Pharol vai apoiar um aumento de capital na Oi

Operadora brasileira inicia segunda-feira um programa para chegar a acordo com os credores, perante um processo de recuperação judicial que poderá inclui um aumento de capital de dois mil milhões.

A Pharol, um dos principais acionistas da Oi, vai apoiar um eventual aumento de capital na operadora brasileira, mas ainda não decidiu se vai participar na operação, adiantou o presidente da empresa portuguesa, Luís Palha da Silva, a um jornal brasileiro. “Não nos opomos a nenhum aumento de capital. A hipótese de diluição não nos assusta“, afirmou o gestor português.

As declarações de Palha da Silva surge num momento particularmente importante para o futuro da Oi. Arranca na segunda-feira um programa para acordo com os credores da companhia de telecomunicações brasileira, que se encontra em processo de recuperação judicial.

É no âmbito deste plano de recuperação que a Oi estuda a hipótese de um aumento de capital até oito mil milhões de reais (até dois mil milhões de euros). O tema foi inclusivamente discutido esta quarta-feira na reunião do conselho, mas não há nada decidido sobre o assunto, adiantaram fontes da empresa ao Estadão.

Palha da Silva considerou que ainda é prematuro falar em aderir à capitalização. “Queremos avaliar todas as condições. Não temos como definir isso sem saber minimamente quais são as condições”, disse em declarações àquele jornal.

A Pharol é o maior acionista individual da Oi, com participação de 22,24% através da subsidiária Bratel. Outro acionista relevante da telecom brasileira é o empresário Nelson Tanure, por meio do fundo Société Mondiale – dono de 6,32% do capital social, que já revelou que pretende manter a sua posição na empresa.

As ações da Pharol recuam 0,33% para 0,30 euros.

Acordo com credores arranca na segunda

Também esta sexta-feira a Oi anunciou que inicia no dia 26 de junho um programa para chegar a acordo com os credores da empresa, segundo um comunicado publicado no mercado de capitais brasileiro.

Este “programa beneficiará os credores da Oi na medida em que possibilitará a antecipação de parte do valor objeto do programa”, defende a operadora. Como funcionará este plano?

No comunicado, a operadora afirma que os para os credores com dívida inferior ou igual a 50 mil reais (cerca de 13,37 mil euros), o programa prevê a antecipação de 90% do valor, “mediante a aceitação do acordo pelo credor Oi no prazo e nas condições previstos no programa de acordo com credores”. “Os 10% do crédito remanescente serão recebidos após a homologação do Plano de Recuperação Judicial”, adianta a Oi.

Em relação aos credores cujo crédito for superior a 50 mil reais, também terão o direito de participar do programa de acordo com credores, recebendo uma antecipação de 50 mil reais, se aceitarem as mesmas condições.

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Depois do BCP, sai administrador do banco na Pharol

A Pharol perdeu mais um administrador: André Navarro, nomeado pelo BCP, renunciou ao cargo não executivo, depois da venda da participação do banco na empresa.

O administrador da Pharol, nomeado pelo BCP, renunciou esta segunda-feira ao cargo. Falta saber se se mantém na Oi.PAULA NUNES/ECO

Depois da venda da participação do BCP na Pharol à High Bridge Unipessoal, o administrador não executivo nomeado pelo banco, André Cardoso Meneses Navarro, renunciou ao cargo, comunicou a empresa esta segunda-feira.

André Navarro estava no cargo desde 2 de setembro de 2015, um dia depois de ser nomeado administrador da operadora brasileira Oi, da qual a Pharol PHR 0,00% é a principal acionista. Desconhece-se, para já, se o gestor se mantém no board da operadora, ou se se seguirá a renuncia também dessa função.

Recorde-se que o BCP detinha uma posição de 6,17% na antiga PT SGPS, na sequência de uma penhora sobre a Ongoing. Esta posição foi entretanto alienada à High Bridge Unipessoal.

Desconhece-se quem está por detrás da High Bridge Unipessoal, a compradora dessa posição, tendo circulado rumores de que se poderia tratar do empresário brasileiro Nelson Tanure, que terá planos para controlar a Oi. Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, disse ao ECO, na altura, que não tinha “mais nenhuma informação”.

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Credores da Oi têm dez dias para reclamar

Já começou o prazo de dez dias úteis para impugnação da lista de credores da Oi, bem como o de 30 dias úteis para apresentação de objeções ao plano de recuperação judicial da empresa.

O prazo para impugnação da lista de credores da Oi já começou. Numa nota enviada aos mercados esta segunda-feira, a operadora brasileira informa que a partir dessa data começa o prazo legal de dez dias úteis para a apresentação de “impugnações à relação de credores” da empresa ao juízo da recuperação judicial.

Como o ECO noticiou há duas semanas, a lista de credores já foi tornada pública pelo administrador judicial. Trata-se de um vasto documento de 356 páginas sob a forma de tabelas em letras miúdas. Entre as linhas inscreve-se um conjunto bastante alargado de particulares, empresas e instituições, perante o qual a Oi tem uma dívida que alcança os 17 mil milhões de euros.

Recorde-se também que a assembleia-geral de credores da Oi está apontada para setembro. Na última semana, Luís Palha da Silva, o presidente executivo da Pharol PHR 0,00% , acionista maioritária da Oi, disse ao ECO ser “um prazo que obriga a uma intervenção muito apertada de toda a gente”. Mas acrescentou: “Continua-nos a parecer possível”.

Nessa altura, Palha da Silva recordou também: “Esta assembleia-geral de credores tem de contar com os processos que já estão em curso, nomeadamente de definição de uma lista mesmo final de credores. Há também o período que está a contar neste momento de reclamações por parte daqueles que eventualmente se sintam prejudicados pela lista final de credores.” É esse que foi agora definido.

Decorre também, desde esta segunda-feira, o prazo de 30 dias úteis “para o oferecimento de objeções ao plano de recuperação judicial”. Recorde-se que a empresa está ao abrigo desse processo desde meados do ano passado, com vista a evitar a falência. Recentemente, em março, a empresa aprovou ajustes ao plano de recuperação, como a conversão de dívida em ações.

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Se alguém quiser controlar a Pharol não haverá oposição

A administração da Pharol não se oporia a uma desblindagem dos estatutos, abrindo a porta ao controlo da empresa por parte de um acionista maioritário acima dos 10%.

Luís Palha da Silva, presidente executivo da Pharol, à saída da assembleia-geral de acionistas esta sexta-feira.Paula Nunes/ECO

O conselho de administração da Pharol não se oporia a uma desblindagem dos estatutos da empresa, caso houvesse “um mínimo de acionistas interessados”. A garantia é de Luís Palha da Silva, o presidente executivo da cotada portuguesa, à saída da assembleia-geral de acionistas esta sexta-feira, salientando, no entanto, que “é uma situação relativamente menos normal no mercado de capitais” e que iria refrear “a capacidade da empresa de se valorizar no mercado”. Isso abriria a porta ao controlo de um acionista maioritário.

A questão foi colocada pelo ECO numa altura em que 6,17% da empresa acabam de passar das mãos do BCP para as da High Bridge Unipessoal. Trata-se de uma firma da qual se desconhece o proprietário, embora fontes no mercado apontem o dedo a um nome: o de Nelson Tanure, o polémico empresário brasileiro que terá um plano para controlar a telecom brasileira Oi. Recorde-se que a Pharol é a acionista maioritária da operadora, com mais de 27% do capital.

Não é certo quanto capital da Pharol é controlado por Nelson Tanure de forma direta ou indireta, embora, quanto a isso, Palha da Silva pareça tranquilo. Falando de forma abstrata, sem se referir a esta situação específica, disse: “[Se] alguém ultrapassa uma percentagem que nós consideramos que, em conjunto com outros, pode eventualmente representar uma não comunicação de um determinado nível, temos obrigação de tentar perceber melhor.” E acrescentou: “Aqui, não me parece que seja o caso. Isto resulta apenas de algumas pessoas dizerem que se trata de um, outros dizem que se trata de outro.”

Porém, ainda que Nelson Tanure consiga controlar uma parcela elevada da Pharol, tem um desafio pela frente: os estatutos da empresa limitam os direitos de voto a 10%. Para tal, o empresário poderia ter uma via de escape: negociar com os acionistas a desblindagem desses mesmo estatutos, nomeadamente com o Novo Banco, outro acionista da Pharol, com uma percentagem de 9,56%, através do pagamento de um prémio. O Novo Banco que, aliás, tem vindo a desfazer-se de ativos não estratégicos, como fez esta semana com a venda da ex-Qimonda a uma empresa norte-americana.

Mas é neste contexto que Palha da Silva refere a não oposição à desblindagem, com a reserva de “investigar” caso haja uma aparente participação “não comunicada”, ou caso “o poder” tenha mesmo mudado de mãos, indicou. “Continua a haver outras limitações: 33% também é uma limitação. Não pode ter mais. Se tiver, tem de lançar uma OPA”, recordou.

Para já, a Pharol vê o acionista Novo Banco como um “acionista de referência altamente empenhado em ajudar a Pharol não apenas no desenvolvimento da Pharol mas dos seus próprios ativos”. “Estamos satisfeitíssimos com a confiança que o Novo Banco tem manifestado à administração da Pharol”, disse o gestor.

Estamos satisfeitíssimos com a confiança que o Novo Banco tem manifestado à administração da Pharol.

Luís Palha da Silva

Presidente executivo da Pharol

Reunião decorreu “pacificamente”

A duas assembleias-gerais de acionistas da Pharol, que decorreram entre as 10h e as 13h desta sexta-feira, terão decorrido “pacificamente”, com tudo aprovado. Houve, “no que diz respeito à apresentação de contas de 2016, algumas interrogações, que foram cabalmente respondidas e no fim acabara todas as propostas por serem aprovadas”, disse o presidente executivo da empresa. Quais, em específico? “Assuntos de pormenor sobre andamento de alguns dos processos, de alguns dos nossos ativos, questões sobe a Rioforte, questões sobre a Oi, mas nenhum de estratégia global ou de posições da empresa” disse.

Sobre os processos levantados contra a Deloitte e ex-gestores da antiga PT, Palha da Silva avançou: “Deram entrada no tribunal dentro dos prazos adequados e previstos na lei. Já sofreram respostas por parte das pessoas visadas e, agora, da nossa parte, também estamos à espera dos próximos passos que hão de ser determinados pelo normal caminho judicial.”

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Pharol: “Não temos mais nenhuma informação” sobre quem comprou a posição do BCP

Luís Palha da Silva desconhece quem está por detrás da High Bridge Unipessoal, a empresa que adquiriu a posição do BCP na Pharol esta semana. No mercado, os rumores apontam para Nelson Tanure.

Luís Palha da Silva, presidente executivo da Pharol PHR 0,00% , garante não ter informação sobre quem está por detrás da High Bridge Unipessoal, a empresa que adquiriu a posição de mais de 6,17% que o BCP detinha na antiga PT SGPS esta semana. No mercado, existem rumores não confirmados de que se trata de Nelson Tanure, o empresário brasileiro que quer controlar a Oi. Mas, questionado sobre essa hipótese, o líder da Pharol preferiu não comentar.

“Não tenho nada a comentar. Tudo o que pudéssemos comentar já saiu nos comunicados públicos. Há uma informação sobre quem é o comprador, que transmitimos aos nossos acionistas e ao mercado em geral. É essa a informação que podemos dar neste momento. Não temos mais nenhuma informação sobre o acionista [Nelson Tanure], que conhecemos bem por ser nosso parceiro, acionista também, na companhia Oi”, disse ao ECO Luís Palha da Silva, no intervalo das duas assembleias-gerais de acionistas, que decorrem na manhã desta sexta-feira, em Lisboa.

"Há uma informação sobre quem é o comprador, que transmitimos aos nossos acionistas e ao mercado em geral. É essa a informação que podemos dar neste momento. Não temos mais nenhuma informação sobre o acionista [Nelson Tanure] (…).”

Luís Palha da Silva

Presidente executivo da Pharol

O presidente da Pharol reiterou ainda a intenção de que a Oi realize a assembleia-geral de credores no terceiro trimestre deste ano. “Sobre as expectativa de calendário, continua a ser a mesma. É um prazo que obriga a uma intervenção muito apertada de toda a gente, mas continua-nos a parecer possível”, sublinhou ao ECO.

“Esta assembleia-geral de credores tem de contar com os processos que já estão em curso, nomeadamente de definição de uma lista mesmo final de credores. Há também o período que está a contar neste momento de reclamações por parte daqueles que eventualmente se sintam prejudicados pela lista final de credores”, acrescentou.

E indicou ainda: “Tanto quanto nos diz a administração executiva da Oi, a data continua a ser possível, mesmo sendo certo que há uma série de outros passos também para serem seguidos. Nomeadamente, que as negociações entre os diferentes stakeholders da companhia progridam de forma favorável. Mas, para já, não há nenhuma razão para pensar que essa data não é possível e estou convencido que todos os stakeholders da companhia estão muito apostados de que isso possa acontecer.”

Recorde-se que o BCP vendeu esta semana a posição de 6,17% que detinha na Pharol desde 2015, após uma penhora sobre a Ongoing. Nelson Tanure, atual acionista da Oi e da Pharol, já teria demonstrado intenções de adquirir as posições de referência na Pharol detidas por empresas portuguesas, nomeadamente esta do BCP e também a do Novo Banco e a da Visabeira, de 9,56% e 2,64%, respetivamente. O Novo Banco, por exemplo, tem vindo a desfazer-se dos ativos não estratégicos como foi o caso da ex-Qimonda esta semana.

À CMVM, foi comunicado que o comprador foi uma empresa que se dá pelo nome High Bridge Unipessoal. Mas pouca informação há sobre quem está por detrás dela — apenas que tem sede num escritório de advogados em Lisboa. Várias fontes no mercado apontam para Nelson Tanure, o polémico empresário brasileiro que tem vindo a adquirir posições estratégicas por intermédio de veículos e que prenderá controlar a Oi, a maior operadora de telecomunicações do Brasil.

Falência da Rioforte “está a avançar de forma muito lenta”

Luís Palha da Silva tem ainda criticado a demora no processo de falência da Rioforte, a sociedade do Grupo Espírito Santo da qual a Pharol tem 897 milhões de euros para reaver. Em novembro, a empresa reviu em baixa o valor que espera recuperar desse polémico investimento para 9,56%, ou seja, 85,8 milhões de euros.

Sobre esse assunto, Palha da Silva disse: “Tenho para mim que este processo de falência está a avançar de forma muito lenta.” Mas concluiu: “Não vejo em muitas das razões que nos são apresentadas para adiamentos sucessivos que se deva atender a esse tipo de argumentos mas, obviamente, muito respeitosamente seguimos aquilo que for determinado pelas autoridades de Luxemburgo.”

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BCP abandona Pharol após vender 6% da empresa

Banco liderado por Nuno Amado acabou da anunciar a saída da antiga PT SGPS, depois de vender uma participação superior a 6% na empresa.

O BCP já não faz parte da estrutura acionista da Pharol. O banco liderado por Nuno Amado anunciou a venda de um bloco de 6,17% da antiga PT SGPS. Não anunciou mais detalhes sobre a alienação desta participação, nomeadamente os valores do negócio e o comprador.

Foi a 12 de agosto de 2015 que o BCP assumiu uma posição qualificada na Pharol, depois de ter executado uma penhora sobre a Ongoing, uma das principais acionistas da Portugal Telecom, que incluía 37.804.969 ações ordinárias, representativas de aproximadamente 4,2169% do capital social e direitos de voto da Pharol.

Esta penhora surgiu no seguimento de um processo de recuperação de créditos concedidos à Ongoing, de Nuno Vasconcellos.

A preços de fecho desta segunda-feira, a posição do BCP estava avaliada em pouco mais de 14 milhões de euros.

Em virtude da dimensão desta participação, a Pharol deverá terá de comunicar ao mercado quem comprou este as ações BCP, tendo em conta que todas as participações qualificadas, acima de 2%, têm de ser divulgadas pela CMVM,

A Pharol é a principal acionista da brasileira Oi, onde detém uma posição de cerca de 22% na operadora brasileira. Além desta participação, a Pharol detém ainda cerca de 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, braço não financeiro do Grupo Espírito Santo, embora a empresa já só espere recuperar 85,8 milhões de euros.

O BCP era o terceiro maior acionista da Pharol. Atualmente, a Telemar Norte Leste (Oi) é o principal acionista com 10% da empresa liderada por Palha da Silva, seguida pelo Novo Banco, que assume uma participação de 6%.

Recentemente, o BCP, principal credor da Insight Strategic Investments, participada da Ongoing Strategic Investments SGPS, que chegou a ser acionista de forma direta e indireta da Portugal Telecom (6,57%), aceitou receber 20% de um total da dívida de dívida de 282,7 milhões de euros, ou seja 56,5 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 12h30)

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Bolsa está em bull market. Olé!

PSI-20 já avança mais de 20% face ao mínimo de novembro, entrando em bull market. O ataque do touro na bolsa portuguesa está para ficar? Analistas acreditam que sim. Olé, touro lindo!

Touro chegou à bolsa portuguesa.Fotomontagem: Raquel Sá Martins

O touro está de volta à arena da bolsa nacional. O PSI-20 já avança mais de 20% desde que tocou mínimos de seis meses em novembro do ano passado, correspondendo à definição clássica do bull market. Há vários fatores que têm alimentado o movimento ascendente do mercado — o mesmo movimento com que aquele animal ataca através dos seus cornos. A vitória de Macron neste domingo reforçou o ambiente de otimismo nas bolsas. Lisboa será capaz de aguentar o ataque do touro? Os analistas acreditam que sim.

Desde o dia 14 de novembro, em que atingiu o nível mais baixo do último semestre, o benchmark nacional protagoniza uma rally imparável superior a 20%. Isto compara com o avanço de 16,6% do índice de referência europeu Stoxx 600 e de 10% do índice que funciona como um farol para investidores em todo o mundo, o S&P 500. Melhor só mesmo a bolsa de nuestros hermanos: o Ibex-35 ganha mais de 28% no mesmo período.

O facto de o PSI-20 partir de um nível mais baixo que os pares ajuda a explicar o bom momento da praça lisboeta. Mas há mais motivos. A começar pelo desempenho da economia e por fatores específicos das cotadas portuguesas, até ao maior otimismo no cenário internacional, criando o habitat perfeito para a convivência com o touro.

Madrid alcança melhor desempenho desde novembro

Fonte: Bloomberg (valores em %)

“O desempenho positivo do PSI-20 decorre do desempenho positivo do mercado europeu, com o ‘ponto de partida’ mais deprimido do PSI-20 face às congéneres a justificar a outperformance recente face a este, da resolução de algumas ‘histórias’ que estavam a pressionar o índice, de um período de M&A mais ativo no mercado português (conclusão da OPA sobre o BPI, lançamento da OPA da EDP sobre a EDP Renováveis), e da conjuntura económica ‘mais forte’ em Portugal, que consequentemente reflete-se num melhor desempenho operacional pelas cotadas com maior exposição à economia nacional”, diz a equipa de research do Banco BiG.

É um facto. Portugal apresenta níveis de confiança reforçados. As últimas notícias em relação ao défice, ao Produto Interno Bruto (PIB) e ao desemprego são positivas. A perceção de risco do país junto dos investidores internacionais está em queda livre — razão pela qual o IGCP já arrisca a ir ao mercado com leilões de dívida a dez anos. Da Europa sopram também ventos favoráveis e que saíram reforçados com a vitória de Emmanuel Macron nas eleições presidenciais francesas deste fim de semana, afastando Marine Le Pen do poder.

“Há um sentimento geral dos investidores, sobretudo ativos de risco como as ações, de diminuição da aversão ao risco e aumento da complacência perante a incerteza. Este fenómeno ficou mais visível desde o resultado da primeira volta das eleições francesas, com as sondagens a afastarem Marine Le Pen do Eliseu”, comenta João Queiroz, diretor de banca online do Banco Carregosa.

“A perceção do risco soberano dos países da periferia também melhorou. Mas não foi só isso: o calendário de apresentação de resultados nos EUA, em média, surpreendeu pela positiva com estimativas de crescimento de dois dígitos nos lucros”, reforça Queiroz.

"Há um sentimento geral dos investidores, sobretudo ativos de risco como as ações, de diminuição da aversão ao risco e aumento da complacência perante a incerteza. A perceção do risco soberano dos países da periferia também melhorou. Mas não foi só isso: o calendário de apresentação de resultados nos EUA, em média, surpreendeu pela positiva.”

João Queiroz

Banco Carregosa

Winners e laggers

No plano empresarial, também há motivos para pegar o touro pelos cornos. Algum do otimismo dos investidores em relação às cotadas está de regresso. Ou, pelo menos, a reputação do mercado nacional parece ter superado o trauma que foram as falências em catadupa do império Espírito Santo e Banif e ainda o caso da Portugal Telecom.

O próprio índice registou alguns ajustamentos nos últimos meses. Saiu o BPI depois da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank, entraram dois novos sócios para o PSI-20: Novabase e Ibersol.

Albino Oliveira, gestor de ativos da Patris Investimentos, nota que há um “regresso da confiança por parte dos investidores a algumas cotadas do PSI-20”. De facto, empresas como Mota-Engil, Navigator, Corticeira Amorim e Pharol têm estado em plena evidência na principal montra do mercado português: desde meados de novembro as ações acumulam ganhos entre 40% e 50%. Em relação à Novabase, a tecnológica liderada por Luís Paulo Salvado só chegou ao PSI-20 em março e o primeiro mês foi pautado por alguma ausência do mercado.

Winners da bolsa

Fonte: Bloomberg (valores em %)

Em sentido contrário, Nos Montepio e CTT não conseguiram aproveitar o sentimento mais favorável que o mercado português tem evidenciado desde novembro e são as exceções na bolsa nacional, enquanto REN e BCP têm estado aquém do desempenho do PSI-20, ainda assim mantendo-se em terreno positivo.

Importa salientar, porém, que o banco liderado por Nuno Amado valoriza aproximadamente 25% desde o início do ano. “Está a beneficiar do comportamento do setor na Europa, mas o desempenho traduz também uma maior confiança dos investidores relativamente ao balanço da instituição após a realização do aumento de capital”, argumenta Albino Oliveira. O BCP apresenta contas trimestrais esta segunda-feira após o fecho da bolsa.

Laggers da bolsa

Fonte: Bloomberg (valores em %)

Os riscos

O apetite no mercado nacional existe e pode durar, admitem os especialistas consultados pelo ECO. Mas este sentimento pode mudar de forma brusca a qualquer momento. E o touro vai embora.

“Por exemplo, uma deterioração no enquadramento económico, tendo em conta as atuais elevadas expectativas. Os indicadores de sentimento e atividade registaram nos últimos meses uma forte subida. Por outro lado, o movimento nas yields portuguesas foi também já bastante significativo…”, lembra Albino Oliveira. “Uma inversão no movimento (mesmo que temporária) em ambos os casos poderia ter um impacto negativo”, frisa o responsável.

"Uma inversão no movimento (mesmo que temporária) económico ou dos juros poderia ter um impacto negativo na bolsa portuguesa.”

Albino Oliveira

Patris Investimentos

Para João Queiroz, as maiores preocupações que enfrenta a bolsa nacional neste momento são sobretudo exportadas. “No fundo, temos sempre receio de uma crise sistémica do setor bancário, de um resultado inesperado de processos eleitorais (dentro de um mês haverá três processos eleitorais), de um cisne negro ou de uma das dez bolhas dos EUA suscitar preocupações relevantes”, elenca o gestor do Banco Carregosa.

Seja como for, o touro chegou à bolsa portuguesa e parece estar bem alimentado. Olé, touro lindo!

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Pharol reduz prejuízos em 89%

A Pharol fechou o ano de 2016 com 75,1 milhões de euros de prejuízos, valor que compara com os 694 milhões de euros de prejuízos registados em 2015. É um corte de 89% nas perdas.

A Pharol fechou o ano de 2016 com um resultado líquido negativo de 75,1 milhões de euros, valor que compara com os prejuízos de quase 694 milhões de euros registados no exercício do ano de 2015. A empresa de Luís Palha da Silva reduz, assim, as perdas em mais de 89%. No decurso do ano, a empresa reduziu custos operacionais em 57%, de 16,2 milhões de euros para sete milhões de euros.

No final do ano passado, a antiga holding da PT detinha uma participação maioritária de 27,2% no capital da Oi, que está em processo de recuperação judicial no Brasil. Detinha ainda opções de compra sobre ações ordinárias e preferenciais da Oi. E, claro, 897 milhões de euros em instrumentos de dívida da Rioforte, sociedade do Grupo Espírito Santo (GES).

Recorde-se que, no ano passado, a Pharol reviu em baixa o montante que espera recuperar deste polémico investimento, o que já tinha feito uma vez no passado. As perspetivas mantinham-se em dezembro de 2016, o que significa que a Pharol ainda espera reaver 9,56% desse valor, isto é, 85,8 milhões de euros.

Assim, os prejuízos são justificados pela empresa, sobretudo, com uma perda de 48,7 milhões de euros com essa revisão em baixa, com os gastos operacionais, com uma desvalorização da opção de compra sobre ações da Oi em 5,1 milhões de euros e com uma perda líquida do investimento na operadora brasileira de 13,2 milhões de euros.

Por volta das 9h40 desta sexta-feira, as ações da Pharol PHR 0,00% estavam a cair 3,63% para 24 cêntimos. É a quarta sessão consecutiva de perdas, com derrapagens em torno dos 6%.

Oi: Pharol quer AG de credores no terceiro trimestre deste ano

Em comunicado, Luís Palha da Silva indica que há “uma aparente vontade de todos” os stakeholders da Oi para que “se chegue a um entendimento no mais breve espaço de tempo”. E refere que a Pharol “fará tudo o que estiver ao seu alcance para que, de acordo com o calendário indicado, seja possível realizar a assembleia geral de credores ainda no terceiro trimestre deste ano”, avançou.

"A Pharol, como maior acionista da Oi, fará tudo o que estiver ao seu alcance para que, de acordo com o calendário indicado, seja possível realizar a assembleia-geral de credores ainda no terceiro trimestre deste ano.”

Luís Palha da Silva

Presidente executivo da Pharol

O presidente executivo da Pharol, Luís Palha da Silva, não esconde ainda que a empresa está “insatisfeita com o ritmo a que se tem desenrolado o processo de falência” da Rioforte. “[A Pharol] irá envidar esforços suplementares para obter resultados mais concretos em prazos razoáveis”, indica.

Para 2017, a cotada portuguesa irá prosseguir com “os esforços de contenção de custos” e procurar novamente registar uma “forte redução” desses gastos.

Assembleias-gerais a 26 de maio

A empresa convocou também duas assembleias-gerais de acionistas para 26 de maio, em Lisboa, uma relativa à eleição de novos membros para o triénio 2015-2017 e a outra sobre os resultados da empresa em 2016.

Em comunicado divulgado na Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM), a Pharol convocou os acionistas para uma assembleia-geral extraordinária para as 10h de dia 26 de maio, com o objetivo de deliberar sobre a eleição dos membros da mesa da Assembleia Geral e do vogal do Conselho Fiscal Suplente para completar o mandato relativo ao triénio 2015-2017. Nesta reunião magna, deverá ainda deliberar sobre a ratificação da cooptação do administrador José Manuel Melo da Silva para completar o mandato em curso (2015-2017).

Convém lembrar que em março foi anunciada a renúncia de Rafael Luís Mora Funes aos respetivos cargos de membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Pharol, designação assumida pela antiga PT SGPS na sequência da venda da PT Portugal à Altice, tendo sido substituído por João do Passo Vicente Ribeiro no primeiro cargo.

Em 27 de março, foi também comunicado que o Conselho de Administração deliberou atribuir as competências de administrador delegado ao presidente, Luís Palha da Silva. Depois de deliberarem sobre estas matérias relacionadas com o modelo de governance da empresa, os acionistas prosseguem para uma segunda reunião magna anual, onde a ordem de trabalhos se prende com os resultados de 2016.

Os acionistas vão deliberar sobre os relatórios de gestão, o balanço e as contas individuais, assim como as contas consolidadas relativos ao exercício de 2016. Além disso, vão deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados, a apreciação geral da administração e da fiscalização da sociedade e a declaração da Comissão de Vencimentos relativa à política de remunerações dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização da sociedade.

Caso as assembleias gerais não possam deliberar sobre algum dos pontos da ordem de trabalhos, por falta de representação do capital exigido para o efeito, os acionistas são convocados para se reunirem dia 12 de junho de 2017, com as mesmas ordens de trabalhos.

(Notícia atualizada às 13h13 com mais informação)

Gráfico: Cotação da Pharol em tempo real

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Pharol cai 19% com a falência dos veículos financeiros da Oi na Holanda

  • Lusa
  • 20 Abril 2017

A justiça aprovou os recursos dos credores da Oi e determinou a falência dos veículos da operadora na Holanda. Entre eles, está Portugal Telecom International Finance. Pharol cai já 19%

A Oi, cujo principal acionista é a Pharol PHR 0,00% , informou hoje que o tribunal holandês aprovou os recursos interpostos por credores, determinando a falência dos veículos financeiros da operadora brasileira na Holanda. Com a notícia, as ações da Pharol estão em queda livre, derrapando 18,58% para os 0,276 euros.

“A Corte de Apelação Holandesa, em Amesterdão, Holanda, deferiu os recursos contra as decisões que haviam rejeitado os pedidos de conversão dos procedimentos de ‘suspension of payments’ [suspensão de pagamentos] relativos a cada um dos veículos financeiros da Oi na Holanda”, lê-se no comunicado da empresa, que se refere à Oi Brasil Holdings Coöperatief UA e à Portugal Telecom International Finance (PTIF), ambas em recuperação judicial.

Ações da Pharol em queda livre esta quinta-feira

Fonte: Bloomberg

O comunicado refere que o tribunal holandês determinou “que tais procedimentos sejam convertidos em procedimentos de falência na Holanda”. O documento explica que as decisões de hoje “estão restritas à jurisdição e lei holandesas, não são definitivas e serão objeto de recurso por parte da Oi Brasil Holdings e PTIF perante a Suprema Corte Holandesa”. A operadora brasileira reitera que a Oi Brasil Holdings e a PTIF “continuam em recuperação judicial no Brasil” e sublinha que “as presentes decisões não têm impacto sobre o dia-a-dia da companhia e suas atividades operacionais”.

“A Oi continua com sua operação saudável e forte atuação comercial, mantendo suas vendas, instalações, manutenção e investimentos”, diz a empresa. Além disso, acrescenta, as discussões sobre a melhor proposta de plano de recuperação judicial com credores, potenciais investidores e outros ‘stakeholders’ (partes interessadas) têm evoluído, de forma a submetê-la à aprovação da Assembleia de Credores, conforme os prazos e regras definidos na legislação.

Segundo a operadora, o objetivo é assegurar uma proposta que garanta a viabilidade operacional e a sustentabilidade da Oi e que atenda a todas as partes interessadas de forma equilibrada, permitindo que a Oi saia mais fortalecida ao final deste processo. A operadora de telecomunicações brasileira Oi entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado porque não conseguiu negociar um total de 65,4 mil milhões de reais (19,5 mil milhões de euros) em dívidas.

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Pharol dá um Oi ao PSI-20

Depois de uma segunda-feira negativa, o PSI-20 ficou hoje na linha de água. A subida de 10% da Pharol levou a praça lisboeta a registar uma ligeira subida de apenas 0,06%.

Contrariando os índices europeus que desceram praticamente todos, a praça lisboeta salvou-se, mas por pouco. Além da Pharol, a Mota Engil também contribuiu para o PSI-20 subir. A construtora nacional abriu em queda, mas deu a volta e fechou a valorizar mais de 3%. As ações do BCP e dos CTT também ajudaram.

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Pharol sobe 10%. PSI-20 acompanha subida, mas por pouco

O PSI-20 escapou à influência negativa das bolsas europeias que fecharam em terreno negativo. A Pharol e a Mota Engil deram um impulso que compensou a queda da Corticeira Amorim, EDP e Galp.

As subidas da Pharol, da Mota Engil, do BCP e dos CTT foram suficientes para travar uma nova descida da praça lisboeta. As descidas da EDP, Galp, Jerónimo Martins e Corticeira Amorim penalizaram o PSI-20 esta terça-feira, levando a bolsa para a linha de água, ainda que positiva. Lisboa contrariou por pouco a desvalorização das bolsas europeias com o Stoxx 600 a fechar em terreno negativo.

A Pharol subiu 10% esta terça-feira atingido os 36,3 cêntimos por ação. Este resultado acontece no dia em que o Ministério Público do Rio de Janeiro decidiu que a recuperação judicial da Oi, onde a Pharol detém uma participação de cerca de 27%, terá apenas um administrador. A escolha recaiu no Escritório de Advocacia Arnoldo Wald. Esta subida da Pharol salvou o PSI-20 do terreno negativo: a praça lisboeta subiu 0,06% para 4.966,73 pontos.

A Mota Engil, que começou esta terça-feira a cair quase 2%, deu a voltar por cima e subiu 3,22% para os 2,18 euros por título. A acompanhar as subidas no índice lisboeta estiveram o BCP (0,11% para os 18,01 cêntimos) e os CTT (0,89% para os 5,09 euros). Contudo, foram várias as empresas que penalizaram o PSI-20 esta terça-feira.

A Corticeira Amorim liderou as perdas com uma queda de 1,58% para os 10,59 euros por título. A EDP (-0,5% para os 3,16 euros), a Galp (-0,24% para os 14,53 euros) e a Jerónimo Martins (-0,51% para os 16,67 euros) contribuíram também para aproveitar a praça lisboeta das suas pares europeias. Apesar disso, o PSI-20 ficou na linha de água e escapou à descida verificada praticamente em toda a Europa. O Stoxx 600 caiu 0,01%.

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Oi: Credores portugueses admitem processar bancos que venderam obrigações

  • Lusa
  • 24 Março 2017

Na semana em que se conheceram ajustes ao processo de recuperação judicial da Oi, uma centena de obrigacionistas portuguesas admite agora processar os bancos que venderam os títulos.

Uma centena de obrigacionistas portuguesas da Oi/PT, com créditos de cerca de 14 milhões de euros, estima perder metade do investimento que fizeram na compra das dívidas com o plano de recuperação proposto pela empresa e admitem avançar judicialmente.

“A única alternativa é exigir o pagamento dessas perdas aos bancos que, em Portugal, venderam essas obrigações e/ou têm a custódia desses títulos”, lê-se no ‘site’ da Candeias&Associados, a sociedade de advogados que representa este grupo de credores. Existem assim, segundo a Candeias&Associados, “fortes argumentos” para que o valor do investimento em risco possa ser recuperado, “no limite, com ações judiciais contra esses bancos”.

Na nota, a sociedade de advogados lembra que a Oi comunicou que vai apresentar junto do tribunal da 7ª vara do Rio de Janeiro, no Brasil, uma proposta de alteração do plano de recuperação judicial. Essa proposta consiste, em linhas gerais, no seguinte: os obrigacionistas podem optar por converter as obrigações em ações (até um limite de 38%), uma parte de imediato e outra parte em três anos (opção A) ou por não o fazer (opção B).

Segundo a Candeias&Associados, a nova proposta não faz referência à dívida em euros, mas a sociedade admite que, tal como previa o plano inicial, quando a dívida era representada em dólares norte-americanos também o seria em euros. Por outro lado, alerta, quem optar pela conversão terá de o fazer aceitando os títulos (ações e novas obrigações) em reais, pelo que “quem optar por tal solução tem de admitir o risco cambial da operação”.

Como a dívida total da Oi é de cerca de cerca de 14 mil milhões de euros, “com tudo somado, a nova proposta, no fundo, prevê um ‘hair cut’ de cerca 50%”, conclui.

A operadora de telecomunicações brasileira Oi entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado porque não conseguiu negociar um total de 65,4 mil milhões de reais (19,5 mil milhões de euros) em dívidas. A empresa portuguesa Pharol (antiga PT SGPS) detém 27% as ações da Oi.

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