Exportações de componentes automóveis batem “recorde absoluto”

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

As exportações portuguesas de componentes automóveis aumentaram 3,1% até setembro, atingindo o “recorde absoluto” de 6.335 milhões de euros e acumulando uma subida de 68,7% desde 2010.

As exportações portuguesas de componentes automóveis aumentaram 3,1% até setembro em termos homólogos, atingindo o “recorde absoluto” de 6.335 milhões de euros e acumulando uma subida de 68,7% desde 2010, anunciou esta quinta-feira a associação setorial.

Em comunicado, a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) destaca que os componentes automóveis já “representam 14,2% das exportações portuguesas de bens transacionáveis”, assumindo-se como “um dos setores mais importantes para o crescimento da economia e para as exportações portuguesas”, que “tem vindo a demonstrar um excelente desempenho, resultante de ganhos de competitividade do país nos últimos anos e da constante melhoria desenvolvida pelas empresas”.

Segundo a AFIA, a União Europeia absorve 90% (5.703 milhões de euros) das exportações portuguesas do setor, tendo registado um crescimento de 2,8% no período, enquanto as vendas para o resto do mundo cresceram 5,8%, para 632 milhões de euros.

Os quatro principais países clientes da indústria portuguesa de componentes automóveis absorveram até setembro 70% das exportações do setor, com Espanha a liderar (com 1.666 milhões de euros e uma subida de 7,7%), seguida da Alemanha (1.343 milhões de euros, +4,0%), da França (901 milhões de euros, +2,4%) e do Reino Unido (552 milhões de euros e uma quebra homóloga de 11,8%).

Dados da AFIA apontam que a indústria de componentes para a indústria automóvel agrega 240 empresas em Portugal, com um volume de emprego direto na ordem das 55.000 pessoas, uma faturação anual de 11 mil milhões de euros e uma quota de exportação superior a 80%.

O setor representa 5% do produto interno bruto (PIB) e 8% do emprego da indústria transformadora.

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Sem acordo com televisões generalistas, Sport TV admite transmitir jogos da Seleção do Euro2020 na Sport TV+

A Sport TV não afasta a hipótese de transmitir os jogos da Seleção no canal grátis que tem no cabo, caso não seja alcançado um acordo com pelo menos um canal generalista.

A Sport TV continua a negociar com os principais canais generalistas a cedência dos direitos de transmissão dos jogos de Portugal no Euro 2020, numa altura em que a Seleção Nacional já está qualificada para a competição. À margem do congresso da APDC, Nuno Ferreira Pires mostrou-se com esperança de concluir o processo nesta “altura crítica”, mas as negociações estão em curso. Sem acordo, não está afastada a hipótese de transmitir os jogos no canal gratuito da Sport TV no cabo.

“Diria que estamos numa altura que é crítica para isso acontecer. Portugal está qualificado e, portanto, quero acreditar que quem, em Portugal, tem o sinal aberto, seja a SIC, a TVI ou a RTP, em especial a RTP porque tem serviço público, estará atento a esse fenómeno. Mas, de facto, até agora, não foi possível concluir as negociações”, disse ao ECO o líder da Sport TV.

Diria que estamos numa altura que é crítica para isso acontecer. Portugal está qualificado e, portanto, quero acreditar que quem, em Portugal, tem o sinal aberto, seja a SIC, a TVI ou a RTP, em especial a RTP porque tem serviço público, estará atento a esse fenómeno.

Nuno Ferreira Pires

CEO da Sport TV

A lei portuguesa obriga a que os jogos de Portugal estejam disponíveis para a maioria da população — mais de 90% — e, em 2018, significava necessariamente a transmissão dos jogos num dos canais em sinal aberto. Mas, agora, a Sport TV tem um canal aberto no pacote básico dos operadores, a Sport TV+, que chega a mais de 90% da população.

Como noticiou o ECO Insider em setembro, a RTP fez chegar à Sport TV uma proposta para a compra dos direitos de transmissão dos jogos da Seleção, mas foi rejeitada liminarmente. Sem acordo até ao momento, está em cima da mesa a transmissão dos jogos no canal livre da Sport TV. “A partir do momento que as negociações não estão concluídas, tudo é possível. Todos os cenários estão em aberto”, admitiu, esta quinta-feira, Nuno Ferreira Pires.

Acerca da evolução da empresa desde a entrada da concorrência da Eleven Sports, o gestor admite um impacto no funcionamento da estação, mas que, contas feitas, a Sport TV soube adaptar-se à nova dinâmica.

“A Sport TV tem um negócio muito amplo por ser líder de mercado em Portugal. Obviamente que a entrada de concorrentes faz sempre com que nos tenhamos de desacomodar em algumas áreas. Teve essa parte boa. Mas, acima de tudo, para os consumidores finais, não teve, diria eu, o lastro que se esperava”, concluiu.

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Mais um dia negro na bolsa de Lisboa. CTT derrapam e voltam a valer 3,00 euros por ação

Foram 14 as cotadas que fecharam o dia abaixo da linha de água, pressionando o PSI-20. Os CTT lideraram perdas com queda de 4,5%. A bolsa de Lisboa acompanhou as perdas nas praças europeias.

Os CTT caíram mais de 4% na sessão desta quinta-feira, liderando as quedas em Lisboa. A bolsa nacional fechou o dia em terreno negativo, num dia de aversão ao risco em toda a Europa.

O PSI-20, o principal índice português, caiu 0,905 para 5.172,77 pontos, com 14 cotadas a encerrarem abaixo da linha de água. Destaque para os CTT: as ações cederem 4,52% regressando à casa dos 3,00 euros, depois de um prolongado rally nas últimas semanas.

Pesos pesados como EDP, EDP Renováveis e BCP contribuíram para uma queda mais expressiva na praça portuguesa: o banco liderado por Miguel Maya perdeu 1,03% para 0,2026 euros, enquanto as duas elétricas cederam 1,86% para 3,646 euros (EDP) e 1,96% para 10,00 euros (EDP Renováveis).

CTT deslizam

Fora do índice de referência nacional, as ações da Martifer também estiveram sob forte pressão vendedora, isto depois de ter anunciado um aumento de capital no valor de 40 milhões de euros. Na reação, os títulos cederam 9,95% para 0,362 euros.

Lá por fora o sentimento também foi negativo, mas as perdas foram mais contidas. O índice de referência europeu Stoxx 600 cedeu 0,36%. O CAC-40 e o FTSE-Mib deslizaram em torno de 0,2%. O IBEX-35 caiu 0,1%. Do outro lado do Atlântico, os principais índices bolsistas estão em perda por causa da notícia de que o acordo comercial entre EUA e China poderá só vir a acontecer no próximo ano, e não em meados do próximo mês como se apontava.

(Notícia atualizada às 17h03)

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Manifestação da PSP e GNR concentrada junto ao parlamento sob fortes medidas de segurança

  • ECO e Lusa
  • 21 Novembro 2019

As barreiras cercam um arco em torno do Parlamento, fortemente reforçadas e com medidas de segurança que são inéditas em anteriores manifestações em frente à Assembleia da República.

Profissionais da PSP e da GNR durante a “manifestação conjunta e pacífica” para exigir ao novo Governo “a resolução rápida” dos problemas que ficaram por resolver na anterior legislatura, organizada pela Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) e Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), em Lisboa, 21 de novembro de 2019. Com início no Marquês de Pombal, a manifestação segue pela Rua Braamcamp, Rua Alexandre Herculano, Largo do Rato, Rua de São Bento e terminando na Assembleia da República.José Sena Goulão/Lusa 21 Novembro, 2019

A manifestação de profissionais da PSP e da GNR chegou às escadarias do Parlamento às 15h50, desta quinta-feira, após um desfile pacífico desde o Marquês de Pombal, com cerca de três mil pessoas.

O cortejo, que passou pelas ruas Braamcamp, Alexandre Herculano, Largo do Rato e São Bento, encabeçada por uma tarja branca com os dizeres “exigimos respeito”, chegou à Assembleia da República perante um forte aparato policial do Corpo de Intervenção da PSP e barreiras metálicas reforçadas com blocos de betão.

As barreiras cercam um arco em torno do Parlamento, fortemente reforçadas e com medidas de segurança que são inéditas em anteriores manifestações em frente à Assembleia da República, sendo que o acesso à parte de trás do palácio de São Bento, onde se situa a residência do primeiro-ministro, está também vedado com barreiras metálicas e de cimento.

A grande maioria dos manifestantes enverga camisolas brancas do Movimento Zero e no todo são gritadas palavras de ordem como “Cabrita, escuta, os polícias estão em luta”, sendo visíveis também várias bandeiras de Portugal.

O largo em frente ao Parlamento começou a ficar lotado cerca das 16h00, hora prevista para a concentração no local, e não param de chegar polícias e militares da GNR, recebendo muito apoio de pessoas às janelas de casas por onde o desfile passou. Foi o caso de um grupo de idosos do lar ‘Casa das Hortênsias’, que saiu à rua em apoio à manifestação.

Em declarações à Lusa, a diretora do lar explicou que estavam ali por que são diariamente acompanhados pela polícia, num policiamento de proximidade. Os idosos estavam junto ao cruzamento da rua Braamcamp com a Alexandre Herculano e em resposta ao apoio os manifestantes bateram palmas e agradeceram.

Junto à sede do PS, no Largo do Rato, a cabeça da manifestação abrandou a marcha e gritou “zero”, retomando a marcha a caminho de São Bento, onde minutos depois o grosso da manifestação virou costas ao edifício, gritou “corruptos, corruptos” e cantou o hino nacional.

No corredores do Parlamento, André Ventura, vestido com uma t-shirt do Movimento Zero, disse aos jornalistas, em declarações transmitidas pelas televisões que “o tempo dos sindicatos tradicionais passou, o tempo da espontaneidade chegou“.

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Qual o papel das marcas na era da informação e da personalização, em debate no Congresso organizado pela Centromarca

  • Conteúdo Patrocinado
  • 21 Novembro 2019

‘Marcas. Uma parte do meu mundo. Uma parte de mim’ abriu espaço ao debate sobre o papel das marcas na melhoria da vida dos consumidores.

Numa época em que os portugueses voltam pela primeira vez a consumir e a gastar mais, importa perceber como se posicionam as marcas num sector cada vez mais digitalizado e em constante transformação. 25 anos em análise sobre marcas, consumidores e distribuição, no I Congresso das Marcas organizado pela Associação Portuguesa das Empresas de Produtos de Marca.

A Centromarca tem promovido ao longo dos anos a competitividade entre marcas e aposta nestas como elemento diferenciador e garantia de qualidade e inovação para o consumidor.

Num momento em que, pela primeira vez nos últimos quatro anos, os portugueses estão a ir mais às compras e a gastar mais dinheiro importa perceber qual o papel das marcas no consumo. O debate de hoje avaliou o papel das marcas na melhoria da vida dos consumidores. “As boas marcas têm utilizado a criatividade e a diversidade para inovar e para se diferenciar. O consumidor reconhece a autenticidade das marcas, valoriza os seus atributos únicos e identifica-se com o produto”, afirma Nuno Fernandes Thomaz, presidente da Centromarca.

Essa identificação, ao longo de 25 anos, foi alvo do olhar de Rita Blanco e Miguel Guilherme. Com ‘Quanto mais me marcas, mais eu gosto de ti…’, os dois marcos do cinema, teatro e televisão portugueses permitiram um regresso ao passado e ao significado que marcas e produtos tiveram na vida dos portugueses.

O Congresso reuniu nomes como Vista Alegre, Aimia, Everything is New, Dott e levou-os ainda a debater a era da informação e da personalização. “O digital abre um leque de oportunidades às marcas, mas apresenta também novos desafios. Ao mesmo tempo que permite chegar a um maior número de consumidores, exige um conhecimento aprofundado de cada público e de como comunicar com cada um deles nas diferentes plataformas em que se encontram”, sublinha ainda Nuno Fernandes Thomaz.

Foi feito um trabalho de duas décadas e meia em prol das marcas de fabricante por se acreditar “que estas geram valor ao produto e que promovem a continuidade, permitem a criação de emprego, motivam a aposta em investigação e desenvolvimento e acabam por somar valor às exportações”, acrescenta.

Exemplo desta trajetória de valorização do produto para um maior crescimento económico é a Vista Alegre, empresa com quase 200 anos que, a partir de investimento em inovação e tecnologia, adaptou-se a novos perfis de consumo e alcançou diferentes mercados para exportação. Nuno Barra, administrador, principal orador de ‘As Marcas num Mundo em Mudança’, partilhou o que a empresa de Ílhavo fez para que a sua marca resistisse a um consumidor com opções de escolha cada vez mais amplas, o que – em determinado período – foi considerada uma prova de resiliência e versatilidade em Portugal.

E porque se valoriza a comunicação e a informação sobre o trabalho das marcas, a Centromarca entregou no Congresso das Marcas o primeiro prémio ‘Jornalismo que Marca’.
O jornalista Edgar Caetano, do Observador, foi distinguido pelo trabalho ‘O futuro do retalho, como será ir às compras num shopping em 2028?’.

O prémio ‘Jornalismo que Marca’, num valor total de 2.500 euros, premeia a relevância e qualidade dos trabalhos jornalísticos sobre a envolvente social e económica dos consumidores, produtos de marca e mercado, numa lógica transversal, sem se cingir a um conjunto específico de marcas, produtos ou empresas.

https://videos.sapo.pt/ffzDB6clRnP2GF6gzERO

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Dá e tira na guerra comercial confunde investidores em Wall Street

As principais praças norte-americanas andam ao sabor das notícias sobre as negociações entre Estados Unidos e China. Possível adiamento das tarifas dá ganhos ligeiros.

À medida que se aproxima a data de uma nova ronda de tarifas dos EUA às importações da China, o sentimento dos investidores torna-se mais sensível a novidades sobre as negociações. Esta quinta-feira, o South China Morning Post noticiou que a entrada em vigor das tarifas pode ser adiada mesmo que as duas potências não cheguem a um acordo na data limite de 15 de dezembro.

A perspetiva de adiamento das tarifas leva Wall Street a apresentar ganhos ligeiros. O índice industrial Dow Jones avança 0,01% para 27.824,62 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 ganha 0,05% para 3.109,96 pontos e o tecnológico Nasdaq sobe 0,05% para 8.530,60 pontos.

Diferentes fontes têm sinalizado um impasse nas negociações entre EUA e China. Depois de no início da semana ter havido entusiasmo com os avanços, que levaram Wall Street a recordes, a Reuters avançou na quarta-feira que um acordo poderá ser alcançado apenas em 2020, o que levou a fortes quedas nas bolsas dos EUA, mas também do Velho Continente.

O South China Morning Post (acesso livre e conteúdo em inglês) cita agora fontes de ambos os lados das negociações que indicam que, apesar de ser difícil alcançar um acordo de fase inicial dentro do prazo, ainda é possível que a imposição de tarifas de 15% sobre 156 mil milhões de dólares em importações chinesas para a China.

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Abreu Advogados integra um security operations center

A sociedade Abreu Advogados lançou recentemente o SOC, um sistema que protege as informações através da inteligência artificial.

A sociedade Abreu Advogados vai abrir um novo security operations center (SOC) português, o “Abreu SOC”. O novo sistema utiliza inteligência artificial e está integrado nas instalações da sociedade de advogados.

Este recente centro de informação e segurança está na “vanguarda da tecnologia para o tratamento cuidado dos ativos (informação, redes e sistemas) geridos pela sociedade, fomentando a expansão da capacidade da Abreu em matéria de cibersegurança e indo ao encontro da crescente exigência do mercado para a proteção da informação”, nota a sociedade.

Com esta solução, a Abreu potencia a sua capacidade de prevenção e proteção da informação, prosseguindo o caminho que tem percorrido de diferenciação, de inovação tecnológica e na aposta na eficiência para a proteção de dados numa era de novos desafios à transformação digital.

“A Abreu orgulha-se por poder apresentar um novo serviço que espelha uma aposta clara em transformação digital, em especial na área da cibersegurança, tendo como referência as maiores organizações multinacionais, independentemente do seu setor e dimensão. A nossa ação foi estruturada tendo como objetivo estabelecer a cooperação com outras entidades do setor e com organizações na área da cibersegurança”, nota João Cupertino, responsável de IT na Abreu Advogados.

O Abreu SOC está em funcionamento desde setembro, tendo já realizado milhares de testes, promovendo a formação da equipa e a afinação dos procedimentos de suporte às atividades de cibersegurança. Trata-se de um serviço completo que visa assegurar o reforço da segurança da informação gerada e guardada pela sociedade de advogados mas também dos seus clientes e parceiros, dentro e fora do setor da advocacia e justiça.

Com esta solução, os clientes da Abreu acedem a um mais amplo conjunto de serviços e recursos para lidar com a acelerada transformação digital que exige maior capacidade das organizações para a segurança da sua informação.

Queremos promover a criação de uma rede de partilha de inteligência e conhecimento no setor, para potenciar a deteção e defesa para as atuais e futuras ameaças cibernéticas. Os riscos à segurança são elevados e o mercado requer uma resposta rápida e eficaz por parte de todas as organizações, num ano em que as sociedades de advogados tiverem alguma projeção mediática em torno do tema da segurança informática”, explica João Cupertino.

As funções principais do Abreu SOC são a gestão e monitorização contínua e em tempo real de eventos da infraestrutura tecnológica da sociedade, correlacionando e analisando os dados para uma resposta e remediação coordenada e integrada com threat intelligence em ligação a países do mundo inteiro.

Está incluído no Abreu SOC uma equipa multidisciplinar composta por dez elementos, que engloba uma “equipa interna de analistas de segurança de monitorização e análise de indicadores de compromisso, numa operação 24×7, em coordenação com equipas externas de resposta”. As funções descritas estão suportadas num conjunto de ferramentas tecnológicas que permitem a correlação de eventos em tempo real com o objetivo de encontrar comportamentos suspeitos, assim como encontrar anomalias através de machine learning e o aumento da capacidade de análise e resposta utilizando processos de automação e orquestração.

“Com este centro operacional, passamos a ter uma capacidade de deteção em tempo real para algumas ameaças, o que numa outra empresa poderia demorar meses ou anos”, reforça João Cupertino, no âmbito da apresentação oficial do Abreu SOC.

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Centeno é o mais otimista na previsão para o PIB. Só ele vê Portugal a acelerar em 2020

OCDE fecha ciclo de previsões disponíveis até à entrega do Orçamento do Estado no Parlamento. Por agora Mário Centeno anda ao contrário das instituições que acompanham a economia portuguesa.

Quando o Governo entregar o Orçamento do Estado para 2020 no Parlamento, o que deve acontecer a 16 de dezembro, terá de assumir um cenário macroeconómico para a economia. Para já, Mário Centeno parece andar ao contrário dos outros. As principais instituições que atualizaram previsões para Portugal apontam para uma desaceleração no próximo ano, enquanto o Governo vê a economia a apressar o passo, embora muito ligeiramente.

Com as previsões de outono da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), publicadas esta quinta-feira, fica fechado o ciclo de projeções disponíveis antes de o Governo entregar o Orçamento do Estado para 2020 no Parlamento.

Entre outubro e novembro a maior parte das instituições atualizou as previsões de crescimento para este ano e o próximo. A saber:

  • Fundo Monetário Internacional: 1,9% este ano e 1,6% em 2020
  • Comissão Europeia: 2% este ano e 1,7% em 2020
  • Conselho das Finanças Públicas: 1,9% este ano e 1,7% em 2020
  • OCDE: 1,9% este ano e 1,8% em 2020

O que nos dizem estes números? Primeiro, que Mário Centeno está acompanhado na sua previsão para 2019. A 15 de outubro, o Ministério das Finanças enviou para a Comissão Europeia o draft do Orçamento do Estado para 2020 onde manteve a previsão de crescimento do PIB em 1,9% apesar da revisão em alta que o INE fez dias antes às taxas de crescimento do PIB dos anos mais recentes, incluindo no primeiro semestre do ano. Bruxelas até vê um crescimento maior (de 2%).

No entanto, o Executivo reviu em alta a taxa de crescimento para 2020 em uma décima para 2%. A revisão foi ligeira, mas assume uma tendência de aceleração. Ao mesmo tempo, as instituições que acompanham a economia portuguesa faziam o contrário. Cortavam as previsões para 2020 e punham um travão ao PIB em 2020.

Ainda não é claro o que fará no Orçamento do Estado, mas para já Mário Centeno tem dado indicações de que afasta um cenário de abrandamento no próximo ano. Na primeira ronda de reuniões com os partidos à esquerda do PS com o objetivo de conseguir apoios para a aprovação do documento, o ministro das Finanças transmitiu no encontro com o PEV que o PIB vai crescer em 2020 num “patamar idêntico” ao de 2019.

Para o dia seguinte à entrega do Orçamento está agendada a publicação do Boletim Económico do Banco de Portugal, onde são de novo atualizadas previsões. Em outubro, o banco central atualizou apenas a previsão para este ano, de 1,7% para 2%, mas nada mais. A última vez que fez projeções para 2020 foi em junho, no Boletim Económico de verão, onde previa uma taxa de crescimento do PIB de 1,6%. Este número é, porém, anterior à revisão da base das contas nacionais do INE, mas é igual ao registo do FMI.

A projeção de crescimento do PIB e a tendência que desenha face ao ano anterior é um dado relevante na construção de um Orçamento do Estado. É este valor que sustenta o desempenho das receitas fiscais e, por essa via também, o valor do saldo orçamental. Nas negociações políticas este é também um elemento relevante, já que é mais difícil justificar a adoção de medidas favoráveis para as famílias e as empresas se o desempenho económico não for favorável.

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Operadoras alertam que “escassez de espetro” deixa 5G em risco. Exigem fim da licença da Dense Air

A Dense Air tem uma licença na faixa do 5G desde 2010. Meo, Nos e Vodafone exigem que seja retirada e dizem que o 5G está em risco por "escassez de espetro".

As responsáveis de regulação das principais operadoras portuguesas teceram duras criticas à Anacom e exigiram que o regulador retire a licença da Dense Air, sob pena de não terem espetro suficiente para lançar o 5G em Portugal.

“A Dense Air não está no mercado. A própria Anacom o diz. Não tem receitas, não tem trabalhadores, não tem negócio. A única coisa que tem é espetro. Justifica uma atitude da Anacom de retirar o espetro”, disse a diretora jurídica e de regulação da Vodafone Portugal, Helena Féria, num painel dedicado à regulação, integrado no congresso anual da APDC.

A Dense Air tem uma licença para usar uma parte do espetro necessário ao 5G, que é válida até 2025, mas a Vodafone e a Nos têm processos em curso para obrigarem a Dense Air a abrir mão dessa licença. No final de outubro, o regulador setorial anunciou a decisão de reconfigurar o espetro da Dense Air, mas deixar a empresa britânica continuar a usufruir de uma licença numa faixa importante para o 5G, na faixa dos 3,5 GHz, que foi obtida em 2010.

“A Anacom diz-nos que 400 MHz vão a leilão. 100 MHz estão entregues à empresa que se diz operador [Dense Air]. Depois, 40 MHz são para operadores regionais e há uma quantidade que não sabemos quanto que é para novos entrantes”, elencou a responsável da Vodafone. O leilão de frequências deverá arrancar em abril de 2020, de acordo com o calendário da Anacom.

Por sua vez, Filipa Carvalho, diretora jurídica e de regulação da Nos, também alinhou com a necessidade de forçar a Dense Air a largar a licença que tem. “A escassez de espetro é a indignação, a incompreensão. A escassez de espetro tem um nome: Dense Air”, apontou.

“Nós [operadoras], para entregarmos a dita revolução tecnológica, a transformação digital que está no Programa de Governo e na boca de toda a gente, precisamos de 10 MHz na faixa dos 700 MHz e 100 MHz nos 3,6 GHz”, indicou Filipa Carvalho. “Para o 5G, como é pretendido por toda a gente, temos de ter isto, cada operador”, explicou.

“Na licença da Dense Air, diz que teriam de a usar em 2012. Não usaram. Não há nada. Temos completa expectativa de que isto seja revisto. A Anacom tem um poder de ver, de retirar o espetro da Dense Air, porque é isso que manda a lei e é isso que é necessário para satisfazer o interesse público”, concluiu Filipa Carvalho.

Sofia Aguiar, responsável pela direção de regulação, concorrência e jurídica da Altice Portugal, foi ainda mais longe. “Tememos que esteja a ser criada uma escassez de espetro. É um tema que nos preocupa”, indicou. O sentido provável de decisão da Anacom relativo ao 5G, onde se inclui o caso da Dense Air, está em fase de consulta pública. Essa consulta pública está prestes a terminar.

A 17 de outubro, o presidente executivo da britânica Dense Air, prometeu fazer um “investimento significativo” em Portugal, na “ordem dos nove dígitos”. A Dense Air é detida pelo grupo SoftBank.

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Uber chega às ilhas. Já está disponível na Madeira

A Uber chegou à Madeira, onde os utilizadores poderão viajar através da modalidade mais económica da plataforma, o UberX.

A Uber foi para lá do Continente português e chegou às ilhas portuguesas. A partir desta quinta-feira a plataforma de transporte está disponível na Madeira. Com esta adição, o número de cidades portuguesas que podem utilizar os serviços da Uber ultrapassa as duas dezenas.

A novidade foi transmitida aos utilizadores da aplicação de mobilidade esta manhã. A partir de agora é possível viajar até às casas de Santana, passando pelo Cabo Girão ou seguir para um passeio na povoação piscatória de Câmara de Lobos, sugere a Uber, no email enviado aos clientes.

Por agora, a opção disponível na Madeira é a mais económica, UberX. O preço base fixo da viagem é de 1,20 euros, sendo que por minuto acrescem 30 cêntimos, e por quilómetro 65 cêntimos. A plataforma de transporte deixa ainda o aviso de que, “durante as primeiras semanas, é possível que a disponibilidade seja mais limitada e que os tempos de espera sejam superiores ao normal”.

Como já é habitual, a plataforma promove uma campanha para chamar utilizadores na nova localização. Os clientes da app podem selecionar a opção “Viagens Grátis” e partilhar o código pessoal com novos utilizadores para receber viagens, que podem ser utilizadas em qualquer cidade de Portugal onde a Uber esteja presente.

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Apesar de revisão em baixa, OCDE “confirma” estimativas do Governo para o crescimento, diz Siza

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital realçou o alinhamento das previsões da organização com as do Governo, que apontam para crescimento do país acima da UE.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital realçou esta quinta-feira o alinhamento das previsões da OCDE em linha com as do Governo, que apontam para um crescimento económico do país acima da média da União Europeia.

“As previsões da OCDE estão em linha com as previsões do Governo: confirmam que as previsões são de que a economia vai continuar a crescer mais do que a média da União Europeia, mas as boas notícias, apesar de tudo, são de que toda a Europa e toda a economia mundial vai continuar a crescer. Pouco, mas cresce”, disse Pedro Siza Vieira.

O ministro falava aos jornalistas à margem do 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que começou esta quinta-feira em Viana do Castelo.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) melhorou a previsão para o défice português para 0,1% este ano e défice zero no próximo, em linha com o Governo, descendo em uma décima, para 1,8%, a estimativa para o crescimento económico em 2020.

Já para a Zona Euro, a organização melhorou em uma décima a previsão de crescimento económico este ano e no próximo, para 1,2% e 1,1%, respetivamente, e indica que é adequada uma política monetária muito acomodatícia.

“Também gostava de fazer notar que a OCDE relativamente a Portugal, não só está absolutamente alinhada nas previsões orçamentais do Governo português ao nível da consolidação do nosso défice e da redução da nossa dívida, mas também manifesta que as reformas estruturais que estão a ser realizadas vão permitir continuar a ter ganhos de competitividade nas nossas exportações e é isso que nos vai permitir continuar a crescer acima da média da União Europeia”, acrescentou o governante.

Aquilo que temos como objetivo, que é aproximar o nosso nível de vida, a nossa economia dos níveis europeus – esse processo vai no quarto ano consecutivo – vai-se continuar a prolongar. E essa ambição de convergência numa década é aquela que é importante para nós”, disse ainda Pedro Siza Vieira.

A OCDE alinhou, assim, as projeções com as do Governo português, que antecipou, no projeto de plano orçamental, enviado a Bruxelas em 15 de outubro, um défice de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e défice nulo em 2020.

“Prevê-se que a política orçamental permaneça prudente”, indica a OCDE, adiantando que o rácio da dívida pública em relação ao PIB deve continuar a descer. A organização prevê que a dívida pública recue para 119,3% do PIB este ano (a mesma previsão do Governo) e para 117,1% no próximo ano.

“O aumento da eficiência dos gastos públicos irá apoiar a criação de amortecedores orçamentais para enfrentar choques imprevistos e o impacto orçamental do envelhecimento da população”, lê-se no documento. A OCDE aponta ainda os “progressos significativos dos bancos no reforço dos seus balanços e redução do crédito malparado, apoiando o aumento da concessão de crédito e do consumo”.

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Marcelo: Direito de manifestação deve ser encarado com serenidade

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

O Presidente da República considera que a manifestação das forças policiais é "um direito legítimo dos portugueses", por isso, pede que seja encarado com serenidade.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta quinta-feira, questionado sobre a manifestação de profissionais da PSP e da GNR, que esse é “um direito legítimo dos portugueses”, que “deve ser encarado com serenidade”.

Questionado se considera legítimas as reivindicações dos polícias, o chefe de Estado respondeu: “Eu já tive ocasião no meu discurso de posse deste Governo que é um ponto para que tem de se olhar nesta legislatura, o estatuto das Forças Armadas e o estatuto das forças de segurança. Já disse isso“.

Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas sobre a manifestação desta quinta-feira convocada por associações de profissionais da PSP e da GNR enquanto visitava a feira de solidariedade Rastrillo, no Centro de Congressos de Lisboa.

Já na quarta-feira, questionado sobre este protesto, o Presidente da República tinha lembrado o discurso que fez na posse do atual Governo, há cerca de um mês, no qual pediu “atenção redobrada” ao estatuto das Forças Armadas e das forças de segurança.

Hoje, o chefe de Estado reiterou que “é um direito legítimo dos portugueses o direito de manifestação“, acrescentando: “Portanto, deve ser encarado com serenidade. A democracia faz-se disso. Há em todo o país neste momento várias lutas sociais, coisas que correm bem, coisas que correm menos bem. E a democracia é isso“.

“A diferença em relação à ditadura é o haver a livre manifestação, os direitos fundamentais consagrados na Constituição. E agora vamos esperar os acontecimentos”, completou.

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