Bruxelas dá 5,5 milhões de euros a Portugal para fruta e leite nas escolas

  • Lusa
  • 27 Março 2019

Portugal vai dispor de 5,5 milhões de euros para distribuir fruta e leite nas escolas no ano letivo 2019/2020. É o mesmo valor do ano letivo anterior, mas o país só usou 1,71 milhões de euros.

Portugal vai poder dispor de 5,5 milhões de euros de financiamento para distribuir frutas, legumes e laticínios nas escolas no próximo ano letivo, anunciou a Comissão Europeia.

O programa de distribuição de frutas e legumes será financiado com quase 3,3 milhões de euros e do de laticínios com 2,2 milhões, o mesmo valor recebido para o atual ano letivo e o de 2017-2018. O programa de distribuição de frutas, legumes, leite e derivados inclui ainda medidas pedagógicas sobre alimentação saudável e agricultura.

Segundo um relatório também publicado esta quarta-feira, em Portugal participaram, no ano letivo anterior, 1.270 escolas no programa respeitante a frutas e legumes e 7.068 no dos laticínios, tendo sido abrangido um total de 458.252 crianças, a maioria do primeiro ciclo do ensino básico (458.252) e as restantes do pré-escolar (122.808).

Do total de 5,5 milhões de euros disponibilizados, Portugal utilizou, no ano letivo passado, apenas 1,71 milhões de euros para distribuir nas escolas: 630.522 quilos de frutas e legumes frescos e 2,725.854 litros de leite.

No total, a Comissão Europeia disponibiliza 250 milhões de euros para o próximo ano letivo, destinando a maior fatia (145 milhões) à distribuição de frutas e legumes e os restantes 105 milhões ao programa do leite e derivados. No ano letivo 2017-2018, participaram um total de 159 mil escolas, tendo sido distribuídas 255.500 toneladas de fruta fresca e legumes e 178 milhões de litros de leite, tendo sido utilizados mais de 182 milhões de euros do orçamento da UE.

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Trabalhadores dos portos do continente marcam greve em abril

  • Lusa
  • 27 Março 2019

Os trabalhadores dos portos do continente avançaram para a marcação de uma greve entre 11 e 14 de abril. O objetivo é pressionar a administração do Porto de Sines para que cumpra o acordo de trabalho.

Os trabalhadores dos portos do continente vão estar em greve entre 11 e 14 de abril. O objetivo é pressionar a administração do Porto de Sines a cumprir a legislação laboral e o Acordo Coletivo do setor.

O pré-aviso de greve foi emitido pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das administrações Portuárias (SNTAP), da UGT, que responsabilizou, em comunicado, o Conselho de Administração do Porto de Sines [APS] pelo conflito laboral. “Os portos vão fazer greve, a qual é da inteira responsabilidade da Administração da APS”, afirmou o sindicato num comunicado.

Segundo o documento, e o próprio pré-aviso de greve, a Administração do Porto de Sines não aplica a legislação laboral e o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) aos trabalhadores abrangidos pela escala de serviço, que constituem as frentes de trabalho, “refugiando-se na existência do Protocolo em vigor desde 1994”.

O sindicato salientou que existem protocolos em todos os portos, para resolver situações específicas, mas que não poem em causa a lei geral ou o ACT. “Mas no caso do Porto de Sines os trabalhadores são tratados de forma diferente, neste caso para pior”, disse.

Em causa estão, por exemplo, o direito ao gozo de dias por parentalidade para os trabalhadores em regime de turnos, as folgas aos feriados, as tolerâncias de ponto, afirmam.

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Redução do défice comercial norte-americano anima Wall Street

O défice da balança comercial dos EUA caiu em janeiro, para 51,1 mil milhões de dólares, o que representa a maior queda mensal desde 2009 e foi superior às estimativas do mercado.

Wall Street abriu no verde, animado pelos dados económicos. O défice da balança comercial dos EUA caiu em janeiro, para 51,1 mil milhões de dólares, o que representa a maior queda mensal desde 2009. A dívida continua em destaque, mas as preocupações parecem estar a ser ofuscadas pelos números divulgados pelo Departamento de Comércio.

O índice industrial Dow Jones abriu a ganhar 0,16% para 25.698,95 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 sobe 0,08% para 2.820,82 pontos e o tecnológico Nasdaq avança 0,19% para 7.706,32 pontos.

No campo empresarial, o foco está no setor da saúde depois de a agência Reuters ter noticiado que as conversações para uma oferta pública de aquisição (OPA) da Centene à concorrente Wellcare estão num estado avançado. O negócio poderá ser oficializado já em abril, mas o valor ainda não é conhecido. A Centene afunda 7,57% para 50,70 dólares por ação, enquanto a Wellcare dispara 9,81% para 253,96 dólares por ação.

Os principais índices norte-americanos mantêm a tendência positiva e de recuperação do final da última sessão, que se seguiu a fortes quedas associadas a preocupações com a desaceleração económica.

A yield das Treasuries norte-americanas a 10 anos chegou a tocar valores inferiores ao juro dos Bilhetes do Tesouro a 3 meses pela primeira vez desde 2007, o que é visto pelo mercado como indicador de recessão. Esta quarta-feira, o juro da dívida soberana a 10 anos recua 5,12 pontos base para 2,37%, enquanto a yield dos títulos a três meses negoceiam nos 2,474%.

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Santo António bate Misericórdia e Parque das Nações. É a freguesia mais cara do país

Santo António foi a freguesia de Lisboa que registou a maior variação homóloga no preço médio por metro quadrado para arrendamento. Ultrapassou o Parque das Nações e, também, a Misericórdia.

As rendas da habitação subiram 9,3% para uma média de 4,8 euros por metro quadrado no ano passado, sendo que Lisboa apresenta um preço de mais do dobro do resto do país. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a freguesia de Santo António foi a que mais “brilhou”. Registou a maior variação homóloga, tendo o valor do metro quadrado disparado 27,3%, situando-se agora nos 14,10 euros, frente às freguesias da Misericórdia e do Parque das Nações.

Em apenas um ano, arrendar uma casa nesta freguesia encareceu 3,02 por metro quadrado. Isto significa que, neste momento, se estiver a pensar alugar uma casa em Santo António com 100 metros quadrados, a renda será de 1.410 euros. Se estivermos a falar de um apartamento com menos de metade deste tamanho, com 30 metros quadrados, por exemplo, o valor da renda será, ainda assim, de 423 euros.

As freguesias da Misericórdia e do Parque da Nações são as segunda e terceiras mais caras para arrendar uma casa. Se, na primeira, o metro quadrado custa 13,38 euros, na segunda, o valor situa-se nos 13,12 euros. O Parque das Nações era, em 2017, a freguesia mais cara do município de Lisboa, altura em que o valor ficava nos 11,7 euros, enquanto a Misericórdia ocupava o segundo lugar da tabela, registando 11,64 euros por metro quadrado.

Do lado oposto, com os preços mais baixos, aparecem nas freguesias dos Olivais, Marvila e Santa Clara, onde o custo do metro quadrado é, respetivamente, 10,07, 9,00 e 8,31 euros. O valor mais baixo do município de Lisboa aproxima-se, assim, dos preços mais elevados registados no município do Porto.

Rendas no Porto sobem tanto como em Lisboa

O preço mediano das rendas em Lisboa aumentou 16%, exatamente o mesmo que no Porto. Na Invicta, a União das freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde é aquela cujo valor do metro quadrado é mais elevado (8,86 euros). Voltando ao exemplo da hipotética casa de 100 metros quadrados, neste município custaria 886 euros euros. Já o apartamento de 30 metros quadrados passaria uma fatura de 265,8 euros.

 

Segue-se a União das freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, onde o preço do metro quadrado se situa nos 8,49 euros, e a União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, com uma média de 8,43 euros.

Pelo contrário, há municípios onde o preço do metro quadrado não ultrapassa mesmo os oito euros. É o caso de Ramalde (7,6 euros), de Paranhos (7,42 euros) e, finalmente, da Campanhã — a freguesia com o preço de arrendamento mais baixo — que apresenta um preço médio por metro quadrado de 6,19 euros.

Uma casa em Lisboa equivale a quase cinco em Bragança

Olhando para o retrato global do país, Lisboa é, sem grandes surpresas, a região onde o preço do metro quadrado está mais elevado (11,16 euros), seguida do Porto, onde o valor se fixa nos 7,85 euros. O Funchal, na Madeira, fica no terceiro lugar do pódio, com o arrendamento nos 6,74 euros por metro quadrado.

 

Quem também está acima da do valor mediano das rendas no país — que se situa nos 4,80 euros — é Faro. É nesta região, aliás, que está o concelho que registou o maior aumento percentual no ano passado: em Castro Marim o valor das rendas disparou 28,4%.

Alugar uma casa no distrito de Bragança é a decisão mais acertada no que toca a poupança. Na verdade, arrendar uma casa em Lisboa é o equivalente a alugar quase cinco em Bragança. O preço do metro quadrado nesta zona é de 2,49 euros, seguindo-se Portalegre (2,79 euros) e Guarda (2,90 euros).

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Competência de avaliação de Tomás Correia “nunca esteve no Governo”, insiste Vieira da Silva

O ministro do Trabalho insiste que a competência de avaliar a idoneidade de Tomás Correia nunca foi do Governo e que, portanto, a ASF sempre esteve em condições para avançar com esse processo.

Apesar de “não ter dúvidas” de que a condenação de Tomás Correia pelo Banco de Portugal deva resultar na avaliação da idoneidade da administração eleita para a Associação Mutualista Montepio Geral, o ministro do Trabalho e da Segurança Social insiste que essa competência “nunca esteve no Governo” e que, portanto, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) sempre “teve todas as condições” para avançar nesse processo. Entretanto, essa avaliação já foi iniciada, levando, por isso, à suspensão do registo dos órgãos sociais na Segurança Social, adiantou o governante.

Esta manhã numa audição requerida pelo PSD e pelo Bloco de Esquerda no âmbito da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), Vieira da Silva sublinhou que a “disputa” com a ASF sobre quem deveria proceder à avaliação da idoneidade de Tomás Correia face à decisão do Banco de Portugal não teve como origem uma questão de o Executivo “querer ou não querer, estar ou a não a empurrar” esta competência para terceiros, já que tal função nunca lhe competiu.

“Ninguém gostaria menos que eu que não tivesse existido aquele período de disputa. Ninguém pode empurrar para o Governo uma competência que não tem”, salientou o governante, adiantando que foi “surpreendido” pela posição assumida pela ASF de que não tinha “responsabilidades” no processo de avaliação em causa. “Quem iniciou esse processo [de disputa] não fui eu. Tentei encontrar uma solução legislativa”, garantiu o ministro do Trabalho.

Questionado pela deputada bloquista Mariana Mortágua sobre a atuação do Governo aquando da divulgação das suspeitas que envolviam a gestão de Tomás Correia (desde 2015), Vieira da Silva explicou que o “Governo entendeu que deveria deixar” que o processo que estava a ser conduzido pelo Banco de Portugal “fosse concluído”, remetendo a intervenção dos órgãos públicos para o momento efetivo de decisão do supervisor bancário.

“Toda a atuação que o Governo teve foi em defesa da estabilidade, segurança e futuro da Associação Mutualista”, reforçou ainda o governante, sublinhando que tal não corresponde a “nenhum processo de proteção” de Tomás Correia.

O deputado social-democrata António Leitão Amaro enfatizou, por sua vez, que mesmo antes do atual Código das Associações Mutualistas entrar em vigor havia margem para o Executivo pedir a destituição de Tomás Correia. Em reação, o ministro sublinhou que tal processo só poderia ser desencadeado por atos praticados no desempenho do exercício de gestão dessa associação mutualista, o que não é o caso.

Recorde-se que a questão sobre quem deveria fazer a avaliação da idoneidade de Tomás Correia esteve envolta em alguma polémica nas últimas semanas, entendendo a ASF que não tinha competências para o fazer. Face a esta situação, o Executivo aprovou uma norma clarificadora que atribuiu definitivamente ao regulador dos seguros essas funções.

Na origem desta disputa esteve a condenação de Tomás Correia pelo Banco de Portugal por irregularidades registadas no período em que foi presidente da Caixa Montepio Geral.

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Seat lucra mais. Reforça aposta nos elétricos e híbridos

  • Lusa
  • 27 Março 2019

Os lucros da Seat aumentaram no ano passado, para 294 milhões de euros. A empresa do grupo Volkswagen anunciou planos para reforçar a estratégia no segmento dos automóveis elétricos e híbridos.

A Seat anunciou em Barcelona que teve lucros de 294 milhões de euros em 2018 e que a aposta nos “elétricos” e “híbridos” implica o lançamento de seis novos modelos até 2021. O lucro da empresa, depois de impostos, atingiu os 294 milhões de euros, mais 4,6% do que no ano anterior.

Os resultados de 2018 “foram alcançados graças à venda de 518.000 veículos, um recorde nos 68 anos que tem a companhia”, sublinhou o presidente da Seat, Luca de Meo, na apresentação dos resultados para 2018 da empresa que pertence ao Grupo Volkswagen.

A Seat produziu em 2018 na Autoeuropa, em Palmela, 19.588 viaturas do modelo “Alhambra” e vendeu 19.150 unidades em todo o mundo, uma diminuição de 41,5% em relação ao ano anterior, o que indica, como já foi anunciado, que o modelo vai ser descontinuado em breve.

Luca de Meo apresentou a “estratégia elétrica” da empresa que, até ao início de 2021, irá lançar seis modelos elétricos e híbridos plug-in e desenvolver em Espanha uma nova plataforma para veículos elétricos. Essa plataforma para montar veículos elétricos será desenvolvida na fábrica de Barcelona e poderá ser utilizada por todas as marcas do Grupo Volkswagen.

A nova plataforma tem como objetivo “desenvolver veículos elétricos acessíveis”, com um preço de entrada abaixo dos 20.000 euros, até 2023.

O lucro operativo da empresa cresceu 93,2%, alcançando os 223 milhões de euros, enquanto o volume de negócios alcançou os 9.991 milhões de euros, 4,6% acima do resultado de 2017.

“Todos os registos estabeleceram novos recordes históricos”, sublinhou a Seat em comunicado de imprensa, acrescentando que nos últimos cinco anos, a faturação da empresa cresceu 33%.

Em 2018, a empresa aplicou 1.223 milhões de euros, mais 27,1% do que no ano anterior, em investimentos e gastos com a investigação e desenvolvimento (I+D).

No ano passado, a Seat exportou 80% do seu volume de negócios e manteve-se como a principal empresa industrial exportadora de Espanha, com cerca de 3% do valor total de exportações do país.

O maior mercado de vendas da empresa foi a Alemanha com 114.155 veículos comercializados (+11,8% em relação a 2017), seguido pela Espanha 107.688 (+13,3%), tendo vendido em Portugal 9.607 unidades (+16,7%). A empresa prevê desenvolver nos próximos anos “uma estratégia de crescimento no norte de África” e pretende iniciar a sua atividade no Chile em 2019, bem como reforçar a presença na Colômbia.

O presidente da Seat considerou a China “o mercado mais importante para o grupo Volkswagen” e avançou que a empresa se prepara para entrar no maior mercado automóvel do mundo a partir de 2021.

“A Seat é uma marca sedutora para o Grupo Volkswagen porque atrai clientes jovens”, disse Herbert Diess, presidente do conselho de administração, sublinhando em seguida que o grupo Volkswagen pode contar com a empresa “para liderar diferentes planos que moldarão o futuro da mobilidade urbana, como a estratégia dos veículos de duas rodas”.

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É senhorio? Caução deve ser declarada no Modelo 3 do IRS

  • Lusa
  • 27 Março 2019

Os senhorios têm de declarar a caução de arrendamento no Modelo 3 do IRS, esclareceu a Autoridade Tributária. Salvaguarda o pagamento de rendas e a reparação de danos.

Os senhorios devem emitir um documento comprovativo da caução devolvida ao arrendatário e inscrevê-lo, como gasto suportado e pago, no Modelo 3 do IRS, esclarece a Autoridade Tributária (AT).

“No caso de uma devolução da caução ao locatário, do um documento comprovativo, pelo montante devolvido, o qual poderá ser inscrito como gasto suportado e pago, para o locador/senhorio, no anexo F da declaração modelo 3 do ano em que ocorreu a devolução”, esclarece o Fisco numa informação vinculativa publicada hoje no Portal das Finanças.

A caução serve para o senhorio assegurar o cumprimento das obrigações contratadas com o arrendamento, salvaguardando o pagamento das rendas e a reparação de eventuais danos que possam ser causados no imóvel e/ou no mobiliário.

O Fisco considera como rendimento predial o valor recebido como caução e, quando é contratado o arrendamento, deve ser emitido recibo eletrónico do montante da caução, além do valor da renda e da antecipação de renda.

No final do contrato, entregando o inquilino o imóvel sem danos, e se as partes não acordarem um acerto no pagamento da renda, o senhorio devolve a caução na íntegra.

Em sede de Categoria F do Código do IRS, essa caução constitui um rendimento predial, “devendo sobre o correspondente montante ser emitido recibo de renda e, bem assim, ser declarado no anexo F”, esclarece o Fisco naquela informação.

Quanto ao valor da retenção na fonte que recaiu sobre a caução, a AT diz que “não releva para a situação em concreto, porquanto já foi considerado a título de ‘pagamento por conta’, no apuramento do imposto” a pagar ou a receber, e que respeita ao ano em que foi recebida a caução.

Numa outra informação também publicada esta quarta-feira, a AT presta um esclarecimento acerca dos rendimentos prediais imputáveis à herança indivisa e a possibilidade de emitir, em nome do cabeça de casal, recibos de renda eletrónicos de imóveis arrendados, quando o cabeça de casal é quem aufere a totalidade das rendas e suporta todos os encargos da herança.

Para efeitos de tributação em sede de IRS, a herança indivisa é considerada uma situação de contitularidade, sendo cada herdeiro tributado relativamente à sua quota-parte nos rendimentos por ela gerados, mas se apenas um dos herdeiros for o titular efetivo dos rendimentos prediais, sendo ele que paga ou dispõe das rendas, considera-se que é o titular efetivo da totalidade de tais rendimentos.

“Assim, não se encontrarão os demais herdeiros obrigados ao cumprimento de qualquer obrigação declarativa, designadamente, à apresentação do anexo F, atendendo a que, ainda que herdeiros, não são titulares efetivos de um qualquer rendimento predial”, lê-se na nota da AT, que esclarece ainda que deve ser o herdeiro que recebe as rendas a declarar a totalidade das rendas recebidas.

O Fisco esclarece ainda que, aquando da emissão do recibo de renda eletrónico, é este herdeiro que recebe e dispõe das rendas que deve fazer constar no anexo F do IRS a totalidade da renda em seu nome.

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Lucros do Novo Banco dos Açores sobem 92,4% em 2018 para 3,76 milhões de euros

  • ECO
  • 27 Março 2019

A subida dos lucros para 3,76 milhões de euros foi conseguida devido à contenção de custos, quer com pessoal quer administrativos, e à melhoria da margem financeira do banco.

Os lucros do Novo Banco dos Açores avançaram 92,4% em 2018, de 1,95 milhões de euros para 3,76 milhões de euros, revelou esta quarta-feira a entidade.

Os lucros, vincou aos jornalistas o presidente da Comissão Executiva do banco, Gualter Furtado, ficaram a dever-se sobretudo “à contenção de custos, quer com pessoal quer administrativos”, e à “melhoria da margem financeira do banco“.

“O Novo Banco dos Açores sempre teve resultados positivos. Nunca teve grandes números, mas foram sempre positivos e sustentáveis. Foi um banco que não foi resolvido, o Banco de Portugal não interveio neste banco, foi sempre considerado um banco bom, que nunca recorreu a ajuda pública“, prosseguiu o responsável.

À região autónoma dos Açores foram entregues 2,6 milhões de euros em impostos em 2018, acrescentou ainda Gualter Furtado.

No final de 2018, o rácio de solvabilidade do Novo Banco dos Açores era de 14,4%, o rácio de transformação de 97,2% e o rácio de liquidez de 179%, o que “comprova a posição de solidez do banco”, afiança a Comissão Executiva, que hoje apresentou os resultados aos conselheiros da entidade.

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Bancos vão ter novas regras para vender crédito malparado na UE

  • Lusa
  • 27 Março 2019

O Conselho da União Europeia aprovou a criação de regras para instituições não financeiras adquirirem contratos de crédito malparado aos bancos, visando reduzir a acumulação de NPL no setor bancário.

O Conselho da União Europeia (UE), onde estão representados os Estados-membros, aprovou esta quarta-feira a criação de regras para instituições não financeiras adquirirem contratos de crédito malparado aos bancos, visando reduzir a acumulação de NPL no setor bancário europeu.

Em causa está a aprovação, por parte dos representantes permanentes de cada Estado-membro, de uma posição comum sobre mercados secundários de empréstimos não produtivos (NPL, na sigla em inglês), que terá agora de ser negociada com o Parlamento Europeu. “A UE está a incentivar o desenvolvimento de mercados secundários para NPL, o que permitirá aos bancos administrar ou vender empréstimos ruinosos com mais facilidade”, salienta o Conselho em comunicado.

O objetivo desta diretiva é, assim, “harmonizar as regras relativas à forma como as instituições que não são instituições de crédito podem adquirir contratos de crédito junto dos bancos”, ao mesmo tempo que “se reduzem os níveis de NPL existentes nos bancos e se evita a sua acumulação no futuro”, acrescenta.

Eugen Teodorovici, ministro das Finanças da Roménia — país que agora detém a presidência rotativa da UE –, considera na nota que o consenso hoje conseguido visa um “quadro regulamentar claro para a aquisição e prestação de serviços de crédito malparado”, que “é fundamental para fortalecer a União Bancária”.

Também em comunicado, a Comissão Europeia, que apresentou esta proposta, congratula-se com o aval do Conselho da UE. “O acordo de hoje é mais um passo para reduzir os créditos malparados na Europa e aumentar a resiliência do setor bancário europeu”, considera o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pela União dos Mercados de Capitais, Valdis Dombrovskis.

No comunicado, Bruxelas assinala ainda que esta diretiva vai criar um “regime harmonizado e menos restritivo para os compradores e agentes de crédito, eliminando os obstáculos indevidos à atividade transfronteira e garantindo, simultaneamente, a manutenção do mesmo nível de proteção do consumidor quando um empréstimo é vendido por um banco”.

Por acordar está a parte da proposta da Comissão Europeia referente à recuperação de garantias, sobre a qual não foi possível chegar a consenso no Conselho da UE. Só depois deste aval é que podem prosseguir as negociações com o Parlamento Europeu relativamente a esta lei.

A Comissão Europeia espera que isso aconteça ainda neste mandato, dada a “urgência de promover o desenvolvimento de um mercado secundário que funcione bem”. Um empréstimo passa a ser considerado crédito malparado quando os pagamentos têm um atraso de 90 dias ou mais em relação à sua data de vencimento ou quando o seu reembolso é considerado improvável.

Nestes casos, os bancos têm de recorrer a fundos próprios. Assim, as novas regras visam evitar fragilidades nas instituições bancárias e, consequentemente, a necessidade de intervenções estatais ou outras. O crédito malparado é um dos principais problemas no setor bancário da UE. Portugal tinha, em 2017, a segunda maior proporção de crédito malparado (1,3%) da UE, atrás da Eslováquia, de acordo com dados divulgados em janeiro passado.

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Montepio emite 100 milhões em dívida. Paga taxa de 10,5%

O Banco Montepio conseguiu obter 100 milhões de euros em dívida subordinada. A procura superou a oferta, mas a taxa ficou nos 10,5%.

O Banco Montepio foi ao mercado para tentar obter um financiamento de 100 milhões de euros em títulos de dívida subordinada, que conta para rácios de capital. Conseguiu o montante pretendido, com a procura a superar a oferta. A taxa de juro foi, segundo a Bloomberg, de 10,5%.

A instituição realizou nas últimas semanas um roadshow para sondar o apetite do mercado, isto depois de não ter concretizado uma emissão de dívida subordinada no final do ano passado no valor de 150 milhões de euros, que obrigou a acionista Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) a injetar 50 milhões de euros já nos últimos dias de 2018, como avançou o ECO em primeira mão.

Desta vez, o banco liderado por Dulce Mota conseguiu obter o montante pretendido em títulos subordinados e a contar para capital Tier 2. São títulos desenhados para que, caso o rácio de capital de um banco desça abaixo de determinado nível, sejam convertidos em capital do banco ou totalmente destinados a repor eventuais perdas, embora tenham um grau de subordinação inferior aos títulos AT1. Embora os títulos tenham a maturidade a 10 anos, o Banco Montepio poderá resgatá-los ao final dos cinco anos.

De acordo com a Bloomberg, que cita fonte próxima da operação, a oferta gerou interesse, tendo-se registado uma procura superior ao montante pretendido. Houve, contudo, ordens de 80 milhões de euros colocadas por partes relacionadas, diz a Bloomberg. Poderá ter sido a AMMG a colocá-las.

Apesar da procura elevada, o banco vai ter de pagar uma taxa de juro de 10,5%. Há um ano o Novo Banco realizou uma emissão de 400 milhões de euros em títulos AT2 a um juro de 8,5%.

O Banco Montepio fechou 2018 com lucros de 12,6 milhões de euros, quase duplicando face ao ano anterior. Ainda assim, o resultado foi penalizado por vários fatores não recorrentes, como a multa de 2,5 milhões de euros aplicada pelo Banco de Portugal. Recentemente, o banco indicou que já cumpria, no final do ano passado, os rácios de capital exigidos pelo supervisor português para 2019.

(Notícia atualizada às 19h15 com dados finais da operação)

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OCDE faz balanço positivo do impacto das medidas do Governo para a Justiça

A OCDE está em Portugal para debater o impacto das medidas que o Governo tem levado a cabo na área da justiça. Segundo um relatório preliminar, os tribunais portugueses "têm ganho maior eficiência".

Na Justiça, Portugal é um dos poucos casos “a introduzir ativamente um pacote abrangente de medidas de simplificação administrativa, digitalização e inovação em todo o setor da justiça”. Esta é pelo menos uma das primeiras conclusões de um estudo da OCDE, que avalia o impacto das medidas que Portugal tem implementado neste campo, no âmbito dos programas Justiça Mais Próxima e Simplex +. O estudo está a ser apresentado e debatido esta quarta-feira no evento 5ª OECD Global Policy Roundtable on Equal Access to Justice, que está a decorrer em Lisboa.

“Com estas reformas, Portugal demonstra o seu compromisso com a disseminação de uma cultura de inovação, centrada nas pessoas, e à medida que impulsiona uma ambiciosa agenda de modernização em todo o setor da justiça”, pode ler-se no documento preliminar.

A OCDE destaca ainda a forma como Portugal tem aplicado as tecnologias de informação ao sistema de justiça. “A introdução do digital em Portugal facilita a simplificação de processos, melhora a sua qualidade (reduzindo o trabalho manual) e reduz os custos relacionados com a produção e armazenamento de ficheiros”, continua o relatório.

São ainda reconhecidos os esforços para fornecer “uma base sólida para mobilizar ainda mais as capacidades tecnológicas, por meio de tecnologias emergentes, para construir um ecossistema de justiça centrado nas pessoas, digitalmente habilitado e integrado. Esse ecossistema poderia integrar mecanismos judiciais e alternativos para resolver disputas, apoiar a triagem efetiva de casos e possibilitar a resolução de disputas multicanal”.

Em termos de desempenho judicial global, a OCDE conclui que os tribunais portugueses “obtiveram ganhos substanciais de eficiência”, como é também reconhecido pelo FMI na sua avaliação de 2018.

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Três anos depois, Renault volta a fazer mira à Fiat Chrysler. Poderá avançar com proposta de aquisição

A fabricante francesa não só pretende retomar negociações com a Nissan para uma fusão nos próximos 12 meses, como também está a ponderar avançar para a aquisição da Fiat Chrysler.

A Renault está, novamente, de olhos postos na Fiat Chrysler. Depois de, há cerca de três anos, o então presidente do grupo Renault, Carlos Ghosn, ter tido algumas conversas preliminares com a empresa com sede em Londres com vista num potencial negócio — que acabou por nunca se concretizar devido à oposição do Governo francês –, a Renault pode, agora, avançar com uma proposta de aquisição da Fiat Chrysler.

De acordo com uma fonte conhecedora dos planos do grupo francês, citada pelo Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês), a Renault não só pretende retomar negociações com a Nissan para uma fusão nos próximos 12 meses, como também está a ponderar avançar para uma aquisição, fazendo mira à Fiat Chrysler.

Contudo, quando contactos pelo Financial Times, nem os responsáveis da Renault nem os da Nissan quiseram prestar qualquer comentário sobre a possível aquisição.

A mesma fonte, ainda que não adiante mais pormenores, confirmou também que a Fiat Chrysler está à procura de uma parceria ou de uma fusão para crescer. Aliás, a empresa já terá tido até algumas reuniões com potenciais aliados, incluindo com o grupo francês PSA, liderado por Carlos Tavares.

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