A horas da assembleia-geral, Ministério admite que há questões de legalidade nos estatutos da Mutualista Montepio a resolver

  • Lusa
  • 4 Novembro 2019

Direção-Geral da Segurança Social refere que, no âmbito da avaliação prévia do projeto de alteração de estatutos, não foram "identificados fundamentos que afastem as questões de legalidade".

A Direção-Geral da Segurança Social considera que há questões de legalidade nos estatutos da Mutualista Montepio para resolver, de acordo com um documento a que a Lusa teve acesso.

Os associados da Mutualista Montepio Geral votam esta segunda-feira em Lisboa, dez dias depois de Tomás Correia ter anunciado a saída da presidência, a alteração dos estatutos, para que se enquadrem no novo Código das Associações Mutualistas.

Numa carta enviada ao presidente do Conselho de Administração Montepio Geral – Associação Mutualista, datada de outubro, a Direção-Geral da Segurança Social refere que, no âmbito da avaliação prévia do projeto de alteração de estatutos, não foram “identificados fundamentos que afastem as questões de legalidade constantes do parecer prévio transmitido”.

“Face aos esclarecimentos constantes dos documentos remetidos a esta Direção-Geral por correio eletrónico em 23 e 26 de setembro último, que mereceram a melhor atenção, e não sendo identificados fundamentos que afastem as questões de legalidade constantes do parecer prévio transmitido, comunica-se dar-se por concluída a apreciação prévia solicitada, sem prejuízo da necessária conformação dos estatutos com as questões de legalidade oportunamente referidas”, lê-se na carta assinada por José Cid Proença.

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Não sabe o que aconteceu nos mercados? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 4 Novembro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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Barkyn cria caixa que “adivinha” quando o seu cão precisa de comida

André Jordão anunciou no palco principal do Web Summit a mais recente inovação da startup portuguesa: uma caixa que usa inteligência artificial para saber quando o seu cão precisa de comer (outra vez)

André Jordão, CEO da Barkyn, no palco principal do Web Summit na sessão de abertura do evento em 2019.Eóin Noonan/Web Summit via Sportsfile

Há novidades no reino dos animais. A Barkyn, startup portuguesa que vende comida de cão por subscrição, anunciou esta tarde no palco principal do Web Summit o lançamento da mais recente novidade da empresa. Trata-se de uma caixa mágica inteligente e, ligada a uma aplicação, que consegue perceber quando é necessário reabastecer a comida do seu cão através de tecnologia de inteligência artificial.

Além de informar os donos sobre a necessidade de abastecer a “despensa de comida”, a caixa mágica dá ainda insights que podem beneficiar a saúde do seu animal de estimação.

“Com a Magic Box queremos estar mais perto das pessoas“, explicou André Jordão, CEO e cofundador da Barkyn, no palco do Web Summit, sublinhando o papel da comodidade, da personalização e do bem-estar ao animal como algumas das premissas para o desenvolvimento de novos produtos na startup.

Em desenvolvimento há mais de um ano, o novo produto encontra-se agora em testes finais para ser lançado e estar à venda no início de 2020, adianta a empresa. Ainda sem um valor final está o preço do produto — que a empresa quer que seja “acessível” — mas a empresa garante que o novo produto estará disponível em dois tamanhos: cães pequenos e cães médios/grandes.

Em abril, a Barkyn anunciou ter levantado uma ronda de financiamento de 1,7 milhões de euros liderada pela portuguesa Indico. Com a ronda de investimento, a empresa anunciava que queria acelerar a expansão no mercado europeu.

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Modelo do IRS para 2020 com campo para contratos de arrendamento com redução de taxa

  • Lusa
  • 4 Novembro 2019

A versão do impresso do IRS usado pelos contribuintes para declarar rendas de casas que vai vigorar em 2020 já inclui um campo para os contratos com direito a redução da taxa do imposto.

O preenchimento do impresso do IRS usado pelos contribuintes para declarar rendas de casas foi remodelado e a versão que vai vigorar em 2020 já inclui um campo para os contratos com direito a redução da taxa do imposto.

A portaria que aprova os novos modelos de impressos do IRS em vigor a partir de 1 de janeiro de 2020 foi recentemente publicada e incorpora várias alterações face aos modelos de 2019, com o Anexo F (para os rendimentos prediais) a concentrar a maioria das mudanças.

Desde o início deste ano que existe uma redução da taxa especial IRS de 28% que incide sobre as rendas quando os senhorios optam por não englobar este rendimento aos restantes.

A redução é tanto maior quanto mais alargada for a duração do contrato, oscilando entre um mínimo de dois pontos percentuais (para contratos com duração igual ou superior a dois anos) até um máximo de 18 pontos percentuais (para contratos de duração igual ou superior a vinte anos).

Esta redução é aplicada aos contratos celebrados a partir de 1 de janeiro de 2019 assim como às renovações dos contratos verificadas a partir desta data e os senhorios que se enquadrem nesta situação passam a dispor de um campo separado no Anexo F onde, além dos valores das rendas recebidas e dos custos que tenham a reportar, terão também de assinalar vários elementos do contrato.

Entre os elementos pedidos incluem-se a data de início e de termo do contrato, bem como a data de início da última renovação e a data de fim da renovação. Os senhorios terão também de inserir o número do contrato gerado com a entrega do Modelo 2 ou com o registo dos elementos mínimos (para contratos celebrados antes de 1 de abril de 2015).

Entre as instruções de preenchimento é ainda assinalado que “no caso de renovações de contratos de arrendamento ocorridas a partir 1 de janeiro de 2019 relativas a contratos para os quais não seja exigível a entrega da modelo 2 para efeitos de Imposto de Selo (contratos celebrados antes de 1 de abril de 2015) deve proceder-se ao registo dos correspondentes elementos mínimos do contrato, no Portal das Finanças”.

O Anexo F terá também um campo específico para a identificação dos contratos enquadrados no programa de arrendamento acessível. De adesão voluntária, este programa proporciona aos senhorios isenção total de IRS e de IRC, enquanto os arrendatários têm uma redução de, pelo menos, 20% do preço das rendas de mercado, que deve corresponder a “uma taxa de esforço que se situe no intervalo entre 15% e 35% do rendimento médio mensal do agregado familiar”.

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Vendas de carros voltam a subir em outubro, mas saldo do ano é negativo

  • ECO
  • 4 Novembro 2019

A Renault manteve-se a marca líder de vendas, tendo comercializado 24.797 carros entre janeiro e outubro. Segue-se a Peugeot e a Mercedes-Benz.

As vendas de automóveis em Portugal voltaram a aumentar em outubro, tal como tinha acontecido no mês anterior. Apesar disso, no acumulado do ano verifica-se uma quebra de 3,5% veículos ligeiros de passageiros, em relação a 2018, segundo revelam os dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP).

Em outubro foram matriculados, no total, 19.047 automóveis, ligeiros e pesados, mais 7% do que no período homólogo. No que diz respeito apenas a veículos ligeiros de passageiros, as vendas em outubro cresceram 12,2% para 15.649 unidades. Nos ligeiros de mercadorias, houve um decréscimo de 9,6% para 2.917 novas matrículas. Os pesados também caíram, 23,8%, para apenas 481.

Matrículas de veículos automóveis em Portugal

Fonte: ACAP

Nos dez primeiros meses do ano, totalizam as 225.597 unidades, o que se traduz numa quebra de 3,1% face ao mesmo período do ano anterior. Continua, assim, a verificar-se uma tendência negativa no total dos carros vendidos desde o início do ano.

Só em janeiro é que as vendas bateram o período homólogo, registando-se uma variação global negativa desde então. Entre as várias tipologias, apenas os pesados têm um saldo positivo na totalidade do ano.

Ainda nos ligeiros de passageiros, a Renault manteve-se a marca líder de vendas, tendo vendido 24.797 unidades entre janeiro e outubro. É seguida pela Peugeot, que vendeu já 20.138 desde o início do ano. O pódio fica completo com a Mercedes-Benz, que nos primeiros dez meses do ano matriculou 14.114 carros.

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Comissão usou critérios mais benévolos para evitar penalizar Portugal por não cumprir regras orçamentais

Órgão independente critica Comissão por contornar as regras e usar critérios adaptados a alguns países para avaliar o cumprimento das regras orçamentais. Portugal foi um dos beneficiados.

A Comissão Europeia usou critérios mais benévolos para avaliar se Portugal cumpriu as regras orçamentais europeias em 2018, apesar de os dados quantitativos indicarem o contrário, critérios esses que não estão previstos nos regulamentos, diz o Conselho Orçamental Europeu. O órgão independente diz que esta abordagem abre “um precedente problemático” porque só se aplica a alguns países e porque tem como objetivo tornar a avaliação do cumprimento das regras menos exigente.

No seu relatório anual, publicado na semana passada, e que os ministros das Finanças dos 28 Estados-membros vão discutir esta semana, este órgão consultivo da Comissão Europeia deixa várias críticas à forma como o Executivo comunitário decidiu fazer a avaliação do cumprimento das regras orçamentais pelos Estados-membros, entre estes Portugal.

De acordo com as regras europeias, os países que não sejam alvo de um Procedimento dos Défices Excessivos são avaliados no chamado braço preventivo do Pacto de Estabilidade e Crescimento ao abrigo de dois indicadores quantitativos: a redução do défice estrutural em direção ao Objetivo de Médio Prazo; e o valor de referência para a despesa pública.

Quando a Comissão Europeia fez a primeira avaliação do Orçamento do Estado para 2018, lembra este órgão, Portugal já estava entre os seis países onde era identificado um risco de desvio significativo destes indicadores, e enviou uma carta a pedir explicações. Portugal é um dos países que o órgão identifica como um dos que tem “uma tendência recorrente de apresentar propostas de Orçamento em risco de desvio significativo”, referindo-se aos últimos três anos, todos os anos em que Mário Centeno já era ministro das Finanças.

Na resposta à Comissão Europeia, Portugal – tal como França e Itália – não só não fizeram novos compromissos, como ainda questionaram a metodologia usada para concluir que estavam em risco de não cumprir as regras, mas o Conselho Orçamental Europeu diz que nada na análise feita dizia que os resultados previstos teriam riscos elevados à sua concretização. Ou seja, a avaliação de que estavam em risco de não cumprir era plausível. Seguiu-se o Eurogrupo a pedir mais a estes países, incluindo a Portugal. Mais uma vez nada foi feito.

No final, foi a vez de a Comissão Europeia fazer a sua avaliação na segunda fase do Semestre Europeu, que acontece em abril. É aí que surgem as conclusões que o órgão independente questiona, especialmente num grupo de países, entre eles está sempre incluído Portugal.

Segundo o órgão independente, os dados demonstravam que Portugal estaria a falhar o cumprimento do ritmo de redução do défice estrutural e do cumprimento da regra que limita o aumento da despesa, compromissos assumidos perante os 28 ministros da União Europeia no Conselho da União Europeia.

Mas a Comissão Europeia decidiu fazer uma análise diferente, usando critérios que nem estão previstos nas regras, e que nunca haviam sido usados. A primeira adaptação foi não considerar apenas as métricas orçamentais – que Portugal estaria a violar –, mas tendo em conta outras questões.

“No caso da Letónia, Portugal e Eslováquia, apesar de a avaliação global baseada no saldo estrutural e na regra da despesa apontarem para um desvio significativo em 2018, a Comissão concluiu que não havia razões suficientes para concluir que existiu um desvio significativo. A Comissão baseou a sua conclusão referindo-se a um conjunto de fatores além dos dois indicadores números”, explica o Conselho.

Entre os fatores invocados pela Comissão Europeia estão a diferença para o Objetivo de Médio Prazo e o ajustamento previsto pelo Governo, o défice nominal em relação ao limite de 3% do PEC, e o nível de dívida e o cumprimento da regra da dívida.

Mas esta “escolha de alargar os critérios para a avaliação é nova”, diz o Conselho Orçamental Europeu, e vai além da margem de flexibilidade que a Comissão Europeia tinha introduzido em 2017, que anteriormente estava limitada à análise da fragilidade da recuperação económica do país em questão.

Além disso, ao contrário do que aconteceu no passado, estes novos elementos inteiramente discricionários, e que dão mais flexibilidade à Comissão para evitar penalizar um país que não cumpre as regras orçamentais, “foram aplicados sem uma discussão prévia com os comités respetivos do Conselho”.

A questão não fica por aqui. Segundo o órgão independente, na avaliação feita pela Comissão Europeia, a economia portuguesa estava a ter uma recuperação robusta, ou seja, não cumpria o critério para que a Comissão fechasse os olhos ao incumprimento.

A acrescentar a estas mudanças discricionárias na forma de avaliar os países, a Comissão Europeia decidiu acrescentar mais uma novidade, que o órgão critica e diz que pode ser perigosa no futuro: “A avaliação de Portugal também teve em conta uma versão modificada da regra da despesa, que não está contemplada explicitamente nas regras”.

Esta mudança que também foi usada para os casos da Estónia e da Irlanda, significa que a União Europeia mudou a base usada para calcular o PIB potencial, retirando os anos do resgate, e tornando assim a avaliação mais favorável a Portugal.

No entanto, mesmo com esta avaliação ad hoc, Portugal continuava sem cumprir as regras, mas a Comissão Europeia em vez de chumbar ou passar o país nesta avaliação, determinou que não era possível chegar a uma conclusão, evitando assim penalizar Portugal.

A queixa não é nova, mas a Comissão estará a ir cada vez mais longe no uso da sua flexibilidade, aplicando regras diferentes aos diferentes países, tudo para que a avaliação do seu cumprimento seja menos penalizadora, diz o Conselho, que diz que esta prática pode trazer problemas no futuro.

“Como foi dito no relatório do ano passado, estas correções ad hoc criam um precedente problemático, especialmente por são aplicadas de forma assimétrica: estas apenas são usadas para tornar a avaliação do cumprimento [das regras] mais benévolo”, diz o órgão independente.

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De Snowden ao “mr mayor”, arrancou assim o Web Summit 2019

  • ECO
  • 4 Novembro 2019

Paddy Cosgrave deu a partida para o Web Summit, que tem lugar pela quarta vez em Lisboa. Mas o primeiro dia também contou com o ministro Pedro Siza Vieira e até com Snowden. Seguimos tudo em direto.

Chegou aquela altura do ano em que milhares de empreendedores de todo o mundo escolhem Lisboa para passar a semana. A quarta edição do Web Summit em Portugal arrancou esta segunda-feira. Paddy Cosgrave, fundador do evento, dá o tiro de partida desta que é uma das maiores conferências de tecnologia e startups do mundo. Acompanhe aqui em direto.

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Governo destaca nova aposta na ferrovia e lamenta desinvestimento no passado

  • Lusa
  • 4 Novembro 2019

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, defende que "o futuro é o transporte coletivo, é o transporte ferroviário, pesado, ligeiro".

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, lamentou esta segunda-feira o desinvestimento na ferrovia por parte dos sucessivos governos, sublinhando a aposta que tem sido feita nos últimos anos para recuperar de “décadas de atraso” nesta área.

“Não tenhamos problemas em dizer as coisas como elas são, durante décadas os sucessivos governos desinvestiram na ferrovia e investiram no automóvel. Felizmente nós temos agora um Governo que está novamente a investir na ferrovia, nós temos de assumir as coisas como elas são”, disse.

Chegamos a este ponto com décadas de atraso, mas finalmente o comboio está no carril e é importante também nós referirmos isso, mostrarmos ao país que a ferrovia é uma aposta nacional e que ela está em curso, não está nos planos nem apenas nos anúncios, ela está já no terreno”, acrescentou.

Pedro Nuno Santos falava aos jornalistas após a assinatura do auto de consignação da empreitada de construção do novo troço ferroviário entre Alandroal (Évora) e Elvas (Portalegre), uma obra que conta com um investimento superior a 130 milhões de euros, inserida no Corredor Internacional Sul.

O governante, que falava em Elvas, sublinhou ainda que o futuro passa pelo transporte coletivo, tendo nesta área a ferrovia um papel de destaque.

“Já toda a gente percebeu, provavelmente tarde demais em Portugal, que o futuro é o transporte coletivo, é o transporte ferroviário, pesado, ligeiro e, portanto, independentemente de cada poder usar ou ter o seu automóvel, nós só conseguiremos unir o país, aproximar o país, integrá-lo na economia ibérica e ligá-lo à Europa através da ferrovia”, disse.

“A ferrovia é o meio transporte do futuro, não é o meio de transporte do passado”, acrescentou. No decorrer do seu discurso no Salão Nobre da Câmara de Elvas, Pedro Nuno Santos, fez questão de explicar que aquela cerimónia não se tratava de nenhum anúncio por parte do Governo, mas sim “o último ato que depende do Estado”, a consignação.

“É importante que todos tivéssemos consciência que nós não estamos a fazer aqui nenhum anúncio, não há cá cerimónias de anúncios ou promessas, o que nos estamos aqui a fazer é o último ato que depende do Estado, que é a consignação. A partir de agora a responsabilidade é do empreiteiro que tem de montar o estaleiro e começar a obra”, disse.

Além da compra de novos comboios, nomeadamente 22 até 2023, o governante explicou aos jornalistas que há várias composições que estão armazenadas e que vão ser recuperadas por parte da CP. “É difícil dizer o número porque as composições são variáveis, elas não são fixas. Isto é: são mais de 70 unidades entre carruagens, automotoras, locomotivas, mais de 70 unidades que vão ser recuperadas, algumas já começaram”, disse.

De acordo com o governante, esta ação poderá permitir recuperar “cerca de 20 comboios”, com diferentes combinações e com diverso material circulante. “Esperamos bem antes de 2023 vê-los a circular, eu espero, em 2020, já ver alguns a circular”, acrescentou.

O novo troço ferroviário entre Alandroal e Elvas (ligação à Linha do Leste), com 38,5 quilómetros, integra o futuro Corredor Internacional Sul, desenvolvido no âmbito do Programa Ferrovia 2020.

A empreitada representa um investimento de 130,5 milhões de euros, tem um prazo de execução de 28 meses e foi contratada ao consórcio Sacyr Somague, S.A. / Sacyr Infraestruturas, S.A.. A nova Linha de Évora terá uma extensão total de cerca de 100 quilómetros, 80 dos quais de construção nova.

Ao longo do troço serão construídas 52 passagens superiores e inferiores à via férrea, 29 pontes e viadutos ferroviários e três estações técnicas. A linha é constituída pelos sub-troços: Évora Norte/Freixo com 20,5 quilómetros de extensão, Freixo/Alandroal com 20,5 quilómetros e Alandroal/Elvas com 38,4 quilómetros.

A futura linha entre Évora e Elvas representa um investimento de cerca de 500 milhões de euros, comparticipado por fundos europeus.

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Papeleiras disparam mais de 5%. Bolsa tem melhor sessão em três meses

Foi a melhor sessão em Lisboa desde meados de agosto. À exceção da Semapa, todas as outras cotadas nacionais fecharam o dia em alta. Destaque para o setor do papel: Altri e Navigator brilharam.

A bolsa de Lisboa fechou o dia com o melhor desempenho desde meados de agosto, há quase três meses, numa sessão que todas as cotadas nacionais fecharam em bom plano, à exceção da Semapa. Brilhou sobretudo o setor do papel, onde a Altri e a Navigator dispararam mais de 5%.

O PSI-20, o principal índice português, ganhou 1,71% para 5.203,39 pontos. Foi o melhor registo desde 16 de agosto, o que deixa a praça portuguesa a negociar em máximos de quase quatro meses. Lá fora o dia também foi positivo à boleia das boas notícias sobre a guerra comercial.

“As praças europeias espelharam o renovado sentimento positivo no que toca as conversações comerciais entre a China e os EUA. E foi este otimismo que permitiu os setores mais sensíveis a este tema valorizarem-se de forma mais significativa”, explicaram os analistas do BPI.

Por cá, a Semapa encerrou sem qualquer variação. Ainda assim, a sua participada Navigator ganhou 5,06% para 3,444 euros. Ainda nas papeleiras, a Altri disparou 6,22%.

Navigator soma 5%

Notas positivas ainda para o grupo dos pesos pesados: o BCP, que apresenta contas na próxima quinta-feira, ganhou 2,51% para 0,2082 euros e a Galp subiu 2,24% para 14,62 euros.

No plano europeu, o índice de referência Stoxx 600 avançou 0,97% para 403,3 pontos. Milão registou um dos melhores desempenhos, fechando em alta de 1,64%. Em Frankfurt, Paris e Madrid, os ganhos situaram-se em torno de 1%. Do outro lado do Atlântico, Wall Street atingiu um novo recorde no arranque da semana.

(Notícia atualizada às 17h01)

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Médis junta mais um prémio de excelência

  • ECO Seguros
  • 4 Novembro 2019

Renovação da identidade visual, o lançamento do primeiro seguro de saúde específico de medicina dentária e a inauguração de duas Clínicas Médis, foram realizações recentes da empresa.

A Médis ganhou o prémio Marca de Excelência, depois de no início do ano já ter recebido os prémios de “Escolha do Consumidor” “Escolha Sénior” e “Marca de Confiança”.

A renovação da identidade visual, o lançamento do primeiro seguro de saúde específico de medicina dentária e inauguração de duas Clínicas Médis, foram realizações recentes da empresa.

Para Rita Travassos, Diretora de Marketing da Médis, “Esta distinção é o reconhecimento de um trabalho de equipa assente numa estratégia e num posicionamento, em que o foco principal são as pessoas”, concluindo que “proximidade e conveniência, qualidade no serviço, inovação e competitividade na Oferta”, são motivos distintivos da marca.

A distinção, promovida pela Superbrands – organização internacional e resulta de um estudo independente e certificado que premeia e promove as marcas. Segundo a organização do prémio as distinções são atribuídas através da avaliação de um painel de especialistas na Gestão de Marcas e de um grupo de consumidores que votam nas diferentes marcas com base em critérios de unidade, confiança, identificação, satisfação e notoriedade.

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Afinal, quanto custa ir ao Web Summit?

O Web Summit começa esta segunda-feira, mas quanto custa ir ao evento? A resposta é... depende. Os últimos bilhetes foram vendidos a mais de 1.000 euros.

Paddy Cosgrave trouxe o Web Summit da Irlanda para Portugal em 2016.Web Summit/Flickr

O corrupio dos bilhetes e pedidos de acreditação para o Web Summit começa meses antes do evento. É assim há quatro anos em Portugal. Para este ano, a organização espera mais de 70.000 pessoas em Lisboa para assistirem à conferência de tecnologia e startups, que decorre esta semana na zona da FIL e Altice Arena. Mas quanto custa ir ao evento?

Naturalmente existe curiosidade, pelo que é uma pergunta que muitos fazem todos os anos. Por exemplo, o Web Summit é gratuito para jornalistas. E há muita gente que consegue bilhetes gratuitamente, por diversas vias e concursos. Também há os milhares de voluntários que, apesar do trabalho intenso, têm a oportunidade de assistir a alguns momentos importantes. Mas isso não responde à questão que motiva este artigo: qual o preço de um bilhete para o Web Summit? A resposta é… depende. Mas pode ultrapassar os 1.000 euros.

Nos últimos meses, a empresa vendeu bilhetes a vários preços e em vários momentos. Quanto mais cedo foram comprados, menos os participantes tiveram de pagar. Por exemplo, a promoção “2 por 1” permitiu comprar dois bilhetes por 850 euros, ou seja, 425 euros por bilhete. Este foi o preço mais baixo que os participantes comuns puderam pagar para assistirem ao Web Summit, ainda que a promoção tenha obrigado a comprar um mínimo de dois bilhetes.

Daqui para a frente, os preços aumentaram. Os bilhetes Super Early Bird custavam 495 euros. Os Early Bird ficaram a 675 euros. E os bilhetes regulares custavam 850 euros. Porém, para quem só confirmou a presença já perto deste mês de novembro, os preços começaram a ganhar outras proporções: o bilhete Late custava 995 euros. E o bilhete Late Late, o último a ser vendido pelo Web Summit, chegou aos 1.195 euros, de acordo com dados da organização, cedidos ao ECO.

Foram estes os preços base praticados pela organização do Web Summit até ao início deste mês. Na passada sexta-feira, 1 de novembro, os bilhetes esgotaram: “We’ve officially sold out!”, disse a empresa. Ou seja, “estamos oficialmente esgotados”.

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Afinal, quanto vale a Saudi Aramco? 1,2, 2 ou 2,3 biliões?

O reino saudita defende que a petrolífera vale 2 biliões de dólares (e quer convencer os investidores disso). Os analistas não parecem tão otimistas, mas as estimativas variam muito.

Três anos depois do anúncio inicial, a Arábia Saudita está a finalizar os pormenores daquela que poderá ser a maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de sempre. A petrolífera estatal Saudi Aramco — que o reino saudita diz valer 2 biliões de dólares — vai divulgar o prospeto da operação no próximo sábado e só então serão conhecidos detalhes. As avaliações são díspares, mas quase todas indicam que a estimativa é demasiado otimista.

É difícil ter uma avaliação independente da Saudi Aramco, tendo em conta que mais de 20 bancos foram contratados para trabalhar na operação de dispersão em bolsa. E entre estes, há números para todos os gostos. Há mesmo um intervalo superior a um bilião de dólares entre as avaliações mais otimistas e as mais conservadoras.

No máximo, a petrolífera — que lucrou 111 mil milhões de dólares em 2018 e recebeu o título de empresa mais rentável do mundo — poderá ter uma avaliação entre os 1,2 biliões de dólares (como espera o Bank of America) ou os 2,3 biliões (como antecipam o Goldman Sachs e… o próprio Bank of America).

O único banco, cuja estimativa é conhecida, que não está na operação é o Berstein, que aponta para um intervalo entre 1,2 e 1,5 biliões de dólares. Independentemente do número para que se olha, é muito pouco provável que a Saudi Aramco falhe a classificação de empresa cotada mais valiosa do mundo. A meta de 2 biliões de dólares significa quase o dobro da Microsoft (cotada mais valiosa atualmente) e sete vezes a Exxon Mobil Corp (petrolífera com maior capitalização de mercado). À escala nacional, a Saudi Aramco pode valer 180 vezes a petrolífera portuguesa Galp Energia.

Dois bancos vão mais longe que o próprio reino

Fonte: Reuters (* bancos implicados na operação)

Os analistas estão a tentar avaliar a empresa a partir de vários indicadores, seja recorrendo às contas da empresa, ao preço do petróleo, mas também a tentar perceber até que ponto está o reino disposto a cativar investidores. Por um lado, os lucros afundaram 18% nos primeiros nove meses de 2019, apesar de ainda terem sido 68,2 mil milhões (mais que a empresa cotada com maiores lucros, a Apple) entre janeiro e setembro.

Os resultados da empresa não especificavam a razão para esta quebra, mas, no mesmo período, o preço do crude caiu 11%. Foi também no final desse período que a petrolífera sofreu um ataque, que afetou metade da produção durante parte do mês de setembro. Esse é outro ponto importante: grande parte das estimativas dos bancos tem por base que o preço do barril irá manter-se acima dos 60 dólares e que a Aramco irá aumentar a capacidade de produção até 2021.

Por último, há ainda o príncipe Mohammed bin Salman como variável na operação. O reino pretende uma avaliação de 2 biliões de dólares, que lhe permita captar 100 mil milhões de dólares pela venda de 5% do capital. Após a aprovação final da operação no domingo, sabe-se agora que a dispersão — incluída no plano de reformas económicas conhecido como Vision 2030 — deverá acontecer por partes.

Para aumentar o apetite dos investidores, a Aramco anunciou que irá pagar impostos de 20% do negócio downstream (em comparação com os atuais níveis acima de 50%), deixando antever uma subida dos lucros que acabará por se transformar em dividendos. Mas o empenho do reino não terá ficado por aí.

A Reuters noticiou esta segunda-feira que gestores de topo da empresa estão a fazer um sprint final de reuniões com grandes investidores para os convencer que a petrolífera vale 2 biliões de dólares. O CEO Amin Nasser terá reuniões marcadas ao longo da semana em Londres e Nova Iorque, acrescentou a agência. Falhar a meta irá implicar escolher entre avançar com uma avaliação mais baixa ou adiar novamente a operação.

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