Produção automóvel em Portugal continua a subir. Cresce 33% em fevereiro

Foram produzidos mais de 31 mil automóveis no mês passado em Portugal, com uma subida homóloga de 33%. A maioria dos veículos teve como destino a Europa.

A produção automóvel acelerou em fevereiro, ao crescer 33% face ao mesmo período de 2018. As fábricas portuguesas produziram 31.852 veículos, de acordo com os dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP). A exportação continua a ser o motor deste desempenho, sendo que 97,3% dos automóveis produzidos foram para o estrangeiro.

A maior parte dos carros fabricados em território nacional tiveram como destino a Europa. A Alemanha é o principal cliente de Portugal, com 21,4% das exportações, seguida por Itália, responsável por 15,4%, e França, com 13,5%. O Reino Unido fecha este ranking, ao representar 10,9% dos carros exportados.

As fábricas instaladas em Portugal produziram 26 mil ligeiros de passageiros no mês passado, um valor que se traduz numa subida de 29,9% em relação a fevereiro de 2018. A produção dos veículos comerciais ligeiros também cresceu em fevereiro, ao aumentar 52,3% para as 5.343 unidades.

A indústria regista um desempenho positivo no arranque do ano. “Em termos acumulados, nos dois primeiros meses de 2019 saíram das fábricas instaladas em Portugal 62.778 veículos, ou seja, mais 27,6% do que em igual período do ano anterior”, indica a ACAP, em comunicado.

Autoeuropa mantém-se na liderança

A Autoeuropa continua a ser responsável pela maior parte da produção nacional, sendo que os automóveis que saíram da fábrica no mês passado correspondem a 74,4% do total. A unidade de Palmela produziu 23.708 veículos ligeiros de passageiros em fevereiro, mais 27% do que no período homólogo.

Já a segunda maior unidade em Portugal, a do grupo PSA, registou um aumento de 60% na produção no mês passado, em relação ao mesmo período de 2018. A fábrica de Mangualde, que tem um volume maior de veículos comerciais do que de passageiros, produziu 7.182 automóveis em fevereiro, o que compara com os 4.490 que saíram da fábrica no mesmo mês do ano passado.

A Mitsubishi Fuso Truck Europe, unidade de produção localizada no Tramagal, no concelho de Abrantes, registou um aumento de 44% em fevereiro. Já a Toyota Caetano, que tem uma fábrica em Ovar, contrariou a tendência, ao registar uma quebra na produção de 31% no mês passado.

(Notícia atualizada com mais informações às 17h40)

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Bruxelas aprova cofinanciamento até 500 milhões na área da defesa

  • Lusa
  • 19 Março 2019

A Comissão Europeu deu 'luz verde' a vários programas para cofinanciamento de projetos industriais na área da defesa da UE. Em causa estão 500 milhões de euros.

A Comissão Europeia aprovou, esta terça-feira, vários programas de trabalho para cofinanciar projetos industriais conjuntos no domínio da defesa na União Europeia (UE) em 2019-2020, num valor até 500 milhões de euros.

O primeiro programa de trabalho acordado com os Estados-membros no âmbito do Programa Europeu de Desenvolvimento Industrial no domínio da Defesa (EDIDP) prevê uma verba de 500 milhões de euros para cofinanciar o desenvolvimento conjunto de capacidades industriais no período de 2019-2020.

Os primeiros projetos serão selecionados antes do final de 2019, seguindo-se a assinatura oficial das convenções de subvenção, tencionando o executivo comunitário lançar os convites nos próximos dias.

As prioridades definidas por Bruxelas são, nomeadamente, a facilitação das operações, da proteção e da mobilidade das forças militares, tendo sido disponibilizados 80 milhões de euros para cofinanciar projetos para desenvolver as capacidades de deteção de ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares (QBRN) e os sistemas anti-drones.

Outra das áreas prioritárias é a dos serviços de informações, segurança das comunicações e cibernética, com uma dotação de 182 milhões de euros destinada às áreas de conhecimento situacional e defesa do ciberespaço, conhecimento situacional e capacidades de alerta precoce no domínio do espaço e capacidades de vigilância marítima.

No âmbito da capacidade para realizar operações de ponta está previsto um montante de 71 milhões de euros para apoiar a modernização ou o desenvolvimento da próxima geração de capacidades de ataque terrestre de precisão, de capacidades de combate terrestre, de capacidades de combate aéreo e os futuros sistemas navais.

Os projetos de tecnologias de defesa inovadoras e pequenas e médias empresas (PME) poderão captar um total de 27 milhões de euros para apoiar o desenvolvimento de soluções nos domínios da inteligência artificial, da realidade virtual e das tecnologias cibernéticas, bem como as PME.

Foram ainda propostos dois projetos para ajuda direta, um de 100 milhões de euros para apoiar o desenvolvimento do Eurodrone, uma capacidade crucial para a autonomia estratégica da Europa, e outro de 37 milhões de euros a favor da iniciativa ESSOR para apoiar comunicações militares interoperáveis e seguras.

A ‘Comissão Juncker’ tenciona, por outro lado, ter, a partir de 2021, um Fundo Europeu de Defesa plenamente operacional para promover uma base industrial de defesa inovadora e competitiva e contribuirá para a autonomia estratégica da UE.

Por outro lado, a Comissão Europeia publicou, esta terça-feira, convites à apresentação de propostas no âmbito da ação preparatória sobre investigação no domínio da defesa (PADR), que deverão ser apresentados até final de agosto.

O programa de trabalho de 2019 dedicará 25 milhões de euros à investigação sobre a dominância do espetro eletromagnético e as futuras tecnologias de defesa disruptivas — dois domínios considerados essenciais para manter a liderança e a independência tecnológica da Europa a longo prazo.

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Preço dos transportes baixa em todo o país e descontos são fixados localmente

  • Lusa
  • 19 Março 2019

Objetivo do Governo é conseguir mais 100 mil utilizadores dos transportes públicos, num total de mais 63 milhões de viagens anuais, reduzindo em 79 mil toneladas as emissões de CO2.

O secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade sublinhou que a redução dos preços dos transportes é extensiva a todo o país, acrescentando que o valor da redução será definido localmente por cada autoridade de transporte.

Falando em Braga, durante a 3.ª Conferência Anual das Autoridades de Transporte, José Gomes Mendes destacou que a redução dos preços se insere na aposta do Governo na alteração do paradigma da mobilidade, com vista à crescente utilização do transporte público em detrimento do individual.

“O Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) é um programa nacional, foi desenhado assim, está muito claro na Lei do Orçamento do Estado. Convém sermos claros e rigorosos: cobre todo o país”, referiu.

O PART conta com 116 milhões de euros, dos quais 104 do Orçamento do Estado e os restantes dos municípios.

Segundo José Mendes, a partir de 01 de abril cerca de 85% dos portugueses já beneficiarão de descontos nos transportes, uma percentagem que deverá atingir os 100% nos meses seguintes. “O programa é nacional, foi sempre pensado nacional”, reiterou.

O valor dos descontos será fixado por cada autoridade de transporte, sejam municípios, comunidades intermunicipais (CIM) ou áreas metropolitanas.

De acordo com o secretário de Estado, mais de 80% da verba do PART será utilizada para “redução transversal a todos os passageiros”.

Além disso, outras autoridades de transportes estão a promover outras medidas, como gratuitidade para jovens, reduções para idosos e passes família.

“É uma descentralização com autonomia”, referiu José Mendes, sublinhando que foi “dada liberdade” às autoridades de transporte para tomar as medidas que considerem mais ajustadas à realidade de cada região.

Segundo o governante, várias CIM decidiram implementar descontos de 50%, mas o valor “é muito variável”.

“Cada uma faz as suas opções. Não podemos ter regras iguais para todo o país porque as realidades são diferentes”, disse.

A redução das tarifas visa criar condições de acesso ao transporte público e assim inverter “a trajetória razoavelmente insustentável” da mobilidade em Portugal, onde mais de 60% ainda viaja de transporte individual.

O objetivo do Governo é conseguir mais 100 mil utilizadores dos transportes públicos, num total de mais 63 milhões de viagens anuais, reduzindo em 79 mil toneladas as emissões de CO2.

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Startup UpHill levanta 600 mil euros. Luz Saúde lidera ronda de investimento

Pela primeira vez, o Grupo Luz Saúde investiu numa startup. Liderou a ronda que acaba de ser fechada pela UpHill, que desenvolve um software que ajuda os médicos na tomada de decisões.

O Grupo Luz Saúde estreou-se como investidor no mundo das startups ao liderar a segunda ronda de investimento fechada pela portuguesa UpHill. Esta empresa, que desenvolve software de análise que ajuda os médicos a tomar decisões mais eficazes para cada caso clínico, levantou 600 mil euros. Na operação, também participaram a Caixa Capital e a Busy Angels.

Este investimento irá permitir a expansão dos produtos UpHill e a sua integração nas unidades da Luz Saúde, numa visão alinhada onde a tecnologia suporta e promove cuidados de saúde de excelência”, explica a diretora de Formação, Investigação e Inovação do prestador de serviços de saúde em causa. Em comunicado, Francisca Leite salienta ainda que o grupo “apoiou desde muito cedo” o desenvolvimento deste projeto, que “permite a melhor capacitação dos profissionais na prestação dos cuidados de saúde de qualidade”.

Fundada por três médicos, a UpHill está no mercado há três anos, estando presente nos “principais hospitais privados” do país. A startup conta também com clientes estrangeiros, nomeadamente a multinacional suíça Novartis. “De 2017 para 2018, duplicámos a faturação e a nossa estimativa é voltar a fazê-lo este ano. Vamos também aumentar a equipa para 14 pessoas até ao final de 2019“, sublinha o CEO da empresa. De acordo com Eduardo Freire Rodrigues, o capital angariado servirá exatamente para reforçar a equipa e a internacionalização da startup.

Já sobre o produto em particular, Freire Rodrigues esclarece que se trata de um software que facilita a tomada de decisões, seguindo os protocolos clínicos e a informação científica de forma mais sistematizada, com vista a “obter melhores resultados e maior segurança para o paciente”.

“Desde o início que acreditamos na visão da UpHill e o seu potencial para transformar a gestão, a qualidade dos cuidados de saúde, pelo que temos muito orgulho em puder continuar a apoiar o seu desenvolvimento e expansão”, frisa, por sua vez, o diretor de investimento da Caixa Capital.

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Estas são as cidades mais caras do mundo. Singapura já não está sozinha no topo

Há um empate no topo da tabela da Economist Intelligence Unit entre Singapura, que foi líder durante cinco anos consecutivos, Paris e Hong Kong. 

Singapura tem novas rivais no ranking das cidades mais caras do mundo. A par da cidade dos jardins, surgem agora duas novas capitais, uma no continente europeu e outra no continente asiático. Há um empate no topo da tabela da Economist Intelligence Unit entre Singapura — que foi líder durante cinco anos consecutivos –, Paris e Hong Kong.

De acordo com a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês), as três cidades atingiram uma pontuação de 107, sendo que Paris subiu uma posição no ranking e Hong Kong subiu três lugares. Já Zurique, na Suíça, aparece, agora, no quarto lugar da lista, tendo descido uma posição.

Os cinco primeiros lugares da tabela ficam completos com Genebra, também na Suíça, e Osaka, no Japão, que empataram no quinto lugar. Copenhaga (Dinamarca), Seul (Coreia do Sul), Nova Iorque (EUA), Tel Aviv (Israel) e Los Angeles (EUA) integram o top 10, que, este ano, dá pela falta de Sydney, na Austrália.

“Moedas locais mais fracas pressionaram todas as cidades australianas presentes no ranking“, explica a Economist Intelligence Unit à Bloomberg, referindo-se à ausência de Sydney no top 10, depois de, no relatório do ano passado, ter assumido a 10.ª posição.

A empresa britânica responsável pelo ranking salienta, ainda, que o custo de vida nas cidades chinesas permanece relativamente estável, enquanto as cidades asiáticas — que têm uma forte demonstração no topo da tabela — “estão entre as mais caras do mundo para fazer compras no geral”.

Veja a fotogaleria das cinco cidades mais caras do mundo. Há dois empates, no primeiro e quinto lugares da lista.

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Depois do travão, economia dá sinais de recuperação no arranque do ano

Várias instituições têm revisto em baixa a previsão de crescimento para este ano. Indicadores para a economia portuguesa dão sinais mistos.

A economia portuguesa terá recuperado em janeiro, com o indicador de atividade económica calculado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) a crescer 2,4% no primeiro mês do ano, evidenciando uma aceleração face a dezembro de 2018. Esta retoma coloca o indicador no patamar de maio do ano passado.

O INE divulgou esta terça-feira a síntese económica de conjuntura, uma publicação que reúne um conjunto de indicadores sobre a economia portuguesa e que permite ao instituto calcular um novo indicador a partir da informação já publicada. O indicador de atividade económica ajuda a perceber a tendência de evolução do PIB, mas não dá a variação do PIB.

“O indicador de atividade económica aumentou em janeiro, após ter estabilizado em novembro e dezembro”, diz o INE. Esta tendência é conhecida ao mesmo tempo que várias organizações cortam nas projeções de crescimento para Portugal e a um mês de o Governo atualizar previsões.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, admitiu que o corte nas previsões pode chegar a “duas décimas”, o que a confirmar-se coloca a previsão do Executivo em 2%, contra os 2,2% projetados em outubro. Centeno resiste a um corte maior por identificar “sinais mistos” na economia.

O governante reconhece que as exportações estão a desacelerar, mas admite que existem outros indicadores a apontar em sentido contrário, referindo-se à cobrança fiscal e à receita com contribuições para a Segurança Social, bem como à evolução dos indicadores coincidentes do Banco de Portugal, que também apresentaram melhorias recentes.

Apesar disso, a tendência geral é de corte nas previsões para Portugal e para a Zona Euro, para onde Portugal dirige mais de três quartos das suas trocas comercias. Em setembro do ano passado, o Conselho das Finanças Públicas projetava um crescimento de 1,9% este ano ano, mas agora antecipa uma subida do PIB de apenas 1,6%.

O Banco Central Europeu (BCE) aponta para um crescimento de 1,1% na Zona Euro, contra uma previsão anterior de 1,7%.

Para fevereiro, os indicadores qualitativos apurados pelo INE traçam um cenário de recuperação. “O indicador de clima económico, já disponível para fevereiro, aumentou, interrompendo o movimento descendente observado nos três meses precedentes”.

O INE produz ainda outro indicador mais relacionado com o consumo das famílias. “O indicador quantitativo do consumo privado desacelerou ligeiramente em janeiro, após ter acelerado no mês anterior, em resultado do contributo positivo menos intenso da componente de consumo corrente, tendo a componente de consumo duradouro apresentado um contributo positivo mais intenso”, diz o INE. O consumo privado pesa cerca de dois terços na formação do PIB.

 

 

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Lei com 184 anos proíbe trotinetas elétricas no Reino Unido. Vai ser modernizada pelo Governo

Uma lei datada de 1835, que indica que os passeios são para uso exclusivo dos peões, é a principal barreira à entrada das trotinetas elétricas no Reino Unido. Mas vai ser revista pelo Governo.

A proibição das trotinetas elétricas no Reino Unido resulta de uma lei com 184 anos que vai ser modernizada pelo Governo britânico. O Executivo de Theresa May prepara-se para levar a cabo uma revisão das leis que regulam a mobilidade no país, que, no limite, poderá abrir caminho à entrada do fenómeno em cidades como Londres.

São inexistentes as empresas de trotinetas elétricas na capital britânica. E a cidade ainda está longe de, algum dia, vir a acolher empresas de partilha de trotinetas. Mas a proibição pode vir a ser reconsiderada pelo poder político no futuro. Até porque resulta de uma lei datada de 1835, que vai ser revista e que estipula que os passeios são para uso exclusivo de peões, explica a Bloomberg (acesso pago).

A intenção do Governo é modernizar a legislação existente, naquela que será a “maior revisão legislativa desta geração”. O Governo também pretende lançar um programa de investimento de 90 milhões de libras para financiar projetos-piloto na área da mobilidade.

“Estamos num momento potencialmente crucial para o futuro dos transportes, com tecnologias revolucionárias a criarem enormes oportunidades. Através desta estratégia, o Governo pretende tirar partido destas inovações”, disse o ministro britânico dos Transportes, Jesse Norman.

Fonte oficial do Governo descartou à Bloomberg a possibilidade do Executivo vir a legislar no sentido de enquadrar as trotinetas elétricas partilhadas: “Atualmente, não existem planos para avançar com legislação para legalizar as trotinetas elétricas”.

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Grupo DIA decide na quarta-feira estratégia para se salvar da falência

  • Lusa
  • 19 Março 2019

A cadeia espanhola de supermercados DIA tem marcada, em quarta-feira, uma assembleia-geral na qual irá ser discutida a estratégia assumida para salvar a empresa da falência técnica.

A assembleia-geral da cadeia espanhola de supermercados DIA tem na quarta-feira, em Madrid, uma reunião decisiva sobre a estratégia que deve assumir para salvar a empresa da situação de falência técnica que se encontra desde dezembro passado.

O grupo de distribuição alimentar, que em Portugal tem a marca Minipreço, irá pronunciar-se sobre se opta por uma proposta do Conselho de Administração ou por um projeto do multimilionário russo Mikhail Fridman, que emitiu uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a empresa.

Os atuais gestores do DIA vão submeter a votação uma “operação-acordeão”, que se traduz numa redução de capital inicial para, posteriormente, proceder ao aumento de capital de 600 milhões de euros.

A empresa anunciou esta terça-feira, em Madrid, que chegou a acordo com a banca sobre a extensão do crédito sindicado de 912 milhões, uma medida que está condicionada à eventual aprovação na quarta-feira do aumento de 600 milhões de euros proposto pelo Conselho de Administração.

Por seu lado, Mikhail Fridman – que, através da empresa LetterOne, detém 29% da empresa – propõe uma recapitalização de 500 milhões de euros, condicionada ao êxito da OPA e a um acordo com a banca credora para alargar os prazos de vencimento da dívida do grupo. As duas partes têm trocado acusações nas últimas semanas, numa tentativa para convencer a maioria dos acionistas que são chamados a votar sobre a estratégia futura do grupo.

Do lado do capitalista russo advertem que as condições acordadas pelo Conselho de Administração com o banco de investimentos Morgan Stanley para assegurar o aumento de capitais podem colocar toda a operação em risco.

Por seu lado, a administração da cadeia de supermercados chama a atenção para a possibilidade de o projeto da LetterOne poder levar a que a empresa caia nas mãos dos credores.

No conflito também participam vários grupos de acionistas minoritários, com participações de menos de 6%, entre os quais está o investidor português Luís Amaral, que, com uma posição de 2%, já manifestou publicamente o apoio à atual administração do DIA.

Luís Amaral, que controla a polaca Eurocash e que detém a posição no grupo Dia através da empresa Western Gate, defendeu, em comunicado, na semana passada, que o plano da administração “oferece mais valor aos acionistas a curto, médio e largo prazo” do que a OPA lançada pela LetterOne.

Segundo o português, “este acionista aproveitou a confusão derivada de importantes perdas por deterioração e efeitos cambiais em 2018 para lançar uma OPA voluntária sobre o DIA a um preço reduzido (…) que não reflete o valor da empresa”.

A situação na empresa também afeta os seus trabalhadores, sobretudo em Espanha, onde já foi apresentado um procedimento especial para obter autorização para suspender ou despedir trabalhadores, que abrange mais de duas mil pessoas e que já está a ser negociado com os sindicatos.

As dificuldades do grupo começaram em meados de outubro do ano passado, quando este reduziu as previsões de crescimento para 2018 e fez “ajustes” nas suas contas de 2017, devido à deteção de “irregularidades” não corrigidas, que foram muito penalizadas pelo mercado e resultaram na queda da sua cotação em bolsa.

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Taxas do crédito à habitação sobem pelo terceiro mês consecutivo. Tocam máximos de julho de 2016

A taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação sobe pelo terceiro mês consecutivo, para os 1,061%, em fevereiro.

A taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação subiu em fevereiro para 1,061%, atingindo máximos de julho de 2016. Agravou-se pelo terceiro mês consecutivo, numa altura de correção dos juros no mercado, mas também de um crescimento dos novos créditos que são realizados com taxas acima da média global.

O valor registado em fevereiro compara com os 1,054% verificados no primeiro mês deste ano, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Depois de ter caído em novembro, tem vindo sempre a aumentar, avançando para o nível mais elevado em dois anos e sete meses. Já nos contratos celebrados no curto prazo, nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 1,282% para 1,423%, indica o organismo público de estatísticas.

A prestação média vencida continua estável, e manteve-se pelo terceiro mês consecutivo em 244 euros. Deste valor, cerca de um quinto corresponde ao pagamento de juros, e o restante a capital amortizado. No caso dos “contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação aumentou 17 euros em fevereiro, para 326 euros”, revela o INE.

Evolução dos juros implícitos nos últimos dois anos

Fonte: INE

Apesar da subida nas taxas verificada em fevereiro, nos próximos tempos há margem para que esta tendência abrande. É que apesar da subida ser “patrocinada” pelos novos contratos, os spreads que estão a ser praticados atualmente nestes empréstimos estão em queda.

Nos últimos meses, os bancos em Portugal entraram numa forte competição para atrair clientes neste segmento. Depois do BPI e do Crédito Agrícola, também o Santander Totta reviu esta segunda-feira em baixa a margem mínima que cobra para financiar a compra de casa. O banco liderado por Pedro Castro e Almeida colocou o spread mínimo do crédito à habitação em 1,2%, passando a ser o mais baixo entre os cinco maiores bancos, ao deixar de igualar o BCP, Novo Banco e o BPI.

As maiores instituições financeiras em Portugal aproximam-se cada vez mais da oferta mais competitiva do mercado, oferecida pelos bancos mais pequenos: o Bankinter apresenta o spread mínimo mais baixo do mercado nos 1%, seguido pelo Banco CTT em 1,1%. No lado oposto, o Eurobic e o Montepio mantêm as margens mínimas menos atrativas do mercado nos 1,49% e 1,5%, respetivamente

(Notícia atualizada às 11h50)

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Portugal com 3.º maior aumento da UE do custo do trabalho

  • Lusa
  • 19 Março 2019

O custo da mão-de-obra subiu 2,3% na Zona Euro e 2,8% na União Europeia, nos últimos três meses de 2018. Em comparação, esse custo aumentou 10,3% em Portugal, no mesmo período.

O custo horário da mão-de-obra aumentou, no quarto trimestre de 2018, 2,3% na Zona Euro e 2,8% na União Europeia (UE) na comparação homóloga, com Portugal a registar a terceira maior subida (10,3%), segundo o Eurostat.

Na Zona Euro e na UE, o aumento do custo horário da mão-de-obra desacelerou face ao período entre julho e setembro de 2018, quando subiu 2,5% e 2,6%, respetivamente, em termos homólogos.

Nos últimos três meses de 2018, as maiores subidas homólogas do indicador registaram-se na Roménia (13,1%), na Letónia (11,8%), em Portugal (10,3%) e na Lituânia (10,2%), tendo sido assinalada apenas uma quebra, de 0,5%, em Malta.

Na Zona Euro, a parte relativa a salários subiu 2,3% e os custos não salariais aumentaram 2,4% no quarto trimestre de 2018, face ao mesmo período de 2017 (2,3% e 2,9% no trimestre anterior).

Na UE, os custos salariais cresceram, entre outubro e dezembro, 3,0% e os não salariais evoluíram 2,2% (2,7% e 2,4% entre julho e setembro de 2018).

Em Portugal, os custos com salários avançaram 10,8%, a maior subida entre os Estados-membros, e 8,5% com a parte não salarial.

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EDP Renováveis entra na Colômbia com projeto eólico. Cria “novas opções de crescimento”, diz António Mexia

É o 14º mercado mundial da EDP Renováveis. A empresa liderada por Manso Neto anunciou, esta manhã, a entrada no mercado colombiano com um novo projeto eólico.

A EDP Renováveis anunciou, esta terça-feira, a entrada no mercado colombiano, após ter vencido um leilão organizado pelo Governo desse país para dois contratos de 20 anos para a construção de parques eólicos. “Com a entrada no mercado eólico colombiano, a EDP dá mais um passo na estratégia de aposta nas renováveis, criando novas opções de crescimento”, sublinha António Mexia.

Em comunicado, a empresa liderada por Manso Neto explica que os contratos em causa dizem respeito aos projetos de energia eólica em terra Alpha (212 MW) e Beta (280 MW), que estão atualmente em desenvolvimento e cuja exploração comercial está prevista para 2022.

De notar que estes projetos, leiloados ao abrigo do mecanismo “Cargo de Confiabilidad”, vão receber uma remuneração não só pela eletricidade que geram, mas também “pelo contributo para a estabilidade do sistema elétrico”. “Agora, a EDPR vai procurar garantir contratos de compra e venda de eletricidade a longo prazo com terceiros (nos chamados PPA), para vender a eletricidade produzida por ambos os parques”, acrescenta a empresa.

Com o início de atividade da Renováveis no seu 14º mercado mundial, o líder da EDP salienta: “Com a entrada no mercado eólico colombiano, a EDP dá mais um passo na estratégia de aposta nas renováveis, criando novas opções de crescimento. A liderança da transição energética para um mundo mais verde é o nosso caminho“.

No total do continente americano, a EDP Renováveis tinha já, no final de 2018, uma capacidade instalada de 5.729 MW. Só nos Estados Unidos, a empresa está presente em 15 estados, tendo fechado recentemente acordos com o Facebook, Microsoft, Wallmart e Salesforce.

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