Um 3.5 que não gasta nada a 140 km/h? É da Lexus

A Lexus vai apresentar um novo topo de gama. O LS 500h é híbrido, mas vai tirar muito partido das baterias. A marca de luxo promete velocidades até 140 km/h sem qualquer barulho do motor.

2017.01.07

A Lexus vai utilizar o Salão Internacional do Automóvel de Genebra para dar a conhecer o seu novo topo de gama. E como não poderia deixar de ser, a aposta da marca de luxo japonesa recai num híbrido. Tem um motor potente, mas o ex-líbris é a capacidade do novo modelo atingir velocidades elevadas sem o utilizar. Chega a 140 km/h só com as baterias.

“O LS 500h apresenta o sistema Híbrido Multi Stage, uma tecnologia revolucionária que eleva o desempenho e a atração pela poderosa motorização híbrida”, diz a marca, notando que este novo sistema “une o motor a gasolina V6 com 3.5L, dois motores elétricos e uma bateria de iões de lítio“.

2017.01.07

Este sistema híbrido, apresentado pela primeira vez no novo coupé de luxo o LC 500h, “traz múltiplos benefícios em termos de uma melhorada capacidade de resposta ao acelerador, conduzir a velocidades elevadas com rotações de motor mais baixas e a capacidade de circular a velocidades mais altas em modo EV, isto é, com o motor a gasolina completamente desligado”. Permite fazê-lo até 140 km/h.

 

O sistema Híbrido Multi Stage funciona com uma caixa automática de quatro velocidades montada atrás da transmissão híbrida. “Embora a transmissão automática seja de quatro velocidades, reproduz a sensação de conduzir uma transmissão de dez velocidades“, diz a marca, afirmando que esta caixa permite uma aceleração linear, direta e contínua.

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Bruxelas apertará acesso das financeiras americanas à UE se Trump mudar regras

Bruxelas admite rever regras de equivalência que as empresas financeiras americanas beneficiam no acesso ao mercado comunitário se Trump empreender profundas alterações no sistema financeiro dos EUA.

A desregulação do setor financeiro que Donald Trump pretende implementar em Wall Street poderá ameaçar o acesso das empresas financeiras norte-americanas ao mercado de capitais da União Europeia, admitiu esta terça-feira o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis.

O responsável adiantou aos deputados em Bruxelas que a comissão deverá analisar os “efeitos práticos” da revisão da legislação sobre o setor financeiro que a Administração norte-americana pretende impor como forma de libertar os bancos de maior pressão regulatória, conferindo maior disponibilidade do setor para conceder crédito à economia.

Ainda assim, se registar profundas alterações no pacote legislativo chamado Dodd-Frank, Bruxelas deverá ser forçada a reavaliar a robustez da supervisão do mercado norte-americano e possivelmente reconsiderar as decisões de equivalência que garantem acesso privilegiado das empresas dos EUA ao mercado comunitário europeu.

"Decisões sobre a equivalência serão baseadas na assunção de que as regras de um país terceiro estão a atingir os mesmos resultados regulamentares ou de supervisão que as regras da UE. Se isto mudar, também faz com que olhemos de novo para as decisões de equivalência.”

Valdis Dombrovskis

Vice-presidente da Comissão Europeia

Empresas como a CME Group, uma das maiores câmaras de compensação para produtos derivados, poderão ser bastante afetadas uma vez que depende destas determinações de equivalência para exercer atividade com os seus clientes na Europa, adianta a Bloomberg.

“Decisões sobre a equivalência serão baseadas na assunção de que as regras de um país terceiro estão a atingir os mesmos resultados regulamentares ou de supervisão que as regras da UE”, declarou Dombrovskis. “Se isto mudar, também faz com que olhemos de novo para as decisões de equivalência”, frisou.

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Wall Street à espera que Trump não venha com “fakenews”

Donald Trump discursa esta terça-feira no Congresso e o mercado quer ouvir detalhes reais acerca dos seus planos para baixar os impostos às empresas.

Donald Trump volta a centrar em si todas as atenções dos mercados. O Presidente norte-americano tem agendado para esta terça-feira um importante discurso no Congresso norte-americano, onde deverá fornecer dados importantes acerca da estratégia da sua Administração sobre o plano de gastos públicos em infraestruturas e ainda sobre a “fenomenal” redução de impostos às empresas. E tudo o que os investidores precisarão de ouvir de Trump é que as promessas da campanha não foram “fakenews”, ou notícias falsas.

Para já, os primeiros minutos de negociação em Wall Street dão conta de pouco apetite dos investidores pelo risco. O índice de referência mundial, o S&P 500, cede 0,16%, sendo acompanhando pelos outros dois importantes índices nova-iorquinos: o industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq perdem 0,07% e 0,14%, respetivamente.

E isto no dia em que o Departamento do Comércio norte-americano confirmou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano a uma taxa de 1,9% no final do ano passado, com os gastos das famílias a compensar a queda no investimento privado e público. No terceiro trimestre, a riqueza norte-americana havia crescido 3,5%.

Além do discurso de Trump, os investidores vão estar de ouvido colado naquilo que alguns responsáveis da Reserva Federal norte-americana, incluindo o presidente da Fed de Filadélfia, deverão dizer ao longo do dia, na esperança de obter mais alguns esclarecimentos em relação à possibilidade de uma subida dos juros de referência já em março.

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Roberto Azevêdo reeleito presidente da OMC

A Organização Mundial do Comércio já tem presidente. Roberto Azevêdo, que contou com o apoio de Portugal, foi reeleito para o cargo por mais quatro anos.

Depois de Roberto Azevêdo vem… Roberto Azevêdo. Foi reeleito para um segundo mandato à frente a Organização Mundial do Comércio (OMC). O brasileiro começa o seu novo mandato no arranque de setembro, ficando à frente da organização que já liderava durante mais quatro anos.

Azevêdo contou com o apoio de vários países para ser reconduzido neste segundo mandato. Entre eles, Portugal. “O primeiro mandato foi muito bom, representou uma valorização da OMC e Portugal apoiou desde a primeira hora a reeleição do diretor-geral”, disse Augusto Santos Silva na abertura da 34ª reunião do Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça.

Este segundo mandato de Roberto Azevêdo deverá, contudo, ser mais atribulado. Pela frente, o brasileiro terá o novo presidente dos EUA, Donald Trump, que tem vindo anunciar medidas protecionistas. A reeleição acontece no dia em que Trump vai apresentar perante o Senado a sua visão económica.

A administração de Trump tem, segundo o Financial Times, vindo a procurar alternativas à OMC para resolver as disputas com outros países, numa altura em que os EUA procuram fomentar o consumo de produtos norte-americanos.

Recorde-se que uma das primeiras medidas de Trump desde que chegou à Casa Branca foi a de assinar uma ordem executiva para retirar os EUA do Acordo de Associação Transpacífico. E agora está a planear renegociar o Nafta, um acordo com 23 anos entre os EUA, Canadá e México.

O apelo ao protecionismo dos EUA já mereceu críticas do agora reeleito presidente da OMC. Numa entrevista o Bild, um diário alemão, Roberto Azevêdo disse que uma guerra comercial global seria “catastrófica”, sublinhando que a “América nunca será ‘grandiosa outra vez’ sem um mercado aberto”.

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Empresas da periferia da Zona Euro deverão emitir 18 mil milhões em dívida lixo

Empresas da periferia da Zona Euro, inluindo Portugal, deverão emitir mais de 18 mil milhões de euros em obrigações consideradas lixo em 2017, ano de normalização do mercado de alto rendimento.

As empresas da periferia da Zona Euro deverão emitir mais de 18 mil milhões de euros em dívida de elevado grau especulativo (considerada “lixo”) ao longo de 2017, uma evolução que marca a normalização do mercado de obrigações empresariais de alto rendimento depois da queda em 2015, diz a Moody’s.

“A procura por rendimentos num ambiente de juros em mínimos históricos e de modesta atividade de fusões e aquisições vai marcar o ritmo de emissões em 2017″, refere Pieter Rommens, vice-presidente da Moody’s. “Contudo, receios económicos e instabilidade política em Itália e Espanha, a sustentabilidade da dívida pública da Grécia e riscos resultantes das eleições em França, Holanda e Alemanha poderão pressionar as emissões”, explica aquele analista.

As necessidades de refinanciamento de grandes empresas na periferia do bloco da moeda única, que inclui Portugal, Espanha, Itália, Grécia e Irlanda, deverão contribuir para o elevado volume de dívida de alto rendimento que será emitido este ano.

"A procura por rendimentos num ambiente de juros em mínimos históricos e de modesta atividade de fusões e aquisições vai marcar o ritmo de emissões em 2017. Contudo, receios económicos e instabilidade política em Itália e Espanha, a sustentabilidade da dívida pública da Grécia e riscos resultantes das eleições em França, Holanda e Alemanha poderão pressionar as emissões.”

Pieter Rommens

Vice-presidente da Moody's

Poderão destacar-se a Fiat Chrysler, a Wind, Ardagh Packaging e Telecom Italia como repetentes num ano que deverá manter-se fraco ao nível de estreantes na emissão de obrigações com elevado grau de risco atribuído pela Moody’s.

A agência nota ainda que dificilmente o mercado terá um nível de emissões igual ao de 2014, em que alcançou um recorde de 30 mil milhões de dólares (aproximadamente 28,4 mil milhões de euros), por quatro razões:

  • Os chamados empréstimos covenant-lite estão a tornar-se uma alternativa mais atrativa para obrigações de alto rendimento na Europa;
  • Persistem preocupações em torno das reformas estruturais e da consolidação orçamental em todos os países da periferia, com exceção da Irlanda;
  • As perspetivas de crescimento da Moody’s para a emissão global de rendimento elevado da EMEA são moderadas, na melhor das hipóteses;
  • O mercado primário de títulos permanece volátil.

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Provedora de Justiça da UE abre inquérito à atuação da Comissão no “caso Barroso”

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2017

A Provedora de Justiça vai avaliar a atuação “alegadamente insuficiente” da Comissão Europeia no quadro da polémica ida de Barroso para o Goldman Sachs.

A Provedora de Justiça Europeia decidiu abrir um inquérito à atuação “alegadamente insuficiente” da Comissão Europeia no quadro da polémica ida do anterior presidente do executivo comunitário Durão Barroso para o banco de investimento norte-americano Goldman Sachs.

Numa carta dirigida ao presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, à qual a Lusa teve acesso, a Provedora, Emily O’Reilly, anuncia que decidiu dar provimento a uma queixa que lhe foi apresentada este mês por um grupo de atuais e antigos funcionários das instituições da União Europeia e solicita desde já uma inspeção do seu gabinete à Comissão com vista a ter acesso a toda a documentação referente ao parecer emitido pelo comité de ética ‘ad hoc’ da Comissão Europeia sobre este caso.

Emily O’Reilly lembra que os queixosos lançaram uma petição “online” em julho de 2016, a solicitar uma tomada de posição forte da Comissão na sequência do anúncio da ida de José Manuel Durão Barroso para o Goldman Sachs, que entregaram na Comissão a 12 de outubro passado, juntamente com uma carta.

Segundo o grupo de funcionários da UE, denominado “EU employees”, a Comissão não respondeu à sua carta de 12 de outubro relativa à petição, que reuniu mais de 150 mil assinaturas, e também não tomou qualquer decisão formal relativamente à nova atividade profissional do seu anterior presidente.

“Vou informar os queixosos que a sua queixa é admissível e que decidi inquirir sobre a mesma”, escreve O’Reilly na carta, datada de 24 de fevereiro.

Relativamente à primeira queixa, a Provedora solicita a Juncker que responda à carta de outubro passado, e em relação à segunda queixa indica que, efetivamente, tanto quanto sabe a Comissão nunca publicou uma decisão formal após o parecer do seu comité de ética, e as minutas públicas das reuniões do colégio do executivo comunitário não contêm qualquer indicação de que este caso foi discutido pelo colégio.

A Provedora questiona então o presidente da Comissão se, no caso de efetivamente não ter sido adotada qualquer decisão, “por que é que a Comissão não considerou necessário ou apropriado tomar uma decisão formal”, e, se foi tomada, que faça chegar uma cópia da mesma ao seu gabinete.

Por entender ser importante perceber o papel do comité de ética no quadro da abordagem que a Comissão decidiu dar a este caso, Emily O’Reilly sugere então uma inspeção de representantes do seu gabinete e pede a “cooperação da Comissão”, sugerindo mesmo uma data, “na última semana de março”.

A 13 de fevereiro passado, o grupo “EU employees” anunciou que entregou uma queixa à Provedora de Justiça da UE contra a Comissão Europeia devido ao que classificam como passividade face à ida de Durão Barroso para o Goldman Sachs, o episódio mais famoso da chamada “porta giratória” em Bruxelas (a passagem de antigos comissários para cargos no setor privado que coloquem em causa a reputação das instituições da UE).

Considerando que a ida do antigo presidente da Comissão para o banco de investimento norte-americano, diretamente envolvido na crise financeira, “desonra a função pública europeia e a UE no seu conjunto”, os funcionários europeus reclamam que o executivo comunitário leve o caso ao Tribunal de Justiça da UE, designadamente para que José Manuel Durão Barroso perca o direito à pensão como antigo presidente da Comissão.

Face à polémica provocada pelo anúncio da ida de Durão Barroso para o Goldman Sachs, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, solicitou no ano passado um parecer ao comité de ética ‘ad hoc’ do executivo comunitário, que concluiu, em final de outubro, que o antigo presidente não violou as regras dos, ainda que tenha demonstrado falta de “sensatez”.

Segundo o comité de ética, Durão Barroso “não demonstrou a sensatez que se poderia esperar de alguém que ocupou o cargo de presidente durante tantos anos”, mas “não violou o seu dever de integridade e discrição”.

No mesmo dia, a Provedora de Justiça europeia, Emily O’Reilly, faz alguns reparos às conclusões e advertiu que iria “refletir” sobre os próximos passos a tomar, “incluindo um possível inquérito”, que agora decidiu concretizar.

Entretanto, no final de novembro passado, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, propôs alterações ao código de conduta da Comissão, designadamente o aumento do ‘período de nojo’ (durante o qual antigos membros do executivo comunitário não podem exercer novos trabalhos), defendendo que deve passar dos atuais 18 meses (que Durão Barroso respeitou) para dois anos no caso dos comissários e para três anos para o chefe do executivo.

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Prestação da casa. Novo mínimo em março

Encargos mensais com o crédito à habitação reduzem-se entre 0,2% e 1,4% no próximo mês. Empréstimos com indexantes de prazos mais alargados são os mais beneficiados.

Os portugueses com crédito à habitação preparam-se para entrar em março com boas notícias para o seu bolso. Quem vir revista a taxa de juro do empréstimo da casa no próximo mês vai passar a pagar menos de prestação. A redução dos encargos mensais oscila entre um mínimo de 0,2% e um máximo de 1,4%. Quanto mais alargado for o prazo do indexante associado ao empréstimo, maior será o benefício.

É o que acontecerá no caso dos agregados cujos empréstimos da casa estão associados à Euribor a 12 meses, já que só agora vão tirar partido da descida do indexante registada ao longo do último ano. Assumindo o cenário de um crédito no valor de 100 mil euros, a 30 anos, e com um spread de 1%, resulta numa poupança mensal de 4,43 euros, com a prestação a baixar para 316,84 euros mensais. O número de famílias que irá tirar partido dessa redução será contudo baixo, já que a Euribor a 12 meses ainda tem pouca expressão no total do crédito à habitação, apesar de muitos bancos já a estarem a privilegiar na concessão de novos empréstimos.

Perspetivas para o rumo da Euribor

Fonte: Bloomberg

Já as famílias cujos créditos têm como indexante a Euribor a seis meses vêm a prestação baixar em 0,7% no próximo mês, uma redução que permitirá uma poupança mensal de 2,34 euros, com a prestação a descer para os 310,69 euros. Os empréstimos indexados à Euribor a três meses sentirão a poupança mais curta. Esta será de apenas 71 cêntimos por mês, com os encargos mensais a baixarem para os 306,75 euros (menos 0,2% face à anterior revisão) ao longo dos próximos três meses.

Juros negativos até ao fim de 2019

As famílias portuguesas continuam assim a tirar partido da política de alívio monetário por parte do Banco Central Europeu (BCE), em que a fixação da da taxa de juro de referência da zona euro mínimo histórico de 0% é uma das principais medidas. Uma decisão que tem beneficiado bastante as famílias com crédito à habitação e que deverá continuar a fazê-lo pelo menos durante mais algum tempo, apesar de as recentes revisões em baixa das prestações serem cada vez mais curtas.

O mercado antecipa que os juros se mantenham negativos até dezembro de 2019, com o indexante a assumir valores positivos, mas ainda assim baixos. A expectativa do mercado aponta para que só em dezembro de 2021 a Euribor a três meses ultrapasse a fasquia dos 0,5%. Um cenário que decorre do compromisso do BCE em garantir que a economia europeia descole face à débil situação em que ainda se encontra.

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Segurança Social: Recibos verdes podem pedir mudança de escalão até hoje

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 28 Fevereiro 2017

Próxima oportunidade para pedir alterações no nível de descontos para a Segurança Social ocorre em junho.

Termina hoje o prazo para os “recibos verdes” pedirem à Segurança Social alterações no escalão contributivo em que estão integrados. Se é trabalhador independente e não está isento de contribuir, tem agora oportunidade para subir ou descer de escalão, descontando mais ou menos face ao valor que foi fixado no final do ano passado. Mas há regras a ter em conta.

Quem já pediu, por exemplo, para recuar dois escalões no final do ano passado, não pode agora descer desse patamar — mas pode subir. E quem já estava no primeiro escalão (ou segundo, no caso de trabalhador independente com contabilidade organizada), também não pode ficar abaixo desse nível.

A lei admite que os trabalhadores independentes subam ou desçam até dois escalões contributivos face ao valor comunicado pela Segurança Social, uma alteração que pode ser feita em três momentos distintos: no final do ano, quando os serviços notificam os contribuintes do escalão em que estarão inseridos nos 12 meses seguintes, e depois em fevereiro e em junho. Portanto, para quem já tinha “recibos verdes” em novembro do ano passado, esta já é a segunda oportunidade para mexer no nível de descontos; para quem reiniciou atividade a partir daquele mês, é a primeira.

As alterações — pedidas entre 16 e 28 de fevereiro através da Segurança Social Direta ou dos serviços de atendimentos — produzem efeitos a 1 de março.

Exemplos

No seu site, a Segurança Social dá conta de alguns exemplos, consoante estejam em causa contribuintes que iniciaram atividade antes ou depois de novembro de 2016 ou trabalhadores com contabilidade organizada:

  • “Se o Trabalhador Independente foi notificado da base de incidência contributiva pelo 6.º escalão, pode, em fevereiro, escolher entre o 4.º, 5.º, 7.º ou 8.º escalão. Contudo, caso já tenha solicitado, no prazo que lhe foi estabelecido na notificação da fixação da base de incidência contributiva, a alteração de escalão para o 5.º escalão, pode escolher novamente, em fevereiro, o 4.º, 6.º, 7.º ou o 8.º escalão”.
  • “Se o trabalhador independente reiniciou atividade após novembro último e foi-lhe fixado o 4.º escalão, pode, em fevereiro, escolher entre o 2.º, 3.º, 5.º ou 6.º escalão”.
  • “Se o rendimento relevante apurado pelo valor do lucro tributável [caso de trabalhador com contabilidade organizada] fixar como base de incidência contributiva o 3.º escalão, o trabalhador independente pode escolher entre o 2.º, 4.º ou o 5.º escalão. Não pode escolher abaixo do 2.º escalão. Contudo, caso o trabalhador independente abrangido pelo regime de contabilidade organizada já tenha solicitado, no prazo que lhe foi estabelecido na notificação da fixação da base de incidência contributiva, a alteração de escalão para o 2.º escalão, em fevereiro, pode escolher apenas o 3.º, 4.º ou o 5.º escalão”.

O Governo conta alterar o regime contributivo dos trabalhadores independentes ainda em 2017 e já indicou que não é de esperar que, no final deste ano, haja um novo reposicionamento em escalões contributivos ao abrigo das normas ainda em vigor.

Este reposicionamento é atualmente feito com base na informação apresentada pelos trabalhadores independentes no anexo SS, entregue em conjunto com a declaração de IRS. Enquanto o regime não muda, os trabalhadores independentes continuam a ter de entregar o anexo SS, confirmou já o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ao ECO.

Até porque este anexo também permite identificar as entidades contratantes, responsáveis por 80% ou mais dos rendimentos de um trabalhador independente e, por isso, sujeitas a um desconto de 5% e a fiscalização. Mas a par do regime contributivo dos independentes, também o regime das entidades contratantes será revisto, a avaliar pela autorização legislativa prevista no Orçamento do Estado para 2017.

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Novo iPhone deverá ter ecrã curvo OLED

O The Wall Street Journal garante que uma das versões do próximo iPhone, a que assinalará o décimo aniversário do produto, deverá incluir um ecrã curvo OLED fornecido pela Samsung.

A Apple pode nem estar presente no Mobile World Congress, a maior feira tecnológica de dispositivos móveis, atualmente a decorrer em Espanha. Mas Barcelona acordou esta manhã com o The Wall Street Journal a garantir que o próximo iPhone terá um ecrã curvo OLED. Com o produto a completar uma década de existência, o lançamento deste outono deverá ser em grande.

As fontes conhecedoras do jornal norte-americano indicam que Tim Cook já decidiu: um dos modelos do novo iPhone, a edição comemorativa dos dez anos, terá um ecrã bastante melhorado e custará 1.000 dólares. Integrar a tecnologia OLED significará, para os fãs da marca, cores muito vivas e menos consumo de energia. São rumores, atenção. Mas a vasta rede de fornecedores da Apple torna difícil manter qualquer segredo.

Outros dois modelos deverão ser lançados pela marca, mas com ecrãs LCD. Não existem muitas empresas a produzir ecrãs OLED, pelo que, de acordo com o site de tecnologia Engadget, que cita o jornal norte-americano, deverá ser uma subsidiária da Samsung (sim, leu bem) a principal fornecedora dos ecrãs para a edição de aniversário. A LG e a Japan Display, duas outras fornecedoras da tecnologia, não terão capacidade para fabricar na velocidade e quantidade pedidas pela marca da maçã antes de 2018.

Existem já várias marcas a integrar ecrãs OLED nos seus telemóveis, sendo a esmagadora maioria em telemóveis Android. Nesta edição do MWC, a própria Samsung, por exemplo, lançou um tablet, o Galaxy Tab S3, com ecrã AMOLED. Já o LG G6 e o Huawei P10 incluem cores mais naturais, ambos com ecrãs IPS, uma tecnologia semelhante à dos ecrãs dos telemóveis da Apple. O foco da tecnologia OLED para a LG está, antes, nas televisões, enquanto a Huawei tem outros modelos com tecnologia OLED — nomeadamente o Mate S, lançado em 2015.

O ECO viajou para Barcelona a convite da Huawei Portugal.

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Petróleo mais caro. OPEP quer 60 dólares

O petróleo tem vindo a valorizar perante o corte de produção por parte do maior cartel do mundo. Está acima dos 55 dólares, mas a OPEP quer mais. 60 dólares é a meta.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) está a cumprir à risca o plano de corte de produção delineado no final do ano passado. Os preços do petróleo estão a subir, mas o cartel quer mais. A meta é a de que as cotações cheguem aos 60 dólares nos mercados internacionais.

Desde que foi fechado o acordo para o corte da oferta, que está a ser cumprido, ao contrário do que aconteceu no passado, as cotações da matéria-prima registaram valorizações em torno de 15%. O Brent, em Londres, está nos 55,81 dólares e o WTI, em Nova Iorque, está a 53,93 dólares, mas há margem para que suba mais.

A ideia dos países membros do cartel é de que as cotações subam para um valor em torno dos 60 dólares. A Reuters diz, citando fontes próximas, que é esse o objetivo de pesos pesados da OPEP. Porquê este valor? Acreditam que é um patamar que lhes permite obter a receita necessária sem que leve a um crescimento da oferta de petróleo de xisto nos EUA.

Com os preços altos, acima dos 100 dólares, a produção de petróleo nos EUA disparou. Numa altura em que a procura era fraca, com o petróleo de xisto, mas também a recusa da OPEP em cortar a oferta, a inundação do mercado petrolífero levou as cotações a afundarem para valores abaixo dos 30 dólares. Várias empresas norte-americanas acabaram por falir.

Passada essa fase, a OPEP finalmente cortou a oferta, o que puxou pelas cotações da matéria-prima. Contudo, uma subida expressiva dos preços do petróleo pode voltar a puxar pela produção norte-americana, o que os países do cartel não querem que volte a acontecer, até porque pretendem manter o estatuto neste mercado.

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EDP e Galp prestam serviços de assistência inúteis e “abusivos”

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2017

EDP e Galp comercializam serviços de assistência, que incluem a reparação de eletrodomésticos, cujos contratos apresentam limitações e abusos que podem ser prejudiciais para os consumidores.

Os serviços de assistência técnica que a EDP e Galp comercializam e que permitem a reparação de eletrodomésticos apresentam contratos com várias exclusões, como equipamentos fora da garantia ou com algum tempo de utilização, limitando em grande medida o benefício para os consumidores. Além disso, estes contratos vêm com cláusulas que podem ser prejudiciais para os clientes, como a renovação automática ou da alteração unilateral de condições, incluindo o preço.

A análise surge esta terça-feira no Público (acesso condicionado), que cita a associação de defesa do consumidor Deco e vários juristas para concluir que os serviços prestados pelas duas maiores comercializadoras de eletricidade e gás em Portugal estão entre o inútil e o “abusivo”.

Em causa estão várias ofertas da EDP e Galp. Nomeadamente o EDP funciona, cujo “serviço mínimo” tem um custo anual de 94,8 euros (7,90 euros por mês) e o “mais completo” representa um encargo de 262,8 euros por ano (21,90 euros/mês); e o Comfort Home (46,80 euros/ano) e Galp Comfort Care, de assistência no gás (70,80 euros/ano).

Relata o Público que estes serviços são prestados por empresas externas e são habitualmente comercializados juntamente com o fornecimento de eletricidade e gás.

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Fotogaleria: O #MWC17 em 21 imagens

Ao segundo dia, uma fotogaleria. O ECO está de visita ao Mobile World Congress, a maior feira tecnológica de dispositivos móveis do mundo. Resumimos o essencial destes dois dias em 21 fotografias.

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