Bolsas europeias dão trambolhão. Lisboa entra em bear market

A praça lisboeta acompanhou o cenário atribulado que se vive nas restantes praças europeias. Lisboa registou perdas superiores a 1%, enquanto o alemão DAX recuou mais de 2,30%.

As bolsas europeias estão a ter um pós Natal um tanto atribulado. O cenário de quedas foi transversal a quase todas as praças da Europa, e Lisboa não foi exceção. A bolsa nacional encerrou a primeira sessão após os dois dias de interrupção, devido ao Natal, a desvalorizar mais de 1%, penalizada sobretudo pelo BCP e, também, pela família EDP.

O principal índice português, o PSI-20, recuou 1,14% para 4.587,45 pontos, tocando mínimos de mais de ano e meio. Elevou para mais de 20% a queda desde o máximo alcançado em maio, entrando assim em bear market.

Lisboa acompanhou o cenário vivido nas restantes praças europeias. O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,75% para 329.36 pontos, mas o destaque foi para o alemão DAX, que registou perdas na ordem dos 2,37%. O espanhol IBEX 35, por sua vez, caiu 1,50%, enquanto o britânico FTSE 100 recuou 1,84% e o francês CAC 40 desvalorizou 0,60%.

Porém, esta manhã o sentimento era contrário. As bolsas europeias “acordaram” a acompanhar a tendência positiva dos Estados Unidos da América (EUA) e da Ásia. Mas, depois da abertura de Wall Street, os ventos mudaram de direção e inverteram o rumo do Stoxx 600.

As bolsas norte-americanas iniciaram a negociação desta quinta-feira em terreno negativo. Os três principais índices registaram perdas superiores a 1,5%, penalizadas pela paralisação do Governo por falta de acordo entre Republicanos e Democratas e pelos receios em torno da resiliência da economia norte-americana.

BCP recuou quase 3,50%

Por cá, Lisboa, ainda que tenha iniciado a negociação a valorizar em torno de 1%, acabou por encerrar a sessão em terreno negativo. Apenas quatro das 18 cotadas escaparam à maré vermelha.

A empurrar o PSI-20 para o terreno vermelho esteve, sobretudo, o BCP e a família EDP. O banco liderado por Miguel Maya recuou 2,56% para os 0,2212 euros, enquanto a EDP desvalorizou 2,14% para os 2,92 euros. A EDP Renováveis, por sua vez, registou perdas na ordem dos 0,53% para 7,56 euros.

Também a Sonae deu um empurrão ao PSI-20. A empresa liderada por Paulo de Azevedo recuou 0,89% para os 0,784 euros.

Já a Pharol, que perdeu 3,36% para os 0,1670 euros, foi a empresa cotada em bolsa que mais desvalorizou durante esta sessão.

Na linha verde, apenas ficaram a Semapa, que avançou 1,89%, a Jerónimo Martins, que valorizou 0,15%, os CTT, que somaram 0,14%, e a Sonae Capital, que registou ganhos na ordem dos 0,12%.

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Novo Banco fecha venda de 2.150 milhões de euros de malparado

O banco liderado por António Ramalho celebrou com a KKR e a Lx Investment Partners a venda de uma carteira de malparado avaliada em 2.150 milhões. O processo deve estar concluído no 1.º semestre.

Negócio oficialmente fechado. O Novo Banco vendeu uma carteira de crédito malparado composta por 102 mil contratos com um valor de 2.150 milhões de euros aos fundos KKR e Lx Investment Partners. O processo deverá ser concluído no primeiro semestre de 2019, revela o banco num comunicado enviado à CMVM.

“O Novo Banco informa que, após a conclusão de um processo de venda competitivo, o Novo Banco e o Best celebraram um contrato de compra e venda de uma carteira de crédito não produtivo (non-performing loans, NPLs) e ativos relacionados (Projeto Nata) com um consórcio de fundos geridos pela KKR e com a LX Investment Partners.

A carteira engloba aproximadamente 102 mil contratos com um valor total de 2.150 milhões de euros, sujeito a ajustamentos de perímetro usuais nestas transações até à concretização da mesma”, lê-se na mesma nota.

A informação confirma a notícia avançada pelo ECO em meados de dezembro, que apontava para o fecho da venda da maior carteira de malparado de sempre em Portugal. No entanto, o valor real da carteira é superior aos 1.750 milhões de euros inicialmente estimados, ou seja, mais 400 milhões de euros, tendo havido o alargar do perímetro de malparado em processo de venda.

Assim, tendo em conta o valor agora revelado pelo Novo Banco, o nível de malparado do banco liderado por António Ramalho deverá descer para cerca de 6.300 milhões de euros, ao invés de 6.700 milhões, como se acreditava até aqui.

A concretização da venda depende da “verificação de todas as condições necessárias”, sendo que, para o Novo Banco, “esta transação representa mais um importante passo no processo e desinvestimento de ativos não produtivos”, refere o banco na nota enviada à CMVM.

Além do “Nata”, Ramalho quer vender “Albatros”

Em venda está também uma outra carteira de malparado, mas em Espanha. Trata-se de um portefólio de NPLs no valor estimado de 400 milhões de euros, numa operação que se espera que aconteça até ao final do ano.

Além da venda do malparado, o Novo Banco também vendeu uma carteira de 9.000 imóveis aos americanos do Anchorage Capital Group por 716 milhões de euros, com a gestão deste portefólio a ficar a cargo das sociedades de servicing Finsolutia e da Hipoges.

A venda deste conjunto de imóveis explicou em grande medida os prejuízos de 420 milhões de euros que o Novo Banco registou no exercício entre janeiro e setembro deste ano. Teve um impacto negativo de quase 160 milhões de euros nas perdas que o banco registou naquele período.

Banco tem almofada para perdas

Para proceder à limpeza do seu balanço, o Novo Banco conta com uma espécie de almofada de capital do Estado, que se comprometeu a amparar os maus resultados da instituição aquando da alienação de 75% do capital ao fundo americano Lone Star.

Uma vez que a venda de NPL e de imóveis geram imparidades, acabando por debilitar financeiramente a instituição, sempre que os rácios de capital do Novo Banco baixarem da fasquia de 12,5%, é ativado o Mecanismo de Capital Contingente, através do qual o Estado garante, sempre que necessário, empréstimos para o Fundo de Resolução se financiar. Mas isto se a erosão dos rácios for provocada pelas imparidades resultantes da alienação de uma carteira de ativos que a Lone Star negociou previamente com o Governo.

No relatório e contas semestral, a instituição fez um cálculo e estimou em 726 milhões de euros as necessidades do mecanismo de capital contingente para 2019.

(Notícia atualizada às 17h22 com mais informações)

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Swipe right? Instagram está a testar novo feed horizontal

Vários utilizadores viram o feed do Instagram ficar disposto na horizontal esta quinta-feira. Trata-se de uma mudança profunda no funcionamento da rede social das fotografias.

Vários utilizadores do Instagram foram “presenteados” esta quinta-feira com uma alteração estrutural à forma como usam a aplicação: o feed deixou de estar orientado na vertical e passou a ser apresentado na horizontal. A notícia foi avançada pelo portal de tecnologia TheVerge.

A mudança foi sol de pouca dura. Após poucos minutos, o interface foi revertido para o formato original. No entanto, permitiu a vários utilizadores espreitarem e testarem aquela que poderá ser uma das mais significativas mudanças à forma como funciona o Instagram desde que a aplicação foi lançada, em 2010.

Trata-se de uma nova forma de navegar no Instagram, através da qual é dado um destaque maior a cada fotografia e em que só é possível ver uma imagem (ou um anúncio) de cada vez. O Instagram mostra ainda uma barra de scroll, mas no topo do ecrã e na horizontal, ao invés de na horizontal e à direita.

Como nota o The Verge, o novo feed horizontal também torna mais difícil avançar rapidamente entre as diversas publicações, uma vez que é preciso deslizar o dedo para avançar entre cada publicação na rede social. A navegação assemelha-se ao funcionamento do Instagram Stories, em que basta carregar na parte lateral direita ou esquerda do ecrã para avançar ou recuar entre cada publicação.

No Twitter surgiram dezenas de publicações de utilizadores que receberam a nova atualização, presumivelmente por engano. E, como já é comum acontecer quando as aplicações lançam novas versões com alterações profundas, o feedback é maioritariamente negativo:

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Acha que sabe tudo sobre o euro? Faça o teste do BCE

O Banco Central Europeu lançou um especial de comemoração dos 20 anos da moeda única. Entre explicadores e discursos oficiais, a instituição lança um desafio: testar os conhecimentos sobre o euro.

O euro faz 20 anos no dia 1 de janeiro de 2019 e o Banco Central Europeu (BCE) já começou as comemorações com a iniciativa #EUROat20. Além de uma série de explicadores e eventos oficiais, a instituição financeira desafia os cidadãos a testarem os seus conhecimentos sobre a moeda única num quiz, em várias línguas (incluindo em português).

São apenas quatro questões de escolha múltipla em cada nível — são três para incluir tanto leigos como especialistas na matéria — e, na maior parte dos casos, há opções divertidas. Não fazendo spoilers, podemos dar algumas dicas. Será que o objetivo do BCE é mesmo observar aves, em particular pombas e falcões? Teste aqui os seus conhecimentos sobre o euro.

O quiz inclui vários fun facts sobre o percurso da criação da moeda. Por exemplo, quando as notas e moedas de euro entraram em circulação em 1 de janeiro de 2002, procedeu-se à impressão de 14,9 milhões de notas. Quem responder às questões tem é de adivinhar quanto teria de andar para as apanhar todas se fossem colocadas de ponta a ponta. Até o nome da “gata favorita” do BCE pode ser encontrado nos meandros deste questionário.

Apesar de ter entrado em circulação apenas anos mais tarde, dia 1 de janeiro de 1999 foi a data em que 11 países da União Europeia fixaram taxas de câmbio, adotaram uma política monetária partilhada sob a responsabilidade do BCE e lançaram uma nova moeda comum.

“Começou por ser uma moeda eletrónica utilizada nos mercados financeiros e em pagamentos escriturais, tendo, três anos depois, entrado em circulação as notas e moedas do euro. Atualmente, o euro é a moeda de 19 países da União Europeia e de 340 milhões de cidadãos europeus. É uma das moedas mais importantes do mundo. As notas e moedas do euro são uma recordação diária e tangível da liberdade, conveniência e oportunidades proporcionadas pela União Europeia”, afirma o BCE.

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Depois da subida recorde, Wall Street volta às fortes quedas

Um dia depois de o Dow Jones subir mais de 1.000 pontos numa única sessão, algo que nunca tinha acontecido, Wall Street voltou a pintar-se de vermelho. Os três principais índices caem mais de 1,5%.

Está a ser um fim de ano amargo nos mercados de capitais. Wall Street está novamente em queda acentuada, registando perdas superiores a 1,5% nos três principais índices. A paralisação do Governo por falta de acordo entre Republicanos e Democratas e os receios em torno da resiliência da economia norte-americana continuam a condicionar as negociações.

Neste contexto, o S&P 500 está a derrapar 1,85%, enquanto o industrial Dow Jones recua 1,89%, um dia depois de ter registado a maior subida de sempre numa única sessão. O tecnológico Nasdaq desvaloriza 1,84%, reforçando o estado de bear market, ou seja, já caiu mais de 20% desde o pico mais recente.

As bolsas norte-americanas registaram quedas expressivas na sessão da véspera do Natal. Depois do feriado, abriram esta quarta-feira a recuperar, mesmo num contexto adverso, com ganhos significativos que até deram ao Dow Jones a maior subida de sempre: valorizou 1.000 pontos numa única sessão, algo que nunca tinha acontecido. Mas, um dia depois, esses ganhos estão a ser parcialmente corrigidos.

O setor da banca está entre os mais penalizados, com instituições como o Goldman Sachs, Bank of America, JPMorgan Chase e Morgan Stanley a registarem perdas entre 1,2% e 1,7%. Já no campo da tecnologia, a Apple derrapa 2,30%, para perto dos 153,5 dólares por ação.

Destaque para a subida do índice de volatilidade VIX (convencionalmente associado à incerteza e ao medo dos investidores), que avança 4,9% para 31,91 pontos, bem como para a valorização do ouro, considerado o principal ativo de refúgio, que sobe cerca de 0,42%, para 1.278,40 dólares cada onça.

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Produtores querem preço mínimo do leite acima de 37 cêntimos

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2018

O preço médio do leite fixou-se em 31,1 cêntimos por quilo, em outubro, cinco cêntimos abaixo do preço médio na União Europeia, enquanto o custo de produção mantém-se superior a 37 cêntimos.

A Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep) defende que o preço mínimo do leite pago aos produtores deve ascender a 37 cêntimos em 2019, aproximando-se do custo de produção, para colmatar as dificuldades do setor.

“Desafiámos a indústria a transformar e a valorizar mais o leite para reduzir importações […]. E desafiámos a distribuição a seguir o exemplo que adotou na França e negociar com a indústria transformadora para assegurar aos produtores um preço mínimo de 37 cêntimos”, disse, em comunicado, a direção da Aprolep.

De acordo com os dados do Observatório Europeu do Leite, avançados pela associação, em outubro, o preço médio do leite fixou-se em 31,1 cêntimos por quilo, cinco cêntimos abaixo do preço médio na União Europeia, enquanto o custo de produção mantém-se superior a 37 cêntimos.

Os produtores desafiaram também o Governo a “avaliar o resultado da rotulagem da origem do leite para verificar porque não chegou ainda valor acrescentado aos produtores e a bater-se a nível europeu por um mercado responsável que impeça futuras crises de excesso de produção”.

Em causa está o aumento da procura do leite, as ajudas da Política Agrícola Comum (PAC) que não compensam a diferença entre o preço e custo de produção, a perda de produtores e a “falta de visão e falta de ambição” no setor.

“Assistimos [em 2018] à implementação da rotulagem da origem do leite, mas ainda não vimos o resultado dessa opção no rendimento dos agricultores. Sentimos um aumento da procura de leite por parte das grandes superfícies comerciais que procuram garantir o abastecimento regular das suas lojas com leite nacional, respondendo assim à preferência dos consumidores, mas continuámos durante todo o ano com preços abaixo dos custos de produção e da média europeia”, afirmou.

A Aprolep indicou ainda que, face às dificuldades do setor, os agricultores têm adiado investimentos e não retiram “um salário digno e compensador do trabalho necessário para o cultivo dos campos” e para o cuidado dos animais.

“A cada ano que passa Portugal perde produtores. Em agosto já só éramos 4.578, menos 200 que [no período homólogo]. O abandono é mais significativo no continente, onde o número de produtores passou a ser inferior ao número de produtores açorianos desde fevereiro”, acrescentou.

Segundo a Aprolep, as famílias que resistem têm “cada vez mais dificuldade” em encontrar mão-de-obra para trabalhar no setor e “a situação irá agravar-se à medida que os salários sobem, muito justamente, enquanto o preço do leite ao produtor continua injustamente congelado”.

Em 12 de dezembro, o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, vincou, no parlamento, que o preço do leite pago ao produtor manteve-se estável até outubro, podendo aumentar com a abertura de novos mercados.

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Prova dos 9: A recuperação dos 9 anos, 4 meses e 2 dias foi “expressamente rejeitada” pelo Parlamento como diz António Costa?

O Parlamento obrigou o Governo a negociar com os professores mas não o tempo integral de serviço? Afinal em que ficamos?

Marcelo Rebelo de Sousa vetou o decreto-lei do Governo que permitia a contagem de dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço que esteve congelado na carreira dos professores. O Presidente quer forçar o Governo a negociar com os sindicatos a contagem do tempo de congelamento: os nove anos, quatro meses e dois dias. Mas na reação, o primeiro-ministro avisou que o Parlamento votou “expressamente” contra essa solução. Será que foi?

A frase

“Esta solução ter sido expressamente rejeitada pela Assembleia da República na votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2019”, afirmou António Costa.

Os factos

A 4 de outubro, o Governo aprovou no Conselho de Ministros o decreto-lei que estabelece a “recuperação do tempo de serviço dos docentes de carreira dos estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário cuja contagem do tempo de serviço esteve congelada entre 2011 e 2017”. “A solução encontrada – recuperação de 2 anos, 9 meses e 18 dias, a repercutir no escalão para o qual progridam a partir de 1 de janeiro de 2019 – permite conciliar a contagem do tempo para efeitos de progressão entre 2011 e 2017 com a sustentabilidade orçamental“, justificava o Governo, acrescentando que esta solução dava corpo ao previsto no “artigo 19.º da Lei do Orçamento do Estado para 2018”. O diploma não seguiu logo para Belém, já que era preciso ouvir as regiões autónomas.

No dia 15 de outubro chegou à Assembleia da República o Orçamento do Estado para 2019. A proposta de lei que saiu das Finanças nada acrescentava a este tema. O ministro das Finanças garantia que a dotação provisional tinha uma verba que acomodava o impacto do previsto no decreto-lei do Governo, mas sem adiantar o impacto orçamental para 2019.

Foi durante o debate na especialidade que, por iniciativa dos partidos, surgiu a questão dos professores. O objetivo de todos era permitir que fosse recuperado o tempo integral e não apenas os dois anos, nove meses e 18 dias. A diferença estava no modo de o fazer.

O que saiu do Parlamento foi a aprovação do artigo 17.º do OE que é o seguinte:

Durante a votação na especialidade, foi chumbada parte da proposta do PCP que concretiza que o modelo para satisfazer a pretensão de dar mais aos professores seria conseguido à custa da consideração do tempo integral.

A 20 de dezembro, já depois de fechado o OE no Parlamento, o Conselho de Ministros voltou a apreciar o decreto-lei sobre a contagem do tempo de serviço dos professores e aprovou o diploma que prevê os dois anos, nove meses e 18 dias. O mesmo seguiu para Belém e, já depois de ter dado ok ao último OE da legislatura, o Presidente devolveu o decreto-lei dos professores ao Governo, obrigando Costa a voltar à mesa das negociações com os sindicatos dos professores.

O primeiro-ministro assim o fará, mas avisou que o Governo entende que houve uma rejeição expressa do Parlamento à contagem do tempo integral da carreira dos professores. “Este diploma resultou de mais de um ano de negociação entre o Governo e as estruturas sindicais, tendo-se verificado, ao longo de todo o processo negocial, que as estruturas sindicais mantiveram a sua posição de intransigência, não aceitando negociar nada que não fosse a recuperação integral de 9 anos, 4 meses e 2 dias, apesar de esta solução ter sido expressamente rejeitada pela Assembleia da República na votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2019.”

A 5 de dezembro, depois de uma reunião com os sindicatos, a secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão, tinha sido mais explícita neste ponto. “O que diz a norma [aprovada] é que somos obrigados a retomar a negociação. Havia outra norma [a do PCP] que dizia que tínhamos de negociar com base na recuperação integral [do tempo de serviço] e essa norma foi rejeitada.

É este argumento que António Costa usa agora na sua reação à decisão do Presidente da República, reforçando que houve uma rejeição expressa. Mas este não é o entendimento de quem estava nas votações. Ana Rita Bessa, a deputada do CDS (um dos partidos autor da proposta que vingou), lembra que não foi uma rejeição expressa porque “só o PS votou contra”. O PCP e o Bloco de Esquerda votaram a favor e o CDS e PSD abstiveram-se, porque a norma dos comunistas “não tinha em conta a sustentabilidade das contas públicas”.

No relatório das votações é possível ver, nas observações em rodapé, como foi votado o número 2 da proposta 466 do PCP que alteraria o Artigo 30.º-A.

“O primeiro-ministro é um bocado esticado e arrojado” quando diz que houve uma rejeição expressa da norma do PCP, conclui a centrista em declarações ao ECO.

Entre os comunistas, que foram os autores da proposta que Costa usa no seu argumentário, também é claro que o Governo está obrigado a negociar a contagem do tempo integral, apesar de aquela norma ter sido chumbada. “Não entendemos da mesma forma” que o primeiro-ministro, disse ao ECO o deputado António Filipe. “Quer o OE de 2018 quer o OE de 2019 contemplam a contabilização integral do tempo de serviço. É isso que está a ser feito nos Açores, na Madeira, é isso que defende o Presidente da República. Só o Governo da República é que não quer entender o que é óbvio”.

O Bloco de Esquerda também não partilha da leitura de António Costa. “Temos entendimentos diferentes. O Parlamento já aprovou uma resolução sobre o tempo integral e já por várias vezes aprovou soluções” no mesmo sentido, disse ao ECO a deputada Joana Mortágua, lembrando até a discussão que aconteceu no início de 2018 sobre se o que tinha sido decidido era a contagem “do” tempo de serviço ou “de” tempo de serviço.

Margarida Mano do PSD considera que a leitura que o Governo faz é “claramente enviesada” e “provoca uma ideia que é errada”. “Não esteve nunca em cima da mesa uma recusa expressa da contagem de todo o tempo de serviço”, afirma a deputada, acrescentado que “foi o PS quem votou contra” o ponto 2 da proposta do PCP. O PSD absteve-se porque não estava garantida a sustentabilidade das finanças públicas.

Prova dos 9

 

O primeiro-ministro tem razão quando diz que o Parlamento rejeitou uma norma que se referia à contagem do tempo integral, mas não está certo quando diz que essa recusa foi expressa. Na verdade só o PS se opôs — com o voto contra — ao segundo ponto da proposta do PCP. Como mostram as votações da proposta comunista, PSD e CDS abstiveram-se.

Além disso, ao devolver ao Governo o decreto-lei o Presidente está a vetar a solução dos dois anos, nove meses e 18 dias. Resta saber a que solução chegarão Governo e sindicatos dos professores nas negociações.

(Notícia atualizada com comentários da deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua e da deputada Margarida Mano do PSD)

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Vêm aí mais parquímetros da EMEL. Estacionamento em Telheiras começa a ser pago em meados de janeiro

Telheiras, na freguesia do Lumiar, será o novo bairro de Lisboa a fazer parte da lista dos parques de estacionamento da EMEL. Toda esta zona terá tarifário de Zona Verde, o mais barato da EMEL.

O ano novo está mesmo a chegar e, com ele, chegam também mais lugares de estacionamento da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL). Desta vez, será a zona de Telheiras, freguesia do Lumiar, que vai passar a ser paga. E será já a partir de meados de janeiro.

De acordo com fonte oficial da EMEL, “a partir do dia 14 de janeiro terá início a ativação do estacionamento tarifado em Telheiras/Lumiar”. Em causa estão mais de 3.300 lugares.

O estacionamento vai abranger as zonas 14O (zona compreendida entre a Rua Professor Francisco Gentil, Rua Professor Vieira de Almeida, Rua Professor Fernando Fonseca e Avenida General Norton de Matos), 14K (parcialmente, entre a 2ª Circular e a Rua Fernando Namora), 14L (Telheiras – núcleo central) e 14M (envolvente do Estádio Alvalade XXI).

“Toda esta zona terá tarifário de Zona Verde”, adianta a EMEL ao ECO. Uma vez que é Zona Verde — o tarifário mais baixo da empresa de estacionamento — estacionar o carro por 15 minutos vai custar-lhe 0,25 euros. Mas se mantiver o carro aí estacionado por quatro horas, a fatura vai registar uma quantia de 3,20 euros.

Veja o mapa da EMEL para reconhecer mais facilmente o espaço:

Ainda no início deste mês, Luís Natal Marques, presidente da EMEL, confessou que acomodar os 200 mil veículos dos residentes e os 370 mil que entram todos os dias na cidade é uma “geometria difícil”. Contudo, em 2020, o presidente da empresa de estacionamento, prevê que a EMEL já esteja presente em todo o município de Lisboa. Aliás, considera ser esse o desejo das próprias juntas de freguesia.

Para já, o desejo de Luís Natal Marques é tornar a EMEL uma empresa “mais amada”.

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Oficiais de Justiça em greve parcial durante dez meses

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2018

O aviso prévio de greve ao trabalho não remunerado para o próximo ano é de 4 de janeiro a 4 de outubro. O protesto prende-se com a falta de reconhecimento do trabalho obrigatório.

O Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) apresentou o aviso prévio de greve ao trabalho não remunerado para o próximo ano que vai de 4 de janeiro a 4 de outubro.

Em comunicado divulgado esta quinta-feira, o SOJ adianta que a greve se prende com “a falta de reconhecimento, por parte do Ministério da Justiça, ao trabalho obrigatório que é efetuado pelos Oficiais de Justiça, sem qualquer tipo de remuneração ou de reconhecimento, nomeadamente para efeitos do regime de aposentação”.

Este ano o SOJ associou-se à greve nacional marcada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais para os dias 29 de junho, 2 e 3 de julho e à paralisação parcial que decorre até dia 31 deste mês.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

A Google Payment obteve a licença para operar enquanto instituição financeira eletrónica na União Europeia através do Banco da Lituânia, instituição muito procurada pelas fintech.

Instituição afirma que risco de desvio em Itália é “particularmente preocupante”. Alerta que países muito endividados estão vulneráveis a recessões ou instabilidade nos mercados financeiros.

Guerra comercial, desaceleração económica e normalização monetária lideram os fatores que vão influenciar os ativos no próximo ano. Apesar do sentimento negativo, há mercados com potencial de subida.

Segundo a Ordem dos Médicos, o Centro Hospitalar de Lisboa Central terá aberto um concurso para contratação de prestadores de serviços, por 39 euros à hora, e não 500 euros como disse a ministra.

A Fatura da Sorte volta a andar à roda. Mais uma vez, os contribuintes que pediram fatura com número de identificação fiscal vão receber prémios e, esta quinta-feira, há sorteio extraordinário.

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Revista de imprensa internacional

  • Guilherme Monteiro
  • 27 Dezembro 2018

Grandes empresas europeias de consumo estão a perder gás e a China viu os lucros diminuir pela primeira vez em três anos. São as consequências do abrandamento económico e da guerra comercial.

Grandes empresas europeias de consumo estão a perder gás. A culpa é da desaceleração económica e da guerra comercial, mas também o Brexit. A China viu também os lucros diminuírem pela primeira vez em três anos, um sinal de desaceleração económico à boleia do abrandamento no consumo e da quebra do investimento nas infraestruturas. Já no Brasil, uma das oportunidade de negócio e de investimento resultará da reforma da Segurança Social. A avaliação é do presidente do Citi Group no Brasil.

Expansión

30 grandes empresas europeias diminuíram perspetivas de crescimento

Cerca de 30 grandes empresas europeias de consumo, têxtil, lazer e aviação viram as previsões de crescimento nos últimos meses tombar face à desaceleração económica. O preço do petróleo, que subiu 30% até outubro e que desde então desceu drasticamente, a desvalorização das moedas latino-americanas, a força do dólar, os custos elevados das matérias-primas e os efeitos da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China são algumas das causas. Também o Brexit e a nova regulamentação sobre as emissões de carbono criaram incerteza. Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

The Financial Times

Lucros da China diminuem pela primeira vez em três anos

Os lucros das empresas chinesas caíram em novembro pela primeira vez em quase três anos. Um sinal de desaceleração económica à boleia do abrandamento no consumo e da quebra do investimento nas infraestruturas. Na semana passada, as autoridades chinesas anunciaram a intenção de avançarem com medidas de estímulo orçamental e monetário. Leia a notícia completa no The Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Estadão

Presidente do Citi Group diz que Brasil pode atrair 180 mil milhões dólares em 2019

O presidente do Citi Group no Brasil, Marcelo Marangon, diz que, com a aprovação da reforma da Segurança Social, o país pode vir a atrair entre 50 a 100 mil milhões de dólares para a bolsa e 80 mil milhões através de investimento direto. O Citi é o segundo maior banco estrangeiro no país, apenas atrás do Santander Brasil. Trabalha apenas para empresas e clientes detentores de grandes fortunas. Leia a notícia completa no Estadão (acesso livre).

BBC News

Exército alemão admite recrutar cidadãos europeus

O inspetor-geral do exército alemão admite que as Forças Armadas do país podem vir a recorrer à contratação de funcionários de outros Estados-membros da União Europeia para colmatar a falta de pessoal. O combate está, desde logo, fora das responsabilidades. As contratações seriam para posições de médico e engenheiro informático, por exemplo. Leia a notícia completa na BBC News (acesso livre, conteúdo em inglês).

NBC News

Trump faz visita surpresa a tropas no Iraque e Alemanha

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visitou de surpresa na quarta-feira as tropas norte-americanas que estão na base aérea de al-Asad, no Iraque, em combate contra forças terroristas do autoproclamado Estados Islâmico. Trata-se da primeira visita que o Chefe de Estado faz a uma zona ativa de combate. Esta quinta-feira, Trump encontrou-se com soldados na Alemanha, na base aérea de Ramstein. Leia a notícia completa na NBC News (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Endesa, Goldenergy e Galp também descem preços da eletricidade

A Endesa irá reduzir os preços em 2019 numa descida média de 6,3%. Já a Goldenergy anuncia a redução das tarifas em 4%, tendo como base a transformação digital e um "aumento da eficiência".

Os preços da eletricidade também vão baixar para os clientes da Endesa, Goldenergy e Galp. Enquanto na EDP os preços vão descer 3,5% no mercado livre, acompanhando a redução decretada para o mercado regulado, a partir de janeiro de 2019, a empresa espanhola desce os preços para a carteira de clientes em 6,3%, em média. Já operadora que agora pertence ao grupo suíço Axpo desce os preços em 4%.

“Apesar da constante subida do custo da eletricidade nos últimos anos, a Endesa não irá refletir essa subida nas faturas dos seus clientes“, indica a Endesa ao ECO. Em vez de aumentar os preços, a empresa liderada, em Portugal, por Nuno Ribeiro da Silva refere que vai “reduzir os preços em média 6,3%”. A dimensão da descida irá depender do perfil, como por exemplo se tem em conjunto luz e gás.

A Endesa é a segunda empresa do mercado liberalizado a anunciar uma redução de preços, isto depois da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciar que os preços da eletricidade no mercado regulado vão cair 3,5%. A primeira foi a EDP Comercial, apontando para um redução, em média, dos mesmos 3,5%.

Seguiu-se a Goldenergy, que vai aplicar “uma redução que só é possível em virtude do investimento que a empresa tem realizado na sua transformação digital e num aumento da sua eficiência”, segundo explicou ao ECO fonte oficial. A operadora tem uma quota de mercado de 1,7%, de acordo com os últimos dados disponíveis na ERSE.

Também a Galp indica ao ECO que “tal como na tarifa regulada, as tabelas de preços de eletricidade da Galp vão descer já no dia 1 de janeiro de 2019″. A Goldenergy, a par da Galp, são as duas operadoras do mercado livre com as ofertas comerciais mais baratas do mercado, de acordo com as comparações da ERSE referentes ao terceiro trimestre.

A Endesa, que agora vai realizar uma descida expressiva nos preços, era até ao primeiro trimestre a empresa mais em conta para os consumidores. A empresa espanhola tem uma quota de 5,5% no mercado liberalizado em Portugal.

Por seu lado, a Iberdrola refere que “ainda não dispõe de informação” sobre a atualização das tarifas no mercado nacional. Contudo, “de certo que iremos acompanhar a evolução dos preços”, assegura.

(Notícia atualizada às 15h53 com informação sobre a Goldenergy e Galp)

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