CDS disponível para descentralização sem ‘jobs for the boys’

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2018

Nuno Magalhães diz que CDS-PP está disponível para apoiar um processo de descentralização que dê "mais e melhores competências" aos municípios, sem criar novos cargos de 'jobs for the boys'.

O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, manifestou, esta segunda-feira, a disponibilidade para um processo de descentralização que dê “mais e melhores competências” a municípios e entidades já existentes, mas sem novos cargos de jobs for the boys.

“Importa dar mais e melhores competências quer aos municípios, quer às áreas que já existem, sem criar novos cargos, sem criar novos jobs for the boys, afirmou Nuno Magalhães durante um almoço numa quinta vinícola em Palmela, no distrito de Setúbal, onde decorrem esta segunda e terça-feira as jornadas parlamentares do CDS.

O líder da bancada afirmou que os centristas estão “disponíveis para fazer uma descentralização neste pressuposto sério, pensando nas populações, nunca em rivalidades que não existem, nem nos partidos”.

Nuno Magalhães contestou “o truque” da maioria de esquerda de fazer baixar a comissões parlamentares iniciativas legislativas, porque “não se entendem”, e assegurou que, no caso da descentralização, o CDS vai, como noutros processos, “obrigar à votação”.

“É altura de BE, PCP e PEV serem, como são, membros desta maioria não só à segunda, quarta e sexta, mas em cada um dos dias da semana”, vincou.

Numa perspetiva de prestação de contas do ano parlamentar, Nuno Magalhães referiu-se também às quase 100 propostas apresentadas pelo CDS na discussão do Orçamento do Estado para 2018.

“Todas as propostas o PS chumbou, mesmo aquelas que o PS copiou. Se isto não é sectarismo, não sei o que será. Caiu a máscara ao doutor António Costa, caiu a máscara ao PS: não quer consensos”, defendeu.

Ainda acerca da descentralização, Nuno Magalhães, que é eleito por Setúbal, defendeu uma boa afetação de recursos, que passa, argumentou, também por a riqueza gerada em determinado território nele possa permanecer.

“Estamos num distrito com dois concelhos, Setúbal e Palmela, que estão entre os cinco concelhos que mais riqueza dão ao país. Não é um bom exemplo de distribuição da riqueza que a riqueza criada em Palmela e Setúbal não fique em Setúbal”, argumentou.

No dia em que entrou em vigor o novo horário na Autoeuropa, com trabalho ao sábado, o líder da bancada centrista falou contra a “luta de classes, a guerra pela guerra”.

A captação de investimento e a importância do diálogo social são temas que os convidados do CDS nestas jornadas vão desenvolver ao longo da tarde, começando com o orador no almoço, o antigo diretor da Siemens Portugal, Carlos Melo Ribeiro, e prosseguindo com um debate com o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, e o presidente da Associação Empresarial de Portugal, António Saraiva.

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Fabricantes automóveis usaram cobaias humanas para testar emissões

  • ECO
  • 29 Janeiro 2018

Instituto financiado por três grandes marcas alemãs (Volkswagen, BMW e Daimler) usou cobaias humanas para testar efeito biológico da exposição às emissões dos veículos a gasóleo.

Há um novo escândalo a assombrar a indústria automóvel. Desta vez, a imprensa alemã dá como certo o uso de cobaias humanas e macacos para testar laboratorialmente as emissões dos veículos a gasóleo. As análises foram conduzidas por um instituto financiado por três grandes marcas: Volkswagen, BMW e Daimler.

As experiências, que aconteceram entre 2012 e 2015, envolveram a exposição, durante várias horas, de 25 indivíduos saudáveis a fumos tóxicos, em diferentes concentrações — em particular, dióxido de azoto (NO2). Posteriormente, as cobaias foram examinadas por um hospital universitário para que se aferissem os efeitos desse teste. “Foram usadas técnicas extremamente sensíveis e não invasivas para captar a resposta biológica”, defendeu-se a instituição hospital, segundo cita a DW. Além disso, refere que “não foram encontradas reações à inalação de NO2 , nem inflamações no trato respiratório”.

Os fabricantes automóveis também já reagiram às notícias, dizendo-se chocados com a utilização de humanos nos testes em causa. Em comunicado, a Volkswagen sublinhou que está “convencida de que os métodos escolhidos, na altura, estavam errados” e a Daimler afastou responsabilidades, reforçando que não teve qualquer influência sobre a decisão que levou ao uso deste tipo de cobaias.

Há mais um escândalo a assombrar a indústria automóvel alemã.Krisztian Bocsi/Bloomberg

Confiança por um fio. Ética ultrapassada

Estes testes realizados na Universidade de Aachen estão a ser criticados por grandes nomes, de várias áreas de atividade.

Na política, de acordo com a Bloomberg, o ministro dos Transportes alemão, Christian Schmidt, reforçou que os fabricantes automóveis estão assim a debilitar, ainda mais, a confiança na indústria. Já a ministra da Economia, Brigitte Zypries, apelou a que não se ultrapassem os limites éticos.

Angela Merkel, através do seu porta-voz Steffan Seibert, condenou igualmente as experiências, considerando que “não têm qualquer justificação, no plano ético”. Segundo o El País, o Governo alemão pediu às marcas que reduzissem as emissões ao invés de tentarem provar que não são prejudiciais à saúde dos humanos.

Os primeiros detalhes sobre o uso de macacos surgiram, no The New York Times, na semana passada. Essa primeira notícia avançava que foram feitos testes com os contornos referidos, no estado norte-americano do Novo México, com recurso a cobaias animais. A informação gerou uma chuva de críticas, que só foi reforçada pela nota adicionada, este fim de semana, pelo alemão Stuttgarter Zeitung sobre a utilização de humanos para fins semelhantes.

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PSI-20 perde o gás: energéticas afundam bolsa de Lisboa

  • Marta Santos Silva
  • 29 Janeiro 2018

A bolsa lisboeta perdeu mais de meio ponto percentual esta segunda-feira. À abertura no verde seguiu-se uma tendência de queda, empurrada principalmente pela NOS e pelas energéticas.

A bolsa de Lisboa caiu esta segunda-feira mais de meio ponto percentual, com a maior parte das cotadas no vermelho e pressão especialmente forte da NOS e das energéticas, que iniciaram a queda. O BCP também foi dos que mais perdeu.

O índice de referência PSI-20 caiu 0,66% para os 5.730,47 pontos, num dia em que todas as cotadas — excetuando a Pharol, a Sonae e a Corticeira Amorim — desvalorizaram. Das três empresas que escaparam à tendência de queda, a Pharol teve os maiores ganhos: 1,07% a mais, ficando nos 0,23 euros.

Lisboa foi particularmente penalizada por quedas na NOS de 1,45% (para os 5,42 euros) e no BCP de 0,87% (para os 0,32 euros). As energéticas também tiveram um desempenho mau: a EDP perdeu, tanto a casa mãe, que caiu 0,73% para os 2,86 euros, como a Renováveis, que fechou a perder 0,14% para os 7,09 euros. A queda não poupou a REN, que perdeu 0,31%, nem a Galp, que foi a que mais caiu dentro deste grupo: -1,76%, fixando-se nos 15,8 euros.

A vaga vermelha também marcou o dia nas principais praças europeias e do outro lado do Atlântico: a bolsa de Nova Iorque abriu a cair, corrigindo os ganhos históricos da semana passada, e as bolsas de Frankfurt a Madrid desvalorizaram esta segunda-feira. O índice europeu Stoxx 600 mostra uma queda de 0,25% para os 399,55 pontos.

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Brexit. Britânicos não querem assinar acordo, antes de relação comercial estar alinhada

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2018

Britânicos querem ter acesso privilegiado ao mercado da UE, mesmo depois do Brexit ser final. Reino Unido admite atrasar negociações, porque não quer assinar acordo sem elo comercial estar decidido.

O governo britânico admite atrasar as negociações para o acordo de saída da União Europeia para conseguir ter em paralelo um esboço das relações futuras entre as duas partes, afirmou, esta segunda-feira, o ministro do ‘Brexit’, David Davis.

Numa audição com uma comissão parlamentar sobre a UE, Davis disse estarem em curso conversas com Bruxelas sobre os termos de uma transição entre o data da saída formal, em março de 2019, e a saída efetiva do mercado interno, no final de 2020.

“A expectativa é que concluiremos [as negociações sobre] o ‘período de implementação’ antes do Conselho Europeu” de 22 e 23 de março, adiantou o ministro para a Saída da União Europeia.

David acrescentou que “não é garantido, mas é provável” cumprir este calendário e que espera prosseguir imediatamente para as negociações sobre um acordo comercial com a UE, seguindo as orientações que são esperadas no mesmo Conselho Europeu.

Lembrando que o negociador-chefe da União Europeia, Michel Barnier, mostrou esperança em concluir as negociações sobre o acordo de saída até outubro deste ano, Davis mostrou-se disposto a alargar este prazo.

“Nós esperamos conseguir [negociar] a futura relação e o acordo de saída em paralelo, o que pode empurrar para um pouco mais tarde, porque não queremos assinar o acordo de saída sem termos a substância da futura relação alinhada. O último trimestre do ano é o nosso objetivo”, revelou.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, clarificou desde o início que o Reino Unido não pretendia manter-se no mercado interno para ter controlo sobre a política de imigração, mas que quer um acordo que permita o acesso privilegiado ao mercado, nomeadamente dos serviços financeiros.

Sobre o processo de ratificação, David Davis lembrou que o acordo será votado pelas duas câmaras do parlamento, a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes, seguindo-se a votação a uma proposta de lei para o Acordo e Implementação.

Do outro lado, os textos serão discutidos no Parlamento Europeu e no Conselho Europeu, onde será votado por maioria qualificada, ou seja, são necessários 55% de votos representativos de 65% da população.

O ministro falava na véspera do início de mais dois dias de debate da proposta de lei na Câmara dos Lordes, para a qual estão previstas dezenas de intervenções.

Devido à existência de várias etapas, o processo legislativo britânico do texto, que revoga a lei de adesão do Reino Unido à Comunidade Europeia em 1973 e transfere as normas europeias para o direito britânico, deverá prolongar-se por mais várias semanas.

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Governo abre a porta a emissão de dívida de muito longo prazo

Secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix adianta que Portugal poderá em breve procurar financiamento através da emissão de obrigações com prazo entre 20 e 30 anos.

Portugal está a preparar uma emissão de dívida de muito longo prazo, além do prazo habitual de dez anos, adiantou o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix. Em cima da mesa poderá estar a emissão de obrigações entre 20 a 30 anos.

“Transmitimos ao IGCP que estamos disponíveis para olhar para outras oportunidades em termos de emissão de obrigações de longo prazo, se é rentável, adequado e estável suficiente para fazer parte da nossa curva de rendimentos”, referiu Mourinho Félix em declarações divulgadas esta segunda-feira pela agência Reuters.

E especificou de seguida: “Podemos olhar para propostas concretas que os investidores possam ter, mas [20 a 30 anos] são o tipo de maturidades que outros países que estão muito longos [já emitiram e] isso é o tipo de coisas sobre as quais podemos olhar”.

Na última emissão (a primeira e única de longo prazo deste ano), o Tesouro português obteve quatro mil milhões de euros em obrigações a dez anos, com a taxa de juro a descer para 2,14% — bem abaixo dos 4,23% pagos numa operação semelhante realizada há apenas um ano. Mas agora pode aproveitar as condições favoráveis para ir mais longe.

De resto, o sucesso de Itália na emissão de nove mil milhões de euros em títulos a 20 anos pode mostrar o caminho a seguir por Portugal. As ordens pelas obrigações italianas atingiram os 31 mil milhões de euros, sinalizando o forte interesse dos investidores em comprar obrigações fora do core da Europa.

Um banqueiro disse à Reuters que “há uma hipótese muito grande de um bom desempenho no mercado obrigacionista se Portugal continuar a apresentar resultados na frente económica”.

Avançar para uma emissão de longo prazo seria o passo seguinte depois de Portugal ter liquidado junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) a parte mais cara do empréstimo oficial. Devolveu na semana passada pouco mais de 800 milhões de euros e livrou-se da penalização no spread.

A este propósito, o governante português salientou que Portugal “procedeu a uma estratégia de gestão da dívida muito prudente, substituindo o empréstimo oficial por investimento do mercado sem reduzir a maturidade média da dívida”.

De acordo com o IGCP, as necessidades líquidas de financiamento do Estado para 2018 situam-se na ordem dos 10,9 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada às 16h29)

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Altice quer ser ouvida pela AR para “expor a sua indignação”

  • ECO
  • 29 Janeiro 2018

Bloco de Esquerda anunciou intenção de nacionalizar redes da PT. Notícia caiu como uma bomba na Altice, que já pediu audiência a Ferro Rodrigues para "expor a sua indignação".

A notícia de que o Bloco de Esquerda quer nacionalizar não só a rede de comunicações básicas, mas também a propriedade e gestão das redes de emergência, de segurança e proteção civil, e de difusão do sinal audiovisual (TDT) está a gerar um profundo mal-estar no seio da Altice. Em comunicado, a empresa considera que as declarações do deputado Heitor Sousa ao Expresso se revestem de uma “enorme gravidade” e adianta que solicitou, esta segunda-feira, uma audiência ao Presidente da Assembleia da República para “expor a sua indignação e clarificar a sua estratégia”.

“Portugal não merece nem pode admitir que membros de órgãos de Soberania, como a Assembleia da República, se comportem de forma tão leviana ou irresponsável e assim afetem a credibilidade, a confiança e o respeito destes órgãos”, sublinha a multinacional. A companhia liderada por Patrick Drahi diz ainda estranhar que, em nenhum momento, o bloquista “tenha procurado obter os exigíveis esclarecimentos” junto da Altice, sobre as matérias que aborda, no jornal referido, tal como “fizeram os outros grupos parlamentares”.

Indignada com o “conjunto de factos e informações falsas” avançado pelo político, a companhia refere que é o grupo de telecomunicações que mais investe em Portugal, com a mais alargada cobertura de rede móvel.

De acordo com a notícia publicada, este sábado, no Expresso, o Bloco de Esquerda quer trazer para o domínio público a rede de telecomunicações básica, vendida à PT, em 2002, para que o défice cumprisse, nesse ano, a meta de 3%. Neste âmbito, o partido está mesmo a preparar uma proposta de alteração à Lei Base das Telecomunicações, justificada pelas “sistemáticas falhas das redes de emergência”, pelo “fraco desenvolvimento da TDT” e pela “falta de qualidade dos serviços”.

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Em três meses, preço das casas subiu 7% numa freguesia de Lisboa e 17% noutra do Porto

Nos municípios de Lisboa e do Porto, o metro quadrado ficou 80 euros mais caro no espaço de apenas três meses. Quando se faz a comparação anual, os aumentos chegam a ultrapassar os 40%.

Os preços das casas estão a disparar em Portugal, mas a evolução é muito díspar nos vários pontos do país. Se há municípios onde o metro quadrado não só está a ficar mais barato, como não chega aos 200 euros — é o caso de Boticas, Penalva do Castelo ou Vimioso –, há outros onde quem quiser comprar casa terá de pagar mais de 1.500 euros por metro quadrado. É nos principais centros urbanos do país que se conhecem os maiores aumentos: em Lisboa, há freguesias onde o preço do metro quadrado aumentou 7% no espaço de apenas três meses. Há até uma freguesia, no Porto, em que o aumento foi de quase 17%.

Lisboa é o município mais caro do país para comprar casa. Na capital, o preço mediano do metro quadrado era, no terceiro trimestre do ano passado, de 2.315 euros. É um aumento de 3,77%, ou mais 84 euros, em relação aos 2.231 que tinham sido registados no segundo trimestre, e de 15,5% em relação aos preços de 2016.

Metro quadrado custa 2.315 euros em Lisboa

Quando a comparação é feita com os preços de 2016, há subidas superiores a 30% ou mesmo 40% em algumas freguesias da capital. Em Santo António (onde fica a zona do Marquês de Pombal e Avenida da Liberdade), o metro quadrado disparou 46% em relação ao que se verificava em 2016 e está agora nos 3.425 euros. Já a Misericórdia, onde fica o Cais do Sodré e o Chiado, é a zona mais cara, com o metro quadrado a aumentar 38,5% no espaço de um ano, para os 3.440 euros.

Mas, na comparação em cadeia, os aumentos também são expressivos, sobretudo tendo em conta que ocorreram no espaço de apenas três meses. Só há duas freguesias onde os preços caíram: Marvila, a zona mais barata da cidade para comprar casa, onde o metro quadrado custa 1.559 euros, e Belém, com um valor mediano de 2.500 euros por metro quadrado.

Em todas as outras freguesias, os preços aumentaram, e muito. No espaço de apenas três meses, os valores subiram 7,14% em Arroios, para um preço mediano de 2.266 euros por metro quadrado, naquele que foi o maior aumento em cadeia. Há outras quatro freguesias onde os preços aumentaram 6% ou mais de um trimestre para outro: Estrela, Misericórdia, Areeiro e Santa Clara. Já em termos absolutos, foi na Misericórdia que o metro quadrado ficou mais caro, aumentando em 196 euros em apenas um trimestre.

A Misericórdia passou, assim, a ser a freguesia mais cara de Lisboa, ultrapassando Santo António. Já os Olivais deixaram de ser a freguesia mais barata, lugar que passou a ser ocupado por Marvila.

Em três meses, preços sobem 3,7% no município de Lisboa

No Porto, há subidas ainda mais expressivas. Os preços do município fixaram-se em 1.254 euros por metro quadrado no terceiro trimestre, o que representa um aumento de 14% em relação a 2016 e de 7% (mais 83 euros) quando comparados com o segundo trimestre de 2017. Também aqui, há crescimentos a dois dígitos em termos homólogos. Foi o caso da união de freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, onde o metro quadrado se fixou em 1.445 euros no final de setembro do ano passado, mais 41% do um ano antes.

Metro quadrado custa 1.254 euros no Porto

Os valores são bastante inferiores aos de Lisboa, mas não só não há qualquer freguesia em que os preços tenham diminuído na comparação em cadeia, como o ritmo de crescimento é muito mais acelerado em algumas zonas. Em Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, os preços dispararam 16,81% do segundo para o terceiro trimestre de 2017, com o metro quadrado a aumentar em 208 euros em três meses. Já em Paranhos, os preços aumentaram em 7,84% entre o segundo e o terceiro trimestre do ano passado, para 1.155 euros por metro quadrado.

O ranking por preços mantém-se quase igual no Porto. A união de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde continua a ser mais cara e a Campanhã mantém-se como a mais barata.

Em três meses, preços sobem 7% no município do Porto

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Nos últimos meses do ano, CMVM aplicou coimas de 125 mil euros

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2018

No último trimestre do ano, CMVM proferiu decisão numa dezena de processos de contraordenação: oito por violação dos deveres de informação ao mercado e dois relativos à atividade dos organismos.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) proferiu decisão em 10 processos de contraordenação no quarto trimestre de 2017, tendo sido aplicadas coimas no total de 125.000 euros e oito admoestações.

Em comunicado, a CMVM explica que entre os processos de contraordenação, oito são por violação dos deveres de informação ao mercado e dois são relativos à atividade dos organismos de investimento coletivo. Em 2017 foi proferida decisão em 27 processos.

“As decisões tomadas entre outubro e dezembro respeitam a oito processos de contraordenação muito graves, um processo de contraordenação grave e um processo de contraordenação menos grave”, indica.

No mesmo período foram instaurados 23 processos de contraordenação, sete por violação dos deveres de intermediação financeira, seis relativos à atividade dos organismos de investimento coletivo, cinco relativos à atuação dos auditores, três por violação dos deveres de informação ao mercado, um relativo à violação dos deveres de negociação em mercado e um relativo à atuação dos peritos avaliadores de imóveis.

No quarto trimestre foi ainda decidido um processo em tribunal relativo à violação dos deveres de intermediação financeira e no final do ano encontravam-se pendentes de decisão nos tribunais cinco processos.

No final de dezembro, estavam assim em curso 109 processos de contraordenação na CMVM, 34 respeitantes a violações de deveres de intermediação financeira, 26 referentes à atividade dos organismos de investimento coletivo, 20 a violações de deveres de informação, 16 a violação de deveres de negociação em mercado, 12 à atuação dos auditores e um relativo à atuação dos peritos avaliadores de imóveis.

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Conferência Criptomoeda: Game changer?

  • ECO
  • 29 Janeiro 2018

O ECO e a Abreu Advogados convidam-no a participar na conferência sobre criptomoedas no próximo dia 1 de fevereiro, na sede da Abreu Advogados, em Lisboa.

A partir das 8h45, do dia 1 de fevereiro, vamos abrir o debate sobre a função das criptomoedas e a sua sustentabilidade como ativo de investimento. Inscreva-se agora >

O valor da bitcoin multiplicou-se por 11 em 2017, espelhando um ano de grande euforia em torno das criptomoedas. E os fundos ditos institucionais passaram, eles próprios, a investir nestes ativos.

Aos poucos, as operações de ICO, uma forma inovadora de angariar capital, começam a gerar buzz também em Portugal. Mas, neste ano de 2018, impõem-se grandes desafios para o mercado, nomeadamente ao nível regulatório.

O que vai Portugal fazer? As criptomoedas são uma realidade que veio para ficar? Ou vivemos uma nova bolha financeira? Qual será o seu impacto na economia? Neste contexto, o ECO e a Abreu Advogados promovem a conferência Criptomoeda: Game Changer?, que juntará especialistas e regulador num mesmo debate.

AGENDA:

  • 08h45 – 09h15 – Acreditação
  • 09h15 – 09h30 – Abertura António Costa | Publisher ECO
  • 09h30 – 09h45 – Impactos fiscais das Criptomoedas Alexandra Courela | Partner Abreu Advogados
  • 09h45 – 10h30 – Criptomoedas, uma moda ou estão cá para ficar?
    • Joaquim Lambiza | Founder Bitcoin
    • Álvaro Pinto | Co-founder Aptoide
    • Justin Wu | Founder Etherify
  • 10h30 – 11h00 – Coffee Break
  • 11h00 – 11h45 – ECO Talks Hélder Rosalino | Administrador Banco de Portugal

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Igualdade salarial. Novo CEO da easyJet pede corte no seu salário

  • ECO
  • 29 Janeiro 2018

Novo líder executivo da easyJet diz-se absolutamente empenhado na luta pela igualdade salarial e pede, por isso, que o seu salário seja reduzido para igualar o da sua antecessora.

Já dizia o pacifista Mahatma Gandhi e parece defender o novo líder executivo da easyJet: “seja a mudança que quer ver no mundo”. Esta segunda-feira, a transportadora aérea britânica anunciou que Johan Lundgreen pediu que o seu salário seja cortado para que assim iguale o recebido pela sua antecessora, Carolyn McCall.

“Na easyJet, estamos absolutamente empenhados no compromisso de garantir remunerações iguais e as mesmas oportunidades para mulheres e homens“, sublinhou, em comunicado, Lundgreen. O líder executivo da companhia aérea explicou que quer aplicar essa filosofia a todos os colaboradores e acrescentou: “para mostrar o meu compromisso pessoal, pedi ao Conselho que reduza o meu salário para igualar o da Carolyn”.

Quando Johan Lundgreen foi nomeado presidente executivo da easyJet, estava previsto que auferisse anualmente 740 mil libras (842,4 mil euros). Com este pedido, o veterano do turismo passará a receber quase 5% menos, isto é, 706 mil libras (803,7 mil euros).

Fazer mais do que as metas

Além de lutar contra a desigualdade salarial entre géneros, Johan Lundgreen diz-se dedicado à transformação da comunidade de pilotos e promete que quer ir mais longe do que a meta (aumentar em 20% o número de mulheres, nesta área, até 2020), na inclusão de profissionais femininas, nestes cargos.

A disparidade entre o número de profissionais femininas e masculinos nesta comunidade é apontada pela companhia britânica em causa como principal justificação para o fosso salarial de mais de 50% entre géneros, registado nesta empresa.

Tal se explica porque os pilotos recebem remunerações mais altas, mas 94% deles são homens — um problema que se estende a toda a indústria, já que, em todo o mundo, apenas 4% destes profissionais são mulheres. Segundo a easyJet, no último ano, foram recrutadas 49 copilotas, o que representou um aumento de 48% relativamente ao ano anterior.

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Uma nova temporada de uma Série (5) de luxo

Entre as berlinas familiares, a BMW tem sempre uma palavra a dizer. Ou melhor, um número: 5. É uma referência entre os premium, conjugando na perfeição a elegância com o caráter desportivo.

Smartphone, chaves de casa, dinheiro, smartphone… Outro?! Ah… É a chave do carro. Confuso? É simples. Há marcas que optam por chaves minimalistas, mas depois há outras, como a BMW, que põem nas mãos dos donos destes automóveis verdadeiros gadgets que permitem controlar muito mais do que apenas o simples abrir e fechar de portas. É um “faz (quase) tudo” que abre o apetite no caminho de casa até ao novo Série 5.

É só um amuse-bouche (que custa cerca de 250 euros) para o que nos espera assim que se entra no grande familiar/executivo da marca bávara. Linhas simples, num tablier imponente onde salta à vista logo o ecrã de grandes dimensões, semelhante a um tablet, não só esteticamente, mas também pelas funcionalidades que encerra (desde informação do veículo, aos modos de condução, passando pela navegação). E quando se carrega no botão Start, acende-se outro ecrã, o dos manómetros, que muda de aspeto consoante a opção selecionada: Eco Pro, Confort ou Sport.

Confort é o modo normal de condução desta berlina de grandes dimensões, sendo que os bancos que equipam o Série 5 garantem sempre essa sensação independentemente da opção selecionada, bem como do estilo de condução que se adota. O Sport torna o 5 mais reativo, com uma suspensão mais sólida, passagens de caixa mais rápidas e até temos direito a um barulhinho especial do motor, ainda que o silêncio reine a bordo.

Há potência

O 520d, o modelo em teste, oferece a possibilidade de uma caixa manual de seis velocidades, mas nestas gamas é cada vez mais usual o recurso à caixa automática. Foi o caso. Oito velocidades que se engrenam com suavidade por si só, mas que podem ser introduzidas manualmente através das duas patilhas no volante. É um extra que custa mais de 2.000 euros. Mas vale a pena, especialmente quando se quer puxar um pouco mais pelo 5.

O dois litros com quatro cilindros, TwinPower Turbo, é um excelente aliado da caixa de oito velocidade. Com 190 cv, é suficiente para garantir suavidade no dia-a-dia, mas também alguma emoção em estrada aberta. É fácil levar o 5 a velocidades mais elevadas, já não é assim tão fácil fazer escorregar a longa traseira. Pode desligar-se o controlo de tração, mas há sempre ajudas eletrónicas para corrigir os erros do condutor com menos tato.

M de… Must have

O volante do pacote desportivo M ajuda a transmitir a sensação de potência num automóvel que não ambiciona ser um… desportivo – para isso há o M5. Mas há mais neste pack que deve fazer qualquer potencial comprador ponderar bem. É que mudam a “cara” do Série 5. Traz, no interior, bancos dianteiros desportivos, forro do teto em preto antracite, frisos em preto Piano, mas também há bónus na mecânica e na estética exterior.

Há a suspensão desportiva M, que apura o 5, mas também as jantes de liga leve 19 polegadas com pneus runflat, bem como outros elementos estéticos, incluindo o spoiler traseiro, que marcam a diferença na estrada. É um extra que custa, no entanto, mais de 3.500 euros, sendo que facilmente se ultrapassa a dezena de milhar em extras neste modelo premium. Assim, de 55.223 euros, a fatura final chega aos 70 mil.

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Wall Street em queda após semana de recordes

  • Marta Santos Silva
  • 29 Janeiro 2018

As bolsas norte-americanas começaram a semana em queda, com uma abertura no vermelho que é a correção da semana passada e, também, um reflexo de investidores em expectativa dos resultados que aí vêm.

Nova Iorque começa a semana no vermelho, com os principais índices a caírem em correção dos máximos alcançados na semana passada. A expectativa dos resultados que vão ser apresentados esta semana deverá manter os investidores interessados.

O principal índice de referência, o S&P 500, abriu a cair 0,26%, para os 2.865,32 pontos. Não foi o único a cair. O índice tecnológico, o Nasdaq, mostrou-se vulnerável após ter disparado na sexta-feira passada graças aos ganhos da Intel: esta segunda-feira caía 0,39% à hora de abertura, ficando-se nos 6.995,36 pontos. O industrial Dow Jones era o que menos se ressentia, mas também estava no vermelho: caía 0,08% para os 26.599,5 pontos.

Os próximos dias trazem os resultados de gigantes da tecnologia desde a Apple à Alphabet passando pela Amazon, a Microsoft e o Facebook, pelo que se prevê uma semana de nervos no Nasdaq, assim como da Pfizer e da DowDuPont, que poderão agitar o Dow Jones.

“Os resultados que aí vêm deverão fornecer mais provas de que estamos a viver uma época de resultados forte“, escreveu Peter Cardillo, economista de mercados na First Standard Financial de Nova Iorque, numa nota citada pela Reuters. “A confiança dos investidores continua em alta e deverá fortalecer-se. No entanto, a quantidade de dinheiro a entrar em ações é uma razão para ter mais cuidado do que nunca”, acrescentou.

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