Grupo Dia conclui “com sucesso” aumento de capital de 605 milhões

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

O grupo de supermercados espanhóis Dia, dono do Minipreço em Portugal, indica que "a operação demonstra a confiança dos investidores no futuro da empresa".

O grupo Dia “concluiu com sucesso” o aumento de capital de 605 milhões de euros, “mais um passo para fortalecer a estrutura de capital da empresa”, informou esta quinta-feira a multinacional do setor de distribuição alimentar.

Em comunicado, o grupo de supermercados espanhóis Dia, dono do Minipreço em Portugal, indica que “a operação demonstra a confiança dos investidores no futuro da empresa”.

O Dia adianta que “passa a concentrar-se exclusivamente no desafio de transformação do seu negócio”, “um projeto que conta com a confiança e o apoio da L1 Retail e de todos os quadros de direção da empresa, que irão estar focados nos próximos três ou quatro anos na melhoria das operações e no desenvolvimento de um modelo moderno de proximidade”.

“Gostaria de agradecer aos nossos investidores pelo interesse e apoio à empresa que demonstraram ao investir nesta fase e pela decisão de nos acompanhar na nossa jornada de recuperação”, afirma o presidente do Conselho de Administração do grupo Dia, Stephan DuCharme, citado no comunicado.

A Distribuidora Internacional de Alimentación (DIA) é uma multinacional do setor da distribuição alimentar, produtos para o lar, beleza e saúde que opera em Espanha, Portugal, Brasil e Argentina. Fundado em 1979, o grupo conta com mais de 46.500 colaboradores e mais de 6.000 pontos de venda.

Em Portugal, o grupo Dia tinha, no final do ano passado, 223 estabelecimentos próprios e 309 franchisados com as marcas Minipreço, Mais Perto e Clarel.

No primeiro semestre, o grupo teve prejuízos de 418 milhões de euros, multiplicando por 14 os resultados negativos apresentados há um ano.

De acordo com a informação enviada à Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), o regulador de mercados espanhol, em setembro, o grupo Dia registou vendas líquidas de 3.400 milhões de euros na primeira metade do ano, uma descida de 7% em relação ao mesmo período de 2018.

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Bruxelas aprova compra da Tranquilidade pela Generali

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

Comissão Europeia aprovou a compra da Seguradoras Unidas e Advance Care pelos italianos da Generali, num negócio de 600 milhões. Bruxelas diz que operação não levanta problemas de concorrência.

A Comissão Europeia aprovou esta quinta-feira a compra das portuguesas Seguradoras Unidas e Advance Care ao grupo norte-americano Apollo pelo grupo italiano Generali, um negócio no valor estimado de 600 milhões de euros.

O executivo comunitário adiantou, em comunicado, que o negócio não levanta quaisquer questões de concorrência “dadas as pequenas sobreposições horizontais entre as atividades das empresas no mercado de serviços de seguros de vida e não-vida em Portugal e as pequenas relações verticais que surgem nos serviços de gestão de seguros de saúde”

O grupo italiano Generali informou em julho a intenção de comprar ao fundo norte-americano Apollo a Seguradoras Unidas, dona da Tranquilidade e da Açoreana, por 510 milhões de euros e a AdvanceCare por 90 milhões de euros.

A Generali adiantou então que os valores estão sujeitos a eventuais ajustamentos na conclusão do negócio.

O grupo italiano indicou, no comunicado, que com o negócio “reforça a sua presença em Portugal” e “consolida a sua liderança na Europa” em linha com a sua estratégia de três anos, até 2021.

A Seguradoras Unidas é a companhia de seguros em Portugal que detém as marcas Tranquilidade, Açoreana e LOGO, tendo 15,5% da quota de mercado não-vida e 1,5 milhões de clientes.

Por seu lado, a AdvanceCare é um sistema integrado de saúde presente no mercado desde 1998, tendo um milhão de clientes sob sua gestão.

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Isaque Ramos reforça a equipa de fiscal da PLMJ

A área de fiscal da PLMJ conta com um novo sócio, a partir de dezembro. Para Isaque Ramos, a "exigência e inovação das soluções com que a PLMJ aborda os desafios do futuro foram fatores decisivos".

A sociedade de advogados PLMJ reforçou a equipa de fiscal com a integração do sócio Isaque Ramos. O advogado transita da sucursal portuguesa da McKinsey International, onde foi responsável pela gestão fiscal e jurídica de projetos em Portugal, e África, e irá começar a nova etapa a 1 de dezembro.

“É com grande ânimo e entusiasmo que integro a equipa de fiscal da PLMJ, que o mercado reconhece como uma das mais bem-sucedidas em Portugal e no espaço da lusofonia. A exigência e inovação das soluções com que a PLMJ aborda os desafios do futuro foram fatores decisivos para o início deste novo capítulo do meu percurso profissional”, afirma o futuro novo sócio da PLMJ.

Isaque Ramos centra a sua prática na área da consultoria, nos mercados nacionais e internacionais, tendo desenvolvido anteriormente a sua atividade na Ernst & Young e no departamento de corporate and international tax da KPMG. O novo sócio é ainda árbitro do Centro de Arbitragem Administrativa e colaborador do Instituto de Direito Financeiro e Fiscal, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

“É um passo decisivo na consolidação da estratégia de transformação que a PLMJ assumiu, com vista a prestar serviços jurídicos de elevada qualidade a clientes cada vez mais exigentes e que muito contribuiu para a recente atribuição do prémio de Corporate/M&A Law Firm Of The Year pela Chambers and Partners”, nota Luís Pais Antunes, managing partner da sociedade.

Sobre a contratação de Isaque Ramos, Luís Pais Antunes refere que o reconhecimento que ” alcançou na área de fiscal e na área da fiscalidade transacional” irá ajudar a sociedade a prosseguir o “movimento transformador” e a “alcançar uma posição de liderança entre as maiores sociedades de advogados nacionais”.

A equipa de fiscal da PLMJ, sob a responsabilidade dos sócios Serena Cabrita Neto (Lisboa) e Miguel C. Reis (Porto) e integrando igualmente o sócio João Velez de Lima (Porto), passa a ter quatro sócios, num total de 25 advogados, “reforçando a estratégia e a visão da PLMJ de ser, cada vez mais, o parceiro preferencial dos clientes empresariais e instituições financeiras”.

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Linha de Apoio à Qualificação da Oferta turística vai contar com mais 250 milhões de euros

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

O reforço da Linha de Apoio à Qualificação da Oferta, sindicada entre o Turismo de Portugal e 12 instituições de crédito, para os próximos quatro anos é de 250 milhões de euros.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital disse esta quinta-feira, em Viana do Castelo, que o Governo vai prorrogar e reforçar a Linha de Apoio à Qualificação da Oferta turística com orçamento adicional de 250 milhões de euros.

“Vamos reforçar a Linha de Apoio à Qualificação da Oferta [LAQO] para os próximos quatro anos, com mais 250 milhões de euros” para apoiar as empresas de turismo, disse, Pedro Siza Vieira, no 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que começa esta quinta-feira em Viana do Castelo.

A Linha de Apoio à Qualificação da Oferta é uma linha de crédito sindicada entre o Turismo de Portugal e 12 instituições de crédito, que termina a sua vigência no final do ano.

Segundo dados do ministério de Pedro Siza Vieira, desde 2016 até hoje, a LAQO apoiou 270 projetos de investimento, com 375 milhões de euros de investimento associado. Assim, com esta prorrogação, as empresas do turismo terão à sua disposição esta linha de crédito, com uma disponibilidade orçamental reforçada com mais 250 milhões de euros.

A LAQO tem como foco “estratégias de investimento que privilegiem o trabalho em rede por parte das empresas e a coesão do território” e que, segundo o ministério, aportem “a requalificação e reposicionamento competitivo das empresas, o desenvolvimento de projetos de investimento inovadores e o desenvolvimento de estratégias que incorporem a dimensão do digital e o valor da sustentabilidade (que promovam a transição energética, a descarbonização da economia e a economia circular)”.

Antes, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital tinha anunciado que o Governo vai reforçar o programa VIP.pt para captação de rotas aéreas com uma dotação de 10 milhões de euros.

O Programa VIP.PT apoia medidas, ações e projetos de promoção turística, que visem a valorização e divulgação da oferta turística nacional dirigidos aos canais de distribuição nos diversos mercados emissores, mediante a realização de campanhas de ‘marketing’ de destinos regionais.

O 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), conta com 450 participantes, sob o tema “Portugal: Preparar o Amanhã”.

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Quatro em cada cinco portugueses usa redes sociais

Em Portugal há cada vez mais pessoas a utilizarem a internet, sendo que a maior fatia corresponde aos estudantes. No que toca às redes sociais, quatro em cinco pessoas admite que têm uma conta.

Há cada vez mais pessoas a utilizar internet em Portugal, apesar de o país ainda estar longe da média europeia. No entanto, no que diz respeito às redes sociais o país das quinas está na linha da frente da União Europeia, com quatro em cinco utilizadores a participarem em redes como Facebook, Instagram ou Twitter.

Em 2019, 80,9% das famílias portuguesas têm acesso à internet em casa, sendo que o acesso é mais frequente nas famílias com crianças até aos 15 anos (96,3%) do que aquelas que não têm crianças até essa idade (76,5%). Por outro lado, da população residente entre os 16 e os 74 anos que utiliza a internet, a maior fatia diz respeito aos “estudantes (99,6%) e pessoas que completaram o ensino secundário (96,9%) e superior (98,7%)”, sublinha o gabinete de estatística.

Além disso, quase oito em dez dos agregados familiares (78%) liga-se à internet por banda larga, representando um aumento de 27 pontos percentuais desde o início da década. A Área Metropolitana de Lisboa (86,5%) e as Regiões Autónomas dos Açores (78,8%) e da Madeira (77,4%) são as regiões onde há cada vez mais pessoas a utilizar internet em Portugal, . Em contraciclo, está a região Norte (69,8%).

O que fazem na internet? Muitos portugueses utilizam-na para trocar mensagens instantâneas, enviar e receber e-mails, mas também aceder às redes sociais. “A proporção de internautas residentes que participaram em redes sociais (80,2% em 2019) mantém a tendência de crescimento verificada desde o início da série (mais 23,2 p.p. que em 2011), e continua a ser superior ao registado na UE-28 (65% em 2018)”, refere o inquérito à utilização de Tecnologias de Informação e da Comunicação nas Famílias, divulgado esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O INE dá destaque ao facto de muitos dos utilizadores da internet utilizarem-na para fazerem intervenções cívicas ou políticas. Quase 25% dos utilizadores de internet referiram ter tido uma intervenção cívica ou política na internet”, refere. O números mostram que “17,0% publicaram opiniões ou comentários sobre estas temáticas e 15,4% participaram em consultas online ou votações para contribuir para a decisão de questões cívicas ou políticas”, acrescenta.

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Álvaro Santos Pereira: “Temos que voltar às reformas estruturais”

Antigo ministro e diretor da OCDE, diz que Portugal tem de fazer reformas estruturais para crescer a níveis semelhantes aos das economias do leste europeu e aumentar investimento público na ferrovia.

Portugal tem de voltar a apostar em reformas estruturais que deem a capacidade à economia portuguesa de crescer a níveis superiores, mais perto das taxas dos países da Europa de Leste, disse à RTP o antigo ministro da Economia e atual diretor do departamento de estudos sobre países da OCDE, Álvaro Santos Pereira. O economista lembrou que Portugal tem a segunda taxa de investimento público mais baixa da OCDE, e pede mais investimento na ferrovia.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) publicou esta quinta-feira novas previsões para a economia mundial e para todas as economias que fazem parte da organização, incluindo Portugal. Para a economia portuguesa, a organização liderada por José Angél Gurría antecipa que a economia cresça 1,9% este ano (a mesma estimativa que a do Governo e das principais instituições internacionais), mas que abrande em 2020 e 2021 ao ritmo de uma décima por ano.

Num comentário feito à RTP a partir de Paris, onde a OCDE tem a sua sede, Álvaro Santos Pereira explicou que o abrandamento da economia portuguesa está a ser afetada pela conjuntura internacional, num cenário em que se prevê que a economia mundial tenha “as taxas de crescimento da economia mundial mais baixas desde a crise internacional”.

"Se Portugal está a crescer perto de 2% foi porque há uns anos fizeram reformas estruturais importantes, que fizeram libertar o crescimento económico, fizeram a economia andar e baixar o desemprego de cerca de 18% para 6% neste momento. O que temos de fazer é voltar às reformas estruturais.”

Álvaro Santos Pereira

Diretor do departamento de estudos sobre países da OCDE

“Obviamente a economia portuguesa, como é uma economia aberta, é afetada pela conjuntura internacional e prevemos que este ano efetivamente vamos ter um crescimento de 1,9%, para o ano de 1,8%, e em 2021 de cerca de 1,7%”, disse.

Questionado sobre como é que a economia pode voltar a acelerar, Álvaro Santos Ferreira disse que a organização defende que Portugal tem de voltar a apostar em reformas estruturais — um tema muito defendido durante o Governo PSD/CDS do qual fez parte, mas que os governos de António Costa têm rejeitado politicamente — que permitam aumentar a produtividade da economia portuguesa e dar-lhe a capacidade para crescer ao nível das economias do leste europeu.

“Se Portugal está a crescer perto de 2% foi porque há uns anos fizeram reformas estruturais importantes, que fizeram libertar o crescimento económico, fizeram a economia andar e baixar o desemprego de cerca de 18% para 6% neste momento. O que temos de fazer é voltar às reformas estruturais. Nós precisamos de continuar a melhorar a nossa competitividade, precisamos de apostar em politicas que dinamizem a nossa produtividade, que é muito baixa e tem crescido a ritmos demasiados baixos, e precisamos de estar a crescer aos ritmos que outros países da Europa de leste estão a crescer, 3% ou 2,5%. (…) Para consegui-lo, temos que reformar. Temos que voltar às reformas estruturais e é nisso que a OCDE tem insistido muito”, disse.

Em termos concretos, Álvaro Santos Ferreira destacou os baixos níveis de investimento público em relação a outros países da OCDE — “Portugal tem neste momento a segunda taxa de investimento público mais baixa da OCDE”, diz –, especialmente em infraestruturas que permitam a aumentar a competitividade da economia portuguesa, como é a ferrovia.

“É importante que o investimento público comece a ser reativado, não para fazer as famosas rotundas e pavilhões gimnodesportivos, que foram precisos mas agora não precisamos mais, agora o que precisamos é apostar em infraestruturas que aumentem a competitividade da economia portuguesa, como ferrovia em bitola europeia”, disse.

O economista disse que Portugal tem de apostar em ferrovia também para garantir que a população portuguesa tenha “um transporte digno”.

“Vamos ter problemas” se a banca não reduzir substancialmente o malparado

O antigo ministro da Economia nos primeiros anos do Governo PSD/CDS-PP, disse ainda que Portugal tem de continuar a fazer um esforço para que os bancos limpem os seus balanços dos elevados níveis de crédito malparado que ainda têm nas mãos.

Álvaro Santos Pereira reconheceu que foi feito trabalho nos últimos anos neste sentido, mas diz que Portugal ainda é o terceiro país da OCDE com níveis mais elevados de crédito malparado e que se a economia abrandar substancialmente os bancos podem ver-se em dificuldades novamente.

“Já se fez muito nos últimos anos ao nível de recuperar os bancos, mesmo assim continuamos com créditos malparados que são demasiado elevados, portanto é importante continuar a reduzir esses créditos malparados. Em todos os países da OCDE, Portugal é o terceiro país com o crédito malparado mais elevado, por isso temos de continuar na senda dos últimos anos que é diminuir a vulnerabilidade da banca porque sabemos muito bem que quando os bancos não estão de boa saúde, a economia não está de boa saúde”, disse.

“Quase sempre que quando as economias desaceleram muito isso tem um impacto muito grande no crédito malparado, e como nós ainda temos níveis de crédito malparado muito elevados, se não continuarmos a diminuir substancialmente esse crédito, se a economia mundial, europeia e consequentemente a portuguesa continuarem a desacelerar, nós vamos ter problemas mais à frente”, acrescentou.

Para isso, diz, é preciso ajudar as empresas portuguesas a reestruturarem-se e a negociar as suas dívidas, o que deverá resultar na necessidade dos bancos de assumirem perdas. Mas isso tem de “avançar o mais rápido possível” para que não haja “problemas no futuro”.

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Número de desempregados volta a recuar. Há 300 mil inscritos no IEFP

Em outubro, 300 mil pessoas estavam inscritas no IEFP, o que representa um recuo de 10,2% face ao mesmo mês do ano anterior. Em cadeira, a diminuição é ligeira: apenas 0,4%.

O número de desempregados inscritos nos Serviços de Emprego voltou a diminuir. Depois de, em agosto, ter sido interrompida a série de recuos que tinha sido iniciada em fevereiro deste ano, o número de inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) voltou a descer em setembro, o que se repetiu em outubro. Nesse último mês, a queda em termos homólogos foi de 10,2%, tendo sido registada, na variação em cadeia, uma diminuição bem mais modesta: apenas 0,4% para 300 mil.

“No fim do mês de outubro de 2019, estavam registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 300.019 indivíduos desempregados, número que representa 65,9% de um total de 455.402 pedidos de emprego. O total de desempregados registados no país foi inferior ao verificado no mesmo mês de 2018 (-34.222, -10,2%) e no mês anterior (-1.263, -0,4%)“, explica o IEFP, na nota divulgada esta manhã.

Número de inscritos no IEFP está em queda há dois meses

Fonte: IEFP

Por distribuição geográfica, em termos homólogos, o desemprego diminui em todas as regiões do país, destacando-se a região de Lisboa e Vale do Tejo (-12,1%), a região do Norte (-11,3%) e a região autónoma dos Açores (-9,2%).

O grupo dos trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices foi aquele que “apresentou a mais expressiva descida percentual do desemprego”: 14,6%. Seguiram-se os trabalhadores de serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores (com uma descida de 10,4%), os técnicos e profissões de nível intermédio (menos 10,8%), os especialistas das atividades intelectuais e científicas (menos 10,3%) e os trabalhadores não qualificados (menos 10,1%).

De notar ainda que o desemprego diminuiu em todos os setores de atividade económica face ao mesmo período do ano anterior, tendo sido registada a queda mais pronunciada no setor secundário: 10,4%.

“A desagregação por ramo de atividade económica permite ainda observar que as descidas percentuais mais acentuadas, por ordem decrescente, se verificaram nas atividades de: ‘Construção’ (-18,7%), ‘Fabricação de outros produtos minerais não metálicos’ (-13,6%) e ‘Indústria do papel, impressão e reprodução’ (-11,1%)”, detalha o IEFP.

Quanto às ofertas de emprego por satisfazer, no final de outubro, totalizavam-se 17.896, o que corresponde a uma redução anual de 11,5% e mensal de 5,4%.

(Notícia atualizada às 11h58 com mais informação)

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Certificados captam 24 milhões em outubro. Meta do Governo comprometida

Com dois meses para o fim do ano, tudo indica que o Governo falhará meta de captação de poupanças junto das famílias. Certificados captaram 24 milhões em outubro.

O investimento nos produtos de poupança do Estado acelerou ligeiramente em outubro, mas os certificados continuam a perder brilho junto dos aforradores nacionais. Feitas as contas, o valor aplicado nos certificados de aforro e nos do Tesouro engordou apenas 24 milhões de euros no mês passado, um aumento tímido face a setembro. Com dois meses para o fim do ano, tudo indica que o Governo falhará meta de captação de poupanças junto das famílias.

De acordo com o último boletim estatístico do Banco de Portugal, o investimento em certificados de aforro e do Tesouro cresceu 686 milhões de euros desde o início do ano até outubro. O objetivo para este ano passa por obter 1.000 milhões junto dos pequenos aforradores, pelo que o IGCP terá de “juntar” mais de 300 milhões de euros em novembro e dezembro para cumprir a meta.

Os dados mostram que as aplicações nos certificados do Tesouro cresceram 18 milhões de euros em outubro, renovando, ainda assim, um novo máximo histórico nos 16.977 milhões de euros. Estes títulos continuam a ser a grande aposta das famílias, tendo já captado 559 milhões de euros ao longo deste ano, mas vão perdendo fulgor aos poucos, perante o vencimento das primeiras emissões de Certificados do Tesouro de Poupança Mais (CTPM) subscritos há cinco anos.

Certificados aumentam em outubro

Fonte: Banco de Portugal

Já os investimentos em certificados de aforro aumentaram seis milhões de euros no mês transato, com as aplicações totais a ascenderem a 11.999 milhões de euros, o valor mais elevado desde setembro de 2017. Após dois anos seguidos de resgates líquidos, este produto tem vindo a recuperar terreno este ano: as aplicações ascendem a 127 milhões de euros desde janeiro.

Outubro voltou a ser um mês “pobre” na captação de poupanças, à semelhança do que tinha sido o mês de setembro. Ainda assim, nunca o Estado teve à sua guarda tanto dinheiro dos portugueses como atualmente. No final do mês passado, o investimento em certificados totalizava 28.976 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 11h20 com mais informação)

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Juros implícitos no crédito da casa caem pelo terceiro mês

Taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em 1,038%, em outubro. Caiu pelo terceiro mês depois dos máximos em agosto.

A taxa de juro implícita no crédito à habitação fixou-se em 1,038% em setembro, uma redução de 2,7 pontos base face ao mês anterior, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se da terceira queda consecutiva desta taxa, isto depois de os juros terem atingido máximos de três anos em agosto.

“Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu para 1,061%”, um mínimo de mais de um ano, nota o INE. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, “a taxa de juro para este destino de financiamento diminuiu para 1,12%”.

Perante a redução da taxa implícita, o valor médio da prestação vencida também encolheu. Na totalidade dos contratos reduziu-se em um euro por mês, enquanto no caso do da Aquisição de Habitação manteve-se em 273 euros, segundo os dados disponibilizados pelo gabinete de estatísticas, sendo que a maior fatia do valor pago corresponde a amortização de capital, com as famílias a beneficiarem da política de taxa de juro 0% do Banco Central Europeu.

O contexto de juros baixos, que mantém as Euribor em terreno negativo, mas também a redução dos spreads cobrados pela banca no crédito à habitação coloca pressão na taxa implícita dos créditos para a compra de casa, isto ao mesmo tempo que acaba por incentivar à aquisição de imóveis com recurso a financiamento.

Assim, de acordo com o INE, em outubro, “o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 18 euros face ao mês anterior, fixando-se nos 53 231 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida fixou-se em 103.208 euros, menos 1.870 euros do que em setembro”.

(Notícia atualizada às 11h09 com mais informação)

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Patris quer afastar Nelson Tanure da administração da Pharol. AG marcada para 18 de dezembro

Os acionistas da Pharol vão ser chamados a votar duas propostas da Real Vida Seguros para reduzir o número de lugares na administração e afastar o empresário brasileiro Nelson Tanure.

Os acionistas da Pharol PHR 0,98% vão votar, a 18 de dezembro, duas propostas da Real Vida Seguros para reduzir o número mínimo e máximo de membros do Conselho de Administração e afastar o empresário brasileiro Nelson Tanure deste órgão da sociedade. A Real Vida Seguros, detida pela Patris, do empresário Gonçalo Pereira Coutinho, comprou 4,34% dos direitos de voto da Pharol em outubro.

Num comunicado enviado à CMVM, a Real Vida Seguros explica que “os números mínimo e máximo de membros do Conselho de Administração” da Pharol, respetivamente nove e onze, foram fixados “num momento em que se antevia um vasto escopo para a atividade da sociedade”. No entanto, a empresa aponta que, atualmente, a Pharol limita-se “à gestão da participação social” que tem na operadora Oi — e, por esse motivo, o número mínimo de administradores deverá ser alterado para três e o máximo para sete.

Mas a intenção vai mais além. Se os acionistas aprovarem esta alteração nos estatutos, a Real Vida Seguros propõe que seja votada a destituição de três dos atuais administradores: Nelson Tanure, Jorge das Neves e Aristóteles Drummond.

O nome de Tanure destaca-se por ter sido o empresário brasileiro que tentou controlar a Pharol e a Oi, e cuja participação na cotada nacional nunca foi clara, o que chegou a desencadear uma averiguação por parte da CMVM e posterior decisão de retirar os direitos de voto na Pharol a três sociedades ligadas ao empresário. Nos últimos meses, essas empresas têm vindo a reduzir a sua posição na empresa portuguesa.

O ECO contactou Nelson Tanure, mas o empresário brasileiro não reagiu

O Conselho de Administração da Pharol é presidido por Luís Palha da Silva. Para além dos três nomes que a Real Vida Seguros quer destituir, têm assento neste órgão Jorge Cardoso, Maria do Rosário Correia, Pedro Leitão, Avelino Rodrigues e Maria Leonor Modesto.

(Notícia atualizada às 14h14 com contacto a Nelson Tanure)

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Endividamento da economia volta a subir. Passou os 725 mil milhões de euros em setembro

O endividamento da economia portuguesa voltou a crescer em setembro, superando os 725 mil milhões de euros. Trata-se da segunda subida mensal. No terceiro trimestre, o endividamento está em 348,3%.

O endividamento da economia portuguesa voltou a crescer em setembro, superando os 725 mil milhões de euros, revelam dados do Banco de Portugal publicados esta quinta-feira. No entanto, no terceiro trimestre, o endividamento medido em percentagem do PIB recuou para 348,3%.

Segundo os dados do banco central, o endividamento da economia portuguesa atingiu em setembro os 725,8 mil milhões de euros, depois de no mês anterior ter ficado em 724 mil milhões de euros. Foi a segunda subida mensal consecutiva.

Apesar do aumento, o valor no trimestre, medido face à riqueza produzida, apresentou uma correção. No segundo trimestre, o endividamento tinha ficado em 349,7% do PIB, uma marca que recuou para 348,3% do PIB no período entre julho e setembro.

Evolução do endividamento

Fonte: Banco de Portugal. Valores em mil milhões de euros

Quando comparado com o trimestre homólogo, este indicador mostra também uma tendência de correção, já que há um ano correspondia a 358,7% do PIB.

Mais endividamento privado

Este aumento de 1,9 mil milhões de euros “deveu-se, essencialmente, ao acréscimo de 1,7 mil milhões de euros no endividamento do setor privado e de 200 milhões de euros no endividamento do setor público”, avança o banco central.

No caso das empresas o acréscimo de endividamento foi transversal a todo o tipo de empresas, independentemente da sua dimensão. Já no caso dos particulares, a subida mensal no endividamento resulta de outros tipos de crédito que não o que se destina à habitação.

O endividamento do setor não financeiro dá uma medida do endividamento da economia, mas deixa de fora a dívida das instituições financeiras. Estes valores não estão consolidados entre setores, pelo que apresentam registos tão elevados, já que não descontam as dívidas entre setores.

O Banco de Portugal acrescenta que “em setembro, a taxa de variação anual do endividamento total das empresas privadas foi de 1,5%, menos 0,1 pontos percentuais (p.p.) do que o registado no mês anterior. A taxa de variação anual do endividamento total dos particulares aumentou 0,2 p.p., para 0,5%”.

(Notícia atualizada às 11h28 com mais informação)

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A transformação no sector segurador – áreas de oportunidade e de preocupação

  • ECOseguros + EY
  • 21 Novembro 2019

Luis Pinto, Associate Partner, EY, Financial Services, fala sobre a transformação digital no sector segurador.

A transformação digital no sector segurador é, tal como em muitos outros sectores de atividade, uma prioridade, que tem inclusivamente levado a algumas dissertações sobre se tal implicará a extinção total do negócio tradicional dos seguros como o conhecíamos até aqui ou antes uma nova forma de pensar e agilizar a comercialização de seguros, nas suas diversas componentes.

O caminho que se pretende trilhar traduz-se, resumidamente, na procura crescente de novos mecanismos de comunicação inseridos em plataformas online e oferta de produtos e serviços tradicionais de uma forma mais rápida e eficiente, devidamente ajustada à nova realidade económico-social. Procura-se, portanto, potenciar a facilidade de acesso a qualquer produto/serviço segurador, procurando reduzir os aspetos burocráticos que tradicionalmente “emperram” a concretização das operações.

Mas será que a transformação digital é, efetivamente, reflexo de uma reorganização estrutural do sector ou apenas a “máscara” visível de uma estrutura por vezes ainda demasiado burocrática e assente em processos e procedimentos tradicionais em que tal transformação ainda não teve oportunidade (ou possibilidade) para ocupar o seu lugar?

Será que as funções de suporte de uma Seguradora (como aliás de qualquer Instituição Financeira), essenciais no bom desempenho de uma Companhia, caminham lado a lado com as áreas que levam o negócio aos clientes ou continuam separadas e a operar a duas velocidades?

Embora por vezes esquecidas neste processo, a verdade é que tais áreas de suporte enfrentam desafios relevantes de transformação (digital) para acompanhar a face mais visível para o mercado/público em geral, de modo a endereçar as necessidades e oportunidades com que o sector segurador se depara atualmente.

Neste contexto, e em concreto no que respeita à área fiscal enquanto área de suporte, importa dotá-la de ferramentas e recursos tecnologicamente evoluídos para fazer face às (cada vez mais) exigentes demandas dos diferentes “utilizadores” da informação de natureza fiscal que processam, incluindo a Autoridade Tributária.

É certo que as Companhias já processam esta informação e dispõem de mecanismos para o seu tratamento, mas não é menos verdade que muitos desses processos foram implementados numa fase anterior e foram sendo adaptados à medida das necessidades, de forma reativa (e não proactiva) a cada alteração legislativa.

E com o ritmo crescente a que se processam as diversas obrigações que impendem sobre as Instituições Financeiras, decorrentes de uma multiplicidade de reportes de informação exigíveis, facilmente se percebe a importância que deve ser conferida a este tema.

Este novo paradigma é, assim, e também, uma oportunidade para a transformação digital estrutural das funções de suporte das Companhias, com o objetivo de minimização dos custos e maximização da eficiência das tarefas de tratamento de informação de natureza fiscal, permitindo, em simultâneo, dotar estas áreas de ferramentas analíticas para um maior controlo sobre a crescente quantidade (e qualidade) de informação fiscal a ser produzida.

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