Advocatus: 1ª edição powered by ECO

A Advocatus - na sua 91ª edição mas a primeira sob a chancela editorial do ECO - chega esta semana aos leitores. Opinião de Francisca Van Dunem e Pedro Siza Vieira são alguns dos destaques.

Protagonistas e alguns dos principais temas da atualidade na Justiça estão em destaque na mais recente edição da Advocatus que esta semana chega aos leitores. É também a primeira sob chancela editorial do ECO. Conheça a capa em primeira mão.

Nesta edição – a 91ª da revista mas a primeira powered by ECO – revelamos já um pouco do que aí vem, que conta com muita opinião, mas também com entrevistas e análise de temas:

  • Opinião da ministra da Justiça Francisca Van Dunem em que é feito um balanço do funcionamento e reforma dos Tribunais Administrativos e Fiscais;
  • Opinião do agora ministro Adjunto Pedro Siza Vieira, sobre o novo regime de capitalização das empresas, no qual esteve envolvido durante 18 meses;
  • Opinião de José Eduardo Martins em que fala da sua dupla vertente político/advogado;
  • O tema de capa: nova lei de branqueamento de capitais que divide advogados e Governo no que toca ao dever de comunicação da classe às autoridades judiciárias em caso de suspeitas de lavagem de dinheiro ou financiamento do terrorismo;
  • Entrevista com o bastonário Guilherme de Figueiredo com destaque para temas como o Pacto de Justiça, não pagamento da quotas e ainda a Caixa de Previdência de Advogados e Solicitadores;
  • Os bastidores do ‘Negócio do Mês’: a venda do Novo Banco ao fundo Lone Star e as suas principais implicações jurídicas;
  • Reportagem da 9ª edição do Rock ‘n’ Law: oito bandas em palco para ajudar os sem abrigo;
  • Quem são os advogados da Operação Marquês?

Esperamos que gostem desta nova vida da Advocatus, sob a direção editorial do ECO.

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Carlos Manuel Mourato Nunes é o novo presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil

Audição da Comissão Nacional de Proteção Civil está agendada para amanhã às 12h00. Mourato Nunes vem assim ocupar o cargo de Joaquim Leitão, que apresentou a demissão no mesmo dia da ex-ministra.

Carlos Manuel Mourato Nunes é o novo presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, anunciou este domingo, em comunicado, o ministro da Administração Interna.

“O ministro da Administração Interna vai agora desencadear os procedimentos tendo em vista a sua nomeação, concretamente a audição da Comissão Nacional de Proteção Civil, amanhã, dia 6 de novembro, pelas 12h00”, refere o mesmo comunicado enviado às redações.

O ministro da Administração Interna vai agora desencadear os procedimentos tendo em vista a sua nomeação, concretamente a audição da Comissão Nacional de Proteção Civil, amanhã, dia 6 de novembro, pelas 12h00.

Comunicado do ministro da Administração Interna

O tenente-general Carlos Manuel Mourato Nunes ao longo da sua carreira, “prestou serviço em várias unidades do Exército e nas Forças de Segurança”, e também “desempenhou cargos de direção de alto nível na Administração Pública”. Foi diretor do Instituto Geográfico do Exército, entre 1993 e 1999, e presidente do Instituto Geográfico Português, entre 2002 e 2003, altura em que foi promovido a tenente-general e assumiu as funções de Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana, até 2008, refere o comunicado.

No currículo do novo presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil está ainda uma licenciatura em Ciências Militares e Engenharia Geográfica e uma passagem pelo Instituto de Altos Estudos Militares, onde concluiu o Curso de Oficial General e o Curso Geral de Comando e Estado-Maior.

Carlos Manuel Mourato Nunes vem assim ocupar o cargo de Joaquim Leitão, que apresentou a demissão no mesmo dia que Constança Urbano de Sousa (a ex-ministra da Administração Interna, agora substituída por Eduardo Cabrita), apesar de a sua saída só ter sido conhecida no dia a seguir. O coronel Joaquim Leitão foi o responsável escolhido para substituir Grave Pereira na presidência da ANPC, em outubro de 2016. Grave Pereira demitiu-se por falta de confiança de Constança Urbano de Sousa, após ser conhecido o relatório da Inspeção Geral da Administração Interna que lhe apontou a violação do dever de zelo no processo de transferência dos helicópteros Kamov para a Everjets.

Segundo uma carta de despedida aos trabalhadores a que o Público (acesso condicionado) teve acesso, Joaquim Leitão lamentou o “tribunal da opinião pública” de que foi alvo. “Durante meses o tribunal da opinião pública julgou-nos de forma inclemente. O silêncio que a lealdade institucional nos obrigou acabou por nos sujeitar àquela provação. Portanto, considerei que bastava”, lê-se na carta, onde também diz carregar “a enorme mágoa destas tragédias”. “A história encarregar-se-á, com certeza, de mostrar aos vindouros que a realidade que fizeram crer ao grande público não é verdadeiramente real”, frisa.

Recorde-se que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, determinou à Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) a realização de uma auditoria à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), na sequência dos incêndios de outubro de 2017, para apuramento de eventuais responsabilidades.

(Notícia atualizada às 18:06 com a carta de Joaquim Leitão)

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Miranda Calha defende reforço da participação da Defesa e Forças Armadas no combate aos fogos

  • Lusa
  • 5 Novembro 2017

Miranda Calha considera que o que faltou no combate aos incêndios de junho e de outubro, que provocaram mais de cem mortos, foi "comando e controlo".

O deputado do PS Miranda Calha defende que as consequências dos incêndios em Portugal mostraram a urgência de reforçar a participação da Defesa e das Forças Armadas nas áreas da Segurança, considerando que faltou “comando e controlo”.

“Os acontecimentos que tiveram lugar em Portugal demonstram a necessidade de um reforço da participação da Defesa nas áreas da Segurança. Quando falamos de incêndios não é só a calamidade em si, é uma situação que coloca problemas críticos de segurança em termos nacionais”, afirmou.

Os acontecimentos que tiveram lugar em Portugal demonstram a necessidade de um reforço da participação da Defesa nas áreas da Segurança. Quando falamos de incêndios não é só a calamidade em si, é uma situação que coloca problemas críticos de segurança em termos nacionais.

Miranda Calha

Deputado do PS

Em entrevista à agência Lusa, o deputado socialista, eleito sucessivamente desde a Constituinte e que já ocupou a secretaria de Estado da Defesa, considerou que o que faltou no combate aos incêndios de junho e de outubro, que provocaram mais de cem mortos, foi “comando e controlo”.

O que é que faltou naquelas situações? Resume-se a duas palavras, comando e controlo“, disse, acrescentando que o combate a incêndios com as características dos que assolaram o país “é no fundo quase que uma verdadeira operação militar e deve ser considerada num contexto deste género”.

Para Miranda Calha, o que não pode acontecer é o esforço de cooperação e “colaboração efetiva” entre Defesa e Segurança ser posto em causa por “bloqueios de relacionamento” entre “departamentos do Estado”. O Estado “não é um conjunto de feudos, é um organismo único que tem diversas missões” e “não deve haver uma espécie de bloqueio no relacionamento entre os departamentos”, sublinhou.

Miranda Calha defendeu que o Conselho Superior de Defesa Nacional deveria evoluir para um Conselho Superior de Segurança e Defesa e que a lei que institui um “gabinete de crise” na dependência do primeiro-ministro, criada em 2004, devia ser “revisitada”, considerando que fazia sentido que, numa “situação de emergência” como o foram os incêndios, pudesse ser ativado. “Não temos outro caminho se não ir por aí, aqui há implicações constitucionais, a Constituição da República prevê um Conselho Superior de Defesa Nacional, mas temos de pensar que este Conselho deve progredir no sentido de um Conselho de Defesa e de Segurança”, advogou.

“A nossa Constituição prevê uma atuação que tem a ver com ameaças externas, mas as questões que se colocam hoje, terrorismo, ataques cibernéticos”, compagina uma nova realidade, disse. O deputado sugeriu que fosse “recomposto um organismo que existiu, o conselho de planeamento civil de emergência”, mas cujas atribuições e objetivos acabaram por “ser dispersos” na Autoridade Nacional de Proteção Civil.

“São as próprias populações que falam, por que é que a Força Aérea não atua. São as populações. Um Estado previdente como o nosso devia, obviamente, já ter tido uma antevisão em relação a essas perspetivas”, disse. Para o deputado socialista, uma maior participação das Forças Armadas no combate aos incêndios significa que, “obviamente”, as “Forças Armadas precisarão de ser dotadas dos seus equipamentos e, certamente, das condições adequadas para desenvolver essas atividades”.

Os incêndios florestais já provocaram este ano mais de 100 mortos, 64 dos quais resultaram do fogo que deflagrou em 17 de junho em Pedrógão Grande. Quarenta e cinco mortos resultaram dos fogos que deflagraram em 15 de outubro em várias regiões da zona Centro.

No passado dia 21, o primeiro-ministro anunciou que, na prevenção e combate a incêndios, as Forças Armadas vão ter um papel reforçado no apoio de emergência, ao nível do patrulhamento, e que caberá à Força Aérea a gestão e operação dos meios aéreos.

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Bem-estar

  • ADVOCATUS + CUSHMAN & WAKEFIELD
  • 5 Novembro 2017

Um inquérito recente revela que 76% dos colaboradores não estão satisfeitos com as condições do seu local de trabalho.

Excluindo o pequeno Estado do Butão que mede o seu desempenho por um conceito que designa como Felicidade Interna Bruta, o resto do mundo, dos Estados às empresas, usa métricas economicistas para avaliar o nível de riqueza gerado.

Olhando à escala planetária e considerando o valor médio desde o início dos anos 80 de 5,6% de PIB, as coisas não parecem assim tão mal, no entanto se analisarmos dados relacionados com o envelhecimento da população que em 2030 constará com 18% de activos com mais de 55 anos, que no Ocidente actualmente mais de metade das pessoas tem peso a mais e que dois terços das mortes é provocada por doenças que poderiam ter sido prevenidas, a fotografia muda um pouco de cor.

Voltando às análises economicistas, os custos de saúde relacionados com stress no trabalho nos EUA ascendem a 300 mil milhões de dólares e na Europa a 650 mil milhões.

Em 2020 espera-se que a depressão seja a segunda causa de morte.

Um inquérito recente revela que 76% dos colaboradores não estão satisfeitos com as condições do seu local de trabalho e que em muitos edifícios a qualidade do ar condicionado é muito pior que a qualidade do ar exterior.

Só nos anos 50 do século passado se começaram a publicar estudos sobre o bem-estar no trabalho e nos anos 80 algumas empresas se começaram a preocupar e a agir relativamente a este assunto.

A Gallup produziu um inquérito que indica que empresas com colaboradores satisfeitos e motivados têm em média menos 37% de absentismo, acréscimos de 21% na produtividade e 10% menos de clientes insatisfeitos.

É evidente que este bem-estar não passa apenas pelo espaço físico, mas pegando neste vector que tem um impacto considerável, a cultura que dominou foi de predominância dos critérios de localização, dimensão e custo.

Mais recentemente, algumas empresas apostaram seriamente na qualidade e conforto dos seus escritórios, tendo em vista a atracção e retenção dos melhores talentos. Seguramente que com a maior disponibilidade de estudos da matéria e a ascenção aos cargos de decisão de uma geração que coloca, para além do financeiro, diversos vectores nas suas escolhas profissionais, se assiste a uma mudança gradual de mentalidades e práticas.

Quando uma empresa vive no limite da sobrevivência e olhando a um tecido empresarial maioritariamente micro, percebe-se que a sensibilidade e a disponibilidade para estes assuntos tende a diminuir. Terá que ser uma vaga gerada do lado da oferta, que só acontecerá se a procura for informada e exigente.

Neste particular o sector legal em Portugal tem estado muitas vezes na vanguarda. Não é preciso recuar muitos anos para associarmos um escritório de advogados a um espaço muito compartimentado, bem alcatifado e com muita madeira a revestir as paredes.

São notícias recentes os projectos inovadores de algumas sociedades de advogados que ousaram sair das zonas tradicionais, para imóveis convertidos de outros usos e com uma arquitectura que joga com a volumetria, amplitude dos espaços e transparências de uma forma surpreendente.

A escassez de espaço disponível, o aumento dos preços no centro da cidade e a transformação enorme que a cidade de Lisboa tem sofrido, não são alheias a esta abertura.

É uma afirmação perante os clientes e os concorrentes mas revela também um cuidado especial com o conforto dos seus recursos humanos.

Será um exercício interessante, avaliar dando o tempo suficiente, o grau de satisfação e o impacto nos números destas sociedades, desta estratégia que seguramente se replicará noutros sectores.

Artigo desenvolvido por Carlos Oliveira, Partner, Diretor do Departamento de Escritórios da Cushman & Wakefield

Nota: Os dados referidos neste artigo foram maioritariamente retirados do estudo “Well Work Place” produzido pela Cushman & Wakefield

 

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Milionário príncipe saudita Alwaleed bin Talal entre dezenas de detidos por corrupção

  • Lusa
  • 5 Novembro 2017

Alwaleed bin Talal é um dos homens mais ricos do Médio Oriente, detendo investimentos no Twitter, na Apple, no Citigroup, na News Corporation de Rupert Murdoch, na cadeia hoteleira Four Seasons.

O milionário príncipe Alwaleed bin Talal figura entre as dezenas de detidos na noite de sábado na Arábia Saudita no âmbito de uma vasta investigação anticorrupção que também incide sobre antigos e atuais ministros.

A detenção de Alwaleed bin Talal foi avançada por um alto funcionário da King Holding Company, que o príncipe saudita preside, que falou à agência de notícias norte-americana Associated Press (AP) sob condição de anonimato.

Alwaleed bin Talal é um dos homens mais ricos do Médio Oriente, detendo investimentos no Twitter, na Apple, no Citigroup, na News Corporation de Rupert Murdoch, na cadeia hoteleira Four Seasons e mais recentemente na Lyft.

Também é conhecido por ser dos membros da realeza saudita mais frontais, defendendo há muito mais direitos para as mulheres. É também o acionista maioritário do popular Grupo Rotana de canais árabes.

As cotações da Kingdom Holding Company, sociedade internacional de investimento detida em 95% por Al-Walid bem Talal, caíram 9,9% na abertura de hoje, no dia seguinte à sua presumível detenção. O índice Tadawul All-Shares (Tasi), da bolsa mais importante dos países árabes, caiu igualmente 1,6% apenas um minuto depois da abertura, na sequência da detenção de príncipes e de dezenas de ministros numa purga sem precedentes na Arábia Saudita. Segundo o regulamento da bolsa saudita, as ações não podem baixar mais de 10% numa sessão.

Até ao momento, o Governo saudita apenas anunciou que foi lançada uma investigação anticorrupção, mas os ‘media’ estatais reportaram que dezenas de príncipes e antigos e atuais ministros foram detidos, embora sem os identificar.

Segundo a cadeia de televisão Al Arabiya, pelo menos 11 príncipes, quatro ministros e “dezenas” de ex-ministros foram detidos na noite de sábado na Arábia Saudita por ordem de um comité anticorrupção criado horas antes pelo rei Salman bin Abdulaziz. Este comité, dirigido pelo príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman, tem como missão investigar casos de corrupção detetados no reino, segundo informou ainda antes da notícia das detenções a agência oficial SPA. O novo organismo tem o poder de emitir ordens de detenção e de proibição de viajar para o estrangeiro, além de poder congelar bens dos investigados e adotar outras medidas preventivas ainda antes de os casos chegarem a tribunal.

Ao mesmo tempo que criava o novo comité anticorrupção, o rei Salman anunciava alterações significativas nas autoridades do reino: destituiu o responsável da Guarda Nacional, o comandante da Armada e o ministro da Economia.

Contas congeladas

As contas bancárias de personalidades sauditas detidas por alegada corrupção serão congeladas e objeto de investigação, enquanto os bens passam para o Estado, anunciou este domingo o Ministério da Informação de Riade.

“Todos os bens e propriedades ligados a estes casos de corrupção serão registados como propriedade do Estado”, escreveu o Ministério na sua conta oficial, na rede social Twitter. Todos os bens “resultantes de corrupção serão restituídos ao Estado”, especifica.

Todos os bens e propriedades ligados a estes casos de corrupção serão registados como propriedade do Estado.

Ministério da Informação de Riade

O Ministério precisou que as transações e as transferências bancárias “serão interditas” a todas pessoas e instituições abrangidas pelos inquéritos, “qualquer que seja o seu estatuto”.

Notícia atualizada

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Catarina Martins: “As cativações não podem servir para cumprir com Bruxelas e falhar com os parceiros”

  • Lusa
  • 5 Novembro 2017

Catarina Martins defende que é "importante alterar" o regime simplificado que, "tal como está, prevê uma dedução à cabeça sobre os rendimentos" presumindo despesa que as pessoas não têm de provar.

A líder do BE, Catarina Martins, disse esperar que, na próxima legislatura, “o país esteja preparado para muito mais do que acordos de mínimos”, o que permitiria, a seu ver, “medir a força” das propostas bloquistas. Além disso, defende que “as cativações não podem servir para cumprir com Bruxelas e falhar com os parceiros”.

“Espero que depois desta legislatura o país esteja preparado para muito mais do que acordos de mínimos”, afirmou Catarina Martins em entrevista ao Diário de Notícias/TSF, hoje divulgada, quando questionada sobre a possibilidade de um acordo semelhante ao feito em 2015 entre o PS (com maioria), o BE e o PCP.

A bloquista notou que este foi “um acordo de mínimos para parar o empobrecimento em Portugal ou seja, recuperar rendimentos que tinham sido muito atacados, para o processo de privatizações, segurar o país”, para o qual o BE foi “pressionado por condições muito específicas”.

“Não é um acordo sobre uma mudança estrutural, porque o PS faz parte do consenso europeu com o PSD e o CDS, e nem o BE tem votos para fazer uma mudança estrutural da economia nem o PCP”, acrescentou.

Por isso, defendeu a alteração do paradigma: “É termos programas e apresentarmo-nos com eles aos eleitores e medindo a força das nossas propostas que depois se pode compreender qual é a relação de forças que existe na política e fazer o que for necessário e que vale a pena do ponto de vista político pelas condições concretas de vida no país”.

É termos programas e apresentarmo-nos com eles aos eleitores e medindo a força das nossas propostas que depois se pode compreender qual é a relação de forças que existe na política e fazer o que for necessário e que vale a pena do ponto de vista político pelas condições concretas de vida no país.

Catarina Martins

Líder do BE

Falando sobre o Orçamento do Estado para 2018, Catarina Martins vincou que o documento deverá ser alterado para permitir que “as cativações sejam um instrumento de gestão do Governo para garantir a solidez das contas públicas ao longo do ano” e não “um instrumento de gestão que desvirtue o acordo que foi feito sobre a despesa no investimento público”.

A responsável destacou também a necessidade de “resolver a questão do corte de 10% no subsídio de desemprego”, partilhando a ideia do Provedor de Justiça, que alertou o Parlamento para um “ataque aos direitos dos desempregados que não podia continuar”.

Já quanto à questão dos recibos verdes, sustentou na entrevista que, da forma como está previsto, o regime simplificado é “uma ótima forma de aumentar a economia informal e portanto, a fraude e a evasão fiscal”, nomeadamente em áreas como o alojamento local e a restauração.

“O regime, tal como está, prevê uma dedução à cabeça sobre os rendimentos que presume despesa, mas as pessoas não têm de provar que tiveram a despesa”, observou, sublinhando que “é importante alterar isso”.

Outro dos assuntos em cima da mesa foi a atuação do Presidente da República sobre os incêndios de julho e outubro na região Centro, com Catarina Martins a considerar que “o Presidente da República compreendeu que havia uma população em absoluto estado de choque com o que se passou e a precisar de proximidade”.

O Presidente da República compreendeu que havia uma população em absoluto estado de choque com o que se passou e a precisar de proximidade.

Catarina Martins

Líder do BE

A bloquista recusou, por isso, qualquer choque com o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, que gerou polémica: “O discurso não é exatamente o mesmo que estar perto das populações. Não fiquei chocada porque seria o discurso que se esperaria do Presidente naquele contexto, julgo eu. Quem tem acompanhado a intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa não ficará chocado”.

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Do IRS às contribuições: muda tudo para os recibos verdes?

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 5 Novembro 2017

O Governo quer apresentar este ano o novo regime contributivo dos recibos verdes. E o Orçamento do Estado prevê introduzir mudanças no regime simplificado. O que vem aí?

2018 vai ser o ano de todas as mudanças para os recibos verdes? O novo regime contributivo já está prometido há algum tempo mas ainda não chegou ao terreno. O Governo já disse que quer apresentar as novas regras ainda este ano, mas não há pormenores quanto a prazos de entrada em vigor. As mudanças estão em negociação e pretendem aproximar os descontos destes trabalhadores aos seus rendimentos mais recentes e ajustar a proteção social.

Mais recentemente, os recibos verdes ficaram a saber que também haveria mudanças no regime simplificado de IRS. Elevanta já em janeiro, uma vez que a medida está prevista no Orçamento do Estado para 2018. Se as alterações avançarem como estão há trabalhadores independentes que terão de apresentar despesas para garantir o atual nível de dedução. Mas, entretanto, o primeiro-ministro já admitiu fazer alterações à proposta, reconhecendo que a formulação atual levanta problemas.

O Governo garante que nenhuma destas medidas pretende aumentar os encargos dos trabalhadores independentes. Enquanto o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais defende que não haverá aumento de impostos, o ministro do Trabalho garante que “tudo” fará para que “não aumente a carga contributiva”. Já a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, admite que “é completamente impossível dizer que não há aumento para alguns”. Uma constatação que marcou grande parte do primeiro dia de debate que antecedeu a aprovação do Orçamento do Estado na generalidade.

O que muda então? Nada está fechado, mas há linhas gerais que já são conhecidas.

Regime contributivo

O Orçamento do Estado para 2016 já admitia mudanças no regime contributivo dos trabalhadores independentes, que não chegaram ao terreno. Este ano, a lei prevê uma autorização legislativa que o Governo já disse que quer concretizar.

O desenho específico das mudanças ainda não está fechado mas, há um ano atrás, o Bloco de Esquerda revelava que tinha chegado a acordo com o Governo num conjunto de alterações. O que já se sabe?

Contribuições. Os descontos dos trabalhadores independentes deverão ter por base um rendimento relevante mais recente. “O que está equacionado neste momento é olhar para os últimos três meses — os três meses anteriores determinem a contribuição dos três meses seguintes”, afirmou a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, em entrevista ao ECO.

Atualmente, o desconto baseia-se em rendimentos mais distantes. No final do ano, os trabalhadores independentes são enquadrados em escalões contributivos que têm por base o rendimento relevante do ano anterior — em regra, corresponde a 70% do valor total das prestações de serviço ou a 20% dos rendimentos associados à produção e venda de bens (no caso de trabalhadores com contabilidade organizada, corresponde ao lucro tributável quando este é inferior). Conhecido o valor, a Segurança Social posiciona os trabalhadores em escalões que correspondem ao duodécimo daquele rendimento.

A taxa contributiva aplica-se ao valor do escalão. O desconto é de 29,6% para a generalidade dos trabalhadores independentes, 34,75% para empresários em nome individual e 28,3% para produtores agrícolas.

Reduzir descontos. Os trabalhadores independentes têm hoje três oportunidades ao longo do ano para descer ou subir até dois escalões face àquele que lhes foi fixado, descontando assim menos ou mais. Além disto, quando o rendimento relevante anual é inferior a 12 IAS (cerca de 5.055 euros), o trabalhador passa a descontar oficiosamente sobre 50% do IAS (aproximadamente 210 euros), uma espécie de escalão ‘zero’. É sobre este valor que incide depois a taxa.

Dados apresentados pelo ministro Vieira da Silva no Parlamento dão conta de que cerca de 100 mil independentes descontavam, em 2016, pelos dois escalões mais reduzidos e que, por isso, têm direito a uma proteção social “de mínimos”. Cláudia Joaquim já tinha dito, no ano passado, que mais de metade dos trabalhadores independentes estavam enquadrados no escalão ‘zero’.

A opção legislativa é criticada pelo Governo, mas o ministro do Trabalho também já defendeu a existência de “alguma flexibilidade”. De acordo com o Público, a proposta do Governo prevê que o trabalhador possa optar, na declaração trimestral, por aumentar ou diminuir em 20% o valor total da prestação de serviços ou das vendas dos últimos três meses.

Meses sem rendimento. Nos meses sem rendimento, os trabalhadores deverão poder descontar um valor reduzido, até 20 euros, com o objetivo de evitar interrupções na carreira contributiva. Atualmente, os trabalhadores independentes mantêm o nível de desconto (no mínimo cerca de 62 euros) mesmo no período em que não há rendimentos, a não ser que suspendam atividade.

Isenções. Os trabalhadores independentes estão isentos de contribuir num conjunto de situações, nomeadamente quando acumulam recibos verdes com trabalho por conta de outrem em determinadas condições. O Bloco já disse que quer acabar com esta isenção quando estão em causa rendimentos elevados de trabalho independente. A autorização legislativa também prevê novas regras de isenção e de inexistência da obrigação de contribuir, mas ainda não são conhecidos detalhes.

Proteção social. O Governo já disse que quer melhorar a proteção social deste grupo. Atualmente, os trabalhadores independentes só têm direito a subsídio de doença, em regra, após 30 dias de espera e as prestações de desemprego têm regras restritivas.

Entidades contratantes. Atualmente, as chamadas entidades contratantes — responsáveis por 80% dos rendimentos dos trabalhadores independentes não isentos de contribuir — são chamadas a descontar 5% sobre o valor total dos serviços prestados. E estes trabalhadores têm direito a proteção no desemprego em determinadas condições. O Bloco quer aumentar o esforço contributivo das entidades contratantes para que a taxa dos trabalhadores possa recuar. A revisão do regime está na mesa, falta saber em que sentido.

Tendo em conta a nova lógica do regime — que aproxima os descontos ao rendimento relevante mais recente — a secretária de Estado da Segurança Social já afirmou que “é completamente impossível dizer que não haverá aumentos para alguns trabalhadores independentes porque cada caso é um caso”.

Regime simplificado

O regime simplificado de IRS também vai mudar, mas não se sabe exatamente como. Atualmente, e no caso específico dos recibos verdes, o imposto incide sobre 75% do rendimento, sendo os restantes 25% assumidos como despesa (as percentagens variam para outros casos).

Esta lógica deverá mudar. A norma prevista no Orçamento do Estado para 2018, mas que o primeiro-ministro admitiu na quinta-feira alterar, mantém os coeficientes mas, obriga a que nos casos em que é possível conseguir uma dedução superior a 4.104 euros, se apresentem faturas. A redação da norma tem levantado dúvidas, o Governo até já se tinha mostrado disponível para que a redação ficasse mais clara, em sede de especialidade, mas as garantias de só seria necessário apresentar faturas que cobrissem a diferença entre 4.104 euros e 25% do rendimento bruto, para conseguir atingir esta dedução, não chegaram. Fonte oficial das Finanças já revelou que as novas regras só têm efeito em rendimentos acima de 1.600 euros, o que abrange apenas 10% dos poucos mais de um milhão de contribuintes do regime simplificado.

No debate da votação do Orçamento na generalidade ficou clara a oposição tanto da esquerda como da direita à alteração do regime proposto pelo Executivo já que vai implicar um forte agravamento de impostos para alguns grupos de trabalhadores como por exemplo os agricultores. António Costa acabou por admitir que existem problemas abrindo a porta a alterações.

Até aqui, o Governo tinha dito que não haveria aumento de impostos. Em entrevista à TSF, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais questionado sobre os casos em que os trabalhadores não conseguem eventualmente reunir as despesas necessárias respondeu: “Volto a dizer que não acredito que os trabalhadores a recibo verde não tenham 25% de despesas“. Caso contrário, “teríamos vivido uma fraude durante anos”, notou.

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É empreendedor? Não vá ao Web Summit sem estes conselhos

  • ECO
  • 4 Novembro 2017

Como navegar com sucesso a Web Summit? Evite a ansiedade, a frustração e a desilusão com estas seis dicas. Quem as dá são empreendedores para quem esta não é a primeira dança.

Milhares de empreendedores, investidores, jornalistas e interessados voltam a invadir a capital portuguesa, esta segunda-feira. A Web Summit orgulha-se de ser o paraíso da inovação, dos contactos e das oportunidades. Como tirar o maior partido da conferência? O ECO foi ouvir quem anda nestas andanças há mais tempo e traz-lhe seis dicas para navegar em direção ao seu futuro.

1. O melhor caminho para as estrelas

Se quer garantir que o seu orador favorito não lhe escapa, contacte-o logo a seguir à sua comunicação. “Muitos deles acabam por ir embora. A melhor altura para falar com eles é logo depois de saírem do palco”, aconselha Nuno Fonseca, da Sound Particles.

2. Vista a sua startup

A palavra-chave é branding. Cuide, é claro, da sua aparência (não precisa, atenção, de investir num traje formal), mas não se esqueça de tornar a sua empresa memorável. “Uma T-shirt com um logo da startup é sempre boa ideia”, recomendam Raquel Cruz Leal e Marta Sousa Monteiro, da Startup Portugal.

3. Com fome? Evite este horário

“O meu conselho? Que não comam o almoço à uma da tarde. O ano passado tentei fazê-lo e as filas estavam imensas”, explica George Tubalev, da Exaud. Escolha horários menos comuns para reabastecer os mantimentos ou irá desperdiçar demasiado tempo à espera de o fazer.

4. O que acontece no Web Summit fica no Web Summit?

Certifique-se de que a resposta a esta pergunta é um redondo “não”, acompanhando todos os contactos feitos na conferência com emails e conversas posteriores. O conselho é do Gonçalo Farinha, da Drivit, que sublinha também a necessidade de marcar reuniões ainda antes da feira através da app e de ter um bom pitch na ponta da língua.

5. Seja sociável… mas com moderação

Evitar as festas que decorrem depois das portas da FIL e da Altice Arena fecharem é um erro. Quem o diz são as representantes da Startup Portugal. Raquel e Marta recomendam equilíbrio, alertam para que “não beba demasiado” e sublinham que muitos investidores andam por lá.

6. A palavra secreta? Começa por ‘A’

‘A’ de atitude. É isso que, finalmente, vai precisar para se sair bem na maior feira de tecnologia do mundo. Marcelo Sousa, da BeOnit, acredita que “só falando com os participantes” sem timidez ou receios se consegue atingir as metas pretendidas.

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Oi aprova proposta de apoio ao plano de recuperação judicial

  • ECO e Lusa
  • 4 Novembro 2017

A administração da operadora brasileira aprovou a proposta de apoio ao plano de recuperação judicial que será apresentada a todos os acionistas da Oi.

O conselho de administração da operadora de telecomunicações Oi informou este sábado que aprovou, por maioria de votos, a proposta de apoio ao plano de recuperação judicial que será apresentado a todos os detentores de ações da empresa.

Em comunicado enviado ao mercado, o conselho de administração da Oi dá conta de que, dando seguimento às “avançadas negociações”, decidiu aprovar por maioria, apenas com três votos contra, a proposta de apoio ao plano de recuperação judicial (acrónimo em inglês ‘Plan Support Agreement’- PSA).

O conselho de administração decidiu também autorizar que se chegue a um acordo com o Juízo da 7.ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro para que se adie até segunda-feira a apresentação do plano de recuperação judicial, para que se tenha em conta os termos finais do mesmo. A administração autorizou ainda que, a partir da apresentação dos termos finais do plano de recuperação judicial, se faça um esforço para procurar a adesão dos credores.

Na mesma reunião, o conselho de administração, também “aprovou por maioria, com três votos contrários”, a nomeação de Hélio Calixto da Costa e João do Passo Vicente Ribeiro, como diretores sem designação específica, cargos que acumulam com as suas atuais funções no conselho de administração, revela uma nota publicada ao final da tarde de sábado na CMVM.

A assembleia-geral de credores, que inicialmente se realizaria na segunda-feira, foi adiada para sexta-feira, dia 10 de novembro.

(Notícia atualizada às 18h59, com nova informação enviada ao mercado)

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Costa: Orçamento “não é chapa ganha, chapa gasta. É chapa ganha, chapa distribui”

António Costa, primeiro-ministro, respondeu às críticas de que o OE 2018 é "chapa ganha, chapa gasta". E prometeu que as carreiras docentes vão ser descongeladas.

O primeiro-ministro, António Costa, respondeu este sábado às críticas da direita de que o Orçamento do Estado (OE) proposto pelo Governo para o próximo ano não está voltado para o futuro e é “chapa ganha, chapa gasta”. Numa sessão de esclarecimentos no Porto, transmitida pela RTP 3, Costa afirmou: “Não é chapa ganha, chapa gasta. É chapa ganha, chapa distribui e chapa poupa o que é necessário para continuarmos a distribuir amanhã.”

António Costa reconheceu que existem críticas ao documento, acusando-o de não olhar para o futuro, e propôs-se a demonstrar a “falsidade desta acusação”. “Temos como um dos pontos importantes do nosso programa para assegurar a sustentabilidade da Segurança Social a diversificação das suas fontes de financiamento. A direita tinha outra via: cortar nas pensões”, acusou.

O governante foi ainda mais longe e quis desmontar as acusações de que o OE 2018 prejudica as empresas. “Neste OE, temos um conjunto de incentivos fiscais para que as empresas reinvistam os seus lucros em capital próprio. Este não é um orçamento que ignora as empresas. Não. Este é um OE que torna as empresas mais sólidas”, atirou o primeiro-ministro.

E endureceu as críticas à oposição: “Este não é o Orçamento que faz as reformas que a direita gostava de fazer. Se fosse para fazer as reformas que a direita quer fazer, então não valia a pena estar no Governo. Estivesse a direita”, afirmou António Costa. E concluiu: “Nós estamos no Governo para executar o programa com que nos comprometemos para com os eleitores. Este é um Orçamento que aposta nas reformas mais importantes que o país tem para fazer”.

Costa assegura que carreiras docentes vão ser descongeladas

O primeiro-ministro António Costa, assegurou que as carreiras dos professores vão ser descongeladas, tal como “vai acontecer para toda a Administração Pública”, mas isso não significa, para ninguém, que vá existir uma reconstrução da carreira, disse o primeiro-ministro citado pela Lusa.

“O descongelamento vai existir para todas as carreiras na Administração Pública, incluindo para os professores. Os modos de progressão na Administração Pública não são idênticos para todas as carreiras, mas descongelar não significa reconstruir a carreira que as pessoas teriam tido se não tivesse havido congelamento”, frisou Costa, no Porto, alertando para uma “deturpação” que circula sobre afirmações suas sobre docentes e frisando nunca ter dito “que os professores não tinham mérito ou que não eram avaliados por mérito”.

O descongelamento vai existir para todas as carreiras na Administração Pública, incluindo para os professores. Os modos de progressão na Administração Pública não são idênticos para todas as carreiras, mas descongelar não significa reconstruir a carreira que as pessoas teriam tido se não tivesse havido congelamento.

António Costa

Primeiro-ministro

De acordo com o chefe do Governo, “no caso dos professores, 46 mil vão já progredir em 2018 porque já cumprem os requisitos para poderem progredir” e os que não progridem agora “não vão continuar a marcar passo, porque, a partir 1 de janeiro, volta a contar tempo de serviço, ou oportunidade de realizarem ou completarem outros elementos que contam para progressão”.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou na sexta-feira uma greve nacional para 15 de novembro devido ao descongelamento das carreiras e à contagem do todo o tempo de serviço, continuando também em cima da mesa reivindicações relativas a horários de trabalho e a um regime especial de aposentação.

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, contestou declarações do primeiro-ministro na quinta-feira no Parlamento, quando referiu que a progressão dos professores assenta exclusivamente no tempo, enquanto outras carreiras da administração pública têm uma valoração do mérito.

“O primeiro-ministro revelou uma ignorância completa sobre as carreiras dos professores”, declarou Mário Nogueira, acrescentando que os docentes têm avaliação de desempenho, que reconhece ou não o mérito: “A única diferença, face a outras carreiras, é que a nossa carreira não converte em pontos os anos”.

Circula por aí uma deturpação, porque eu não disse que os professores não tinham mérito ou que não eram avaliados por mérito”, frisou hoje António Costa, numa sessão organizada pela Federação Distrital do PS/Porto para esclarecer dúvidas sobre o OE para 2018, cujo debate na generalidade no Parlamento terminou na sexta-feira.

Notícia atualizada com mais declarações de António Costa

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A Web Summit em dez números

  • ECO
  • 4 Novembro 2017

60.000. 1.500. 1.000. 25. Reconhece estes números? Fazem parte do código genético da edição deste ano da Web Summit. A maior feira de tecnologia do mundo está prestes a começar...

Os bilhetes já estão esgotados, os oradores anunciados. A maior conferência de tecnologia do mundo começa já esta segunda-feira, e prolonga-se até 9 de novembro. Está a postos? Estes são os dez números que descrevem ao detalhe a edição deste ano da Web Summit.

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Broadcom prepara oferta de 100 mil milhões pela Qualcomm

A proposta de compra da Qualcomm pela Broadcom poderá estar prestes a ser anunciada, avançou a Bloomberg. O negócio poderá valer 100 mil milhões de dólares e ser o maior no setor da tecnologia.

O negócio da compra da Qualcomm pela gigante norte-americana Broadcom poderá estar mais perto de se realizar do que o inicialmente avançado. De acordo com a agência Bloomberg, a empresa estará a alinhavar uma proposta de compra da fabricante dos processadores do iPhone no valor de 100 mil milhões de dólares, ou 70 dólares por ação. Segundo fontes próximas do processo, a oferta será provavelmente anunciada nos próximos dias.

A confirmar-se, uma fusão da Broadcom com a Qualcomm dará origem à terceira maior empresa do mundo dedicada ao fabrico de chips, ficando apenas atrás das rivais Intel e Samsung Electronics. Será mesmo líder no campo mobile, responsável pelos processadores de mil milhões de smartphones vendidos a cada ano, refere a agência. Um negócio desta envergadura ultrapassa mesmo a compra da EMC pela Dell em 2015, por 67 mil milhões de dólares, até aqui considerada a maior operação de aquisição do setor tecnológico.

Esta sexta-feira, a possibilidade de um negócio entre a Broadcom e a Qualcomm foi uma notícia bem recebida nos mercados. Os títulos da Broadcom valorizaram 5,45% para 273,63 dólares, enquanto os da Qualcomm dispararam 12,71% para 61,81 dólares, a maior subida da empresa desde outubro de 2008. Após esta valorização, a Qualcomm fica avaliada em cerca de 92 mil milhões de dólares.

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