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É esta a ordem dos partidos no boletim de voto das eleições europeias

Já é conhecida a ordem dos partidos nos boletins de votos das eleições europeias, que acontecem a 26 de maio. O sorteio aconteceu esta manhã no Tribunal Constitucional, em Lisboa.

Os portugueses vão três vezes às urnas, este ano. Há legislativas, regionais na Madeira, mas as europeias são as primeiras, a 26 de maio, um escrutínio onde participam 17 partidos. E a ordem em que cada um deles aparecerá no boletim de voto já foi revelada pelo Tribunal Constitucional (TC).

O PCTP/MRPP encabeça o boletim, de acordo com o sorteio realizado esta terça-feira, 16 de abril, em Lisboa. O primeiro dos partidos com assento parlamentar a aparecer é o PAN, seguido do Partido Socialista (PS), que tem como cabeça de lista Pedro Marques, ex-ministro do Planeamento e Infraestruturas.

O PSD, cuja lista é encabeçada por Paulo Rangel, está na nona posição, à frente do Bloco de Esquerda. CDS está na 13.ª posição, enquanto a CDU (PCP e Verdes) está em último lugar.

Veja a ordem dos partidos no boletim de voto:

O Aliança, de Pedro Santana Lopes, que vai pela primeira vez a votos nestas europeias, aparece na parte superior do boletim de voto, estando logo abaixo do PS.

Nas europeias de 26 de maio serão escolhidos os 705 deputados para o Parlamento Europeu. Portugal ficará com 21 assentos, sendo um dos 13 Estados-Membros que mantêm o atual número de eurodeputados.

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ANTRAM aceita negociar com sindicato caso sejam cumpridos os serviços mínimos

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) aceita negociar com sindicato dos motoristas de matérias perigosas, mas desde que estes cumpram os serviços mínimos.

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) aceita negociar com o sindicato dos motoristas de matérias perigosas, em greve desde segunda-feira, desde que os serviços mínimos decretados pelo Governo sejam respeitados.

“A ANTRAM informa que a disponibilidade para considerar sentar-se à mesa com este sindicato depende, desde logo, do cumprimento de dois requisitos: cumprimento dos serviços mínimos decretados pelo Governo e término da greve”, refere a associação em comunicado.

O Governo aprovou hoje uma resolução do Conselho de Ministros que reconhece a necessidade de requisição civil no caso da greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou na segunda-feira.

A presidência do Conselho de Ministros acrescenta que esta decisão foi tomada “depois de se ter constatado que no dia 15 de abril não foram assegurados os serviços mínimos”, fixados pelos ministros do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e do Ambiente e da Transição Energética.

A ANTRAM diz ter estado reunida na segunda-feira com a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) com representantes do Governo e de outras entidades, tendo procedido à análise da situação gerada pela atual greve dos motoristas de matérias perigosas, onde foi solicitado à ANTRAM a disponibilização para iniciar negociações com o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).

“Por outro lado, face à posição exposta por alguns dos presentes na reunião – segundo os quais a questão da greve deriva de um conflito de natureza eminentemente laboral e tendo em consideração essa análise –, a ANTRAM irá avançar com o processo nessa estrita dimensão”, acrescenta.

A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica, tendo sido impugnados os serviços mínimos definidos pelo Governo.

A ANTRAM já rejeitou os fundamentos da greve, adiantando que “contrariamente ao propugnado pelo SNMMP, não é verdade que os motoristas afetos a este tipo de transporte se encontrem, em termos salariais, balizados pelo salário mínimo nacional”.

De acordo com as contas apresentadas pela associação, os motoristas em causa deverão ganhar atualmente, em média, um valor líquido, “resultante do trabalho e que visa custear a sua alimentação”, de 1.416,74 euros e lembra que há “uns meses” foi reconhecido a estes motoristas o direito a uma verba, similar à isenção de horário de trabalho, no valor de 300 euros.

“Verificamos também que, poucos meses depois de tais direitos terem sido estendidos à generalidade dos motoristas, pela primeira vez na história, temos um grupo de motoristas a realizar uma greve, por tempo indeterminado e promovida por um sindicato constituído já depois da recente negociação coletiva levada a cabo entre a ANTRAM e a FECTRANS”, refere.

“A ANTRAM quis e crê ter conseguido proteger o mercado de trabalho. Sabemos que as empresas dependem dos motoristas como estes dependem das empresas. Resta-nos esperar que a verdade e o bom senso imperem”, finaliza a associação.

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Nos é a primeira operadora a usar o eSIM em Portugal

A Nos vai permitir aos clientes terem dois números com um só cartão: um deles associado a um cartão SIM e outro a um cartão SIM eletrónico, embutido no aparelho.

A Nos NOS 0,14% é a primeira operadora em Portugal a antecipar o fim dos cartões SIM nos smartphones. A empresa anunciou esta terça-feira o lançamento do primeiro eSIM do mercado português, confirmando uma notícia avançada pelo ECO em setembro.

A tecnologia vai estar disponível a partir desta quinta-feira e vai permitir aos clientes terem dois números com um só cartão: um deles associado a um cartão SIM e outro a um SIM eletrónico, embutido no aparelho, uma funcionalidade associada aos novos iPhones lançados pela Apple no ano passado.

“A lança hoje [terça-feira] o primeiro serviço eSIM (embedded SIM, ou SIM embutido) do mercado português. Os clientes da Nos são os primeiros a experimentar o eSIM, nos smartphones comercializados em Portugal com esta tecnologia, que permite que possam utilizá-los como Dual Sim: dois números num mesmo telemóvel, um com o cartão físico e o outro com o eSIM”, anunciou a empresa num comunicado.

Segundo a Nos, a “vantagem imediata” para os clientes, “para além da desmaterialização do cartão SIM, é a possibilidade de utilização de diferentes eSIM, porque lhes permite, por exemplo, ter um número pessoal e um profissional num só telemóvel”. Outras vantagens, segundo a Nos, vão prender-se com “a possibilidade de utilizar planos de dados adicionais” e a “expansão da conectividade entre diferentes equipamentos”.

Liderada por Miguel Almeida, a Nos começou logo a preparar este lançamento quando a Apple apresentou os iPhones Xs, Xs Max e Xr em meados de setembro, capazes de suportar a tecnologia eSIM. Como revelou o ECO na altura, a empresa admitiu estar em conversações com a Apple no sentido de lançar esta tecnologia em Portugal.

Sete meses depois da notícia, a operadora portuguesa anuncia a chegada da tecnologia e admite, apesar de tudo, que “ainda são poucos os equipamentos com eSIM” no mercado nacional. “Nesta fase de lançamento, o processo de adesão é realizado, a partir de quinta-feira, em algumas das lojas Nos do continente, da Nos Madeira e da Nos Açores”. A intenção é lançar o serviço em todas as lojas “nos próximos meses”.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h16)

Evolução do preço das ações da Nos em Lisboa

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SWORD Health fecha financiamento de 8 milhões de dólares liderado pela Khosla Ventures

Ronda Série A vai permitir à startup portuguesa reforçar a expansão nos Estados Unidos, desenvolver engenharia e investir na validação clínica do produto

A startup portuguesa SWORD Health fechou uma ronda de financiamento Série A no valor de oito milhões de dólares, e liderada pela Khosla Ventures, criada por Vinod Khosla, cofundador da Sun Microsystems e uma das venture capital mais relevantes de Silicon Valley. Segundo a empresa, o investimento vai permitir à startup reforçar a sua expansão nos Estados Unidos, desenvolver as capacidades de engenharia do seu produto e investir na sua validação clínica.

“Já provámos que conseguimos tornar possível o impossível ao desenvolver uma nova tecnologia totalmente impensável. Com esta ronda queremos passar do possível para o inevitável. As doenças musculosqueléticas estão a provocar e a aumentar o absentismo laboral, a promover o consumo de opioides e a abrir caminho para cirurgias evitáveis. Estamos a construir os próximos 50 anos da fisioterapia mundial e a redefinir os cuidados de saúde para estas patologias”, diz Virgílio Bento, fundador e CEO da SWORD Health.

A SWORD criou um terapeuta digital de inteligência artificial que leva a fisioterapia a casa dos pacientes, tornando-a mais conveniente e fácil de usar. “Paralelamente, uma equipa clínica composta por fisioterapeutas e médicos prescreve, avalia, valida e supervisiona de forma remota todo o programa terapêutico”, explica a empresa em comunicado.

Estamos a construir os próximos 50 anos da fisioterapia mundial e a redefinir os cuidados de saúde para estas patologias.

Virgílio Bento

Fundador e CEO da SWORD Health

Já nos Estados Unidos e a trabalhar com algumas das maiores seguradoras do país no tratamento e prevenção das doenças musculoesqueléticas, o objetivo da SWORD é reduzir para metade os custos com estas patologias. As patologias musculoesqueléticas afetam uma em cada três pessoas no mundo e mais de metade da população americana, custando anualmente 190 mil milhões de dólares só no mercado norte-americano.

“Os cuidados com as doenças musculoesqueléticas praticamente não evoluíram nos últimos 50 anos e, no entanto, esta é uma das áreas mais dispendiosas do setor da saúde. A SWORD pode inovar e causar disrupção na fisioterapia com a sua abordagem tecnológica que permite uma prestação exponencialmente mais eficaz de cuidados de saúde tanto para os pacientes como para os prestadores de serviços”, justifica Vinod Khosla.

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Galp Gás avisa para falhas no abastecimento de gás propano canalizado devido à greve. Pede aos clientes para pouparem no consumo

A Galp Gás avisou os clientes de que poderão ficar sem gás propano canalizado em casa, devido à greve dos trabalhadores da distribuição. Atenção: não é o gás natural.

A Galp Gás está a avisar os clientes de que devem poupar no consumo de gás propano canalizado em casa, devido à greve dos trabalhadores que transportam matérias perigosas em Portugal.

“Tal greve está a afetar de modo adverso o curso normal das nossas operações de fornecimento de GPL em garrafas e granel, nomeadamente para as urbanizações abastecidas por gás canalizado”, informa a empresa numa nota aos clientes, a que o ECO teve acesso.

Na sequência deste “evento de força maior”, a empresa pede aos clientes que poupem no consumo de gás, para abrandar o esvaziamento das reservas. “Recomendamos que adote, com a maior brevidade, medidas mitigadores de consumos de gás, por forma a aumentar a autonomia do parque de abastecimento da urbanização”, indica a companhia.

Este gás derivado do petróleo (GPL) serve de abastecimento a várias urbanizações e não está relacionado com o gás natural fornecido em grandes centros urbanos, como Lisboa. O abastecimento deste gás às habitações é feito através de botijas colocadas junto de alguns condomínios e fornecido de forma canalizada e contínua aos clientes que contratualizam o serviço.

“Logo que cesse este evento de força maior, procuraremos reforçar a nossa atividade logística, para, no menor tempo possível, retomarmos os normais fornecimentos de GPL”, sublinha a mesma nota.

Recomendamos que adote, com a maior brevidade, medidas mitigadores de consumos de gás, por forma a aumentar a autonomia do parque de abastecimento da urbanização.

Comunicado da Galp Gás enviado aos clientes

Esta greve está a provocar outras perturbações no país, com os aeroportos de Lisboa e Faro a ficarem sem combustível e a admitirem disrupções de serviço. A greve levou o Governo a aprovar uma requisição civil para travar esta paralisação.

“A greve em curso afeta o abastecimento de combustíveis aos aeroportos, bombeiros e portos, bem como o abastecimento de combustíveis às empresas de transportes públicos e aos postos de abastecimento da Grande Lisboa e do Grande Porto”, lê-se num comunicado da presidência do Conselho de Ministros.

Revendedores admitem falta de combustível nos postos de abastecimento

Em declarações à RTP, o presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustível, Francisco Albuquerque, admitiu que alguns postos de combustível poderão ficar sem reservas nas próximas horas, devido à greve dos trabalhadores que transportam matérias perigosas em Portugal.

Segundo a estação pública, verifica-se ao longo do país um incremento de vendas e filas de consumidores a quererem atestar as viaturas.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h57)

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GEOTA diz que é a decisão certa não avançar com a barragem de Fridão

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

Apesar de considerar que cancelar a construção da barragem do Fridão “é a decisão certa”, a associação ambientalista vai manter a ação popular interposta no Tribunal Administrativo de Lisboa.

A associação de defesa do ambiente GEOTA afirmou esta terça-feira que a decisão de não avançar com a barragem do Fridão “é a certa”, porque o empreendimento seria “um crime” ambiental, social, económico” e “sem sentido” a nível energético.

“Congratulemo-nos com esta decisão, achamos que já devia ter sido tomada e é a certa”, disse à agência Lusa Ana Brazão, coordenadora do projeto Rios Livres, do GEOTA.

O ministro do Ambiente anunciou hoje no parlamento que a barragem do Fridão, no rio Tâmega, não será construída e que “não há razões para a restituição de qualquer montante” à EDP.

Segundo o governante, houve um desinteresse por parte da EDP, que o Estado não contraria, e face a esse desinteresse, não existem razões para a restituição da verba.

“Seria um crime ambiental, social, económico, não teria qualquer sentido do ponto de vista energético que era a razão pela qual a barragem estava projetada”, frisou Ana Brazão.

A ativista reforçou “que hoje se tomou a decisão mais certa” e adiantou que se vai manter a ação popular interposta no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa.

A ação conta com 365 subscrições e 38 declarações e visa ainda colocar em causa “a legitimidade” da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) que devia ser válida por dois anos, mas foi “sucessivas vezes prorrogada”.

Ana Brazão questionou o facto de a DIA “ainda ser válida” e sublinhou que, se “a barragem tivesse sido aprovada, teria sido com base num estudo com mais de 10 anos”.

Queremos que com esta ação se crie um ponto final, que este tipo de práticas, em que se prolonga a validade dos estudos de impacto ambiental, não voltem a ocorrer, nem com barragens nem com outros projetos de impactos ambientais significativos”, sublinhou.

No início da atual legislatura, o Governo decidiu suspender a construção do empreendimento, para proceder à sua reavaliação, período que terminou na quinta-feira.

A barragem de Fridão, no rio Tâmega, consta há vários anos do Plano Nacional de Barragens, mas uma decisão definitiva sobre a construção daquele empreendimento hidroelétrico, que afeta vários concelhos (Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e Mondim de Basto), tem sido sucessivamente adiada, num processo com avanços e recuos ao longo dos anos e vários governos.

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Com quem se reúne Carlos Costa? Agora, vai saber-se (três meses depois)

  • ECO
  • 16 Abril 2019

Banco de Portugal vai passar a divulgar as agendas dos membros do Conselho de Administração no dia 15 de cada mês. Decisão cumpre uma obrigação do Código de Conduta dos Altos Responsáveis do BCE.

A agenda dos administradores do Banco de Portugal vai ser tornada pública. A dia 15 de cada mês, o banco central vai começar a divulgar no site informação relativa aos encontros dos membros do conselho de administração, incluindo o governador Carlos Costa, além das intervenções públicas, eventos e publicações que já são conhecidas.

“As agendas são divulgadas com um diferimento de três meses e incluem informação sobre os compromissos com entidades externas dos membros do Conselho de Administração do Banco de Portugal no âmbito dos respetivos pelouros, e ainda informação relativa aos compromissos do governador, Carlos da Silva Costa, e da vice-governadora, Elisa Ferreira, na qualidade, respetivamente, de membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE) e de membro do Conselho de Supervisão”, explicou o Banco de Portugal, em comunicado.

Carlos Costa tem os pelouros das relações internacionais, estudos económicos, auditoria (com o administrador Luís Laginha de Sousa) e comunicação e museu (com o administrador Hélder Rosalino). Já a vice-governadora Elisa Ferreira é responsável pela supervisão prudencial, além de representar o Banco de Portugal em várias instituições. O vice-governador Luís Máximo dos Santos tem os pelouros da supervisão comportamental, averiguação e ação sancionatória, resolução e serviços jurídicos.

O administrador Hélder Rosalino tem os departamentos de mercados e gestão de reservas, sistemas de pagamentos, emissão e tesouraria, sistemas e tecnologias de informação, bem como comunicação e museu (partilhado com o governador). Luís Laginha de Sousa tem os departamentos de estabilidade financeira, serviços de apoio e auditoria (com Carlos Costa) e a administradora Ana Paula Serra é responsável pelos departamentos de gestão e desenvolvimento de recursos humanos, estatística, contabilidade e controlo, bem como gestão de risco.

A decisão de tornar públicas as agendas dá cumprimento a uma obrigação decorrente do Código de Conduta dos Altos Responsáveis do Banco Central Europeu (BCE). O objetivo é garantir a transparência dos altos responsáveis do BCE no relacionamento com entidades externas. O banco central português acrescentou que “por razões de transparência e de prestação de contas, o Banco de Portugal decidiu publicar também as agendas dos demais membros do seu Conselho de Administração”.

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Eurodeputados dão luz verde a nova lei que protege denunciantes na UE

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

O Parlamento Europeu aprovou, por maioria, a nova lei para proteger denunciantes que agem em prol do interesse público na UE, sendo a primeira diretiva comunitária para este tipo de casos.

O Parlamento Europeu aprovou esta terça-feira, por maioria, a nova lei para proteger denunciantes que agem em prol do interesse público na União Europeia (UE), sendo a primeira diretiva comunitária para este tipo de casos. A votação desta nova diretiva, que decorreu no âmbito da última sessão plenária desta legislatura da assembleia europeia, em Estrasburgo, França, contou com 591 votos a favor, 29 contra e 33 abstenções.

Naquela que é a primeira lei europeia para os whistleblowers (em português, denunciantes), o objetivo é criar um enquadramento legal de proteção uniforme em toda a UE, já que, atualmente, isso varia consoante o Estado-membro.

Esta diretiva, que resulta de um acordo provisório alcançado em meados de março com o Conselho da UE (no qual estão representados os países), estipula assim que sejam defendidos, à luz da lei, pessoas que denunciem casos de fraude fiscal e de lavagem de dinheiro e que ponham em causa contratos públicos, a segurança dos produtos e dos transportes, a proteção do ambiente, a saúde pública, a proteção dos consumidores e ainda os dados pessoais.

As novas regras europeias visam garantir um elevado nível de proteção dos denunciantes, prevendo canais de comunicação seguros para as denúncias e medidas contra a intimidação e represálias.

Uma das regras centra-se na criação de canais de comunicação internos em entidades públicas e privadas com mais de 50 funcionários, para que se possa denunciar dentro da própria organização. Também as autoridades nacionais e europeias terão de ter canais de comunicação externos independentes.

Outra das possibilidades para os denunciantes passa a ser o recurso aos meios de comunicação social, isto em situações em que, por exemplo, não seja dada a devida atenção à sua denúncia ou haja perigo iminente para o interesse público ou risco de retaliação. Além dos denunciantes, os jornalistas que divulguem as denúncias também serão protegidos.

A nova lei prevê ainda que os Estados-membros forneçam apoio jurídico, financeiro e psicológico aos denunciantes. Formas de retaliação, como a despromoção, a suspensão ou o despedimento, passam, inclusive, a estar proibidas com a nova diretiva.

A eurodeputada portuguesa Ana Gomes, do PS, tem vindo a ser uma grande defensora desta nova diretiva, nomeadamente no caso do hacker Rui Pinto, que divulgou informação confidencial sobre o futebol português, denunciando alegados esquemas de evasão fiscal cometidos em vários países.

Porém, Rui Pinto não beneficia diretamente da nova lei, já que não agiu no seio de uma organização, como prevê a diretiva, podendo ser, ainda assim, ser abrangido pela ação em prol do interesse público e em conjugação com outro tipo de enquadramento legal para os casos que denunciou.

Para esta terça-feira está também marcado um debate sobre uma eventual extradição do fundador da organização Wikileaks, Julian Assange, que foi detido na quinta-feira pela polícia britânica em Londres. Julian Assange também é considerado um denunciante pelo papel na Wikileaks.

Tanto Rui Pinto como Julian Assange estão nomeados para o prémio anual para “Jornalistas, denunciantes e defensores do direito à informação” promovido pela Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde (GUE/NGL), cujos resultados serão conhecidos esta terça-feira.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 16 Abril 2019

Em dia de rescaldo do incêndio em Notre Dame, fala-se na anulação da mega indemnização a pagar pela Chevron, na devolução de CoCos pelo Santander, ou na ameaça das metas de CO2 a lucros do automóvel.

O dia arranca com o rescaldo do grande incêndio que afetou a Catedral de Notre Dame, em Paris, e com a nota dos esforços que já começam a ser tomados no sentido de reunir fundos para reconstruir um dos maiores símbolos da arquitetura gótica. Multimilionários do setor do luxo já prometeram 300 milhões de euros. As manchetes da imprensa internacional fazem ainda referência à reafirmação da anulação pelo Supremo Tribunal holandês da anulação de uma indemnização de 9,5 mil milhões à Chevron por danos ambientais na Amazónia, bem como à intenção de um dos maiores grupos de telecomunicações japonês escolher Londres como base internacional. Destaque ainda para intenção do Santander de amortizar antecipadamente 1.500 milhões de CoCos e para a notícia da ameaça que as novas metas de emissão de CO2 representam para a indústria automóvel europeia.

Bloomberg

Multimilionários franceses doam 300 milhões para a reconstrução de Notre Dame

Gigantes da indústria do luxo francesa prometeram doar 300 milhões de euros para ajudar à reconstrução da Catedral de Notre Dame, após o grande incêndio que o monumento da capital parisiense sofreu na segunda-feira, respondendo ao apelo do presidente francês a uma recolha de fundos. A notícia é avançada pela Bloomberg que dá conta que Francois-Henri Pinault, chairman e CEO da Gucci, e o seu pai Francois Pinault, vão doar 100 milhões de euros. O seu arquirrival, da família Arnault, respondeu com a promessa de uma doação de 200 milhões de euros e dos recursos arquitetónicos do seu grupo LVMH. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso livre, conteúdo em inglês).

Expansión

Santander amortiza de forma antecipada 1.500 milhões de CoCos

O Banco Santander acordou em proceder à devolução antecipada da totalidade das participações preferenciais eventualmente convertíveis em ações (CoCos) avaliadas em 1.500 milhões de dólares (1.326 milhões de euros) que negociavam na Bolsa de valores da Iralanda. Essa amortização antecipada, que foi autorizada pelo Banco Central Europeu, irá acontecer a 19 de maio, deu conta o banco espanhol em comunicado enviado ao mercado. Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Financial Times

Grupo de telecomunicações japonês NTT quer base para Londres

Um dos maiores grupos de telecomunicações do Japão deve abrir a sua nova sede internacional em Londres nos próximos meses, de acordo com as autoridades britânicas. Em causa está o grupo NTT, que é também uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo, que está em contacto com as autoridades britânicas com vista a efetivar essa mudança. O grupo nega a tomada de qualquer decisão antes de julho. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Reuters

Tribunal holandês reafirma anulação da indemnização de 9,5 mil milhões da Chevron no Equador

O Supremo Tribunal da Holanda reafirmou a decisão que anulou a obrigação de a Chevron pagar uma indemnização milionária no Equador por danos ambientais. Em causa está uma condenação de 9,5 mil milhões de dólares que tinha sido imposta ao gigante mundial da petroquímica com vista a indemnizar os indígenas e cidadãos da Amazónia por danos ambientais num processo que já conta com 25 anos. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Financial Times

Corte de emissões de CO2 ameaça lucros dos grupos automóveis europeus

O maior desafio que a indústria automóvel europeia enfrenta tem origem nos tubos de escape dos carros. As novas metas de emissões de dióxido de carbono (CO2) serão implementadas no próximo ano em toda a União europeia, com a ameaça de multas pesadas a quem não as cumprir. Contudo, a indústria não estará pronta para enfrentar esse desafio. Em causa estão multas de 95 euros por cada grama de CO2 que exceda a meta, multiplicada pelo número de carros vendidos no ano em causa. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

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Empresas estão solidárias. Gucci e Louis Vuitton doam 300 milhões para a reconstrução da catedral de Notre-Dame

Depois das famílias Pinault e Arnault anunciarem doações de 300 milhões de euros, criou-se uma onda de solidariedade. Já são várias as empresas que se mostram disponíveis para contribuir.

O incêndio que destruiu parte da catedral de Notre-Dame deixou o mundo sensibilizado. Depois do presidente do Parlamento Europeu ter pedido aos eurodeputados que doassem um dia de salário para a reconstrução do monumento, foi a vez de duas marcas de luxo ajudarem. As famílias Pinault, detentora da marca Gucci, e a Arnault, da marca Louis Vuitton, anunciaram doações que, no total, perfazem 339 milhões de dólares (300 milhões de euros).

François-Henri Pinault, presidente e diretor-executivo da Gucci, juntamente com o pai, François-Pinault, vão doar 100 milhões de euros para a recuperação do monumento, avança a Bloomberg (conteúdo em inglês). “Esta tragédia está a afetar todo o povo francês e todos aqueles ligados aos valores espirituais”, disse François-Henri Pinault, com 56 anos, em comunicado. “Diante desta tragédia, todos desejam devolver a vida a essa joia da nossa herança o mais rapidamente possível”.

Mais tarde foi a vez de a família Arnault, do Grupo LVHM (Louis Vuitton), anunciar uma doação de 200 milhões de euros. “A família Arnault e o Grupo LVMH, solidários com esta tragédia nacional, mobilizam-se por Notre-Dame. Fará uma doação global de 200 milhões de euros ao fundo dedicado à reconstrução desta obra arquitetónica, que é parte da história de França”, anunciou o Grupo no Twitter.

O Grupo “colocará à disposição do Estado francês todas suas equipas — criativas, arquitetónicas e financeiras — para ajudar, por um lado, com o longo trabalho de construção e, por outro, com o esforço de angariação de fundos”.

Bernard Arnault, com 70 anos, principal acionista da LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton SE, é a terceira pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna estimada em 90,4 mil milhões de dólares (80 mil milhões de euros), de acordo com o Bloomberg Billionaires Index. Por sua vez, François-Pinault, com 82 anos, ocupa a 23.ª posição com uma fortuna de 37,3 mil milhões de dólares (33 mil milhões de euros).

A Presidente da Câmara de Paris anunciou no Twitter a intenção de organizar uma conferência para arrecadar o dinheiro necessário para a reconstrução. “Eu vou propor que organizemos nas próximas semanas uma grande conferência internacional de doadores (…) com patrocinadores de todo o mundo para arrecadar os fundos necessários para a restauração“, escreveu Anne Hidalgo.

Emmanuel Macron, Presidente francês, prometeu reconstruir o monumento gótico com 850 anos, e pediu contribuições a todos, garantindo que iria recorrer aos melhores talentos do mundo para este projeto. O Parlamento Europeu colocou no exterior uma “caixa”, apelando aos eurodeputados que lá coloquem o equivalente a um dia de salário para ajudar na reconstrução.

Estas doações foram o pontapé de partida para uma onda de doações empresariais e mundiais, diz a Bloomberg, como é o caso da multinacional francesa Capgemini que prometeu doar um milhão de euros.

Também a construtora Vinci, da família Duval, (proprietária do grupo imobiliário Groupe Duval e do BNP Paribas) e proprietária da ANA – Aeroportos de Portugal, anunciou que vai contribuir, embora não tenha adiantado valores. “A Vinci aconselha todas as empresas de construção em França a unir forças para reconstruir Notre-Dame”, referiu a empresa, em comunicado.

O Governo regional de Ile-de-France, em Paris, vai doar dez milhões de euros em ajuda de emergência à arquidiocese para os trabalhos de reconstrução iniciais, disse Valerie Pecresse, política francesa. As pessoas que pretendam fazer doações podem fazê-lo através da organização sem fins lucrativos Fondation du Patrimoine.

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Itália renova preocupações sobre o défice. Juros da dívida sobem e ações caem

Governo italiano espera saldo orçamental negativo de 2,4% este ano e Moscovici antecipa problemas. O banco central já vê défice em 3,4% no próximo ano, se não houver aumentos de impostos.

Itália poderá enfrentar um novo conflito com a Comissão Europeia. O vice-primeiro-ministro Luigi Di Maio afirmou, em entrevista à CNBC, que o país não vai adotar políticas de austeridade, apesar de o Governo ter cortado as projeções de crescimento para 0,2% este ano, face à anterior estimativa de 1%.

A nova estimativa para o défice é de 2,4%, o que quebra o compromisso que tinha sido celebrado com a Comissão Europeia de que o saldo orçamental negativo fosse inferior a 2%. A dívida pública deverá atingir um novo recorde de 132,6% do PIB.

“Poderemos voltar a ter problemas com Itália”, disse o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, sobre o assunto, a uma semana de o gabinete de estatísticas europeu enviar para Bruxelas as primeiras notificações sobre os procedimentos do défice excessivo relativos a 2018.

O diretor do banco central italiano para os assuntos económicos, Eugenio Gaiotti, afirmou ainda esta terça-feira no Parlamento que, sem um aumento do IVA, o défice poderá atingir 3,4% do PIB em 2020 e 3,3% em 2021.

A renovada instabilidade sobre as perspetivas económicas e do saldo orçamental italianos lançou um sentimento negativo sobre os mercados financeiros. A yield das obrigações de Itália a dez anos sobem sete pontos base para 2,63%, um novo máximo da semana. Em sentido contrário, o índice acionista FTSE MIB tomba 0,25% para 21.837,25 pontos.

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