Há 10 portuguesas entre as startups mais “quentes” da Europa, segundo a Wired

Dublin, Helsínquia, Londres, Berlim e... Lisboa. A capital portuguesa é uma das eleitas pela Wired como das mais "quentes" da Europa em matéria de startups. A revista britânica destaca 10 nomes.

Sound Particles. Attentive. Barkyn. SWORD Health. Heptasense. DefinedCrowd. Undandy. Koala Rest. EatTasty. Sensei. Há dez startups portuguesas destacadas entre as 100 mais “quentes” da Europa, segundo a Wired. Todos os anos, a revista britânica divulga algumas das mais “brilhantes mentes e empresas” em toda a Europa que “podem fazer a diferença na corrida a longo prazo”. As reportagens são publicadas a conta-gotas e, esta quarta-feira, foi a vez de a publicação destacar nomes com pronúncia portuguesa.

“Lisboa voltou à vida numa onda de empreendedorismo tecnológico e isso reflete-se numa diversidade de startups”, lê-se no artigo, acrescentando que Lisboa é capital de um país que já criou unicórnios como a OutSystems, a Talkdesk ou a Farfetch“, escreve o jornalista João Medeiros.

Além das startups destacadas, o artigo refere ainda projetos como o do Hub Criativo do Beato, uma parceria entre a Startup Lisboa e a câmara municipal da cidade, e cujas primeiras aberturas estão previstas para o início do próximo ano.

Em julho, a Startup Portugal, responsável pela criação e implementação da estratégia nacional para o empreendedorismo, anunciou que o ecossistema empreendedor já representa 1,1% do PIB nacional. De acordo com dados da associação, as vendas e serviços oferecidos pelas startups e pelos empreendedores nacionais em 2018 chegaram aos 2,2 mil milhões de euros. As exportações também aumentaram desde que foi lançada a Startup Portugal: se, em 2016, os bens e serviços exportados chegaram aos 673 milhões de euros, dois anos depois, em 2018, quase duplicaram para 1.121 milhões de euros, representando 1,9% do total das exportações nacionais.

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França já trabalha tendo como cenário mais provável um Hard Brexit

Numa altura em que Boris Johnson está em Berlim para se reunir com Angela Merkel, e com encontro marcado com Macron na quinta-feira, França diz que o mais provável é um Brexit sem acordo.

O Governo francês está a trabalhar assumindo que o Reino Unido vai abandonar a União Europeia sem um acordo, um cenário que ambos os lados dizem querer evitar, mas que Paris assume agora como sendo o cenário mais provável, de acordo com um responsável do Governo francês, citado pela agência Bloomberg.

O cenário de uma saída sem acordo passou a ser o cenário central, o que significaria a imposição de controlos nas fronteiras com o Reino Unido, entre outras restrições ao comércio e livre circulação de bens e pessoas aplicadas aos países que não fazem parte da União.

Estes comentários surgem numa altura em que o novo primeiro-ministro britânico tem insistido na necessidade de alterar o acordo alcançado entre a União Europeia e o Reino Unido, na altura representado por Theresa May. Os líderes europeus têm estado unidos na rejeição de novas negociações. Boris Johnson tem insistido que o Reino Unido irá abandonar a União Europeia a 31 de outubro, com ou sem acordo.

Mesmo que não haja acordo, os líderes europeus contam que o Reino Unido pague os 39 milhões de libras da fatura do divórcio, algo que Boris Johnson conta que não aconteça em caso de Brexit sem acordo.

Boris Johnson tem encontro marcado esta quarta-feira com Angela Merkel em Berlim e com Emmanuel Macron em Partis na quinta-feira. No sábado, os líderes estarão reunidos, juntamente com Donald Trump, no encontro do G7, que decorre em Biarritz, no Sul de França.

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Estado português dá mais dez anos a Cuba para pagar 4,4 milhões de euros em dívida há 30 anos

  • ECO
  • 21 Agosto 2019

Acordo entre os dois Estados foi confirmado pelo Ministério das Finanças. Parcelas dos reembolsos serão crescentes até 2029.

Portugal aceitou a reestruturação de uma dívida em atraso de Cuba. São 4,4 milhões de euros, sendo a maior parte referente a operações de crédito garantidas por Portugal e os restantes a créditos de entidades privadas, segundo avançou o Jornal Económico.

A dívida em atraso diz respeito a operações realizadas no final dos anos 1980 e o Estado português aceitou dar mais dez anos a Cuba para reembolsar. O ministério das Finanças confirmou ao semanário que o reembolso da dívida consolidada até 2029, sem prazo de carência, em prestações anuais crescentes e sucessivas.

“Na proposta de reescalonamento, será considerada a totalidade da dívida, incluindo a parcela devida aos exportadores que aceitarem reescalonar os seus créditos nas condições acordadas entre o Estado português e o Estado cubano, assim seja obtido o mandato expresso para o efeito”, acrescentou o ministério das Finanças em declarações ao Jornal Económico.

Os juros de mora terão uma taxa de juro anual de 3,8%. O acordo acontece após de mais de três décadas de negociação entre Portugal e Cuba, que se desenvolveram sem resultados significativos, sublinhou ainda o ministério liderado por Mário Centeno.

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Horas extra dividem patrões e motoristas. Afinal, o que diz a lei?

Três dias depois de terem levantado a greve, os motoristas avançaram com o pré-aviso de uma nova paralisação. Desta vez, o foco são as horas extra. O que diz a lei sobre a remuneração dessas horas?

Pela terceira vez em cinco meses, os motoristas de matérias perigosas vão parar. Desta vez, a greve será às horas extraordinárias em dias úteis, bem como a todo o trabalho em dias feriado e no fim de semana. Esta nova paralisação foi marcada depois de os motoristas terem tentado, sem sucesso, mudar as regras da remuneração devida pelo trabalho cumprido além das nove horas e meia definidas como horário semanal médio.

De acordo com o contrato coletivo de trabalho assinado, em setembro do ano passado, pela Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) e a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), o trabalho suplementar é definido como todas as horas prestadas fora do período normal de trabalho, que por sua vez está limitado a uma média semanal, incluindo trabalho suplementar, de 48 horas, com um limite de 60 horas, no espaço de quatro meses. Ou seja, uma média diária de cerca de nove horas e meia.

A convenção determina que “só em casos inteiramente imprescindíveis e justificados poderá haver lugar a prestação de trabalho suplementar”, que não pode exceder as duas horas diárias ou o total de 200 horas anuais. Mas há exceções a esse teto. É o caso das situações em que há serviço de desempanagem da viatura ou equipamento oficial ou em que há demoras provocadas pelo embarque ou desembarque da mercadoria.

De acordo com a cláusula 49º do contrato coletivo, esse trabalho suplementar prestado em dia útil é remunerado pelo valor da retribuição horária normal mais 50% na primeira hora e 75% nas horas ou frações seguintes.

No caso dos trabalhadores móveis afetos ao transporte internacional, ibérico e nacional (exceto os que conduzem veículos com menos de 7,5 toneladas), as regras são, contudo, diferentes. Nessas situações, o empregador tem sempre de pagar o correspondente a duas horas de trabalho suplementar, seguindo a regra dos 50% para a primeira dessas horas e 75% para a segunda e restantes já mencionada. Esses trabalhadores não têm direito ao pagamento de todas as horas feitas além dessa faixa. Isto porque “não lhes é aplicável o disposto na cláusula 49º” já referida. E é isso que os motoristas querem alterar.

Na reunião de terça-feira com o Governo, o sindicato de Pardal Henriques queria que, “desde já”, ficasse acordado que “todo o trabalho diário realizado acima das 9 horas e trinta minutos será remunerado de acordo com o previsto na cláusula 49.ª do CCTV em vigor”, ou seja, que se deixasse cair o ponto que refere que os trabalhadores recebem apenas duas horas.

No caso do trabalho extraordinário ser prestado em dias de descanso semanal ou em feriados, à luz da convenção atual, o valor do dia é duplicado, “independentemente do concreto número de horas de trabalho prestado”. Esse mesmo valor também é pago aos motoristas quando estão fora do seu país de residência, mesmo que não tenham prestado efetivamente qualquer trabalho.

Quanto recebem os outros trabalhadores do privado?

Para a generalidade dos trabalhadores por conta de outrem no privado, as remunerações previstas para o trabalho suplementar são significativamente inferiores àquelas determinadas na convenção coletiva dos motoristas de matérias perigosas.

De acordo com o artigo 268º do Código do Trabalho, o trabalho suplementar é pago pela retribuição horária normal com o acréscimo de 25% pela primeira hora ou fração desta e 37,5% por hora ou fração subsequente em dia útil. No caso dos dias de descanso e feriados, acresce 50% por cada hora ou fração ao valor diário.

Apesar de receberem, em princípio, menos do que os motoristas de matérias perigosas (o acréscimo percentual é inferior), a generalidade dos trabalhadores acaba por estar em vantagem, já que, no caso dos primeiros, apenas as primeiras duas horas são contadas e remuneradas; no caso dos segundos, não existe essa limitação.

Segundo a Lei Laboral, o trabalho suplementar só pode ser prestado “quando a empresa tenha de fazer face a um acréscimo eventual e transitório de trabalho”, não se justificando, portanto, a admissão de outro trabalhador. “O trabalho suplementar pode ainda ser prestado em caso de força maior ou quando seja indispensável para prevenir ou reparar prejuízo grave para a empresa ou para a sua viabilidade”, acrescenta o Código do Trabalho, referindo que os trabalhadores estão obrigados a cumprir essas determinações, salvo exceções.

Estão dispensados da prestação de trabalho suplementar as trabalhadoras grávidas, os trabalhadores com filhos com menos de 12 meses, as trabalhadoras que amamentem, os trabalhadores menores, os trabalhadores com deficiência ou doença crónica e os trabalhadores que também são estudantes.

No que diz respeito aos limites do trabalho suplementar, nas microempresas e pequenas empresas, o teto está fixado nas 175 horas por ano; no caso de médias ou grandes empresas, esse limite desce para 150 horas por ano. Tudo somado, em dia normal de trabalho, podem ser exigidas até duas horas extras e, nos feriados e fins de semana, pode ser exigido o número de horas igual ao período normal de trabalho diário.

Além disso, os empregadores e os trabalhadores podem acordar a criação de bancos de horas individuais, que permitem dilatar em duas horas diárias o período normal de trabalho. Esta figura foi eliminada, contudo, na revisão da Lei Laboral que acaba de ser promulgada pelo Presidente da República e que deverá ser publicada em Diário da República em breve. Vem substituir essa figura o novo banco de horas grupal, que passa a ser aplicado a toda a equipa, se 65% dos trabalhadores concordarem.

Horas extraordinárias são alvo de IRS e de descontos para a Segurança Social?

O Ministério do Trabalho fez questão de salientar que a remuneração paga pela prestação de trabalho suplementar integra a base de incidência contributiva a partir da qual é calculada a contribuição a ser paga para a Segurança Social.

Ao nível do IRS e a partir deste ano, as horas extraordinárias não se somam aos rendimentos mensais, no momento da aplicação da taxa de retenção. Tal medida serviu para libertar mais rendimento liquido para os contribuintes e evitar “penalizações” por trabalho suplementar.

As horas suplementares são, assim, tributadas autonomamente, como já acontecia para os subsídios de Natal e de férias. A essas remunerações é aplicada também a taxa de retenção, mas de modo separado dos restantes rendimentos.

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A tarde num minuto

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Bolsa de Lisboa fecha em alta, mas aquém da Europa

Com apenas quatro cotadas no vermelho, o PSI-20 fechou a negociação a subir 0,67%. Na Europa, as principais praças também fecharam em alta, mas com ganhos acima de 1%.

A bolsa de Lisboa terminou a sessão de esta quarta-feira com um ganho de 0,67%, com o PSI-20 a fechar nos 4.853,19 pontos. Ao longo da negociação, apenas quatro cotadas fecharam em terreno negativo e o sentimento positivo prevaleceu entre as restantes 14 empresas.

Em relação às cotadas nacionais, o papel e a energia destacaram-se. A Navigator disparou 2,17% para 3,01 euros por ação, enquanto a Mota-Engil avançou2%. Também a Galp, que se manteve em alta durante a sessão, fechou nos 12,81 euros, graças a um ganho de 1,71%.

Apesar do bom arranque de sessão da EDP Renováveis, a elétrica acabou por terminar em terreno neutro. Do lado oposto, a Sonae Capital (-1,45%), Pharol (-1,38%), NOS (-1,2%) e Ramada (-0,64%) fecharam no vermelho.

Lisboa entre os menores ganhos na Europa

O índice português ficou assim em linha com o comportamento das principais praças europeias que, todavia, registaram ganhos superiores ao da bolsa lisboeta. O DAX alemão ganhou 1,2%, com a bolsa francesa a subir 1,6% e a britânica 1%. Já o IBEX espanhol valorizou 0,8% ao longo de quarta-feira. Destaque também para o STOXX 600, que subiu 1,2%, atingindo o maior valor das últimas duas semanas.

As bolsas europeias já tinham iniciado o dia em terreno positivo, mas terá sido o otimismo que os mercados norte-americanos mostraram nas primeiras horas de negociação a apoiar o bom sentimento na Europa. A bolsa de Nova Iorque abriu esta quarta-feira em alta, com os investidores animados pelos resultados das principais retalhistas norte-americanas, que demonstram que o consumo privado ainda está em níveis robustos.

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Pedro Cassiano Santos, sócio da Vda, premiado com “Outstanding Contribution Award”

  • ADVOCATUS
  • 21 Agosto 2019

O sócio da VdA, Pedro Cassiano Santos, recebeu o prémio "Outstanding Contribution Award". A distinção foi feita pelo diretório Chambers and Partners.

O diretório da Chambers and Partners premiou o advogado Pedro Cassiano Santos, sócio da sociedade VdA, com o prémio “Outstanding Contribution Award”. O responsável da VdA pela área de bancário & financeiro, com 30 anos de carreira, foi distinguido no passado mês de julho.

Segundo a Chambers and Partners, um diretório de notoriedade internacional a nível mundial, o sócio da VdA é denominado como “sempre maravilho” e “com quem é fácil de trabalhar” pelos clientes. É ainda elogiado pelo seu conhecimento e atuação com os vários intervenientes nas transações que lidera.

A experiência de Cassiano Santos foca-se nos mercados de capitais de dívida e o diretório da Chambers and Partners rotula-o como um advogado “pioneiro da banca em Portugal”. O advogado apoia frequentemente as principais empresas e instituições financeiras e possui uma vasta lista de importantes clientes nacionais como internacionais.

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Empresa que produz canábis em Portugal tem acordo para exportar para a Alemanha

  • Lusa
  • 21 Agosto 2019

A operação de exportação deve ser realizada no outono, sendo a "primeira do género que a Tilray irá realizar do seu campus em Portugal para o fornecimento de pacientes na Alemanha".

A empresa canadiana Tilray, que inaugurou este ano a sua fábrica de produção de canábis medicinal em Cantanhede, anunciou esta quarta-feira um acordo de exportação para a Alemanha, no valor de três milhões de euros. Esta operação “representa um importante marco” para a empresa, permitindo “aumentar a sua produção para exportação no segundo semestre” deste ano, vincou a Tilray.

A empresa, que para além do campus em Cantanhede, no distrito de Coimbra, arrendou recentemente 20 hectares de terras para produção em Reguengos de Monsaraz (Évora), assinou um contrato de fornecimento inicial de 3,3 milhões de dólares (cerca de três milhões de euros) com a Cannamedical Pharma “para aumentar a distribuição de produtos de canábis medicinal para pacientes alemães“, anunciou a Tilray, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

A operação de exportação deve ser realizada no outono, sendo a “primeira do género que a Tilray irá realizar do seu campus em Portugal para o fornecimento de pacientes na Alemanha”, lê-se na nota de imprensa. A empresa privada a quem a Tilray irá fornecer canábis medicinal fornece 2.500 farmácias e clínicas em toda a Alemanha, esclareceu a empresa canadiana.

De acordo com a nota de imprensa, a Tilray foi o primeiro produtor de canábis medicinal a exportar a partir da América do Norte e a importar produtos de canábis medicinal para a União Europeia, fornecendo consumidores em 13 países de cinco continentes.

A fábrica de Cantanhede é a primeira em território nacional de produção de canábis medicinal, devendo assegurar 200 postos de trabalho até ao final do ano e representa um investimento total de 20 milhões de euros.

Além dos cinco hectares de cultivo interior e exterior e um ‘campus’ em Cantanhede, a Tilray arrendou recentemente 20 hectares de terras à empresa agrícola do Esporão, no concelho de Reguengos de Monsaraz, para produzir canábis medicinal.

O projeto da Tilray, cujo investimento a empresa se escusou a revelar, é o terceiro de produção de canábis medicinal a ser divulgado oficialmente para o Alentejo, estando anunciado um para Aljustrel (Beja), da empresa RPK Biopharma, da sociedade canadiana Flowr, e previsto outro para Campo Maior (Portalegre), da empresa Sababa Portugal.

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Alemanha coloca menos de metade na primeira emissão a 30 anos com juro negativo

  • Lusa
  • 21 Agosto 2019

O país realizou a primeira emissão do mundo com este prazo com juro negativo. Na prática, significa que o Governo alemão está a ser pago para se financiar.

A Alemanha só conseguiu compradores para 824 milhões de euros naquela que foi a primeira emissão de obrigações a 30 anos com juro negativo no mundo, menos de metade da meta de dois mil milhões de euros.

O juro médio das obrigações com maturidade em 2050 fixou-se em -0,11%, um mínimo recorde, de acordo com a Bloomberg, com o Bundesbank, o banco central alemão, a ficar com cerca de dois terços da dívida em leilão. O juro negativo significa que o Governo alemão, na prática, está a ser pago para emprestar a 30 anos.

No início de agosto, o juro das obrigações alemãs a 30 anos a negociar no mercado desceu abaixo de 0%, o que seria já um indício. “Tecnicamente, é um leilão falhado”, afirmou Jens Peter Sorensen, analista chefe do Danske Bank, à Bloomberg.

Yield a 30 anos em terreno negativo

Fonte: Bloomberg

“Mostra que existe menos procura por obrigações a 30 anos com juros negativos”, afirmou Marco Meijier, especialista em obrigações de taxa fixa no BNP Paribas, acrescentando, contudo, que não antecipa que os juros subam muito na Europa.

Os especialistas consideram que foi um teste decisivo para mostrar o quão disposto o mercado está para comprar obrigações alemãs a 30 anos com um juro de cupão zero. As obrigações alemãs são consideradas um ativo de refúgio, ou seja, um investimento que oferece maior segurança em momentos de crise.

Todas as maturidades das obrigações alemãs estão atualmente com rentabilidades abaixo de zero, o que significa que os investidores estão, no fundo, a pagar ao Governo alemão para deterem os seus títulos de dívida pública, uma estratégia que pode revelar-se rentável se, mais tarde, outros investidores estiverem dispostos a pagar mais para a deter.

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Viver para trabalhar? Envolvimento excessivo pode prejudicar empresa e trabalhador

Investigadores norte-americanos defendem que o excessivo envolvimento dos colaboradores numa organização pode ser negativo, tanto para o próprio trabalhador como para a dinâmica da empresa.

Viver para trabalhar ou trabalhar para viver? O envolvimento dos colaboradores na cultura da organização é uma das estratégias mais utilizadas pelos gestores e executivos para criar motivação e melhores resultados. Está provado que um trabalhador envolvido na cultura da organização se sente mais motivado e tem uma maior produtividade. Mas o envolvimento excessivo dos colaboradores pode ter consequências negativas, refere o jornal norte-americano The Wall Street Journal.

Quando os colaboradores estão envolvidos na organização são mais produtivos, estão mais motivados e felizes e, por isso, é provável que permaneçam mais tempo na empresa. Estes colaboradores encaram o seu trabalho como uma “vocação”, mais do que como um simples trabalho, por isso encontram mais significado nas tarefas do dia-a-dia.

Estudos recentes, tais como o Living to Work: The Effects of Occupational Calling on Mental Health at Work, da Universidade de Clemson, nos EUA, revelam que, ao contrário do que se pensa, o excessivo envolvimento dos colaboradores pode ter impactos negativos. Estes colaboradores podem ser mais difíceis de liderar, e assim gerar piores resultados. Podem ser mais exigentes e as intenções no trabalho podem tornar-se suspeitas, defende Stuart Bunderson, professor de ética nas organizações na Universidade de Washington, citado pelo WSJ. No limite, este impacto pode estender-se à vida pessoal.

Um maior sentido de dever moral faz com que se torne mais difícil cumprir prazos ou trabalhar em equipa, explicam os investigadores.

"Continuamos a querer que os colaboradores se sintam envolvidos, mas de forma moderada. Um certo nível de insatisfação é muito positivo. Até as coisas boas podem tornar-se más se forem levadas ao extremo.”

Tomas Chamarro

Especialista em recrutamento no grupo ManPower, em Nova Iorque.

“Se a minha vocação for ajudar os clientes a arranjar a melhor solução para os seus problemas, há o risco de ficar mais frustrado se o meu chefe me pede para reduzir o tempo que costumo dedicar à análise destes problemas”, exemplifica Stuart Bunderson. “O mesmo não acontece com um colaborador que encara as tarefas apenas como um simples trabalho, sem qualquer sentido de dever.”

Os trabalhadores extremamente envolvidos podem ter maior tendência a comportamentos como sabotagem, exclusão dos colegas de encontros importantes ou até a omissão de informação importante. Consequentemente, também a vida pessoal pode ser implicada quando nos referimos a este perfil de comportamento, defendem os investigadores.

Para as empresas alcançarem níveis “saudáveis” de envolvimento, “os executivos devem focar-se em integrar os colaboradores que se sentem excluídos, em vez de quererem aumentar a percentagem de envolvimento global da empresa”, frisa Tomas Chamarro, especialista em recrutamento no Grupo ManPower, em Nova Iorque. “Continuamos a querer que os colaboradores se sintam envolvidos, mas de forma moderada. Um certo nível de insatisfação é muito positivo. Até as coisas boas podem tornar-se más se forem levadas ao extremo”, remata.

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Morais Leitão assessora Klépierre na venda de portefólio imobiliário

  • ADVOCATUS
  • 21 Agosto 2019

A Morais Leitão assessorou o grupo francês Klépierre na venda de um portefólio composto por quatro centros comerciais a um fundo imobiliário gerido pela Square Asset Management.

A sociedade de advogados Morais Leitão assessorou a Klépierre, SA na venda de um portefólio de quatro centros comerciais (Project Stone) a um fundo imobiliário gerido pela Square Asset Management.

O portefólio em questão incluiu o Minho Center (em Braga), o Gaia Jardim (em Vila Nova de Gaia), o Centro Comercial Continente Loures (em Loures) e o Centro Comercial Continente Telheiras (em Lisboa).

A assessoria jurídica da Morais Leitão foi prestada por uma equipa liderada pelo sócio João Torroaes Valente, responsável pelo departamento de corporate imobiliário, e por Andreia Bento Simões, associada principal do mesmo departamento.

O Project Stone incluiu a preparação e acompanhamento de todo o processo competitivo de venda do portefólio pela Klépierre, vendors due diligence, bem como a negociação e venda do portfólio ao fundo imobiliário referido.

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Pardal Henriques confirma que é cabeça de lista do PDR por Lisboa e abandona cargo de porta-voz do sindicato

Pardal Henriques confirmou que vai concorrer pelo partido de Marinho Pinto às legislativas. Advogado deixa cargo de porta-voz do sindicato, mas já representa seguranças e trabalhadores da rodoviária.

O porta-voz do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) Pedro Pardal Henriques vai concorrer pelo partido de Marinho Pinto às eleições legislativas. Em comunicado, o advogado confirmou ter aceitado “o convite para integrar a lista do PDR como cabeça de lista pelo círculo de Lisboa“.

“Tomei esta decisão depois de ponderar bastante e de conferenciar com a minha família, e fi-lo consciente de que pretendo ser uma voz ativa por todas as causas que tenho vindo a defender, e que considero que hoje não estão representadas no Parlamento Português”, justifica. Face ao exposto, acrescenta, “a partir deste momento não serei mais o porta-voz do SNMMP, por forma a não misturar o que poderia ser interpretado como campanha eleitoral”.

O PDR vai apresentar 22 cabeças-de-lista às próximas eleições legislativas. Nas últimas eleições foi a sétima força política mais votada, contabilizando 1,14% dos votos (61.632), não tendo ainda assim conseguido eleger qualquer deputado. As eleições decorrem no próximo dia 6 de outubro e a campanha inicia-se no dia a seguir ao fim da nova greve convocada pelos motoristas.

Apesar de Francisco São Bento, presidente do sindicato, ter defendido hoje que não tinha que comentar a entrada de Pardal Henriques na corrida a um lugar de deputado, salientando tratar-se de uma “questão pessoal do Dr. Pedro Pardal Henriques”, o representante dos motoristas não se contém em associar a “decisão pessoal” aos protestos deste sindicato.

No comunicado onde confirma a integração das listas do PDR, Pardal Henriques critica a reação dos partidos políticos, “em especial dos partidos com assento parlamentar”, quanto à “utilização de todos os meios possíveis para através da força e da aliança com as empresas, dizimar os direitos constitucionais dos trabalhadores, que reclamam unicamente o pagamento do trabalho que fazem, sem esquemas fraudulentos”.

O papel de porta-voz do SNMMP foi o que projetou Pardal Henriques para a ribalta mediática, graças à constante pressão e exigências que o sindicato foi colocando para lançar sucessivas greves. Além de lhe ter assegurado a entrada direta na agenda de partidos políticos menos representativos — ainda que se desconheça o que defende em termos políticos –, este cargo assegurou-lhe igualmente o alargamento da carteira de clientes.

Apesar de deixar o cargo de porta-voz do sindicato, o agora candidato do PDR sublinha que vai continuar a representar juridicamente o sindicato, “assim como o sindicato dos Seguranças e Vigilantes de Portugal, o sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa, assim como outros sindicatos e causas que aceitei defender”, detalha no comunicado.

Não esperando pelas críticas para se defender, Pardal Henriques sublinha que os críticos dirão “que me quis aproveitar da causa dos motoristas para me autopromover”, recordando que “defendo esta causa desde 2017, e nunca foi a minha intenção iniciar uma carreira política”. Pelo menos até agora, entenda-se.

A estas pessoas que possam utilizar esses argumentos baixos, apenas questiono o porquê não tiveram coragem de assumir esta ou outras causas como estas? É mais fácil criticar ou manter-se conivente com os esquemas instalados no nosso Estado”, atira. Pardal Henriques termina assegurando que continuará a exercer advocacia e a “defender todas as causas” em que acredita, “em especial o o novo Sindicalismo Independente”, pretendendo fazê-lo “com uma voz ativa contra a hipocrisia e a corrupção no Parlamento”.

A confirmação surge depois de Marinho Pinto ter avançado com a novidade esta manhã. “Pardal Henriques vai ser candidato pelo PDR, mas na altura própria divulgaremos o círculo eleitoral por onde se candidatará”, disse aos jornalistas o advogado e ex-deputado europeu, depois de entregar a lista dos candidatos do Partido Democrático Republicano pelo círculo eleitoral do Porto.

(Notícia atualizada às 18h50)

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