Acordo com estivadores do Porto de Setúbal compra 75 dias de paz social

Acordo assinado entre os sindicatos dos estivadores de Setúbal e os operadores do porto incluiu uma cláusula de paz social de 75 dias. Se for assinado contrato coletivo podem ser cinco anos.

O acordo assinado esta sexta-feira que pôs fim à greve no Porto de Setúbal incluiu uma cláusula na qual os sindicatos se comprometem a não avançar com um pré-aviso de greve num espaço de 75 dias, revelou ao ECO, o gerente da Operestiva, Diogo Marecos.

“O acordo tem uma cláusula de paz social que determina que não seja apresentado qualquer pré-aviso de greve nos próximos 75 dias”, diz Diogo Marecos. “E os sindicatos comprometem-se a colocar cláusula de paz social no contrato coletivo” de trabalho que vai ser negociado. “Isto significa que durante esse período de vigência do contrato, cinco anos, o sindicato não pode fazer greve”, acrescenta o responsável, que se mostra confiante na possibilidade de que este ponto do acordo seja cumprido.

O acordo tem uma cláusula de paz social que determina que não seja apresentado qualquer pré-aviso de greve nos próximos 75 dias.

Diogo Marecos

Gerente da Operestiva

Se tivermos outra greve dentro de três meses podemos esquecer o Porto de Setúbal“, sublinhou de forma perentória o responsável, confirmando que as perturbações laborais que a infraestrutura sofreu “já custaram vários milhões de euros”. Diogo Marecos sublinhou ainda que “tão importante como a componente financeira é necessário recuperar a confiança dos agentes“, nomeadamente dos armadores.

Os navios são itinerantes, por isso estamos agora a pedir aos operadores das linhas que voltem“, afirmou. “Toda a equipa está a trabalhar para dar operatividade ao porto e ter toda a gente contente”, acrescentou. O que Diogo Marecos quer evitar a todo o custo é que aconteça o mesmo que aconteceu no Porto de Lisboa: “integrar a lista negra dos portos mundiais”. “Em Lisboa houve 123 pré-avisos de greve no espaço de dez anos”, disse o responsável.

Os navios são itinerantes, por isso estamos agora a pedir aos operadores das linhas que voltem.

Diogo Marecos

Gerente da Operestiva

Diogo Marecos garante que não houve nenhuma cedência adicional para conseguir o acordo desta sexta-feira, apenas o facto de “o sindicato local, o SEAL, ter percebido que a proposta feita há duas semanas era honesta e verdadeira”. “Não temos mais nada para dar e não queremos incorrer em inviabilidade financeira de nenhuma empresa”, sublinhou o responsável. O gerente da Operestiva frisou ainda que vão ser integrados imediatamente 56 operadores, divididos por duas empresas — oito na Setulset e 48 na Operestiva. Destes 48 há dez que já foram contratados, um processo que tem vindo a decorrer desde 27 de outubro.

Por outro lado, há a possibilidade de integrar mais dez trabalhadores, “caso exista com sucesso a celebração do contrato coletivo de trabalho e viabilidade económica” e o sindicato reconheceu a necessidade de se manter trabalhadores eventuais que, de acordo com os números dos sindicatos, serão 90.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Europa arrasta bolsa de Lisboa. BCP pressiona

Lisboa acompanhou as restantes praças europeias e fechou em terreno negativo. O principal índice nacional recuou 0,41%, na última sessão da semana. A pressionar estiveram as ações do BCP.

Lisboa não escapou à tendência e, à semelhança das restantes praças europeias, fechou a semana no vermelho. A pesar sobre a bolsa nacional, estiveram sobretudo os títulos do BCP, que recuaram 1,63%. Das 18 cotadas, oito terminaram a sessão em terreno negativo, incluindo as três papeleiras.

No fecho da sessão de sexta-feira, o índice de referência nacional, o PSI-20, caiu 0,41% para 4.803,42 pontos. Igual desempenho foi registado nas demais praças do Velho Continente, com o Stoxx 600 a descer 0,7%, o alemão DAX a desvalorizar 0,7%, o francês CAC a cair 1,1% e o espanhol IBEX a recuar 0,2%.

Este comportamento negativo das praças europeias explica-se por três razões:

Por cá, a pesar sobre a bolsa nacional estiveram os títulos do BCP, que desvalorizaram 1,63% para 0,2418 euros. Também em terreno negativo fecharam as papeleiras: as ações da Semapa recuaram 2,10% para 13,04%, da Altri caíram 1,75% para 5,61 euros e as da Navigator desvalorizaram 0,62% para 3,5120 euros.

Do outro lado da linha, as ações dos CTT, da EDP e da Galp Energia impediram uma queda mais acentuada de Lisboa. Os títulos da empresa liderada por António Mexia subiram 0,49% para 3,104 euros e os da empresa de Carlos Gomes da Silva subiram 0,32% para 14,16 euros. Já as ações da empresa dos correios valorizaram 0,50% para 3,1980 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Facebook descobre novo bug que pode ter afetado 6,8 milhões de utilizadores

Um erro informático na rede social deu a várias aplicações acesso a um conjunto de fotos maior do que o normal dos utilizadores. As pessoas afetadas serão notificadas através de um alerta.

Continuam as polémicas à volta da rede social mais famosa do mundo. O Facebook anunciou esta sexta-feira que descobriu um bug que pode ter afetado as contas de 6,8 milhões de utilizadores, avança a Reuters (conteúdo em inglês). O problema estava no momento em que os utilizadores faziam login na conta para dar permissão a outras aplicações para ter acesso às fotos.

Num anúncio no blog para programadores, o Facebook disse que o problema já foi resolvido, mas que pode ter permitido o acesso a cerca de 1.500 aplicações criadas por 876 programadores. A empresa fundada por Mark Zuckerberg explicou que essas aplicações podem ter tido acesso a um conjunto de fotos maior do que o normal, mesmo que estas não tivessem sido publicadas na rede social, durante um período de 12 dias entre 13 e 25 de setembro.

“Quando um utilizador permite que a aplicação tenha acesso às suas fotos no Facebook, normalmente concedemos à aplicação acesso a fotos que tenham sido partilhadas na rede social. Neste caso, a falha informática deu a essas app acesso a outras fotos, tais como as partilhadas no Marketplace ou no Facebook Stories. O bug também afetou fotos que os utilizadores descarregaram para o Facebook mas que acabaram por não as publicar”, lê-se no anúncio feito pela empresa.

Exemplo disto é se uma foto estiver a ser publicada na rede social mas o processo for interrompido por falha de rede, por exemplo, uma cópia da foto é armazenada pelo Facebook para que o utilizador a encontre novamente quando regressar à aplicação.

A rede social pede desculpa e afirma que, na próxima semana, vai lançar ferramentas que vão permitir aos desenvolvedores das aplicações saber quais são os utilizadores da aplicação que podem ser afetados por esse erro informático. “Vamos trabalhar com esses desenvolvedores para excluir as fotos dos utilizadores afetados”. As pessoas afetadas serão notificadas através de um alerta.

Este é mais um problema de falha de proteção de dados no qual o Facebook se vê envolvido. Ainda este ano, descobriu-se que dados de quase 30 milhões de contas foram acedidos, no escândalo do Cambridge Analytica.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

127 dos municípios portugueses vão ter wi-fi gratuita

Cerca de metade dos municípios que se candidataram à iniciativa WIFI4EU vão receber vales da Comissão Europeia que lhes irá permitir alargar a cobertura wi-fi em locais públicos sem encargos.

Cerca de metade dos municípios que se candidataram à iniciativa europeia WIFI4EU vão receber vales que lhes irá permitir alargar a cobertura de wi-fi em locais públicos sem encargos. Os vales atribuídos estão avaliados num total de dois milhões de euros.

Candidataram-se a esta iniciativa 256 municípios portugueses, sendo que 127, conseguiram que lhes fossem atribuídos vales, revela a Anacom em comunicado. Estes municípios fazem parte de um conjunto de 13 mil que a nível europeu se candidataram à iniciativa da Comissão Europeia que visa “interligar, até 2020, todas as povoações e cidades da UE dotadas de acesso gratuito à Internet sem fios em torno dos principais centros de vida pública”, tal como explicou Jean-Claude Juncker aquando do seu lançamento há nove meses.

A nível europeu acabaram por ser atribuídos 2.800 vales no valor unitário de 15 mil euros, o que significa que 21,5% dos candidatos beneficiaram da medida. Portugal acabou por ter uma taxa de atribuição bastante superior: perto de 50%.

O mapa dos vales atribuídos

O programa WiFi4EU foi apresentado pela comissária europeia para a Economia e Sociedade Digital, Mariya Gabriel, em março deste ano, que explicou que o objetivo era “ampliar a conectividade em toda a Europa, de modo a que esteja disponível para todas as regiões e para todos os cidadãos”.

No total, vão ser entregues 120 milhões de euros, entre 2017 e 2019, para a instalação de pontos de acesso Wi-Fi em espaços públicos, nomeadamente museus, bibliotecas, parques e praças.

Os municípios podem utilizar os vales para adquirirem e instalarem equipamento, sendo depois os custos de manutenção da rede da responsabilidade desse município.

A primeira convocatória desta iniciativa, cujo resultado é agora conhecido, decorreu entre 7 e 9 novembro. No início de 2019 haverá a segunda convocatória, sendo que os municípios que não conseguiram vales poderão candidatar-se nessa altura.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trabalhadores do Fisco em greve no final do ano

  • ECO
  • 14 Dezembro 2018

As greves agendadas de 26 a 31 deste mês são uma forma de protesto pelas revisões das carreiras. Governo ainda pode reverter a situação se tomar uma atitude até lá.

Pode apontar mais uma greve no calendário. Os trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) vão fazer greve entre 26 e 31 de dezembro, com o objetivo de forçar o Governo a negociar a revisão das carreiras, avança o Público (acesso condicionado). Em causa estão as revisões das carreiras, com os trabalhadores a exigirem um “articulado da lei” para se fazerem as negociações.

O pré-aviso de greve foi aprovado esta sexta-feira e deverá ser entregue ainda durante o dia de hoje, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), Paulo Ralha. Ao todo, estes trabalhadores estarão parados durante seis dias úteis — 26, 27, 28, 29, 30 e 31 de dezembro. Abrangidos estarão os funcionários de toda a máquina fiscal.

De acordo com o Público, estes dias de paralisação coincidem com os últimos dias do ano de cobrança de receita fiscal, uma estratégia já utilizada pelos trabalhadores com o Governo anterior.

Em causa estão as revisões das carreiras especiais da AT. O Executivo já entregou aos trabalhadores um documento de trabalho, mas estes ainda reclamam pela proposta de articulado da lei, que permitirá fazer negociações. Isto é, assim, uma maneira de “desbloquear a entrega do articulado”. “Queremos que o Governo nos entregue rapidamente um articulado para iniciarmos a negociação”, disse Paulo Ralha, que considera este documento já existente como “extremamente genérico”.

Embora a decisão esteja tomada, o Governo ainda pode cancelar estas paralisações se tomar uma atitude entretanto, diz o presidente do sindicato.

(Notícia atualizada às 16h54 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Maioria dos líderes europeus contra cortes na Política de Coesão e Agrícola

Conselho Europeu atribuiu um mandato a Mário Centeno para apresentar até junho a proposta de capacitação orçamental da zona euro.

António Costa revelou esta sexta-feira que a maioria do Conselho Europeu está contra o corte da Política de Coesão e da Política Agrícola Comum (PAC) e manifestou vontade de se chegar a acordo sobre as perspetivas financeiras antes das eleições europeias. Este resultado do Conselho Europeu é positivo para Portugal já que o país é um dos beneficiários de ambas as políticas europeias. De acordo com a proposta da Comissão, para Portugal, sobre a mesa estava um corte de 7% na Política de Coesão e de 15% no segundo pilar da PAC, o do desenvolvimento rural, embora não houvesse cortes propostos ao nível das ajudas diretas.

Para o primeiro-ministro é importante “aumentar o volume do orçamento para que o bolo corresponda à nova ambição da Comissão Europeia”. Durante a conferência de imprensa, no final do Conselho, António Costa sublinhou ainda os avanços conseguidos ao nível da reforma da zona euro, nomeadamente o facto de o Eurogrupo ter agora um mandato para apresentar até junho uma proposta para se avançar com a capacidade orçamental relativa à convergência.

“O que me preocupa é o que vai acontecer no futuro sobre o quadro financeiro plurianual e que não houvesse uma decisão a tempo antes das eleições europeias. É uma questão que é central para a Europa, tal como é concluir a reforma da zona euro”, afirmou.

“Quando se fala de capacidade orçamental, a Comissão já apresentou a sua proposta, França e Alemanha também apresentaram uma e o Eurogrupo tem agora mandato para apresentar a sua proposta até junho. Temos de ter estabilidade na zona euro”, sublinhou o chefe de Governo.

António Costa sublinhou ainda a importância de que esta dimensão orçamental esteja inserida nas perspetivas financeiras, para que seja aprovada pelo Conselho e “pelos cidadãos, no Parlamento Europeu”. O primeiro-ministro rejeita o recurso a um mecanismo intergovernamental. Porque “nos deixaria à mercê dos Parlamentos nacionais”, justificou.

António Costa recusou dar grande relevância à discussão em torno do Brexit, que disse ser “um problema a discutir na Câmara dos Comuns” e saudou também o acordo alcançado esta sexta-feira no Porto de Setúbal, que permite agora escoar as 21 mil viaturas da Autoeuropa que estavam bloqueadas, um tema que, no entanto, não foi abordado no Conselho, garantiu Costa. “Não foi tema de conversa. É positivo que se tenha chegado a um acordo que permita a Portugal utilizar plenamente aquela infraestrutura [Porto de Setúbal]”, disse.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bloco furioso por Alemanha ter mais informação sobre pagamento ao FMI. Pede explicações ao Governo

O Bloco marcou uma conferência de imprensa para as 17 horas onde vai pedir explicações ao Governo sobre o facto de o Parlamento alemão saber mais que o português sobre o pagamento ao FMI.

O Bloco de Esquerda (BE) não gostou de saber que o Parlamento alemão tem mais informação do que o português sobre o pagamento antecipado da totalidade da dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI). E, por isso, marcou para as 17 horas desta sexta-feira uma conferência de imprensa onde a deputada Mariana Mortágua vai exigir esclarecimentos ao Governo.

Na convocatória que enviou à comunicação social pelas 14 horas, com caráter de urgência, o partido liderado por Catarina Martins explica que “teve conhecimento de que o Parlamento alemão discutiu e votou antecipadamente um documento sobre o pedido do ministro das Finanças, Mário Centeno, relativo ao pagamento antecipado ao FMI e sobre as respetivas condições para esse pagamento”.

“Impõe-se portanto uma questão de procedimento e respeito pelas instituições democráticas portuguesas. É que as condições de pagamento constam da documentação enviada ao Parlamento alemão mas que é desconhecida da Assembleia da República Portuguesa, pelo que se exigem esclarecimentos do Governo sobre esta matéria”, explica ainda a nota que convoca os jornalistas.

No dia 29 de novembro, no discurso de encerramento do debate do Orçamento do Estado para o próximo ano, António Costa anunciou que até ao final deste ano Portugal pagaria a restante dívida ao FMI, no valor de 4,6 mil milhões de euros.

Com este pagamento fica saldado o empréstimo pedido em 2011 no âmbito do pedido de ajuda externa, no valor de 26 mil milhões de euros.

A 10 de dezembro, numa conferência de imprensa no Ministério das Finanças, Mário Centeno, anunciou que o pagamento tinha sido feito nesse dia e que com esta amortização o Tesouro português pouparia 100 milhões de euros, mantendo uma almofada financeira que dá para cobrir 44% das necessidades de financiamento para o próximo ano.

O primeiro-ministro acaba de reagir em Bruxelas depois de confrontado pelos jornalistas com a posição do Bloco de Esquerda na conferência de imprensa por causa do Conselho Europeu.

“À Assembleia da República comuniquei no discurso de encerramento do debate orçamental. Quanto aos outros parlamentos não houve comunicação nenhuma a não ser o acordo que todos os credores têm de dar para que possamos pagar ao FMI antes do pagamento aos outros credores. O parlamento português foi informado no dia 29 de novembro que, tanto quanto me recordo, foi o dia da aprovação da votação do encerramento do debate orçamental”.

Confrontado sobre o facto de ter sido votado no Parlamento alemão, o chefe do Governo desvalorizou, lembrando que “para pagar ao FMI temos de ter aprovação dos outros credores. Porque pagar ao FMI antes de pagar aos outros implica naturalmente o acordo dos outros. Provavelmente foi por isso que essa decisão foi tomada antes“.

(Notícia atualizada às 15:51 com reação do primeiro-ministro ao Bloco de Esquerda)

 

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hospitais precisam de 500 milhões em equipamentos nos próximos três anos

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2018

"Esse levantamento foi depois analisado e priorizado. Dessa priorização resultou um conjunto de investimentos que anda na casa de 500 milhões de euros de investimentos", disse a ministra da Saúde.

Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão precisar, nos próximos três anos, de 500 milhões de euros de investimento em equipamentos, com base numa análise das necessidades prioritárias feita pelo Ministério da Saúde.

Em declarações à agência Lusa, a ministra da Saúde, Marta Temido, explicou que a anterior equipa ministerial tinha feito um levantamento de necessidades de investimento no SNS que apontavam para mil milhões de euros, mas que continham diversos investimentos, incluindo o de novas unidades hospitalares que vão surgir, como os hospitais de Seixal, Sintra ou Lisboa Oriental.

“Esse levantamento foi depois analisado e priorizado. Dessa priorização resultou um conjunto de investimentos que anda na casa de 500 milhões de euros de investimentos. Não seria possível que se executassem todos ao mesmo tempo. O que se fez foi uma repartição desse investimento por três anos: 2018, 2019 e 2020”, afirmou Marta Temido, à margem da inauguração de equipamentos de imagiologia no hospital Santa Maria, em Lisboa.

A ministra ressalvou que esses 500 milhões de euros não terão o Orçamento do Estado como fonte única de financiamento, devendo também apoiar-se em fundos comunitários. Marta Temido deu o exemplo do programa de apoio comunitário Lisboa 2020, que tem à sua gestão 800 milhões de euros e mais de 100 milhões são só para a área da Saúde, estando algum deste financiamento já executado, outro em curso e outro ainda com candidaturas a serem trabalhadas.

Para a governante, este plano de investimento de 500 milhões de euros a três anos está alinhado com a proposta do Governo para a Lei de Bases da Saúde, que advoga a criação de planos plurianuais de investimento. Trata-se ainda, sublinhou a ministra, de “trabalhar com planeamento e com foco nas prioridades” e não em resposta a situações de pressão do momento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Maioria dos trabalhadores independentes com contabilidade organizada escolheu manter regime antigo

Segundo Cláudia Joaquim, a maioria dos trabalhadores independentes com contabilidade organizada escolheu manter, em 2019, como base de incidência contributiva os rendimentos do ano de 2018.

A maioria dos trabalhadores independentes com contabilidade organizada escolheu manter, no próximo ano, como base de incidência da contribuição mensal o volume de negócios declarado no ano de 2018, avançou, esta sexta-feira, a secretária de Estado da Segurança Social, numa sessão de esclarecimentos com os jornalistas. Esses trabalhadores descartaram, assim, a possibilidade de um apuramento trimestral, que será trazida, a partir de janeiro, pelo novo regime.

Durante o mês de novembro, os cerca de 60 mil trabalhadores independentes com contabilidade organizada decidiram de que forma pretendem que sejam apuradas as suas contribuições, em 2019.

À luz do novo regime (que entrará em vigor em janeiro), estavam à disposição duas opções: ou mantinham como base de incidência contributiva o lucro tributável declarado para efeitos fiscais no ano de 2018 ou escolhiam o novo regime trimestral.

Nesse último caso, o trabalhador fica obrigado a declarar trimestralmente os seus rendimentos de prestação de serviços e de vendas. É a partir desses dados que a Segurança Social calcula, depois, qual será o valor de contribuição a pagar, nos três meses seguintes. “As alterações que foram introduzidas procuraram a aproximação aos rendimentos mais recentes. O objetivo era aproximar o rendimento relevante ao rendimento efetivo”, explicou Cláudia Joaquim, esta manhã.

Assim, quem optar por este regime (que é opcional para quem tem contabilidade organizada e obrigatório para os restantes independentes) terá de apresentar as declarações em causa em janeiro, abril, julho e outubro, podendo apresentar vários documentos ao longo do mês. A última a entrar na Segurança Social é, no entanto, a única considerada válida. Além disso, nos 15 dias depois do fim dos meses referidos, o trabalhador pode apresentar uma declaração retificativa.

Excluídos destas regras ficam os trabalhadores independentes com contabilidade organizada que escolham manter o regime atual, isto é, optem pelo apuramento da base de incidência contributiva com base nos rendimentos declarados no ano anterior, opção que foi tomada, segundo a secretária de Estado, pela maioria dos visados.

“A opção pelo regime trimestral não foi muito grande por talvez estarem em causa sobretudo empresários em nome individual”, esclareceu a governante.

Segurança Social cruza declarações com o Fisco

Cláudia Joaquim prestou declarações, esta manhã, numa sessão de esclarecimentos com jornalistas.Paula Nunes 16 Outubro, 2016

Além das declarações trimestrais, os trabalhadores independentes com contabilidade organizada que tenham optado pelo novo regime e os restantes (obrigados a aderir à modalidade trimestral) terão de apresentar uma outra no início do próximo ano para que a Segurança Social possa confirmar e acertar os rendimentos declarados, avançou a secretária de Estado.

Segundo Cláudia Joaquim, também será feito um cruzamento com os rendimentos declarados para efeitos de IRS. Caso haja um desfasamento entre os valores em causa, o trabalhador independente será alvo de uma contraordenação (que também está prevista no caso do trabalhador se esquecer de entregar as várias declarações trimestrais).

Além disso, sobre a proteção social, a governante fez questão de sublinhar que, no novo regime, elimina-se a possibilidade das prestações sociais serem indeferidas por dívidas à Segurança Social, passando a bastar o estabelecimento de um plano prestacional para saldar essa dívida para que se desbloqueie o acesso a tais apoios.

“Há a expectativa de que este novo regime possa ser reconhecido como mais adequado, transparente, flexível. É uma alteração estrutural”, reforçou, por fim, a secretária de Estado. Cláudia Joaquim notou também que “Portugal é provavelmente o país com o regime mais sofisticado na proteção social para apanhar todas as eventualidades”.

(Notícia atualizada às 15h22)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bundesbank revê de novo em baixa crescimento da Alemanha para 1,5% este ano

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2018

Nas últimas projeções económicas, o Bundesbank revê também em baixa as previsões de crescimento para 2019 para 1,6% e mantêm as de 2020 em 1,6%.

O Bundesbank reviu de novo em baixa, para 1,5%, as previsões de crescimento da Alemanha para este ano, menos cinco décimas face às previsões de junho, devido aos problemas da indústria automóvel, foi anunciado esta sexta-feira.

Em junho, o Bundesbank tinha revisto também em baixa e em cinco décimas as estimativas de crescimento para este ano face aos cálculos de dezembro do ano passado (2,5% previsto em dezembro de 2017).

Nas últimas projeções económicas, publicadas esta sexta-feira, os economistas do Bundesbank revêm também em baixa, de menos três décimas, as previsões de crescimento para 2019 para 1,6% e mantêm as de 2020 em 1,6%, em comparação com as estimativas anteriores, de junho.

Para 2021, as estimativas apontam para um crescimento de 1,5%. O Bundesbank considera que a desaceleração do crescimento económico no terceiro trimestre se deve às dificuldades da indústria automóvel, que reduziram de forma temporária a oferta de veículos e, por isso, a produção e as vendas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Receio de desaceleração económica global castiga Wall Street

As principais bolsas norte-americanas estão em queda após a divulgação de dados económicos na Europa e China, que sinalizam um possível travão no crescimento económico.

As principais bolsas norte-americanas abriram em queda a última sessão de uma semana que tem sido de volatilidade e dificuldades em manter ganhos. Dados económicos mais fracos na Europa e na China aumentaram os receios de que o ciclo expansionista esteja próximo do fim. O setor automóvel está em destaque.

O PMI Compósito da Zona Euro, publicado esta sexta-feira, revelou que a atividade empresarial na região expandiu ao ritmo mais lento em quatro anos, em parte devido aos protestos contra o Governo, em França. Na China, as vendas a retalho mensais cresceram o mínimo em 15 anos e a produção industrial subiu ao ritmo mais baixo em três anos.

A somar-se aos dados internacionais, uma nova sondagem realizada pela agência Reuters indica que o risco de uma recessão nos próximos dois anos, nos EUA, subiu para 40%.

Neste cenário, Wall Street abriu no vermelho. O índice industrial Dow Jones perde 1,08% para 24.332,65 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 recua 0,95% para 2.625,43 pontos e o tecnológico Nasdaq desvaloriza 1,17% para 6.987,49 pontos.

No setor automóvel, as vendas na Europa caíram pelo terceiro mês consecutivo, em resultado do travão na produção por causa dos testes mais exigentes às emissões de gases poluentes para a atmosfera. No entanto, o mercado norte-americano está a beneficiar do anúncio da China de que irá suspender a partir de 1 de janeiro e por três meses as sobretaxas aduaneiras impostas aos veículos importados dos Estados Unidos, no âmbito da trégua comercial decidida pelos dois países.

As ações da Ford valorizam 1,47% para 8,62 dólares por ação, enquanto a General Motors sobe 1,28% para 35,56 dólares e a Fiat-Chrysler ganha 0,34% para 14,01 dólares.

No mercado cambial, a moeda norte-americana corrige após a queda da última sessão e aprecia-se 0,63% contra o euro para 1,1289 dólares. A yield das Treasuries a 10 anos caem 2,36 ponto para 2,8895%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lone Star interessado em ativos imobiliários e crédito malparado do Bankia

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2018

As duas entidades estão em fase de negociação, estando em causa uma carteira de ativos e de créditos avaliada em 3.000 milhões de euros.

O Bankia está a negociar a venda de uma carteira de ativos imobiliários e de créditos de cobrança duvidosa ao fundo norte-americano Lone Star, que detém o Novo Banco, informou esta sexta-feira a instituição financeira espanhola.

Em comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhola (CNMV), o Bankia explicou que “uma vez que terminem as negociações informará em detalhe sobre as mesmas”.

O comunicado surge depois de o diário espanhol El Confidencial ter noticiado hoje que o Bankia estava a negociar a venda de uma carteira de ativos e de créditos avaliados em 3.000 milhões de euros ao fundo norte-americano Lone Star.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.