Subida extra até 6 ou 10 euros nas pensões custa 35 milhões de euros

  • Margarida Peixoto e Cristina Oliveira da Silva
  • 12 Outubro 2017

O Governo aceitou dar um aumento mínimo até dez ou de seis euros aos pensionistas, mas apenas na segunda metade do ano.

O Governo aceitou dar o aumento extraordinário aos pensionistas de forma a garantir uma subida mínima de dez ou de seis euros em agosto de 2018. Ou seja: em janeiro, os reformados terão a sua pensão atualizada de acordo com a lei. Quem tiver aumentos inferiores a dez euros, ou seis, no caso de um conjunto de pensões mínimas, receberá em agosto o remanescente até completar esta subida extraordinária, apurou o ECO, junto de fontes das negociações. A medida poderá abranger 1,6 milhões de pensionistas.

O aumento extraordinário nas pensões tem sido uma reivindicação do PCP e do BE e foi dado como garantido — como princípio e com possíveis modelações — esta terça-feira pelo líder parlamentar dos comunistas, João Oliveira, numa entrevista ao Jornal de Negócios. Paulo Sá, deputado do PCP que acompanha o Orçamento, garantiu o mesmo ao ECO, em entrevista publicada esta quinta-feira.

Segundo apurou o ECO, o aumento será dado sem distinção por idades, como chegou a ser ponderado durante as negociações. A ideia é aplicar a mesma lógica de 2017: a subida extraordinária será dada por pensionista — e não por pensão — e será mais elevada para aqueles que não tiveram aumentos durante o período de governação de Passos Coelho. Foram só as pensões sociais, rurais e o primeiro escalão das pensões mínimas que foram atualizadas nesse período.

Por isso, também este ano, estas pensões mínimas terão um acréscimo face ao previsto na atualização legal, mas apenas até seis euros. As restantes sobem até dez.

O que acontece em janeiro?

As pensões sobem de acordo com a lei. Isto quer dizer que as pensões até dois Indexantes dos Apoios Sociais (IAS) serão atualizadas no valor da inflação relevante somada de 0,5 pontos percentuais — porque, este ano, a economia deverá ter atingido um ritmo de crescimento mais elevado do que o que se tem vindo a verificar no passado.

Por exemplo: assumindo que a inflação relevante para o cálculo fica em 1,2%, as pensões até 842 euros (este é o valor de 2017, mas que em 2018 será mais alto com a atualização do IAS) sobem 1,7%. Numa pensão de 500 euros, o aumento previsível já em janeiro é de 8,5 euros.

E o que acontece em agosto?

Em agosto chega o tal aumento extraordinário acordado com os partidos da esquerda. No caso da tal pensão de 500 euros, será acrescido 1,5 euros. Contudo, se o valor da pensão ditar uma subida superior a 10 euros apenas pela aplicação da lei, não será atribuído qualquer acréscimo. É o que acontece com pensões acima de 588 euros, num cenário em que a inflação relevante seja de 1,2%. Se a inflação for mais alta, o limiar de pensões abrangidas pelo aumento extraordinário desce.

Um pensionista que tenha duas pensões terá de somar o valor das duas atualizações em janeiro para saber se tem direito a novo aumento em agosto.

Quanto custa a medida?

Só a atualização das pensões em janeiro vai custar 357 milhões de euros em 2018. A isto acrescem 35 milhões de euros com a subida extra a partir de agosto, apurou o ECO.

O custo orçamental da medida fica muito aquém do montante que tinha sido estimado pelo PCP para a aplicação de uma subida até dez euros para todos os pensionistas, sem exceção. Os comunistas contavam com um custo de 140 milhões de euros. Com o valor mais baixo, o ECO sabe que não foi preciso encontrar qualquer medida compensatória.

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Sonae Capital compra 90% da SIAF Energia à Sonae Indústria por 900 mil euros

  • Lusa
  • 12 Outubro 2017

A Sonae Capital, liderada por Cláudia de Azevedo, comprou 90% da Sociedade de Iniciativa de Aproveitamentos Florestais - Energia por 900 mil euros à Sonae Indústria.

A Sonae Capital adquiriu, através da sua participada CapWatt, à Sonae Arauco (participada da Sonae Indústria) 90% do capital social da Sociedade de Iniciativa de Aproveitamentos Florestais – Energia, por um montante de 900 mil euros, informaram esta quinta-feira as duas companhias.

“A Sonae Arauco e a CapWatt ficaram, respetivamente, com uma opção de venda e uma opção de compra, das ações representativas dos restantes 10% do capital social, as quais podem ser exercidas dentro do prazo de cerca de três anos”, lê-se nos documentos disponibilizados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A SIAF-Energia detém uma central de cogeração instalada junto da unidade industrial de produção de MDF de Mangualde, propriedade de uma sociedade integralmente controlada indiretamente pela Sonae Arauco, bem como uma licença para a construção de uma central termoelétrica a biomassa florestal, também junto da referida unidade industrial.

“Uma vez concluída a construção da nova central, o que se prevê que ocorra em finais de 2019, a mesma irá garantir o abastecimento da energia térmica necessária à laboração daquela fábrica de MDF”, informa a Sonae Indústria.

“Com esta transação a Sonae Arauco consegue garantir o fornecimento da energia térmica necessária para a sua unidade industrial de Mangualde, incluindo uma nova linha de produção de MDF com a mais recente tecnologia que ali será instalada e que permitirá um aumento de capacidade de MDF fino, sem ter que realizar o correspondente investimento, aproveitando assim os seus recursos financeiros para investir no negócio de painéis derivados de madeira o qual constitui o seu ‘core business’ [negócio principal]”, acrescentou.

Já a Sonae Capital destacou que “o montante global de investimento a realizar pela CapWatt na referida central termoelétrica ascenderá a 45 milhões de euros, com entrada em exploração prevista para o segundo semestre de 2019 e irá ocorrer, em parte, em simultâneo com o investimento que está a ser realizado pela Sonae Arauco na modernização e aumento de capacidade da referida unidade industrial”.

E rematou: “Este investimento enquadra-se na estratégica de longo prazo da Sonae Capital para o seu segmento de Energia e, em particular, no reforço e desenvolvimento da tecnologia de Cogeração. Em velocidade cruzeiro, esta operação deverá registar um volume de negócios anual de, aproximadamente, 20 milhões de euros e rentabilidade em linha com os demais projetos de Cogeração desenvolvidos pela CapWatt”.

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Israel anuncia saída da UNESCO, depois dos EUA

  • Lusa
  • 12 Outubro 2017

Israel anunciou que vai sair da UNESCO, condenando o que dizem ser o preconceito anti-israelita, anunciou em comunicado o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Israel anunciou, esta quinta-feira, que vai sair da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), depois de os Estados Unidos terem decidido o mesmo, condenando o que dizem ser o preconceito anti-israelita.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, “deu instruções ao ministro dos Negócios Estrangeiros para preparar a saída de Israel da organização, paralelamente aos Estados Unidos”, informou, em comunicado, o gabinete do chefe do Governo de Israel.

“A UNESCO tornou-se um teatro do absurdo, onde se deforma a história em vez de a preservar”, refere a mesma nota.

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Incentivo à compra de carros elétricos mantém-se em 2018

Este ano, quem comprou um carro 100% elétrico teve direito a um cheque de 2.500 euros. O Governo quer manter este incentivo.

O Governo pretende manter o incentivo à compra de carros elétricos no próximo ano. Na prática, se se mantiver o valor do incentivo dado este ano, quem comprar um carro elétrico terá direito a um cheque de 2.250 euros, mas o número de cheques será limitado.

“No âmbito das medidas tendentes à redução de emissões de gases com efeito estuda, é mantido o incentivo à introdução no consumo de veículos de baixas emissões, financiado pelo Fundo Ambiental criado pelo Decreto-Lei n.º 42-A/2016, de 12 de agosto”, pode ler-se na proposta do Orçamento do Estado para 2018, datada de 10 de outubro.

Ainda segundo esta proposta do OE, o Fundo Ambiental dispõe de 4,5 milhões de euros para aplicar em projetos agrícolas e florestais que contribuam para o sequestro de carbono e para a redução de emissões de gases com efeito de estufa.

Este ano, o Governo decidiu atribuir 2.250 euros a quem comprou um veículo ligeiro 100% elétrico, novo, a partir do dia 1 de janeiro. O incentivo limitou-se às primeiras mil unidades de incentivo, pelo que a medida representou um custo de 2,25 milhões de euros.

Na versão preliminar do OE, o Governo não refere ainda qual será o valor do cheque, nem quantos cheques estão disponíveis.

Ainda no âmbito do incentivo à mobilidade elétrica, vão ser introduzidos, pelo menos, 200 veículos elétricos nos organismos da Administração Pública, “sem prejuízo do compromisso assumido, através do projeto ECO.mob, para a inclusão de 1.200 veículos elétricos no parque de veículos do Estado até 2019, bem como o reforço das infraestruturas de carregamento, com a instalação de, pelo menos, 250 novos pontos de carregamento em território nacional”.

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Aumento de dez euros nas pensões pode entrar mais tarde no OE2018

  • Lusa
  • 12 Outubro 2017

O Governo acolheu a proposta de um novo aumento extraordinário das pensões em, pelo menos, dez euros. Mas a medida pode não constar já da proposta de Orçamento do Estado.

O Governo acolheu esta quinta-feira a proposta do PCP para um aumento de pelo menos 10 euros de todas as reformas, podendo verificar-se já em janeiro ou “mais a meio do ano”, segundo fonte ligada às negociações.

Segundo a mesma fonte, a medida vai abranger um universo total de mais de 1,6 milhões de reformados.

A atualização automática ao nível da inflação dos valores de reformas mais altos, através da legislação que leva em conta o crescimento económico, já estava garantido, faltando atingir os pensionistas cujos rendimentos mais baixos não permitiriam chegar aos 10 euros de aumento, os quais terão assim direito ao remanescente até perfazer 10 euros.

Nas diversas reuniões e contactos entre o executivo socialista e elementos dos partidos com os quais tem posições conjuntas, que prosseguem até sexta-feira, data de entrega no parlamento da proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), ficou também definido o fim do corte de 10% no subsídio de desemprego ao fim de seis meses daquele apoio social.

“Se não estiver plasmado já na proposta de lei (OE2018) do Governo, houve abertura para o fazer através de proposta de alteração em sede de debate na especialidade”, especificou a mesma fonte.

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Imposto sobre carros sobe. Selo também fica mais caro

A versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado para 2018 prevê um agravamento das taxas sobre os automóveis, tanto sobre a compra como a posse. Aumento é de 1,4%.

Comprar carro novo vai ficar mais caro no próximo ano, mas ter um veículo também exigirá um esforço suplementar aos portugueses. De acordo com a versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado para 2018, tanto as tabelas do Imposto Sobre Veículos (ISV) como as do Imposto Único de Circulação (IUC) vão ser revistas em alta, registando-se um agravamento até 1,4%.

No caso do ISV, na componente de cilindrada, o aumento varia entre os 0,94% e 1,4%, sendo menor no caso das cilindradas mais baixas (até 1.000 e até 1.250), sendo de 1,4% no caso de automóveis com cilindrada superior a 1.250. Na componente ambiental, gasolina e gasóleo sentem o mesmo agravamento: 1,4%.

A título de exemplo, considerando um Renault Clio dCi de 90 cv, um dos modelos mais vendidos no mercado nacional, atualmente o valor a pagar do ISV é de 1.833,46 euros. Em 2018, a confirmarem-se os valores inscritos na versão preliminar da proposta de OE para 2018, o custo sobe para 1.859,99 euros.

Há um aumento de 26,53 euros no valor do imposto. Tendo em conta que sobre o ISV (mais o valor base do veículo) recai o IVA, o aumento global para os consumidores é de 32,63 euros. Assim, o valor final a pagar pelos clientes — mantendo-se o valor base de venda — passará de 20.224,15 para 20.256,78 euros. O aumento no preço de venda é de 0,16%.

Há um agravamento da fiscalidade no ato da compra dos veículos novos, mas haverá também uma subida no imposto a pagar anualmente, no mês da matrícula, pela posse de um automóvel. E tal como o ISV, também no caso do IUC, o agravamento será de 1,4% para os veículos adquiridos após julho de 2007.

No mínimo, ou seja, considerando um veículo com cilindrada até 1.250 cm3 que emita até 120 gramas de CO2 por quilómetro, o proprietário irá pagar 100,08 euros de “selo”, acima dos 101,49 euros atuais (considerando um modelo de 2017). No máximo, a fatura ascenderá a 836,76 euros, isto no caso de veículos com mais de 2.500 cm3 e que emitam mais de 250 gramas de CO2. Para os veículos matriculados em 2018, há, como em 2017, uma taxa adicional de 28,92 e 58,04 euros para veículos que emitam entre 180 e 250 gramas e mais de 250, respetivamente.

Aos valores do IUC apresentados será preciso acrescentar o adicional para automóveis a gasóleo. “Mantém-se em vigor em 2018 o adicional de IUC previsto no artigo 216.º da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro, aplicável sobre os veículos a gasóleo enquadráveis nas categorias A e B”, refere a proposta de OE para 2018

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Eurico Brilhante Dias: Peso das exportações no PIB deve ser de 50%

  • Lusa
  • 12 Outubro 2017

Enquanto as exportações ficarem abaixo dos 50% do PIB, Portugal poderá ver a sua competitividade em risco. O alerta é dado pelo secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias.

O secretário de Estado da Internacionalização português admitiu hoje que se Portugal, no médio prazo, não atingir 50% de exportações no PIB “terá grandes, grandes dificuldades em competir para sustentar o crescimento”.

Eurico Brilhante Dias, que falava na conferência “Construir o Futuro Moçambique Portugal”, realizada esta manhã em Lisboa, salientou que, além dessa meta, o país terá também de garantir o nível de importações necessário para atrair investimento.

“O desenvolvimento, o crescimento e a internacionalização das empresas portuguesas é também muito importante para a economia portuguesa. Portugal, se, no médio prazo, não atingir 50% de exportações no PIB, terá grandes, grandes dificuldades em competir, de modo a sustentar o crescimento e o nível necessário de importações ao investimento. E, para nós, esse é um elemento central”, afirmou.

"O desenvolvimento, o crescimento e a internacionalização das empresas portuguesas é também muito importante para a economia portuguesa. Portugal, se, no médio prazo, não atingir 50% de exportações no PIB, terá grandes, grandes dificuldades em competir, de modo a sustentar o crescimento e o nível necessário de importações ao investimento. E, para nós, esse é um elemento central.”

Eurico Brilhante Dias

Secretário de Estado da Internacionalização

O alerta de Eurico Brilhante Dias surgiu num contexto em que falava das boas condições atualmente existentes para as empresas portuguesas internacionalizarem os seus negócios em Moçambique, através de parcerias, apesar de reconhecer ser ainda preciso reforçar dois pilares nas relações económicas bilaterais.

“Se formos capazes de reforçar estes dois pilares – na informação e no financiamento -, estaremos em melhores condições de atingir os objetivos políticos e a ambição que temos, que é a de reforçar mais empresas portuguesas e moçambicanas nos dois mercados e criar mais postos de trabalho”, sustentou.

Terça-feira, dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicaram que as exportações aumentaram 14,3% e as importações subiram 12,8% em agosto face ao período homólogo, o que se traduziu num agravamento do défice da balança comercial para 1,316 mil milhões de euros.

Segundo os dados do INE, em julho, as exportações tinham registado uma variação homóloga de 4,6% e as importações de 13,0%.

Os maiores contributos para a aceleração das exportações tiveram origem nas categorias económicas de material de transporte e de combustíveis e lubrificantes, sinaliza.

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 12,4% e as importações cresceram 14,7% (respetivamente 5,1% e 9,6% em julho).

O défice da balança comercial de bens situou-se em 1,316 mil milhões de euros em agosto, o que representou um acréscimo de 105 milhões de euros face ao mês homólogo de 2016.

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Incêndios: Governo assumirá as responsabilidades políticas

  • Lusa
  • 12 Outubro 2017

A garantia foi dada esta quinta-feira pelo primeiro-ministro depois de ser divulgado o relatório da Comissão Técnica Independente sobre os incêndios.

O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira que o Governo irá assumir todas as responsabilidades decorrentes do relatório elaborado pela Comissão Técnica Independente sobre os incêndios de Pedrógão Grande e Góis, incluindo, eventualmente, as de ordem política.

António Costa falava aos jornalistas em São Bento, Lisboa, depois de ter estado reunido mais de uma hora com o coordenador da Comissão Técnica Independente, o ex-reitor da Universidade do Algarve João Guerreiro.

“Pela parte do Governo, por respeito pela Assembleia da República, por respeito pelos profissionais que elaboraram este relatório, mas, sobretudo, por respeito pelas vítimas e seus familiares, o que nos compete é fazer uma reflexão serena sobre a informação disponível e as recomendações apresentadas. As responsabilidades são aquelas que resultam do relatório e assumi-las-emos totalmente”, frisou.

Mais tarde, interrogado sobre eventuais responsabilidades políticas decorrentes do relatório, António Costa, que tinha ao seu lado os ministros da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e da Agricultura, Capoulas Santos, respondeu: “Se for caso disso, sim”.

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Pharol guia Lisboa rumo ao segundo dia de ganhos

As ações da Pharol dispararam perto de 14%, ajudando o PSI-20 a valorizar 0,33%. A Jerónimo Martins foi o "patinho feio" da sessão: perdeu 3%.

A Pharol voltou a guiar os ganhos em mais uma sessão da praça bolsista portuguesa. Para além de encabeçar as subidas do PSI-20, foi a cotada que mais puxou pelo desempenho do índice nesta sessão.

As ações da empresa liderada por Palha da Silva dispararam 13,88%, para os 47,6 cêntimos, prolongando para 22% os ganhos registados nas duas últimas sessões, e encerrando em máximos de junho de 2015. As ações da Pharol têm beneficiado de notícias positivas vindas do outro lado do Atlântico, relacionadas com a sua participada Oi. A administração da telecom brasileira aprovou um novo plano de recuperação judicial que prevê um aumento de capital de mais de dois mil milhões de euros.

A Pharol encaminhou assim o PSI-20 até ganhos nesta sessão. O índice de referência da bolsa nacional terminou com ganhos pela segunda sessão consecutiva: fechou a ganhar 0,33%, para os 5.457,15 pontos.

A sessão foi positiva para a maioria dos 18 títulos do PSI-20, com apenas seis a contrariarem essa tendência. Entre os títulos que mais suportaram o índice estiveram as ações da Navigator que valorizaram 1,63%, para os 4,37 euros, para um novo recorde histórico. Mas o mesmo aconteceu com a Altri, cujas ações dispararam 3,04%, para um novo recorde de 5,43 euros. Destaque positivo também para a EDP, cujos títulos somaram 0,78%, para os 3,12 euros, em mais uma sessão de recuperação.

O principal destaque negativo recai sobre a Jerónimo Martins. As ações da retalhista tiveram o pior registo do PSI-20 que se saldou numa derrapagem de 3,19%, para os 15,80 euros. Ou seja, um mínimo de março deste ano. O recuo da Jerónimo Martins acontece no mesmo dia em que a Jefferies reviu em baixa a sua avaliação do título. Cortou de “comprar” para “manter” a recomendação que atribuía às ações da empresa liderada por Pedro Soares dos Santos, bem como desceu o respetivo preço-alvo, dos 18,7 para os 16 euros.

Também o BCP fechou abaixo da linha de água: as ações desvalorizaram 0,12% para 0,2462 euros, ainda que o BPI tenha reiniciado a cobertura do título com um preço-alvo de 0,33 euros, conferindo um potencial de valorização de 35%.

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RTP quer decisão rápida da ERC sobre o negócio Altice/Media Capital

  • Lusa
  • 12 Outubro 2017

Gonçalo Reis, presidente da RTP, salienta que uma resposta rápida por parte do regulador para a comunicação social dará origem a um setor "sem grandes ansiedades".

O presidente da RTP, Gonçalo Reis, disse esta quinta-feira que, “quanto mais rápido” o regulador dos ‘media’ se pronunciar sobre a compra da Media Capital pela Altice, melhor é para o setor, que fica “sem grandes ansiedades”.

“Sou dos que acredita que os operadores privados com uma posição estável e segura, sem ansiedade, é melhor para eles e também para a RTP”, declarou o responsável, que falava no almoço-debate “A RTP, o serviço público e os desafios dos media”, promovido pelo International Club of Portugal, no hotel DoubleTree by Hilton Lisbon.

Sou dos que acredita que os operadores privados com uma posição estável e segura, sem ansiedade, é melhor para eles e também para a RTP.

Gonçalo Reis

Presidente da RTP

Gonçalo Reis defendeu “um setor sem grandes ansiedades”, razão pela qual “quanto mais rápido e melhor se resolverem esses temas, é bom para todos”.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que voltou a reunir-se na terça-feira para discutir a proposta de compra da Media Capital pela Altice, pediu mais dias à Autoridade da Concorrência para se pronunciar sobre o negócio. A data indicativa para a ERC dar parecer sobre a operação era terça-feira, mas agora espera-se que a decisão do regulador se conheça na próxima terça-feira.

Respondendo a uma questão levantada pela audiência, Gonçalo Reis referiu ser “tempo de entidades e regulador analisarem” o negócio. “Estão seguramente a analisar com mais dados e mais profundos do que eu, como gestor, posso fazer”, notou o presidente da RTP.

Gonçalo Reis mostrou-se confiante de que “os reguladores vão, certamente, acautelar os temas fundamentais da concorrência, de acesso às várias plataformas de informação, de não discriminação e de não se criarem distorces a um ecossistema que, apesar de tudo, tem sido saudável”.

Em 11 de agosto, o Conselho de Administração da Media Capital, que detém a TVI, considerou que a operação “é oportuna e que as respetivas condições são adequadas”.

A Altice anunciou em 14 de julho, dois anos depois de ter comprado a PT Portugal (Meo), que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, numa operação avaliada em 440 milhões de euros.

Em 19 de setembro, a Autoridade Nacional de Comunicações – Anacom divulgou o seu parecer sobre a operação de concentração, considerando que a compra da Media Capital pela Altice não deverá ter lugar “nos termos em que foi proposta, pois “é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva” em vários mercados.

O parecer da Anacom não é vinculativo.

No encontro, Gonçalo Reis aproveitou também para falar do serviço público prestado pela RTP, salientando que a estação “tem de fazer aquilo que os operadores privados não estão dispostos a fazer”. Isso passa, na sua ótica, por dar voz a diferentes intervenientes e ainda por transmitir conteúdos em português, como séries, cinema independente e documentários.

Para o futuro, o responsável assegurou que a RTP “não vai parar nestas áreas” e vai, ainda, apostar no digital – setor em que é “bastante forte em comparação a operadores privados” –, bem como “nos jovens”.

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PGR diz que confia na acusação do Marquês

Joana Marques Vidal diz que prorrogação do prazo das defesas é da responsabilidade do juiz de instrução. PGR diz que confia nesta e em todas as acusações do Ministério Público

“Temos de assumir que há temáticas e investigações cuja duração exige um tempo mais prolongado”. Há um tempo útil dos processos. Têm a ver com a complexidade dos assuntos”, justificou a Procuradora-Geral da República (PGR)

A titular da investigação criminal falava um dia depois da acusação da Operação Marquês, que atribuiu 31 crimes a José Sócrates e 187 (no total) aos 28 arguidos.

“Confio nesta acusação tal como confio em todas as acusações do Ministério Público”, explicou Joana Marques Vidal, questionada pelos jornalistas, na Figueira da Foz, no Congresso dos Magistrados Judiciais que decorre até sábado. “Não andamos à procura nem a inventar processos sejam eles quais forem”, disse.

A PGR diz ainda que acredita que todas as acusações existem “quando há indícios suficientes dos crimes em causa”. Quanto ao prazo de 50 dias que as várias defesas têm agora para abertura de instrução e questionada da possibilidade desse prazo ser curto, Joana Marques Vidal disse apenas que “cabe ao juiz de instrução prorrogar esse prazo, caso haja um requerimento das partes nesse sentido”, concluiu.

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Benfica, Porto e Sporting. Veja as contas dos “três grandes” em cinco gráficos

Lucros e volumes de negócios históricos para o Benfica, depois de ano de sonho dentro de campo. Portistas com contas no vermelho depois de época aquém do esperado. O Sporting também apresentou resultados financeiros positivos, mas o título de campeão voltou a escapar aos leões. Assim foi a última época financeira dos três grandes portugueses.

Lucros históricos para o Benfica, FC Porto no… vermelho

A par do bom desempenho alcançado dentro de quatro linhas, os tetracampeões Benfica registaram lucros recorde de 44,5 milhões de euros, em resultado, sobretudo, das vendas de jogadores. O Sporting também obteve resultados líquidos positivos de 30 milhões. Só o FC Porto se manteve no vermelho pelo segundo ano seguido: depois de prejuízos de 55 milhões na época 2015-2016, registou uma perda de 34,5 milhões na última temporada.

Resultados líquidos dos três grandes

Fonte: CMVM

 

Benfica é quem mais fatura…

Excluindo os rendimentos com vendas de jogadores, sempre mais voláteis em função do desempenho dentro de campo, o Benfica é quem consegue apresentar a maior faturação por ano. O volume de negócios dos encarnados atingiu os 128 milhões de euros na época passada em que voltaram a ser campeões. Já o FC Porto alcançou proveitos de 99 milhões de euros e o Sporting faturou 80 milhões. Estas receitas incluem direitos de televisão, publicidade, bilheteira e prémios da UEFA, entre outras receitas comerciais.

Proveitos sem transferências dos três grandes

Fonte: CMVM

… e quem mais gasta

Por outro lado, o Benfica também é o clube mais gastador. As despesas da SAD encarnada fixaram-se nos 124,2 milhões de euros, custos que as receitas obtidas conseguiram cobrir e daí ter apresentado um resultado operacional positivo. Algo que não aconteceu com os portistas: tiveram despesas de 121 milhões para receitas de 90 milhões, resultando num défice de exploração. Já as despesas dos leões ascenderam a 97 milhões.

Despesas sem transferências dos três grandes

Fonte: CMVM

Negócio portista continua com défice

Colocando todas as receitas e despesas nos dois pratos da balança, incluindo transações de passes de atletas, fica visível que a SAD do Porto é a única entre as sociedades dos três grandes que continua a apresentar um défice nas suas operações. O resultado operacional incluindo transferências situou-se nos -18,4 milhões de euros. Já Benfica e Sporting conseguiram apurar excedentes operacionais de 63 milhões e 59,5 milhões, respetivamente. Muito à custa das vendas de passes.

Resultado operacional incluindo transferências

Fonte: CMVM

O teu passivo é maior do que o meu

É sempre um ponto de discussão aceso entre adeptos rivais: a questão do passivo. Em termos gerais, isto representa a dívida da SAD de um clube. Ainda que o Benfica tenha reduzido o seu passivo, ele continua a ser o mais elevado entre os três grandes nos 438,3 milhões de euros. Segue-se o passivo do FC Porto, que aumentou quase 40 milhões na última época para 387 milhões. O Sporting é dos três grandes que tem o menor passivo: 311 milhões.

Fonte: CMVM

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