Câmara de Lisboa discute novas regras para o Alojamento Local esta sexta-feira

  • Lusa
  • 22 Abril 2019

No Bairro Alto, Madragoa, Castelo, Alfama e Mouraria continuarão a ser autorizados novos AL desde que digam respeito à "reabilitação de edifícios em ruínas ou reabilitação integral de devolutos".

A Câmara de Lisboa, liderada pelo PS, vai apreciar na sexta-feira, em reunião do executivo, o Regulamento Municipal do Alojamento Local, que estabelece áreas de contenção absoluta e áreas de contenção relativa para novos registos.

A proposta, assinada pelo vereador do Urbanismo, Manuel Salgado (PS), visa submeter o projeto de regulamento a consulta pública e posterior aprovação na Assembleia Municipal de Lisboa.

De acordo com o regulamento, ao qual a agência Lusa teve acesso, são consideradas áreas de contenção absoluta “as zonas turísticas homogéneas que apresentem um rácio entre estabelecimentos de alojamento local e número de fogos de habitação permanente que seja superior a 20%”. São áreas de contenção relativa as zonas em que esse rácio seja “igual ou superior a 10% e inferior a 20%”.

Fonte da câmara indicou à Lusa que as zonas do Bairro Alto, Madragoa, Castelo, Alfama e Mouraria, onde não é possível registar novos estabelecimentos de alojamento local desde novembro, farão parte das áreas de contenção absoluta, enquanto o bairro da Graça e a Colina de Santana integram as áreas de contenção relativa, passando a ter o registo de alojamento local limitado.

Para apurar este rácio, considera-se o “número de alojamentos familiares clássicos” contabilizados nos censos de 2011, até que o Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana “publique dados desagregados relativos ao número de fogos de habitação permanente no município de Lisboa”.

Nas áreas de contenção absoluta “não são admissíveis novos registos de estabelecimentos de alojamento local”, exceto “quando digam respeito a operações de reabilitação de edifícios em ruínas ou reabilitação integral de edifícios devolutos”.

Já nas zonas de contenção relativa, a câmara pode autorizar novos registos de estabelecimentos de alojamento local “quando se refiram à totalidade de edifício que esteja declarado totalmente devoluto há mais de três anos ou tenha sido objeto de obras de reabilitação, realizadas nos dois últimos anos, que tenha permitido subir dois níveis de conservação”.

O município pode também permitir novos registos que “se refiram a fração autónoma ou parte de prédio urbano que tenha sido declarada devoluta há mais de três anos, quando o edifício se encontrasse num estado de conservação mau ou péssimo e tenha sido objeto de obras de reabilitação, realizadas nos dois últimos anos, que tenha permitido subir dois níveis de conservação”.

Nas zonas de contenção relativa, a câmara pode ainda autorizar registos de alojamento local que digam respeito “à totalidade de edifício, fração autónoma ou parte de prédio urbano que, nos dois últimos anos, tenha mudado o respetivo uso de logística, indústria ou serviços para habitação”.

O município de Lisboa não vai, contudo, permitir novos registos de estabelecimentos de alojamento local nestas áreas, em edifícios ou frações onde tenha vigorado um contrato de arrendamento para habitação há menos de cinco anos.

A autorização de novos estabelecimentos em áreas de contenção “é conferida por um prazo de cinco anos, a contar da data da atribuição do número de registo ao respetivo estabelecimento, caducando no termo do respetivo prazo”, refere o regulamento.

O Regulamento Municipal do Alojamento Local considera que a zona Baixa/Eixos/Avenida da Liberdade/Avenida da República/Avenida Almirante Reis tem um “uso predominante terciário”, pelo que está excluída das áreas de contenção.

O documento prevê também que a assembleia de condóminos de um prédio que seja utilizado parcialmente para alojamento local possa decidir opor-se ao exercício desta atividade e solicitar ao presidente da câmara o cancelamento desse registo.

A Câmara de Lisboa vai ainda deliberar sobre uma proposta do vereador do BE, Manuel Grilo, que pretende que o Regulamento Municipal de Alojamento Local contemple “a interdição do aumento do número total de registos” de alojamento local, bem como a interdição de novos registos “nas zonas que atinjam os 10% de casas entregues” ao alojamento local.

“Nas zonas não interditas poderá ser concedido um registo sempre que encerrar um registo na zona interdita. Desta forma o fenómeno do alojamento local poderá ser desconcentrado pela cidade”, acrescenta a proposta do vereador do BE, partido que tem um acordo de governação do concelho com o PS.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Chineses deixam cair OPA à EDP sem fim do limite aos direitos de voto

A 48 horas da assembleia-geral da EDP, os chineses da CTG anunciam que não estão dispostos a abdicar do fim dos limites dos direitos de voto, possibilidade que será votada na reunião de quarta-feira.

A 48 horas da assembleia-geral da EDP, os chineses da CTG anunciam que não estão dispostos a abdicar do fim dos limites dos direitos de voto, possibilidade que será votada na reunião de quarta-feira.

De acordo com uma carta enviada pelo presidente da CTG Europe, Wu Shengliang, ao vice-presidente da mesa da assembleia-geral de acionistas da EDP, Rui Medeiros, divulgada através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa “declara irrevogavelmente a todos os interessados e, em especial, aos acionistas da EDP, que todas as condições a que o lançamento da oferta se encontra sujeito permanecem em vigor e, especificamente, no caso do resultado da votação não permitir a eliminação do atual limite à contagem de votos que a CTG não renunciará a essa condição”.

Isto significa, tal como esclarecido pela CMVM na passada semana, que a oferta pública dos chineses cairá por terra, se a proposta for chumbada na AG da próxima quarta-feira. Apesar disso, “a CTG permanecerá como investidora estratégica de longo prazo da EDP”.

No mesmo comunicado, a empresa chinesa lembra a relação “de longa data com a EDP”, o investimento realizado em 2012, e o facto de “ao longo dos últimos sete anos” ter cumprido as leis e regulamentos portugueses. Acima de tudo, a CTG recorda o papel que desempenhou ao apoiar “a desalavancagem da EDP através da aquisição de participações minoritárias nos projetos de energia renovável da EDP”, além de ter ajudado para reforçar a liquidez da EDP no período da crise das dívidas soberanas, um vez que abriu as portas para que a empresa portuguesa se financiasse “em condições favoráveis através da relação da CTG com o financiamento chinês“. Um apoio que permitiu promover “o crescimento da EDP em novos mercados através da implementação de investimentos conjuntos bem-sucedidos”.

Os chineses acreditam que foi graças à colaboração da CTG que a EDP “conseguiu regressar aos mercados de capitais internacionais em setembro de 2012 como primeiro emitente português após o resgate de Portugal em 2011, [e] melhorar anotação de crédito”.

[Notícia atualizada pela última vez às 19:50]

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Samsung adia lançamento de novo smartphone dobrável

A empresa sul coreana desmarcou a apresentação do Galaxy Fold que deveria acontecer esta semana na China. Não disse os motivos, mas tal surge após relatos de falhas de funcionamento do smartphone.

A apresentação ao público do novo smartphone da Samsung que sobressai por ser dobrável foi adiada. Os eventos de apresentação aos media do novo Galaxy Fold, previstos acontecer esta semana em Hong Kong e Xangai, foram desmarcados pela fabricante sul coreana. Este cancelamento foi anunciado oficialmente pela Samsung e acontece após relatos de que alguns exemplares deste smartphone dobrável apresentavam defeitos.

A Samsung não concretizou as razões para a desmarcação da primeira apresentação do novo Galaxy Fold, mas a decisão surge poucos dias depois de os primeiros jornalistas a receberem o novo telemóvel dobrável para testes revelarem que o aparelho deixava de funcionar corretamente ao fim de dois dias de utilização. Imagens publicadas pela imprensa internacional mostraram na ocasião que um dos lados do ecrã deixa de mostrar imagem ou fica a piscar indefinidamente.

No que respeita ao gigante tecnológico sul coreano, este diz ter recebido “alguns” relatos de estragos nos ecrãs dos exemplares deste smartphone que custa 1.980 dólares, trazendo à tona novamente o Galaxy Note, que há três anos a Samsung retirou das prateleiras das lojas após as explosões de vários exemplares deste.

Nesta segunda-feira, a Samsung disse estar a investigar os danos reportados com os Galaxy Fold testados, tendo declinado ainda comentar se o cancelamento do lançamento na China também se iria estender aos EUA. A data prevista para o lançamento no mercado norte-americano é o próximo dia 26 de abril.

Está previsto ainda que as vendas do Galaxy Fold arranquem na Coreia do Sul e na Europa em maio, sendo que não há data prevista para que tal aconteça na China.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comércio apoia Bispo do Porto no fecho dos supermercados ao domingo. Distribuição mantém apoio à liberalização

O Bispo do Porto voltou a reacender a discussão sobre o fecho dos supermercados ao domingo. Ao ECO, a CCP diz que tal não implicaria uma quebra do consumo e até promoveria as atividades turísticas.

O Bispo do Porto aproveitou a missa de Páscoa para apelar ao fim do trabalho ao domingo nos supermercados e centros comerciais, uma ideia que a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) diz apoiar. Em declarações ao ECO, João Vieira Lopes sublinha que tal encerramento não implicaria uma “quebra económica”, já que os clientes ajustariam os seus hábitos de consumo.

Do lado da distribuição, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) salienta, por sua vez, que a atual abertura destes estabelecimentos ao domingo “procura responder a uma dinâmica social que tem como base a proximidade, a conveniência e a diversidade de oferta indo ao encontro das expectativas dos consumidores”.

Durante a homília deste domingo, D. Manuel Linda defendeu que a abertura dos supermercados e dos centros comerciais no dia referido é uma “expressão de um certo subdesenvolvimento humano e mesmo económico”. “Os países mais ricos não abrem supermercados ao domingo”, frisou o Bispo, considerando que há “um novo esclavagismo laboral” que prejudica a vida familiar.

Em reação a estas declarações, o dirigente da CCP reforça que esta não é uma questão nova. “Historicamente, a CCP sempre teve muitas reticências quanto às aberturas ao domingo”, enfatiza João Vieira Lopes, em conversa com ECO. Na opinião do responsável, o encerramento dos estabelecimentos nessas ocasiões implicaria um ajustamento dos hábitos de compra, que não resultaria numa quebra económica. “Globalmente, o consumo ia ser o mesmo”, afirma o líder da CCP.

João Vieira Lopes explica ainda que a abertura ao domingo faz com que as cadeias com maior expansão tenham maior capacidade de venda que a concorrência. Daí que seguir a ideia colocada novamente em discussão pelo Bispo do Porto possibilitaria até “reequilibrar” a dinâmica entre as grandes cadeias e os estabelecimentos mais pequenos.

Além disso, Vieira Lopes salienta que o encerramento dos supermercados ao domingo promoveria a adesão a algumas atividades lúdicas e turísticas.

Por outro lado, a APED declara ao ECO que a abertura dos estabelecimentos ao domingo é uma resposta à “dinâmica social que tem como base a proximidade, a conveniência e a diversidade de oferta”. “A liberalização dos horários é uma questão que importa a todos os setores de atividade económica, não sendo um exclusivo da distribuição. Procura responder a uma dinâmica social que tem como base a proximidade, a conveniência e a diversidade de oferta indo ao encontro das expectativas dos consumidores”, explica a associação, referindo que “respeita todas as opiniões sobre o tema”.

Contactada pelo ECO, a dona do Pingo Doce remeteu qualquer comentário para a APED. Recorde-se que, na Polónia, a Jerónimo Martins é obrigada a encerrar quase todos os domingos. “De acordo com a lei em vigor, em 2019, só será permitida a abertura no último domingo de cada mês e, em 2020, a proibição será alargada a todos os domingos, com algumas exceções contempladas, como antes do Natal e da Páscoa”, explicou a empresa, no seu Relatório e Contas, referindo à legislação polaca que entrou em vigor em março do ano passado.

Esta limitação levou a Biedronka (a cadeia de supermercados polaca da Jerónimo Martins) a concentrar-se, no último ano, “em garantir a máxima transferência de vendas dos domingos encerrados para outros dias da semana, protegendo em simultâneo a eficiência das operações de loja e dos armazéns”. Apesar desses esforços, a Jerónimo Martins nota: “O volume de negócios dos domingos encerrados não foi totalmente transferido para os outros dias da semana, causando alguma pressão nas insígnias de retalho na tentativa de compensar os dias de encerramento”

No que respeita às vendas, “o encerramento de 21 domingos teve um impacto estimado em cerca de 1,3 pontos percentuais no crescimento Like For Like do ano”. Por outro lado, a limitação imposta pelas novas regras polacas resultou numa nova tendência que “tem sido o crescimento nos postos de combustível de lojas de conveniência, já que estes beneficiam de isenção na inibição dos encerramentos ao domingo”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lesados do BES e Banif têm 30 dias para reclamar para poderem vir a ser compensados

  • Lusa
  • 22 Abril 2019

Lesados reclamam 200 a 250 milhões de euros no caso do Banif e mais 160 milhões de euros no caso do BES da África do Sul e Venezuela e Banque Privée.

Os lesados do Banif e das sucursais exteriores do BES têm 30 dias para apresentarem reclamações às duas comissões de peritos da Ordem dos Advogados pelas perdas sofridas em investimentos nestes bancos e serem eventualmente incluídos numa solução que os compense pelas perdas.

Esta informação foi revelada na cerimónia de tomada de posse na Ordem dos Advogados, em Lisboa, das comissões de peritos que vão analisar os casos dos lesados do Banif e ainda dos lesados da sucursal exterior do BES na Madeira, sobretudo emigrantes da Venezuela e África do Sul, e lesados do Banque Privée.

O trabalho dessas comissões nos próximos meses (150 dias corridos no caso do Banif e 120 dias no caso do BES) é avaliar se esses clientes (que têm de ser investidores não qualificados ou não profissionais) foram vítimas de práticas ilícitas na comercialização de instrumentos de dívida (obrigações, papel comercial, ações preferenciais).

Nos casos em que a comissão assim decidir, esses lesados deverão ser incluídos numa solução que os compense pelo dinheiro perdido, ainda que parcialmente, à semelhança da solução encontrada para os lesados do papel comercial vendido pelo BES (em que foi constituído um fundo de recuperação de créditos com garantia de Estado).

O vice-presidente da Ordem dos Advogados Ricardo Brazete explicou aos jornalistas que, contudo, para apresentarem a sua reclamação junto destas comissões de peritos independentes os lesados têm já de ter apresentado ou apresentar reclamação de créditos juntos das respetivas comissões liquidatárias dos bancos (BES, Banif).

A Ordem dos Advogados vai publicar, no seu site, o regulamento de como cada lesado poderá fazer a reclamação junto da comissão de peritos, incluindo das provas a apresentar.

Para já, os responsáveis deste processo estimam que haja 2.000 a 3.000 lesados no Banif que podem apresentar a sua reclamação junto da comissão de peritos e mais cerca de 500 no caso de lesados do BES.

Segundo Nuno Silva, advogados das associações de lesados ABESD e ALBOA, também presentes nesta cerimónia, os montantes em causa são 200 a 250 milhões de euros no caso dos lesados do Banif e mais 160 milhões de euros no caso dos lesados do BES da África do Sul e Venezuela e Banque Privée.

Esta estimativa inclui os lesados inscritos nas associações mas também outros lesados que não são associados, uma vez que podem apresentar reclamações junto das comissões de peritos todos os que se considerem lesados, independentemente de serem ou não sócios de associações.

Na cerimónia, presidida pelo bastonário da Ordem dos Advogados, Guilherme Figueiredo, foi conhecido que a comissão de peritos do Banif é composta por Alexandre Jardim, presidente, João Moreira e Catarina São Pedro e a comissão de peritos do BES (sucursais exteriores e Banque Privée) por Vítor Pereira das Neves, presidente, João Moreira e Catarina São Pedro.

Ao longo dos últimos meses, as associações de lesados, a Ordem dos Advogados e o Governo estiveram a trabalhar numa solução para eventual compensação dos lesados do Banif e os lesados BES que tinham ficado de fora de outros mecanismos de resolução.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Voo da TAP aterrou de emergência em Lisboa e companhia já está a investigar ocorrência.

TP288, que ligou Luanda a Lisboa, aterrou de emergência "por precaução". "Avião aterrou de forma totalmente segura", diz companhia, que já está a investigar. Voo Porto-Lisboa acabou desviado.

Um avião da TAP precisou de fazer uma aterragem de emergência esta segunda-feira à tarde em Lisboa. O voo em causa, TP288, que ligava Luanda à capital portuguesa, “declarou emergência, por precaução, à chegada ao aeroporto de Lisboa. O avião aterrou de forma totalmente segura, os passageiros já desembarcaram e a TAP está a proceder à investigação da ocorrência”, avançou fonte oficial da companhia aérea ao ECO.

Segundo noticiou o Correio da Manhã, o Airbus A340 em causa teve de aterrar de emergência às 16h53 no aeroporto Humberto Delgado, tendo provocado o condicionamento da pista, que ficou fechada por cerca de 20 minutos.

Este condicionamento acabou por provocar o desvio de um outro voo da TAP, o TP1949, que ligava o Porto à capital portuguesa. Este voo, que devia ter aterrado em Lisboa às 16h55, foi desviado até Faro, devendo chegar a Lisboa às 18h45.

Já de acordo com a ANA – Aeroportos de Portugal, os serviços de reboque da aeronave já foram concluídos e a situação “está normalizada”, tendo a pista já sido reaberta. A investigação que a TAP levará a cabo permitirá conhecer as circunstâncias que justificaram a aterragem de emergência.

(Atualizada às 18h35)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Este vinho do Porto é especial. Cada garrafa custa 280 euros

  • Lusa
  • 22 Abril 2019

A The Fladgate Partnership lançou a primeira de uma "série de edições limitadas" de vinho do Porto. Vinho tem 50 anos.

A empresa The Fladgate Partnership (TFP) lançou um vinho do Porto tawny de 50 anos, por 280 euros cada garrafa, selecionado entre os quase 17 milhões de litros de vinho que mantém em envelhecimento.

A empresa, focada apenas na produção de vinhos do Porto, reclama “alguma liderança” no campo dos “tawnies” muito antigos, observou o seu enólogo, David Guimarães, à margem da apresentação do Taylor’s Single Harvest 1969.

A TFP possui nos seus armazéns de Vila Nova de Gaia e do Douro quase 17 milhões de litros de vinhos a envelhecer em pipas, cascos, tonéis e balseiros e foi nessas reservas que a empresa selecionou o primeiro Colheita com meio século de idade lançado há seis anos.

O lançamento desse vinho foi o primeiro de uma “série de edições limitadas”, ao ritmo de uma por ano, de um Porto envelhecido durante 50 anos da marca Taylor’s, a eleita entre as quatro que o grupo detém (Fonseca, Croft e Krohn são as outras), devido ao seu prestígio e grande notoriedade.

David Guimaraens disse à Lusa que o objetivo é prosseguir com estas edições anuais enquanto isso for possível, sendo certo que os anos 70 não correram bem, porque foram marcados por “alguma turbulência” e isso originou “algumas interrupções”.

“Os tawnies” são os vinhos do Porto que representam a arte do envelhecimento e do provador e a paciência” para que eles adquiram as características ambicionadas antes de serem engarrafados, enfatizou ainda o mesmo enólogo, observando que o grupo TFP tem um provador destacado para cada uma das suas marcas.

O enólogo intervém antes do armazenamento e o provador toma conta do vinho daí para a frente, “ao longo da sua vida, um bocado como acontece com o ser humano, que é moldado pela sua educação, pelo ambiente em que cresce e com quem vai tomando contacto”, compara David Guimaraens

“Nos tawnies temos muitos anos para chegarmos à perfeição e colocá-los em garrafa”, resumiu, referindo que “os vinhos do Porto vintage representam muito mais a vinha e um ano”.

O longo período de envelhecimento em madeira confere ao vinho “cor âmbar, paladar sedoso e macio, sabores suaves e maduros e o nariz cheio de aromas ricos e complexo”. O administrador executivo do The Fladgate Partnership, Adrian Bridge, refere-se ao Taylor’s Single Harvest 1969 como “um digno herdeiro da arte do envelhecimento em madeira que a Taylor’s afinou ao longo dos séculos.”

As vendas de vinho do Porto nas chamadas categorias especiais, como são os vintage e os tawny com indicação de idade e colheita, crescem em valor desde 2011, ao contrário do que se verifica com os Porto correntes, e em 2018 totalizaram mais de 150 milhões de euros, segundo dados do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto.

O grupo TFP reivindica “13,4 %” do volume de vendas nesse segmento, mas “15,9%” do valor”, e do Taylor’s Single Harvest 1969 lançou oito mil garrafas, a 280 euros cada uma.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco CTT já tem “luz verde” para comprar a 321 Crédito. Operação fechada em maio

Autoridade da Concorrência e Banco de Portugal não se opõem a que os CTT passem a controlar a 321, instituição especializada na concessão de crédito automóvel.

OS CTT comunicaram esta segunda-feira ter conseguido as autorizações necessárias para concluir a operação de compra, através do Banco CTT, da 321 Crédito, instituição especializada na concessão de crédito automóvel. A operação implica um investimento na ordem dos 100 milhões de euros.

Em comunicado enviado ao regulador de mercado, os CTT informam que “se encontram verificadas as condições suspensivas previstas no contrato de compra e venda da 321 Crédito”, nomeadamente “a não oposição à transação por parte das entidades competentes de supervisão bancária e da Autoridade da Concorrência”.

A compra daentidade detida pela Cabot Square Capital LLP e pela Eurofun foi anunciada em julho de 2018. Quase dez meses depois, recebeu “luz verde” dos reguladores, sendo que a empresa liderada por Francisco Lacerda espera que a operação esteja concluída no início de maio.

Luís Pereira Coutinho, presidente executivo do Banco CTT, diz que “a aquisição da 321 Crédito representa mais um passo na afirmação do Banco CTT, que conta com quase meio milhão de clientes. Uma vez concretizada, esta aquisição reforçará a oferta de produtos e os rácios do Banco CTT e é um passo lógico e importante na nossa estratégia.”

A aquisição da 321 Crédito deverá permitir aos CTT diversificar o portefólio de produtos do Banco CTT, “com um negócio rentável de crédito ao consumo, e otimizar o Balanço do Banco CTT, melhorando o seu rácio de transformação de 20% para mais de 60%”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A tarde num minuto

Não sabe o que se passou durante a tarde? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PLMJ tem nova identidade visual e novo escritório em Lisboa

A sociedade de advogados portuguesa mudou-se para a Avenida Fontes Pereira de Melo. Com mais de 50 anos de experiência, tem como nova assinatura serem “transformative legal experts”.

A PLMJ acaba de se mudar esta segunda-feira para a sua nova sede, na Avenida Fontes Pereira de Melo, no centro de Lisboa, apresentando ainda a sua identidade visual renovada, que vai desde o logo ao site. Enquadrada neste processo de evolução, a sociedade aposta também numa nova assinatura: serem “transformative legal experts”.

Para Luís Pais Antunes, managing partner do escritório, “estas mudanças refletem o reforço da liderança da PLMJ no mercado da advocacia. O início de uma nova etapa para a maior sociedade de advogados portuguesa, que conjuga em si mesma a experiência profunda com a vontade de inovação que caracteriza as novas gerações de advogados”, diz, citado em comunicado.

A liderar a sociedade desde 2015, explica que neste novo capítulo, “o que nos define é a capacidade que temos tido, ao longo das nossas décadas de existência, em nos adaptarmos à mudança e evolução dos tempos. Com o nosso crescimento e afirmação no mercado tornou-se essencial adaptar também o escritório PLMJ ao nosso crescimento enquanto organização, mas também face às novas necessidades dos nossos advogados e clientes no seu dia-a-dia.

"Estamos a falar de um novo escritório polivalente, funcional e eficiente que nos permite continuar a transformar as mentalidades e hábitos de trabalho, continuando a assegurar os melhores resultados e a nossa dinâmica full-service e multidisciplinar.”

Luís Pais Antunes

Managing partner da PLMJ

Os escritórios da nova sede foram idealizados e concebidos pelo arquiteto Ricardo Bak Gordon. “Estamos a falar de um novo escritório polivalente, funcional e eficiente que nos permite continuar a transformar as mentalidades e hábitos de trabalho, continuando a assegurar os melhores resultados e a nossa dinâmica full-service e multidisciplinar”, refere ainda Luís Pais Antunes.

Já o trabalho de rebranding da PLMJ ficou a cargo da agência criativa Blug, que desenvolveu a nova marca, visual e conceptualmente, refletindo os valores e missão de PLMJ para o futuro. “Num momento de disrupção em que assistimos a mudanças profundas, no setor e no mundo, este ativo revela-se particularmente essencial para um futuro de novos desafios, mas também de novas oportunidades”, explica Paula Delgado, responsável estratégica do projeto.

Segundo Paulo Proença, diretor criativo da Blug, “a disrupção faz parte da cultura PLMJ, e inspirou-nos a criar uma marca genuinamente desafiadora, que tem tanto de desconcertante como de magnética. Mais do que uma identidade corporativa, esta marca é uma atitude”, conta, citado em comunicado.

O edifício é da autoria do atelier Barbas Lopes e surge com traços contemporâneos, devolvendo à cidade um novo espaço público. Os novos escritórios contam com uma componente energética eficaz, uma fachada que proporciona ventilação natural, e uma cobertura forrada a painéis fotovoltaicos.

A Fundação PLMJ, que recentemente recebeu o prémio de melhor projeto internacional na competição cultural internacional, “Corporate Art Awards”, vai ficar situada no edifício, contando com uma galeria exclusiva do espólio da fundação, que atualmente inclui mais de 1300 obras de produção contemporânea de artistas portugueses e dos países de língua oficial portuguesa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acertar o final de Game of Thrones pode valer-lhe uma viagem grátis à Croácia

As inscrições para ganhar uma viagem de sete noites à Croácia estão abertas desde o dia 14 de abril e terminam às 23h59 do próximo dia 5 de maio.

Depois de 20 meses em pausa, a oitava temporada de Game of Thrones (GoT) já começou. A estreia bateu recordes de audiências, atingindo 17,1 milhões de espetadores, e os fãs logo começaram a desenvolver as suas teorias dos possíveis desenlaces da história. A agência de viagens Unforgettable Croatia quer premiar quem adivinhar o final da série.

De acordo com o Business Insider (acesso livre, conteúdo em espanhol), a agência de viagens de luxo à Croácia, com sede em São Francisco (Califórnia), está a sortear uma viagem gratuita para duas pessoas a alguns dos cenários mais populares da série, na Croácia. Ganha quem conseguir adivinhar o final de Guerra dos Tronos.

Para concorrer no sorteio da Unforgettable Croatia, tem de aceder ao site da agência de viagens e responder a um formulário, onde descreverá aquela que é a sua previsão para o final da série, em menos de 100 carateres. Quem vai ocupar, finalmente, o trono? Que personagens vão morrer durante a guerra?

Se acertar nas respostas, habilita-se a ganhar uma viagem personalizada de luxo à Croácia para duas pessoas, no próximo mês de outubro. Ao todo, são sete noites num hotel de cinco estrelas, com pequeno-almoço incluído, e o roteiro inclui passeios de em Split e Dubrovnik. Também há uma viagem de barco para visitar as ilhas de Hvar e Vis.

As inscrições estão abertas desde o dia 14 de abril e terminam às 23h59 do próximo 5 de maio. O vencedor será escolhido por sorteio entre todos aqueles que tiverem acertado o final da história.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AR discute alargamento da licença parental para 12 meses pagos a 100%

  • Lusa
  • 22 Abril 2019

O alargamento do período de licença por nascimento de filhos para até 12 meses pagos a 100%, vai ser discutido no Parlamento graças a uma petição com mais de 21 mil assinaturas.

A Assembleia da República vai discutir o alargamento do período de licença por nascimento de filho, graças a uma petição com mais de 21 mil assinaturas que pede o alargamento da licença até um ano e paga a 100%.

A petição foi assinada por 21.038 pessoas que pedem que a licença de parentalidade possa ser usufruída até doze meses e paga a 100%, acautelando que continuem a existir os atuais períodos para quem não quiser ou não puder ficar um ano de licença.

Por outro lado, os peticionários defendem que este período mais alargado só possa ser usado por quem tenha, no mínimo, três anos de descontos, uma vez que compreendem “o custo que esta medida possa trazer”, independentemente de ser o pai ou a mãe.

Sustentam que a Organização Mundial de Saúde (OMS) defende que os bebés devem ser amamentados até aos dois anos, em exclusivo até aos seis meses de vida, o que não se torna possível com os atuais períodos de licença definidos pelo Instituto de Segurança Social (ISS), já que “é necessário que seja introduzida a alimentação no bebé muito mais cedo”.

Atualmente, o ISS paga a 100% a licença parental de 120 dias (quatro meses) ou de 150 dias (cinco meses) quando a licença de 120 dias é partilhada entre mãe e pai, sendo que nesse caso acresce mais 30 dias de licença a gozar pelo pai.

São também pagos a 100% os 30 dias de acréscimo pelo nascimento de cada gémeo, além do primeiro, e os dias de licença exclusiva do pai.

Existe também uma licença de 150 dias, que é paga a 80% do valor de remuneração de referência se só for usufruída por um dos progenitores, e a 83% se for partilhada, sendo que, nesse caso, passa para 180 dias, em que 30 dias têm de ser gozados pelo pai.

Os peticionários defendem também que a redução de horário previsto para amamentação ou aleitamento, e que atualmente contempla duas horas diárias, se prolongue, pelo menos, até aos três anos da criança, “sem penalizações para o progenitor”.

No mesmo dia da discussão desta petição em plenário da Assembleia da República, que está agendada para 8 de maio, o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) apresenta um projeto de lei para o alargamento da licença parental em caso de nascimento de prematuros.

“Consideramos que os pais com filhos prematuros devem ter direito a uma licença parental inicial alargada, devendo os dias de internamento hospitalar da criança acrescer ao período de licença parental inicial e ser pagos a 100%”, defende o partido, justificando que “quando a criança tem alta, já decorreu grande parte do período de licença parental a que os progenitores têm direito”.

O partido quer também alterações na licença parental exclusiva do pai, defendendo que não seja aplicável aos pais de filhos prematuros a obrigatoriedade de gozo de licença nos 30 dias seguintes ao nascimento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.