35 anos depois, Arábia Saudita permite a abertura de novos cinemas

  • Juliana Nogueira Santos
  • 11 Dezembro 2017

A proibição, levantada esta segunda-feira. deixou os consumidores de cinemas sauditas presos no sexto episódio da saga Star Wars, em 1983. Agora o Governo quer estimular a economia.

Depois das mulheres ao volante, segue-se o acesso à cultura. O Ministério da Cultura saudita anunciou esta segunda-feira que vai permitir a emissão de novas licenças para a abertura de novas salas de cinema, algo que já não acontecia desde o início da década de 80. As primeiras salas irão entrar em funcionamento em março de 2018.

O levantamento desta proibição, que deixou os consumidores de cinemas sauditas presos no sexto episódio da saga Star Wars, em 1983, tem como principal objetivo “promover as atividades culturais”, ao mesmo tempo que “estimula o crescimento económico e oferece oportunidades de emprego em novas áreas”, aponta, em comunicado, o Ministério.

O Governo saudita estima que, até 2030, a indústria cinematográfica crie mais de 30 mil empregos permanentes e 130 mil temporários, contribuindo com mais de 90 mil milhões de riyals para a economia.

O setor conservador tem visto com maus olhos as mudanças levadas a cabo pelo príncipe Mohammed bin Salman, principalmente aquelas que mexem com as formas não religiosas de entretenimento, como são a música ou o cinema.

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Um ano em sete minutos: YouTube já tem o vídeo de 2017

  • ECO
  • 11 Dezembro 2017

O que marcou o ano de 2017? A sonoridade de Dua Lipa, o eclipse, 'Despacito' e muito outros momentos que o Youtube juntou num único vídeo.

Com Stephen Colbert à cabeça, Despacito a encher o ar e muitas caras conhecidas. É assim que o Youtube decidiu começar o vídeo que destaca tudo o que marcou o ano de 2017. São sete minutos de muitas referências musicais — de New Rules de Dua Lipa a Shape of You de Ed Sheeran — reinterpretações dos vídeos e desafios mais populares e, pela primeira vez, destaque dos principais títulos noticiosos dos últimos meses. Este ano, aos youtubers habituais (voltam a participar Rhett e Link, Phill e Dan, Cassey Neistat, Marcus Butler e tantos outros) juntaram-se novos nomes como os dos brasileiros Felipe Neto e Evelyn Regly. Desta feita, o sueco Felix Kjellberg — mais conhecido com PewDiePie e um dos produtores de vídeos mais populares com 58 milhões de subscritores — não marca presença.

“O nosso [vídeo] anual juntou mais do que nunca talento incrível — quase 300 criadores, estrelas virais, músicos e convidados surpresa — de mais de 20 países”, explica a plataforma, no seu blog. A banda sonora foi composta pelo The Hood Internet. Apresentações à parte, o melhor mesmo é ver o vídeo.

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Ministro da Saúde reúne-se com trabalhadores do Infarmed para discutir transferência

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2017

A reunião para debater a transferência da sede da Autoridade do Medicamento para o Porto acontece esta segunda-feira ao início da tarde.

O ministro da Saúde reúne-se hoje com a comissão de trabalhadores do Infarmed para debater a questão da transferência da sede da Autoridade do Medicamento para o Porto.

Segundo uma carta enviada pela comissão de trabalhadores aos funcionários do Infarmed, a que a agência Lusa teve acesso, a reunião com o ministro Adalberto Campos Fernandes ocorre num momento em que os representantes dos trabalhadores dizem continuar “atentos, empenhados” e a trabalhar na “salvaguarda dos colaboradores e da instituição”.

O pedido de audiência ao ministro da Saúde foi feito no início deste mês, depois de elementos da comissão de trabalhadores terem sido recebidos na Presidência da República e por grupos parlamentares.

Segundo a carta da comissão de trabalhadores enviada a colaboradores do Infarmed, a reunião com o ministro acontece hoje ao início da tarde.

O anúncio feito pelo ministro de Saúde de transferir a sede do Infarmed de Lisboa para o Porto apanhou de surpresa os trabalhadores da instituição quando foi divulgado, em novembro. A esmagadora maioria dos funcionários manifestou já que não está disposta a ir para o Porto.

O ministro da Saúde admitiu já que a decisão de transferência da sede foi “muito mal comunicada” e assumiu as responsabilidades por essa má comunicação.

“Foi muito mal comunicada e o responsável por essa má comunicação tem um nome: sou eu. E é por isso que assumo as minhas responsabilidades e terei agora de explicar detalhadamente, de trabalhar detalhadamente com todos, para que essa comunicação seja recomposta”, afirmou Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas há uma semana, no final de uma comissão parlamentar de Saúde e questionado pela agência Lusa sobre a questão da transferência da sede do Infarmed.

O anúncio de que a sede da Autoridade Nacional do Medicamento – Infarmed sairia de Lisboa para o Porto foi feito pelo ministro Adalberto Campos Fernandes, durante uma conferência em Lisboa.

“Mas em política, a humildade e a capacidade de reconhecimento do erro não deve servir para nos desviar de um caminho”, afirmou.

O ministro continuou, assim, a dizer que a decisão política de transferir a sede do Infarmed já estava tomada há mais tempo e recusou comentar a entrevista da presidente do organismo, que disse nunca ter percebido que se tratava de uma decisão, mas antes de uma intenção.

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Portugal fará reembolso de 1.000 milhões ao FMI até final do ano

O IGCP pretende devolver mais 1.000 milhões de euros ao FMI nas próximas três semanas, aproveitando a baixa dos juros, elevando para dez mil milhões o total reembolsado em 2017.

Mourinho Félix tinha falado de um novo reembolso ao Fundo Monetário Internacional (FMI) de cerca de 500 milhões de euros ainda este ano, mas a meta do IGCP é mais ambiciosa: pretende devolver antecipadamente mais 1.000 milhões de euros à instituição nas próximas três semanas. Em 2017, o total de devolução ao Fundo vai ascender a dez mil milhões de euros.

Esta intenção de pagar mais uma parte do empréstimo do FMI surge na apresentação da agência liderada por Cristina Casalinho aos investidores internacionais.

Neste momento, falta pagar 24% do total do resgate de 26 mil milhões de euros de Washington ao país em 2011, cerca de 6,3 mil milhões. Agora, com mais este reembolso, ficará por pagar cerca de 5,3 mil milhões de euros ao Fundo.

Com esta estratégia, o Governo procura obter ganhos com a redução do custo da dívida por duas vias: em primeiro lugar, através da substituição do empréstimo mais oneroso do Fundo por colocação de nova dívida no mercado a taxas bem mais favoráveis; depois, porque ao baixar a exposição junto do Fundo, também alivia os juros cobrados pelo valor da dívida que permanece por pagar ao FMI.

Conforme explicou o ECO, Portugal paga inclusivamente uma penalização (um spread agravado) sobre o valor da dívida ao FMI que ultrapassa o limite que decorre da sua quota. No caso de Portugal, esta fasquia corresponde a 3,86 mil milhões de SDR (direitos de saque especial, a moeda internacional do FMI. Isto equivale a cerca de 4,7 mil milhões de euros.

Ou seja, só quando baixar deste montante é que Portugal deixará de pagar este prémio. Faltam aproximadamente 670 milhões de euros para o Governo estar completamente livre desta penalização. Isto deverá acontecer no próximo ano, dado que está previsto um reembolso de 800 milhões de euros.

Portugal tem acelerado os reembolsos aproveitando a boleia dos juros mais baixos nos mercados. Além dos reembolsos ao FMI, também tem recomprado dívida antiga e a vencer no futuro próximo e a trocá-la por dívida nova com juros mais baixos e prazos mais longos, tal como aconteceu na semana passada.

Vários fatores têm ajudado a baixar as taxas da dívida portuguesa, incluindo fatores internos como o bom desempenho da economia portuguesa e a melhoria do rating (sexta-feira será a vez da agência Fitch retirar Portugal do “lixo”) e ainda fatores externos como o Banco Central Europeu (BCE).

(Notícia atualizada às 11h33)

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Conheça os escritórios de advogados com mais ajustes diretos com o Estado

Vieira de Almeida é campeã dos ajustes diretos com o Estado. Só com o Banco de Portugal ganhou 1,5 milhões, tendo o contrato cessado antes do previsto por ter chegado ao valor máximo permitido.

A lista de escritórios de advogados que prestaram assessoria jurídica ao Estado em 2017 é extensa mas são três as sociedades que saltam mais à vista: VdA, Sérvulo e PLMJ. Os dados constam do portal Base (contratos públicos online), reportam-se a este ano e são contabilizados contratos até ao dia 6 de dezembro.

Nessa lista constam ainda nomes de sociedades de advogados como: MLGTS, Cuatrecasas, Abreu, Telles, Jardim, Sampaio, Magalhães e Silva & Associados, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, Gama Glória, CMS Rui Pena & Arnaut, SRS, Neves Lima & Associados, Zacarias de Carvalho & Associados, Nobre Guedes, Mota Soares & Associados. E não só.

Os dados foram recolhidos pelo ECO, dias depois do secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Tiago Antunes, ter anunciado a criação da Jurisapp — um Centro de Competências Jurídicas do Estado — que vai passar a prestar consultoria jurídica e informações jurídicas a todos os membros do Governo. E que fará o crivo cada vez que um organismo do Estado pedir serviços externos de advogados, autorizando ou recusando. Tudo isto a partir de 2018.

“Este é o primeiro passo dado pelo Governo para deixar de recorrer ao outsourcing no que respeita a serviços jurídicos”.

Tiago Antunes

Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros

A ideia, segundo o que o próprio membro do Governo explicou ao ECO, é que se deixe de recorrer ao outsourcing no que respeita a serviços jurídicos. Assim, prevê-se que o recurso à contratação externa de quaisquer serviços jurídicos apenas seja admissível nos casos em que não existam nos serviços ou organismos internamente.

Assim, este ano, a VdA recebeu 1,7 milhões de euros. Só com o Banco de Portugal — que contratou o escritório alegando “ausência de recursos próprios” — encaixou a quantia de 1,5 milhões de euros. O contrato foi assinado a 2 de agosto de 2017 mas “reporta os seus efeitos a 1 de dezembro de 2016 e mantém-se em vigor pelo prazo de dois anos”, pode ler-se no próprio documento. Porém, “o contrato cessa imediatamente a sua vigência se, antes de decorrido o prazo máximo de dois anos, for atingido o valor máximo contratual de 1,5 milhões de euros”. O que aconteceu. Segundo o portal Base, esse contrato terá cessado dois dias depois da sua assinatura: a 4 de agosto. Celebrou também um contrato de 195 mil euros com a Santa Casa da Misericórdia — a 22 de Junho — de “serviços jurídicos especializados em auditoria”. O contrato não especifica mais do que isto.

Já a quantia recebida pela Sérvulo — escritório já com uma tradição acentuada em elaborar pareceres jurídicos para o Estado — rondou os 600 mil euros. Os valores mais altos são respetivos a contratos celebrados com a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, de “aquisição de serviços de consultadoria jurídica” no valor de 74 mil e 620 euros (a 15 de fevereiro deste ano) e ainda a contrato celebrado com as Infraestruturas de Portugal (a 2 de Junho deste ano) no valor de 61 mil e 700 euros em “prestação de serviços para patrocínio de processos judiciais”.

No que toca à PLMJ — o maior escritório de advogados português e onde o atual secretário de Estado exerceu funções — o valor total não chega a 600 mil euros, sendo que o contrato mais “valioso” foi o celebrado em março deste ano, de 99 mil e 500 euros, com a Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura para “serviços de assessoria jurídica”.

Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS) celebrou contratos por ajuste direto com o Estado no valor de mais de 500 mil euros. O mais caro foi o mantido com a Câmara Municipal de Cascais — celebrado em julho — no valor de 217 mil euros. Em causa terão estado “aquisição de serviços de patrocínio judiciário”.

A Cuatrecasas terá celebrado cerca de 270 mil euros em ajustes diretos. O mais caro foi o contrato assinado com a Empresa Portuguesa de Defesa no valor de 70 mil euros, datado de 17 de novembro. Em causa “prestação de serviços de assessoria jurídica”.

A Abreu Advogadosque recentemente inaugurou a nova sede em Lisboa que custou 13 milhões de euros também arrecadou cerca de 240 mil euros este ano do Estado, sendo o contrato com o valor mais alto (60 mil euros) feito com a EPAL (Empresa Portuguesa das Águas Livres), em junho deste ano.

No total, em média, os contratos celebrados entre o Estado e escritórios de advogados rondam os 15 milhões de euros anuais. Entre 2014 e 2016 — segundo um levantamento feito pelo Dinheiro Vivo em novembro — essa média manteve-se nos 15,2 milhões, o que representou mais 4,9 milhões do que no triénio anterior e quase o dobro do registado entre 2008 e 2010.

Em conversa com o ECO, o Secretário de Estado da PCM admite que esse valor tem vindo “a subir” e que a ideia é atacar esses gastos públicos com a medida agora anunciada.

Contactados pelo ECO relativamente à medida anunciada pelo Governo — da criação da JurisApp que passa a autorizar ou não estes serviços externos a partir de 2018 — apenas quatro dos dez escritórios contactados quiseram comentar as novas regras: PLMJ, SRS Advogados e CMS Rui Pena & Arnaut e CCA Ontier.

Por ano, em média, são gastos 15 milhões de euros anuais em serviços fornecidos por escritórios de advogados (maioria pareceres). “Um valor que tem vindo a aumentar: basta dizer que em 2009 gastaram-se 12 milhões e em 2016 foram 26 milhões”. Por isso, numa ótica de racionalização de custos, “pretendemos reunir uma rede desses serviços jurídicos que existam internamente”. Uma ferramenta, segundo Tiago Antunes, que nos diga “quais serviços existem e em que serviços do Estado estão”. O Governo promete ainda que será feita uma atualização anual dessa lista.

Porém, o secretário de Estado adverte que este valor gasto até agora é também relativo a contratação de serviços jurídicos pela administração local e setor empresarial do Estado. Já a JurisApp será apenas aplicável à administração central do Estado. Pelo menos para já.

O JurisAPP passará a assegurar também a representação do Conselho de Ministros, do Primeiro-Ministro e de qualquer outro membro do Governo organicamente integrado na Presidência do Conselho de Ministros ou que beneficie dos respetivos serviços partilhados, no âmbito de processos que corram perante tribunais arbitrais, o que atualmente não é assegurado.

Top 10 dos contratos mais caros

  1. Vieira de Almeida & Associados com o Banco de Portugal – 1,5 milhões de euros.
  2. Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados com a Câmara Municipal de Cascais – 217 mil euros.
  3. Vieira de Almeida & Associados com a Santa Casa da Misericórdia – 195 mil euros.
  4. Serra Lopes, Cortes Martins & Associados com a Direção-Geral de Tesouro e Finanças – 120 mil euros.
  5. PLMJ com a Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura – 99 mil e 500 euros.
  6. Brito, Artur Silva & Associados com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo – 90 mil e 558 euros.
  7. Serra Lopes, Cortes Martins & Associados com a Empresa Portuguesa de Defesa (Empordef) – 88 mil euros
  8. PLMJ com a Navegação Aérea de Portugal (NAV) – 75 mil e 600 euros.
  9. Miranda & Associados com a Imprensa Nacional da Casa da Moeda – 75 mil euros; Cortes Martins, Serra Lopes & Associados com a Autoridade Nacional da Aviação Civil – 75 mil euros; Jardim, Sampaio, Magalhães e Silva & Associados com o Instituto da Mobilidade e dos Transportes – 75 mil euros.
  10. Sérvulo com o Município da Câmara de Lobos – 74 mil e 970 euros.

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Acidente corta trânsito no nó do Carregado nos dois sentidos

  • Lusa e ECO
  • 11 Dezembro 2017

Colisão entre três veículos pesados ocorreu junto perto da A1. Os dois feridos registados foram transportados para o hospital de Vila Franca de Xira.

O nó do Carregado, junto à Autoestrada nº 1, encontra-se cortada nos dois sentidos esta manhã após um acidente com três veículos. O incidente ocorreu junto ao nó do Carregado, e resultou no tombo de um camião que transportava combustível para aviões, segundo notícia avançada pela RTP. Há registo de dois feridos, ambos condutores dos pesados de mercadorias, avança a mesma fonte.

Em declarações à RTP, o sargento-ajudante Modesto esclarece que a colisão se deu entre três veículos pesados, dois de mercadorias e um de passageiros. “Do acidente resultaram dois feridos leves que já foram transportados para o hospital de Vila Franca de Xira e por medidas de precaução foi feito um corte num raio de um quilómetro”, avança. O condutor do veículo pesado de passageiros apenas sofreu “danos materiais”, diz. Contactada pelo ECO, a Brisa esclarece que o acidente ocorreu entre um pesado de mercadorias, um camião-cisterna que transportava combustível e um veículo ligeiro.

A autoestrada está cortada desde as 07h00. O trânsito poderá ser reaberto dentro de uma hora, calcula o sargento à RTP. O veículo de transporte de combustíveis continua tombado na via e está a ser feita a limpeza na via.

A GNR conta com cerca de 15 militares ao longo da EN3 do IC2 para facilitar a circulação do trânsito. Quem vem no sentido norte-sul, o acesso a Lisboa deve ser feito a partir da plataforma logística da Castanheira, onde pode retomar a autoestrada ou seguir por Vila Franca de Xira. No sentido contrário, o sargento recomenda a saída para Aveiras de Cima, caso os condutores queiram seguir para a Azambuja. “Mas está tudo nos placards, foi tudo acionado através da Brisa, com as devidas informações”, acrescenta.

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Economistas esperam abrandamento em 2018. PIB cresce 2%

  • Juliana Nogueira Santos
  • 11 Dezembro 2017

A previsão é dos 27 economistas sondados pela Bloomberg e apontam para um avanço do Produto Interno Bruto de 2% em 2018, depois de crescer 2,6% este ano. Em 2019, volta a cair para 1,9%.

A economia portuguesa irá abrandar o ritmo de crescimento no próximo ano. A previsão é dos 27 economistas sondados pela agência Bloomberg, que apontam para um avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 2% em 2018. Ainda assim, a previsão foi revista em alta, sendo que anteriormente apontava para os 1,8%.

Os economistas apontam para uma expansão do PIB na casa dos 2,6% em 2017. Mas o ritmo de crescimento deverá abrandar nos próximos dois anos: em 2018 ficará pelos 2% e em 2019 cairá para 1,9%. Estas previsões acompanham de perto as estimativas mais recentes do Fundo Monetário Internacional (FMI): a economia crescerá 2,6% este ano e abranda para 2,2% no próximo.

No que diz respeito ao crescimento em cadeia, ou seja, em comparação com o trimestre anterior, os economistas sondados pela Bloomberg consideram que o último trimestre deste ano vai trazer um avanço de 0,5% do PIB. O ano novo trará um crescimento em cadeia de 0,6%

Em entrevista à Reuters, em outubro, o ministro das Finanças também se mostrou seguro de que o ritmo de crescimento da economia nos próximos cinco anos se estabelecesse nos 2%, afirmando que em 2017 Portugal deverá crescer 2,6%, registando uma desaceleração nos próximos anos.

Os últimos números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, relativos ao terceiro trimestre, mostram que a economia portuguesa cresceu 2,5% em termos homólogos, o mesmo que a média da União Europeia. Também a Zona Euro cresceu ao mesmo ritmo, de 2,5%.

A dívida portuguesa também foi alvo de previsões dos economistas, com estes a firmarem que, neste ano de 2017, a taxa de juro a dez anos se deve estabelecer nos 2,39%. Já no primeiro trimestre do próximo ano, a yield baixará para os 2,35%. À espera da decisão da Fitch em relação ao rating nacional, os juros da dívida portuguesa seguem esta segunda-feira a renovar mínimos de 2015, cedendo 1,5 pontos base para 1,795%.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 11 Dezembro 2017

Apple pisca olho a Shazam enquanto May bate o pé e não dá garantias à Irlanda. Wall Street torce o nariz à revisão fiscal de Trump e Monsanto aposta em químico polémico. No Brasil, fazem-se vaquinhas.

Em 2018, estará oficialmente aberta a ‘época das vaquinhas’, no Brasil. É que, no ano das eleições gerais, os candidatos terão de financiar as suas campanhas com mealheiros tão criativos como os de lá de casa. Mais acima no continente americano, até Wall Street tem algo a dizer contra o plano fiscal de Donald Trump e a multinacional Monsanto envereda por um caminho estreito e polémico. Do outro lado do oceano, Theresa May responde com convicção aos desejos de uma fronteira “não tão dura” entre as duas Irlandas. A primeira-ministra não faz promessas, mas deixa uma mensagem otimista. No meio, fica o casamento iminente entre a americana Apple e a aplicação britânica que lhe permite dar nome àquela música que não lhe sai da cabeça, mas da qual não sabe o nome.

Reuters

Monsanto incentiva uso de herbicida controverso

Os agricultores que escolherem aplicar nas suas culturas de soja do tipo Monsanto, o herbicida da multinacional que tem ficado ligado a danos generalizados nas produções, receberão um incentivo da empresa. Apesar do regulador norte-americano já ter emitido regras sobre o limite máximo de utilização do XtendiMax with VaporGrip, a companhia norte-americana está a promover o seu uso, prometendo devolver metade do valor investido pelos produtores, em 2018. Segundo a multinacional, a soja do tipo Monsanto é capaz de resistir ao químico em questão.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre / conteúdo em inglês).

 

Folha de São Paulo

Crowdfunding será palavra de ordem nas eleições brasileiras

Financiamento cidadão. São essas as palavras-chaves, no que diz respeito à sobrevivência das campanhas para as eleições gerais brasileiras de 2018. Sem o contributo das empresas (proibido, em 2015, pelo Supremo Tribunal Federal), os participantes da corrida terão de encontrar novas formas de angariação de fundos: o crowdfunding será uma das mais comuns, dizem os especialistas. O problema nesta alternativa? Os cidadãos não têm por hábito doar para movimentos políticos e, portanto, será necessário transformar as campanhas em narrativas que prendam os eleitores e os levem a investir.

Leia a notícia completa na Folha de São Paulo (acesso livre / conteúdo em português).

Financial Times

Wall Street contra revisão fiscal

A revisão fiscal da administração Trump não agrada nem a gregos nem a troianos. Até os executivos do centro financeiro norte-americano têm algo a apontar. Wall Street está, assim, contra algumas das disposições do processo em causa, argumentando que pode provocar o afastamento de banqueiros e investidores do país. Em causa estão as medidas que diminuem as deduções possíveis de taxas locais à renda tributável dos contribuintes. A proposta foi feita para garantir o controlo do défice e mitigar os danos da revisão às receitas governamentais.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

The Telegraph

Theresa May responde à Irlanda: “nada está acordado”

Depois de o Governo irlandês ter defendido que o pré-acordo sobre o futuro da fronteira irlandesa, no quadro do Brexit, é vinculativo, Theresa May insiste: “Nada está acordado até tudo estar acordado”. Esta segunda-feira, a primeira-ministra britânica anunciará na Casa dos Comuns que, apesar de estar otimista sobre a flexibilidade da linha entre as duas Irlandas, o acordo discutido com Juncker na semana passada ainda é contingente.

Leia a notícia completa no The Telegraph (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

BBC News

Apple pisca o olho a Shazam

A multinacional da maçã está prestes a comprar a Shazam por 400 milhões de dólares. A aplicação que permite identificar qualquer música a partir de um pequeno excerto foi criada em 1999 e conta atualmente com mais 100 milhões de utilizadores mensais. Se concretizada, a compra da Shazam será a mais recente de uma longa lista de aquisições de empresas de tecnologia britânicas por companhias maiores, como a Apple. A gigante criada por Steve Jobs fará, deste modo, uma poupança significativa, já que a maior parte das receitas desta aplicação fica a dever-se às comissões geradas no iTunes (reprodutor e loja de áudio da marca norte-americana).

Leia a notícia completa na BBC News (acesso livre / conteúdo em inglês).

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Juros a dez anos renovam mínimos de 2015 à espera da Fitch

Alívio nos juros da dívida no arranque de uma semana decisiva para o rating nacional. A agência Fitch deverá retirar Portugal de "lixo" na sexta-feira. E isso reforça confiança dos investidores.

Entre analistas e investidores a expectativa é a mesma: a agência Fitch deverá retirar Portugal do nível “investimento especulativo” quando atualizar a sua notação do país na próxima sexta-feira. À espera deste desfecho, os juros da dívida portuguesa atingem mínimos desde 2015.

É o caso da yield implícita nas obrigações portuguesas a dez anos, a referência do mercado. A taxa cede 1,5 pontos base para 1,795%, renovando mínimos de mais de dois anos. A tendência de queda verifica-se sobretudo nos prazos mais longos. Por exemplo, na dívida a cinco anos, o juro cede 0,5 pontos para 0,428%.

Juros a dez anos em mínimos de 2015

Fonte: Bloomberg

Estas movimentações acontecem numa semana particularmente interessante para os mercados de dívida. E, em especial, para o mercado de dívida nacional, lembram os analistas do BPI esta segunda-feira.

“Nesta semana teremos três eventos relevantes para o comportamento das taxas de juro nacionais”, consideram Ângelo Mea e Inês Souto de Moura no Diário de Bolsa do BPI. “O menos relevante é a reunião de quarta-feira da Fed. Embora o banco central americano não tenha influência direta nas yields nacionais, as suas decisões condicionam as yields americanas que posteriormente podem determinar o curso das taxas de juro europeias. Na quinta-feira será a vez do Banco Central Europeu (BCE) se reunir e a conferência de imprensa de Mario Draghi, que presumivelmente se concentrará no futuro do programa de compra de dívida pelo Banco Central, deverá ter um impacto no mercado obrigacionista europeu”, explicam.

Ainda assim, o fator mais decisivo no rumo dos acontecimentos no mercado nacional acontece no último dia da semana. “Na próxima sexta-feira, a Fitch deverá pronunciar‐se sobre o rating do país, com a maioria dos economistas a apontarem para que esta agência retire o rating do país de do grau de investimento especulativo”, dizem os analistas do banco.

"Na próxima sexta-feira, a Fitch deverá pronunciar‐se sobre o rating do país, com a maioria dos economistas a apontarem para que esta agência retire o rating do país de do grau de investimento especulativo.”

Ângelo Mea e Inês Souto de Moura

Analistas dos BPI

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Como os locais: Xangai como destino

  • ECO
  • 11 Dezembro 2017

A gastronomia e a diversidade cultural de Xangai surpreenderam estes dois jovens portugueses, que de lá ainda não quiseram sair.

São cerca de 10.730 quilómetros que separam o Estoril de Xangai, distância que João Calvário percorreu vai fazer seis anos em janeiro próximo, naquele que foi o seu primeiro voo intercontinental. O que o esperava do outro lado do mundo? Primeiro, um negócio próspero de cachorros quentes gourmet. Depois, a imersão naquilo a que gosta de chamar de “china style”. Já lá vamos.

João, 33 anos, despediu-se do Departamento de Alimentos e Bebidas da Escola Superior de Hotelaria e Turismo, no Estoril, e dos serviços de catering para casamentos onde trabalhava como chef aos fins de semana com um sorriso nos lábios e um brilho no olhar, cheio de curiosidade, para rumar a Xangai. A oportunidade de mudar de país, e de vida surgiu mediante um convite de um amigo de infância. “Já não o via desde que éramos muito pequenos, mas as nossas mães ainda estavam em contacto e fizeram a ligação”, conta em entrevista ao ECO. O projeto que ia abraçar, em conjunto com esse amigo e um outro sócio, todos portugueses, dava pelo nome de Scioko, um restaurante de cachorros quentes gourmet que ajudou a fazer crescer e a consolidar durante um ano.

A enorme paixão que João tem pela área em que trabalha e por tudo o que envolva comida é percetível logo nos primeiros minutos da nossa conversa, que se desenrola via email, WhatsApp e Facebook. “É que a net aqui é fraca e além disso nem tudo funciona sempre bem”, explica. A decisão de ir para Xangai foi fácil de tomar, uma vez que “só pensava em todas as iguarias asiáticas que poderia experimentar e que só tinha visto em filmes, livros ou televisão”, explica-nos o chef.

Experiências não faltaram nos primeiros tempos a viver nesta cidade da China. “O primeiro ano foi um pouco confuso porque a cultura é muito diferente daquilo a que estamos habituados. O tempo, a comida, a interação com as pessoas… até uma simples ida ao supermercado se torna uma dor de cabeça, ao tentar comprar um champô e outros itens mais básicos, quando não há nada escrito para além de carateres!”, recorda João. Dificuldades estas que se apressa a desvalorizar, já que “os smartphones e a internet aparecem sempre para salvar o dia!”.

Quando lhe perguntamos o que mais gosta em Xangai, a resposta é rápida: “o facto de ser uma cidade da China, mas que não é a realidade da China de uma forma geral. É um sítio especial, com influência de múltiplas culturas.” E, claro, a comida, sempre a comida. “Em Xangai consigo comer de tudo, desde um petisco local, que custa 50 cêntimos, até beber um gin tónico no 92º andar, com vista para a cidade e para o famoso bairro do Bund, a olhar para os míticos arranha-céus”, descreve.

É este ADN marcado, lado a lado com um modernismo internacional, vivido a um ritmo frenético, e por vezes quase absurdo, que faz do “china style” uma experiência sem paralelismo. “É difícil de explicar. É tudo a correr, é tudo para ontem e para já. Os bancos estão abertos todos os dias, os correios funcionam todos os dias, tudo o que se encomenda online é entregue quase no dia seguinte e é possível comprar tudo, mesmo tudo, online! Não há desculpa para as coisas não acontecerem”, conta João.

Hoje João é diretor de R&D e de produção da Frostimo, marca que degenerou do negócio de restauração que o levou até àquela cidade chinesa, o Scioko, e presta serviços de consultoria na área de F&B para outras empresas. Já não vive fisicamente em Xangai, mas é lá que está parte do seu coração ou a sua “cara-metade”, como nos revelou. João conheceu Valeria Boyko, de nacionalidade russa e sua companheira há cinco anos, por intermédio de uma amiga portuguesa e neste momento vivem em cidades diferentes, à distância de um voo de cerca de três horas. “Agora vivo em Zhuhai e vou a casa (Xangai) no mínimo uma vez por mês”, conta ao ECO.

Xangai parece ser um poço de oportunidades, tanto no amor como em ofertas de emprego. Pelo menos foi essa a sensação que teve Ana Fernandes, 30 anos, quando recebeu não uma, mas três propostas para ir trabalhar para esta cidade chinesa. A verdade é que, quando isso aconteceu, esta portuguesa já tratava a Ásia por ‘tu’. “Xangai surgiu depois de um estágio em Macau, através do INOV Contacto” e de uma “viagem de dois meses pelo sudeste asiático”, conta ao ECO, em entrevista via email. “Regressei a Portugal sem nenhum plano definido e comecei a procurar alternativas por todo o mundo. Tendo tido três ofertas de trabalho de Xangai, achei que Xangai seria uma opção. Já tinha visitado a cidade durante a minha estadia em Macau e tinha gostado imenso. Então, porque não Xangai?!”, perguntou-se Ana. E acabou por aceitar uma das ofertas, tendo-se mudado para a cidade no início de 2012.

Esta mestre em Arquitetura de Interiores, que nunca chegou a trabalhar em Portugal, por ter emigrado praticamente assim que terminou a universidade, procurou desde cedo um desafio internacional. Depois do estágio de seis meses em Macau, “queria algo mais internacional”, recorda. Daí a decisão de voltar para o outro lado do mundo ter sido “muito rápida”, com total apoio da família.

Apesar de já ambientada à cultura chinesa, são muitas as histórias que Ana guarda da estadia em Xangai desde então, sobretudo relacionadas com o idioma. É que em Macau, Ana trabalhara essencialmente em português. “Quando não se fala uma única palavra de mandarim, é uma aventura viver na China. Agora que já sei falar um pouco, tudo se torna mais fácil”, revela ao ECO.

Se no caso do João a curiosidade gastronómica é um misto de paixão e ossos do ofício, para Ana a comida foi das melhores surpresas com que se deparou na adaptação à cultura chinesa. “A cozinha chinesa é tão vasta e de sabores tão diferentes, mas tão bons que nos primeiros meses engordei 4kg, algo que nunca que tinha acontecido!”, confessa.

O ritmo da cidade e a diversidade de culturas são destaques recorrentes quando se pergunta o que Xangai tem de melhor, sempre em contraponto com a agitação de uma grande cidade. Com Ana não é diferente. “Hoje posso ir jantar a um restaurante italiano e amanhã assistir a um espetáculo de jazz, e no fim de semana ir a um spa coreano. A cidade não para, sinto que nem tenho tempo para fazer tudo aquilo que Xangai oferece”, afirma. Por outro lado, o stress de uma cidade com mais de 24 milhões de habitantes “às vezes cansa” e atrai a “necessidade de escapar nem que seja por uns dias”, admite Ana.

Sítios a não perder na cidade:

  • O Bund e Lujiazui, que ficam separados pelo rio Huang Pu, com uma incrível vista de ambos os lados: a zona financeira da cidade, com alguns dos edifícios mais altos do mundo, e o outro lado onde predomina a arquitetura de influência europeia.
  • O parque central de People Square, “onde podes encontrar as famílias a ‘vender’ os filhos e filhas solteiros para encontrar uma cara-metade que seja do seu agrado”, conta João.
  • “Não é um local, mas uma experiência imperdível: andar de metro num dia de semana a partir das 17h30, hora de ponta!”, partilha João.
  • French Concession, “para um passeio a pé por uma das zonas mais bonitas e tranquilas da cidade, onde as torres são poucas e as ruas são emolduradas por grandes árvores. Podemos encontrar aqui imensos edifícios de inspiração arquitetónica europeia. Bons restaurantes e estúdios de design não faltam! Durante a primavera, é para mim a zona mais bonita de Xangai”, diz Ana.
  • O Vue Bar, no topo de um hotel, com vista para a cidade e para as duas margens do rio.

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BCE: Bancos têm de resolver malparado antes da próxima crise

  • ECO
  • 11 Dezembro 2017

Ainda que não seja previsível, Danièle Nouy avisa para iminência de uma nova crise, que irá chegar. Quando isso acontecer, os bancos não podem estar sobrecarregados com malparado.

Danièle Nouy, presidente do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu, considera que ainda que os bancos apontem críticas à política monetária seguida pela instituição que integra, a principal preocupação, antes de chegar uma nova crise, tem de ser o malparado. E essa crise vai chegar.

Em entrevista ao jornal Público, Nouy afirma que as críticas já eram de esperar, visto que “é doloroso lidar com o crédito malparado e que certos países estão a sofrer com elevados volumes de exposição ao mesmo”, “mas é o que tem de ser feito”. No horizonte estão as preocupações com a próxima crise, que ainda que não seja previsível, vai acontecer.

"Não queremos que os bancos entrem na próxima crise sobrecarregados pelo legado da crise anterior. Porque vai haver uma próxima crise; há sempre uma nova crise.”

Danièle Nouy

Presidente do Conselho de Supervisão do BCE

“Não queremos que os bancos entrem na próxima crise sobrecarregados pelo legado da crise anterior. Porque vai haver uma próxima crise; há sempre uma nova crise”, esclareceu a presidente. “Não sabemos o que a irá desencadear, nem quando terá lugar, mas haverá uma nova crise. E se estivesse tudo na mesma relativamente ao crédito malparado, eu não teria feito o meu trabalho.”

Em relação às ferramentas de resolução desta exposição, Nouy afirma que o BCE não não está a ir para além daquelas que são as funções, como já foi apontado pelo Parlamento Europeu. “Não estamos a ir além do mandato do BCE. É não só o nosso mandato, como também a nossa obrigação fazer face aos riscos e às fragilidades dos bancos”, considera.

Nouy afirmou ainda que o BCE está a seguir “atentamente” a plataforma de gestão de crédito malparado que junta CGD, BCP e Novo Banco e que “esta é uma boa ferramenta”. “Para os países que têm este problema – e Portugal é um deles –, a sua magnitude é tão importante que é preciso usar todas as ferramentas possíveis. E esta é uma boa ferramenta”, afirma a presidente do Conselho de Supervisão.

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Bolsa inicia semana em alta com ajuda do BCP

Mais de metade das cotadas nacionais arrancaram sessão lisboeta em alta. Ações do BCP estão em maior evidência, dando impulso ao PSI-20 nos primeiros minutos de negociação da semana.

Início de semana morno em Lisboa. A bolsa está em terreno positivo nos primeiros minutos de negociação, um desempenho para o qual contribuíram sobretudo as ações do banco BCP. Mas há mais destaques no PSI-20 esta segunda-feira.

O principal índice português arrancou com uma subida de 0,31% para 5.376,85 pontos. São 13 as cotadas que dão força à praça portuguesa, com o BCP em maior evidência: as ações do banco liderado por Nuno Amado sobem 0,5% para 0,2616 euros.

Outras notas em Lisboa: os títulos da Mota-Engil somam 0,67% para 3,77 euros, depois de a construtora nacional ter anunciado obras de 120 milhões de euros na Polónia — vai construir parte de uma autoestrada entre Varsóvia e Cracóvia — e ainda o lançamento de uma emissão de obrigações seniores no montante até 130 milhões de dólares.

O melhor desempenho em Lisboa pertencia, ainda assim, à Pharol, cujos títulos ganhavam 1,98%.

Por outro lado, as ações dos CTT apresentam-se em queda de 0,44% para 3,39 euros. Isto depois da notícia de que o grupo parlamentar do PS vai recomendar ao governo que avalie os contratos de concessão aos CTT. Em reação, a administração da empresa garantiu que cumpre todos os requisitos de qualidade.

Os analistas falam em semana importante para o mercado da dívida nacional, com reuniões da Reserva Federal norte-americana — esta quarta-feira — e ainda do Banco Central Europeu (BCE) — na quinta-feira. Além disso, “Na próxima sexta-feira, a Fitch deverá pronunciar‐se sobre o rating do país, com a maioria dos economistas a apontarem para que esta agência retire o rating do país de do grau de investimento especulativo”, lembram os analistas do BPI.

Os juros associados à dívida a dez anos está em queda esta segunda-feira: baixam 1,5 pontos para 1,791%.

Nas bolsas europeias, o dia também começou em alta. Os ganhos em Madrid, Paris e Frankfurt não iam além dos 0,2%.

(Notícia atualizada às 8h37)

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