Em Portugal ter “canudo” faz menos diferença no desemprego

Portugal é o país da União Europeia onde a diferença entre a taxa de desemprego dos trabalhadores com níveis mais baixos de formação e a taxa de desemprego dos licenciados é menor.

A par do Chipre, Portugal é o país da União Europeia onde vale menos a pena avançar para o ensino superior como forma de evitar o desemprego. De acordo com o Eurostat, a diferença entre a taxa de desemprego entre os trabalhadores com níveis de educação inferiores e a taxa de desemprego entre trabalhadores com cursos superiores é de apenas 2,2 pontos percentuais (p.p), valor que compara com o fosso de 8,6 p.p. fixado como média europeia.

As taxas de desemprego variam consideravelmente de acordo com o nível de educação concluído e tendem a ser mais altas para as pessoas com baixos níveis de formação quando comparadas com aquelas registadas entre os trabalhadores com níveis altos de formação, como o ensino superior”, explica o Gabinete de Estatísticas da União Europeia, esta sexta-feira.

Nessa linha, a taxa de desemprego a nível europeu entre os trabalhadores com baixos níveis de educação fixou-se em 12,5%, em 2018, valor que compara com a taxa de 3,9% registada entre aqueles que têm cursos superiores. Ou seja, em média, na União Europeia, há uma diferença de 8,6 p.p. percentuais entre as taxas de desemprego nos grupos referidos. Esse fosso tem sido agravado desde 2002, altura em que a diferença era de 5,8 p.p.

No último ano, os exemplos mais significativos dessa diferença entre licenciados e não licenciados foram registados na Eslováquia (24,8 p.p), na Lituânia (16,4 p.p) e na Letónia (13,3 p.p.). Em sentido inverso, foi em Portugal e no Chipre (2,2 p.p) que se verificou um menor fosso entre a taxa de desemprego daqueles que têm menos formação e a taxa de desemprego daqueles que têm mais formação.

Por cá, os trabalhadores com níveis de educação mais baixos têm uma taxa de desemprego de 6,9%, valor que compara com a taxa de 4,7% registada entre os trabalhadores com ensino superior, ou seja, está em causa uma diferença de 2,2 p.p.. De notar que, se no caso da primeira taxa, Portugal fica abaixo da média europeia, o cenário inverte-se no caso da segunda, isto é, a taxa de desemprego entre trabalhadores com curso superior é maior em Portugal do que na União Europeia (3,9%).

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LinkedIn: Como responder às perguntas dos recrutadores?

As redes sociais são, em muito casos, a forma de os recrutadores entrarem em contacto com os candidatos. A consultora Hays explica o que deve fazer quando recebe uma mensagem no LinkedIn.

No processo de recrutamento, quase todos os empregadores fazem uso das redes sociais para saber um pouco mais sobre os candidatos. Além disso, as redes sociais profissionais como o LinkedIn são cada vez mais utilizadas para contactar os candidatos. “Num mercado liderado pelo candidato, são cada vez mais os empregadores a querer recrutar e cada vez menos os profissionais a procurar emprego de forma proativa”, sublinha a empresa de recrutamento Hays.

O que fazer se receber uma mensagem de um recrutador no seu LinkedIn? A Hays revela algumas dicas essenciais para responder às perguntas dos recrutadores que vão demonstrar que é profissional.

  • O primeiro passo: responder

Se receber uma mensagem de um recrutador é importante que responda sempre, independentemente do seu interesse na proposta.

  • Se estiver interessado, tente agendar uma reunião

Se quiser saber mais informações, proponha uma reunião presencial ou por Skype. Informe o recrutador sobre os seus interesses profissionais, pois pode ser uma forma de garantir que voltar a ser contactado apenas para essas funções no futuro.

  • Se estiver interessado na oportunidade de emprego, responda o mais rápido possível

Se o profissional estiver interessado na oportunidade de emprego, terá de responder à mensagem o mais rápido possível. Poderá ainda pedir um primeiro contacto para simplesmente terem uma conversa exploratória onde poderá ainda preparar algumas perguntas sobre a função e a organização, dependendo de quais são as prioridades de carreira.

  • Se precisar de tempo para pensar, avise o recrutador

Se o profissional precisar de mais informações ou tempo para pensar, terá de dizê-lo. Se ainda não recebeu uma especificação da função, terá de pedir que enviem por email. De seguida, elabore uma lista de prós e contras sobre a oportunidade, considerando o que a função pode oferecer em relação ao trabalho atual. Fundamentalmente, considere os fatores que fazem desta nova oportunidade um bom passo nas ambições de carreira.

  • Se ficar interessado na proposta, demonstre esse interesse

Se o profissional tem interesse em aceitar, informe o recrutador. A partir daqui, é esperado que o recrutador envie a especificação da oferta, se ainda não o tiver feito. Também irá solicitar que o profissional envie algum tipo de informação. Nesta altura, é importante que reveja e atualize o CV, para que a empresa tenha toda a informação que precisa.

  • Se não for a oportunidade certa, agradeça e não feche portas

Ainda que não seja a oportunidade certa, é importante agradecer sempre por ter entrado em contacto e explicar porque é que essa oportunidade não é adequada. Sugira que voltem a falar mais tarde e envie o currículo atualizado, para que o recrutador possa considerá-lo para outras oportunidades que correspondam ao que procura.

Quando um recrutador entra em contacto com um potencial candidato através do LinkedIn é um sinal positivo, sublinha a Hays, pois significa que o perfil é forte e o potencial candidato tem aptidões relevantes para o cargo em questão.

Segundo a Adecco, quase metade dos recrutadores já eliminaram um candidato devido à apresentação nas redes sociais, e a forma como interage com os recrutadores também poderá influenciar estas escolhas. Por isso, é cada vez mais importante cuidar do seu perfil virtual, mantê-lo atualizado e estar preparado para qualquer mensagem.

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“Love Boss”, de Filipe Jerónimo

A relação profissional entre os líderes e os colaboradores deve ser emocional, porque um “Love Boss” "procura constantemente melhorar a sua relação consigo e com os outros", defende Filipe Jerónimo.

A relação profissional entre os líderes e os colaboradores deve ser emocional, porque um “Love Boss” é um líder que “procura constantemente melhorar a sua relação consigo e com os outros, que sente verdadeiro prazer em contribuir para o desenvolvimento das suas equipas”, explica Filipe Jerónimo no livro “Love Boss – O Novo Líder Emocional & Relacional”.

Com uma carreira de quase trinta anos no mundo empresarial, encontrou inspiração para escrever o livro na desmotivação que observava no dia-a-dia dos líderes. Por isso, “Sê o líder que queres ver” é a máxima para uma liderança emocional e o conceito que serve de base para o conteúdo do livro.

A liderança ideal, acredita o autor, tem por base a confiança, o compromisso, a discussão de ideias e o foco na entrega de resultados, nunca esquecendo as pessoas com fator central de toda a ação. “Acredito que é possível criar empresas e equipas mais leves, felizes e produtivas, se nos observarmos mais e levarmos em consideração as nossas emoções, as dos outros e a forma como nos relacionamos”, frisa o autor.

“Um líder não é alguém a quem foi dada uma coroa, mas a quem foi atribuída a responsabilidade de fazer sobressair o melhor que há nos outros”, uma citação de Jack Welch, e que é apenas uma das tantas que se encontram à medida que folheamos o livro.

“Saber quem é quem” e “conhecer-se a si próprio”, são dois ingredientes fundamentais na receita da liderança baseada na emoção. Por isso, e sendo um “livro de consulta”, em quase todos os capítulos o autor propõe uma série de exercícios práticos, de autoavaliação e observação. É quase como um “manual de boas práticas” e de orientação para os líderes que querem estar mais perto de quem lideram. Para a maior parte destes desafios, só precisa de papel e caneta.

“A emoção é a cola entre líderes e colaboradores”, reforça Filipe Jerónimo sobre esta receita milagrosa para uma liderança eficaz. “É muito mais fácil quando um líder conhece as pessoas com quem colabora, e sabe o que funciona, permitindo-lhes assim desenhar soluções adequadas aos problemas”. A liderança relacional sabe observar os desejos e ambições das pessoas que fazem parte de uma organização.

Este livro procura ser um “um caminho” para uma liderança emocional e relacional, que se inspira na autoconsciência, na capacidade de autocontrolo e numa comunicação eficaz. O equilíbrio destes fatores vai dar origem a uma equipa com alto desempenho, motivada e integrada na cultura da organização, garante Filipe Jerónimo.

Editora: Livros Horizonte

Número de páginas: 248 páginas

Sobre o autor

Filipe Jerónimo reúne quase trinta anos de experiência no mundo empresarial, durante os quais exerceu funções como empresário e diretor comercial. Ao longo da sua carreira e experiência como líder, descobriu o lugar da componente emocional na liderança e a vocação para se tornar um orientador e facilitador de pessoas e organizações.

Tem três filhos, é licenciado em Gestão de Marketing e tem um MBA na mesma área. Completou uma certificação internacional em Coaching, Time Line Therapy, Business Mastery e em Programação Neurolinguística pelo Instituto de Coaching e Linguística de Lisboa. Em 2014 criou a empresa em nome próprio com a marca Mindset Leader, através da qual oferece serviços de coaching e aconselhamento direcionado a gestores e líderes, do presente e do futuro.

No início deste ano lança o livro “Love Boss – O Novo Líder Emocional & Relacional”, um manual de boas práticas na liderança, onde desmistifica a presença da emoção e das relações entre os líderes e os colaboradores.

5 perguntas a Filipe Jerónimo

Filipe Jerónimo, autor do livro “Love Boss – Novo Líder Emocional & Relacional”, sobre a importância das relações profissionais com base na emoção.

O que é que desmotiva os líderes de hoje? E quais os maiores obstáculos que enfrentam?

Existem vários obstáculos, um deles é a velocidade do conhecimento que obriga a uma rápida adaptação e a uma constante aprendizagem se queremos manter-nos alinhados com o mercado. Outro grande desafio é a gestão das novas gerações: valorizam mais a experiência do que um trabalho para a vida. O líder terá de desenvolver a flexibilidade comportamental se quiser manter a empresa apelativa para as novas gerações.

Qual a diferença entre os líderes portugueses e os líderes de outros países?

A cultura do país tem ainda algum peso na forma como os líderes pensam e agem, e Portugal não é exceção. Os nossos atuais líderes (entre os 40 e 60 anos) receberam uma forte herança assente em regras, ordens e autoridade (baseada no medo) e isto ainda existe em muitas empresas nacionais, mas tende a dissipar-se pela obrigatoriedade de adaptação às novas gerações e ao próprio mercado, mais flexível e exigente.

“Melhores relações… melhores resultados”?

Um dos princípios da influência humana é o “gostar”. As pessoas gostam de ver o líder por perto, como humano, gostam de ter acesso a ele, ter a possibilidade de dialogar e expor o que sentem e pensam. Um empresário que conheço tem uma fábrica com 200 colaboradores e a primeira coisa que ele faz de manhã é cumprimentar todos eles, um a um, e dizer bom dia. A diferença que isto faz é enorme.

Qualquer líder tem a capacidade de desenvolver este lado emocional?

A nossa composição física e genética já nos diz que sim, pois é natural. O grande problema foi que a nossa sociedade sempre deu mais relevo ao lado racional, negligenciando o emocional. Assim, os líderes chegam à idade adulta e na condição de gerir pessoas com um défice enorme na gestão das emoções, as suas e as dos outros. Qualquer líder pode desenvolver o seu lado emocional, tem é de estar disponível para tal.

Qual o conselho que tem para dar aos líderes de hoje, que continuarão a ser os líderes do futuro?

Diria para os líderes colocarem na sua lista de prioridades conhecerem muito bem cada membro da sua equipa. O que os move, os seus valores, ambições e personalidade, para que o líder possa, na interação diária com eles, adaptar-se à individualidade de cada um. É vital criar compromissos com a sua equipa. Eles têm de se sentir parte da solução.

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Thomas Cook em risco. Bancos pedem capital adicional de 200 milhões de libras

  • Lusa
  • 20 Setembro 2019

O futuro da empresa turística Thomas Cook está em risco. A companhia está à procura de uma injeção de capital adicional de 200 milhões de libras que foram solicitados por entidades bancárias.

A empresa turística Thomas Cook, em dificuldades financeiras, confirmou que procura fundos adicionais de 200 milhões de libras (227 milhões de euros), solicitados por entidades bancárias, para assegurar o seu futuro. A empresa, com 178 anos de história, tinha previsto assinar esta semana um pacote de resgate com o seu maior acionista, o grupo chinês Fosun, estimado em 900 milhões de libras (1.023 milhões de euros), mas foi adiado pela exigência dos bancos de ter novas reservas para o inverno.

Num breve comunicado enviado à Bolsa de Londres, a companhia revelou que as negociações para chegar a um acordo sobre “os termos finais da recapitalização e reorganização da continuam entre a Thomas Cook e várias partes interessadas, incluindo o grupo chinês Fosun e seus afiliados”. Estas negociações incluem um pedido recente de uma reserva sazonal de 200 milhões de libras, que são fundos adicionais para a injeção de novo capital de 900 milhões de libras anunciadas anteriormente, acrescentou a empresa.

A imprensa estrangeira destaca esta sexta-feira que a Thomas Cook pode ficar sem poder fazer pagamentos se não conseguir o resgate. Um possível colapso pode afetar 150.000 turistas britânicos e forçar a Autoridade de Aviação Civil a fazer regressar ao país a um custo avaliado em 682 milhões de euros (600 milhões de libras).

As dificuldades financeiras da empresa acumularam-se no ano passado, mas em agosto foram anunciadas as negociações com o grupo chinês. Se o acordo fosse bem-sucedido, o Fosun Tourism Group seria dono da maioria dos operadores turísticos Thomas Cook e teria uma participação minoritária na companhia aérea.

A Thomas Cook emprega cerca de 22.000 pessoas, 9.000 delas no Reino Unido, e atende 19 milhões de pessoas por ano em 16 países.

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Desde março de 2018 que a gasolina não subia tanto. São mais quatro cêntimos na próxima semana

  • ECO
  • 20 Setembro 2019

Com os mercados internacionais ao rubro, o gasóleo vai subir pela quinta semana consecutiva. O acréscimo será de três cêntimos para 1,447 euros por litro. Também a gasolina vai ficar mais cara.

Se tem carro a gasóleo, prepare-se para uma nova subida do preço do combustível. Na próxima segunda-feira, o preço do combustível mais usado pelos portugueses deverá subir três cêntimos para 1,447 euros por litro. Também o preço da gasolina deverá seguir essa tendência, subindo quatro cêntimos para 1,571 euros por litro. Isto de acordo com os dados avançados ao ECO por uma fonte do setor.

Pela quinta semana consecutiva, o preço do gasóleo deverá aumentar. Desta vez, o acréscimo é de três cêntimos, sendo que desde janeiro não se registava uma subida tão acentuada. Esta evolução fica a dever-se à escalada dos preços internacionais. O preço do petróleo tem estado a subir face aos ataques a refinarias sauditas que arrasaram 5% da produção diária global. Na quinta-feira, o preço do barril de Brent (referência para as importações nacionais) negociou acima dos 65 dólares, somente uma semana depois de o valor desta matéria-prima ter estado abaixo da linha dos 60 dólares. Em Londres, o contrato para entrega em novembro subiu 2,83% para 65,41 dólares, preço de referência para as importações portuguesas.

Já a gasolina estava há cinco semanas a ver o seu preço cair, mas deverá agora inverter a tendência. Na próxima semana, o litro de gasolina deverá ficar quatro cêntimos mais caro, fixando o preço em 1,571 euros por litro, de acordo o valor atual disponibilizado pela Direção-Geral de Energia e Geologia. É preciso recuar a 27 de março de 2018 para encontrar uma subida tão acentuada como aquela que deverá acontecer na próxima semana.

Os preços dos combustíveis em Portugal são atualizados semanalmente com base na evolução dos preços do petróleo e derivados nos mercados interacionais. De notar que os valores indicados servem apenas de referência, podendo o preço final variar em cada posto de abastecimento.

(Notícia atualizada às 10h12)

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BCP avança com emissão de dívida subordinada com juro superior a 4%. Quer emitir até 500 milhões de euros

  • ECO
  • 20 Setembro 2019

De acordo com o Jornal de Negócios, o BCP está no mercado para emitir entre 400 e 450 milhões de euros em dívida a dez anos e seis meses. Juro indicativo é superior a 4%.

O Banco Comercial Português avançou esta manhã com uma emissão de dívida subordinada a dez anos e seis meses, arrancando com um juro indicativo superior a 4%, avança o Jornal de Negócios (acesso condicionado), citando a agência Bloomberg.

O banco pretende colocar entre 400 e 450 milhões de euros. O BCP anunciou na sexta-feira ter mandatado o Credit Suisse, o Goldman Sachs International e o JP Morgam para avançarem com a emissão.

Segundo a Bloomberg, que cita fontes não identificadas com conhecimento da operação, o juro fixado pelo BCP é de 4,1255%, e as obrigações vencem em março de 2030. No entanto, a emissão contempla uma opção para o reembolso antecipado em março de 2025.

O juro é fixo nos primeiros cinco anos. Passados esses cinco anos, depois da data do reembolso antecipado, quem escolher continuar a deter estas obrigações terá uma remuneração equivalente à taxa mid-swap a cinco anos, mais a margem.

(Artigo em atualização)

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Lagarde pede a líderes mundiais que resolvam ameaças económicas provocadas pelo homem

  • Lusa
  • 20 Setembro 2019

Futura governadora do Banco Central Europeu descreve a expansão da economia como "bastante medíocre" e pede aos líderes que trabalhem juntos para tentar resolver as "fragilidades e as incertezas".

A diretora-geral cessante do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, sublinhou esta quinta-feira que o crescimento global está “frágil e ameaçado” devido, em parte, à guerra comercial e ao ‘Brexit’.

Numa entrevista exclusiva à agência de notícias France-Presse (AFP), em Washington, a futura responsável do Banco Central Europeu descreveu a expansão como “bastante medíocre” e pediu aos líderes que trabalhem juntos para tentar resolver as “fragilidades e as incertezas”.

“Quer se trate de relações comerciais, do Brexit, ameaças tecnológicas, estes são problemas criados pelo homem e que podem ser resolvidos pelo homem”, vincou Lagarde, observando que “um pouco de feminilidade não seria prejudicial”.

No final de julho, o FMI tinha reduzido a previsão de crescimento global para 3,2%. Desde então, advertiu que as tensões comerciais podiam desacelerar ainda mais a atividade económica.

Por seu lado, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) previu que o crescimento global em 2019 seja “o mais baixo desde a crise financeira”, depois de ter caído para 2,9% em 2008, e para -0,5% no ano seguinte.

Questionada se poderá fazer mais para convencer os líderes quando assumir o BCE, em novembro, Christine Lagarde assegurou que vai continuar “determinada a garantir” o foco na “criação de emprego, na produtividade e na estabilidade”.

No entanto, sublinhou que as instituições monetárias devem ser “previsíveis e respeitar factos e dados económicos”.

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Zero dá parecer desfavorável a novo aeroporto no Montijo e aponta “graves erros e lacunas”

  • Lusa
  • 20 Setembro 2019

De acordo com a associação ambientalista Zero, há "graves erros e lacunas" no Estudo de Impacte Ambiental para o novo aeroporto do Montijo.

A associação ambientalista Zero anunciou na noite de quinta-feira que emitiu um parecer desfavorável ao Estudo de Impacte Ambiental (EIA) para o novo aeroporto no Montijo, considerando que apresenta “graves erros e lacunas”. “Tendo em conta os graves erros e lacunas do EIA, a Zero não pode deixar de emitir um parecer desfavorável relativamente ao projeto do aeroporto do Montijo e respetivas acessibilidades”, refere em comunicado.

A associação ambientalista salienta que o EIA disponibilizado apresenta um conjunto de lacunas “bastante graves”, considerando as mais críticas a “incompatibilidade” da localização com a conservação da natureza, os impactos no ruído e qualidade do ar, as pressões que vai causar sobre as infraestruturas e a falta de uma avaliação adequada das emissões de gases com efeito de estufa do projeto.

Em relação à análise do risco de colisão de aves com aeronaves, a Zero considera que é “inconclusiva”, salientando que todos os fatores propiciadores do risco de colisão estão presentes na Base Aérea N.º 6 do Montijo. A associação frisa ainda que não está fundamentada a urgência do projeto.

“Consideramos que há tempo suficiente e que deve ser encetado um novo procedimento que permita uma avaliação abrangente e integrada do sistema aeroportuário da região de Lisboa, que tenha em consideração várias alternativas e que avalie o impacte destas a nível regional”, refere, acrescentando que as alternativas possíveis são “imediatamente descartadas como não sendo tecnicamente viáveis” no EIA.

A Zero considerou que todo o procedimento relativo ao projeto do novo aeroporto do Montijo tem sido de uma “lamentável opacidade”. “Surgiu como um facto consumado, com decisões prévias aparentemente já tomadas conforme declarações públicas de decisores políticos ao nível do Governo, subvertendo completamente os princípios que enquadram a figura da Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) como um instrumento de suporte à decisão e que, no limite, se constituem ainda como uma pressão inaceitável sobre a administração”, salienta.

“Apesar de toda a pressão verificada ao longo de todo este procedimento, a Zero confia na isenção da Autoridade Nacional de AIA e espera que o presente EIA seja objeto de uma Declaração de Impacte Ambiental desfavorável”, conclui.

A consulta pública do EIA do novo aeroporto no Montijo terminou na quinta-feira, tendo a Câmara da Moita (PCP) dado parecer negativo, enquanto os municípios do Barreiro e Montijo (ambos liderados pelo PS) aprovaram a construção da nova infraestrutura naquele local.

O Estudo de Impacte Ambiental, que foi divulgado em julho, tem apontado diversas ameaças para a avifauna e efeitos negativos sobre a saúde da população por causa do ruído, o que se fará sentir, sobretudo, “nos recetores sensíveis localizados no concelho da Moita e Barreiro”.

No passado dia 10, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta, disse no parlamento já ter “toda a informação necessária” para a avaliação do EIA, com mais de 1.000 contribuições diretas, adiantando que a decisão será conhecida no final de outubro.

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Lisboa no vermelho. Jerónimo Martins pressiona

Na última sessão da semana, Lisboa acordou abaixo da linha de água, com a Jerónimo Martins a pressionar. Apenas quatro cotadas estão em terreno positivo.

A praça lisboeta começou a última sessão da semana abaixo da linha de água, contrariando a tendência positiva registada nas demais praças do Velho Continente. Das 18 cotadas nacionais, apenas quatro estão no verde. A pesar sobre a bolsa nacional, está a Jerónimo Martins, cujos títulos estão a recuar quase de 1%.

O índice de referência nacional está a recuar 0,18% para 5.030,73 pontos. O PSI-20 contraria, assim, a tendência que está a marcar a negociação nas demais praças europeias, esta manhã, com o Stoxx 600 a subir 0,2%, o alemão Dax a valorizar 0,07% e o espanhol Ibex a avançar 0,03%.

Por cá, os títulos da Jerónimo Martins estão a pesar sobre a praça lisboeta, tendo já recuado mais de 1%, esta manhã. Conseguiram entretanto recuperar algum gás e desvalorizaram agora 0,88% para 15,695 euros.

No vermelho, destaque também para a EDP Renováveis. As ações da empresa liderada por Manso Neto também já perderam mais de 1% esta manhã, mas estão agora a desvalorizar apenas 0,41% para 9,82 euros. Já os títulos da empresa liderada por António Mexia estão a avançar 0,40% para 3,52 euros. No mesmo setor, as ações da Galp Energia estão a perder 0,18% para 13,8 euros.

A protagonizar as maiores perdas registadas esta manhã está a Corticeira Amorim, cujos títulos estão a cair 1,49% para 9,91 euros.

Em terreno positivo, a Sonae está a ver os seus títulos subirem 0,46% para 0,87 euros e a Nos está a ver as suas ações somarem 0,29% para 5,1250 euros. No arranque da última sessão da semana, os títulos do BCP já estiveram presos da linha de água, mas valorizaram agora 0,20% para 0,2048 euros.

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Tripulantes marcam reunião do sindicato para destituir direção

  • ECO
  • 20 Setembro 2019

De acordo com o Público, um grupo de 200 tripulantes exigiu a marcação de uma reunião extraordinária da assembleia geral do sindicato, que tem como único ponto a destituição da própria direção.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil reúne-se na próxima sexta-feira em assembleia geral extraordinária para discutir se avançam com a destituição da sua própria liderança, avança o jornal Público (acesso condicionado).

A destituição da direção liderada por Luciana Passo e Bruno Fialho é o único ponto da agenda de uma reunião que foi convocada por mais de 200 tripulantes, na sequência do mau estar que está instalado no sindicado sobretudo devido a questões relacionadas com a TAP.

Alguns membros do sindicato já teriam tentado remover a liderança do mesmo, mas sem sucesso. Luciana Passo já anunciou que não se vai recandidatar nas próximas eleições, justificando a decisão com o cansaço inerente às funções.

A reunião foi marcada para o dia 27 de setembro, próxima sexta-feira, um dia para o qual está também marcada uma greve de tripulantes da Ryanair em vários países da Europa, incluindo Portugal.

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Marcelo e outros 31 líderes mundiais pedem que 2019 seja “o ano da ambição climática”

  • Lusa
  • 20 Setembro 2019

Apelo surge em vésperas da Cimeira de Ação Climática, convocada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que se realizará na próxima segunda-feira.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e mais 31 líderes mundiais juntaram-se num apelo à comunidade internacional e aos Estados subscritores do Acordo de Paris para que 2019 seja “o ano da ambição climática”.

Este apelo surge em vésperas da Cimeira de Ação Climática, convocada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que se realizará na próxima segunda-feira, dia 23 de setembro, em Nova Iorque, na qual o chefe de Estado português irá participar.

Nesta “Iniciativa para Maior Ambição Climática”, lançada pelo Presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, do partido austríaco ‘Os Verdes’, presidentes de países como Finlândia, França, Gana, Alemanha, Moçambique ou Nepal e os primeiros-ministros da Espanha e da Suécia, entre outros, pedem que cada Estado leve a essa cimeira do clima “os seus planos e iniciativas concretas” para cumprir os objetivos do Acordo de Paris.

Os 32 chefes de Estado e de Governo subscritores desta declaração dirigem-se também às instituições financeiras, a quem pedem “para alinharem os seus investimentos com as metas de longo prazo do Acordo de Paris” e para “aumentarem os investimentos em eficiência energética e energias renováveis, assim como para desinvestirem tão cedo quanto possível da economia baseada nos combustíveis fósseis”.

Numa nota publicada no portal da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa “saúda vivamente” esta iniciativa lançada por Alexander Van der Bellen, à qual se associou, e reafirma “o compromisso de Portugal no combate às alterações climáticas e no cumprimento do Acordo de Paris”.

Assinam esta declaração os chefes de Estado da Áustria, Bósnia-Herzegovina, Chipre, Suazilândia, Finlândia, França, Gana, Gambia, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Coreia do Sul, Letónia, Líbano, Moldávia, Mónaco, Montenegro, Moçambique, Nepal, Portugal, Palau, Sérvia, Eslováquia e Eslovénia e os primeiros-ministros da Dinamarca, Países Baixos, Espanha e Suécia.

Estes 32 líderes políticos escrevem que as atuais medidas tomadas pela comunidade internacional “não são suficientes para atingir as metas de longo prazo estabelecidas no Acordo de Paris” e que “tem de ser feito mais – e a ação tem de ser rápida, decisiva e conjunta”.

“Temos a obrigação coletiva perante as futuras gerações de fazer tudo o que é humanamente possível para travar as alterações climáticas, bem como para nos adaptarmos aos seus efeitos adversos”, defendem.

“Apelamos à comunidade internacional e a todas as partes do Acordo de Paris: Vamos agir em conjunto, decisivamente, e rapidamente para travar a crise climática global“, acrescentam, concluindo: “Vamos legar às nossas crianças e futuras gerações um mundo onde valha a pena viver”.

Em 2018, o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, também se associou a uma outra “Iniciativa para Maior Ambição Climática” lançada pelo Presidente da República da Áustria, em vésperas da 24.ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, que foi assinada por mais treze chefes de Estado europeus.

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Banco de Portugal vai supervisionar operadores de comunicações

  • ECO
  • 20 Setembro 2019

O Banco de Portugal vai passar a supervisionar as operadores de telecomunicações, quando a venda de serviços ultrapassar certos valores definidos.

Sempre que a venda de serviços ultrapasse um certo valor, os operadores de telecomunicações vão ser supervisionados pelo Banco de Portugal. Esta mudança é resultado da entrada em vigor das novas regras para os serviços de pagamentos, avança o Dinheiro Vivo (acesso livre), esta sexta-feira.

De acordo com o diploma, que se aplica desde dia 14 deste mês, os operadores estão excluídos do novo regime de serviços de pagamentos quando o valor da operação não exceda os 50 euros e o valor acumulado das operações de pagamento para um assinante não ultrapasse os 300 euros mensais, ou seja, quando se ultrapassar esse valor ficam sujeitos à supervisão do Banco de Portugal.

Ficam também excluídas as operações que sejam destinadas “à aquisição de conteúdos digitais e de serviços de voz, independentemente do dispositivo utilizado para a aquisição ou para o consumo do conteúdo digital, e debitadas na fatura correspondente”, bem como “as operações sejam executadas a partir ou através de um dispositivo eletrónico e debitadas na fatura correspondente, no quadro de uma atividade de beneficência ou para a aquisição de bilhetes”.

Ainda assim, fonte oficial do supervisor bancário garante essas entidades “deverão enviar uma comunicação ao Banco com a descrição dos serviços prestados e apresentar ao banco um parecer anual de auditoria que ateste que a atividade cumpre os limites estabelecidos pelo regime”. “Este parecer permitirá ao banco monitorizar a atividade destas entidades, nomeadamente, a ultrapassagem dos limites definidos. Uma vez ultrapassados os limites, as entidades passarão a estar sujeitas à supervisão do banco”, rematou a mesma fonte.

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