Cristas: Subida do rating é trabalho “de dois Governos”

  • Lusa
  • 16 Setembro 2017

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, disse este sábado que a melhoria do rating português é "o reconhecimento de um trabalho de seis anos, ou seja, de dois Governos".

A presidente do CDS-PP saudou a subida de ‘rating’ de Portugal pela agência de notação financeira Standard and Poor’s como reconhecimento do trabalho de dois governos e do esforço dos portugueses, ressalvando que já podia ter acontecido.

“É o reconhecimento de um trabalho de seis anos, ou seja, de dois governos, mas essencialmente do esforço de todos os portugueses. Hoje todos os portugueses podem sentir que o seu esforço foi reconhecido por esta agência, era bom que tivesse sido reconhecido antes, teria havido, porventura, condições para ser reconhecido antes”, defendeu Assunção Cristas.

A líder centrista argumentou que com “uma trajetória de redução da dívida” e “estabilidade nas políticas” esta subida poderia ter sido antecipada, sublinhando igualmente que a agência defendeu a manutenção da reforma laboral.

Assunção Cristas falava aos jornalistas no mercado de Benfica, em Lisboa, numa ação de pré-campanha da sua candidatura à Câmara da capital, encabeçando da lista da coligação “Pela Nossa Lisboa” (CDS-PP/MPT/PPM).

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Esquerda desvaloriza subida do rating nas negociações do Orçamento do Estado

  • Lusa
  • 16 Setembro 2017

Catarina Martins disse que o BE não negociará o Orçamento do Estado tendo em conta a melhoria do rating. Jerónimo de Sousa preferia que o país assumisse a "soberania no plano económico e monetário".

A coordenadora do BE, Catarina Martins, assegurou que o partido não fará as negociações do Orçamento do Estado tendo em conta as posições das agências de ‘rating’, mas sim para prosseguir um “trabalho equilibrado de recuperação de rendimentos”. Durante uma ação de pré-campanha no mercado de Tires, concelho de Cascais, Catarina Martins foi de novo questionada sobre a decisão da subida do ‘rating’ de Portugal por parte da Standard and Poor’s (S&P), conhecida na sexta-feira.

“As agências de ‘rating’ são um instrumento especulativo e portanto nós não faremos as negociações do OE2018 tendo em conta o que dizem as agências de ‘rating’, mas sim tendo em conta prosseguir um trabalho equilibrado de recuperação de rendimentos de salários, pensões, proteção dos serviços públicos, combate à precariedade porque é só isso que poderá dar crescimento económico”, respondeu. Para a líder do BE, não se pode “medir o que o país pode ou não fazer pelas agências de rating”.

Sobre se o BE vai levar o argumento do alívio em relação à dívida pública resultante desta saída do “lixo” para a mesa das negociações orçamentais, Catarina Martins considerou que “todos os alívios são conjunturalmente importantes”, mas o problema “é estrutural e tem que ser resolvido”. “Nós continuamos a ver os níveis da dívida pública muito elevados e sabemos que não as agências que vão resolver esse problema do dia para a noite”, referiu.

Catarina Martins reiterou a posição que já tinha avançado na sexta-feira, numa primeira posição sobre esta subida de ‘rating’. “É bom ler o relatório das agências de rating com atenção até porque têm sempre dado os conselhos errados ao nosso país e é por nós termos feito o contrário que a economia começou a reagir e hoje é considerada inevitavelmente mais forte”, explicou.

Sobre o aviso do primeiro-ministro, António Costa, que em entrevista ao DN defendeu que todos estão cientes que é preciso “continuar a ter rigor nas contas públicas”, a líder bloquista foi perentória: “o rigor para o BE não é um problema, nunca foi. Nós queremos rigor nas contas públicas”. “Falta de rigor foi o que fez a direita quando fez cortes temporários e queriam que eles fossem permanentes, foram PPP’s, foram privatizações a preço de saldo”, criticou.

Para Catarina Martins, rigor nas contas públicas “será uma recuperação de rendimentos do trabalho, orçamentar os serviços públicos com as verbas que precisam ou combater os contratos as energéticas”.

PCP desvaloriza. Preferia “boa notícia” de um Portugal soberano

O secretário-geral do PCP desvalorizou este sábado a avaliação positiva de uma agência de notação financeira à dívida soberana portuguesa e desejou, ao invés, ouvir a “boa notícia” de que o país se tornara “soberano” económica e monetariamente.

“A boa notícia que poderia haver era Portugal assumir a sua soberania no plano económico e monetário. Isso sim, seria uma boa notícia porque é esse caminho que determinará, independentemente desses avisos, a reposição de rendimentos e direitos do povo português”, disse Jerónimo de Sousa, numa ação de rua em Vendas Novas, Évora, na campanha para as eleições autárquicas de 1 de outubro.

“O caminho é de afirmação nacional, de contar com as próprias forças, de construir o caminho de um Portugal soberano, desenvolvido, de progresso, com uma economia em crescendo e o emprego a aumentar. Não deleguemos noutros aquilo que pertence aos portugueses”, insistiu o líder da Coligação Democrática Unitária (CDU), que integra comunistas, ecologistas e independentes.

Com esta revisão em alta para ‘BBB-‘, com perspetiva ‘estável’, Portugal volta a ter uma notação de investimento, atribuída por uma das três principais agências de ‘rating’ mundiais. Desde 2012 que a agência atribuía à dívida soberana portuguesa um rating ‘BB+’, a nota mais elevada de não investimento, com uma perspetiva ‘estável’. Jerónimo de Sousa questionou ainda “qual a natureza e quem determina as decisões dessas agências, que acabam por pressionar cada país”.

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Bruxelas: “Retoma económica em Portugal está nos trilhos”

  • Lusa
  • 16 Setembro 2017

Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro, disse que a melhoria do rating português é "um desenvolvimento muito positivo" para o país.

Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro© European Union , 2017 / EC - Audiovisual Service

O vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro, Valdis Dombrovskis, considerou que a subida de ‘rating’ de Portugal pela agência de notação financeira Standard and Poor’s (S&P) constitui “um desenvolvimento muito positivo” e um reconhecimento dos progressos alcançados.

“Este é um desenvolvimento muito positivo, mostra que a retoma económica em Portugal está nos trilhos, que o défice orçamental está numa trajetória descendente, e isto é reconhecido pelas agências de notação”, declarou, numa conferência de imprensa no final de uma reunião informal de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin), em Tallin.

Tal como afirmou pouco antes o diretor do fundo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, também Dombrovskis defendeu que a subida de ‘rating’ de Portugal não é o fim do caminho. “O que é importante nesta fase é continuar neste caminho, assegurar que tanto o défice orçamental como a dívida pública continuam numa clara trajetória descendente”, sustentou. A mesma ideia havia sido transmitida pouco antes pelo diretor do fundo de resgate permanente da zona euro, que advertiu que “o trabalho não terminou”.

O diretor do MEE advertiu todavia que “os esforços devem obviamente continuar”, pois “o nível da divida é elevado, pelo que a consolidação orçamental deve prosseguir por essa razão, e também devem continuar as reformas para estimular o potencial de crescimento e reforçar o sistema bancário, pelo que o trabalho não terminou”.

Regling argumentou que a subida de ‘rating’ de Portugal não pode levar à complacência, considerando um perigo a sensação de que “tudo está bem, porque não é o caso”. “É um passo importante, é um passo muito positivo, mas é um primeiro passo na subida do ‘rating’, há muitos mais passos possíveis, outros países têm ‘ratings’ muito melhores”, notou.

A agência de notação financeira Standard and Poor’s decidiu na sexta-feira tirar Portugal do ‘lixo’, revendo em alta o ‘rating’ atribuído à dívida soberana portuguesa de ‘BB+’ para ‘BBB-‘, um primeiro nível de investimento. Com esta revisão em alta para ‘BBB-‘, com perspetiva ‘estável’, Portugal volta a ter uma notação de investimento, atribuída por uma das três principais agências de ‘rating’ mundiais. Desde 2012 que a agência atribuía à dívida soberana portuguesa um rating ‘BB+’, a nota mais elevada de não investimento, com uma perspetiva ‘estável’.

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Rating português subiu, mas “o trabalho não terminou”, alerta o MEE

  • Lusa
  • 16 Setembro 2017

O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Klaus Regling, está "feliz" com a melhoria do rating da dívida pública portuguesa, mas alertou que é perigoso achar “tudo está bem, porque não é o caso”

Klaus Regling, diretor do Mecanismo Europeu de EstabilidadeEPA/YANNIS KOLESIDIS

O diretor do fundo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, manifestou-se “feliz” com a subida de ‘rating’ decidida na véspera pela agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P), mas advertiu que “o trabalho não terminou”.

Em declarações aos jornalistas em Talin, onde decorre uma reunião informal de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin), o diretor do fundo de resgate permanente da zona euro e do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), principal credor de Portugal na assistência financeira (de 2011 a 2014), admitiu que ficou algo surpreendido com a reavaliação da S&P, por ter surgido “mais cedo do que se esperava”, mas considerou que “é o resultado de um difícil ajustamento na primeira metade desta década e das reformas dolorosas que foram levadas a cabo.

Questionado sobre a quem deve ser atribuído o mérito, considerou que se tratou de “um esforço conjunto”, mas atendendo a que “a população teve que passar por um ajustamento difícil, colocaria o povo português em primeiro tempo”. O dinheiro do FEEF só ajudou a comprar tempo. “O empréstimo do FEEF deu dinheiro e tempo a Portugal para levar a cabo este ajustamento, por isso estou muito feliz, é um bom resultado para o país”, disse.

O diretor do MEE advertiu todavia que “os esforços devem obviamente continuar”, pois “o nível da divida é elevado, pelo que a consolidação orçamental deve prosseguir por essa razão, e também devem continuar as reformas para estimular o potencial de crescimento e reforçar o sistema bancário, pelo que o trabalho não terminou”.

Regling argumentou que a subida de ‘rating’ de Portugal não pode levar à complacência, considerando um perigo a sensação de que “tudo está bem, porque não é o caso”. “É um passo importante, é um passo muito positivo, mas é um primeiro passo na subida do ‘rating’, há muitos mais passos possíveis, outros países têm ‘ratings’ muito melhores”, notou. “O mais importante é continuar com a consolidação orçamental, reduzir a dívida, promover o crescimento através de reformas estruturais, aumentar o potencial de crescimento e reforçar o setor bancário”, reforçou.

A agência de notação financeira Standard & Poor’s decidiu na sexta-feira tirar Portugal do ‘lixo’, revendo em alta o ‘rating’ atribuído à dívida soberana portuguesa de ‘BB+’ para ‘BBB-‘, um primeiro nível de investimento. Com esta revisão em alta para ‘BBB-‘, com perspetiva ‘estável’, Portugal volta a ter uma notação de investimento, atribuída por uma das três principais agências de ‘rating’ mundiais. Desde 2012 que a agência atribuía à dívida soberana portuguesa um rating ‘BB+’, a nota mais elevada de não investimento, com uma perspetiva ‘estável’.

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António Costa: Decisão da S&P vai “ajudar a reduzir a dívida”

Em entrevista ao Diário de Notícias, António Costa antecipa uma queda nos juros da dívida "ao longo dos próximos meses". E confirmou: descongelamento das carreiras arranca em 2018.

Um dia depois da notícia de que a Standard & Poor’s retirou a dívida pública portuguesa do “lixo”, o Diário de Notícias publica uma entrevista ao primeiro-ministro, António Costa. Nela, o chefe do Governo reage positivamente à notícia e fala que a decisão vai ajudar o país a “reduzir a dívida”.

Costa garantiu também que não haverá aumento da carga fiscal no ano que vem e disse que os enfermeiros são quem mais vai beneficiar do descongelamento de carreiras na função pública. O primeiro-ministro falou ainda de compromissos e do futuro do projeto europeu — apesar de considerar positivas as ideias de Jean-Claude Juncker, considerou pouco provável que 2019 seja uma meta alcançável.

Sobre a melhoria do rating da dívida

Esta sexta-feira, a Standard & Poor’s voltou a colocar a dívida pública portuguesa numa categoria de investimento, o que acontece pela primeira vez desde 2012. Em entrevista ao Diário de Notícias, publicada este sábado, o primeiro-ministro considera que esta notícia permite ao Governo “encarar com maior confiança a redução do custo da dívida”. Em última instância a decisão vai “ajudar a reduzir a dívida”.

António Costa antecipa que “a tendência de descida da taxa de juro vá prosseguir ao longo dos próximos meses” e, quando questionado se a decisão da Standard & Poor’s irá ajudar o país a reduzir a despesa com o serviço de dívida, o chefe do Governo respondeu: “Cada vez que a taxa de juro baixa nós poupamos dinheiro e quanto melhor for a apreciação dos mercados e das agências de notação mais os juros hão de baixar.”

“Só posso confiar que uma após outra vão constatando o óbvio e que a nossa situação hoje é muito distinta do que era em 2011 quando foi feita esta consignação”, referiu ainda o socialista, antecipando que, nas datas estipuladas, as restantes duas agências de notação financeira que ainda colocam a dívida nacional na categoria de investimento especulativo – vulgo “lixo” –, depois de melhorado o outlook — possam vir a seguir um caminho idêntico.

A próxima avaliação marcada é a da DBRS, a única a manter a dívida portuguesa em categoria de investimento, no próximo dia 20 de outubro. A Fitch deverá pronunciar-se a 15 de dezembro. A Moody’s já se pronunciou três vezes este ano e não o deverá voltar a fazer em 2017.

Sobre os compromissos do Governo

António Costa aproveitou o mote para falar de compromissos e estratégia. Ainda sobre a melhoria da notação dada ao país, o primeiro-ministro reiterou: “É mais um fator de confiança de que estou no rumo certo e de que é necessário prosseguir, assegurando a estabilidade política e a estabilidade das políticas que têm permitido virar a página da austeridade devolvendo o crescimento, a confiança, a capacidade de criar emprego e reduzindo o défice e a dívida.”

Confrontado com os alertas de várias entidades oficiais, nomeadamente do FMI e da OCDE e questionado sobre se é preciso continuar a lembrar ao país de que é preciso rigor nas contas públicas, o governante afirmou: “Acho que estamos todos cientes disso e o que ao longo destes dois anos se tem provado é que o Governo e os parceiros parlamentares têm conseguido cumprir os compromissos que assumiram entre si, os compromissos que assumiram perante os portugueses e o compromisso com os nossos parceiros internacionais e que o objetivo de redução sustentada da dívida é essencial.”

Sobre a carga fiscal em 2018

O primeiro-ministro garantiu também que não haverá qualquer aumento da carga fiscal em 2018 e confirmou que será o ano do arranque do descongelamento das carreiras na função pública, que vai beneficiar mais os enfermeiros. “Vamos começar [o descongelamento das carreiras] por onde é justo, que são os que tiveram congelamento total há mais tempo”, afirmou António Costa, confirmando que o descongelamento não será total.

Os enfermeiros, que estiveram toda a semana em luta, são quem mais vai beneficiar do descongelamento das carreiras da função pública, afirmou o chefe do Governo. “Porque o seu sistema de pontuação necessária para a progressão é majorado relativamente ao conjunto da administração pública”, disse.

Em relação ao IRS, quando questionado se para aliviar os impostos nos escalões mais baixos a contrapartida será aumentar a taxa dos escalões mais altos, o líder do Governo foi claro: “Não está previsto haver qualquer aumento da tributação sobre os rendimentos das pessoas singulares”.

Sobre o projeto europeu

Numa segunda parte da entrevista ao Diário de Notícias, António Costa abordou algumas temáticas ligadas à União Europeia, numa semana marcada pelo discurso do Estado da União, proferido pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Questionado sobre a possibilidade de vir a ser criada a figura do ministro das Finanças e da Economia europeu, com a qual o Governo já disse concordar, Costa preferiu não abordar o assunto diretamente. Ainda assim, indicou: “Os avanços no projeto europeu têm de ser uma boa combinação entre a vontade de todos avançarmos unidos e o respeito pela vontade democrática de cada um dos Estados.”

Contudo, o primeiro-ministro disse que não é provável que todas as alterações propostas por Juncker ao projeto europeu, como a adoção ao tratado de Schengen por todos os Estados-Membros, assim como à moeda única, sejam uma meta alcançável até 2019. “Os discursos do Estado da União são sempre marcados por um momento em que o Presidente da Comissão procura vencer a capacidade de imaginar, libertar-se dos limites do razoável, para se fixar na vontade da ambição e acho que desse ponto de vista é um sinal positivo. Se me pergunta se acho provável, não acho provável, o que acho essencial relativamente à zona euro é que ela seja reformada e seja completada”, disse Costa.

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CIP: País deve aproveitar melhoria do rating para continuar “reformas estruturais”

  • Lusa
  • 16 Setembro 2017

António Saraiva, presidente da CIP, considerou positiva a melhoria do rating, mas alertou que o país deve aproveitar agora para prosseguir com as "reformas estruturais de que necessita".

O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, considerou que a saída de Portugal do ‘lixo’ “era esperada há seis anos” e apelou para que o país prossiga as “reformas estruturais de que necessita”. “Este upgrade do rating era esperado pelo país há seis anos”, disse à Lusa o presidente da CIP.

A agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P) tirou esta sexta-feira Portugal do ‘lixo’, revendo em alta o rating atribuído à dívida soberana portuguesa de ‘BB+’ para ‘BBB-‘, um primeiro nível de investimento. Para António Saraiva, esta decisão “é merecida, tendo em conta todos os sacrifícios que as famílias e as empresas” fizeram.

O dirigente da CIP destacou que, com esta decisão, vai observar-se uma “significativa redução de custos de financiamento, quer do Estado quer das empresas, já que Portugal passa a ser elegível para investimentos de fundos internacionais e isso aumenta a atração de capitais e a capacidade de financiamento da economia nacional como um todo”. Saraiva apelou depois para que esta melhoria do ‘rating’ seja aproveitado para melhorar a competitividade do país.

O responsável da CIP fez votos que seja possível agora “fazer as reformas estruturais de que o país necessita”, iniciando “um novo ciclo de desenvolvimento, ultrapassando os problemas estruturais, como o baixo crescimento, a baixa produtividade e baixas qualificações”. Com esta revisão em alta para ‘BBB-‘, com perspetiva ‘estável’, Portugal volta a ter uma notação de investimento, atribuída por uma das três principais agências de ‘rating’ mundiais.

Desde 2012 que a agência atribuía à dívida soberana portuguesa um rating ‘BB+’, a nota mais elevada de não investimento, com uma perspetiva ‘estável’.

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Mário Centeno tenta refrear onda de euforia: “a dívida portuguesa é a quarta maior do mundo”

O ministro das Finanças afirmou esta manhã que não quer “refrear nenhum ânimo”, mas diz que o “otimismo tem de ser assertivo e pragmático. Porque a dívida permanece a quarta maior do mundo".

O ministro das Finanças, Mário Centeno, reagiu na manhã deste sábado à notícia de que a dívida pública portuguesa regressou a um grau de investimento aos olhos da Standard & Poor’s, uma decisão que terá apanhado os mercados de surpresa. Para o ministro, a decisão “vem validar a estratégia que o Governo adotou para estas matérias” e essa estratégia “é para manter”. Centeno falava no aeroporto de Lisboa depois de chegar da Estónia, em declarações transmitidas pela TVI24.

“O facto de termos um conjunto de fontes de financiamento mais alargado, mais investidores interessados em financiar a dívida portuguesa, em transacionar dívida pública portuguesa, permitirá uma redução do custo de financiamento” do país, disse Mário Centeno. “Alguns investidores necessitavam desta classificação para poderem transacionar a dívida. Como são investidores de longo prazo, estão muito mais preocupados com a estabilidade do ativo que adquiriram do que propriamente com a sua taxa e há aqui uma relação que vai permitir reduzir essas taxas”, afirmou.

E sublinhou: “Com isto, o custo de financiamento vai baixar e as famílias podem esperar por essa via uma redução dos custos de financiamento globais da economia portuguesa.”

Dívida permanece a quarta maior do mundo

Quanto confrontado com a influência que esta boa notícia poderá ter no Orçamento, Mário Centeno assumiu um discurso mais cauteloso. Lembrou que a sobretaxa de IRS vai desaparecer no próximo ano — são mais de 200 milhões de euros de despesa — e que o o Executivo está a preparar alterações no desenho dos escalões de IRS.

Está a preparar-se para refrear o otimismo excessivo?, questionou um jornalista.

Ao que Centeno respondeu que “o otimismo tem de ser assertivo e pragmático. Porque a dívida permanece a quarta maior do mundo. Os outros exemplos que estão acima de nós não são exemplos que Portugal queira seguir, e nem pode seguir”.

“Temos que ter um enorme pragmatismo na forma como também lidamos com as boas notícias”, acrescentou.

Mais à frente tenta temperar o discurso: “Se calhar este é um discurso típico de ministro das Finanças, não quero refrear nenhum ânimo dos festejos porque esta é uma notícia absolutamente extraordinária em Portugal”.

Acrescentou ainda que nas últimos reuniões do Eurogrupo, o desemprenho económico e financeiro de Portugal tem assumido “uma certa forma de estrelato. Não podemos perder isso, porque estaríamos a refrear a confiança dos próprios agentes”.

Portugal, campeão dos juros da dívida

O ministro das Finanças fez ainda questão de referir o desempenho positivo dos juros da dívida. “Este ano, a dívida portuguesa é a que tem melhor desempenho do conjunto dos países europeus. Tem a mais significativa redução de custo e de taxa deste ano. Isto já se vem refletindo na poupança de juros”, apontou.

Mas, mesmo assim, a decisão da Standard & Poor’s foi uma surpresa para Centeno, uma vez que, por norma, a estas decisões antecede quase sempre uma melhoria do ‘outlook’. “Foi uma alteração na classificação que não é usual. Normalmente, as agências são mais conservadoras nas alterações. Mas isso só vem sublinhar mais o momento extraordinário em que a economia portuguesa está, em que as finanças portuguesas estão”, disse Mário Centeno.

A próxima avaliação marcada é a da DBRS, a única a manter a dívida portuguesa em categoria de investimento, no próximo dia 20 de outubro. A Fitch deverá pronunciar-se a 15 de dezembro. A Moody’s já se pronunciou três vezes este ano e não o deverá voltar a fazer em 2017.

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S&P diz que Portugal é o campeão das exportações

Agência que tirou a dívida nacional de “lixo” diz que Portugal ultrapassou países fortes como a Alemanha, Espanha e Irlanda no ganho de quota de mercado nas exportações. Peso no PIB vai chegar a 44%.

Foi uma notícia inesperada a marcar o final da semana. Quando se esperava que a agência de notação financeira melhorasse apenas o ‘outlook’ da dívida portuguesa, eis que a Standard & Poor’s resolveu melhorar o rating, retirando pela primeira vez desde 2012 a classificação da dívida portuguesa da categoria de “lixo”.

O relatório deixa muitos elogios a Portugal e previsões otimistas para a economia. É o caso do crescimento económico que a S&P prevê que possa acelerar a um ritmo de 2,8% este ano face aos 1,4% de 2016. Para o próximo ano haverá uma desaceleração ligeira, para 2,3%, e a agência norte-americana prevê que a até ao final da década o PIB mantenha um ritmo de crescimento médio anual de 2,2%.

A puxar pela economia vai continuar o turismo e as exportações que merecem rasgados elogios por parte dos analistas da instituição financeira. A S&P afirma que “o desemprenho das exportações tem ultrapassado os pares regionais”, e calcula que desde 2007 o ritmo de ganho de quota de mercado do país “ultrapassou o de outros países igualmente fortes nas exportações, como é o caso da Alemanha, Espanha ou Irlanda”.

A agência prevê que este desempenho continue no futuro, e estima que “a recuperação da zona euro e de outras áreas [para onde Portugal exporta] vão dar suporte ao crescimento económico”.

Este impulso das exportações “vai compensar o impacto da subida prevista no preço do petróleo e nas taxas de juro”, o que irá ajudar a melhorar a balança corrente e a reduzir o elevado endividamento externo.

A S&P antevê ainda “um desempenho sólido das vendas para o exterior em 2017, o que deverá elevar o peso das exportações de bens e serviços no PIB para cerca de 44%”, valor que compara com a fasquia de 29% registada há apenas sete anos.

Nuvens no horizonte das exportações poderão surgir, segundo a Standard & Poor’s, de uma quebra da procura externa — provocada, por exemplo, pelo processo do Brexit, — de um cenário de maior protecionismo a nível mundial ou de uma apreciação do euro face às moedas dos países para os quais Portugal exporta.

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PCP diz que Portugal não pode estar dependente das agências de ‘rating’

  • Lusa
  • 16 Setembro 2017

O deputado do PCP Paulo Sá disse que Portugal não pode estar dependente das agências de ‘rating’ para tomar as opções necessárias para o país e para os portugueses.

“O PCP entende que Portugal não pode estar dependente das agências de ‘rating’ para tomar as suas opções e deve apostar na produção nacional, na criação de emprego, na melhoria dos serviços públicos, na melhoria em geral das condições de vida dos portugueses, independentemente das classificações que as agências de ‘rating’ entendam atribuir a Portugal”, disse aos jornalistas o parlamentar comunista em Silves, no Algarve.

Paulo Sá reagia assim à decisão da agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P) que tirou Portugal do ‘lixo’, revendo em alta o ‘rating’ atribuído à dívida soberana portuguesa de ‘BB+’ para ‘BBB-‘, um primeiro nível de investimento.

Com esta revisão em alta para ‘BBB-‘, com perspetiva ‘estável’, Portugal volta a ter uma notação de investimento, atribuída por uma das três principais agências de ‘rating’ mundiais.

Desde 2012 que a agência atribuía à dívida soberana portuguesa um rating ‘BB+’, a nota mais elevada de não investimento, com uma perspetiva ‘estável’.

Paulo Sá frisou que Portugal não pode estar dependente “dos humores ou dos estados de espírito das agências e, muito menos, estar dependente dessas agências e das suas dinâmicas especulativas”.

“Independentemente das classificações que esta ou outra agência de ‘rating’ venham a atribuir a Portugal, o PCP continuará a bater-se, nomeadamente no próximo Orçamento de Estado, para que Portugal faça opções necessárias para o país e para os portugueses”, concluiu o deputado comunista que está a acompanhar o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa na apresentação dos candidatos autárquicos do concelho de Silves.

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Subida de ‘rating’ só foi possível porque se fez o contrário do que diziam as agências

  • Lusa
  • 15 Setembro 2017

Catarina Martins considerou que foi precisamente por se ter "feito o contrário do que as agências de rating" aconselhavam que se conseguiram os resultados que permitiram que Portugal saísse do "lixo".

“Há um reconhecimento da melhoria da economia portuguesa e é um alívio sobre a dívida pública portuguesa. E tudo o que for uma boa notícia para o país, ainda bem”, começou por afirmar a líder bloquista aos jornalistas durante uma ação de pré-campanha nas Festas da Moita, a propósito da decisão da subida do ‘rating’ de Portugal por parte da Standard and Poor’s (S&P).

No entanto, segundo Catarina Martins, esta melhoria só foi possível por se ter “feito o contrário do que as agências de rating diziam”, ou seja, promover melhores salários, melhores pensões, parar privatizações e proteger serviços públicos.

“Se há algo a retirar desta decisão é que realmente as agências de rating sabem pouco do que dizem e o que se provou é que é o caminho que faz melhorar a vida das pessoas que melhora as condições do país”, defendeu.

Para a líder do BE “é inegável” que o que a direita, FMI, Comissão Europeia e as agências de rating vaticinavam, ou seja, “que a economia portuguesa ficaria melhor se fossem cortados salários, pensões e serviços públicos, prova-se que as próprias agências de rating reconhecem que estavam erradas”.

“Porque foi quando acabámos com os cortes nos salários e nas pensões, foi com o aumento do salário mínimo nacional, foi com o fim das privatizações, com a proteção dos serviços públicos que a economia começou a crescer e levou as próprias agências de rating a rever a sua posição”, justificou.

Catarina Martins desvalorizou a posição assumida esta noite pelo líder do PSD, que considerou que se não tivesse havido uma alteração de governo, “muito provavelmente essa melhoria teria ocorrido mais rapidamente”.

“Passos Coelho também dizia que era preciso cortar 600 milhões de euros todos os anos das pensões para que o rating mudasse. Fizemos o oposto disso e ainda bem”, referiu apenas.

Segundo a coordenadora bloquista, é preciso “tirar consequências” destes passos, sendo evidente aquele que o BE quer seguir: “tendo um caminho que protege mais as pessoas, é seguramente o caminho para um crescimento económico que seja sustentado”.

A agência de notação financeira Standard and Poor’s (S&P) tirou hoje Portugal do ‘lixo’, revendo em alta o ‘rating’ atribuído à dívida soberana portuguesa de ‘BB+’ para ‘BBB-‘, um primeiro nível de investimento.

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Os quatro fatores que fizeram a S&P mudar de ideias

  • Marta Santos Silva
  • 15 Setembro 2017

Inesperadamente, a agência de notação financeira Standard & Poor's tirou Portugal do "lixo". No relatório em que explica a decisão deixa quatro motivos principais - e três avisos para o futuro.

A Standard & Poor’s tornou-se esta sexta-feira a primeira das três grandes agências de notação financeira a tirar Portugal do “lixo”, considerando agora a dívida soberana portuguesa investment grade. O que levou a esta mudança, que não era esperada pelos analistas? De acordo com o relatório da agência, houve quatro pontos principais que influenciaram a decisão:

  1. Perspetivas reforçadas de crescimento económico: “A economia portuguesa cresce pelo seu quarto ano consecutivo de crescimento desde 2010, com um crescimento do PIB de 2,8% na primeira metade do ano”, assinala o relatório, “significativamente acima das nossas expectativas”;
  2. Redução continuada do défice: “A consolidação orçamental tem sido outra prioridade nas políticas económicas — o Governo atingiu a sua meta ambiciosa em 2016 e parece preparado para o fazer novamente este ano”;
  3. Melhorias no perfil da dívida do Governo: “Nos últimos anos, o perfil da dívida pública portuguesa tem melhorado significativamente, com a média do devido pelo Governo português a fixar-se num termo de 8,4 anos“;
  4. E a perspetiva monetária do Banco Central Europeu, mais abonatória para Portugal.

No relatório, lê-se que “a perspetiva estável é um equilíbrio entre a nossa expectativa de crescimento económico sólido e consolidação orçamental adicional, assim como a diminuição de riscos financeiros externos durante os próximos dois anos, contra os riscos possíveis de um ambiente de crescimento externo que se enfraqueça e vulnerabilidades que venham das altas, embora em diminuição, dívidas dos setores privado e público”.

Pelo lado negativo, a S&P deixa alguns avisos que poderiam fazer a agência baixar o rating numa próxima avaliação. São três situações que fariam a agência voltar a reverter a decisão:

  1. “Um enfraquecimento marcado no crescimento económico”, por exemplo se as reformas estruturais acabassem;
  2. “O Governo a adotar políticas que possam prejudicar o acesso de Portugal aos mercados financeiros externos”;
  3. ou uma mudança “considerável e negativa na posição orçamental do Governo”.

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Passos considera “excelente notícia” subida do ‘rating’, mas podia ter acontecido antes

  • ECO
  • 15 Setembro 2017

Pedro Passos Coelho diz que tenciona ser primeiro-ministro em 2019 e garante que gostava de receber uma "herança melhor" do que a que recebeu em 2011 e deixou em 2015.

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, classificou esta sexta-feira como “uma excelente notícia” a decisão da agência de notação financeira Standard and Poor’s (S&P) de retirar Portugal do ‘lixo’, embora considerando que tal podia ter acontecido mais cedo.

Se não tivéssemos tido uma alteração de governo, muito provavelmente essa melhoria teria ocorrido mais rapidamente“, afirmou Passos Coelho, em declarações aos jornalistas, à margem de um jantar de campanha autárquica em Mafra.

Pedro Passos Coelho salientou que o anterior executivo PSD/CDS-PP “lutou muito” para que esta subida de ‘rating’ acontecesse, mas disse não querer retirar mérito ao atual Governo socialista.

“Tem o mérito de ter conseguido nestes dois anos provar que os receios que os investidores tinham eram infundados porque o Governo acabou por garantir as metas que eram importantes para os que estabelecem o ‘rating’ para o país”, afirmou.

A notícia da decisão da S&P foi conhecida a meio do discurso do líder do PSD, que falava num jantar de apoio ao candidato do partido à Câmara Municipal de Mafra, Hélder Sousa Silva.

“Vem assim um bocadinho mais tarde do que em circunstâncias normais teria acontecido, mas é indiscutivelmente uma excelente notícia era aquilo que faltava para Portugal neste caminho de recuperação pudesse plenamente receber o investimento graduado”, disse, já depois do discurso, em declarações à comunicação social.

Passos Coelho considerou que, pelo menos desde 2014, o país aguardava esta subida de ‘rating’ e sublinhou que, nessa altura, a própria Standard & Poor chegou a colocar o país numa perspetiva positiva.

“Tenciono ser primeiro-ministro em 2019″

O líder do PSD desafiou ainda o Governo a esclarecer os compromissos em investimentos e obras públicas até 2020, visto que nos últimos dois anos os projetos consensualizados têm “ficado na prateleira”.

De acordo com o líder do Partido Social Democrata, “os mesmos últimos dois anos em que Portugal podia e devia ter crescido mais, aproveitando a herança deixada pelo PSD“.

“Tenciono ser primeiro-ministro em 2019, gostava de receber uma herança melhor do que a que recebi em 2011 e melhor do que a que deixei em 2015”, disse ainda Pedro Passos Coelho.

 

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