Atividade em maio sobe para novo máximo de seis anos na zona euro

A economia continua a dar sinais de que a retoma veio para ficar. De acordo com a Markit, a estimativa do PMI composto atingiu um máximo de seis anos. Alemanha e França deram os maiores contributos.

A atividade económica das duas principais economias do euro levaram a estimativa da Markit para máximos de seis anos. O nível de atividade da zona euro mantém a tendência de crescimento em maio, com um novo máximo dos últimos seis anos, de acordo com as mais recentes estimativas da Markit divulgadas esta terça-feira.

Segundo a empresa de serviços de informação financeira Markit, a estimativa do PMI (Purchasing Managers Index) composto da atividade total da zona euro em maio subiu para 56,8 pontos, o valor mais alto desde abril de 2011 e contra 56,8 pontos em abril. Um PMI acima dos 50 pontos indica que a economia da zona euro continua a crescer.

“Os dados do PMI indicam que o crescimento económico da zona euro continuou a ser impressionantemente sólido em maio”, refere Chris Williamson, economista-chefe da Markit, precisando que “a atividade comercial está a expandir-se ao ritmo mais acelerado dos últimos seis anos”. Além disso, “a criação de emprego tem subido ao segundo maior ritmo numa década dado que as empresas estão a expandir a sua capacidade e a preencher a necessidade provocada pela procura”, explicou ainda o economista-chefe.

O maior contributo foi dado pelo crescimento da indústria alemã e francesa, ambas impulsionadas pelo crescimento da procura interna. Segundo a Bloomberg, o Bundesbank (banco central alemão) disse esta segunda-feira que espera que a economia alemã continue a cresce “fortemente” nos próximos meses graças a uma procura “robusta” interna e externamente. Estes dados, em conjunto com a crescente inflação, faz com que o ‘momentum’ da zona euro possa pesar nas próximas decisões do Banco Central Europeu, a 8 de junho, sobre a saída do programa de estímulos.

Os dados são consistentes com uma estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro entre 0,6% e 0,7% no segundo trimestre, adiantou Williamson.

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BCP abandona Pharol após vender 6% da empresa

Banco liderado por Nuno Amado acabou da anunciar a saída da antiga PT SGPS, depois de vender uma participação superior a 6% na empresa.

O BCP já não faz parte da estrutura acionista da Pharol. O banco liderado por Nuno Amado anunciou a venda de um bloco de 6,17% da antiga PT SGPS. Não anunciou mais detalhes sobre a alienação desta participação, nomeadamente os valores do negócio e o comprador.

Foi a 12 de agosto de 2015 que o BCP assumiu uma posição qualificada na Pharol, depois de ter executado uma penhora sobre a Ongoing, uma das principais acionistas da Portugal Telecom, que incluía 37.804.969 ações ordinárias, representativas de aproximadamente 4,2169% do capital social e direitos de voto da Pharol.

Esta penhora surgiu no seguimento de um processo de recuperação de créditos concedidos à Ongoing, de Nuno Vasconcellos.

A preços de fecho desta segunda-feira, a posição do BCP estava avaliada em pouco mais de 14 milhões de euros.

Em virtude da dimensão desta participação, a Pharol deverá terá de comunicar ao mercado quem comprou este as ações BCP, tendo em conta que todas as participações qualificadas, acima de 2%, têm de ser divulgadas pela CMVM,

A Pharol é a principal acionista da brasileira Oi, onde detém uma posição de cerca de 22% na operadora brasileira. Além desta participação, a Pharol detém ainda cerca de 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, braço não financeiro do Grupo Espírito Santo, embora a empresa já só espere recuperar 85,8 milhões de euros.

O BCP era o terceiro maior acionista da Pharol. Atualmente, a Telemar Norte Leste (Oi) é o principal acionista com 10% da empresa liderada por Palha da Silva, seguida pelo Novo Banco, que assume uma participação de 6%.

Recentemente, o BCP, principal credor da Insight Strategic Investments, participada da Ongoing Strategic Investments SGPS, que chegou a ser acionista de forma direta e indireta da Portugal Telecom (6,57%), aceitou receber 20% de um total da dívida de dívida de 282,7 milhões de euros, ou seja 56,5 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 12h30)

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Centeno descarta renegociação da dívida apesar da saída do PDE

Ministro das Finanças aproveitou o palco da Bloomberg TV para reforçar confiança dos investidores em relação a Portugal. Governo continua comprometido com redução da dívida.

Mário Centeno falou à Bloomberg TV durante dez minutos.Bloomberg TV

A recomendação de Bruxelas para a saída de Portugal do Procedimento por Défices Excessivos (PDE) significa que o Governo está em posição para pedir uma renegociação da dívida? Questionado pela Bloomberg TV, Mário Centeno descartou liminarmente esse cenário e aproveitou para reafirmar o compromisso do país com os seus credores.

“Estamos claramente comprometidos com os participantes do mercado no cumprimento de todos os requisitos e compromissos que fizemos em termos de redução da dívida, de consolidação orçamental, e de processo de reformas”, declarou o ministro das Finanças em entrevista à televisão daquela agência norte-americana.

“Isto está a compensar de várias formas. Não só na estabilidade do nosso setor financeiro, nos resultados que temos tido na consolidação orçamental. Temos números muito bons em 2016. Até agora, 2017 está totalmente alinhado com os nossos objetivos, que passa por atingir um défice de 1,5% do PIB. Mas também na atividade económica“, salientou Centeno a partir de Bruxelas, onde se encontra no âmbito das reuniões do Eurogrupo.

Durante a entrevista que durou cerca de dez minutos, o responsável português salientou por várias vezes o compromisso que o Executivo deseja manter em relação “à trajetória orçamental muito rigorosa” e ao foco no crescimento económico. Tudo para investidor ver e crer.

“Queremos alargar o número de agentes que compre a nossa dívida. Queremos reforçar a nossa confiança quanto à trajetória económica de Portugal”, frisou Centeno.

Sobre o crescimento económico, questionado se iria rever em alta as projeções para o crescimento em 2017 — previsões apontam para uma expansão do PIB de 1,8% –, o responsável pela pasta das Finanças adiantou que “oficialmente” não irá alterar as perspetivas. “Mas estamos a olhar certamente para números melhores do que o esperado”, frisou.

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InvestBraga já acompanhou 548 milhões de euros de investimento

Em três anos de atividade, a InvestBraga acompanhou mais de 300 projectos de investimento num total de 548 milhões de euros. Agência promove de 22 a 26 de maio a 2ª edição da Semana da Economia.

A InvestBraga – Agência para a dinamização económica – que agora celebra três anos de atividade, acompanhou mais de 548 milhões de euros de investimentos repartidos por mais de 300 projetos. Os números foram dados a conhecer após o primeiro dia da segunda edição da Semana de Economia, evento que decorre de 22 a 26 de maio e que envolve o tecido empresarial e industrial de Braga, startups e várias entidades parceiras e tem como objetivo “ser uma mostra do potencial económico de Braga e dos atrativos da região”.

“O grande objetivo é que, quando se fale de economia no país, Braga possa ter uma palavra. Até porque tem, de facto, uma quota-parte relevante neste momento económico que estamos a viver”, tinha já frisado o presidente da InvestBraga, Carlos Oliveira em entrevista ao ECO.

"O grande objetivo é que, quando se fale de economia no país, Braga possa ter uma palavra. Até porque tem, de facto, uma quota-parte relevante neste momento económico que estamos a viver.”

Carlos Oliveira

Presidente da InvestBraga

Destes projetos, a agência liderada por Carlos Oliveira destaca os grandes investimentos apoiados durante o último ano, como sejam o caso da Fujitsu, cujo centro de competências foi inaugurado há um ano, e que prevê chegar aos 350 postos de trabalho até ao final deste semestre; a Bosch Car, Multimédia que vai expandir a unidade de Braga, num investimento que deve rondar os 38 milhões de euros e que irá criar mais mil postos de trabalho e ainda a Accenture, cujas instalações serão inauguradas a curto prazo e que irão criar mais de 100 postos de trabalho.

Ainda no rescaldo do primeiro dia da Semana de Economia, e após a reunião do conselho estratégico da Investbraga, foi dado a conhecer que o plano estratégico da agência será revisto até ao final do ano. O plano estratégico que ia de 2014 a 2026 tinha previsto um total de 83 ações, sendo que 20% dessas ações estão concluídas, 53% estão em fase de execução e 27% não tiveram ainda início.

O plano estratégico previa ainda a criação de 500 postos de trabalho ao ano e a ambição de crescerem 1% acima do PIB da Península Ibérica. Para Carlos Oliveira estes números estão também ultrapassados, uma vez que “o número de desempregados diminuiu em um terço, desde 2014, o equivalente a mais de 5000 postos de trabalho”.

O presidente da InvestBraga salienta ainda a contribuição da cidade de Braga para o total das exportações do país. “Braga entrou no top ten nacional dos concelhos mais exportadores, tendo sido o concelho que, em termos reais, mais cresceu em exportações com mais 176 milhões de euros em 2016, mais 19% do que em 2015″, afirma.

Startup Braga apoiou mais de cem empresas

Os números da Startup de Braga foram também motivo de análise no primeiro dia do evento. A Startup Braga, que vai já no 4º programa de aceleração para startups, já apoiou mais de 100 startups, que fecharam cerca de 14 milhões de euros de investimento.

Segundo dados divulgados pela Startup Braga, “das startups que já têm clientes: a taxa de exportação é de 53% e a de internacionalização é de 42%. Cerca de 20% vendem praticamente de forma exclusiva para os mercados internacionais”.

A segunda edição da Semana de Economia tem como pontos altos o Fórum Económico de Braga, e o “Software de Braga para o Mundo“.

O Fórum Económico de Braga, decorre na próxima quarta-feira, dia 24, no Theatro Circo, conta com a participação de António Ramalho, presidente do Novo Banco, de Nuno Amado, presidente do Millennium BCP e de António Vieira Monteiro, presidente do Santander Totta que irão debater “A banca e o investimento”. Ainda durante a tarde decorrerá um segundo painel “Dinâmica Empresarial” e onde intervirão Carlos Tavares, ex-ministro da Economia e ex- presidente da CMVM; Fernando Alexandre, pró-Reitor da Universidade do Minho e Nelson de Souza, secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão.

O evento será encerrado pelo presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, e pelo secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos.

Já o evento “Software de Braga para o Mundo” decorre na quinta-feira, dia 25 de maio, no auditório B1 da Universidade do Minho e promete a partilha de experiências em assuntos tão diversos como os desafios da engenharia e tecnologia ou marketing e vendas.

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Revista de imprensa internacional

No Reino Unido o défice orçamental aumentou no primeiro trimestre e os consumidores estão preocupados com o aumento dos preços. Nos EUA a proposta do OE2018 indica cortes na despesa social.

O açúcar continua a ser dos produtos mais consumidos em todo o mundo, mas a guerra ao açúcar, declarada nos últimos anos, está a deixar a indústria preocupada com o seu futuro. Em breve o cenário pode ser menos doce do que o atual: a procura por produtos saudáveis não para de aumentar e a médio prazo espera-se que o preço do açúcar irá colapsar em breve.

Bloomberg

Défice britânico agrava-se mais do que previsto

As despesas aumentaram e as receitas fiscais com o IVA diminuíram no Reino Unido no primeiro trimestre de 2017. Estas duas pressões na execução orçamental britânica fizeram com que o défice fosse maior do que o previsto. A receita do Estado aumentou 3,9%, mas os custos aumentaram a um ritmo maior (5,9%). O gabinete de estatísticas oficial do Reino Unido corrigiu ainda o défice de 2016 para os 2,5% do PIB, o número mais baixo desde 2008. Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

The Guardian

Pressões inflacionistas preocupam consumidores

Quatro em cada cinco consumidores receiam o aumento dos preços dos bens essenciais como comida, bebida e roupa, segundo um relatório da Mintel. Este medo junta-se à preocupação dos britânicos perante a saída do país da União Europeia, o que poderá potencialmente ter um impacto na economia britânica. No mesmo inquérito, 83% dos britânicos admitiram que estão preocupados com o aumento dos preços nos bens e serviços, enquanto 59% estão muito preocupados com a subida do custo dos mantimentos.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

CNN

Trump corta nos pobres e dá aos ricos

A proposta de Orçamento do Estado para 2018 da nova Administração já foi divulgada e a CNN Money tem um resumo numa frase: “grandes prendas para os ricos, grandes cortes para os pobres“. Em causa está um maior investimento na indústria da defesa e nos contribuintes com maiores rendimentos através de um enorme corte de impostos. Em contrapartida, os programas das redes de proteção dos mais pobres sofrerão cortes: em causa está o programa de saúde Medicaid, os cupões de alimentação, os empréstimos aos estudantes e os programas de reformas federais.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Bloomberg

Guerra ao açúcar paralisa crescimento da indústria

A indústria do açúcar atingiu um ponto de viragem depois de anos e anos de crescimento. O índice do açúcar da Bloomberg é dos que têm pior desempenho face aos riscos futuros. Com a global guerra ao açúcar, a procura diminuiu face ao aumento verificado nos produtos mais saudáveis, maioritariamente sem açúcar refinado (simples) ou xaropes. Esta indústria vale 150 mil milhões de dólares e, apesar de não ser este ano que o preço irá colapsar, o medo para o futuro existe. Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Reuters

Grande sindicato francês pressiona Macron para conter reforma laboral

Depois de constituir Governo, Emmanuel Macron enfrenta desafios em breve com as eleições legislativas, mas terá também uma frente de combate com os sindicatos franceses na preparação da reforma laboral que quer aplicar ao país. O principal sindicato moderado francês já avisou que o novo Presidente não deve ter pressa em avançar com os seus planos. O líder do sindicato, Laurent Berger, afirmou aos jornalistas que Macron deve dar tempo para o diálogo.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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Quatro anos à espera obrigam FC Porto a pagar mais que Benfica

Arranca esta terça-feira o prazo de subscrição da emissão de dívida do FC Porto destinada a pequenos investidores. Dragões oferecem uma taxa de juro de 4,25%, acima do Benfica. Quer investir?

O FC Porto despediu-se da Liga portuguesa com uma derrota por 3-1 com o Moreirense, já depois ter perdido o campeonato na penúltima jornada para o Benfica. Agora, tenta somar pontos no campo financeiro, onde pretende 30 milhões de euros através de uma emissão de obrigações a três anos para pequenos investidores. Os dragões, que não são campeões há quatro anos, pagam uma taxa de juro de 4,25%, acima do que os rivais encarnados ofereceram na última operação. Pretende investir? Conheça os pormenores da operação.

Quem pode investir?

A oferta “destina-se a investidores indeterminados, ou seja, ao público em geral, desde que sejam pessoas residentes ou com estabelecimento em Portugal”. Ainda assim, a SAD portista aponta baterias aos associados do FC Porto, aos adeptos, simpatizantes e “toda a população da região de influência do clube”.

Quando se pode subscrever?

Pode subscrever obrigações portistas a partir das 8h30 desta terça-feira até às 15h00 do dia 6 de junho. Entretanto, tem até às 15h00 do dia 31 de maio para alterar ou cancelar ordens de subscrição.

Qual o prazo do investimento?

“O empréstimo tem uma duração de três anos, sendo o reembolso efetuado ao valor nominal, de uma só vez, em 9 de junho de 2020, salvo se ocorrer o vencimento antecipado”, esclarece a SAD do FC Porto. Mas dado que estas obrigações serão admitidas à negociação na bolsa de Lisboa, os investidores podem vender os títulos no mercado ao preço da procura no momento. Ou seja, podem perder ou ganhar dinheiro com a negociação dos títulos.

Quanto paga de juros?

Há um mês, o Benfica pagou um juro de 4% ao ano. Agora, a SAD portista paga 4,25% (taxa anual bruta, sujeita ao regime fiscal em vigor), sendo o juro mais baixo dos últimos empréstimos efetuados. E acrescenta que “os juros das obrigações vencer-se-ão semestral e postecipadamente, com pagamento a 9 de junho e 9 de dezembro de cada ano de vida das obrigações”.

Fonte: Bloomberg (valores em %)

Há comissões?

Há comissões e o investidor é alertado para essa circunstância no prospeto. “Nomeadamente calculando os impactos negativos que as comissões devidas ao intermediário financeiro custodiante podem ter na rendibilidade do investimento (para pequenos montantes investidos esse investimento pode nem sequer ser rentável”, refere a SAD.

Quais são os riscos?

Ao contrário dos depósitos, que estão salvaguardados pelo fundo de garantia, as obrigações dependem da capacidade de cumprimento do emitente. Os riscos estão devidamente sinalizados no documento da SAD. “Os potenciais investidores deverão ponderar cuidadosamente os riscos mencionados (…) antes de tomarem qualquer decisão de investimento no âmbito da oferta, devendo, em caso de dúvidas, recorrer às entidades habilitadas ao seu esclarecimento, incluindo designadamente os seus intermediários financeiros, consultores jurídicos e fiscais“, explica a sociedade.

Qual o montante da emissão?

A SAD prevê emitir um total de seis milhões de obrigações, com um valor nominal de cinco euros cada. Procura assim levantar um total máximo de 30 milhões de euros com esta operação, embora o montante global possa ser aumentado por opção da SAD azul e branca a ser exercida até ao dia 29 de maio (inclusive).

Há mínimo de investimento?

Sim. Segundo o prospeto do negócio, “as ordens de subscrição devem ser apresentadas para um montante mínimo do investimento de 100 euros, correspondente a 20 obrigações e, a partir desse montante mínimo, devem ser expressas e em múltiplos de 5 euros (o equivalente a uma obrigação).

E se a procura superar a oferta?

Tem sido um hábito estes empréstimos obrigacionistas registar procura bastante acima da oferta. Quando isso acontece, procede-se a rateio das obrigações. Este empréstimo portista não é exceção. Os critérios são os seguintes:

  1. Atribuição de 1.000 euros em obrigações a cada ordem de subscrição (ou do montante de obrigações solicitado, no caso de este ser inferior a 1.000 euros). No caso de o montante de obrigações disponíveis ser insuficiente para garantir esta atribuição, serão satisfeitas as ordens de subscrição que primeiro tiverem dado entrada no sistema de centralização de ordens da Euronext (estando, para este efeito, em igualdade de circunstâncias todas as ordens de subscrição que entrarem num mesmo dia útil). Relativamente às ordens de subscrição que entrarem em sistema no dia útil em que for atingido e ultrapassado o montante máximo da emissão, inicial ou alterado por opção do emitente, serão sorteadas as ordens de subscrição a serem satisfeitas;
  2. Atribuição do montante restante solicitado das obrigações em cada ordem de subscrição de acordo com a respetiva data em que deram entrada no sistema de centralização de ordens da Euronext, sendo dada preferência às que primeiro tenham entrado (estando, para este efeito, em igualdade de circunstâncias todas as ordens de subscrição que entrarem num mesmo dia útil). Relativamente às ordens de subscrição que entrarem em sistema no dia útil em que for atingido e ultrapassado o montante máximo da emissão, inicial ou alterado por opção do emitente, será atribuído um montante de obrigações adicional proporcional ao montante solicitado na respetiva ordem de subscrição, e não satisfeito pela aplicação do critério anterior, em lotes de cinco euros da emissão, com arredondamento por defeito;
  3. Atribuição sucessiva de mais cinco euros da emissão às ordens de subscrição que, após a aplicação dos critérios anteriores, mais próximo ficarem da atribuição de um lote adicional de cinco euros da emissão. No caso de o montante de obrigações disponíveis ser insuficiente para garantir esta atribuição, serão sorteadas as ordens de subscrição a serem satisfeitas.

Para que vai servir este dinheiro?

Assim que obtiver os fundos, o FC Porto vai destiná-los para o financiamento da atividade corrente da SAD, nomeadamente pagar a fornecedores, assim como para a consolidação do passivo, através do refinanciamento do empréstimo obrigacionista cujo reembolso de 20 milhões de euros está agendado para 6 de junho. A SAD informa que, se a subscrição da oferta se revelar incompleta, irá obter os recursos necessários mediante financiamento bancário.

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Unidade de Grandes Contribuintes passará a ter responsabilidades executivas

  • Lusa
  • 23 Maio 2017

O Governo quer alargar as competências da Unidade de Grandes Contribuintes, que passará a ter responsabilidades no processo executivo. Repartições de finanças vão ter maior flexibilidade na gestão.

De acordo com uma proposta de lei apresentada no Parlamento, o Governo quer alterar o procedimento e processo tributários para “permitir um conjunto de alterações organizativas da Autoridade Tributária e Aduaneira” que prestem “um melhor serviço ao cidadão e um mais eficaz acompanhamento dos grandes contribuintes”.

Entre as alterações propostas está o alargamento das competências da Unidade de Grandes Contribuintes (UGC), que quando foi criada — há cinco anos — tinha apenas competências de “acompanhamento e gestão tributária das empresas qualificadas como grandes contribuintes“, não lhe tendo sido atribuída atuação ao nível do processo executivo, uma área que estava reservada aos serviços periféricos locais.

Segundo o Executivo, “justifica-se fazer agora esse alargamento de competências, tanto do ponto de vista do melhor acompanhamento e fiscalização da atividade desses agentes económicos, como do ponto de vista da simplificação da sua interação com a administração tributária”.

Para isso, foi adotada “uma abordagem de one-stop-shop [balcão único]”, ficando de fora apenas as competências relativas ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), “por se entender ser neste caso mais relevante a conexão local derivada da localização do imóvel.”

Outra alteração proposta prende-se com o funcionamento dos serviços de finanças de reduzida dimensão, considerando o Governo que estas repartições “não permitem uma afetação otimizada dos recursos humanos às funções de gestão tributária“, recordando a intenção do anterior Governo de fechar estes serviços.

Para o atual Executivo, a opção de encerrar balcões “não é a mais vantajosa do ponto de vista do interesse público”, na medida em que, apesar de poder gerar menos custos para o Estado, fá-lo “através de uma redução dos níveis de serviço ao cidadão e, portanto, um aumento dos custos de cumprimento”.

No entanto, o Governo entende que as repartições de finanças a nível local “têm como principal razão de ser o apoio ao cumprimento e a proximidade do serviço ao cidadão, não se justificando assim, tendo em conta os meios hoje em dia utilizados pela administração fiscal, que as funções de retaguarda tenham que permanecer na competência de todos os serviços de finanças”.

Desta forma, a proposta de lei agora apresentada permite que estas competências, nomeadamente as executivas, sejam atribuídas aos diretores de finanças com faculdade de delegação, introduzindo flexibilidade para que “em cada órgão regional seja permitida a melhor gestão dos recursos humanos e materiais, decidindo-se pela concentração ou não destas funções ao nível da direção regional”.

O Governo refere ainda que esta transferência de competências em matéria de processo executivo para os diretores de finanças torna também viável a intenção de criar mecanismos de coordenação das decisões executivas tributárias e da Segurança Social, prevista no programa Capitalizar.

As alterações agora propostas deverão entrar em vigor a 1 de janeiro de 2018, sendo que nalguns casos aplicam-se apenas aos processos iniciados após essa data e noutros vão aplicar-se também aos processos que nessa data estejam pendentes.

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Weidmann à frente do BCE? “Mais importante são as políticas”, diz Centeno

Para Centeno, mais importante do que discutir nomes para suceder a Mario Draghi, é manter o Banco Central Europeu como importante dinamizador da economia da zona euro.

“Não é tão importante o nome, mas antes as políticas”. Foi esta a resposta do ministro das Finanças português, Mário Centeno, em declarações à Bloomberg TV, questionado sobre a notícia de que o Governo alemão pretende Jens Weidmann, presidente do Bundesbank, para suceder a Mario Draghi na liderança do Banco Central Europeu (BCE).

“O senhor Weidmann é claramente um nome forte no setor bancário e financeiro na Europa. Não vejo qualquer problema”, declarou o ministro português. “Mas queremos que as políticas sejam discutidas. (…) Penso que é muito importante manter o papel do BCE enquanto instituição importante para uma economia como a da zona euro”, reforçou Centeno.

Notícias do fim de semana adiantaram que Merkel e Schäuble, chancheler e ministro das Finanças da Alemanha, estão prontos para apoiar Weidmann a assumir a posição de referência no banco central do euro. O mandato de Draghi termina dentro de dois anos e meio, em outubro de 2019.

Apesar de ainda nem sequer ter sido iniciado o processo de escolha de um sucessor do italiano, o futuro nome do presidente do BCE deverá implicar uma intensa negociação política no seio da região.

Mario Draghi tem adotado uma política monetária altamente expansionista, com juros zero e um programa de compras de dívida alargado para estimular a economia do bloco da moeda única. Ainda assim, numa altura em que a inflação começa a dar sinais de subida, têm subido de tom as críticas da Alemanha em relação ao caminho seguido pelo banco central.

Por várias vezes os responsáveis da maior economia da Europa têm pedido o fim dos estímulos.

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Empresas de turismo ganham nova casa este ano

O Centro de Inovação do Turismo abre portas até ao final deste ano, para apoiar startups e empresas tradicionais no desenvolvimento de ideias e produtos, bem como na formação.

Está lançado o “hub especializado de turismo”. O Governo e o Turismo de Portugal apresentaram, esta segunda-feira, o Centro de Inovação do Turismo, o projeto-âncora do pacote Turismo 4.0, que vai funcionar como uma plataforma para promover a inovação e o empreendedorismo dentro do setor e tornar Portugal em país de referência para o turismo.

Em articulação com uma rede de incubadoras, o centro vai ajudar a acelerar e incubar startups, além de identificar tendências internacionais de inovação no turismo de forma a antecipar respostas aos problemas. O objetivo passa ainda por apoiar a promoção internacional da inovação feita em Portugal e apoiar a formação dos recursos humanos das empresas.

A apresentação contou com Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, João Vasconcelos, secretário de Estado da Indústria, e Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, que sublinharam a intenção de “afirmar Portugal como plataforma de desenvolvimento em que o turismo tem capacidade para mobilizar a indústria”. Exemplo disso, recordou Ana Mendes Godinho, são as 1.500 novas startups de turismo que nasceram em 2016.

“Portugal, no turismo, não está a seguir os outros, está a dar os passos à frente dos outros”, salientou, por seu lado, o ministro da Economia.

O centro abre portas no segundo semestre deste ano e, para já, não é avançada uma data concreta. Para já, no âmbito de 11 programas de aceleração já lançados, estão já a ser apoiadas 250 empresas, por 27 incubadoras distribuídas por todo o país, que passam agora a estar associadas ao Centro de Inovação do Turismo.

"Portugal, no turismo, não está a seguir os outros, está a dar os passos à frente dos outros.”

Manuel Caldeira Cabral

Ministro da Economia

Estão também a ser negociadas parcerias com entidades privadas, que contribuirão “para a dinamização do centro de inovação e definirão o que se pretende para o centro”, explicou Luís Araújo aos jornalistas. Isto é: o centro vai funcionar como uma associação de direito privado, composta por sócios que definem os planos de atividade. Numa primeira fase, o Turismo de Portugal está a “estimular” o centro, “mas a ideia é que ele seja sustentável”, diz Luís Araújo.

Os parceiros poderão vir de dentro ou de fora do setor do turismo. “A ideia é que o centro seja o mais polivalente possível. Não queremos só o setor do turismo lá dentro, queremos empresas digitais, empresas de clusters que nos interessam. Isso é importante para esta multiplicação que nós queremos”, aponta Luís Araújo.

Não está também ainda definido qual será o custo desta iniciativa. “Estamos a falar de um centro internacional de inovação, temos tudo para este centro dar certo e ser um ponto de referência em qualquer parte do mundo. Não é mais uma incubadora, não é mais uma aceleradora. É um centro de inovação para juntar as valências que já existem, na perspetiva de criar sinergias entre todos”, concluiu o presidente do Turismo de Portugal.

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Juros cedem pela sexta sessão. Taxa a dez anos em mínimos desde setembro

Mantém-se o alívio dos investidores. Juros da dívida continuam em queda pela sexta sessão seguida, depois de Bruxelas recomendar a saída da Portugal do Procedimento por Défice Excessivo.

Os juros da dívida portuguesa continuam em baixa pela sexta sessão consecutiva, o mais largo período de quedas desde o início do ano, com a taxa das obrigações a dez anos a forçar um novo mínimo desde setembro do ano passado, num sinal de maior confiança dos investidores em relação a Portugal.

A yield implícita nas obrigações do Tesouro a dez anos, a referência do mercado, descem quase dois pontos base para os 3,134%, tratando-se do patamar mais baixo dos sete meses. Mas os juros portugueses recuam em todos os prazos. A taxa a cinco anos cai para 1,571%. E nos Bilhetes do Tesouro, títulos de dívida de muito curto prazo e que comportam um nível de risco muito reduzido, os juros encontram-se em terreno negativo.

Esta tendência de alívio no mercado secundário nacional acontece depois de a Comissão Europeia ter recomendado esta segunda-feira a saída de Portugal do Procedimento por Défices Excessivos (PDE). Um dos benefícios práticos desta decisão é que a imagem do país sai reforçada junto dos investidores que, com maior grau de confiança, aceitam comprar obrigações portuguesas a uma taxa de juro mais baixa.

Juros portugueses em queda

Em termos simbólicos, a saída de Portugal do PDE seria um importante sinal de uma posição orçamental forte”, dizia ao ECO o economista da agência de rating DBRS Fergus McCormick.

"Em termos simbólicos, a saída de Portugal do PDE seria um importante sinal de uma posição orçamental forte.”

Fergus McCormick

Economista da DBRS

Os juros nacional encontram-se em queda acentuada desde que em meados de março houve uma alteração dos benchmarks que servem de referência para as várias linhas de obrigações no mercado secundário. A 16 de março, a taxa a dez anos superou os 4,3%.

Desde então, várias notícias na frente nacional e internacional contribuíram para colocar a dívida portuguesa na moda. Défice nos 2%, crescimento económico de 2,8% no primeiro trimestre e vitória de Macron nas eleições francesas reforçam o otimismo dos investidores.

“As obrigações portuguesas estão na moda”, salienta Michael Leister, estratego de obrigações do Commerzbank. “Um fator que ajuda é certamente o alívio francês, que tem alimentado o apetite por ativos com maior risco. Mas as dinâmicas surpreendentemente positivas nos fundamentais (isto é, forte crescimento económico e défice mais baixo em 2016) e o percurso mais moderado do Governo do que inicialmente temíamos (não há mais reversões nas reformas) são os fatores dominantes”, frisa o responsável do banco alemão.

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Portugal capta maior valor de investimento direto estrangeiro dos últimos 20 anos

  • Lusa
  • 23 Maio 2017

Alemanha e Espanha foram os principais investidores em Portugal em 2016, segundo dados divulgados pelo Inquérito à Atratividade de Portugal 2017, realizado pela EY.

Portugal conseguiu captar o maior valor de investimento direto estrangeiro dos últimos 20 anos, segundo dados esta terça-feira divulgados pelo Inquérito à Atratividade de Portugal 2017, realizado pela EY.

No total, segundo o estudo, Portugal conseguiu captar em 2016 o número recorde de 59 investimentos, no entanto, devido à dimensão ou natureza dos mesmos, o número de postos de trabalho criados diminuiu de 3,5 mil para 2,5 mil, em comparação com 2015.

“A criação de emprego é claramente afetada por uma redução do número médio de empregos criados por projeto, sendo inferior quer à média pré-crise quer ao ano anterior”, sinalizam os autores do estudo.

"A criação de emprego é claramente afetada por uma redução do número médio de empregos criados por projeto, sendo inferior quer à média pré-crise quer ao ano anterior.”

Estudo da EY

A Alemanha e Espanha foram os principais investidores em Portugal em 2016, com 14 e 10 investimentos respetivamente, enquanto a França liderou a criação de emprego, com 900 novos postos de trabalho e foi o quarto em número de projetos, com oito novos projetos de investimento.

Os EUA e o Japão estão também entre as principais fontes de investimento direto estrangeiro no país para o ano 2016, “o que ilustra o alcance geográfico e o potencial logístico do país”, acrescentam.

O investimento alemão, criando um total de 265 postos de trabalho, foi maioritariamente ligado a atividades transformadoras.

O estudo destaca ainda o grande otimismo de 62% dos investidores estrangeiros quanto ao futuro de Portugal e a vontade de 32% dos investidores de aumentarem o investimento no nosso país durante o próximo ano.

As áreas de I&D (Investigação e Desenvolvimento) e logística destacam-se como setores com maior número de intenções de investimento, enquanto a indústria, marketing e vendas mantêm uma grande representatividade.

De acordo com o inquérito da EY, Portugal está assim “no radar dos investidores, registando intenções de investimento acima da média europeia e prevendo-se um aumento da atratividade do país”.

"[Portugal está assim] no radar dos investidores, registando intenções de investimento acima da média europeia e prevendo-se um aumento da atratividade do país.”

Estudo da EY

Entre os fatores considerados mais atrativos pelos investidores estrangeiros, o estudo aponta para a estabilidade do clima social, o potencial de aumento de produtividade e os custos laborais.

Do outro lado da balança, entre os fatores considerados menos atrativos pelos investidores destaque para a tributação às empresas, estabilidade e transparência do ambiente político, jurídico e regulamentar e a flexibilidade da legislação laboral.

A EY refere ainda que é dado um maior destaque aos setores de bens de consumo, imobiliário, construção e indústria de transportes e automóvel por parte dos investidores não estabelecidos em Portugal e que os setores das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) e do turismo são vistos pelos investidores como motores de desenvolvimento do país.

A região de Lisboa é vista como a mais atrativa de Portugal mas o Porto aparece como o destino com maior número de novos investimentos e criação de postos de trabalho.

O EY Attractiveness Survey é um estudo promovido pela EY, a nível europeu, com o objetivo de avaliar a perceção dos investidores estrangeiros quanto à atratividade das diversas localizações.

Nesta edição, foram inquiridas empresas que já investiram ou que têm potencial para investimento futuro no território em análise e que se encontram espalhados por 20 países e em cinco línguas diferentes (alemão, inglês, português, espanhol e francês).

Durante o mês de abril de 2017, foram realizadas 203 entrevistas telefónicas a investidores internacionais, com a preocupação de dividir a amostra entre empresas que já estão presentes em Portugal e outras que ainda não têm operações neste país.

Segundo a EY, 62% das empresas inquiridas no estudo estão presentes em Portugal, num total de 126 entrevistados.

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Jodi Cobb: inspiração para fotojornalistas, em Lisboa

  • ECO + National Geographic
  • 23 Maio 2017

Vencedora de prémios como o National Press Photographers Association e World Press Photo é um dos convidados da National Geographic Summit, em Lisboa.

Jodi Cobb é uma das grandes fotojornalistas da atualidade, com prémios tão prestigiados como o da National Press Photographers Association e da World Press Photo, foi ainda a primeira mulher a ser distinguida com o título de White House Photographer of the Year.

Cobb foi uma das primeiras repórteres a atravessar a China, quando abriram as suas fronteiras ao Ocidente, tendo percorrido 11 mil quilómetros em dois meses para fazer o livro ‘Journey Into China’. Foi a primeira fotógrafa a entrar no mundo oculto das mulheres da Arábia Saudita, sendo recebida nos palácios das princesas e nas tendas dos beduínos para um artigo inesquecível publicado em 1987 na National Geographic Magazine.

Em Lisboa, vai falar-nos da condição humana num mundo interligado, através da sua experiência e do que os seus olhos e a sua câmara captaram ao longo dos anos. É um dos três nomes internacionais a participar no National Geographic Summit, que decorre em Lisboa, no teatro Tivoli BBVA, a 25 e 26 de maio.

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