Google Assistant já fala em português de Portugal, mas não em todos os dispositivos.

O assistente virtual da Google já fala em português de Portugal, ainda que de forma limitada. Nas definições de alguns aparelhos, contudo, o idioma ainda surge como "PT-BR" e não "PT-PT".

Alguns utilizadores do assistente virtual da Google já podem definir a tecnologia para responder em português de Portugal, um passo importante para desbloquear o potencial desta funcionalidade no país.

Fonte oficial da Google confirmou ao ECO que “estão a decorrer testes”, mas não deu mais detalhes. Tudo aponta para que a empresa ainda esteja a alinhavar os últimos detalhes desta novidade, antes de a anunciar oficialmente.

Nas últimas semanas, nas redes sociais, alguns utilizadores que já usavam o Google Assistant em português do Brasil repararam no novo sotaque do assistente, apesar de, nas definições de alguns aparelhos, a linguagem ainda aparecer identificada como “PT-BR“. Noutros dispositivos, contudo, já surge a indicação de “PT-PT”.

Os testes feitos pelo ECO mostram que a pronúncia do Google Assistant em PT-BR já tem o sotaque de Portugal, ainda que de forma limitada. Ao dizer “Ok, Google. Bom dia”, o assistente responde “Confira estas imagens”, mostrando, de seguida, uma pesquisa no motor de busca por imagens relacionadas com “bom dia”.

Além disso, a voz do Google Assistant em PT-PT é feminina. Noutros idiomas, é possível escolher entre várias vozes com nomes de cores, algumas delas neutras do ponto de vista de género. Isto é, que não permitem apurar se são masculinas ou femininas.

Para experimentar, aceda à aplicação Google no seu smartphone, aceda à aba “Mais” e siga este caminho: “Definições” -> “Google Assistant” -> “Assistant” -> “Idiomas” e escolha PT-BR (ou PT-PT, se o seu dispositivo já tiver essa opção).

Os assistentes virtuais têm feito furor noutros mercados, como Reino Unido e EUA. A Amazon foi pioneira com a gama de produtos Echo e a assistente Alexa, que permite marcar apontamentos no calendário do telemóvel ou ligar as luzes de casa com recurso à voz. Não há dados sobre a penetração destes aparelhos em Portugal, mas há quem já use estes aparelhos nos telemóveis e em casa, ainda que em PT-BR ou em inglês.

A Alexa, a Siri do iPhone e a Cortana do Windows ainda não falam português de Portugal. Por isso, há vários anos que os portugueses aguardam novidades nesta vertente. O lançamento do idioma PT-PT em Portugal poderá ainda dar um impulso ao comércio eletrónico, uma vez que a maioria destes assistentes permite encomendar produtos com recurso a comandos de voz.

(Notícia atualizada às 15h50 com reação da Google)

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Aumento do salário mínimo para 635 euros era “linha vermelha”, mas UGT quer mais

À saída da reunião de concertação social, Carlos Silva disse que o aumento para 635 euros era a linha vermelha da UGT. Mas valor não é suficiente para "Portugal sair da cauda Europa".

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, demonstrou-se satisfeito com a proposta apresentada pelo Governo em aumentar o salário mínimo nacional para 635 euros já a partir de 1 de janeiro de 2020, mas quer mais. Carlos Silva desvalorizou ainda os “cenários catastróficas da parte das entidades empregadoras”, que referiram que a economia portuguesa poderia não suportar este aumento.

A UGT já tinha determinado que para nós a linha vermelha seriam os 635 euros“, começou por dizer o líder da central sindical, em declarações transmitidas pela RTP3, acrescentando que “o fundamental é que os trabalhadores portugueses com o salário mínimo nacional vejam o seu rendimento bruto aumentado, pelo menos, em 35 euros a partir de janeiro”.

Segundo Carlos Silva, a proposta do Governo “teve o apoio da UGT” e vai ser avaliada, “ano após ano, até se atingir os 750 euros”. O líder da central sindical acredita que este aumento vai “impulsionar a subida geral dos salários” e avançou que já há até uma reunião marcada com o Governo para dia 27 de novembro, no sentido de começar a discutir-se “um acordo sobre a política de rendimentos, competitividade e preços”. A ideia passa por recuperar a tradição da década de 80 de estipular um referencial para a contratação coletiva que era acordado em concertação social.

Para a UGT o aumento de 750 até ao final da legislatura não é suficiente para Portugal “sair da cauda da Europa”, mas já é um “princípio”. “Temos de combater a pobreza, as desigualdades. Portugal tem de sair da cauda da Europa e não é com 750 euros em 2023 que isso vai acontecer. Mas de qualquer forma, isto é um princípio que apoiamos“.

Questionado se estaria disposto a mexer no Fundo de compensação salarial, Carlos Silva não descarta essa possibilidade, mas é cauteloso. “Este dinheiro são muitos milhões e também não queremos que sirva de apelo de glutão, para um qualquer Governo tal qual como aconteceu com os fundos pensões da banca para o Estado, para resolver problemas de défice ou que venha também a acontecer para tapar buracos orçamentais“, assinalou.

O líder da UGT desvalorizou ainda o “cenário muito catastrofista da parte das entidades empregadoras”, sublinhado que também a central sindical faz a mesma leitura “com base nos cenários macroeconómicos, no crescimento, na produtividade, na inflação e também no esforço que o salário mínimo representa para Portugal”, disse ainda nas declarações no final do encontro com o Governo.

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Pintura de Monet “Charing Cross Bridge” rende 25 milhões em leilão em Nova Iorque

  • Lusa
  • 13 Novembro 2019

A Sotheby's vendeu por 25 milhões de euros uma pintura de Claude Monet, "Charing Cross Bridge" num leilão em Nova Iorque, de arte impressionista e moderna.

A Sotheby’s vendeu por 27,6 milhões de dólares (25 milhões de euros) uma pintura de Claude Monet, “Charing Cross Bridge”, na terça-feira à noite em Nova Iorque num leilão de arte impressionista e moderna.

O trabalho de Monet reflete a ponte ferroviária de Charing Cross, imersa no nevoeiro e na luz brilhante que emerge numa composição luminosa da famosa Londres retratada pelo pintor francês.

Outra das obras em destaque na noite de leilão foi “La Corne d’Or (Constantinopla)”, de Paul Signac, vendida por 14,7 milhões.

A pintura do espanhol Pablo Picasso “Nus” foi vendida abaixo do planeado, rendendo 9,9 milhões de dólares (nove milhões de euros), metade do valor máximo estimado.

No total, no leilão foram arrecadados 208,9 milhões de dólares (190 milhões de euros).

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Modernização do local de trabalho pode gerar retorno de 1.900 milhões de euros às empresas

Empresas que optem pela transformação do local de trabalho -- incluindo tecnologia, operações, cultura e experiência dos colaboradores -- podem obter receitas adicionais na ordem dos 1.900 milhões.

Todos nós gostamos de estar e de trabalhar em locais que nos deem prazer, que nos transmitam uma sensação de conforto, que tenham uma ambiente moderno e adaptado às nossas necessidades atuais. Assim, torna-se importante os empregadores olharem para o lado estético e funcional da sua empresa pois, funcionários com melhores condições serão mais felizes e, por conseguinte, mais produtivos.

É possível gerar receitas adicionais agregadas na ordem dos 1.900 milhões de euros (dois mil milhões de dólares) anuais para as empresas que optem pela transformação do local de trabalho, incluindo tecnologia, operações, cultura e experiência dos colaboradores. Ao implementarem uma estratégia integral para melhorar a experiência no espaço empresarial (workplace experience), as empresas podem realmente vir a alcançar um retorno de investimento, assinala um estudo realizado pela Avanade, líder no fornecimento de serviços inovadores e experiências baseadas no ecossistema Microsoft.

Com os novos tempos, as prioridades das pessoas alteraram-se: procuramos cada vez mais uma ligação emocional com o espaço envolvente. Desta forma, também na ótica do trabalhador, o bem-estar no seu local de trabalho passa a ser uma prioridade, tal como o equipamento avançado que este possa proporcionar-lhe. Deve, por isso, ressalvar-se e priorizar-se a interação entre o trabalhador e o seu espaço de trabalho, o que este sente e o que o ambiente o faz sentir.

Quando falamos desta experiência por parte dos funcionários de uma empresa com o meio envolvente e a estratégia de melhoramento da mesma, estamos a referir-nos à designação de workplace experience.

A modernização do local de trabalho é um elemento fulcral como impulsionador de valor de negócio. (…) Modernizar as plataformas tecnológicas, os serviços e os espaços de trabalho físicos, ‘reimaginar’ a cultura e a experiência dos colaboradores, e otimizar os processos quotidianos são elementos diferenciadores. A maioria das organizações, neste aspeto, ainda não estão onde necessitam de estar”, explica Tiago Minchin, country manager da Avanade Portugal, citado em comunicado.

Com cerca de 1.375 inquiridos em todo o mundo (dos quais fizeram parte CEOs, diretores de recursos humanos, operações, TI e Marketing, de vários setores de negócio), os dados do relatório da Avanade estimam a possibilidade de um aumento de 16% das receitas anuais da empresa e uma redução de custos operativos em 13% com a transformação do local de trabalho que inclui tecnologia, operações, cultura e experiência dos colaboradores.

Como melhorar os espaços de trabalho?

Apesar de as organizações ainda não estarem a investir nesta prática, “95% dos inquiridos estão de acordo que, para maximizar o seu ROI, necessitam de colocar a experiência no local de trabalho no centro da sua estratégia de transformação do negócio”, afirma Tiago Minchin. Até porque importa ressalvar que 94% da amostra identificou os seus trabalhadores como a principal fonte das vantagens competitivas para o seu negócio.

Neste sentido, uma transformação de sucesso assente na experiência no local de trabalho requer, para 96% dos entrevistados, uma abordagem mais holística. Contudo, embora os argumentos a favor da transformação do local de trabalho sejam convincentes, segundo os resultados deste estudo, existem ainda obstáculos a serem enfrentados em várias áreas. Quase 47% das pessoas citaram a modernização da TI como um desafio importante e quase um terço (34%) mencionou a evolução da qualificação dos empregados, recrutamento de talento e gestão de TI como dificuldades extras que as empresas precisam ultrapassar para implementar estratégias verdadeiras de experiência no espaço de trabalho.

De modo geral pode concluir-se que, para uma transformação bem-sucedida da experiência de trabalho, existem quatro elementos essenciais: modernização das plataformas e serviços no local de trabalho (considerado importante por 96% das pessoas envolvidas no estudo); otimização e modernização das operações (necessidade apontada por 96%); fechar a diferença entre a experiência física e digital (questão apontada por 95%); por fim, repensar a cultura e a experiência dos empregados (algo fundamental para 94% dos inquiridos).

No fundo, este resultados mostram que oferecer uma grande experiência aos funcionários já se tornou tão importante como oferecer uma grande experiência aos clientes.

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Catarina Martins diz que “está tudo em aberto” nas negociações do OE2020

  • Lusa
  • 13 Novembro 2019

Líder do Bloco de Esquerda refere que "está tudo em aberto" nas negociações com o Governo referentes ao Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano e que agora as conversas serão "setor a setor".

A coordenadora nacional do BE, Catarina Martins, assinalou esta quarta-feira que “está tudo em aberto” nas negociações com o Governo referentes ao Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano e que agora as conversas serão “setor a setor”.

“Nós estamos em negociações e está tudo em aberto. Vamos ver setor a setor o caminho que é possível fazer”, respondeu a líder bloquista aos jornalistas, quando questionada se o partido estaria disponível para votar favoravelmente o documento.

Catarina Martins falava à comunicação social na Assembleia da República, em Lisboa, no final de uma reunião com a Fenprof [Federação Nacional dos Professores], sobre os resultados do encontro de terça-feira com o primeiro-ministro, António Costa, na residência oficial do chefe do Executivo, em São Bento, Lisboa, sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2020.

Notando que “o trabalho começou agora“, Catarina Martins indicou que o encontro de terça-feira “foi uma primeira reunião em que o Governo trouxe alguns dos seus dados, alguns dos seus números”, e o Bloco levou “as preocupações” que tem, “questões tão essenciais como aumentar os salários, aumentar as pensões, reforçar os serviços públicos, responder às questões do investimento, responder às questões fiscais”.

Mas, de acordo com a líder do BE, ainda está tudo em aberto: “Começámos agora o trabalho, vamos ver nos próximos dias. Nós sempre dissemos que o Bloco de Esquerda tinha essa disponibilidade negocial mas, como digo, foi só uma primeira reunião, teremos de fazer mais caminho nos próximos dias, até do ponto de vista setorial, é esse o trabalho que está a ser preparado”.

A coordenadora bloquista considerou igualmente que a reunião de terça-feira “só teve sentido porque houve disponibilidade de ambas as partes” para agora desencadear “um trabalho setor a setor, área a área”.

“Se essa disponibilidade não existisse, não existia nenhum entendimento para um orçamento de tipo nenhum, o que seria grave”, alertou, ressalvando de seguida que “não aconteceu isso”.

“Temos disponibilidade, identificámos as áreas que são mais complicadas, onde é preciso fazer mais trabalho, e temos agora algum tempo, não muito, mas cá estaremos, empenhadamente para, nas várias áreas, encontrar soluções”, precisou.

Questionada se a recuperação integral do tempo de serviço dos professores é uma linha vermelha para o próximo Orçamento do Estado, Catarina Martins indicou que “os próprios sindicatos querem agora um processo negocial sobre esta matéria”.

“Nós achamos que essa negociação é importante”, salientou, escusando-se a adiantar mais pormenores sobre como estão a decorrer as negociações com o executivo liderado pelo socialista António Costa.

“Já devem ter percebido que o Orçamento do Estado está em negociação e eu, sobre essa matéria, não vou avançar mais. As negociações fazem-se à mesa, já o disse várias vezes”, vincou.

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Deputados do PS querem ouvir Banco de Portugal sobre comissões em grandes depósitos

  • Lusa
  • 13 Novembro 2019

Grupo parlamentar do PS vai pedir a audição no Parlamento do Banco de Portugal e da Associação Portuguesa de Bancos (APB) sobre a eventual cobrança de comissões sobre os depósitos de grandes clientes.

O grupo parlamentar do Partido Socialista vai pedir a audição no Parlamento do Banco de Portugal e da Associação Portuguesa de Bancos (APB) sobre a eventual cobrança de comissões sobre os depósitos de grandes clientes.

Em resposta à Lusa, os socialistas referem que o programa do Governo “já prevê a avaliação do quadro regulatório das comissões bancárias”, que proíbe a cobrança de juros negativos sobre os depósitos, e consideram que “o fundamental é continuar a assegurar a confiança dos aforradores no sistema bancário e a estabilidade económica e financeira”.

Nesse sentido, acrescentam, vão pedir que sejam ouvidos na comissão de Orçamento e Finanças o Banco de Portugal e a Associação Portuguesa de Bancos sobre “as comissões bancárias que recaem sobre os grandes depósitos”, tal como noticia esta terça-feira o jornal Público.

Na semana passada, a Lusa também contactou os outros grupos parlamentares sobre o tema da eventual cobrança de comissões sobre os depósitos bancários de grandes clientes, mas para já não obteve resposta. O Banco de Portugal também não se pronunciou sobre o tema.

Os bancos, nomeadamente através da associação que os representa, a Associação Portuguesa de Bancos, têm feito pressão junto dos decisores para poderem cobrar juros nos depósitos de grandes clientes, nomeadamente clientes institucionais e grandes empresas multinacionais.

Os bancos portugueses têm-se queixado de que os depósitos de grandes clientes institucionais os penalizam, uma vez que os bancos não podem cobrar juros negativos, ao contrário de outros países europeus, e ainda têm de aplicar esse excesso de liquidez no Banco Central Europeu (BCE), que lhes cobra juros para isso.

Além disso, referem, há grandes empresas a mudarem os depósitos para bancos portugueses, já que nos seus países de origem têm de pagar para os ter nos bancos.

Os bancos têm, contudo, dito que não têm intenção de cobrar juros por depósitos nem a particulares nem a pequenas e médias empresas (PME).

Atualmente há bancos a cobrarem comissões nos depósitos de bancos e outras instituições financeiras, após autorização do Banco de Portugal.

Este é o caso do BPI, cujas contas dos primeiros nove meses do ano revelaram que os depósitos de investidores institucionais (como fundos de investimento) e financeiros diminuíram 63% para 350 milhões de euros em setembro, face aos 945 milhões de euros de final de 2018, após a cobrança desde junho de uma comissão de 0,3% sobre depósitos de clientes financeiros. O banco irá aumentar esta comissão para 0,5% no final do ano com o objetivo de reduzir ainda mais esses depósitos.

Em setembro, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa dos depósitos bancários de -0,40% para -0,50%, aumentando o valor que os bancos pagam para aí aplicar o seu excesso de liquidez (dinheiro que não emprestam), mas introduziu um sistema de dois escalões que possibilita que uma parte do excesso de liquidez do setor não pague este custo, o que deverá poupar milhões de euros aos bancos portugueses.

A taxa de juro média dos novos depósitos constituídos em setembro fixou-se em 0,08%, um novo mínimo histórico, segundo dados do Banco de Portugal. No mesmo mês, a taxa de juro média dos depósitos da zona euro ficou em valores negativos.

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Catalyst e um novo paradigma da economia

A Catalyst | Inspiring Future Fashion esteve no Santander Work Café Talks a explicar como está a fazer a ponte entre a indústria e as novas marcas, para a criação de um setor têxtil responsável.

Ana Costa da Catalyst foi a convidada da quarta Work Café Talk, que junta o Eco ao Santander, numa sessão em que explicou como nasceu a plataforma que quis acelerar marcas de moda responsáveis.

Criado este ano, o projeto está a crescer assim como crescem as pontes que estão a nascer entre a indústria têxtil tradicional e as novas marcas de moda, para um futuro sustentável.

Um novo paradigma económico resultado de uma mudança no setor da moda nacional, como explica em entrevista.

http://videos.sapo.pt/OhTPTZM5s7eDCDazlzU1

 

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Eleições a bastonário da OA. Advocatus já está nas bancas

  • ADVOCATUS
  • 13 Novembro 2019

No final do mês será eleito o 27.º bastonário da OA. Entre as propostas dos seis candidatos está a promessa de uma nova Ordem. Conheça os candidatos para liderar os 32 mil advogados do País.

As eleições para escolher o novo bastonário da Ordem dos Advogados (OA) estão aí à porta e existem seis candidatos na corrida pela liderança. Ana Luísa Lourenço, António Jaime Martins, Guilherme Figueiredo, Isabel da Silva Mendes, Luís Menezes Leitão e Varela de Matos são os candidatos.

A Advocatus questionou os seis candidatos sobre o motivo da candidatura, o que melhorariam na justiça e ainda sobre o futuro da advocacia. Conheça os candidatos e as suas visões e descubra o que o futuro reserva para os 32 mil advogados do país.

capa advocatus 110

Num mundo cada vez mais digital, nem as moedas ficam de fora. As criptomoedas são uma das formas de realizar transações financeiras em crescimento por todo o mundo. Mas o que acontece às moedas digitais quando o seu detentor morre? A moeda digital foi uma das inovações tecnológicas que surgiram com o novo milénio e a sua realidade ainda não é bem compreendida por todos. As criptomoedas são um dos tipos de moedas digitais e são utilizadas numa rede descentralizada, com o intuito de realizar transações financeiras. Apesar de não serem moedas materiais, possuem várias caraterísticas em comum com o dinheiro tradicional, pois são usadas como reserva de valor ou meio de troca.

Todos os anos cerca de milhares de alunos terminam a licenciatura em direito e tentam a sua sorte no mercado de trabalho. Muitas horas, dias e semanas são despendidas entre o envio de currículos, as entrevistas e até os open days até encontrarem uma sociedade em decida apostar neles. A Advocatus questionou cinco sociedades de advogados sobre o tipo de recrutamento que pugnam, como retêm os novos talentos e a forma como acompanham os estagiários durante o seu percurso.

Francisco Proença de Carvalho, sócio do departamento de contencioso, penal e arbitragem da Uría Menéndez – Proença de Carvalho, é o advogado do mês da edição de outubro/novembro da Advocatus. Com quase uma década ao serviço da sociedade ibérica, o advogado de Ricardo Salgado e coordenador do Rock ‘n’ Law esteve ainda nos casos BCP, BPP, CTT, no caso das Secretas e defendeu o economista canadiano Peter Boone num caso de manipulação da dívida pública portuguesa. Recentemente premiado pela Iberian Lawyer, como um dos melhores advogados de Portugal e Espanha com menos de 40 anos, revelou os detalhes da próxima edição do Rock ‘n’ Law, que é já dia 22, no Kais, em Lisboa.

Francisco Proença de CarvalhoHenrique Casinhas 14 outubro 2019

 

A revista Advocatus de outubro/novembro já está à venda nos locais habituais. Pode também assinar a revista aqui.

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Ministério Público não acusa Farmacêutica Octapharma no processo ‘O’ negativo

  • Lusa
  • 13 Novembro 2019

O Ministério Público considerou que o ex-administrador da Octapharma montou um esquema de corrupção para seu próprio interesse, deixando a farmacêutica de fora da acusação.

O Ministério Público deixou a farmacêutica Octapharma fora da acusação da operação “O Negativo” por considerar que o ex-administrador Lalanda e Castro montou um esquema de corrupção para a venda de plasma ao SNS para seu próprio interesse.

Um esquema de corrupção para a venda de derivados de plasma humano, entre 1998 e 2013, gerou elevados lucros à farmacêutica Octapharma e ao seu administrador Lalanda e Castro e culminou na acusação de seis pessoas e uma empresa por parte do Ministério Público (MP).

Contudo, no despacho de acusação a que a agência Lusa teve acesso, a procuradora Ana Paula Vitorino refere que a multinacional Octapharma fica de fora do processo porque a investigação entende que Lalanda e Castro atuou sempre em função do seu próprio interesse e ambição de negócio, isto é, quanto mais produtos da farmacêutica vendesse em Portugal, mais elevadas seriam as suas comissões e bónus, que recebia através da sua ‘offshore’ Ruby Capital Corporational, o que aconteceu até 2013.

Para o MP, o empresário Paulo Lalanda e Castro, ex-administrador da Octapharma até 2016, construiu, ao longo de vários anos, uma rede de influências através de relações pessoais e familiares, nomeadamente com os restantes acusados do processo, para obter benefícios financeiros próprios.

O médico Luís Cunha Ribeiro, ex-presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, acusado de corrupção passiva e de mais outros 10 ilícitos foi membro da Comissão de Análise de Propostas dos Concursos Públicos 19/98 e 9/2000, para fornecimento de Plasma Humano Inativo (PHI) e hemoderivados e, segundo o MP, terá sido corrompido com um apartamento pago pela empresa de Lalanda e Castro, a Convida – investimentos imobiliários e Turísticos.

A acusação lembra ainda que Cunha Ribeiro aceitou, entre 1998 e 2003, fez parte da Comissão Técnica do Medicamento do Infarmed e sabia que poderia vir a emitir pareceres médicos cruciais para a obtenção da AIM (Autorização de Introdução no Mercado) de mais de 10 produtos da Octapharma.

A farmacêutica Elsa Morgado, amiga e sócia de Lalanda e Castro também integrou o júri dos dois concursos públicos como representante da Associação Portuguesa de Hemofílicos.

Já Manuela Carvalho, médica imuno-hemoterapeuta, trabalhou com Cunha Ribeiro no hospital de S. João e substituiu-o como júri de concurso após este ter sido nomeado presidente do INEM (de 2003 a 2008) e foi apresentada por este a Lalanda de Castro.

A médica participou em estudos clínicos e várias cerimónias e congressos patrocinados pela farmacêutica e viajou várias vezes, dentro e fora de Portugal, a expensas da multinacional.

Porém, associado ao esquema montado por Lalanda e Castro, para que a sua empresa ganhasse os dois concursos de fornecimento de plasma e derivados de sangue para os hospitais públicos, a morosidade do concurso 9/2000, permitiu que a Octapharma alargasse o número de adjudicações mantendo-se como a maior fornecedora de hemoderivados no mercado português durante vários anos, segundo o MP.

A operação culminou na acusação de Luís Cunha Ribeiro, Manuela Carvalho, do advogado Paulo Farinha Alves e da farmacêutica Elsa Morgado, e Helena Lalanda e Castro por corrupção, abuso de poder e branqueamento.

Este processo iniciou-se em 2015 e durante vários anos investigou os negócios de venda de derivados de sangue, tendo concluído que a Octapharma deteve o monopólio da venda em Portugal, devido à intervenção de Lalanda e Castro.

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CIP acusa Governo de ter “dois pesos e duas medidas”

Cumprir os acordos ao nível do fundo de compensação salarial e da atualização dos contratos públicos são condições antes de se avançar com novos acordos para garantir subida global de rendimentos.

Partindo do cumprimento de acordos anteriores, nomeadamente ao nível do fundo de compensação salarial e da atualização dos contratos públicos, os patrões estão prontos para começar a negociar o novo acordo a médio prazo sobre salários, rendimentos e competitividade que terá de ter contrapartidas em áreas fiscais e de formação profissional. António Saraiva, no final da reunião de concertação social desta quarta-feira, avançou que vai entregar ao Executivo, no dia 27, um draft com as propostas da Confederação Empresarial de Portugal.

“O início desse acordo para aumentar a competitividade e os rendimentos deve começar com o respeito de outros acordos já fixados: a indexação do delta de crescimento do salário mínimo nos contratos públicos, coisa que o Governo ainda não aceitou em acordos anteriores apesar de lá estar escrito e que se revisite o Fundo de Compensação de Trabalho”, que serve para apoiar os trabalhadores em caso de encerramento da empresa, explicou o patrão dos patrões. Um fundo cujo método seja revisito e alterado de acordo com o que os parceiros e o Governo conseguirem definir em sede de concertação.

Depois de dado esse passo é necessário “partir para a discussão do novo acordo em matérias como previsibilidade fiscal, carga fiscal menos onerosa para as empresas”, que “os lucros reinvestidos sejam melhor estimulados para que a capitalização do tecido empresarial se faça”. Uma negociação que será feita em torno de três linhas que já constavam das propostas que a CIP entregou aos partidos por altura das eleições.

Quanto à proposta de aumento do salário mínimo que o Executivo apresentou ao parceiros — de 635 euros — António Saraiva sublinhou que não tem “de fazer acordo” sobre este dossier que é um competência do Governo e deixa um recado. “Espero que o Executivo tenha igual ambição na melhoria dos fatores de competitividade”. O presidente da CIP lamentou ainda o facto de o Executivo não ter demonstrado qualquer flexibilidade em aumentar o valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS) já que o salário mínimo também tem uma componente social.

Se fosse pelos fatores de competitividade, como crescimento e produtividade, mas também a inflação, “não atingiríamos este valor de salário mínimo”, sublinhou António Saraiva, que acusou ainda o Governo de ter “dois pesos e duas medidas”. “Não pode convocar apenas as empresas nesse esforço de combate às desigualdades”, disse ainda nas declarações no final do encontro.

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Riqueza das famílias aumenta 13% em quatro anos. Continua abaixo de 2010

A riqueza líquida por família aumentou 13,2% em termos médios entre 2013 e 2017. Mas portugueses estão mais pobres do que estavam em 2010, antes da crise financeira.

A riqueza líquida por família aumentou 13,2% em termos médios entre 2013 e 2017. Ainda assim, os portugueses continuam mais pobres do que estavam em 2010, antes da grave crise financeira e económica com a troika.

Em 2017, a riqueza líquida média das famílias residentes em Portugal era de 162,3 mil euros. Ainda que seja um valor superior ao registado em 2013, continua abaixo dos 172,8 mil euros registados em 2010. Mas esta evolução foi diferente para as diferentes classes de riqueza, segundo os dados revelados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal e pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados mostram que, nos anos da crise, as famílias mais ricas passaram a concentrar ainda mais riqueza: em 2017, detinham 53,9% da riqueza total das famílias, valor acima de 2010 (51,6%) e de 2013 (53,0%). Por seu turno, o conjunto das 50% famílias com menor riqueza estão mais pobres: detinham 8,1% da riqueza em 2017, valor abaixo de 2010 (8,7%).

Estes dados ilustram a forte assimetria que caracteriza a distribuição da riqueza, a qual é mais elevada do que a que se observa para o rendimento. O coeficiente de Gini situa-se em 67,9% no caso da riqueza líquida e 42,6% no caso do rendimento bruto por adulto equivalente”, lê-se no relatório sobre o inquérito à situação financeira das famílias.

Os imóveis continuam a ser os ativos mais importantes para as famílias: representavam 87,7% do total dos ativos. Aqui não se registam grandes alterações face aos anteriores inquéritos. A residência principal e outros imóveis representavam 54,3% e 21,7% dos ativos reais. Os negócios por conta própria representavam 19% e os veículos motorizados 4,4%.

Distribuição dos ativos reais, ativos financeiros e dívida por classe de riqueza

Nos ativos financeiros, os depósitos à ordem são o ativo com maior peso para as famílias mais pobres, enquanto os depósitos a prazo têm maior peso nas restantes classes.

Outro destaque tem a ver com a redução do endividamento das famílias neste período, com o rácio entre a dívida e o rendimento a cair para 132,6% em 2017, “bastante inferior ao observado em 2013 (198,5%)”.

Em 2017, 45,7% das famílias portuguesas estavam endividadas. As dívidas têm sobretudo a ver com os empréstimos para a compra de casa. O valor mediano da dívida era de 35 mil euros.

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Portagens não sobem em 2020. INE confirma inflação negativa

A taxa de inflação homóloga sem habitação, utilizada para a fórmula de atualização dos preços das portagens, caiu. Desta forma, os preços para andar na autoestrada não vão mexer.

Não vai precisar de ter trocos a mais no bolso para passar nas autoestradas, no próximo ano. Os preços das portagens vão manter-se, depois de três anos consecutivos de subidas. A atualização destes preços está ligada ao Índice de Preços ao Consumidor de outubro, cujo valor negativo foi confirmado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira.

A taxa de inflação homóloga, excluindo habitação, no continente foi de -0,13% em outubro. Apesar de a taxa ser negativa, é assumido um valor zero. É com base nesta taxa que a Brisa, tal como outras concessionárias, nomeadamente as gestoras das ex-SCUT, mas também as gestoras das pontes sobre o Tejo, formulam as propostas de atualização dos preços para entregarem ao Governo.

É até dia 15 de novembro que as concessionárias têm de entregar ao Estado uma proposta de revisão dos preços das portagens, que segue um coeficiente de atualização indexado ao IPC. Com um valor de inflação negativo, os preços deverão manter-se os mesmos, o que aconteceu já em 2015.

Depois de entregues as propostas, o Executivo dará um parecer para que seja feita a atualização das portagens das autoestradas. Perante a “luz verde”, as novas tarifas (mesmo que sejam as mesmas), podem começar a ser cobradas aos condutores logo a partir das zero horas de 1 de janeiro do próximo ano.

Além das autoestradas, também as portagens das pontes sobre o Tejo, a 25 de Abril e a Vasco da Gama, são atualizadas no início do ano. Atualmente, os veículos de Classe 1 pagam 1,85 euros na 25 de Abril e 2,85 euros no caso da Vasco da Gama.

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