Cultura da empresa é principal causa de stress, diz estudo britânico

  • Ricardo Vieira
  • 31 Julho 2019

Apenas 32% das empresas oferece formação para que colaboradores aprendam a lidar com a pressão laboral.

A cultura da empresa é uma das causas predominantes de stress (45%). Os dados constam de um relatório que a seguradora MetLife elaborou no Reino Unido, segundo o qual apenas 37% dos colaboradores entrevistados afirmaram ter havido honestidade no processo de recrutamento, enquanto 56% dos inquiridos assumem ter havido esclarecimento sobre o stress associado. Do total dos inquiridos, quatro em cada dez pessoas afirmam que trabalham para criar uma cultura “solidária e inclusiva.

Comparativamente com os dados recolhido em 2014, 57% das pessoas considera que o seu trabalho está a tornar-se “mais stressante”, um valor 5% mais alto do que na pesquisa anterior.

Mas há progresso na abordagem do tema no trabalho: 64% dos colaboradores a assumirem que as organizações de trabalho ofereciam apoio para enfrentar o stress laboral (em 2014, eram 51%).

A pesquisa mostrou ainda que, tanto as empresas como os funcionários estão recetivos a formações sobre como lidar com a pressão no trabalho, um serviço oferecido apenas por 32% das empresas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aproveitamento do aeroporto de Beja “é questão de vontade política”, diz Santana Lopes

  • Lusa
  • 31 Julho 2019

Para o presidente do partido Aliança,"só um país muito rico é que se daria ao luxo" de "desperdiçar" uma infraestrutura como o aeroporto de Beja.

O presidente do partido Aliança disse esta quarta-feira que o aproveitamento do aeroporto de Beja “é uma questão de vontade política”, considerando que “só um país muito rico é que se daria ao luxo” de o “desperdiçar”.

O Aliança é “um grande defensor do aproveitamento de uma infraestrutura como o aeroporto de Beja”, o que “é uma questão de vontade política”, disse Pedro Santana Lopes aos jornalistas. Segundo Santana Lopes, que esta quarta-feira visitou o aeroporto de Beja, “só um país muito rico é que se daria ao luxo, e mesmo aí seria estupidez, de desperdiçar uma infraestrutura como esta”.

“Era bom saber o que pensa cada partido sobre isto. Se calhar, na altura de eleições, vem tudo aqui dizer que é favor de Beja e do aeroporto de Beja, mas tem que ser na legislatura toda e depois, estando no Governo, tomar as decisões”, defendeu.

O aeroporto de Beja “é um projeto fabuloso”, sublinhou, defendendo que todos os portugueses deviam visitá-lo e “ouvir este silêncio”, o que “é uma dor de alma”, mas que “em breve será ultrapassada”.

Santana Lopes lembrou que “Portugal já investiu dezenas de milhões de euros” no aeroporto de Beja, que “está como está”, apesar de ser “importante, não só como infraestrutura aeronáutica”, mas também como “instrumento de desenvolvimento” da região.

“Beja, o aeroporto e todas as ligações que aqui estão são essenciais para o desenvolvimento desta região“, que, “territorialmente”, está próxima de Sevilha, Faro e Lisboa e “tem uma ligação tão especial à Andaluzia, onde estão milhões de pessoas de uma economia [a espanhola] forte, mais forte do que a deste lado da fronteira”, referiu.

Santana Lopes frisou que o seu partido não defende o aeroporto de Beja como “substituto do Montijo ou de Alverca, mas como aeroporto em si mesmo, com potencialidade para servir o desenvolvimento económico”.

O Aliança defende o aeroporto de Beja “a funcionar como grande centro de movimento de carga” e na área da manutenção de aeronaves, na qual “em Portugal há uma excelência de capacidade instalada muito conhecida e que pode ser libertada do aeroporto de Lisboa e ter mais base aqui [em Beja], é uma questão de vontade política”, disse.

O aeroporto de Beja, que resulta do aproveitamento civil da Base Aérea n.º 11 e custou 33 milhões de euros, começou a operar a 13 de abril de 2011, quando se realizou o voo inaugural, mas, desde então, apesar de aberto, tem estado praticamente vazio e sem voos e passageiros na maioria dos dias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ex-titulares da Cultura defendem acordo com a banca na Coleção Berardo. Mas o Estado tem dinheiro?

Um acordo entre o Estado e os bancos deveria ser a solução para garantir que a Coleção Berardo permanece em território nacional e em exposição ao público. Acordo para a Coleção BES pode ser modelo.

Um acordo entre o Estado e os bancos credores para que as obras da Coleção Berardo continuem em Portugal e em exposição ao público é o que desejam os antigos titulares da Cultura ouvidos pelo ECO. Luís Filipe Castro Mendes, o ministro da Cultura que antecedeu a Graça Fonseca, e Jorge Barreto Xavier, o secretário de Estado da Cultura de Pedro Passos Coelho (que não teve ministro da Cultura), estão satisfeitos com o rumo que os acontecimentos estão a levar.

Esta segunda-feira foi decretado o arresto da coleção Berardo, conforme avançou o Público. A providência cautelar decretada sobre os quadros foi acionada judicialmente a pedido dos bancos credores, que decidiram depositar nas mãos do Estado a salvaguarda das obras de arte. Por outro lado, os bancos — Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco — vão avançar em breve com uma ação principal, que poderá determinar a penhora da coleção para executar a dívida do empresário madeirense.

“Há um bom espírito entre os três bancos e o Governo”, sublinha Luís Filipe Castro Mendes, “mas ainda estamos longe de haver uma decisão jurídica em tribunal”, alerta o ex-ministro da cultua. “Estamos perante uma negociação com uma instituição pública e duas privadas, sendo que com o Novo Banco pode ser algo no género do que foi obtido com o Lone Star com a coleção BES. Assim, há uma forte razão para fazer acordo com a CGD, com o Novo Banco já há um precedente e com o BCP não vejo razões para não se conseguir“, afirma o responsável pela protocolo assinado entre o Lone Star e o Estado, em janeiro de 2018, para o Novo Banco disponibilizar, à fruição pública, o património cultural e artístico herdado do BES, que reúne pintura, fotografia, numismática e uma biblioteca.

“Fico contente que seja possível chegar a acordo com os bancos que me parece ser a solução mais adequada. O pior seria a alienação das obras como bens de forma comercial”, afirma Barreto Xavier. O antigo responsável da Cultura defende que se trata de “um ativo que não se deve vender”, pelo que”se deve chegar a acordo com os bancos”, uma solução que já tinha defendido em declarações ao ECO em maio. Barreto Xavier recorda que “o Estado não se substitui à decisão dos bancos privados e o banco público tem autonomia, e deve continuar a ter”, por isso, este acordo vai “depender da capacidade negocial do Estado” para que seja “disponibilizado o acesso a uma coleção importante e única no panorama nacional e até no contexto internacional”. Mas, “os bancos têm de estar confortáveis com essa situação”, sublinha.

Na apresentação de resultados semestrais do BCP, Miguel Maya, presidente do banco, disse claramente que a instituição não deixará “nada por fazer para recuperar os créditos”. Ora as obras são um ativo que poderá integrar o balanço dos bancos credores. Luís Filipe Castro Mendes considera que vender as obras não geraria “montantes com significado face aos problemas que os bancos têm”, mas também admite que algumas peças da coleção até podem ser vendidas.

“Há um núcleo muito importante, que não pode ser alienado, sendo que algumas eram as obras que Berardo tentou vender no estrangeiro“, afirmou o ex-ministro da Cultura de António Costa, nomeadamente obras raras de Jean Dubuffet, Joan Miró, Yves Klein e Piet Mondrian. “Mas há estudos que admitem a possibilidade de algumas obras serem alienadas”, referiu, acrescentando que isto é uma matéria que vai além do seu conhecimento e que “tudo é passível de discussão”.

Mas e se o acordo com os bancos falhar? O Estado deve comprar as obras? E tem dinheiro para isso? Luís Filipe Castro Mendes garante que “é possível” o Estado comprar, mas admite que será “um montante difícil de orçamentar”. “O montante é elevado, mas não é tão elevado que esteja acima de qualquer possibilidade”, sublinha o ex-ministro.

No primeiro acordo de comodato entre o Estado português e Joe Berardo, que terminava em 2006, era fixado o valor de 316 milhões para a aquisição da coleção — um valor apurado pela avaliação feita pela leiloeira Christie’s. Mas na renovação do acordo, dez anos depois, em 2016, caiu a cláusula que estabelecia o preço do exercício de compra, e Joe Berardo passou a ter a palavra final no valor. “Agora estamos nas mãos de Berardo”, disse a coordenadora do Bloco, Catarina Martins, no debate quinzenal após a audição do empresário madeirense no Parlamento.

Opinião diferente tem Barreto Xavier. “O Estado não tem capacidade” financeira para aumentar de forma tão significativa a despesa. A avaliação de 316 milhões de euros é “muito acima do Orçamento da Cultura que ronda os 200 milhões”, sublinhou o responsável que assumiu os destinos da Cultura em Portugal entre outubro de 2012 e outubro de 2015, em declarações ao ECO em maio. Se o Estado vier a adquirir as obras, o ex-secretário de Estado admite que “não tem de comprar todas as obras”. “Há que fazer um trabalho crítico” de escolha das obras, em função do valor das mesmas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tecnológicas puxam por Wall Street com investidores de olhos postos na Fed

  • ECO
  • 31 Julho 2019

Bolsas norte-americanas arrancam negociação em tendência de subida. Os resultados e o 'guidance' divulgados pela Apple animam os investidores que, todavia, aguardam com expectativa pela Fed.

As principais praças norte-americanas abriram a valorizar esta quarta-feira, sustentadas pelos números apresentados pela Apple após o último fecho das bolsas, que apesar de evidenciarem alguma quebra, esta não foi tão profunda quanto se chegou a temer à conta da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos — as receitas no mercado chinês recuaram “apenas” 4%, para mais de nove mil milhões de dólares. A fabricante do iPhone iniciou a negociação a subir 4%.

O índice industrial Dow Jones está a valorizar 0,27%, para 27.272,67 pontos e o S&P 500 avança 0,07%, para 3.015,28 pontos. Já a praça tecnológica Nasdaq ganhou 0,21% logo nos primeiros minutos de sessão, para 8.290,80 pontos, corrigindo entretanto para 0,13% e 8.284,01 pontos.

“Os números da Apple centram as atenções dos investidores depois da fabricante do iPhone ter emitido um guidance animador para o atual trimestre”, aponta o comentário à abertura de Wall Street do BCP. “Na agenda de resultados contamos ainda com as reações positivas da General Electric, EA, Amgen, Humana e Mondelez”, destaca ainda a nota assinada por Ramiro Loureiro, analista do Millennium Investment Banking.

Além dos mais recentes resultados empresariais dados a conhecer, também o anúncio de que o setor privado norte-americano criou 156 mil postos de trabalho em julho, seis mil acima do esperado, vai alimentando o otimismo dos investidores que, contudo, terão de esperar pelas 19h portuguesas para confirmar a postura que a Fed irá tomar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santander Totta estima impacto de 100 milhões com redução dos juros do BCE

Manuel Preto, administrador financeiro, referiu que por cada 10 pontos base de redução nas Euribor, o impacto será de 25 milhões.

É um dos quatro “furacões” que Pedro Castro e Almeida elencou na apresentação dos resultados semestrais: o Banco Central Europeu (BCE). Vem aí uma descida dos juros de referência na Zona Euro, como sinalizou Mario Draghi, e isso vai ter impacto nas contas do Santander Totta. Quanto? 100 milhões de euros, referiu o administrador financeiro do banco, Manuel Preto.

“O impacto em 2019 é o que é. Mas, para se ter uma uma ideia, cada dez basis points mais negativa na Euribor tem um impacto de 25 milhões ou 30 milhões na margem financeira. Isto para um banco desta dimensão terá um impacto de 100 milhões de euros“, explicou o responsável.

Castro e Almeida explicou mais tarde como esta situação impactará nos resultados da instituição. “Se temos uma carteira de crédito à habitação de 19 mil milhões de euros, o facto de a Euribor passar de 0% para 0,4% quer dizer que vamos receber menos -0,4%. A expectativa era que a um ano que íamos ter a Euribor a zero. (…) Da forma como estava a curva, ficava a sensação de que íamos aumentar os resultados em 100 milhões. As taxas de juro, infelizmente, não vai sair do terreno negativo até 2024″, disse o CEO do Totta.

Para Castro e Almeida, “nos últimos três meses houve uma série de acontecimentos que nos próximos três anos vão condicionar muito”, referindo-se ao facto de o BCE se estar a preparar para uma nova ronda de estímulos, que passa também pelo corte dos juros.

“Quando fazemos um plano a três anos, como fizemos aqui no banco, quando víamos a taxa Euribor a 12 meses em terreno positivo no final de 2019, e ainda mais positivas em 2020 e 2021, agora só teremos isso lá para 2024. Isto condicionará muito a atividade dos bancos”, frisou Castro e Almeida.

Os outros furacões elencados por Castro e Almeida são o abrandamento da economia, a maior regulação e maior concorrência, sobretudo das fintech na área de pagamentos.

O Santander Totta apresentou uma subida de 5% do lucro para 276 milhões de euros, com a margem financeira a evidenciar uma queda de 3,4.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucro do BBVA recua 3,7% no 1.º semestre para 2.442 milhões de euros

  • Lusa
  • 31 Julho 2019

O BBVA justifica este resultado com uma maior deterioração dos ativos financeiros, devido ao aumento das provisões nos Estados Unidos, México e na Turquia.

O lucro do BBVA caiu 3,7% no primeiro semestre deste ano, para 2.442 milhões de euros, em relação a igual período do ano passado, avançou esta quarta-feira o banco espanhol.

Em comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), o banco explicou que este resultado líquido foi condicionado pela maior deterioração dos ativos financeiros, devido ao aumento das provisões nos Estados Unidos, México e na Turquia, especialmente no primeiro trimestre do ano.

Contudo, o presidente executivo do banco, Onur Genc, considerou “excelentes” os resultados alcançados no segundo trimestre do ano, período em que o lucro foi de 1.278 milhões de euros.

Entre abril e junho deste ano, o lucro do BBVA cresceu 2,6% em termos homólogos, incluindo o encaixe da venda do BBVA Chile, que foi alienado em julho de 2018. No caso de não ser contabilizado este resultado extraordinária, o lucro teria registado uma subida de 6% no segundo trimestre do ano, face a idêntico período anterior.

O BBVA fechou o mês de junho com um rácio de capital CET1 de 11,52%, alcançando assim o seu objetivo para este período do ano, que apontava para uma percentagem entre 11,5% e 12%, salientou o banco espanhol.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Libra pode nunca vir a ser lançada, admite Facebook

As barreiras que a moeda digital do Facebook enfrenta, nomeadamente de regulação ou a imprevisibilidade do mercado, podem ditar o fim da Libra.

Depois de várias dúvidas e críticas, por exemplo por parte do Congresso e da Reserva Federal norte-americana, a nova criptomoeda do Facebook, a Libra, poderá não chegar a ser lançada. A rede social fundada por Mark Zuckerberg admitiu que as questões regulatórias podem ser uma barreira impossível de ultrapassar.

Todos os elementos que causam insegurança no desenvolvimento desta moeda digital, nomeadamente as leis e regulações, fazem com que não existam “garantias de que a Libra ou produtos e serviços associados sejam disponibilizados em tempo oportuno, ou sejam sequer lançados”, admite o Facebook, no relatório trimestral enviado à Securities and Exchange Commission, citado pela Coindesk (acesso livre/conteúdo em inglês).

Para além das questões regulatórias, o Facebook pondera também a incerteza relativamente à reação dos mercados, bem como a falta de experiência da empresa com moedas digitais ou tecnologia blockchain. Estes aspetos podem “afetar de maneira adversa a nossa capacidade de desenvolver e comercializar com sucesso estes produtos e serviços”, assume a rede social.

Os custos da participação na Libra Association, da qual faz também parte a portuguesa Farfetch, são ainda outra preocupação do Facebook, já que “o investimento pode não ser bem-sucedido”. O lançamento da Libra está previsto para o primeiro trimestre do próximo ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Infraestruturas de Portugal investe três milhões de euros na Linha da Beira Baixa

  • Lusa
  • 31 Julho 2019

A intervenção de reabilitação na Linha da Beira Baixa vai ocorrer entre Abrantes e Vila Velha de Ródão.

A Infraestruturas de Portugal (IP) anunciou esta quarta-feira que vai iniciar uma intervenção de reabilitação de via em cinco troços da Linha da Beira Baixa, obra que envolve um investimento global de três milhões de euros.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a IP explica que a intervenção de reabilitação nos cinco troços da Linha da Beira Baixa vai ocorrer entre o quilómetro 13,195, em Abrantes, no distrito de Santarém, e o quilómetro 53,422, em Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco.

Trata-se de uma empreitada de beneficiação que envolve um investimento global de cerca de três milhões de euros, sendo que 1,4 milhões de euros correspondem ao valor de adjudicação da empreitada e 1,5 milhões de euros dizem respeito ao custo associado aos materiais a serem aplicados e que serão fornecidos pela própria IP.

“Esta intervenção tem como principais objetivos o reforço dos níveis de segurança, qualidade e disponibilidade da infraestrutura, beneficiando as condições de conforto e comodidade para os utilizadores da Linha da Beira Baixa”, lê-se na nota.

A IP explica que a obra inclui a substituição de carril em barra curta por carril em barra longa soldada e de travessas de madeira especiais nas pontes da Foz da Figueira e da Foz do Açúcar, localizadas em Fratel, no concelho de Vila Velha de Ródão.

Vai ainda ser beneficiado o sistema de drenagem em toda a extensão do troço e ser feito o desguarnecimento, reposição do balastro e ataque mecânico pesado. O prazo de execução da obra é de 120 dias e os trabalhos vão decorrer em período noturno, para “minimizar os impactos na circulação ferroviária”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Agentes de execução estão no CCB para arrestar obras de arte de Berardo

O Tribunal decretou o arresto da coleção de quadros e obras de arte de Joe Berardo na segunda-feira. Agentes de execução estão no museu a fazer um levantamento.

O Museu Berardo tem esta quarta-feira visitantes diferentes do habitual. Agentes de execução estão a levar a cabo as diligências necessárias para dar seguimento à decisão do Tribunal que, segunda-feira, decretou o arresto da coleção de quadros e obras de arte de Joe Berardo.

A informação foi avançada pelo Jornal Económico e confirmada pelo ECO. Mas fonte oficial do empresário madeirense diz que este continua a não receber qualquer notificação do tribunal. “Dos três arrestos anunciados pela comunicação social ainda não recebemos nenhuma notificação do Tribunal”, disse ao ECO fonte oficial, o que impede que Joe Berardo possa exercer o direito ao contraditório.

Em causa está o arresto decretado na sequência de uma providência cautelar interposta pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BCP e o Novo Banco, credores da coleção de arte moderna de José Berardo, o arresto de parte da Quinta Monte Palace Tropical Garden, na sequência de uma providência cautelar movida pela CGD, tal como o ECO avançou, e de duas casas em Lisboa, também propriedade do empresário.

De acordo com o Jornal Económico, que observou no local as diligências em curso, os agentes estão a percorrer e fotografar as 862 obras que estão abrangidas pelo acordo de comodato celebrado entre o Estado português e o empresário madeirense, para depois proceder ao auto do arresto.

O protocolo foi negociado entre o Estado e Berardo para a criação do museu em seu nome no Centro Cultural de Belém (CCB), em 2006, que cedia gratuitamente, por dez anos, as 862 obras – avaliadas, na altura, em 316 milhões de euros pela leiloeira internacional Christie’s.

Contactado pelo ECO, o Ministério da Cultura não faz comentários sobre a questão, remetendo para mais tarde eventuais esclarecimentos.

(Notícia atualizada)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Não sei se vem aí uma crise, mas vamos ter um abrandamento da economia”, diz presidente do Santander Totta

Pedro Castro Almeida apresentou lucros de 276 milhões de euros no semestre, mais 5% face em termos homólogos. Mas antevê dificuldades para toda a banca com BCE, concorrência e abrandamento.

Pedro Castro e Almeida apresentou esta segunda-feira uma subida dos lucros, mas o CEO do Santander Totta não foi de grandes sorrisos na apresentação dos resultados. “Não sei se vem aí uma crise, mas, olhando para os próximos três anos, vamos ter um abrandamento vamos ter de certeza. É normal que vá ser uma condicionante” para os bancos, referiu. Mas os fatores de pressão para a banca não ficam por aqui.

O Santander Totta viu os lucros subirem 5% para 276 milhões de euros entre janeiro e junho, com o resultado a ser impulsionado pelo aumento do produto bancário e por resultados com operações de dívida (deu um rendimento de 100 milhões).

Ainda assim, a banca europeia vive tempos desafiantes, considerou Castro e Almeida. “Como vemos o futuro em termos da banca europeia? Vamos ter quatro tendências que vão condicionar o desempenho dos bancos”, começou por dizer o CEO do Santander Totta.

“Primeira tendência, a macroeconomia. Vivemos há mais de seis anos em crescimento, não sei se vem aí uma crise, mas vamos ter um abrandamento. É normal que vá ser uma condicionante“, referiu.

“A segunda será a regulação, o que já saiu e o que está para sair, nomeadamente aquilo que a vice-governadora chamou de sopa de letras, em termos de rácios de capital. Depois a concorrência, os outros players nomeadamente na área de pagamentos. E por fim, a componente de taxas de juro. Apesar de todo o esforço que possa ser feito, o ambiente de taxas de juro condiciona muito a atividade dos bancos”, disse.

" Vivemos há mais de seis anos em crescimento, não sei se vem aí uma crise, mas vamos ter um abrandamento. É normal que vá ser uma condicionante.”

Pedro Castro e Almeida

CEO do Santander Totta

Foi sobre este último ponto que Pedro Castro e Almeida mais aflorou. “Nos últimos três meses houve uma série de acontecimentos que nos próximos três anos vão condicionar muito. (…) Quando fazemos um plano a três anos, naturalmente temos uma expectativa de conta de resultados que é completamente diferente do cenário que temos hoje. Quando víamos a taxa Euribor a 12 meses em terreno positivo no final de 2019, e ainda mais positivas em 2020 e 2021, agora só teremos isso lá para 2024. Isto condicionará muito a atividade dos bancos”, explicou Castro e Almeida.

“O nosso mandato é preparar o banco para os tempos que aí vêm”, referiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Candidatura de trabalho rejeitada? Saiba como tirar proveito de um “não”

  • Ricardo Vieira
  • 31 Julho 2019

Segundo a consultora Robert Walters, há várias formas de tirar partido de um "não" para um novo trabalho ou cargo. Siga as dicas para tirar deste "fracasso" as melhores aprendizagens.

A procura exaustiva por emprego implica, muitas vezes, investir tempo a atualizar o currículo, a escrever uma carta de apresentação e a conhecer bem a empresa. A esse tempo investido pode juntar-se ainda um processo de recrutamento demorado que, por vezes, se prolongam no tempo e implica sempre muito investimento pessoal.

E se, passadas todas as fases de seleção o cargo vai para outra pessoa? Segundo a consultora Robert Walters, há formas de beneficiar de um “não”.

  1. Peça feedback
    O mais importante é ter uma escuta ativa do feedback da sua entrevista. “A autoanálise nestes casos não é suficiente, pois uma pessoa sozinha não consegue entender todas as razões pelas quais não era a pessoa certa para um determinado posto”, explica a Robert Walters.
    Tentar obter feedback junto do consultor de recrutamento ou, no caso de não existir, junto da empresa contratante. São estas informações — que deve tentar que não sejam superficiais — que vão ajudá-lo a melhorar em futuras candidaturas.
  2. Reflita
    Depois de receber o feedback e ter aceitado a decisão, pergunte-se: “O que lhe parece que correu bem? O que poderia ter feito de forma diferente? Deveria ter preparado uma apresentação mais completa? Deveria ou poderia ter trabalhado mais para criar empatia com o entrevistador? Focou-se demasiado em competências técnicas, não conseguindo por isso demonstrar todas as suas soft skills? Houve algumas perguntas que poderia ter respondido melhor?”
  3. Aprenda e desenvolva-se pessoalmente
    Os requisitos que faltam recorrentemente na sua candidatura, provavelmente, podem ser trabalhados. “Utilize-os como foco para lidar com a preparação da próxima entrevista que tiver”.
  4. Seja realista
    Não ter conseguido o emprego pode dever-se a algo que não pode controlar e que não se consegue mudar de um dia para o outro. “Por exemplo, se o entrevistador prefere alguém com experiência extensiva de gestão de clientes (que não é o seu caso), ou se procura alguém que fale a língua local (você não fala, ou não tão bem), entre outros requisitos que não encaixam com o seu perfil no momento, então é melhor pensar que a chave para o seu plano é focar-se nas coisas que pode, realisticamente, mudar”.
  5. Verifique a pesquisa
    A procura de ofertas de trabalho pode não estar ajustada ao seu perfil. “Não estará por acaso a procurar com palavras-chave que não correspondem exatamente às suas ambições e aspirações de carreira? Ou será que a descrição da oferta que acompanhava o título da posição não correspondia às suas expectativas? A entrevista fê-lo perceber que aquele não era bem o tipo de emprego para si?”, questiona a consultora.
  6. Crie resiliência
    É essencial ver cada fracasso como uma oportunidade para crescer. Além disso, desenvolver uma mentalidade resiliente e adaptável é essencial para o sucesso a longo prazo. “Assim, mantenha-se construtivo e procure fazer tudo o que puder para aprender com a experiência, mesmo que negativa, de forma a ficar pronto para a próxima oportunidade”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundo 200M passa a equiparar investidores nacionais a estrangeiros

Coinvestimento passa a admitir investidores que tenham já sido beneficiados com financiamentos europeus ou outros de caráter público.

O Governo decidiu passar a equiparar os investidores portugueses aos estrangeiros no âmbito do Fundo 200M. O ajuste faz parte de uma adenda à redação que regulamenta os termos do 200M, fundo gerido pela PME investimentos e criado para fomentar o coinvestimento de investidores privados nacionais e internacionais que podem, assim, dividir o risco do investimento com o Estado.

De acordo com o decreto-lei publicado esta quarta-feira em Diário da República, “as operações a realizar pelo Fundo devem ser realizadas com outro investimento de capital ou quase capital a executar por operadores, designados como coinvestidores (…) ou corresponder a outras entidades ou pessoas singulares que possam participar no capital de empresas em Portugal e já tenham realizado operações semelhantes às previstas no referido regime jurídico”.

Além disso, diz o mesmo decreto-lei, os investidores podem “recorrer a outros instrumentos de natureza pública ou que tenham beneficiado de financiamentos de origem em Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) para investir em parceria com o Fundo, o Fundo deve assegurar o cumprimento de todas as normas nacionais e europeias, nomeadamente as que impliquem limites de acumulação de auxílios de estado ou limites de comparticipação dos FEEI”, adianta ainda a alteração.

O decreto-lei original previa que o “coinvestidor não pode recorrer a outros instrumentos de natureza pública ou que tenham beneficiado de financiamento com origem em Fundos Europeus Estruturais e de Investimento para investir em parceria com o Fundo”, facto que estaria a impedir a realização de consórcios e investimentos, dificultando o processo das rondas de investimento.

A mudança prevê ainda um novo membro constituinte do conselho geral, designando — sob proposta da entidade gestora — além de um revisor oficial de contas anteriormente previsto, um auditor.

Criado a 6 de outubro de 2017, o Fundo pretendia reforçar a oferta de instrumentos financeiros com o objetivo de “realizar operações de investimento de capital e quase capital em Pequenas e Médias empresas (PME)”. A primeira operação foi anunciada mais de dois anos depois: o Fundo 200M coinvestiu na Biosurfit, que desenvolve testes de diagnóstico in vitro, em parceria com a sueca Boule.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.