PSD desafia PCP e BE a apresentarem resolução sobre reformas

  • Lusa
  • 13 Abril 2017

O PSD criticou hoje os Programas de Estabilidade e Nacional de Reformas e desafiou “os partidos da geringonça” a apresentarem um projeto de resolução “se tiverem algumas dúvidas”.

O PSD criticou hoje os Programas de Estabilidade e Nacional de Reformas e desafiou “os partidos da geringonça” a apresentarem um projeto de resolução “se tiverem algumas dúvidas”.

Em declarações à Lusa, o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, afirmou que este Programa Nacional de Reformas e Programa de Estabilidade “não são novos, são velhos”, são uma repetição “do que foi feito há um ano” e as “metas são insuficientes para o que o país precisa”.

“Depois de quatro anos de recuperação, em que saímos da recessão, começámos a fazer crescer a economia, em que recuperámos grande parte do emprego que perdemos no pico da crise, reforçámos a capacidade exportadora, o que se esperava era um ciclo de crescimento mais robusto”, afirmou Montenegro, dando o exemplo de Espanha e Irlanda. Dado que estes dois documentos não vão a votos no debate de quarta-feira, no parlamento, sendo apenas possível associar projetos de resolução, a favor ou contra, o PSD desafiou os partidos que apoiam o Governo a fazê-lo “se tiverem alguma dúvida”.

O executivo, ao contrário do que aconteceu no ano passado, em que pediu contributos ao PSD e CDS-PP, fez estes planos com a sua base de apoio, PS, PCP e Bloco de Esquerda, assinalou. “Se o PCP e o BE têm alguma dúvida acerca dele, devem ser eles a suscitar essas dúvidas no parlamento”, disse.

O debate sobre o Programa Nacional de Reformas e Programa de Estabilidade está agendado para quarta-feira, no parlamento, podendo os partidos apresentar projetos de resolução até segunda-feira.

CDS-PP leva iniciativa a votos no Parlamento

O CDS-PP vai ter uma iniciativa para levar a votos na Assembleia da República a sua alternativa aos programas de Estabilidade e de Reformas, disse hoje à Lusa o líder parlamentar, Nuno Magalhães. “Obviamente que apresentaremos a nossa alternativa e, obviamente, por uma questão de coerência com o ano passado, transparência democrática e clareza, entendemos que deve ir a votos”, disse à Agência Lusa Nuno Magalhães, questionado se o CDS-PP apresentará uma iniciativa que leve os documentos a votação no plenário.

"Obviamente que apresentaremos a nossa alternativa e, obviamente, por uma questão de coerência com o ano passado, transparência democrática e clareza, entendemos que deve ir a votos.”

Nuno Magalhães

Nuno Magalhães começou por afirmar que os centristas aguardam que o Governo envie hoje o Plano Nacional de Reformas (PNR) e o Programa de Estabilidade para a Assembleia da República, “como ficou combinado na conferência de líderes”. “Mediante isso, o CDS irá estudar os documentos, como é seu direito e dever“, acrescentou.

No ano passado, os centristas apresentaram um projeto de resolução que pedia a rejeição do Programa de Estabilidade e a revisão do Programa Nacional de Reformas, no sentido de “não reverter” as reformas estruturais do anterior Governo. Essa foi a formulação votada no parlamento, depois de o CDS-PP ter alterado o projeto de resolução que inicialmente recomendava que o Governo submetesse os programas a votação.

O Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas foram hoje aprovados em reunião de Conselho de Ministros e serão discutidos na próxima semana na Assembleia da República.

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Estados Unidos atacam Estado Islâmico com a maior bomba não nuclear do arsenal

Os EUA atacaram um alvo do Estado Islâmico no Afeganistão com a maior bomba não nuclear do arsenal norte-americano. Inclui 11 toneladas de explosivos e é a primeira vez que é usada em combate.

Um exemplar da bomba usada esta quinta-feira, conhecida como “a mãe de todas as bombas”.Wikimedia Commons

Os Estados Unidos largaram a maior bomba não nuclear do seu arsenal num alvo do Estado Islâmico em território afegão, avançou esta quinta-feira a CNN. Segundo a agência Bloomberg, que cita um porta-voz do Pentágono, a bomba foi lançada sobre um complexo que se acredita ser usado pelos jihadistas em Achin, província de Nangarhar no Afeganistão, perto da fronteira com o Paquistão.

Desconhecem-se ainda os danos provocados. Num comunicado, o comando central dos Estados Unidos garantiu que foram tomadas “todas as precauções para evitar mortes civis”.

A bomba em causa é conhecida por GBU-43/B, ou Massive Ordnance Air Blast Bomb, e é apelidada pela Força Aérea como “a mãe de todas as bombas” — mother of all bombs, no original em inglês. Contém cerca de 11 toneladas de explosivos e é guiada por GPS. É a primeira vez que este tipo de bomba é usada num cenário real de combate.

Este tipo de engenho foi desenvolvido pelos Estados Unidos durante a guerra com o Iraque. Segundo a CNN, a autorização terá sido assinada pelo general John Nicholson, comandante das forças armadas norte-americanas no Afeganistão. A bomba usada esta quinta-feira foi lançada por volta das 19h locais a partir de um avião MC-130, operado pelo comando de operações especiais a Força Aérea.

Vista geral da afegã de Nangarhar, com Achin assinalado com o indicador vermelho. É uma aproximação do local atacado pelos Estados Unidos.Google Maps

(Notícia atualizada às 19h11 com mais informação)

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Navigator arranca construção de nova fábrica em Cacia na próxima semana

  • Lusa
  • 13 Abril 2017

A nova fábrica da Navigator em Aveiro vai começar a ser construída na próxima semana, num investimento de 121 milhões de euros. A entrada em funcionamento deve acontecer no segundo semestre de 2018.

A nova fábrica de papel ‘tissue’ da The Navigator Company (TNC) vai começar a ser construída na próxima semana, em Cacia, Aveiro, perspetivando-se a sua entrada em funcionamento no segundo semestre de 2018, informou hoje a Câmara Municipal.

De acordo com uma nota informativa da autarquia, a nova fábrica, que numa primeira fase vai criar 100 novos postos de trabalho, representa um investimento de 121 milhões de euros. “Esta operação vai ter uma relevante componente de exportação, o que constitui uma oportunidade muito significativa de dinamização e crescimento económico e de promoção do emprego, no contexto atual muito relevante, devidamente articulada com uma estratégia integrada de Ordenamento do Território e de sustentada coesão social”, salienta a Câmara.

"Esta operação vai ter uma relevante componente de exportação, o que constitui uma oportunidade muito significativa de dinamização e crescimento económico e de promoção do emprego, no contexto atual muito relevante, devidamente articulada com uma estratégia integrada de Ordenamento do Território e de sustentada coesão social.”

Câmara Municipal de Aveiro

A mesma nota refere que, com o início dos trabalhos, a circulação automóvel através do arruamento privado da fábrica, que é utilizado atualmente para acesso ao centro da freguesia de Cacia, “será desativado em definitivo”. Segundo a Câmara, um novo acesso ao centro de Cacia será disponibilizado aquando da conclusão da nova variante rodoviária, que está atualmente em construção, num investimento total de cerca de 1,2 milhões de euros.

A intenção de investir na fábrica de Cacia foi comunicada pela TNC em finais de 2015, quando deu a conhecer o seu projeto para a construção de uma linha de produção de papel ‘tissue’ (utilizado em papel higiénico e lenços de papel) e respetiva transformação em produto final, com uma capacidade de produção nominal de 70 mil toneladas por ano.

O projeto estava, no entanto, condicionado “à concretização de um conjunto de fatores, nomeadamente a obtenção de um pacote de incentivos fiscais e financeiros”. No início deste ano, o grupo papeleiro anunciou, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, que decidiu avançar com o desenvolvimento do projeto, depois de ter reunido “a globalidade das condições necessárias para a concretização deste investimento”.

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Apple está a trabalhar no tratamento da diabetes

A fabricante do iPhone tem uma equipa a trabalhar em sensores que detetem os níveis de glucose no sangue sem a necessidade de perfurar a pele. Projeto terá sido idealizado por Steve Jobs.

Poderá o Apple Watch medir os níveis de glucose no sangue?Pixabay

A Apple tem uma equipa de engenheiros biomédicos a desenvolver tecnologia para ajudar no tratamento da diabetes. A fabricante do iPhone tem planos para desenvolver sensores não invasivos que medem os níveis de açúcar no sangue, avançou esta quinta-feira a CNBC, citando três fontes próximas do assunto. A equipa estará a trabalhar num escritório descaracterizado em Palo Alto, na Califórnia, a alguns quilómetros da sede da empresa em Cupertino.

Segundo o canal, o projeto decorre há já cinco anos e terá sido ideia de Steve Jobs, o histórico fundador e presidente executivo da empresa. Jobs morreu em 2011, vítima de cancro. Segundo a CNBC, o antigo líder terá idealizado um futuro em que aparelhos semelhantes aos atuais smartwatches podem ser usados para medir sinais vitais e outras variáveis como os níveis de oxigénio e de glucose no sangue.

Cerca de três dezenas de pessoas estariam a trabalhar nesse projeto secreto há um ano. No entanto, as atenções foram despertadas quando, recentemente, a Apple decidiu contratar cerca de uma dezena de engenheiros biomédicos de empresas conhecidas do setor. Segundo as fontes da CNBC, alguns desses peritos juntaram-se a essa equipa e outros foram agregados à mesma equipa que trabalha no desenvolvimento do Apple Watch.

A intenção da Apple não é propriamente uma novidade, tendo em conta que outras empresas já tentaram desenvolver estes sensores. No entanto, nenhuma teve sucesso. Medir os níveis de glucose no sangue sem perfurar a pele não é tarefa fácil, e o que a Apple tenciona fazer é, possivelmente, desenvolver esta tecnologia para aplicar no seu próprio relógio inteligente.

Embora se desconheça no que a marca está a trabalhar em concreto, uma fonte disse à CNBC que a Apple está a trabalhar em sensores óticos que medem esses níveis mediante um feixe de luz que atravessa a pele.

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Saúde: Governo aprova reposição de horas extraordinárias

  • Lusa
  • 13 Abril 2017

As alterações ao diploma que restitui parte do pagamento das horas extraordinárias aos profissionais de saúde já teve luz verde dos ministros.

O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros alterações ao diploma que restitui parte do pagamento das horas extraordinárias aos profissionais de saúde. Segundo o comunicado distribuído no final da reunião do Conselho de Ministros, foi aprovada a alteração no valor dos suplementos devido por trabalho extraordinário aos profissionais de saúde, “através de um aumento faseado ao longo do corrente ano das percentagens de acréscimo previstas na legislação em vigor”.

O comunicado não esclarece de que forma as percentagens vão sendo faseadas nem a partir de quando se aplica a restituição do pagamento das horas extraordinárias. Os médicos agendaram uma greve nacional para dias 10 e 11 de maio, contra a ausência de medidas concretas do Governo, nomeadamente a reposição do pagamento das horas extras, que estão a receber a 50% desde 2012.

O Governo tinha publicado um diploma a restituir parte das horas extraordinárias apenas para os profissionais que fazem urgência externa e cuidados intensivos, mas as organizações médicas exigiram de imediato que fosse aplicado a todos os profissionais.

O ministro da Saúde garantiu na quarta-feira que o pagamento das horas extraordinárias a 75% aos médicos terá efeitos retroativos a 1 de abril. Em reuniões com os sindicatos, o Ministério da Saúde tem-se comprometido a repor os restantes 25% até ao fim deste ano.

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DBRS vê risco de “incumprimento seletivo” na troca de obrigações do Novo Banco

Agência canadiana vê risco de incumprimento seletivo na troca de obrigações séniores do Novo Banco. Coloca rating sob revisão com implicações negativas.

A agência de notação financeira DBRS colocou esta sexta-feira as obrigações seniores do Novo Banco sob revisão com implicações negativas, “ameaçando” baixar ainda mais o rating de ‘CCC’ que atribui àqueles títulos de dívida. Para os canadianos, a troca de obrigações seniores que serve como uma das condições para fechar a venda do Novo Banco ao Lone Star pode representar um “incumprimento seletivo” da instituição.

“Durante o período de revisão, que poderá durar mais de três meses, a DBRS irá focar-se nos termos e condições da operação de troca de obrigações seniores, que ainda são desconhecidos neste momento. A DBRS irá possivelmente considerar qualquer operação como problemática se os termos da troca forem desfavoráveis para os obrigacionistas”, diz a agência canadiana num comunicado publicado esta quinta-feira.

“Num acontecimento como este, a DBRS antecipa que os ratings da dívida sénior do Novo Banco sejam reduzidos para o nível ‘D’ para refletir (…) uma oferta coerciva para os obrigacionistas seniores e um incumprimento dos títulos“, justifica ainda.

Neste sentido, os analistas concluem que o rating do Novo Banco deverá ser considerado como estando em “incumprimento seletivo” na medida que consideram que o Novo Banco falhou em cumprir uma obrigação em torno da dívida emitida.

"A DBRS antecipa que os ratings da dívida sénior do Novo Banco sejam reduzidos para o nível ‘D’ para refletir (…) uma oferta coerciva para os obrigacionistas seniores e um incumprimento dos títulos.”

DBRS

Em causa está uma das condições para o Lone Star injetar mil milhões de euros no Novo Banco e que passa pela troca “voluntária” de obrigações seniores por outros títulos de dívida que permitam ao banco liderado por António Ramalho reforçar a sua posição de capital em 500 milhões de euros.

Na conferência de anúncio de venda do Novo Banco, no dia 31 de março, o governador Carlos Costa sublinhou que “a solução desenhada não envolve uma ação não voluntária” e “não afetará o capital” dos obrigacionistas.

A venda está ainda dependente da aprovação do Banco Central Europeu (BCE) e da Comissão Europeia.

Nas últimas duas semanas, o risco associado à dívida sénior do Novo Banco disparou. A taxa de juro exigida pelos investidores chegou a disparar dos 9% para os 17%, assim como os Credit Default Swaps (CDS), os seguros desta dívida.

(Notícia atualizada às 17h31)

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Bolsa de Lisboa fecha a cair pela segunda semana consecutiva

BCP e Mota-Engil pressionaram bolsa portuguesa na última sessão da semana. Desta vez, Lisboa não conseguiu contrariar o sentimento negativo europeu. PSI-20 fecha semana com perdas.

Na última sessão da semana, por causa do feriado de Sexta-feira Santa, o volume de negociação na bolsa de Lisboa foi mais baixo do que o habitual com a ausência de muitos investidores. Esta quinta-feira, depois de um arranque positivo na praça portuguesa, o fecho do dia acabou por ditar perdas para a generalidade das cotadas nacionais.

O PSI-20, o principal índice português, caiu 0,34% para 4.962,62 pontos, depois de dois dias em terreno positivo. De resto, no acumulado da semana, a bolsa volta a registar perdas semanais pela segunda vez consecutiva. Na sessão desta quinta-feira, pressionaram sobretudo as ações do BCP (-1,17%) e ainda do setor energético, onde a Galp caiu 0,51% para 14,57 euros e a EDP Renováveis cedeu 0,43% para 6,96 euros.

A cotada liderada por Manso Neto desvalorizou pela primeira vez em seis sessões, depois de os acionistas terem aprovado o pagamento do dividendo de 0,05 euros no dia 8 de maio, o que vai implicar uma descida do preço da Oferta Pública de Aquisição (OPA) dos 6,8 euros para os 6,75 euros.

No total, 14 cotadas fecharam em terreno negativo, com nota ainda para a Mota-Engil. As ações têm estado em destaque em 2017, colocando-se em segundo lugar nos melhores desempenhos em Lisboa. Mas hoje foi dia de algumas correções em baixa. Os títulos desvalorizaram 1,13% para 2,28 euros.

Mota desacelera

O PSI-20 não conseguiu repetir o padrão de ontem, quando conseguiu contrariar a tendência geral de queda dos mercados europeus. Desta vez, o índice nacional acompanhou a tendência descendente dos seus pares europeus”, referiram os analistas do BPI no Comentário de Fecho.

“O BCP figurou entre as maiores perdas, não conseguindo contrariar a fraqueza do DJ Stoxx Banks e mais concretamente das ações bancárias espanholas. A Mota-Engil, que ontem foi o melhor performer da bolsa nacional, foi alvo da realização de mais-valias“, acrescentaram.

"O BCP figurou entre as maiores perdas, não conseguindo contrariar a fraqueza do DJ Stoxx Banks e mais concretamente das ações bancárias espanholas. A Mota-Engil, que ontem foi o melhor performer da bolsa nacional, foi alvo da realização de mais-valias.”

BPI

Comentário de Fecho

Lá por fora, a sessão também foi negativa. As perdas não foram muito intensas. À exceção da bolsa de Milão. O FTSE-Mib caiu mais de 1%. Já em Paris, em Frankfurt e em Madrid, as quedas não foram além dos 0,7%.

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FMI: Empresas batoteiras prejudicam a produtividade

  • Margarida Peixoto
  • 13 Abril 2017

Quanto mais difícil for a vida das empresas batoteiras, melhor. Assim pode ser que acabem por sair do mercado e deem espaço às cumpridoras para crescer. Ganha a produtividade e o país, diz o FMI.

As empresas batoteiras são aquelas que enganam as autoridades fiscais e não pagam os impostos que deviam. Estas empresas, para o FMI, devem ver a sua vida cada vez mais complicada — se saírem de atividade, melhor, diz o Fundo. A conclusão resulta do capítulo II do Fiscal Monitor, um capítulo analítico divulgado esta quinta-feira.

Os economistas do FMI partiram de uma questão: como promover a produtividade das economias? E chegaram à conclusão que uma das formas de o conseguir é melhorar os sistemas fiscais. Ou seja, melhorar a sua aplicabilidade e impedir que as empresas consigam fugir ao Fisco.

A ideia parece contraintuitiva: obrigar as empresas a pagar todos os impostos devidos pode fazer com que prejudiquem os seus resultados. Mas Vítor Gaspar, diretor do Departamento de Assuntos Orçamentais do FMI, e Laura Jaramillo, chefe de uma divisão do mesmo departamento, explicam, num artigo publicado no blog do FMI com base na investigação desenvolvida pelo Fundo, porque é que não é assim.

É que quando as empresas fogem ao Fisco, permitem-se levar a cabo investimentos que não são tão produtivos, porque o custo do capital que aplicam é, artificialmente, mais baixo. É como se estas empresas estivessem a ser subsidiadas. Ora, se investem de forma menos exigente, também têm piores resultados e, na verdade, atrasam o crescimento da produtividade do país.

Se, pelo contrário, forem obrigadas a pagar todos os impostos devidos, os incentivos são colocados nos investimentos certos. Se estas empresas acabarem por não sobreviver, então é porque não eram suficientemente produtivas, não criavam valor suficiente. Ao saírem de atividade, acabam por abrir espaço no mercado para que as outras, as cumpridoras e produtivas, ganhem quota.

"Ao se libertar do subsídio implícito, as empresas batoteiras menos produtivas, incapazes de competir, sairão de atividade.”

Vítor Gaspar e Laura Jaramillo

Diretor e chefe de divisão do Departamento de Assuntos Orçamentais do FMI

“Os nossos resultados empíricos mostram que uma administração fiscal mais forte reduz a prevalência da batota. Ao se libertar do subsídio implícito, as empresas batoteiras menos produtivas, incapazes de competir, sairão de atividade. Isto abre espaço para as empresas produtivas, cumpridoras com o Fisco, ganharem quota de mercado e absorverem maiores quantidades de trabalho e capital, aumentando a produtividade agregada”, explicam Vítor Gaspar e Laura Jaramillo.

A falta de capacidade para fazer cumprir as regras fiscais é um exemplo de condições que levam à má alocação dos recursos, mas há mais. “Os exemplos incluem incentivos fiscais que dependem da dimensão da empresa ou do tipo de investimento, fraca cobrança fiscal, tarifas aplicadas a bens específicos, regulação que limita o acesso ao mercado, empréstimos preferenciais a determinadas empresas ou mercados financeiros que não estão plenamente desenvolvidos”, resumem os peritos, no artigo publicado no blog do FMI.

“Estima-se que eliminando tais barreiras, na média dos vários países, poderíamos aumentar as taxas de crescimento real do PIB em cerca de um ponto percentual durante 20 anos“, adiantam ainda os economistas.

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Samsung: Assistente virtual do Galaxy S8 só sabe falar coreano

A Bixby, uma das funcionalidades-chave do novo Galaxy S8, só vai aprender inglês em maio. Para já, a assistente virtual só reconhece coreano. O telemóvel chega ao mercado a 21 de abril.

Quando o Galaxy S8 chegar ao mercado, a assistente virtual Bixby ainda não vai saber falar inglês.Flávio Nunes/ECO

A Bixby, uma das principais funcionalidades do Samsung Galaxy S8, não vai estar totalmente disponível a 21 de abril, o dia em que o telemóvel chega ao mercado. O topo de gama foi apresentado no final de março e a assistente virtual, que executa comandos de voz e dá informações com base nas preferências do utilizador, foi das novidades mais enaltecidas pela marca sul-coreana. O problema é que, para já, não vai suportar inglês — só coreano.

Já se sabia que a Bixby não ia suportar o português de Portugal no momento do lançamento do Galaxy S8. Aliás, nem é certo que alguma vez o venha a fazer. Porém, era expectável que a língua inglesa fosse suportada pela assistente virtual logo no lançamento, o que, segundo informações apuradas pelo The Wall Street Journal, já só deverá acontecer em maio (acesso pago).

A Bixby é a aposta da Samsung para concorrer contra as soluções já existentes no mercado. No entanto, a empresa vai concorrer mais diretamente com a Siri, a assistente da Apple incluída em todos os aparelhos da marca da maçã. Ao mesmo tempo, a Google também já apresentou um assistente idêntico, a que chamou de Google Assistant, e que deverá ser incluído nos modelos Android mais recentes — incluindo, claro, o próprio Samsung Galaxy S8.

Somando à ausência da língua inglesa na Bixby o facto de o assistente da Google, que suporta um conjunto alargado de idiomas, já vir incluído no novo telemóvel da Samsung, estes não são pontos a favor da marca sul-coreana, que deposita neste modelo todos os esforços para recuperar do fiasco do Note 7.

Ainda assim, apesar de só suportar comandos de voz em coreano, a Bixby estará presente no Galaxy S8 através de um painel especial semelhante ao antigo Google Now. Nele irão constar informações contextuais relevantes para o utilizador, bem como outras selecionadas com base nos interesses do mesmo. Para tal, a Samsung recorre à inteligência artificial, uma tecnologia cada vez mais desenvolvida e cada vez mais presente no setor.

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Wall Street no vermelho, petróleo e dólar recuperam

As bolsas norte-americanas estão em queda, num dia marcado pelas prestações de contas do JPMorgan, do Citigroup e do Wells Fargo. Dólar volta a ganhar força e o petróleo está a valorizar.

Wall Street abriu a sessão desta quinta-feira com perdas próximas de 0,2%, num dia marcado pelo arranque da temporada de apresentação de resultados trimestrais e pela divulgação de informações relevantes acerca do mercado laboral norte-americano por parte do Ministério do Trabalho dos Estados Unidos da América.

O índice S&P 500, que reúne muitas das maiores empresas do mundo, está a recuar cerca de 0,23%. Perdas semelhantes no industrial Dow Jones, que segue a desvalorizar, igualmente, cerca de 0,23%. Já o tecnológico Nasdaq, que esteve sob especial pressão na sessão de quarta-feira, é o que menos perde, recuando apenas cerca de 0,12%.

Três grandes bancos apresentaram resultados antes do toque do sino em Nova Iorque. O JPMorgan Chase e o Citigroup apresentaram lucros acima das expectativas e, nas negociações antes da abertura, estavam a valorizar na ordem dos 0,4%. Cenário menos animador para o Wells Fargo, cujos lucros trimestrais caíram ligeiramente e pressionaram, desde logo, as ações do banco em 1,2% no pre-market.

A travar mais perdas estarão, certamente, os dados animadores do mercado laboral. Na semana que terminou a 8 de abril, menos norte-americanos pediram subsídio de desemprego do que o esperado. As estimativas apontavam para um número em torno dos 245.000, mas os dados revelados mostram que apenas 234.000 pessoas o fizeram, o que pode dar alguma tranquilidade aos investidores.

No mercado das commodities, o preço do petróleo voltou ao verde, depois da interrupção de seis sessões consecutivas de valorização esta quarta-feira. Em Nova Iorque, o contrato de WTI faz-se a 53,25 dólares, um avanço de 0,25% em cadeia. Por fim, em relação à moeda, o dólar está a recuperar das perdas registadas com as declarações de Donald Trump, que indicou a divisa estava a ficar “demasiado forte”. Um dólar vale agora 0,94 cêntimos de euro.

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Velozes, furiosos e… esbanjadores

  • Juliana Nogueira Santos e Raquel Sá Martins
  • 13 Abril 2017

O oitavo filme da saga "Velocidade Furiosa" promete ser um sucesso, tal como os seus antecessores. Mas em que números se traduz o sucesso?

O oitavo filme da saga “Velocidade Furiosa” chega hoje às salas de cinema portuguesas. Este filme marca o início de uma nova era, sendo que é o primeiro sem Paul Walker, que foi vítima de um acidente de viação em 2013, mas há coisas que não mudaram desde o primeiro filme. Falamos dos valores de popularidade, das receitas de bilheteira e da magnitude da destruição que causam. Assim, são velozes, furiosos e muito esbanjadores.

Campeões da bilheteira

O primeiro filme estreou em junho de 2001 e contava a história de um polícia, Brian O’Connor (Paul Walker), que foi destacado para acabar com uma rede de corridas de carros ilegais sob disfarce. Para isto, Brian arranja um carro de corrida e entra na rede, acabando por se apaixonar pelas corridas e por um dos membros da rede. Na altura, a história rendeu 206,5 milhões de euros em bilheteira, tendo sido produzido com um orçamento de 38 milhões de dólares.

A partir daí, a história foi-se desenvolvendo. O grupo de amigos começou a viver aventuras cada vez mais arrojadas, viajando para cidades como Tóquio, Rio de Janeiro e Abu Dhabi. Assim, o orçamento necessário para a produção dos filmes começou a ficar ele também bem mais arrojado.

Orçamento da produção dos filmes da saga “Velocidade Furiosa”. Fonte: Box Mojo OfficeRaquel Sá Martins

O último filme da saga, rodado nos Emirados Árabes Unidos, custou 250 milhões de dólares. Mas não pense que este investimento não teve retorno. O primeiro filme rendeu 206,5 milhões de dólares em bilheteira, mantendo-se este valor mais ou menos constante ao longo do franchise, mas a morte de Paul Walker mudou tudo.

Receitas de bilheteira dos filmes da saga “Velocidade Furiosa”. Fonte: Box Mojo OfficeRaquel Sá Martins

O “Velocidade Furiosa 7” foi o último filme em o ator apareceu e marcou o fim de uma era na saga. A icónica cena final, em que Dominic (Vin Diesel) e Brian seguem por estradas diferentes ao som de “See You Again” de Wiz Khalifa permitiu angariar mais 1,5 mil milhões de dólares em receitas de bilheteira, estabelecendo este como o filme mais popular da saga e um dos mais rentáveis de sempre.

Campeões da destruição

Mas nem tudo é ganho. Se já viu um qualquer filme da saga — ou só mesmo um trailer — sabe porque os personagens são considerados campeões da destruição. Explosões, acidentes, capotamentos, lutas, todos os motivos servem para causar confusão. A pensar nisto, um comparador de seguros britânico assistiu aos sete “Velocidade Furiosa” e contabilizou todos os estragos feitos pelas personagens.

 

Foram mais de 13 horas de filme que contaram com 31 edifícios destruídos e 53 danificados e 142 carros de figuração destruídos e 169 danificados. Os veículos especiais destruídos, ou seja, os carros costumizados dos personagens principais, bem como os carros de coleção e outro, foram 37 — um deles era um tanque.

No total, já foram 432 os itens de maior porte que “sofreram” com a produção desta saga, não incluindo todos os mais pequenos como mobília, obras de arte, entre outros. Em termos monetários, esta destruição perfaz uma fatura de 525,7 milhões de dólares. Dividindo os gastos por personagem, podemos dizer que são os maus da fita que são mais esbanjadores…

O vilão principal Deckard Shaw (Jason Statham) causou danos de 182,3 milhões de dólares, enquanto a soma dos danos dos heróis não ultrapassa os 120 milhões de dólares. Ainda assim, o carro mais caro a ser destruído estava a ser conduzido por Dominic Toretto, um dos “bons da fita” e atravessou três edifícios, destruindo tudo que encontrou. Era um Lykan Hypersport e estava avaliado em 3,5 milhões de dólares.

Ainda não sabemos o que este filme vai trazer: não são conhecidos os valores do orçamento para a produção, nem sequer os valores dos objetos que, de certeza, vão ser arrasados à medida que a história se vai desenrolar. A única certeza que podemos ter é que este filme irá ser outro sucesso de bilheteira, tanto que até já estão marcadas as estreias do nono e décimo filmes, em 2019 e 2021 respetivamente.

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PS quer “aproveitar” declarações de Macedo na comissão de inquérito à CGD

  • Lusa
  • 13 Abril 2017

O PS quer que as posições assumidas pelo presidente da CGD, Paulo Macedo, sejam integradas na comissão parlamentar de inquérito ao banco público.

O PS vai requerer que as posições assumidas na quarta-feira pelo presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, sejam extraídas para fazerem parte do acervo da comissão parlamentar de inquérito ao banco público.

Esta iniciativa em torno das declarações proferidas pelo presidente da CGD na última reunião da Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças foi transmitida esta quinta-feira à Lusa pelo vice-presidente da bancada socialista João Paulo Correia.

O deputado socialista adiantou que a iniciativa será formalizada no próximo dia 5 de maio, quando foram retomados os trabalhos da comissão de inquérito sobre a recapitalização e gestão da CGD.

“O PS vai pedir uma cópia das declarações proferidas pelo dr. Paulo Macedo na audiência de quarta-feira requerida pelo PSD, já que considera que são fundamentais para a elaboração do relatório de conclusões da comissão de inquérito. O teor das afirmações então proferidas devem fazer parte do acervo da comissão parlamentar de inquérito”, sustentou o vice-presidente da bancada socialista.

"O PS vai pedir uma cópia das declarações proferidas pelo dr. Paulo Macedo na audiência de quarta-feira requerida pelo PSD, já que considera que são fundamentais para a elaboração do relatório de conclusões da comissão de inquérito. O teor das afirmações então proferidas devem fazer parte do acervo da comissão parlamentar de inquérito.”

João Paulo Correia

Vice-presidente da bancada socialista

De acordo com o PS, o ex-ministro da Saúde e atual presidente da CGD negou validade às dúvidas que têm sido manifestadas pelo PSD e CDS-PP, particularmente no que respeita ao montante envolvido no processo de recapitalização do banco público.

“Em primeiro lugar, o presidente da CGD referiu que as novas exigências regulatórias provenientes da Comissão Europeia levaram a um registo adicional de imparidades na ordem dos 1,6 mil milhões de euros. Depois, ainda no que se respeita às necessidades presentes de recapitalização, o presidente da CGD referiu-se aos prejuízos acumulados entre 2011 e 2016”, apontou o dirigente da bancada socialista.

Ainda segundo João Paulo Correia, Paulo Macedo “foi também claro quando se referiu às consequências do processo de desalavancagem imposto pela troika ao conjunto do sistema financeiro”.

Além das causas subjacentes à dimensão do atual processo de recapitalização, João Paulo Correia salientou que Paulo Macedo, por outro lado, perante os deputados, defendeu ainda que, em termos de crédito mal parado, o nível de imparidades na CGD que resultou de empréstimos concedidos a grandes empresas, ou a grandes negócios de imobiliário, “está em linha com os restantes bancos a operar em Portugal, ou até um pouco abaixo”.

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