CTT brindam à chegada do novo CEO, mas Lisboa não festejou

A bolsa de Lisboa encerrou no vermelho, acompanhando o cenário que se viveu no resto da Europa. A estrela da sessão foram os CTT que dispararam 3%.

Lisboa encerrou no vermelho, acompanhando o cenário que se viveu nas restantes praças europeias. A pesar no desempenho índice esteve o BCP e a Galp Energia. Por sua vez, a impedir uma queda mais expressiva estiveram os títulos dos CTT que somaram quase 3%, no dia em que João Bento tomou posse como CEO da empresa.

O PSI-20 perdeu 0,28% para 5.108,06 pontos, numa altura em que as restantes praças europeias também terminaram em queda. O Stoxx 600 perdeu 0,12% para 379,03 pontos, enquanto o espanhol IBEX 35 recuou 0,11% para 9.228,5 pontos. Na Alemanha, o DAX acabou por encerrar em terreno positivo.

A penalizar a bolsa nacional estiveram as ações do BCP que desvalorizaram 0,71% para 0,2509 euros, no dia em que o banco aprovou o pagamento de dividendos e a devolução de cortes aos trabalhadores. Destaque ainda para a Galp Energia que caiu 0,1% para 14,385 euros perante a queda do preço do barril de petróleo nos mercados internacionais.

A estrela desta sessão foram os CTT, cujas ações somaram 2,95% para 2,3060 euros, no dia em que João Bento tomou posse como CEO da empresa. O novo líder da empresa dos correios foi nomeado na sequência da renúncia ao cargo por parte de Francisco de Lacerda.

Ainda a impedir uma queda mais acentuada do índice nacional esteve a Jerónimo Martins que subiu 1,35% para 13,50 euros, contrariando a queda de quase 1% da Sonae.

A EDP também se destacou pela positiva, registando um ganho de 0,18% para 3,269 euros, enquanto a EDP Renováveis avançou 0,46% para 8,80 euros depois da criação da joint-venture com a Engie.

(Notícia atualizada às 16h57 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP aprova dividendos e devolução dos cortes aos trabalhadores. À porta, sindicatos pedem mais. Maya pede “equilíbrio”

Foi em clima de contestação laboral que os acionistas do BCP aprovaram dividendos de 30 milhões, mas também a devolução dos salários retidos durante a crise. Sindicatos querem mais de Miguel Maya.

“Devoluções não são prémios. Queremos o que é nosso”. À porta da assembleia geral do BCP, no Taguspark, em Oeiras, centenas de trabalhadores e reformados do banco aguardavam pela administração e acionistas para lhes exigirem melhores condições salariais após o regresso do BCP aos lucros. Não faltaram assobios, apupos, tambores e cabeçudos num protesto que acabaria por desmobilizar cerca de duas horas e meia depois.

O banco liderado por Miguel Maya deu a volta à crise e, depois dos resultados de 301 milhões de euros obtidos em 2018, propôs agora regressar aos dividendos (30,1 milhões de euros, ou 0,002 euros por ação) e ainda compensar os trabalhadores pelos cortes salariais que foram impostos aos trabalhadores entre 2014 e 2017 (devolução de 12,6 milhões de euros de um total de 36 milhões retidos naquele período).

Esta proposta foi levada à assembleia geral num único ponto e foi aprovada pela maioria dos acionistas (por 99,98%) já depois de a manifestação ter desmobilizado lá fora. A reunião magna contou com a representação de 64,5% do capital do banco, sendo a mais participada desde 2008.

A devolução dos 12,6 milhões não satisfaz os três sindicatos que organizaram o protesto, o Sindicado dos Bancários do Norte (SBN), o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) e o Sindicato Independente da Banca (SIB). Pretendem sobretudo que o processo seja mais rápido e os representantes das três organizações sindicais entregaram mesmo uma carta à comissão executiva a pedir a devolução imediata da totalidade das verbas cortadas.

“O que se afigura é que esta devolução vai ser feita num prazo muito longo. Para cortar foi feito num ápice e agora para devolver é um tempo demasiado longo. Há condições económicas e financeiras que o banco pode fazer este movimento de forma muito mais célere“, disse Paulo Gonçalves Marcos, presidente do SNQTB, aos jornalistas.

Conforme avançou o ECO, Miguel Maya propôs a restituição faseada dos valores retidos durante os próximos três anos, sendo que os salários até 1.500 euros vão rever a totalidade dos cortes já este ano. Para as remunerações que variam entre 1.500 euros e 2.500 euros, a restituição das verbas retidas entre 2014 e 2017 situar-se-á entre os 33% e os 50%.

Por outro lado, a intransigência da administração de Miguel Maya à mesa das negociações com vista à atualização salarial levou outros dois sindicatos do setor, o Sindicato Bancário do Sul e Ilhas (SBSI) e o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC), a juntarem-se ao protesto.

“Desde 2010 que os salários não são aumentados e, por força disso, também não são aumentadas as pensões porque os reformados não veem repercussões nas suas pensões e são cerca de 17 mil”, afirmou Cristina Damião, coordenadora do SBSI. “Esperamos que depois desta assembleia geral haja um processo mais célere de forma a repor as atualizações salariais. Entendemos que não deve haver aumentos inferiores à inflação”, frisou.

Paulo Marcos complementa o descontentamento: “Há uma intransigência absoluta em fazer atualizações em 2018 e as propostas que estão em cima da mesa para 2019 ficam muito aquém. Acima de tudo, será mais um ano de perda de poder de compra, o que nos parece que dez anos consecutivos é demasiado e não há qualquer justificação. Não encontramos flexibilidade do lado do banco. A continuar esta intransigência, o banco perde a moral”.

Acionistas dão luz verde a antigo administrador financeiro da EDP

Além dos dividendos e da compensação salarial, e à exceção do ponto 11, todos os outros pontos que constavam na ordem de trabalhos foram aprovados por mais de 99% dos acionistas presentes na assembleia geral, incluindo a cooptação de Fernando Costa Lima para o conselho de administração como vogal do conselho da administração e da comissão de auditoria, que era para ser ocupado por Norberto Rosa, nome que entretanto caiu devido ao relatório da auditoria da EY aos atos de gestão da Caixa Geral de Depósitos. Fernando Costa Lima aguardava ainda autorização do Banco Central Europeu.

Também por causa da retirada de Norberto Rosa, que passou a desempenhar funções na Associação Portuguesa de Bancos, os acionistas do BCP também deram luz designação de Nuno Alves, antigo administrador financeiro da EDP, para o cargo de vogal do conselho de remunerações e previdência do banco. O ponto foi aprovado com uma taxa de 99,79%.

A Deloitte foi também reconduzida para exercer funções de auditora independente do banco para o biénio 2019/2020.

Assembleia Geral Millennium BCP, Taguspark - 22MAI19
Miguel Maya e Nuno Amado falaram no final da assembleia geral.Hugo Amaral/ECO

“Não estamos a privilegiar ninguém”

À saída da assembleia geral, Miguel Maya sublinhou as “diferentes opiniões” entre banco e sindicatos no que toca à forma de compensar os trabalhadores pelos cortes e, perante as exigências de atualizar a tabela salarial congelada há anos, referiu que no ano passado 24% dos trabalhadores tiveram aumentos através de promoções.

“Como tínhamos assumido no compromisso perante os colaboradores de compensar pelas remunerações que deixaram de receber durante o período mais difícil da vida do banco e estamos a cumprir essa promessa. O que fizemos aqui foi propor aos acionistas e os acionistas aprovaram essa compensação no montante equivalente a um terço do total. Se não aprovássemos nesta assembleia, provavelmente só no próximo ano é que teríamos esta oportunidade e não podíamos fazê-lo defesa dos direitos dos trabalhadores do BCP. Estamos convencidos de que fizemos a opção correta“, afirmou.

“No ano passado, o BCP aumentou salários a 24% dos trabalhadores. Pergunto: empresas privadas com mais de 1.000 trabalhadores, quantas é que conseguiram fazer aumentos desta natureza?”, acrescentou ainda.

Maya pretende obter uma solução “equilibrada” com os trabalhadores. Só dessa forma estará a proteger o banco. “Ao proteger os interesses do banco estamos a proteger os interesses de todos os stakeholders. Não estamos a privilegiar nenhum stakeholder em concreto. passos corretos para que a situação do BCP seja sólida para o futuro. Temos de pensar que queremos ser o banco das famílias e das empresas hoje e nos muitos anos que temos pela frente”, comentou.

(Notícia atualizada às 18h01 com mais informação sobre os restantes pontos)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ADSE vai apresentar novas tabelas até ao final do mês. Conselho Diretivo garante que estão “quase finalizadas”

Passado mais de um mês do prazo que tinha sido dado pelo Conselho Diretivo, as novas tabelas de preços da ADSE estão quase prontas. O documento vai ser apresentado aos prestadores.

As novas tabelas de preços da ADSE estão “quase finalizadas”, afirma Eugénio Rosa, vogal do Conselho Diretivo eleito pelos representantes dos beneficiários, ao ECO. Depois de já ter passado mais de um mês do último prazo apontado pela direção, que era 15 de abril, o representante garante que estarão prontas ainda em maio.

Falta pouco mais de uma semana para o mês terminar e a realização das tabelas está na “fase final”, assegura Eugénio Rosa. Este é um “processo lento”, aponta o vogal, que exige um “trabalho imenso”. Esta é a justificação para a demora da apresentação do documento que irá tabelar “milhares de preços”.

Os prestadores privados já estão a ficar impacientes com esta demora. No final de abril, a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) informava os associados, numa newsletter, de que a ADSE ainda não tinha apresentado qualquer proposta, “apesar das promessas realizadas”. A APHP adiantou ainda ao ECO, no início do mês, que via “com muita preocupação que que as negociações não” tivessem “avançado”.

O Conselho Geral de Supervisão também aguarda estas tabelas, tanto que até já tem um grupo de trabalho formado para elaborar um parecer sobre estas. No início do mês, depois de uma reunião, aprovou uma resolução a criticar a falta de ação do Conselho Diretivo, bem como a demora face à entrega das tabelas, avançou o Público (acesso pago).

O novo documento será apresentado aos prestadores privados, que poderão fazer sugestões ou reparos. A nova tabela deverá acabar com as regularizações, sendo composta por preços fechados. Anteriormente, as regularizações fizeram agravar as tensões entre alguns grupos privados e a ADSE, depois do subsistema de saúde dos funcionários públicos exigir 38 milhões de euros por faturação excessiva.

Alguns dos privados, como os grupos Luz Saúde e José de Mello Saúde, chegaram mesmo anunciar que iam suspender as convenções com a ADSE. Mas voltaram atrás na decisão passado pouco tempo, depois de a ADSE mostrar disponibilidade para negociar. Estas decisões, tomadas quase em simultâneo, levaram a Concorrência a fazer buscas em alguns hospitais, por suspeitas de concertação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Advocatus Summit. NPL e a nova regulação europeia

  • ADVOCATUS
  • 22 Maio 2019

Conheça os oradores da primeira talk da segunda edição da Advocatus Summit, o meeting point de empresas e advogados. Já no próximo dia 28 de maio, na Universidade Católica Portuguesa.

A Advocatus Summit tornou-se no principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia. Na sua segunda edição — já a 28 de maio —, a Advocatus Summit irá debater temas tão diversos como o Compliance, NPL, Cibersegurança ou Brexit. Sempre numa lógica que liga a visão legal com as necessidades das empresas.

A primeira talk, dedicada ao tema NPL e a Nova Regulação Europeia conta com a presença das sócias da SRS Advogados, Alexandra Valente e Natália Garcia Alves, Joaquim Paulo, partner da Deloitte, e ainda de Luís Chaves, business development director da Servdebt Group.

Pode consultar mais detalhes sobre o evento e inscrever-se aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Porto recebe primeira loja oficial da Xiaomi em Portugal a 1 de junho

A Xiaomi, que é um das startups mais valiosas do mundo, já conta com mais de 100 lojas no mercado europeu. Vai abrir a primeira em Portugal.

A Xiaomi vai abrir a sua primeira loja física em Portugal. Segundo avança a fabricante de telemóveis numa publicação na sua conta oficial de Instagram, o destino escolhido para receber a loja é o Porto, mais propriamente na Rua Sá da Bandeira. A abertura está prevista para o dia 1 de junho.

A marca já tinha anunciado a abertura de uma loja física em Portugal há quatro dias — também através do Instagram — mas ainda não se sabia qual seria o local escolhido para a mesma.

Em Portugal, algumas lojas já utilizavam o logótipo e denominação “Mi”, mas nenhuma era oficial. São lojas que, efetivamente, vendem produtos da marca, mas não são verdadeiras Mi Store.

Na Europa, a Xiaomi, que é um das startups mais valiosas do mundo, já conta com mais de 100 lojas. É a quarta fabricante de smartphones que mais vende em todo o mundo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Investidores receiam guerra comercial. Wall Street em queda

Preocupações relativamente às tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, que não parecem ter fim à vista, pressionam Wall Street. Os investidores aguardam ainda as minutas da Fed.

As bolsas norte-americanas abrem em queda, com os investidores cautelosos. Tanto face às tensões comerciais, que estão a aquecer novamente depois de notícias de que os Estados Unidos querem aplicar sanções a mais uma empresa chinesa, mas também enquanto aguardam as minutas da reunião da Fed, que deverão dar mais explicações relativamente à ação da reserva federal norte-americana.

Apesar de terem suspendido temporariamente as sanções à Huawei, os Estados Unidos já terão outra empresa chinesa na mira. Relatos de que Washington está a estudar restrições a uma fabricante de equipamentos de videovigilância chinesa, a Hikvision, fizeram aumentar as preocupações dos investidores com a guerra comercial.

Os índices de referência estão em queda ligeira à espera de mais desenvolvimentos. O S&P 500 cai 0,29% para os 2.856,06 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recua 0,23% para os 25.818,46 pontos. O tecnológico Nasdaq, que tem oscilado entre ganhos e perdas nas últimas sessões, desce 0,46% para os 7.749,81 pontos.

A Apple é uma das empresas do setor que não escapa às incertezas que rodeiam o panorama internacional, e recua 0,78% para os 185,14 dólares. Também a Qualcomm segue em queda, depois de um juiz dizer que a empresa cobrou preços demasiado altos a outras empresas pelas licenças para usar a sua tecnologia. Os títulos da tecnológica caem 7,94% para os 71,58 dólares.

Nas perdas destaque ainda para a Tesla, que, na semana passada, alertou os investidores de que só tinha liquidez para dez meses e pediu novos sacrifícios aos seus funcionários. Os títulos da empresa liderada por Elon Musk caem 1,85% para os 201,29 dólares.

A travar maiores perdas está o setor do retalho, depois de várias empresas apresentarem resultados. A Target brilha, depois de apresentar contas acima do esperado. Os títulos da empresa avançam 7,89% para os 77,69. Também a Home Depot sobe depois de revelar as contas, 0,36% para os 192,09 dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marques defende coligação de europeístas que pode incluir conservadores e liberais

  • Lusa
  • 22 Maio 2019

Confrontado com as declarações de Pedro Nuno Santos, em que este defendeu uma clara separação entre socialistas e liberais, também no plano europeu, Pedro Marques negou contradições dentro do PS.

O cabeça de lista do PS às eleições europeias, Pedro Marques, defendeu esta quarta-feira no Montijo a criação de uma coligação de europeístas contra a extrema direita, admitindo que esta pode incluir gente das famílias políticas conservadora e liberal.

Confrontado pelos jornalistas com as declarações do dirigente do PS Pedro Nuno Santos, na terça-feira à noite, em Aveiro, em que este defendeu uma clara separação entre socialistas e liberais, também no plano europeu, Pedro Marques negou contradições dentro do seu partido.

“Eu já tenho dito que nós temos que construir uma coligação de europeístas contra a extrema direita, contra os nacionalistas, contra a xenofobia. Essa coligação pode incluir gente da minha família política, gente da família conservadora, gente da família liberal, desde que não se passe essa barreira da xenofobia da extrema direta, dos nacionalismos”, declarou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo dá mais um mês para empresas entregarem IRC

O Governo decidiu alargar em um mês o prazo de entrega da declaração Modelo 22 do IRC. Os contabilistas estão satisfeitos por terem mais tempo para cumprirem "novas obrigações".

As empresas têm este ano um prazo mais alargado para entregarem a declaração Modelo 22 do IRC, relativa aos rendimentos obtidos em 2018. De acordo com o despacho assinado pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, esta obrigação fiscal pode ser cumprida até 30 de junho, sem penalidades, o que alarga o prazo em um mês.

A Ordem dos Contabilistas Certificados já reagiu com “satisfação” a esta decisão do Executivo, sublinhando: “Teremos, deste modo, mais tempo e menos pressão para implementar os procedimentos necessários ao cumprimento das novas obrigações, o que significa, melhores condições para exercer, de forma consciente e responsável, a nossa profissão”.

Com um tom menos positivo, a Associação Nacional de Contabilistas (ANACO) explicou este alargamento do prazo legal de entrega do Modelo 22: “Este adiamento surge assim como necessário pelo excesso de obrigações declarativas, de burocracia, pelo péssimo calendário fiscal, pelos meios insuficientes que o Estado disponibiliza para os portais das finanças e da segurança social funcionarem e pela forma como se cria má legislação”.

Apesar de “agradecerem” o adiamento, os contabilistas referem que essa decisão era “inevitável” pela “gravidade das profundas alterações à forma de fazer contabilidade”. Neste sentido, a ANACO critica ainda a imposição da entregar do SAF-T da Contabilidade à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) até 30 de abril de 2020, o que permitirá pré-preencher a Informação Empresarial Simplificada, mas tornará, diz a associação, “a contabilidade numa mera declaração fiscal”.

Do lado do Governo, explica-se no despacho que cabe à Administração Tributária “assegurar aos contribuintes a possibilidade de cumprirem as suas obrigações tributárias num prazo razoável” e sublinha-se que, por um lado, têm vindo a ser introduzidas alterações legislativas com vista à otimização dos prazos e, por outro, está em cursos o processo de adaptação para a simplificação dos anexos A e I da Informação Empresarial Simplificada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugueses são os pagam mais pela luz. Ministro do Ambiente diz que “preço da eletricidade é uma preocupação do Governo”

  • Lusa
  • 22 Maio 2019

Questionado sobre os resultados do Eurostat, Matos Fernandes afirmou que o Governo está a percorrer um caminho de redução do preço da eletricidade, que fará "esbater" a diferença com os outros países.

O ministro do Ambiente disse esta quarta-feira que “o preço da eletricidade é uma preocupação do Governo”, em resposta ao estudo do Eurostat que revelou que os portugueses foram os europeus com a eletricidade mais cara no segundo semestre de 2018.

Tendo em conta o poder de compra de cada país, os portugueses foram os que mais pagaram pela eletricidade, sendo que mais de metade do valor da fatura dizia respeito a impostos e taxas (55%), segundo o relatório do gabinete de estatísticas da União Europeia.

Questionado pelos jornalistas, o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, lembrou que, entretanto, houve mudanças, como a baixa do preço da eletricidade em 3,5% e a redução do IVA. A redução do IVA de 23% para 6% chegou a cerca de dois milhões de contratos, um terço dos consumidores, segundo uma explicação recente do ministro. No entanto, esta redução anunciada em abril aplica-se apenas a uma componente do termo fixo e não à totalidade da fatura.

“O preço da eletricidade é uma preocupação do Governo”, garantiu o ministro em declarações aos jornalistas à saída da Conferência “A Educação e os Desafios do Futuro: Ambiente e Desenvolvimento Sustentável”, que está a decorrer na sede do Conselho Nacional de Educação (CNE), em Lisboa.

Matos Fernandes sublinhou o caminho que está a ser traçado na redução do preço da eletricidade que fará com que a diferença com os outros países “tenderá a esbater-se”.

O valor que os portugueses pagam pela eletricidade aumentou menos do que na média europeia no segundo semestre do ano passado, mas os portugueses continuam a ser os europeus com os preços mais elevados, quando ajustados pelo poder de compra. O aumento em Portugal foi de 2,8%, enquanto o aumento médio da União Europeia foi de 3,5%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PJ investiga contratação pública na Direção-Geral da Autoridade Marítima

  • Lusa
  • 22 Maio 2019

Em comunicado, a Autoridade Marítima Nacional explica que as diligências da Polícia Judiciária foram realizadas no contexto de um inquérito dirigido pelo Ministério Público.

A Policia Judiciária realizou diligências de investigação na Direção-Geral da Autoridade Marítima (DGAM), no âmbito de um inquérito relacionado com procedimentos de contratação pública.

Em comunicado, a Autoridade Marítima Nacional explica que as diligências da Polícia Judiciária foram realizadas no contexto de um inquérito dirigido pelo Ministério Público, do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

O inquérito prende-se com procedimentos de contratação pública realizados entre 2012-2019.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Operadoras britânicas suspendem telefones Huawei das suas redes 5G

A EE e a Vodafone, duas das maiores operadoras britânicas, decidiram que não vão vender o primeiro telemóvel 5G da Huawei, devido à "indecisão" quanto ao futuro da empresa.

Duas das maiores operadoras de telefonia móvel da Grã-Bretanha, a EE e a Vodafone, decidiram suspender os telefones da chinesa Huawei das suas redes 5G. A decisão acontece depois de a fabricante chinesa ter sido alvo de sanções dos Estados Unidos da América (EUA) e de a Google ter suspendido o fornecimento de tecnologia à Huawei, nomeadamente o licenciamento da loja de aplicações Play Store no Android, ou mesmo do YouTube, para os novos equipamentos que ainda não foram lançados.

De acordo com o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês), a operadora Everything Everywhere (EE) — que é detida pelo grupo BT — planeava oferecer telemóveis Huawei como parte do lançamento da primeira rede 5G do Reino Unido, mas mudou de ideias devido à incerteza em torno da fabricante.

Recorde-se que a decisão ocorre, também, depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter incluído a chinesa na lista “negra”, o que faz com que as empresas norte-americanas fiquem obrigadas a solicitar licença para vender tecnologia à empresa que tem sede em Shenzhen, sul da China. Esta medida pode mesmo revelar-se fatal para a gigante chinesa das telecomunicações.

Marc Allera, diretor executivo da EE, disse que a empresa suspendeu o lançamento dos telefones Huawei das suas redes 5G porque não tinha a “garantia de serviço” necessária para oferecer contratos a longo prazo. “Tivemos de assegurar isso”, acrescentou o responsável pela operadora britânica.

A Vodafone, que tem sede em Londres, também informou que vai suspender o telefone Mate X da Huawei da sua linha 5G. A operadora planeava lançar o aparelho no verão na sua rede 5G, mas um porta-voz da empresa disse que “o dispositivo 5G da Huawei ainda não recebeu as certificações necessárias” para tal acontecer.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Otimismo dos CFO em Portugal travou no início de 2019. Tendência é geral em toda a Europa

Dos 70% CFO a trabalhar em Portugal que se diziam otimistas face às perspetivas económicas no final de 2018, apenas 45% permanecem assim em 2019, aponta novo 'European CFO Survey' da Deloitte.

Se no final de 2018, o otimismo grassava entre mais de 1.400 administradores financeiros (CFO) de empresas espalhadas por 20 países europeus, com a viragem do ano este sentimento travou de forma pronunciada. Em Portugal, por exemplo, 70% dos CFO diziam, no último trimestre do ano passado, antecipar melhorias na economia portuguesa. Agora, apenas 45% se atrevem a prevê-lo. Já a nível geral, e pela primeira vez em quatro anos, o “resultado líquido” entre otimistas e pessimistas na zona euro é negativo.

As conclusões são do mais recente European CFO Survey da Deloitte, que semestralmente ausculta 1.400 CFO europeus, de empresas espalhadas por 20 países, incluindo Portugal. “Seja ao nível das perspetivas económicas para o país ou para a própria empresa, o inquérito revela uma queda considerável no otimismo dos CFO em Portugal”, sublinha a análise da consultora aos resultados apurados.

Em “termos líquidos”, a relação entre CFO otimistas e pessimistas em Portugal dá agora um resultado neutro, quando na edição anterior o resultado da subtração de pessimistas aos otimistas ainda assegurava uma prevalência de 26% destes últimos. “Este abrandamento parece motivado pela falta de otimismo nas perspetivas económicas portuguesas com os CFO que acreditam ser positivo a cair de 70% para 45% nos últimos seis meses.”

Segundo os resultados do inquérito da Deloitte, o otimismo caiu não apenas em Portugal, como em todos os países da zona euro, onde se encontram três dos cinco países com um resultado negativo entre pessimistas e otimistas. “Em comparação com a edição de outono de 2018, a proporção de CFO menos otimistas aumentou em 7 pontos percentuais (de 19% para 26%), enquanto a proporção de otimistas caiu ainda mais (de 27% para 23%). Pela primeira vez em quatro anos, o saldo líquido é agora negativo”, adverte o estudo.

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/crescimento-na-ue/?locale=pt-PT&static” id=”274″ mce-placeholder=”1″ width=”300px” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/crescimento-na-ue/thumbnail?version=1556650430523&locale=pt-PT&publisher=eco.pt” slug=”crescimento-na-ue”]

Alemanha (-12%), Reino Unido (-24%), Itália (-13%), Finlândia (-13%) e Islândia (-37%) são os cinco países onde a relação entre CFO otimistas e pessimistas mostra uma maior vantagem destes últimos em termos de perspetivas económicas futuras.

A Deloitte, no entanto, chama a atenção que se notam desenvolvimentos distintos entre os países, variando consoante estejam dentro ou fora da moeda única. “A confiança fora da área do euro recuperou, impulsionada por melhorias substanciais nos saldos líquidos de alguns países (em especial Turquia e Rússia), que mais do que contrabalançam a queda de confiança noutros países (Islândia e Suíça).”

Previsões: menos receitas, margens, investimentos e contratações

O total de CFO que consideram o atual momento propício a correr riscos recuou, em comparação com os resultados apurados no inquérito realizado há seis meses, com os resultados globais do levantamento a mostrarem que os sentimentos em relação à evolução das receitas e das margens em 2019 está em níveis historicamente baixos. “Para ambas as métricas [receitas e margens] o saldo está em mínimo histórico, embora a média se mantenha positiva”, refere a análise.

Fechando as conclusões apenas nos resultados obtidos em Portugal, a Deloitte salienta que “apesar de não se ter atingido um mínimo histórico”, registou-se igualmente uma “redução no sentimento positivo” face à evolução das receitas e margens. Os resultados mostram que 63% dos CFO estimam uma subida nas receitas”, menos 9 p.p. do que antes, e “34% acredita que as suas margens operacionais vão aumentar”, uma queda de 5 p.p. em comparação com o apurado há seis meses.

Da mesma forma, também as previsões sobre a evolução dos investimentos e das contratações ao longo do corrente ano travaram de forma pronunciada. Se antes, 12% dos CFO auscultados previam um corte no CAPEX, agora esse valor subiu para 19% a nível europeu. Já as intenções perante a evolução dos quadros de pessoal passou de 15% a ponderar cortes, para 23% — sobretudo nos países situados fora da zona euro.

Quanto às previsões dos CFO em Portugal, registou-se uma quebra tanto nos administradores que preveem reduzir o investimento (menos 4 p.p.) como nos que preveem aumentá-lo (menos 17 p.p.), com as intenções de reforçar quadros de pessoal a caírem de um saldo global de 28% para 24%.

Considerando todos estes resultados, é com naturalidade que se regista que a maioria dos CFO continue a defender uma postura defensiva como forma de encarar os próximos doze meses, com a redução dos custos a ser apontada como a principal estratégia a adotar por 85% dos CFO.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.