Acordo do Brexit é “praticamente impossível”, diz Boris Johnson a Merkel

  • ECO
  • 8 Outubro 2019

O telefonema entre os dois líderes aconteceu esta terça-feira, às 8h00. A permanência da Irlanda do Norte na união aduaneira são a principal razão para o impasse nas negociações do Brexit.

O acordo para o Brexit é “praticamente impossível”. Será esta a convicção do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, num telefone à chanceler alemã Angela Merkel, segundo noticia a Bloomberg (acesso condicionado e conteúdo em inglês). A principal razão para o impasse será a Irlanda do Norte.

A agência avança que Johnson terá dito a Merkel que, caso a União Europeia continue a exigir que a Irlanda do Norte se mantenha na união aduaneira do bloco comunitário, então não será possível chegar a acordo. O telefonema entre os dois líderes aconteceu esta terça-feira, às 8h00.

O primeiro-ministro britânico já tinha mostrado à chanceler alemã as propostas feitas a Bruxelas, mas uma fonte próxima contou à BBC (acesso livre e conteúdo em inglês) que a líder considerou “amplamente improvável” que os termos fossem aceites devido à Irlanda do Norte. O Labour chamou a esta posição “uma tentativa cínica de sabotar as negociações”, acrescenta a BBC.

O colapso eminente das negociações para a saída do Reino Unido da União Europa e consequente adiamento da data está a penalizar a libra, que se deprecia 0,71% contra o euro, em 1,11.

“O novo plano parece ser, depois de um novo adiamento na data de saída, realizar eleições, para as quais Boris Johnson irá fazer uma campanha com base na promessa de um Brexit imediato. Assim sendo, não surpreende a falta de dinâmica da libra. Só com novas eleições, talvez até um novo referendo, será possível desatar o ‘nó’ do Brexit. Até que tal aconteça, a libra continuará a negociar a valores próximos dos atuais”, explica a corretora ActivTrades.

Nos últimos dias, o primeiro-ministro britânico tem estado em contacto telefónico com vários líderes europeus, incluindo o homólogo português, António Costa, para tentar persuadir Bruxelas a reatar negociações. Falou também com o homólogo finlandês, Antti Rinne, e com o presidente francês, Emmanuel Macron.

O governo britânico propôs na semana passada a criação de uma zona regulatória comum entre a Irlanda do Norte e a vizinha Irlanda para facilitar a circulação de bens agroalimentares e industriais. O plano pressupõe que a Irlanda do Norte sai da união aduaneira europeia e fica a fazer parte de uma união aduaneira britânica quando o Reino Unido sair da UE, após o período de transição, no final de 2020.

O alinhamento com as regras do mercado comum na Irlanda do Norte teria de ser autorizado pelas autoridades autónomas da província britânica a cada quatro anos. A UE manifestou reservas sobre as propostas e pediu mais detalhes, estando previsto um novo encontro entre o enviado de Boris Johnson, David Frost, e o negociador-chefe dos 27, Michel Barnier.

(Notícia atualizada)

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Nobel da Física para descobertas sobre a evolução do Universo

  • ECO
  • 8 Outubro 2019

James Peebles vai receber mais de metade do prémio de cerca de 866 mil euros, enquanto Michel Mayor e Didier Queloz vão dividir a outra metade.

James Peebles, Michel Mayor e Didier Queloz foram os vencedores do Prémio Nobel da Física, uma condecoração que se deveu às “contribuições” que estes trouxeram para o “o conhecimento da evolução do Universo e do lugar da Terra no cosmos”. James Peebles vai receber mais de metade do prémio, enquanto os outros dois nomeados vão dividir a outra metade.

Os vencedores já estão anunciados no site da Real Academia Sueca das Ciências, que explica que o canadiano James Peebles receberá a maioria do prémio “pelas descobertas na teoria da cosmologia física”, enquanto Michel Mayor e Didier Queloz dividirão a segunda parte “pela descoberta de um exoplaneta que orbita à volta de uma estrela do tipo solar”. O prémio tem um valor monetário de nove milhões de coroas suecas (866 mil euros).

No ano passado, este prémio foi atribuído a Arthur Ashkin, Gérard Mourou e Donna Strickland, pelas “invenções inovadoras no campo da física do laser”. Arthur Ashkin destacou-se pelas “pinças óticas e pela sua aplicação em sistemas biológicos”, enquanto Gérard Mourou e Donna Strickland “pelo método para gerar pulsos óticos ultracurtos e de alta intensidade”.

O Prémio Nobel da Física já foi atribuído 113 vezes a 213 vencedores entre 1901 e 2019. John Bardeen foi o único a receber este prémio duas vezes, em 1956 e 1972: pelas “pesquisas em semicondutores e pela descoberta do efeito do transístor” e “pela teoria da supercondutividade desenvolvida em conjunto [com Leon Neil Cooper e John Robert Schrieffer], normalmente chamada de teoria da BCS”.

(Notícia atualizada às 11h28 com mais informação)

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Crédito para a casa fica perto dos mil milhões em agosto. É um novo máximo desde o travão do BdP

Os bancos concederam 975 milhões de euros em empréstimos para a compra de casa, em agosto. Trata-se da fasquia mais elevada desde junho de 2018, o mês anterior à entrada em vigor do travão do BdP.

A concessão de crédito para a compra de casa continua a crescer e a bater máximos, apesar do travão do Banco de Portugal. Em agosto, os bancos concederam 975 milhões de euros em empréstimos às famílias com esse fim, um máximo desde junho de 2018, mostram dados da entidade liderada por Carlos Costa.

Os 975 milhões de euros registados em agosto representam um aumento de oito milhões de euros face aos 967 milhões disponibilizados em julho, e um novo máximo desde o travão ao crédito do Banco de Portugal que entrou em vigor no início de julho do ano passado. Regista-se ainda um aumento de 20,3% face ao valor concedido para a compra de casa em agosto de 2018.

Estes dados parecem assim ser um sinal de que o travão ao crédito imposto pela entidade liderada por Carlos Costa poderá estar a ter algumas dificuldades de se repercutir nas quantias disponibilizadas. Há quatro meses seguidos que os níveis de concessão de crédito à habitação aumentam.

Evolução dos novos créditos da casa

Fonte: Banco de Portugal

Contrariamente ao observado nos empréstimos para a compra de casa, os novos créditos para consumo recuaram em agosto. Foram concedidos 466 milhões de euros em empréstimos com esse fim, uma quebra de 49 milhões de euros face aos 515 milhões disponibilizados no mês anterior.

Mas quando comparado com o período homólogo, a tendência foi de subida. Em concreto, um aumento de 15,3% face aos 404 milhões de euros disponibilizados em agosto do ano passado.

Já os empréstimos com outros fins acompanharam a tendência de subida observada na habitação. Os novos créditos com essa finalidade ascenderam a 186 milhões de euros, em agosto, um aumento de três milhões face aos 183 milhões registados em julho. Comparativamente ao período homólogo, a subida é de 36,8%, com mais 50 milhões de euros disponibilizados.

Somando as diferentes finalidades de crédito, as famílias receberam dos bancos 1.627 milhões de euros em agosto.

Crédito às empresas encolhe. Cai mais nas PME

No caso das empresas assistiu-se a uma quebra nos valores concedidos que foi mais notória no caso das de menor dimensão.

As novas operações até um milhão de euros totalizaram 1.365 milhões de euros, em agosto, menos 461 milhões face a junho. Ficam ainda aquém face aos 1.402 milhões de euros concedidos no período homólogo.

Já os novos financiamentos acima da fasquia do milhão de euros ascenderam a 1.239 milhões de euros. Ou seja, menos 247 milhões face a julho, mas ainda assim 181 milhões de euros acima do montante disponibilizado em agosto de 2018.

De forma agregada, as empresas receberam dos bancos 2.604 milhões de euros em novos empréstimos em agosto. Este valor compara com os 3.312 milhões verificados em julho.

(Notícia atualizada às 11h56 com mais informação)

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OCDE vê maiores economias a abrandar. Portugal continua a estabilizar

Estados Unidos e Zona Euro, em especial a Alemanha, continuam a dar sinais de abrandamento. Índia trava mais e os problemas estão a estender-se à Rússia. Mas Portugal continua em sentido inverso.

A economia da Zona Euro deverá continuar a abrandar nos próximos seis a nove meses, especialmente na Alemanha, e nos Estados Unidos, antecipam os indicadores compósitos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Portugal continua em sentido inverso, depois de começar a estabilizar o ritmo de crescimento nos meses mais recentes.

O indicador compósito da OCDE antecipa momentos de viragem no ciclo económico relativamente à tendência de crescimento as diferentes economias, de seis a nove meses para o futuro em relação ao mês a que se referem quando são publicados.

Em agosto, os dados voltam a dar sinais pouco animadores para as economias mais desenvolvidas, mas não só. Nos Estados Unidos e Alemanha, os indicadores apontam para um abrandamento do ritmo de crescimento. Na Índia, que já no mês passado havia sinais de abrandamento, os dados são ainda mais negativos, e na economia da Rússia apontam agora no mesmo sentido.

A economia alemã, a maior da Europa e sexta maior do mundo, tem vindo a dar vários sinais de abrandamento. No segundo trimestre entrou em contração e pode mesmo vir a entrar em recessão já no terceiro trimestre, caso os dados continuem a ser negativos. Ainda esta segunda-feira os dados relativos às encomendas à indústria foram mais negativos do que se esperavam, especialmente devido à redução da procura interna, antecipando mais problemas.

Portugal continua no sentido inverso. O indicador compósito calculado para Portugal apontava esteve quase um ano a dar sinais de abrandamento, mas tem vindo a melhorar nos últimos meses, com ganhos que, embora residuais, o aproximam cada vez mais da média de longo prazo.

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Indasa quer expandir negócio. Investe 25 milhões de euros

Com olhos postos no futuro, a Indasa vai investir 25 milhões de euros para aumentar a capacidade produtiva e logística. Projeto estará concluído em 2022.

A Indasa produz mensalmente cerca de 1,4 milhões de metros de lixa para os vários segmentos, o que equivale a 16,5 milhões de metros por ano, vendendo para mais de cem países. Com foco no futuro, a empresa aveirense tem já em andamento o projeto de expansão da capacidade produtiva e logística. É um investimento de 25 milhões de euros que estará concluído em 2022.

“O projeto de expansão da Indasa arrancou no segundo trimestre deste ano. A empresa sentiu a necessidade de levar a cabo um conjunto de investimentos, no valor global de 25 milhões de euros, centrados em tecnologias sofisticadas, indutoras de superior capacidade e flexibilidade produtiva, que permitirão aumentar significativamente a capacidade produtiva instalada e de logística interna”, adianta José Pedro Marques, business controller da Indasa, à margem da conferência “Alemanha como mercado destinatário: um potencial a explorar”.

Após a conclusão do projeto a área bruta construída aumentará para os 33 mil metros quadrados, o que corresponde a um aumento de 44%. José Pedro Marques destaca ao ECO que um dos objetivos desta ampliação “é ter capacidade de desenvolver produtos que ainda não fazem parte do nosso portfólio, de forma a responder à procura dos mercados de forma mais eficaz e chegar a mais lugares, com maior escala”.

A Indasa é especializada na produção de materiais e sistemas de lixamento inovadores com foco na indústria de reparação automóvel. “Estamos presentes em linhas de produção de marcas como a Volkswagen e a Audi”, destaca José Pedro Marques.

A empresa faturou o ano passado mais de 62 milhões de euros. A exportação representa mais de 90% do volume de negócios da Indasa, sendo o mercado europeu (56%) e o americano (25%) os principais clientes.

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CCR assessora grupo Aquinos na compra de empresa francesa

O maior produtor europeu de sofás e colchões, o grupo Aquinos, comprou a empresa francesa H&F. A sociedade de advogados CCR Legal assessorou o processo de compra.

A sociedade de advogados CCR Legal assessorou o maior produtor europeu de sofás e colchões, o grupo português Aquinos, no processo de compra do congénere francês H&F (Home & Furniture). A empresa francesa foi criada em 1993 e possui um volume de negócios de cerca de 100 milhões de euros.

Com esta aquisição, a Aquinos pretende “ultrapassar os 300 milhões de faturação numa operação que conta já com 3200 trabalhadores”, nota a sociedade.

A assessoria foi liderada por Cristina Cabral Ribeiro, managing partner da CCR, e por Isabel Coelho dos Santos, associada principal de corporate e M&A. As advogadas foram apoiadas legalmente pela network PwC nos países onde a H&F está presente — França, Polónia e China.

“Esta transação, sujeita a um conjunto de formalidades, incluindo a aprovação da operação de concentração por parte da Autoridade da Concorrência Francesa, tornará o grupo Aquinos no quinto maior player mundial do setor do fabrico de sofás e colchões“, refere a CCR em comunicado.

A CCR Legal é membro de um conjunto de entidades que prestam serviços jurídicos no âmbito da network internacional das firmas PwC.

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Hong Kong retira oferta de 30 mil milhões de libras pela Bolsa de Londres

  • ECO
  • 8 Outubro 2019

A Bolsa de Hong Kong diz ter sido "incapaz de alcançar um compromisso" com vista à compra da par londrina, desistindo de uma oferta avaliada em quase 30 mil milhões de libras.

Quase um mês depois de lançar uma oferta de compra sobre a Bolsa de Londres, a Bolsa de Hong Kong desistiu do negócio. Nesta terça-feira, retirou em definitivo a sua proposta de 29,6 mil milhões de libras como contrapartida pela London Stock Exchange (LSE), depois de ter falhado na abordagem que poderia criar um gigante global de serviços financeiros.

O recuo definitivo surge no seguimento da recusa do negócio pela LSE, apenas dois dias depois da oferta, decisão que foi justificada com o facto de ter identificado “falhas fundamentais” na proposta chinesa.

O acordo proposto pela Bolsa de Hong Kong avaliava a bolsa londrina em 29,6 mil milhões de libras (cerca de 33 mil milhões de euros), mas estava condicionado à desistência da compra da Refinitiv, fornecedora global de dados e infraestruturas de mercados financeiros, pela LSE por 21,6 mil milhões de libras.

Quando declinou a oferta de compra, a Bolsa de Londres disse que a aquisição da Refinitiv estava no bom caminho e que esta traria mais benefícios do que a proposta asiática. A LSE sustentou ainda a sua recusa na relação com o Governo de Hong Kong que poderia “colocar em causa certos assuntos”.

Face a este cenário surge agora a desistência da Bolsa de Hong Kong que diz ter sido “incapaz de alcançar um compromisso” com a par londrina.

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Juros baixos do BCE aumentam “riscos para a estabilidade financeira”, alerta Carlos Costa

Governador do Banco de Portugal e membro do conselho de governadores do BCE, Carlos Costa alertou esta terça-feira para a ameaça que os juros baixos pode representar para a estabilidade financeira.

Na abertura da Conferência sobre Estabilidade Financeira, o governador do Banco de Portugal e também membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) alertou que as autoridades macroprudenciais devem aumentar a sua vigilância e o foco na estabilidade financeira que pode ser ameaçada pelo atual contexto de juros baixos. Carlos Costa também sublinhou que assegurar a estabilidade financeira não significa impedir a falência dos bancos, mas antes proteger a economia e a confiança dos depositantes.

“Devemos notar que o ambiente de baixas taxas de juros dos anos recentes poderá requerer uma abordagem mais ativa das autoridades macroprudenciais uma vez que contribuiu para a acumulação de vulnerabilidades e riscos à estabilidade financeira“, referiu o governador do Banco de Portugal esta manhã numa conferência que teve lugar no Museu do Dinheiro, em Lisboa.

“Estamos num tempo onde o foco da estabilidade financeira precisa de ser aumentado, de forma a acompanhar a situação atual em que a acomodação monetária e baixas taxas de juro estão a proporcionar a tomada de riscos”, acrescentou depois.

Carlos Costa é membro do conselho de governadores do BCE, que, sob a liderança do italiano Mario Draghi, tem por missão conduzir a política monetária na Zona Euro. Têm sido várias as críticas de banqueiros e outros responsáveis em relação ao facto de o banco central ter decidido no mês passado prolongar por mais tempo os juros baixos na região, o que vai continuar a pressionar o negócio dos bancos, aumentando riscos para o sistema financeiro.

Estabilidade não significa impedir falência de bancos

Na sua intervenção, o governador do Banco de Portugal abordou sobretudo aquilo que deve ser o mandato de um banco central no que diz respeito à estabilidade financeira e às políticas macroprudenciais que procuram assegurar esse objetivo.

Neste âmbito, Carlos Costa adiantou que a assegurar a estabilidade do sistema não significa “prevenir a falência de bancos”, mas significa antes “salvaguardar a confiança dos depositantes e preservar o financiamento regular da economia”. Foi durante o seu mandato no Banco de Portugal que se decidiram as resoluções dos bancos BES (2014) e Banif (2015), medidas que implicaram resgates com dinheiros públicos.

Proteger a estabilidade financeira não tem como objetivo evitar falências de bancos em si. O foco principal da supervisão macroprudencial é proteger as instituições financeiras de riscos idiossincráticos e evitar que tomem demasiados riscos”, declarou o governador.

Sustentando o seu argumento, Carlos Costa socorreu-se do Mecanismo Único de Supervisão, que diz que os bancos “podem e devem sair do mercado se forem geridos de uma maneira arriscada e não sã, ou se forem estruturalmente incapazes de manter a sua competitividade através de um modelo de negócio são”.

Carlos Costa sublinhou ainda que a eficácia da supervisão macroprudencial “está muito dependente das políticas económicas, mas também de outras políticas, como a política orçamental“.

(Notícia atualizada às 10h46)

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24 milhões de combinações e 100% personalizáveis: os sneakers da DiVERGE são à sua medida

A DiVERGE tem seis modelos de sneakers personalizáveis: desde a cor da sola e dos atacadores ao material dos ténis. Todos os produtos são feitos à mão em Portugal.

Os comportamentos dos clientes estão a mudar, os consumidores estão cada vez mais exigentes e o conceito on demand tem ganho importância. “E se cada pessoa pudesse definir, ao mais ínfimo detalhe, o seu par de ténis?“. Este foi o ponto de partida para que quatro profissionais com carreiras consolidadas em grandes empresas abdicassem de tudo para criar o seu próprio negócio. Chegou a DiVERGE, a marca portuguesa de sneakers 100% personalizáveis, feitos à mão e com materiais premium, nacionais e italianos.

Com um investimento inicial a rondar os 400 mil euros, a DiVERGE surge “numa perspetiva de valorizar a individualidade e as preferências de cada um e para que os clientes ponham um pouco mais de si naquilo que calçam”, explica João Esteves, um dos quatro cofundadores da marca, ao ECO.

A ideia nasceu há cerca de 15 anos, mas só há ano e meio ganhou asas. João e Ricardo Caupers foram colegas de universidade e tinham o desejo de criar um negócio próprio. Apesar da vontade, o plano acabou por ser adiado. Anos mais tarde, juntaram-se Maria Neves e Inês Pinto de Almeida ao projeto. A partir da “vontade de deixar uma marca” e das “experiências complementares” dos quatro amigos em áreas distintas, como o marketing, operações e-commerce, investimentos e design, surgiu a startup portuguesa, conta o cofundador.

Com a lógica de “convergir para divergir” e inspirada no poema de Robert Forst, intitulado The Road Not Taken –, recitado no filme O Clube dos Poetas Mortos –, a nova marca permite personalizar cada um dos seis modelos ao mais ínfimo pormenor. Desde a cor da sola e dos atacadores, passando pelo material exterior e interior dos sneakers e acabando na personalização do logótipo da marca, em que o i está incompleto “para que as pessoas o possam completar, numa ótica da personificação do “eu””, refere João Esteves, especialista em marketing.

Todo este processo de costumização é feito através do site da marca. Numa primeira fase, os clientes escolhem o modelo e o tamanho que pretendem personalizar, sendo que nesta fase inicial há apenas seis modelos e os tamanhos disponíveis são entre o 36 e o 46. De seguida, cada pessoa tem ao seu dispor o customizador “pronto a brincar”, aponta João Esteves. Nesta etapa e, dependendo do modelo escolhido, os clientes têm alternativas variadas e podem personalizar os sneakers peça a peça, caso optem por partir do zero, ou modificar os modelos consoante as alternativas oferecidas.

Um modelo, uma história

Com uma gama crescente de modelos, a oferta vai desde os mais clássicos aos modelos mais inovadores e originais. “O modelo onde temos mais opções de customização é o Ziggy, que tem 11 coisas onde os clientes podem mexer”. Com estas alterações consegue-se “fazer à volta de 24 milhões de sapatos diferentes, mudando elemento a elemento e conjugando os vários elementos“, remata João Esteves.

Cada modelo conta uma mini-história e todos os modelos foram integralmente desenhados por Inês Pinto de Almeida, uma das cofundadoras e com um vasto currículo na área da moda e do design. No futuro, a aposta é apresentarem um novo modelo a cada três meses. “A ideia é criar um portefólio de produtos que, por, um lado, trouxesse algo novo em termos de design aos sneakers e, por outro, pegar em clássicos e dar-lhes um upgrade e um twist“, afirma João Esteves.

"A indústria da moda é top-down, ou seja, alguém decide o que nós podemos escolher. A DiVERGE quer inverter isso e passar a fazer uma indústria bottom-up, em que as pessoas têm uma palavra a dizer naquilo que vão calçar.”

João Esteves, co-fundador da DiVERGE

No que toca aos tipos de pele utilizados no fabrico do calçado, os clientes podem escolher até seis tipos de pele diferentes (camurça, nubuck, pele com grão, pele lisa, pele sintética e pele aborrachada) e cada tipo de pele tem à volta de dez cores disponíveis. Os preços variam entre os 150 euros e os 240 euros.

O calçado da DiVERGE é feito com materiais portugueses e italianos de “alta qualidade” e os produtos são feitos à mão e exclusivamente por encomenda. Além do preço dos sneakers, não há nenhum custo adicional. A entrega é feita até duas semanas após o pedido, mas a ideia é, no futuro, tentar agilizar o processo.

“Quem aceita divergir connosco?”

Para João Esteves a dificuldade em “encontrar um parceiro fabril que se disponibilizasse a fabricar artigos por encomenda” e não em quantidade foi um dos maiores desafios desde que o projeto arrancou.

Lançada há seis meses, a DiVERGE tem tido sucesso no Reino Unido, nomeadamente através da divulgação de notícias ligadas ao setor da moda. Com vendas em todo o mundo, a expansão tem tido especial incidência nos mercados britânico, norte-americano e belga. Agora, a empresa pretende expandir o seu modelo de negócio em Portugal, projeto que tem vindo a ser adiado por considerarem que “os preços estavam altos para o mercado português”. A solução passou por reduzir preços. “O preço mais barato que tínhamos era o Minimal Low e o SLIP-ON a 175 euros, mas agora baixámos para 150 euros e, com isso, achamos que já tornámos o produto um bocadinho mais acessível para o consumidor português“, sublinha João Esteves. Para o futuro pretendem apostar no norte da Europa, Espanha e Portugal.

João Esteves adianta ainda que a DiVERGE pretende valorizar “a coragem das pessoas que divergem e que fazem o seu próprio caminho”. Por isso, a marca portuguesa já está a associar-se a algumas instituições de caridade no Reino Unido. Com dois projetos em mãos, a startup portuguesa criou uma campanha limitada em que durante todo o mês de outubro — mês em que se assinala a luta para a prevenção do cancro da mama –, por cada par de sneakers com a cor fúcsia que seja vendido por intermédio da instituição Future Dreams, uma associação que apoia mulheres vítimas deste flagelo, a DiVERGE doa 35% das receitas à fundação. Na prática, esta parceria “ajuda a contar a nossa história, pegando nas histórias de outras pessoas” e, acima de tudo, “ajudar pessoas que tenham divergido”, atira.

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Marques Mendes: Novo governo só sobrevive quatro anos com nova geringonça

Numa análise ao resultado das eleições, Luís Marques Mendes diz que uma nova geringonça é a única solução que oferece alguma estabilidade. Ano de 2021 será decisivo.

O antigo líder do PSD Luís Marques Mendes considera que António Costa só conseguirá manter o Governo até ao final da legislatura com uma nova geringonça, que ainda assim não se vislumbra como um caminho totalmente seguro, “mas é o mal menor”. Se escolher negociar caso a caso, Governo não deverá resistir além de 2021, antecipa.

Pode ser difícil de negociar, mas é, analiticamente falando, a que garante maior solidez. O espaço de manobra para negociar não é grande, é o que é. Mesmo concretizada, até porque não terá acordos escritos, uma nova geringonça nunca será tão robusta quanto a anterior. Mas, em termos de estabilidade, é a única, à partida, que pode garantir um governo de 4 anos”, diz o social-democrata numa análise publicada no Jornal de Negócios.

Luís Marques Mendes argumenta que 2021 será um ano especialmente difícil para os socialistas devido à realização de eleições autárquicas, à presidência portuguesa da União Europeia e porque Marcelo Rebelo de Sousa, caso volte a vencer as presidenciais, já estará num segundo mandato e, por isso, mais livre para dissolver a Assembleia da República caso a solução de Governo não seja suficientemente estável.

“Se quiser evitar estas ‘espadas de Dâmocles’, Costa só tem o caminho de uma nova geringonça. Não é totalmente seguro. Mas é o mal menor”, defende.

O social-democrata diz que se Costa escolher uma governação orçamento a orçamento, ou lei a lei, sem uma maioria estável no Parlamento vai ter de enfrentar uma oposição à direita e outra à esquerda, o que pode levar a mais agitação social e a dificuldades acrescidas na altura de aprovar o orçamento, lembrando ainda os ataques sucessivos dos socialistas ao Bloco de Esquerda durante a campanha e a resistência do PCP em entrar numa nova geringonça para ilustrar as dificuldades acrescidas que antecipa para o PS lidar com estes dois partidos.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 8 Outubro 2019

Banco Mundial pessimista para o crescimento global, enquanto especialistas alertam para disparo da dívida britânica num Brexit sem acordo. Já os EUA põem tecnológicas chinesas na "lista negra".

O presidente do Banco Mundial deixou um alerta de que o crescimento económico global pode ficar aquém do esperado, devido ao Brexit, à recessão da Europa e à guerra comercial. O Brexit é também notícia, com especialistas a avisarem para o risco de um disparo da dívida britânica, para máximos de mais de meio século, perante o cenário de uma saída desordenada. Nos EUA, a guerra comercial ganha novos contornos, com Washington a colocar 28 tecnológicas chinesas na “lista negra”.

Financial Times

Presidente do Banco Mundial alerta. Crescimento global pode desapontar

David Malpass, presidente do Banco Mundial, alertou que o crescimento global pode ficar aquém da taxa de 2,6% prevista em junho, naquele que é o último sinal de preocupação das instituições multilaterais sobre a direção da economia mundial. Num discurso em Montreal, antes das reuniões anuais do Banco Mundial e do FMI que decorrem na próxima semana, Malpass alertou que o crescimento global estava a “desacelerar” e disse esperar que fosse ainda menor do que a previsão realizada há quatro meses devido ao “Brexit, à recessão da Europa e à incerteza comercial”. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Bloomberg

EUA põem tecnológicas chinesas na “lista negra”

Washington vai restringir os negócios com várias empresas chinesas que desenvolvem sistemas de reconhecimento facial e outras tecnologias de inteligência artificial, e que estão alegadamente associadas à repressão contra grupos minoritários muçulmanos na China. A decisão do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, anunciada na segunda-feira, coloca as empresas na designada Lista de Entidades, por agir contra os princípios da política externa norte-americana. Entre as empresas na “lista negra” constam a Hikvision e a Dahua, ambas fornecedoras globais de tecnologia de vigilância por vídeo, bem como a Sense Time, Megvii e iFlytek, empresas chinesas do setor da Inteligência Artificial. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

Reuters

Hong Kong recua. Retira oferta de 30 mil milhões de libras pela Bolsa de Londres

A bolsa de Hong Kong desistiu de adquirir a sua par londrina. Nesta terça-feira, retirou em definitivo a sua proposta de 29,6 mil milhões de libras como contrapartida pela London Stock Exchange (LSE), depois de ter falhado na abordagem que poderia transformar os dois gigantes globais de serviços financeiros. O abandono da compra da Refinitiv pela LSE foi uma das condições impostas pelos chineses e que não agradou a Londres, levando a uma recusa da oferta. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre e conteúdo em inglês).

The Guardian

Brexit sem acordo pode levar dívida pública para níveis apenas vistos nos anos 60

Cortes de impostos de emergência e gastos públicos mais elevados para compensar o impacto de um Brexit sem acordo levariam a dívida pública do Reino Unido para o nível mais elevado em mais de meio século. A estimativa foi feita por especialistas britânicos em finanças públicas. O Instituto para Estudos Fiscais (IFS, na sigla inglesa) estima que perante uma saída desordenada do Reino Unido da Zona Euro, os empréstimos do governo britânico previsivelmente vão mais do que duplicar no próximo ano e que a dívida nacional deverá atingir perto de 90% do PIB. Ou seja, a fasquia mais elevada desde meados da década de 60. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre e conteúdo em inglês).

Cinco Días

Cellnex compra torres de comunicações em Londres. Desembolsa mais de dois mil milhões

A Cellnex deu um passo decisivo para se consolidar como o grande ator europeu do setor de infraestruturas de telecomunicações. A empresa anunciou que vai adquirir a divisão de telecomunicações da empresa britânica Arqiva por 2.000 milhões de libras (cerca de 2.240 milhões de euros). A operação envolve a integração de 7.400 torres e os direitos de comercialização de outras 900 em todo o Reino Unido. Dessa forma, o portfólio total da Cellnex no Reino Unido (excluindo a gestão por direitos de comercialização e exploração) chegará a 8.000 torres. Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol).

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Queda do preço da pasta de papel vai pressionar receitas da Navigator

  • Lusa
  • 8 Outubro 2019

"Setor está a viver um momento mais desafiante do que foram os anos anteriores", diz João Castello Branco, CEO interino da Navigator.

A faturação da Navigator, até ao final do ano, deverá manter-se em níveis semelhantes aos de 2018, embora pressionada por uma “queda relevante” do preço da pasta de papel, indicou à Lusa o presidente executivo da papeleira.

“O setor está a viver um momento mais desafiante do que foram os anos anteriores. Há uma queda relevante do preço da pasta de papel que, obviamente, afeta o setor no seu conjunto”, afirmou, em entrevista à Lusa, o presidente executivo da Navigator, João Castello Branco.

No entanto, este responsável garantiu que a empresa tem um modelo de negócio “bastante resiliente”, porque vende papel e não pasta, não sendo espectável um impacto tão grande como aquele que outras empresas do setor vão verificar.

“É óbvio que, de ponto de vista do final do ano, não podemos deixar de concluir que [vamos ser] algo afetados pelo contexto do setor. A nossa expectativa do ponto de vista da faturação é que vamos estar próximos da [registada] no ano anterior, embora algo pressionados pelo contexto global da pasta e do papel”, perspetivou.

Em 2018, o lucro da Navigator subiu 8% para 225 milhões de euros e o volume de negócios aumentou 3,3% para 1.692 milhões de euros, enquanto o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) cresceu 13% para 455,2 milhões de euros.

no primeiro semestre deste ano, o resultado líquido atingiu 94,9 milhões de euros, uma diminuição de 20,5% face aos lucros de 119,4 milhões no mesmo período do ano passado e o volume de negócios aumentou 4,6%, subindo de 816,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2018 para 854,1 milhões no mesmo período deste ano.

Desde a saída de Diogo da Silveira da empresa em abril, João Castello Branco, até aí chairman da papeleira, assumiu interinamente a presidência executiva da Navigator.

Questionado pela Lusa, Castello Branco referiu que o processo de escolha de um novo gestor “está em marcha”, escusando-se a avançar mais informações.

“O processo está em marcha, a avançar, e não teria mais a acrescentar sobre este assunto. A ideia é que a minha posição seja interina”, vincou.

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