida em Wall Street com ajuda de Trump

McDonald's registou melhor sessão em mais de dois meses. Setor financeiro também avançou com expectativas mais otimistas de que plano fiscal de Trump vai avançar.

As bolsas norte-americanas encerram o dia em alta ligeira, depois de um arranque de sessão menos positivo do outro lado do Atlântico, com os investidores expectantes quanto ao rumo do plano fiscal que Donald Trump pretende implementar.

O melhor desempenho acabou por pertencer ao índice industrial Dow Jones, que fechou em alta de 0,18%. Também o índice de referência mundial, o S&P 500, apresentou-se esta quinta-feira com uma subida muito tímida, de 0,12%. Quanto ao tecnológico Nasdaq, a sessão terminou como havia começado: nos 6.453,45 pontos.

Em termos empresariais, nota para as ações da McDonald’s, que avançaram 2,23% para 157,49 dólares. Foi a maior subida para a cadeia de restaurantes fast-food em mais de dois meses, depois de a casa de investimento Longbow Research ter melhorado a recomendação do título para “Comprar”.

No setor financeiro, bancos como o Citigroup e o Goldman Sachs somaram 0,5% e 0,3%, respetivamente. O índice Russel 2000, composto por cotadas de menor capitalização, avançou 0,17%. São estes os setores que terão mais a ganhar com a promessa de redução dos impostos.

O secretário de Estado do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, ter adiantado que a proposta de Donald Trump de cortar os impostos às empresas para 20% era “não negociável”.

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