Rui Rio quer baixar carga fiscal. IRC incluído

  • ECO
  • 17 Dezembro 2017

O candidato à liderança do PSD garante que, se vier a liderar o Governo, fará "um esforço no sentido da redução do IRC". Subir? "Nunca", garante. O objetivo é baixar a carga fiscal dos portugueses.

Rui Rio garante que um Governo do PSD liderado por si terá como objetivo a redução do IRC. O candidato à liderança do PSD acusa o Executivo atual de aumentar os impostos às empresas no Orçamento do Estado para 2018 “por pressão” do PCP. Além do IRC, Rio quer baixar a carga fiscal, mas sem promessas: só será feito o que for sustentável para o futuro.

“Com o PSD no Governo liderado por mim, e penso que liderado por qualquer outro, nisto acho que no PSD há unanimidade, teríamos de fazer um esforço no sentido da redução do IRC e não da sua subida”, afirma o candidato em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF este domingo. Rejeitando de todo a subida do IRC, Rui Rio garante que, se for primeiro-ministro, não irá baixar impostos “no dia seguinte” a ser eleito, mas vai fazer “tudo” o que estiver ao seu “alcance” para baixar a carga fiscal aplicada em Portugal.

“Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para baixar a carga fiscal, desde logo aquela que é fundamental para o investimento e que significa eu investir no futuro, significa eu preparar o futuro e não distribuir já aquela pequena folga que eu possa conseguir“, garantiu, assinalando que o rumo do atual Governo é inverso ao que seria benéfico para o país — “Neste Orçamento do Estado, por exemplo, o IRC é aumentado por pressão do Partido Comunista, não sei se também do Bloco de Esquerda”, critica.

Rio argumenta que se o PSD estivesse no Governo “as margens que conseguimos obter por via do maior crescimento económico seriam aproveitadas de uma forma mais equilibrada para a redução do défice e para a redistribuição”, através de uma “cadência mais lenta” de devolução de rendimentos. “O que é importante para as pessoas, mais do que conseguirem receber qualquer coisa mais rapidamente, é terem a certeza de que no futuro vão seguramente receber mais”, argumenta.

Apesar das críticas, Rui Rio deixou uma certeza: caso lidere o PSD, irá sentar-se com os líderes dos outros partidos como o PS e o CDS — e “no limite dos limites” com o PCP e o BE — para discutir “matérias estruturais”. “O país há muito que deveria ter feito um conjunto de reformas estruturais que cada partido per si tem consciência de que sozinho nunca as fará, nem que tenha 51% dos votos”, explica, exemplificando com a justiça, a segurança social ou a educação. “Os partidos políticos existem para servir Portugal, não existem para servir as suas táticas de curto prazo”, defende.

Contudo, alertou que “fazer uma coligação de Governo com o PS é algo que só deve acontecer em situações absolutamente extraordinárias“. “De certa forma é mais normal a nossa coligação ser com o CDS do que com o PS”, conclui, assinalando, no entanto, que é possível “aspirar a ter uma maioria absoluta” nas eleições legislativas de 2019.

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“Turismo da desgraça” ainda persiste em Pedrógão Grande

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2017

"Todas as semanas perguntam pela estrada". Qual? A 236-1, uma estrada que ficou na memória dos portugueses após os incêndios de 17 de junho.

O chamado “turismo da desgraça” ainda persiste pela zona de Pedrógão Grande, mas com muito menos frequência do que nas primeiras semanas e meses após o incêndio de 17 de junho. Na estrada 236-1, seis meses depois daqueles fogos que mataram 66 pessoas, já não há imagens de carros calcinados na estrada ou à beira dela, antes um tapete novo de alcatrão nos locais onde os veículos arderam. Apesar disso, nas bombas de gasolina de Castanheira de Pera, ainda se ouve a pergunta: ‘Onde fica a estrada 236-1?’.

“Todas as semanas perguntam pela estrada”, conta Francisco Calado, que trabalha no posto de abastecimento. A uns bons quilómetros dali, já em Figueiró dos Vinhos, no café Retiro IC8, o movimento é pouco e as perguntas de pessoas de fora em torno da estrada e do incêndio já quase que não se ouvem, conta Manuela da Conceição.

No entanto, pelo café que as chamas rodearam, as conversas dos locais ainda giram em torno dos fogos. “Falam do que aconteceu e de como as coisas ficaram“, disse Manuela à agência Lusa. As perguntas em torno dos fogos ainda surgem, mas “de forma mais residual”, explica Renato Antunes, gerente do restaurante da aldeia de xisto de Casal de São Simão. Sempre que “há espaço para conversa”, o primeiro assunto é em torno do fogo.

“Ainda temos gente que vem e é a primeira coisa que pergunta. Querem ouvir a história”, afirma Renato, que admite que muitas vezes tenta “cortar a conversa e dizer que isso já passou, que agora é para ir para a frente”. Para o gerente do restaurante, “é cansativo estar a repetir” a história e voltar a ver uma espécie de “minifilme” do que se passou.

“No verão, era mais frequente. Iam à praia e a outros locais e era mais comum passarem pela estrada”, refere o ex-administrador da Praia das Rocas, em Castanheira de Pera, José Pais, sublinhando que a dimensão do que ardeu para quem entra no IC8 em direção a Pedrógão Grande “impressiona”. Também em Vila Facaia, num café ao lado da igreja, perguntas pela estrada 236-1 continuam a ser ouvidas, assim como indicações para Nodeirinho, uma das aldeias mais mediatizadas aquando do incêndio, onde várias pessoas se salvaram dentro de um tanque de água.

“Ainda hoje perguntam pela estrada e por Nodeirinho e Pobrais”, conta à Lusa Vanessa Varejão, que trabalha no café. Normalmente, explica, quem pergunta traz ajuda para as pessoas. Se no início, vinham carrinhas carregadas de bens materiais, hoje vêm oferecer a sua mão-de-obra para pequenas replantações ou reconstruções. “Já não é com a mesma regularidade. Na primeira semana após o incêndio foi desgastante. Estavam constantemente a perguntar pela estrada”, sublinha Vanessa.

Apesar de agora o ambiente ser mais calmo, também Vanessa diz que já chega de perguntas. “Sinceramente, cansa. Isto nunca se vai esquecer, mas estão sempre a falar da mesma coisa, sempre a relembrar o que se passou e as pessoas não precisam de perguntas para se relembrarem. É impossível esquecer”, sublinha a jovem de 27 anos.

Turismo mantém tendência de crescimento no Centro

Seis meses depois do incêndio de Pedrógão Grande, o número de turistas no centro do país regista “um aumento consistente”, tendência reforçada pelo lançamento de campanhas de promoção do destino, refere o presidente da Turismo Centro.

Segundo os dados mais recentes do INE (Instituto Nacional de Estatística), a região do Centro de Portugal foi a que mais cresceu em todo o país na procura turística durante outubro, tendo sido registado um aumento de 20,4% no total de dormidas em hotelaria, em comparação com o mesmo mês de 2016.

“Este é um resultado extremamente positivo, tendo em conta que outubro foi o mês em que aconteceram os incêndios que voltaram a dizimar muitos concelhos da região, sendo um sinal de que os visitantes, portugueses ou estrangeiros, continuam a apaixonar-se pela região, apesar da tragédia que a afetou”, disse à Lusa o presidente da Entidade Regional de Turismo.

Uma análise aos números do INE permite concluir, no entanto, que são os estrangeiros quem lidera as visitas ao Centro. Entre outubro de 2016 e outubro de 2017, as dormidas de estrangeiros aumentaram 36,4%, para 311.000 (tinham sido 228.026 em outubro de 2016). Comparativamente, a média nacional de crescimento de dormidas de estrangeiros foi de 6,5%.

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Mais portugueses vão viajar no final do ano mas destinos mantêm-se

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2017

Em Portugal, Algarve e Madeira continuam a dominar os destino. Lá fora, países como Cabo Verde, França, Brasil ou Caraíbas são os destinos preferidos dos portugueses na passagem de ano.

Mais portugueses vão viajar neste final do ano, a preços mais altos, mas os destinos eleitos mantêm-se face a anos anteriores, disse o presidente da APAVT à Lusa, antecipando um crescimento de entre 7% a 9%.

“Os portugueses estão a sair mais de casa, pelo menos, do país também, mas não só. […] O Natal como sabemos é uma tradição mais familiar e, portanto, não há tanto turismo, há viagens para se passar a consoada com a família. Já quanto ao fim do ano, sim, estamos a crescer, de certa maneira em consonância com o movimento ao longo do ano. As conversas com os nossos associados levam-nos a pensar num crescimento entre os 7% e os 9%”, afirmou à Lusa o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira.

Os portugueses estão a sair mais de casa, pelo menos, do país também, mas não só.

Pedro Costa Ferreira

Presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT)

Já na hora da escolha, as preferências dos portugueses não têm trazido grandes surpresas nos últimos anos. “Relativamente aos destinos mais importantes, em primeiro lugar Portugal, é sempre assim no final do ano até porque são estadas mais curtas”. E dentro do país, “os destinos estrela”, como os classifica Pedro Costa Ferreira, também são os esperados: “continuamos a ter o Algarve, a Madeira, mas também é verdade que se acentua a tendência dos últimos anos que têm a ver com viagens um pouco por todo o país”.

Os Açores, mas também a região centro e norte têm merecido a atenção dos portugueses na hora de escolher onde receber o novo ano. “Como sabemos há novas infraestruturas importantes nessas regiões, há sinais claros de crescimento recente e esse crescimento vai-se manter ao longo deste final de ano”, explica o presidente da APAVT.

Quanto às viagens para o estrangeiro, “o quadro não é muito diferente do ponto de vista dos destinos em relação aos anos anteriores”, afirma o responsável. “Diria que em destinos mais próximos, de mais curto curso, Cabo Verde continua a liderar com uma boa prestação – pelo menos, Marrocos, que teve reforço de ligação aérea, e também as cidades europeias em geral”, precisou.

Do ponto de vista do longo de curso, acrescentou, o espetro não se alargou: Brasil e Caraíbas continuam a ser os destinos tradicionais de fim de ano. “Brasil por causa do seu conhecido fim de ano e Caraíbas por causa do clima, o que faz com que muitos portugueses também aproveitem para estar alguns dias mais descansados e com mais sol e maior temperatura”, explicou. No caso do Brasil, Pedro Costa Ferreira acrescenta que, enquanto o crescimento global é de entre 7% a 9%, para aquele país, o incremento de viagens no ‘réveillon’, “claramente, já está nos dois dígitos”.

Questionado se para a Europa, a eleição das famílias portuguesas recai mais sobre Paris, o presidente da APAVT admite que “é um destino importante”, até porque “é lá que está a Disneylândia”, mas garante que a escolha para o velho continente é diversificada. No final do ano não é “apenas Paris”, esta é uma boa altura para “o ‘short-break’ [estadas curtas] nas cidades europeias, em geral”, refere.

Tal como no ano passado, e fruto também de um aumento da confiança dos consumidores, que “é notório”, diz o presidente da APAVT, “estas férias estão a comprar-se mais caras. É a lei da procura e da oferta em funcionamento”. “O que acontece nestas alturas de crescimento é que, efetivamente, a procura ultrapassa a oferta, há essa sensibilidade e essa aferição, e então a decisão não é protelar [a decisão] para ter um preço mais baixo, é reservar já para ter lugar [no avião]”, explica o responsável. Assim, “os preços estão a aumentar, é um facto“, conclui Pedro Costa Ferreira.

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Santana Lopes lança hoje as bases do seu programa “Um Portugal em Ideias”. Hugo Soares apoia-o

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2017

Teresa Morais e Rui Machete estarão ao lado de Santana Lopes na apresentação deste domingo. O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, anunciou que apoia o candidato.

O candidato à liderança do PSD Pedro Santana Lopes inicia este domingo a apresentação da proposta do seu programa “Um Portugal em Ideias”, que estará aberta a contributos de militantes e sociedade civil.

A iniciativa, que decorrerá hoje à tarde em Lisboa, é designada por “sessão de abertura da Convenção Nacional”, e contará com intervenções do candidato, do presidente da Comissão Nacional, Rui Machete, do coordenador do programa, Telmo Faria, e do seu mandatário nacional, Almeida Henriques, entre outros.

A proposta “Um Portugal em Ideias” será divulgada no ‘site’ da candidatura e, no inicio de janeiro, realizar-se-á uma Convenção Nacional, na qual será feita uma “discussão mais aprofundada” com o objetivo de criar a base para o futuro programa do partido às eleições legislativas de 2019, caso Santana Lopes seja o próximo presidente do PSD.

A sessão de hoje, dirigida sobretudo à imprensa, abrirá com uma intervenção de Santana Lopes, seguindo-se as de Rui Machete, que apresentará toda a Comissão Nacional, e Telmo Faria, que fará uma apresentação geral da proposta de programa “Um Portugal em Ideias”. Outros seis oradores falarão sobre áreas temáticas do programa: Almeida Henriques sobre “Crescimento Económico e Competitividade”, Tânia Vinagre, investigadora na Fundação Champalimaud, sobre “Inovação, Conhecimento e Ciência”, e a vice-presidente do PSD Teresa Morais sobre “Desafios das Políticas Sociais”.

O vice-presidente da bancada do PSD Miguel Santos será o orador na área da “Saúde Universal e Sustentável”, o presidente da Câmara Municipal de Famalicão Paulo Cunha falará sobre “Governo e Território: Coesão e Desequilíbrios” e o colunista e doutorado em Relações Internacionais e Ciência Política João Marques de Almeida sobre “Sistema Político, Estado, Descentralização e Participação”. A sessão decorrerá numa mesa oval, na qual estarão, além dos oradores, os jornalistas, que poderão questionar no final o candidato Pedro Santana Lopes.

Os candidatos à liderança do PSD têm de entregar ao presidente da Mesa do Congresso, Fernando Ruas, as moções de estratégia global até 2 de janeiro, em conjunto com a candidatura a presidente da Comissão Política Nacional do PSD.

O PSD escolherá o seu próximo presidente em 13 de janeiro em eleições diretas, com Congresso em Lisboa entre 16 e 18 de fevereiro. Até agora, anunciaram-se como candidatos à liderança do PSD o antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rio e o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.

Líder parlamentar do PSD anuncia apoio à candidatura de Santana Lopes

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, anunciou no sábado que apoia a candidatura de Pedro Santana Lopes à presidência do partido, sublinhando que se trata de uma escolha a pensar sobretudo no país. “É pelo país que apoiarei e votarei em Pedro Santana Lopes”, disse Hugo Soares, num encontro daquele candidato com militantes em Braga, no sábado à noite.

Hugo Soares, que é natural de Braga e preside à Concelhia local do PSD, lembrou que Santana Lopes, entre os vários cargos que já exerceu, “foi primeiro-ministro de Portugal e foi um excelente primeiro-ministro de Portugal”. “Tinha um bom Governo e tinha, sobretudo, as políticas certas, estava a fazer aquilo que o país precisava que se fizesse”, referiu. O líder parlamentar do PSD disse ter “a certeza absoluta” que Santana Lopes vai ganhar as eleições legislativas de 2019 e voltar a ser “um grande primeiro-ministro”.

Vai ser um grande primeiro-ministro porque tem a preparação, tem o caráter e a personalidade que a liderança exige, tem a proximidade e a humanidade de que o cargo carece.

Hugo Soares

Líder parlamentar do PSD

“E vai ser um grande primeiro-ministro porque tem a preparação, tem o caráter e a personalidade que a liderança exige, tem a proximidade e a humanidade de que o cargo carece e tem, sobretudo, a alma de um partido todo que quer ganhar as eleições legislativas em 2019. E, por isso, eu não tenho dúvidas nenhumas de que em 2019 Pedro Santana Lopes voltará a ser primeiro-ministro de Portugal, desta vez com os votos dos portugueses, e isso faz muita diferença também”, acrescentou.

O PSD escolherá o seu próximo presidente a 13 de janeiro em eleições diretas, com Congresso em Lisboa entre 16 e 18 de fevereiro. Pedro Santana Lopes e o antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rio são, até ao momento, os candidatos a suceder a Pedro Passos Coelho. Para Hugo Soares, ganhe quem ganhar, “o PSD fica bem servido”. “Fica mesmo. Qualquer um deles é melhor do que o doutor António Costa”, enfatizou, para vincar que o PSD “está bem e recomenda-se”.

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Bitcoin a mil dólares? Esta e mais nove previsões… improváveis para 2018

2017 poderia ter sido terrível nos mercados, mas não foi. E 2018? Há previsões e, depois, há previsões improváveis. Dificilmente acontecerão, mas... podem causar estrondo se virem a luz do dia.

A bitcoin está a causar furor. A forte valorização concentra, neste final de ano, as atenções dos investidores. São muitos os que esperam que a ascensão meteórica possa continuar. Mas vai mesmo? O Saxo Bank vê a divisa nos 60 mil, antes de ser atirada aos lobos. Esta é apenas umas das dez previsões improváveis para 2018, que antecipam ainda um flash crash do S&P 500, a Tencent a destronar a Apple nas empresas mais valiosas e o barril de petróleo… negociado em yuans.

Até aos 60 mil e… depois afunda até aos 1.000 dólares

As criptomoedas deixaram de ser uma coisa de geeks. Com a valorização registada pela bitcoin, bem como por outras moedas virtuais, passaram a centrar atenções no mundo financeiro. Há já muitos investidores que procuram lucrar com a febre, juntando-se muitos mais a cada marco que a bitcoin vai superando. Está nos 17 mil dólares, mas pode subir muito mais. Quanto? Até aos 60 mil dólares, diz o Saxo Bank que prevê, assim, que a moeda multiplique por mais 3,5 vezes o seu valor.

Há muito dinheiro virtual a ganhar, mas será preciso ter cuidado. A Rússia e a China podem levar os investidores da febre ao desespero. A Rússia lança a sua própria divisa virtual, afastando o foco da bitcoin, isto ao mesmo tempo que a China proíbe que se mine criptomoedas, decisão justificada com o desperdício de energia que provoca, antevê o Saxo Bank. Mas, ao mesmo tempo, lança a sua própria divisa, arrasando o interesse noutras divisas, levando à queda abrupta do valor da bitcoin. No final do próximo ano, valerá cerca de 1.000 dólares, quase tanto quanto o custo de produção, segundo a previsão improvável do banco de investimento dinamarquês.

Pedro Lino reconhece a ameaça, mas diz que há outra mais importante. “A regulação será a grande ameaça à bitcoin que se pode tornar na face economia paralela digital, uma vez que existem questões relacionadas com o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo que terão, mais cedo ou mais tarde, de ser abordadas pelos diversos reguladores, bem como o anonimato que protege os utilizadores e transações”, diz Pedro Lino, da Dif Broker. Assim, enquanto a regulação permanecer branda, “as moedas digitais irão continuar o seu caminho meteórico“.

Queria um barril de petróleo. Posso pagar em renminbis?

A China é o maior importador de petróleo do mundo. E com os EUA a perderem alguma da sua influência a nível internacional, a Shanghai International Energy Exchange vê uma oportunidade: depois de várias matérias-primas passarem a ser negociadas na moeda chinesa, vem aí o barril de petróleo… em renminbis, diz o Saxo Bank.

O domínio do dólar nas matérias-primas vem de há muito, mas pode terminar no próximo ano. Com o West Texas Intermediate, negociado nos EUA, a ser suplantado pelo Brent, negociado em Londres, como referência mundial, a China vê uma oportunidade de passar a transacionar a matéria-prima que tanto precisa sem os riscos cambiais, passando a negociar em renminbis.

“É possível que os primeiros contratos de futuros de petróleo em renminbi sejam um sucesso, e que contribuam para aumentar o peso da moeda chinesa nas trocas comerciais mundiais“, comenta Pedro Lino. “No entanto o Banco Central da China tem como uma missão a estabilização do cambio pelo que uma subida do Yuan nos mercados internacionais será aproveitada para a reposição de reservas cambiais, reduzidas no último ano devido às intervenções no mercado”.

“Esta valorização da moeda chinesa e desvalorização do dólar traria uma maior tração às economias em desenvolvimento que estão dependentes do financiamento em dólares americanos, pelo que neste cenário, poderia ser um bom investimento”, remata o CEO da Dif Broker.

Flash… mas não é o Gordon. Vem aí um crash

Os mercados financeiros vão atravessar uma tempestade perfeita, quem o diz é o Saxo Bank. O VIX, o índice que reflete o medo dos investidores através da volatilidade das ações, vai atingir mínimos históricos, o que se traduzirá num aumento de confiança por parte dos investidores. Somado a isto, os preços das ações e do imobiliário irão bater máximos sucessivos, numa altura em que os bancos centrais continua a alimentar artificialmente o mercado.

Assim, na existência de um acontecimento mais marcante, um verdadeiro choque, será desencadeado um flash crash de 25% no principal índice de referência mundial — S&P 500, que lembrará o crash ocorrido em 1987, marcado pelas perdas de 22,61% do industrial Dow Jones.

E, como diz Pedro Lino, “caso exista um flash crash de 25% no S&P 500, poderemos ficar numa situação idêntica à de 2008, com a falência de um grande banco à espreita. Neste momento os investidores estão sobre confiantes e um crash desta dimensão iria dizimar os investidores que ficariam a dever dinheiro aos intermediários financeiros devido ao efeito de alavancagem. Simultaneamente, quem tivesse comprado volatilidade teria ganhos muito elevados, uma vez que estamos em valores historicamente baixos”.

Esquerda ao poder nos EUA. E a dívida?

O Saxo Bank tem outra previsão quanto ao futuro das taxas de juro norte-americanas: a mudança partidária radical da população dos Estados Unidos. O banco dinamarquês acredita que, nas eleições intercalares de 2018, os eleitores americanas mudarão as suas convicções e tornar-se-ão adeptos do socialismo democrático, “virando-se” para a Esquerda.

Steve Bannon, ex-assessor político de Donald Trump, disse numa entrevista que os eleitores terão de fazer essa escolha — entre populismo de direita e de esquerda, apenas em 2020. No entanto, o Saxo Bank acredita que não será preciso tanto tempo até isso acontecer, pois já em 2018 poderá surgir uma campanha do partido democrata para recuperar as duas Câmaras do Congresso, e tudo devido à maioria dos cidadãos norte-americanos serem “millennials”, ou seja, terem nascido após 1980.

Neste contexto, o banco de investimento prevê que os Democratas mudem de discurso. De uma reforma fiscal, passa-se para um programa de estímulos para as massas. O “verdadeiro populismo” leva a despesa a disparar. O défice norte-americano acelera, a dívida entra em espiral. E os juros das Treasuries? Dispara para lá da fasquia dos 5%.

Euro em perigo. Há uma nova força na Europa

O ano de 2017 ficou marcado por várias tensões políticas e humanas entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental. No entanto, para 2018, o Saxo Bank prevê que o cenário se agrave ainda mais. Emmanuel Macron irá convencer a Alemanha e ainda os três países do Benelux — Bélgica, Holanda e Luxemburgo, a unirem-se.

No entanto, aproveitando a fragilidade destes países, será criado um novo grupo pro-estímulos e anti-emigrantes, com 13 nações, entre eles a Áustria, Eslovénia, Itália e Hungria, que tentará bloquear a influência do primeiro grupo na União Europeia. Com isto, será gerado, nos mercados financeiros, um sentimento de receio nos investidores, o que levará a uma desvalorização do euro. O Saxo Bank vê nas suas previsões improváveis uma queda da divisa única até à paridade com o dólar. Está, atualmente, a 1,1757 dólares.

Adeus, Apple. Olá, Tencent, a nova rainha da bolsa

A Tencent tornou-se a primeira empresa chinesa a valer mais de 500 mil milhões de dólares (425,46 mil milhões de euros), ultrapassando o Facebook. Este ano, a empresa mundialmente conhecida pela sua rede social WeChat registou um crescimento de 120%, escalando até ao top 5 das cinco maiores empresas do mundo em capitalização bolsista.

Atualmente, a Tencent está avaliada em cerca de 470 mil milhões de dólares (397,9 mil milhões de euros), no entanto, o Saxo Bank prevê que, para 2018, a chinesa consiga correr mais rápido e ultrapassar todas as que estão à sua frente, nomeadamente a Apple. A empresa fundada por Steve Jobs vale, atualmente, cerca de 890 mil milhões de dólares (753,4 mil milhões de euros) mas, mesmo que consiga atingir o bilião de dólares com a venda do iPhone X, o banco dinamarquês aposta que a tecnológica chinesa possa vir a ser a nova rainha da bolsa.

Este desempenho bolsista, que a permitirá suplantar a Apple, é justificado por, para além do modelo de negócio adotado pela empresa, pela transição da China para uma economia mais orientada para o consumo.

Mulheres à cadeira do poder… das maiores empresas

Em 2018, o mundo empresarial será das mulheres, quem o diz é o Saxo Bank. Nas últimas gerações, as universidades norte-americanas formaram cerca de 50% mais mulheres do que homens a nível de licenciatura e, atualmente, quase metade dos graduados nas empresas são mulheres. Também no que diz ao poder de voto nos países desenvolvidos, há uma diferença de entre 7% a 10% do número de mulheres que votam, em comparação com o número de homens.

De acordo com uma relatório divulgado em 2015 pela McKinsey & Company, as melhores práticas em termos de igualdade de género adicionariam mais 12 biliões de dólares, o correspondente a 10%, para o PIB do mundo até 2025. E se houvesse realmente uma igualdade de género, a poupança seria de 28 biliões de dólares, o equivalente a um ano completo do PIB norte-americano mais o chinês.

Perante estes números, o banco dinamarquês estima que no futuro sejam as mulheres a liderar as maiores empresas. E prevê que já em 2018, as mulheres possam ocupar mais de 60 lugares de topo em empresas do Fortune 500 — as 500 maiores empresas do mundo.

Powell ao comando de uma Fed… sem poder

Após perder a independência durante a Segunda Guerra Mundial, altura em que assistiu a taxas de juro estabelecidas pelo Governo, a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) recuperou essa independência em 1951. O certo é que, durante os seus 104 anos de existência, sempre mostrou várias oscilações na sua forma de lidar com essa independência.

No entanto, no caso de existência de um flash crash, como prevê o Saxo Bank, o mais certo é que a Fed perca novamente a sua independência. Uma fraca economia, juntamente com uma taxa de inflação e juros elevados deixarão a Reserva Federal impotente quanto à sua política monetária. Será culpada pelos partidos políticos pelo fraco desempenho da economia.

Para manter a despesa, mas também a taxa de crescimento ao mesmo tempo que procura estabilizar os mercados de dívida, o Tesouro norte-americano faz o que fez durante a 2ª Grande Guerra, impondo um teto de 2,5% nas taxas das Treasuries após um pico nos juros dos EUA.

“Caso a Fed perca a sua independência e o Tesouro decida emitir dívida a longo prazo a taxas de 2,5%, pode correr o risco de não conseguir colocar toda a dívida necessária no mercado, o que traria instabilidade aos mercados obrigacionistas e acionistas”, explica Pedro Lino, da Dif Broker. “Nesse caso, a Fed seria obrigada a voltar atrás no seu objetivo e comprar o remanescente das obrigações que os investidores privados e institucionais não quisessem, financiando diretamente o Tesouro americano”.

Japão às voltas com os juros da dívida

O Japão passa os dias numa luta constante para conseguir travar a valorização da moeda — o iene –, tentando mantê-la estável face aos restantes blocos. Como diz Pedro Lino: “o Banco do Japão tem sido um dos bancos mais ativos do mundo, comprando desde ações, a ETF de índices, obrigações e ETF de imobiliário”.

No entanto, no caso de uma subida acentuada das taxas de juro noutros blocos económicos, como prevê o Saxo Bank, o iene irá desvalorizar face ao dólar, o que irá fazer o país reverter as medidas que tem adotado até agora. Acabará por ver-se forçado a avançar com um programa de estímulos convencional, de forma a evitar que os juros da dívida entrem numa espiral que fique fora de controlo.

Com esta reversão do programa de estímulos, o iene vai conseguir bater nos 150 mas, conseguirá retornar aos 100. Com isto, “teremos a bolsa japonesa a bater máximos históricos nos 35 mil pontos, o que será uma escalada espetacular”, diz Pedro Lino.

No entanto, alerta o CEO da Dif Broker, a “China e os países vizinhos iriam protestar contra este estímulo monetário e apoio à industria exportadora, pelo que, ao iniciar a subida das taxas de juro e abandonar a sua política de taxa zero nas obrigações a 10 anos, a bolsa iria ressentir-se com possibilidade de crash.

Primavera Africana. Quem ganha? A África do Sul

Após a Primavera Árabe de 2010/2011, esperava-se um período de paz e acalmia para os países africanos e do Médio-Oriente. No entanto, seis anos depois, são várias as tensões vividas um pouco por todas essas regiões. A inflação egípcia e a elevada taxa de desemprego turca aliam-se às recentes polémicas no Zimbabué, na África do Sul e na República Democrática do Congo, marcadas pelas destituições de órgãos do poder.

Então, de acordo com as previsões do Saxo Bank, para tentar colmatar as consequências que estão e poderão ainda vir a surgir com estes acontecimentos, várias comunidades internacionais poderão avançar com investimentos na região, confrontadas pelas perspetivas de atraso no crescimento destas economias emergentes.

Os efeitos não tardarão até começarem a ser sentidos nas três maiores economias africanas: o Zimbabué conseguirá recuperar da elevada inflação, enquanto a República Democrática do Congo atingirá um recorde de 10 mil milhões de dólares em Investimentos Estrangeiros Diretos (IED), principalmente nas reservas de cobalto do país. Mas, quem sairá mais a ganhar com tudo isto será a África do Sul, com o Rand, a moeda do país, a brilhar. Poderá registar uma valorização de 30% face às divisas dos outros países.

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Fogos: IVA da reconstrução das casas vai para o Fundo Revita

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2017

Tal como aconteceu ao IVA dos donativos para as vítimas dos incêndios, o Ministério das Finanças vai canalizar o dinheiro do IVA da reconstrução das casas para o Fundo Revita.

O IVA da reconstrução das casas afetadas pelos fogos de junho vai reverter para o Fundo Revita, garantiu este sábado o primeiro-ministro, em Figueiró dos Vinhos, após uma reunião com a Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande.

Tal como já fizemos com as chamadas de valor acrescentado, também relativamente a todas estas despesas com a reconstrução essa receita reverterá para o Revita, para que os donativos para a reconstrução desta região continuem a ser donativos para a solidariedade”, disse António Costa. Segundo o primeiro-ministro, não é possível, “porque estamos sujeitos a regras comunitárias, alargar o âmbito das isenções, agora, podemos consignar esta receita a este fim e é isso que iremos fazer“.

Aos jornalistas, a presidente da Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, Nádia Piazza, adiantou que vai ser desenvolvido um projeto-piloto dedicado ao trauma para as comunidades de desastre, “que foi o nosso caso”. “Isso vai fazer história e ficar nos manuais do futuro para quando acontecer uma catástrofe não voltarmos à estaca zero”, disse Nádia Piazza, considerando que, no futuro, pode haver outro tipo de catástrofes.

O projeto-piloto vai incidir sobre os incêndios, que é o “tipo de catástrofe que nos afeta aqui no interior dado o nosso coberto vegetal, a orografia e agora os períodos de seca extrema”, acrescentou. “Esta região passou por um trauma coletivo, então o trauma tem de ser trabalhado também em coletividade, com terapias em grupo, e há terapias fantásticas que têm resultado e que conseguem desconstruir imagens que é aquilo que nós carregamos muito”, sublinhou, emocionada, Nádia Piazza.

A presidente da Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande disse ainda que a questão das indemnizações às vítimas está resolvida e a cargo da Provedoria de Justiça.

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52% dos norte-americanos diz que país está pior com Trump

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2017

Apenas três em dez norte-americanos disseram que os Estados Unidos estão a ir na direção correta.

Mais de metade dos norte-americanos consideram que o país está numa situação pior desde que Donald Trump se tornou presidente, indica uma sondagem da Associated Press – NORC Center for Public Affairs Research, divulgada este sábado pela agência noticiosa norte-americana.

“Apenas três em dez norte-americanos disseram que os Estados Unidos estão a ir na direção correta, e 52% disseram que o país está em pior situação desde que Trump se tornou presidente”, referiu a AP, numa notícia sobre a sondagem. Segundo a sondagem, apenas 25% dos norte-americanos pensa que o país está melhor desde a tomada de posse de Trump, e apenas 20% dizem que estão melhor pessoalmente.

O inquérito de opinião mostra ainda que menos de um quarto dos norte-americanos (23%) pensa que Trump está a dar resposta às promessas que fez aos eleitores, enquanto 30% considera que o presidente tentou sem sucesso e 45% diz que ele não as cumpriu de todo. Entre os republicanos, metade diz que Trump cumpriu as suas promessas.

De acordo com uma segunda sondagem, a taxa de aprovação de Trump é de 32%, o que faz dele o presidente menos popular no primeiro ano de mandato. Um quarto dos republicanos diz estar entre os que reprovam o chefe de Estado.

Por outro lado, 40% dos norte-americanos aprova o modo como Donald Trump gere a economia, mais do que os três em cada dez que estão de acordo com o tratamento dado pelo presidente às questões da saúde, da política externa ou dos impostos.

Apenas nove por cento pensa que o país ficou mais unido devido à presidência Trump, enquanto 67% considera que está mais dividido por causa do presidente. Mesmo entre os republicanos, são mais os que pensam que Trump dividiu os Estados Unidos (41% contra 17%), em relação à perspetiva oposta.

A primeira sondagem AP-NORC, que foi realizada entre 30 de novembro e 04 de dezembro, conta com uma amostra de 1.444 pessoas e tem uma margem de erro de mais ou menos 3,7. A segunda, realizada entre 07 e 11 de dezembro, com 1.020 inquéritos, tem uma margem de erro de mais ou menos 4,3.

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ECO Talks com Pedro Siza Vieira sobre o Capitalizar

  • ECO
  • 16 Dezembro 2017

O ministro Adjunto que entrou no Governo em outubro vai estar no ECO Talks da próxima quarta-feira. Tema principal: O programa Capitalizar.

O ECO promove mais um ECO Talks, desta vez com o ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, para avaliar o programa Capitalizar e as empresas. É já no dia 20 de dezembro, entre as 9h15 e as 10h15 e decorre na Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, nas Portas de Santo Antão.

Pedro Siza Vieira foi um dos membros da Unidade de Missão do Programa Capitalizar e é agora, no Governo, o ministro responsável pela condução deste programa de apoio ao financiamento e à capitalização das empresas.

Agora com o Orçamento do Estado para 2018 aprovado e à espera de promulgação do Presidente da República, o que se pode esperar do programa Capitalizar, quais são as prioridades e o que vai mudar.

Pode acompanhar o ECO Talks em direto no Facebook e no site do ECO.

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Morar numa “obra de arte” no centro de Lisboa? Já é possível

O centro de Lisboa vai receber o primeiro condomínio privado de moradias, com um total de 17 habitações com piscina privada e jardim. Sete já estão vendidas e preços rondam os dois milhões de euros.

Lisboa vai receber no centro o primeiro condomínio privado de moradias, inserido numa histórica quinta do Lumiar e projetado sob a alçada do arquiteto Eduardo Souto Moura. A construção do empreendimento vai arrancar em janeiro, quando começarão a ser construídas 17 moradias, estando sete delas já vendidas. Com piscina privada e jardim, as habitações são destinadas a um segmento alto de mercado.

A Quinta do Paço do Lumiar vai dar lugar ao primeiro condomínio privado no centro da cidade, numa área total de cerca de 14,5 mil metros quadrados, onde serão construídas 17 moradias com uma área individual de cerca de 500 metros quadrados. José António Teixeira, presidente da RAR Imobiliária, promotora do projeto, explica ao ECO que o condomínio “está localizado numa zona tranquila e é destinado a um segmento alto de mercado que é, no final de contas, aquele para quem estamos a destinar este produto“.

A obra, projetada pelo arquiteto Eduardo Souto Moura, “por ser uma referência na arquitetura mundial”, como diz José Teixeira, pretende proporcionar às famílias a experiência de “viver numa obra de arte, acabando por ser uma uma obra de arte habitada“. As moradias, de tipologia T3+1 e T4+1, destinam-se a famílias com filhos e que procurem facilidades de transporte dos mais pequenos à escola, tendo em conta a fluidez do trânsito na zona.

Localização do empreendimento

A construção das primeiras sete moradias está marcada para janeiro, por já estarem vendidas. “É um número que está acima das nossas expectativas precisamente porque, ainda antes de iniciar a construção vender logo 40% em planta, como se costuma dizer, é muito bom“, diz o presidente da imobiliária. Quanto às restantes, o otimismo está bastante presente devido ao sucesso das primeiras vendas: “se sem nada construído vendemos sete, contamos vender as restantes dez no próximo ano”.

E, com estas vendas instantâneas, o preço das moradias, que contemplarão uma piscina privada, pátios interiores e jardim, aumentou 10%. Atualmente está fixado entre 1,5 e dois milhões de euros. Como disse José Teixeira ao ECO, destinadas “a um segmento alto de mercado”.

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Costa: Subida da Fitch não é “fruto de milagres”

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2017

O primeiro-ministro afirmou que a subida do rating pela Fitch é fruto do trabalho dos portugueses, do investimento dos empresários e da forma como o Estado tem sabido implementar boas políticas.

O primeiro-ministro, António Costa, disse este sábado, em Figueiró dos Vinhos, que a subida do ‘rating’ português pela agência de notação financeira Fitch não é “fruto de milagres”, mas sim das boas políticas que estão a ser seguidas.

Na sexta-feira, a agência de notação financeira Fitch subiu dois níveis o ‘rating’ de Portugal, que deixou de ser considerado lixo e passou a ter um grau de investimento de qualidade.

“Estes resultados não são fruto de milagres, são fruto do trabalho dos portugueses, do investimento dos empresários e da forma como o Estado tem sabido implementar boas políticas“, disse António Costa, em Figueiró dos Vinhos, no âmbito de uma visita à região Centro do país, para se inteirar das operações de reconstrução das zonas afetadas pelos incêndios do verão.

Salientando que a situação do país é “completamente” distinta de 2011, o primeiro-ministro frisou que “hoje temos uma situação de crescimento sustentado, redução sustentada do desemprego, e controlo do défice e redução da dívida”. O governante destacou que esta melhoria do ‘rating’ português já se traduz na redução da taxa de juro dos empréstimos que o país paga, cuja taxa de juro no início do ano estava próximo dos 0,4% e neste momento está já abaixo dos 0,2%.

“Esta redução [da taxa de juro] vai ter impacto, mas temos, sobretudo, de nos concentrar em dar continuidade às boas políticas que têm permitido estes resultados. E, por isso, é importante continuarmos a fazer bom trabalho”, sublinhou.

Segundo António Costa, têm sido as boas políticas do Governo que têm “permitido a recuperação de rendimentos das famílias, o aumento do investimento, o crescimento sustentável das exportações e um bom rigor na execução da despesa pública, uma redução continuada do défice e o início da redução da dívida”.

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Iniciativa Liberal já é um partido

Depois de ter pedido uma retificação, o Tribunal Constitucional já aprovou que a Iniciativa Liberal seja um partido. O foco dos liberais portugueses estará nas eleições europeias e nas legislativas.

A Iniciativa Liberal poderá apresentar-se às próximas eleições que acontecerem em Portugal. Apesar de ainda não ser público, os juízes do Palácio Ratton já validaram o processo que oficializa a formação do novo partido, sabe o ECO. Este sábado o partido está em Barcelona numa ação de campanha do Ciudadanos (Cidadãos), liderado por Albert Rivera, onde também estão representantes do partido de Emmanuel Macron, La République En Marche (Em Marcha).

Esta validação acontece depois do Tribunal Constitucional ter pedido aos fundadores do partido para corrigirem alguns pontos da proposta de estatutos, além de algumas informações entregues com as assinaturas que deram entrada em setembro. O partido já reagiu nas redes sociais: “Mais liberdade política é existir um partido que defende abertamente os valores do liberalismo”. Um dos objetivos do partido é ter um “processo colaborativo”, inclusive digital, para compor o seu programa.

Acreditamos num maior e melhor aprofundamento europeu, num momento em que existe muito barulho contra a Europa.

Miguel Ferreira da Silva

Presidente do partido Iniciativa Liberal

Neste momento, a Iniciativa Liberal já é membro do ALDE (Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa), o terceiro principal partido europeu que conta com figuras como o eurodeputado belga Guy Verhofstadt‎ ou a comissária europeia para a concorrência, a dinamarquesa Margrethe Vestager — e, em breve, a possível entrada do Em Marcha. Atualmente, existem oito Governos na União Europeia liderados por partidos liberais, excluindo o de Macron.

Com um pilar europeísta, o partido quer participar em todas as eleições em Portugal, mas o foco estará nas eleições europeias e nas legislativas. “Acreditamos num maior e melhor aprofundamento europeu, num momento em que existe muito barulho contra a Europa“, afirmou o presidente do partido ao ECO. Miguel Ferreira da Silva garante que o partido quer ser liberal em três pilares: a liberdade política, liberdade social e liberdade económica. E as questões fraturantes? “Já não são temas hoje em dia”, remata, assinalando que o partido é progressista nesses assuntos.

O partido recusa situar-se na dicotomia tradicional entre esquerda e direita. Mas poderá haver uma geringonça à direita caso sejam eleitos? Miguel Ferreira da Silva não exclui a hipótese, mas diz que o partido não foi criado com esse intuito. “Esse tema só será debatido na devida altura pelos órgãos do partido quando for definida a estratégia eleitoral”, explica o presidente, assinalando, no entanto, que a Iniciativa Liberal não se revê “como sendo de direita”.

Apenas admitimos o controlo do Estado sobre as atividades que excedam o âmbito da iniciativa privada ou nas áreas em que a concorrência já não funcione.

Manifesto da Iniciativa Liberal

No seu manifesto, a Iniciativa Liberal assinala que “o Estado deve ter limites na sua capacidade de endividamento e apropriação de recursos das pessoas ou Organizações, nomeadamente através de taxas ou impostos”. “Apenas admitimos o controlo do Estado sobre as atividades que excedam o âmbito da iniciativa privada ou nas áreas em que a concorrência já não funcione”, esclarecem os liberais portugueses, apelando aos cidadãos a colaborarem na sua agenda programática e nos programas eleitorais.

Este sábado o partido está em Barcelona a apoiar o Cidadãos, o partido espanhol que tem ganho espaço nas sondagens para as eleições de dia 21 de dezembro na Catalunha. A candidata Inés Arrimadas estará acompanhada de Albert Rivera, o líder do partido, mas também de Manuel Valls, ex-primeiro-ministro francês de François Hollande, e contará com o apoio dos liberais portugueses e do partido de Macron, Em Marcha.

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Marcelo: Portugal vive “hora da alegria” mas avisa que “esforço” deve continuar

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2017

Marcelo Rebelo de Sousa pegou no exemplo do presépio de Priscos, que considerou "espetacular" e "impressionante" para alertar para o que é necessário fazer no futuro.

O Presidente da República afirmou este sábado que Portugal vive “uma hora de alegria”, depois da saída da divida pública da classificação de “lixo”, mas avisou que é “preciso continuar o esforço” e “consolidar a conquista” dos últimos anos.

À margem de uma visita ao Presépio Vivo de Priscos, em Braga, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o “problema” da dívida “está a ser resolvido” e que a melhoria da classificação da divida pela agência de notação financeira Fitch, vai implicar “menos sacrifícios para os portugueses” em 2018. “Neste momento a hora é uma hora de alegria. Quando olhamos para o ano que vem e pensando no ano que vem e nos seguintes, é preciso continuar este esforço“, avisou o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa pegou no exemplo do presépio de Priscos, que considerou “espetacular” e “impressionante” para alertar para o que é necessário fazer no futuro. “É um pouco como no caso deste presépio que é o que é porque é um trabalho de 12 anos. Também nós como país precisamos de consolidar, ano após ano, aquilo que foi a conquista destes últimos anos“, disse.

O chefe de Estado mostrou-se também confiante em relação ao futuro e à evolução da dívida pública. “É um problema que está a ser resolvido, que vai diminuindo com o tempo. Olhando para o lado positivo das coisas, de facto o que sucedeu foi muito positivo”, salientou.

Isto porque, enumerou, a saída da classificação do ‘lixo’ “vai permitir precisamente no futuro melhorar a situação de todos porque vai permitir, por um lado, diminuir o custo da divida que [os portugueses] têm nos ombros, vai permitir diminuir a divida” e, explanou, significa que o país “vai chegar ao fim do ano com menos divida, com juros muito mais baixos, com menos sacrifício para os portugueses”.

Questionado ainda sobre a reconstrução das casas afetadas pelos incêndios em Pedrógão Grande, na zona Centro, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a comentar, realçando que só o fará “com os pés assentes na terra e vendo o que se passa”. Sobre com quem se irá sentar à mesa para a consoada e alertado que o primeiro-ministro não foi convidado para passar a noite de Natal em Pedrógão Grande, o chefe de Estado deixou, entre sorrisos, outra garantia. “É impossível criarem qualquer problema à solidariedade institucional”, disse.

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