Países da UE querem novo mecanismo de execução extrajudicial para malparado

  • Lusa
  • 27 Novembro 2019

O Conselho da União Europeia defendeu a criação de um mecanismo de execução extrajudicial para o crédito malparado das empresas, visando baixar os níveis de incumprimento nos empréstimos.

O Conselho da União Europeia (UE), onde estão representados os Estados-membros da UE, defendeu esta quarta-feira a criação de um mecanismo de execução extrajudicial para o crédito malparado das empresas, visando baixar os níveis de incumprimento nos empréstimos.

“Os embaixadores junto da UE aprovaram hoje a posição do Conselho sobre uma proposta relativa a um quadro comum e requisitos mínimos para o mecanismo extrajudicial de recuperação do valor dos empréstimos garantidos por garantias reais, caso o mutuário não consiga reembolsá-lo”, informou a estrutura em comunicado.

Segundo os Estados-membros, “uma execução extrajudicial eficaz pode ajudar a prevenir a acumulação de créditos não produtivos [os chamados NPLs, non-performing loans], já que proporciona aos bancos instrumentos jurídicos para recuperarem mais rapidamente as garantias reais“.

A ideia do Conselho é que este mecanismo sirva, então, para estipular garantias prévias entre uma instituição de crédito e o mutuário, isto aquando da concessão do empréstimo. Porém, defendem os Estados-membros, tal mecanismo só deve ser aplicado aos empréstimos às empresas, excluindo-se os créditos ao consumo.

“No caso de este novo mecanismo ter sido acordado entre as partes e de o mutuário entrar em incumprimento do empréstimo, a garantia real seria avaliada”, podendo depois ser vendida — a particulares ou em hasta pública — ou ser apropriada, transferindo-se a sua propriedade para o credor, especifica a nota de imprensa. Cabe agora ao Conselho negociar esta proposta com o Parlamento Europeu.

Também em comunicado, a Comissão Europeia — que chegou a apresentar uma proposta inicial sobre o desenvolvimento de mercados secundários para o malparado — saúda o acordo alcançando pelos Estados-membros. “A Comissão Europeia congratula-se com o acordo […] sobre novas regras de execução de garantias”, refere o executivo comunitário na nota, considerando que estas normas irão “ajudar a impedir a futura acumulação de NPLs”.

De acordo com a Comissão, esta proposta vem ainda dar seguimento à conclusão da União Bancária, que uniformiza as regras para os bancos na UE.

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CP “vai precisar de 200 a 250” comboios nos próximos 20 anos

  • Lusa
  • 27 Novembro 2019

"Queremos repor o índice de regularidade do serviço comercial da CP para 100%", explicitou o presidente da Comboios de Portugal, Nuno Freitas. O comboio deve aparecer "a horas".

O presidente da CP – Comboios de Portugal, Nuno Freitas, disse que, “sem levar em consideração o aumento da procura exponencial” atual, a empresa vai precisar de “200 a 250 unidades múltiplas para operar”.

“Nos próximos 20 anos, sem levar em consideração o aumento da procura exponencial que estamos a ter agora, a CP vai precisar de 200 a 250 unidades múltiplas para operar”, afirmou o responsável máximo da CP.

Nuno Freitas falava na abertura dos PFP Days 2019, um evento organizado pela PFP – Associação da Plataforma Ferroviária Portuguesa, que decorre hoje e na quinta-feira na sede da Infraestruturas de Portugal, em Almada, distrito de Setúbal.

Nos objetivos atuais, o responsável salientou o desejo de “fazer bem as coisas simples, regressar à base”,

“Tão simples como isto: o comboio aparece. Ou seja, nós queremos repor o índice de regularidade do serviço comercial da CP para 100%”, explicitou, acrescentando que o comboio deve aparecer “a horas”.

A empresa ferroviária pretende “melhorar o índice de pontualidade do serviço comercial de passageiros”, sabendo que esta melhoria “não depende só da CP, mas também depende muito da CP”.

Nuno Freitas quer ainda que o comboio apareça “limpo”, classificando a limpeza como “grau zero do conforto”.

O presidente da CP afirmou que atualmente a empresa “trabalha com escassez de material circulante”, fazendo rotações de “dez em dez, cinco em cinco, vinte em vinte” comboios, e que “não há ninguém no mundo a operar desta maneira”.

Nuno Freitas alertou também para a “escassez de recursos humanos”, chegando ao ponto de “uma locomotiva de reserva estar a 10 minutos de um comboio que precisa de socorro” e não haver maquinista.

Sobre o plano de fomentar a indústria ferroviária em Portugal, Nuno Freitas assinalou que é um desejo da CP contribuir para esse desígnio.

“Gostaríamos muito e vamos fazer tudo para promover a construção de material circulante ferroviário em Portugal, para podermos garantir a sustentabilidade deste setor a médio e longo prazo”, afirmou.

O responsável falou ainda no “comboio português”, referindo que o mais provável é haver um “comboio made in [feito em] Portugal”.

“Eu acho que Portugal tem condições excecionais para ter, com já teve, uma indústria ferroviária relevante”, afirmou.

A CP vai assinar na quinta-feira o contrato de serviço público com o Estado, pela primeira vez na sua história, de acordo com fonte do Ministério das Infraestruturas e Habitação.

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Parlamento Europeu dá “luz verde” ao orçamento da UE para 2020

  • Lusa
  • 27 Novembro 2019

O Orçamento para o próximo ano é marcado pelo reforço de verbas para o ambiente. O Orçamento total tem uma subida de 1,5% para cerca de 169 mil milhões de euros.

O Parlamento Europeu aprovou esta quarta-feira por maioria, em sessão plenária, a proposta de orçamento da União Europeia (UE) para 2020, marcada pelo reforço das verbas para o ambiente.

A votação decorreu em plenário no âmbito da sessão plenária, na cidade francesa de Estrasburgo, e contou com 534 votos a favor, 136 contra e 23 abstenções.

Há cerca de uma semana, negociadores do Parlamento Europeu e do Conselho (onde estão representados os Estados-membros) chegaram a acordo sobre o Orçamento da UE para 2020, que visa um aumento no montante total de 1,5% para cerca de 169 mil milhões de euros, com 21% destinados às alterações climáticas.

O acordo foi alcançado na noite de segunda-feira da semana passada, perto da hora-limite para o fim do prazo para que o Conselho e o Parlamento chegassem a um consenso.

O Orçamento para 2020 fixa as autorizações (o montante máximo de pagamentos futuros que a UE pode prometer) em cerca de 168,7 mil milhões de euros e os pagamentos (o que será efetivamente pago) em perto de 153,6 mil milhões de euros, ou seja, mais 1,5% e 3,4% do que em 2019, respetivamente.

Do valor total, 21% do orçamento será atribuído a vários programas que contribuem para a luta contra as alterações climáticas, como o programa LIFE, que receberá 589,6 milhões de euros (mais 5,6%), ou o Horizonte 2020, que receberá 13 mil milhões de euros (mais 8,8%).

Na altura, reagindo ao acordo alcançado, eurodeputados do PS, PAN e PSD afirmaram à agência Lusa estar satisfeitos com o documento, por estar previsto um reforço das verbas para ambiente e jovens, embora os socialistas tenham apontado haver uma “base minimalista” face ao próximo quadro financeiro plurianual, entre 2021 e 2027.

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Onde comprar o seu próximo Delta? Na farmácia

Café aQtive é uma das sete novidades apresentadas pela Delta no evento anual de inovação. Entre elas, café à pressão e outro já açucarado com alfarroba.

Onde comprar o seu próximo café? Surpresa!, o seu próximo café pode bem ser comprado na farmácia do bairro. Chama-se aQtive Qoffee e é um café enriquecido com ingredientes funcionais que, além de serem reflexo da aposta da empresa em inovação, têm como objetivo dar aos consumidores alternativas na área de saúde e bem-estar.

O novo produto, desenvolvido em parceria com o laboratório português Edol e a Diverge, o centro de inovação do grupo Nabeiro, foi uma das sete novidades apresentadas pela empresa, esta terça-feira, no evento Delta Inovação anual.

O mind boost combina café, vitaminas e minerais.

A gama de lançamento inclui dois blends funcionais — o Delta Q mind boost e o Delta Q osteo boost. O primeiro combina café, vitaminas e minerais, que contribui para normalizar a função psicológica e ajuda na redução do cansaço e da fadiga; o segundo é uma fórmula enriquecida com condroitina, vitamina D, magnésio e zinco que melhora a absorção do cálcio, atuando como suplemento preventivo, fortalecendo ossos e articulações.

Mas a inovação não ficou por aqui. A ideia da Delta é, no próximo ano, lançar os sete novos produtos apresentados na sessão. Entre eles estão ainda o Delta Sweet Qoffe, criado também no Mind e a pensar em clientes cada vez mais preocupados com o controlo do consumo de açúcar. A fórmula destas cápsulas é desenvolvida com alfarroba, adoçante natural se calorias e, por isso, dispensa a adição de açúcar.

Consumo com tempo

Entre as novidades anunciadas por Rui Miguel Nabeiro estiveram também a nova linha Slow, que desenvolveu máquinas e cafés para “saborear com tempo”.

“Delta Slow Coffee é a entrada da Delta Cafés num novo segmento de café artesanal. Foi dedicada toda a atenção à preparação de cada blend. Na sua produção artesanal, cada café é torrado de forma separada e lenta, para garantir as melhores notas e propriedades. O resultado é uma experiência sensorial única e novos momentos onde o café e o tempo permitem saborear ao máximo este produto”, explica Delta, que pretende lançar este novo produto no segundo trimestre do próximo ano.

Além do Slow, a Delta anunciou ainda a criação do Bruma, um café frio e extraído à pressão.

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Medina quer construir ciclovia com 60 quilómetros… desde Vila Franca de Xira até ao Guincho

É um projeto "bastante desenvolvido" e "acarinhado por todos os presidentes de câmara", disse Medina, referindo que será "talvez, uma das mais extraordinárias ciclovias do mundo".

No mesmo dia em que apresentou o projeto de requalificação da frente ribeirinha, Fernando Medina aproveitou para falar num outro desejo da autarquia: construir uma ciclovia com 60 quilómetros, desde Vila Franca de Xira até ao Guincho. O projeto já está “bastante desenvolvido”, faltando apenas “ligar alguns pontos importantes”, estando as câmaras de Oeiras e Loures a trabalhar nesse sentido. “Gostaria muito que (…) estivesse pronta durante este mandato”, disse o autarca.

“É um projeto muito importante e acarinhado por todos os presidentes de câmara”, começou por dizer Fernando Medina aos jornalistas, após a apresentação do Projeto de Reabilitação da Frente Ribeirinha Central.

Nas palavras do autarca, esta será “talvez, uma das mais extraordinárias ciclovias do mundo”. “Não conheço, aliás, muitas zonas que tenham a extraordinária beleza do estuário do Tejo e que possa ser vista e circulada do ponto de vista pedonal e ciclável, que são os mais de 60 quilómetros entre Vila Franca de Xira e o Guincho”, disse.

O projeto já está “bastante desenvolvido”, disse o presidente da Câmara de Lisboa (CML), explicando que “uma grande parte desta linha está construída”. De acordo com Medina, Vila Franca de Xira “tem concluído praticamente tudo aquilo que tem de fazer” e Loures está neste momento a desenvolver projetos — “que entrarão em concurso ainda neste mandato” — que permitirão ligar o terreno das Jornadas da Juventude a Lisboa, através do rio Trancão.

Da parte de Lisboa, “a ligação da Expo até toda a marginal está feita”, por isso, disse o autarca, resta concluir esta parte de reabilitação da frente ribeirinha. “Por isso, da parte de Lisboa, temos ciclovia na totalidade”, afirmou.

Em Oeiras uma parte deste processo já está feito, mas a parte “tecnicamente mais difícil” é na zona de Caxias, adiantou Medina. Contudo, o presidente da câmara, Isaltino Morais, já está a “trabalhar nessa dimensão”. Já em Cascais, a ciclovia está feita até ao Guincho, “numa zona bastante aprazível”. Assim, fica apenas a faltar “ligar alguns pontos importantes” para construir esta ciclovia contínua entre Vila Franca de Xira e o Guincho.

Gostaria muito que esta ciclovia estivesse pronta durante este mandato autárquico. Seria uma grande alegria para todos nós”, rematou o autarca.

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Investimento de 27 milhões vai dar uma nova vida à frente ribeirinha de Lisboa

A frente ribeirinha da capital vai ganhar uma nova vida, com o nascimento do Cais de Lisboa. Investimento vem, na maioria, das receitas arrecadadas com a taxa turística de Lisboa.

A frente ribeirinha de Lisboa, desde o Terreiro do Paço até à Doca da Marinha, vai sofrer uma transformação. A Câmara de Lisboa (CML) e a Associação Turismo de Lisboa (ATL) vão investir cerca de 27 milhões de euros na construção e reabilitação de novas estruturas, um investimento que vem, na maioria, das receitas obtidas com a taxa turística de Lisboa. Vai ser construído um cais de apoio à atividade náutica, para além de espaços de lazer com lojas e restaurantes. A frente ribeirinha vai, assim, transformar-se no novo Cais de Lisboa.

Esta é “mais uma etapa, muito importante e decisiva, daquilo que é o velho sonho da cidade de Lisboa”, começou por dizer Fernando Medina, durante a apresentação do Projeto de Reabilitação da Frente Ribeirinha Central, que decorreu esta quarta-feira na estação fluvial do Terreiro do Paço. “Vai ser devolvido à cidade algo que a maioria dos lisboetas nunca viu: conseguir ver o rio a partir deste ponto”, continuou.

Novo Cais de LisboaD.R.

A transformação da frente ribeirinha no novo Cais de Lisboa resulta de um investimento total de cerca de 27 milhões de euros, dos quais 11 milhões de euros serão assegurados pela ATL, e 16 milhões são provenientes do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa, que reúne as receitas obtidas com a taxa turística. “Isto é muito mais do que investir no turismo. A cidade precisava de recursos financeiros para investir em obras que assegurem o desenvolvimento sustentável de Lisboa”, comentou o presidente da CML.

“A decisão de criar uma taxa turística que fosse afeta a esta fundo que permitisse a recuperação do nosso património, foi uma das decisões mais importantes e estratégicas que tomámos nos últimos dois anos“, continuou Fernando Medina. “Os dois euros de taxa turística que serão destinados à recuperação deste património e ao desenvolvimento sustentável da cidade é o melhor investimento que podemos fazer. Valeu a pena termos sido os primeiros”.

De acordo com o diretor-geral da ATL, todo o projeto deverá estar concluído no primeiro semestre de 2020. “Pode haver um acerto final, mas não esperamos grandes desvios”, disse Vítor Costa, referindo que este é um “processo complexo e que integra vários projetos com muitos detalhes e muitos procedimentos”.

As sete etapas do processo: tudo o que vai nascer de novo

Esta transformação vai acontecer em sete etapas, a começar pela reconstrução do Muro das Namoradeiras, que já arrancou, de forma a “repor o muro original”, lê-se na informação cedida. Aqui, os postes de iluminação estão a ser reabilitados e serão repostos, de forma a “reservar a silhueta original deste património simbólico da cidade”.

Será retirado o aterro entre o Cais das Colunas e a Praça da Estação, construído há mais de duas décadas aquando da construção do túnel e da estação do Metropolitano. Já na Ala Nascente do Terreiro do Paço, vai nascer o Bacalhau Story Centre, um espaço em memória aos marinheiros e pescadores, numa “homenagem a um símbolo da gastronomia, da cultura e da história” de Portugal.

A estação Sul e Sueste será reabilitada e lá vai nascer uma zona com cafetaria, quiosque, restaurante e esplanadas, um posto de informação, uma Lisboa Shop e um terminal de apoio aos passeios no Tejo, com a instalação de oito bilheteiras de diferentes operadores. No interior da estação vão ainda nascer o Centro Tejo, um espaço cultural e turístico para iniciativas de valorização do rio e consciencialização ambiental.

Ainda na etapa de reabilitação da estação, os dois pontões da Transtejo/Soflusa serão “reforçados” e serão construídos três novos pontões com passadiços, que irão acolher embarcações.

Entre a estação e o novo Terminal de Cruzeiros, a Doca da Marinha vai tornar-se num espaço arborizado, “onde os peões e as vistas sobre a cidade e o rio recuperam prioridade face ao automóvel”. Aqui serão feitas atividades lúdicas e musicais. Será ainda reabilitado o pontão da Doca da Marinha, de forma a “dinamizar novas propostas de transporte fluvial”.

Na praça central, serão recuperados os espaços públicos junto ao rio e haverá mais percursos pedonais e cicláveis ao longo da frente ribeirinha. É aqui que vão nascer um restaurante e quatro novos quiosques, com esplanadas e casas de banho públicas.

Estação Sul e Sueste do Cais de LisboaD.R.

Além disso, a CML e a ATL querem, em parceria com a Câmara de Aveiro, com a Marinha e com o Ministério da Defesa Nacional, recuperar o Navio Creoula, um navio de instrução da Marinha Portuguesa, usado antigamente na pesca do bacalhau. A ideia é, também, trazê-lo para o cais de Lisboa quando não estiver a navegar, anunciou Fernando Medina. Este processo de recuperação, disse o diretor-geral da ATL, deverá demorar mais tempo do que todo o processo de requalificação da frente ribeirinha.

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Carros importados podem pôr Portugal outra vez em tribunal

  • Lusa
  • 27 Novembro 2019

Legislação portuguesa não tem plenamente em conta a depreciação de veículos importados de outros Estados-membros, diz a Comissão Europeia.

Portugal tem um mês para notificar Bruxelas sobre a alteração ao regime tributário de veículos usados importados de outros Estados-membros sob pena de a questão voltar ao Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE).

A Comissão Europeia enviou um parecer fundamentado, a segunda etapa do processo de infração, a Portugal por tributar veículos usados importados de outros Estados-membros mais do que os automóveis usados adquiridos no mercado português.

Considera Bruxelas, em comunicado que, “atualmente, a legislação portuguesa não tem plenamente em conta a depreciação de veículos importados de outros Estados-membros”, não sendo assim compatível com as normas da União Europeia (UE).

A Comissão quer que Portugal altere a “legislação discriminatória em matéria de imposto de registo automóvel”, dando um prazo de um mês para o efeito, sob pena de a questão ser novamente levada perante o TJUE.

O Tribunal de Justiça europeu já tinha condenado Portugal, em 16 de junho de 2016, por considerar que uma versão anterior deste imposto português era contrária ao direito da UE.

A Comissão poderá remeter novamente o processo para o Tribunal de Justiça da UE, por considerar que as alterações, entretanto, adotadas são insuficientes para cumprir as normas europeias.

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É oficial. Governo quer aumentos salariais de 2,7% para 2020

Na proposta que o Executivo apresentou aos parceiros, os salários em Portugal devem ter aumentos nominais em torno de 3,2% até 2023.

O Executivo de António Costa quer que, nos próximo anos, os salários em Portugal cresçam acima “daquilo que é a soma da inflação e da produtividade”, indicando aumentos de 2,7% para o próximo ano. “A manutenção do poder de compra e os ganhos de produtividade estimados requerem aumentos dos salários nominais até 3,2% em 2023“, defende ainda o Governo, no documento distribuído pelos parceiros sociais, esta quarta-feira.

À entrada da reunião da Comissão Permanente da Concertação Social, o ministro da Economia já tinha referido esses os critérios (a produtividade e a inflação) como guias para o aumentos salariais. “Aquilo que desejamos é que os salários em Portugal possam crescer acima daquilo que é a soma da inflação e da produtividade para podermos caminhar para uma mais justa repartição dos salários no PIB”, sublinhou Pedro Siza Vieira.

No documento que acabou por ser distribuído pelos parceiros sociais, o Executivo dá um passo em frente, avançando que as previsões atualmente disponíveis indicam que esses aumentos deverão ser de 2,7% em 2020, 2,9% em 2021 e 2022 e 3,2% em 2023.

“A manutenção do poder de compra e os ganhos de produtividade estimados requerem aumentos anuais dos salários nominais até 3,2%”, lê-se no documento distribuído, no âmbito das negociações do acordo de rendimentos e competitividade.

Em declarações aos jornalistas à saída do encontro com os parceiros sociais, Siza Vieira frisou, contudo, os números avançados esta quarta-feira são indicativos. “Mais do que ter um referencial fixo e idêntico para todos os setores para os próximos quatro anos, é preciso encontrarmos metodologias para que as empresas, associações patronais, sindicatos e trabalhadores possam ter, na negociação coletiva, em cada ano, um objetivo e um referencial”, afirmou.

O ministro abriu, assim, a porta a que desta discussão resultem dois grandes referenciais: um mais abrangente para toda a economia e outros mais focados em cada setor que guiem a negociação coletiva.

Siza Vieira salientou, por outro lado, que esta evolução dos salários deve ser acompanhada de políticas públicas que apoiem o crescimento da produtividade das empresas portuguesas, nomeadamente através de medidas que incentivem o investimento, a formação profissional dos trabalhadores e a inovação, bem como reduzam os custos de contexto.

E sublinhou que o Governo está mesmo disponível para já no Orçamento do Estado para 2020 incluir medidas de natureza fiscal para incentivar esse investimento. Uma das medidas que deverá ser incluída é o alargamento do teto dos lucros reinvestidos nas empresas que dão direito a dedução em sede de IRC. Essa medida “tem condições para avançar, desde já”, disse o ministro, sublinhando ainda assim que o desenho final não está fechado.

Questionado sobre se as remunerações da Função Pública seguirão o mesmo referencial que resultar destas negociações, Siza Vieira disse que “são matérias diferentes”. O governante fez, por outro lado, questão de defender que estes aumentos remuneratórios devem ter particular atenção aos jovens qualificados — sendo necessário reter esses talentos no país.

Patrões querem contrapartidas fiscais já no OE2020

À saída da reunião desta quarta-feira, o dirigente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considerou aceitável uma evolução dos salários acima da inflação e da produtividade. Aos jornalistas, João Vieira Lopes disse que tais aumentos devem ser definidos anualmente.

O líder da CCP notou, no entanto, que quem faz a negociação coletiva são as associações e não as confederações, uma ideia também expressa pelo dirigente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP). “Cada setor é específico”, acrescentou António Saraiva, sublinhando que não se chegará necessariamente a um acordo que replique o de António Guterres, isto é, que fixe um referencial geral para a globalidade dos rendimentos. “Não temos de replicar acordo de 1996”, disse.

Sobre as “contrapartidas” fiscais para as empresas, João Vieira Lopes considerou “positivo” o Governo ter aceitado discutir estas questões, tendo marcado a próxima reunião sobre o assunto para 9 de novembro. Para a CCP, as prioridades são a tributação autónoma e os impostos que favoreçam o investimento.

Sindicatos divididos

Enquanto o dirigente da UGT indica que os números apresentados pelo Executivo de António Costa concretizam as expectativas — ainda que fiquem “um bocadinho a baixo” — e parecem “razoáveis”; o dirigente da CGTP sublinha que este referencial “é curto, curtinho e insuficiente”.

Em declarações aos jornalistas, o dirigente da UGT disse estar “disponível” para refletir sobre os números trazidos pelo Governo, apelando também ao reforço dos incentivos à formação dos próprios empresários.

Carlos Silva deixou ainda indiretamente um recado a Arménio Carlos, dizendo que é “preciso estabilidade no Código do Trabalho”. A CGTP tem defendido uma nova revisão das leis laborais, no sentido do “desbloqueio” da negociação coletiva, o que o Governo já disse que não é prioritário.

No mesmo sentido, Arménio Carlos disse: “Creio que estamos num processo em que se começa a construir a casa pelo telhado. Não é possível aumentar os salários se a contratação coletiva estiver bloqueada”.

A CGTP insiste num aumento de 90 euros para todos os trabalhadores, já a partir de 2020, e elege como prioridades a liberdade sindical, a dinamização da contratação coletiva, a luta contra a precariedade e a conciliação da vida pessoal, profissional e familiar.

Notícia atualizada com mais informação

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PS quer que Governo elimine constrangimentos e acelere atribuição de pensões

O PS entregou na Assembleia da República um projeto de resolução, no qual pede ao Governo que elimine os constrangimentos que estão a levar aos atrasos na atribuição das pensões.

A bancada parlamentar socialista quer que o Executivo de António Costa elimine os constrangimentos ainda existentes no processamento de pensões, apelando à aceleração da atribuição destas prestações sociais. Isto num momento em que este tipo de atrasos tem gerado múltiplas críticas, sendo mesmo o principal motivo de queixa em relação à Segurança Social.

“O Grupo Parlamentar do PS pretende a definição de um plano a curto prazo que permita eliminar os constrangimentos ainda existentes no processamento de pensões, bem como o processamento de forma mais célere dos sistemas de informação e interconexão de dados”, explica a bancada liderada por Ana Catarina Mendes, no projeto de resolução nº190/XIV.

Nesse documento, o grupo parlamentar socialista lembra que, nos quatro anos que antecederam o primeiro Executivo de António Costa, os serviços foram descapitalizados e as pensões cortadas, medidas que foram revertidas nos últimos quatro anos.

Sobre os esforços do Governo, o PS diz: “Não se limitou a ação governativa à reposição dos rendimentos dos nossos pensionistas, mas trabalhou-se na qualidade de vida dos mais seniores. E isto passou naturalmente, de entre muitas outras medidas, pela garantia de uma resposta atempada no processamento de pensões“.

Ainda assim, reconhecem os socialistas, permanecem “constrangimentos associados à persistência de uma volumetria de pendências que justificam a prossecução da estratégia definida”. Daí que a bancada do PS peça agora a eliminação dessas barreiras, bem como a “definição de um mecanismo de acompanhamento permanente das medidas em curso”, a redução das necessidades de intervenções manuais e a simplificação dos processos.

A propósito, em junho, a então secretário de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, disse em entrevista ao ECO que o Governo previa automatizar a atribuição de pensões até ao final do próximo ano, sendo estimado que, no caso das pensões de invalidez, esse processo aconteça mais cedo.

Já no curso desta nova legislatura, o PSD dedicou o seu primeiro diploma entregue na Assembleia da República também a este tema dos atrasos nas pensões, pedindo ao Governo que “recupere e solucione, com caráter de urgência, os atrasos persistentes no processamento das pensões e que “proceda às alterações legislativas necessárias para que os pensionistas não sejam prejudicados pelo atraso da Administração, ao nível fiscal ou das prestações sociais”.

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Nas primeiras declarações como comissária, Elisa Ferreira defende reforço do Orçamento europeu. “Valor é perfeitamente mínimo”

A nova comissária europeia, Elisa Ferreira defende que Portugal só deve apoiar com fundos europeus os projetos que merecem e garante que gostaria que a Política de Coesão fosse protegida.

A nova comissária europeia para a Coesão defendeu que o Orçamento europeu deve ser reforçado — e que a Política de Coesão não pode ser sacrificada. Nas primeiras declarações depois de a nova Comissão Europeia ter recebido luz verde do Parlamento, Elisa Ferreira frisou que a discussão em torno das contribuições dos Estados-membros para o Orçamento não se justificam porque “o valor é perfeitamente mínimo”.

Na visão da comissária portuguesa, a “luta desenfreada” sobre as contribuições de cada um dos países não faz sentido, já que o valor do Orçamento comunitário “é perfeitamente mínimo”. “É preciso que se perceba que o Orçamento Europeu é pouquíssimo, anda a volta de 1% da riqueza comum que nós temos. E esta luta desenfreada sobre se é 1,16%, 1,3% ou 1% em torno de um valor que é perfeitamente mínimo para que uma união com este grau de harmonização de políticas possa efetivamente funcionar”, disse, em declarações transmitidas pela RTP 3.

Nas negociações das perspetivas financeiras, a Comissão Europeia propôs que os Estados-membros contribuam para o Orçamento comunitário com 1,1% do Rendimento Nacional Bruto, uma proposta que, no caso português se traduz num corte de 7% nos fundos da Coesão e de 15% no segundo pilar da Política Agrícola comum (PAC), a do desenvolvimento rural. Já o Parlamento Europeu considera que para não haver cortes é necessário que cada Estado-membro contribua com 1,16% do RNB. Portugal tem uma posição intermédia: defende uma contribuição de 1,3% e o aumento das receitas próprias da União, nomeadamente através da tributação das multinacionais.

"É preciso que se perceba que o Orçamento Europeu é pouquíssimo, anda a volta de 1% da riqueza comum que nós temos. E esta luta desenfreada sobre se é 1,16%, 1,3% ou 1% em torno de um valor que é perfeitamente mínimo para que uma união com este grau de harmonização de políticas possa efetivamente funcionar.”

Elisa Ferreira

Comissária europeia

Transmitindo a sua opinião pessoal, Elisa Ferreira afirma que a proposta da Comissão Europeia sobre o Orçamento Comunitário “é contida” e “que gostaria muito que fosse aumentada”, mas que dependerá da “decisão final” entre Parlamento e Conselho. Sobre os cortes que têm vindo a ser anunciados no fundo de Coesão, a comissária considera ainda que se deve procurar “dinheiro novo para projetos novos” e não “utilizar a coesão para isso”, isto é, não retirar verbas a políticas já existentes.

“A União Europeia só é o que é se tiver uma Política de Coesão forte”, frisou Elisa Ferreira em declarações aos jornalistas, minutos depois de a comissão de Ursula Von der Leyen ter sido aprovada por 461 votos a favor.

Elisa Ferreira defende, ao mesmo tempo, que é necessário que “haja controlo e responsabilização de todos os atores” relativamente ao modo como se utilizam esses fundos. “Temos de ser críticos e cuidadosos sobre a forma como utilizamos os fundos estruturais, apoiando efetivamente aquilo que merece ser apoiado e percebendo que outros países estão a chegar à União Europeia e também eles têm que fazer esta convergência acelerada”, assinalou.

Entre os desafios apontados para os próximos cinco anos, Elisa Ferreira destaca o compromisso de ajudar os países a concretizar políticas, mesmo nos casos em que se verifiquem “aperto orçamental”, completar a União Bancária e o apoio ao subsídio de desemprego.

(Notícia atualizada às 13h25 com mais informação)

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OA: próximo bastonário à distância de um voto eletrónico

As urnas para encontrar o próximo bastonário da OA já se encontram abertas. Até sexta-feira, os milhares de advogados podem decidir, pela primeira vez, através do voto eletrónico o futuro da OA.

O próximo bastonário da Ordem dos Advogados (OA) está cada vez mais perto de ser revelado. Entre esta quarta-feira e a próxima sexta-feira, encontra-se a decorrer a votação e eleição dos órgãos nacionais e regionais da OA.

Para a liderança da OA no triénio 2010-2022 estão seis candidatos: Ana Luísa Lourenço, António Jaime Martins (atual presidente do Conselho Regional de Lisboa), Guilherme Figueiredo (atual bastonário), Isabel da Silva Mendes, Luís Menezes Leitão (líder do Conselho Superior) e Varela de Matos.

Pela primeira vez, os advogados vão eleger o próximo bastonário da OA através de voto eletrónico. A extinção do voto em papel foi aprovada em julho, em assembleia geral, ainda assim não foi consensual a implementação do novo método. As votações encontram-se a decorrer numa plataforma com acesso limitado à devida credenciação.

“Este é o primeiro ato eleitoral sob a égide do Regulamento Eleitoral aprovado na Assembleia Geral da Ordem dos Advogados de 29 de julho de 2019, que prevê, também de forma inédita, a delegação do bastonário, desde que seja candidato, num dos membros do Conselho Geral que integre a Comissão Eleitoral, de todas as suas competências em matérias relativas ao processo eleitoral“, nota a Comissão Eleitoral em comunicado.

São necessários 50% dos votos para que o próximo bastonário seja eleito na primeira volta. Caso tal não aconteça, irá decorrer uma segunda volta com as duas listas mais votadas.

As urnas eletrónicas abriram às 00h00 desta quarta-feira e irão encerrar às 20h00 do dia 29 de novembro, sexta-feira. No último dia de votação vão estar em funcionamento “mesas de apoio ao ato eleitoral, entre as 10h00 e as 19h00, em cada sede dos Conselhos Regionais, com exceção do Conselho Regional de Lisboa, cujas mesas de apoio funcionarão na sede da Ordem dos Advogados”, explica a Comissão Eleitoral em comunicado.

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Nova Comissão Europeia de Ursula Von der Leyen aprovada

  • Vasco Gandra, em Bruxelas
  • 27 Novembro 2019

Entre os deputados europeus, houve 461 votos a favor, 157 contra e 89 abstenções.

O executivo comunitário liderado pela alemã Ursula von der Leyen foi aprovado esta quarta-feira por uma maioria folgada de 461 eurodeputados a favor, 157 contra e 89 abstenções. O Parlamento Europeu dá assim “luz verde” à entrada em funções a 1 de dezembro do novo colégio de comissários que integra a portuguesa Elisa Ferreira, com a pasta da Coesão e Reformas.

Os principais grupos políticos do Parlamento Europeu votaram a favor da nova Comissão: o PPE (onde se inclui PSD e CDS), o grupo dos Socialistas e Democratas (que integra o PS) e o Renew (Liberais centristas). Ao contrário das principais famílias políticas europeístas, os deputados do grupo dos “Verdes” (que integra o PAN), e que são a favor da UE, abstiveram-se.

O grupo da Esquerda Unitária (BE e PCP), o Identidade e Democracia (nacionalistas, populistas), alguns “Verdes” e conservadores reformistas votaram contra.

A Comissão liderada por Ursula Von der Leyen obteve mesmo uma votação superior à alcançada pelo seu antecessor, Jean-Claude Juncker, em 2014 (423 a favor, 209 contra e 67 abstenções).

A democrata cristã alemão parece assim conseguir um apoio folgado para a sua agenda para os próximos quatro anos e que tem como prioridade um pacto ecológico europeu para lutar contra as alterações climáticas, tornar a economia dos 27 mais “amiga” do ambiente e a Europa o primeiro continente neutro do ponto vista das emissões de carbono.

O novo colégio terá 27 membros e não integra um comissário britânico (já que o Reino Unido deverá sair da UE até finais de janeiro) ainda que a Comissão tivesse pedido a Londres que indicasse um nome.

Mas a principal marca do novo executivo é que pela primeira vez tem uma mulher na liderança e o maior número de comissárias de sempre (12), não conseguindo no entanto a paridade absoluta. Entra em funções a 1 de dezembro por um mandato de cinco anos.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h49)

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