O cinema Quarteto virou cowork. Conheça o espaço

Aquele que foi, em tempos, um dos cinemas mais icónicos da cidade, transformou-se em espaço de cowork. O Places abriu portas no centro da cidade e está aberto, gratuitamente, para experiências.

O número 16 da rua Flores de Lima ganhou nova vida com a abertura do Places, novo espaço de cowork no centro de Lisboa e que ocupa o edifício do cinema Quarteto, em tempos um dos mais icónicos da cidade.

O espaço quer ser “uma plataforma dinâmica que privilegia a criatividade e o crescimento dos seus membros, incentivando o espírito de comunidade e não esquecendo o apoio familiar” — explica André Cardoso, cofundador do espaço, em comunicado. E isso sente-se nos três pisos do edifício, com capacidade para 140 pessoas.

O cowork destina-se a startups, PME, profissionais liberais e freelancers e conta com espaços fechados de escritório, open space e várias zonas lounge. O Places tem ainda um rooftop de 200 metros quadrados onde também é possível trabalhar.

Com o slogan “More than Work” [mais do que trabalho], o espaço do Places é um projeto encabeçado por André Cardoso e Mariana Gil, frequentadores do cinema durante dez anos. “O edifício foi escolhido devido à sua excelente localização e por ter características únicas. Era um edifício independente, apresentava ótimas condições de acesso, e os terraços, interiores e exteriores, ofereciam a possibilidade de diversificar e transformar os espaços existentes em call rooms, phoneboots, zonas lounge e terraços”, afirma André Cardoso.

Aberto entre as 8h e as 24h, o terraço do edifício do antigo Cinema Quarteto quer, além de ser espaço de trabalho, organizar sardinhadas, churrascos e concertos para todos os membros do cowork, referem os fundadores. “Graças ao nosso percurso profissional temos a possibilidade de fazer algo diferente daquilo que já existe no mercado dos coworks e de oferecer serviços que sabemos serem importantíssimos para as pessoas”, explica Mariana Gil.

Para dar a conhecer o espaço, os fundadores abrem a casa a quem queira visitar e experimentar o cowork. Até 15 de julho decorre a campanha de portas abertas, que convida eventuais interessados em trabalhar num espaço de cowork a experimentar uma semana inteira de Places, sem qualquer custo. Para fazer a inscrição basta enviar um email para o endereço [email protected], deixando o nome e os contactos, assim como a indicação dos dias que se pretende frequentar.

O novo espaço conta ainda com um preçário fixo e vários planos disponíveis cujos preços vão desde os 60 euros/mês (plano virtual) aos 200 euros/mês (plano fix, que inclui local de trabalho fixo, com uma secretária, cadeira e bloco gavetas, e outras regalias).

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Wall Street avança com investidores de olhos postos nas negociações entre Washington e Pequim

Os investidores norte-americanos estão a aguardar a reunião entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, que acontecerá no final desta semana. A expectativa é que haja "progressos".

As bolsas norte-americanas iniciaram a primeira sessão da semana em terreno verde, com os investidores otimistas em relação às negociações comerciais entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China. O Nasdaq é o índice que, a esta altura, regista a maior valorização.

Depois de, na semana passada, os três índices terem registado um saldo positivo, a semana começa com a manutenção da mesma tendência. O S&P está a valorizar 0,23%, enquanto o industrial Dow Jones sobe 0,26% e o tecnológico Nasdaq avança 0,31%.

Nas empresas tecnológicas, destaque para a Apple, que avança 0,55% para 199,88 dólares, e para a Amazon, que sobe 0,19% para 1.915,00 dólares. Também a Tesla está a valorizar 0,79% para 223,61 dólares.

A ditar os ganhos nas bolsas norte-americanas estão, sobretudo, as expectativas dos investidores. No foco das atenções estão as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China e o clima é de otimismo. Os investidores estão à espera da reunião entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, que acontecerá no final desta semana.

Esta manhã, uma fonte do Governo chinês disse que Xi Jinping vai exigir respeito mútuo ao homólogo norte-americano, quando debaterem a guerra comercial durante a cimeira do G20. O vice-ministro chinês do Comércio, Wang Shouwen, confirmou, em conferência de imprensa, que as delegações de Pequim e Washington estão em contacto, visando preparar o encontro entre os dois líderes.

“É ótimo que eles estejam sentados à mesa para uma reunião. Há possibilidade de alguns progressos” disse David Madden, analista da CMC Markets, citado pela agência Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês). Também Mike Pence, vice-presidente dos EUA, já tinha aumentado, num discurso sobre a China na semana passada, o otimismo em relação às negociações comerciais que vão acontecer entre Washington e Pequim na cimeira do G20.

O foco vai estar no que irá acontecer no G20 entre os presidentes Trump e Xi Jinping“, afirmou à Reuters Kurt Brunner, gestor de portefólio do Swathmore Group, acrescentando que qualquer indicação de progresso é positiva para Wall Street.

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Frasquilho: “Estão reunidas condições para que polémica de prémios na TAP não volte a acontecer”

Presidente da administração da TAP realça que presença do Estado no capital da empresa é "salvaguarda" para investidores, razão pela qual se verificou "tanto entusiasmo" pela emissão de obrigações.

Miguel Frasquilho, presidente do conselho de administração da TAP nomeado pelo Estado, assegura que a companhia aérea já criou os mecanismos necessários para se evitar uma nova polémica como as dos prémios milionários pagos a uma pequena percentagem de trabalhadores da empresa sem que os representantes dos contribuintes fossem informados.

“Foi uma situação que não devia ter acontecido, nas circunstâncias em que ocorreu. Estão garantidas as condições para que não volte a acontecer“, assegurou Frasquilho em entrevista à Rádio Renascença, no programa As Três da Manhã.

Em causa estão os prémios que a comissão executiva decidiu atribuir a 180 trabalhadores apesar da TAP ter registado 118 milhões de euros de prejuízos em 2018. Um pagamento que foi aprovado sem que o acionista Estado, dono de 50% da companhia, tivesse sido informado, no que foi visto pela tutela como um “desrespeito dos deveres de colaboração institucional”. Para que não se volte a repetir, os gestores, públicos e privados, concordaram em criar uma nova entidade na estrutura organizativa da transportadora.

“Foi criada uma comissão de Recursos Humanos onde todos esses assuntos serão debatidos de forma antecipada“, explicou Miguel Frasquilho à Renascença, sublinhando mesmo que a polémica até serviu para aproximar os dois acionistas da TAP. “Há também uma relação muito mais próxima hoje entre a comissão executiva e o conselho de administração para que não torne a acontecer aquilo que aconteceu”, garantiu o presidente do CA.

Apesar da proximidade crescente entre as partes reportada por Miguel Frasquilho, certo é que no recente apuramento do resultado da emissão obrigacionista da transportadora aérea, a comissão executiva fez questão de realçar que o sucesso da operação foi um sinal “da segurança dos mercados na competência da equipa TAP”, porque se endividou sem garantia estatal, ao passo que Alberto Souto de Miranda, Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, sublinhou que foi a “presença do Estado” na empresa que aumentou a “confiança do mercado na TAP”. Ideia com que Miguel Frasquilho concorda.

“Deve ser dito: A presença do acionista Estado na empresa também incute confiança no investidores, é uma salvaguarda que permitiu todo este entusiasmo à volta da emissão.” O presidente da Administração realçou também à Renascença que os investidores terão percebido que os maus resultados da empresa em 2018 “não comprometeram o plano estratégico” desenhado para a companhia.

“Encaro com normalidade um regresso aos lucros em 2019”

Miguel Frasquilho mostrou-se confiante face à evolução da operação da TAP ao longo do corrente ano, realçando que a empresa tem vindo a recuperar de um primeiro trimestre mais fraco, como é norma na aviação, “com as vendas para a segunda metade do ano a correr bem”, assegurando que a TAP vai ter “certamente um ano bastante melhor que 2018” e até possivelmente “positivo”.

“Tivemos um resultado positivo em 2017, portanto nesta trajetória que queremos que seja sustentadamente mais positiva ano após ano, a exceção foi 2019, logo encararia com alguma normalidade que 2019 pudesse ver o regresso aos resultados positivos“, rematou.

Já quanto à dispersão em bolsa de parte do capital da TAP, Miguel Frasquilho volta a assumir uma postura mais cautelosa que a manifestada por David Neeleman, acionista privado da TAP, e pelo CEO da companhia, Antonoaldo Neves, que na última semana garantiu que a TAP estará preparada para a entrada em bolsa já no próximo ano.

Frasquilho vem, assim, trazer alguma calma ao objetivo de ir buscar em encaixe em bolsa já no próximo ano. “A dispersão está prevista desde que a reconfiguração acionista foi delineada e a empresa está a ser preparada para esse evento, mas penso que é prematuro avançar com datas. Acontecerá no futuro, não sei se mais ou menos longínquo, mas será seguramente importante para o mercado de capitais português.”

Questionado sobre se tal operação poderia acontecer já em 2020, Frasquilho voltou a sublinhar o caráter prematuro de colocar uma data ao IPO. “É prematuro avançar com datas. A empresa está a fazer o seu caminho, tem um plano de transformação que está a ser virtuoso e que não foi comprometido pelos resultados do ano passado”, apontou.

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Preços das comunicações em Portugal ficaram 19,7% acima da média da UE em 2018

  • Lusa
  • 24 Junho 2019

Em 2018, os preços das telecomunicações em Portugal foram superiores em 19,7% à média da União Europeia, sendo o 9.º Estado-membro com os preços mais elevados.

Os preços das telecomunicações em Portugal, incluindo equipamentos e serviços telefónicos e postais, foram no ano passado superiores em 19,7% à média da União Europeia (UE), sendo o nono Estado-membro com preços mais elevados.

Em causa estão dados divulgados esta segunda-feira pelo gabinete de estatísticas da UE, o Eurostat, relativos ao Índice de Preços ao Consumidor da União por setor, nos quais são destacados os custos em Portugal com as telecomunicações (incluindo telefone, correios e internet). Ainda assim, o país da UE com maiores custos nas telecomunicações foi, no ano passado, a Grécia, enquanto a Polónia registou preços mais baixos.

Já 10,8% acima da média comunitária ficaram, em 2018, os preços com o transporte pessoal em Portugal, incluindo viaturas (carros e motas) e bicicletas, levando o país a ocupar, neste parâmetro, o quinto lugar dos mais caros na UE.

Enquanto os preços da mobília e decoração no país eram, no ano passado, 8% acima da média da UE, os valores do vestuário e calçado superaram em 4,3% a média comunitária. Por seu lado, em 2018, os preços para habitação (incluindo rendas, despesas e manutenção) ficaram 24,5% abaixo da média da UE.

Já os preços dos restaurantes e hotéis em Portugal foram inferiores em 22,2% à média da UE, enquanto os preços com lazer e cultura ficaram 10,4% abaixo da média comunitária. Também mais baratos do que a média da UE se revelaram, em 2018, os preços dos transportes públicos (-9,6%), álcool e tabaco (-7,9%) e ainda da comida (-2,3%), segundo os dados do Eurostat.

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Um quarto das propostas para reforma da saúde ficaram na gaveta nos últimos 25 anos

  • Lusa
  • 24 Junho 2019

Um estudo da Universidade Nova de Lisboa concluiu que, nos últimos 25 anos, 24% das propostas para reforma da saúde "ficaram completamente" por realizar.

Cerca de um quarto das 200 propostas para reformar o sistema de saúde feitas nos últimos 25 anos nunca chegaram a sair do papel, concluiu uma análise da Universidade Nova de Lisboa que é apresentada esta segunda-feira em Lisboa.

A equipa do economista Pedro Pita Barros selecionou e analisou 202 propostas de oito documentos estruturantes para a saúde desde 1995 para verificar que parcela foi executada e o que “ficou na gaveta dos segredos” do Ministério da Saúde. Em termos genéricos, 24% das propostas “ficaram completamente” por realizar, enquanto 26% acabaram por ser completamente aplicadas.

“Juntando as que foram concretizadas totalmente com as que tiveram um elevado grau de concretização temos 42% das medidas com alguma consequência em termos de implementação”, resumiu o investigador Pedro Pita Barros, em entrevista à Lusa.

O economista reconhece que o grau de concretização completa foi maior do que aquele que esperava, enquanto o nível das medidas não aplicadas coincidiu com a expectativa dos investigadores. Neste trabalho, apresentado no âmbito de uma iniciativa da empresa FDC Consulting, não foi avaliado qual dos ministros da Saúde executou mais ou menos medidas.

Até porque, segundo Pita Barros, o que parece ser mais determinante na execução das medidas é o “tempo político” em que foram realizados e não o titular da pasta em si. Aliás, as medidas ou documentos que acabaram por ter maior concretização foram os associados ao período de intervenção da troika, em que “houve pressão externa e verificação da execução das medidas”.

A reforma dos cuidados de saúde primários iniciada em 2005 teve também “um grau de concretização elevado”, não só porque foi elaborada num “tempo de folga orçamental”, mas igualmente porque quem fez as propostas e quem teve a responsabilidade da sua implementação tinha “grande alinhamento de visão, com o apoio político claro do então ministro Correia de Campos”.

Em termos gerais, das áreas analisadas, a do combate ao desperdício ou da eficiência é a que se destaca com mais medidas implementadas, por ser também uma área onde muitas medidas foram sendo apresentadas. Isto não significa, frisa Pita Barros, que as medidas tenham sido eficientes, até porque se foram sendo consecutivamente apresentadas significará que provavelmente as medidas anteriores não terão tido grande efeito.

Houve também alguma concretização na área dos cuidados de saúde primários e na área hospitalar, embora no caso dos hospitais haja mais propostas que acabaram por não ser levados a cabo. Há a área da saúde pública e dos hábitos de vida saudável surge como tendo poucas propostas e “quase sem execução ou aplicação”.

Também a área da saúde mental é referida com frequência em medidas ou propostas, que “depois não têm consequência em termos de aplicação”, segundo a análise da equipa da NOVA School of Business and Economics. Para Pedro Pita Barros, as medidas na área da saúde acabam por funcionar como “um harmónio ao longo do tempo”, sendo por vezes “secundárias, mas mediaticamente mais atrativas”.

Exemplo disso é, para o investigador, o das taxas moderadoras, sendo que ora se vai num sentido, ora se vai noutro, consoante o momento. Além disso, frequentemente as medidas mais mediáticas não são as mais importantes, e também aqui as taxas moderadoras funcionam como exemplo. “Mesmo nos orçamentos das famílias, quando comparado com a comparticipação de medicamentos ou com os gastos em saúde oral, [as taxas] têm menos peso”, considerou.

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“Bloco de Esquerda não manda no parlamento nem manda no país”, diz Carlos César

  • Lusa
  • 24 Junho 2019

Líder parlamentar do PS nega contradições em matéria de moderadoras e invoca o princípio da responsabilidade financeira do Governo.

O líder parlamentar do PS invocou esta segunda-feira o sentido de “responsabilidade financeira” e a rejeição de “aventureirismos” para defender o faseamento do fim das taxas moderadoras e afirmou que o Bloco de Esquerda não manda no país.

Carlos César fez estas declarações após ter visitado a Avisacal, empresa exportadora do setor alimentar instalada em São Pedro do Sul, distrito de Viseu, no âmbito de uma deslocação integrada nas Jornadas Parlamentares do PS, que decorrem até terça-feira.

Questionado sobre se houve uma reviravolta política do PS, que agora pretende fasear ao longo da próxima legislatura as isenções no pagamento de taxas moderadoras, Carlos César negou contradições nesta matéria, invocou o princípio da responsabilidade financeira do Governo e respondeu diretamente, usando palavras duras, às críticas que têm sido feitas pelo Bloco de Esquerda.

“Aceitamos uma acusação: O PS atua com sentido de responsabilidade, com conta peso e medida nas opções a tomar. Se nós fossemos sempre atrás do estilo de aventura de que tudo é fácil, tudo é barato e tudo pode ser feito – argumentos que o Bloco de Esquerda, em especial, mas também alguns dos nossos parceiros alimentam frequentemente -, teríamos um país com uma mão à frente e outra atrás de novo. Voltaríamos ao tempo da bancarrota. Mas com o PS isso não volta a acontecer“, reagiu o presidente do Grupo Parlamentar do PS.

Interrogado sobre a ideia transmitida pelo Bloco de Esquerda de que grande parte das taxas moderadoras devem acabar já em janeiro de 2020, o líder da bancada socialista declarou: “O Bloco de Esquerda não manda na Assembleia da República, nem manda no país”.

Segundo o líder da bancada socialista, até agora, “foi aprovada uma legislação tendente a acabar com as taxas moderadoras”.

“No debate parlamentar [do diploma do Bloco de Esquerda], o PS disse que esse princípio é aceitável em nome da melhoria da acessibilidade das pessoas ao sistema de saúde, mas tem de ser feito com gradualidade. Isso foi dito explicitamente no debate“, insistiu Carlos César.

Ou seja, de acordo com o presidente do Grupo Parlamentar do PS, o diploma do Bloco de Esquerda sobre taxas moderadoras foi apenas aprovado na generalidade, tendo agora de ser discutido e alterado em sede de especialidade.

“Nas comissões, verificaremos que intensidade no tempo deve ser dada a essa medida [para o fim das taxas moderadoras]. Aquilo que vai resultar do debate é a maioria que for constituída para esse feito“, advertiu.

Carlos César defendeu depois que o atual Governo é já responsável “por uma diminuição em 25% das taxas moderadoras” face aos valores praticados em 2015.

“Entendemos que é importante prosseguir na diminuição das taxas moderadoras, de forma naturalmente faseada, tal como dissemos no debate parlamentar que ocorreu. Como tal, não aceitamos acusações de que o PS está a recuar em matérias como esta”, afirmou o líder da bancada socialista.

Perante os jornalistas, Carlos César defendeu que a prioridade do PS “é a recuperação social”, designadamente no apoio às famílias, “ativação da economia, mas, tendo como base, uma política de finanças públicas saudável”.

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Centeno explica excedente orçamental com aceleração da economia. Taxas dos impostos desceram

Aumento de quase 1.200 milhões de euros da receita permitiu primeiro excedente orçamental. Centeno diz que só a aceleração da economia explica este aumento, até porque impostos desceram.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, justificou esta segunda-feira que o aumento de receita com impostos e contribuições que explica o excedente orçamental de 0,4% conseguido no primeiro trimestre do ano acontece devido à aceleração da economia, defendendo que estes aumentos acontecem com as taxas dos principais impostos a descer.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística, Portugal conseguiu o seu primeiro excedente orçamental no primeiro trimestre do ano desde 1999, primeiro ano de que há dados. Para Mário Centeno, “apenas um fator explica este comportamento, esse fator é precisamente a dinâmica da economia e do mercado de trabalho em Portugal”.

O ministro das Finanças disse que este aumento das receitas, quase 1.200 milhões de euro face ao primeiro trimestre de 2018, acontece “num ano em que todas as taxas dos principais impostos, variadíssimas taxas destes impostos foram reduzidas” e que é “neste contexto que a receita fiscal aumenta de forma expressiva”.

"Apenas um fator explica este comportamento, esse fator é precisamente a dinâmica da economia e do mercado de trabalho em Portugal.”

Mário Centeno

Ministro das Finanças

Este aumento acontece também num contexto de aumento de salários, com o ministro a sublinhar que também as receitas com contribuições para a Segurança Social estão a aumentar de forma expressiva.

Mas Mário Centeno não quis deixar de referir uma mensagem que tem tentado passar sucessivamente. Este resultado orçamental acontece com um reforço dos gastos do Estado, em especial em setores fundamentais como é o caso da saúde e da educação, dizendo que os gastos na saúde em particular aumentaram 1.600 milhões de euros, em comparação com a estimativa para o final deste ano, desde que este Governo entrou em funções.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

As administrações públicas tiveram um excedente orçamental no primeiro semestre do ano de 0,4% do PIB do primeiro trimestre, a primeira vez que acontece num primeiro trimestre desde pelo menos 1991.

O recuo ligeiro (de 0,1 pontos percentuais), associado a uma capacidade de financiamento mais baixa, segue-se a um aumento expressivo no trimestre anterior.

Os trabalhadores independentes que falharem a entrega da declaração trimestral não vão ser alvo de coimas, pelo menos, por agora. Isto devido à novidade do regime, explicou ao ECO Cláudia Joaquim.

A prova escolar para pedir o abono de família, bolsa de estudo e prestações por morte vai passar a ser automática. A primeira fase começa em setembro e abrange os alunos do ensino básico e secundário.

A bitcoin ultrapassou a fasquia dos 11.000 dólares, numa altura em que as restantes criptomoedas registam perdas. O preço de uma bitcoin já não era tão alto desde março de 2018.

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Procura-se humano com experiência em felicidade

  • Ricardo Vieira
  • 24 Junho 2019

Happiness manager é responsável pelas iniciativas de bem-estar em felicidade e de responsabilidade social. Aubay procura alguém com soft skills acima da média.

Há quase dois anos a Aubay, consultora de tecnologia, criou a posição de ‘happiness manager’, um cargo ocupado por alguém que ficaria responsável pela felicidade da equipa. Está à altura do desafio? Pois bem, a empresa acaba de lançar uma campanha de recrutamento para a posição.

“Precisamos de alguém extremamente criativo, dinâmico, divertido, extrovertido, empático e com quem as pessoas gostem de estar e de conversar. Quando alguém fala com o happiness manager deve ficar a sentir-se melhor do que o que estava antes de o fazer, ou seja, tem de ser alguém com soft skills acima da média. Ao contrário do que acontece em outras empresas, a Aubay não procura um office & happiness manager, que está habitualmente mais focado em ações e iniciativas no escritório para estimular um bom ambiente de trabalho, procuramos algo mais amplo. Procuramos uma pessoa capaz de chegar até aos colegas, estejam eles no escritório ou fora dele. (…) temos profissionais espalhados por várias geografias a trabalhar nas instalações de clientes, sendo fundamental que essas pessoas nunca deixem de se sentir parte integrante da Aubay. Para tal, é fundamental que consigamos chegar até todos eles de diferentes formas e a figura de happiness manager é uma ferramenta imprescindível para esse objetivo”, refere João Miguel Rodrigues, head of talent development & employer branding da Aubay, a propósito da importância da felicidade dentro da organização.

A figura do happiness manager foi essencial para que, internamente, a mensagem de que há uma preocupação com o bem-estar das pessoas fosse reforçada, como explica João, que compara esta função ao departamento de qualidade de qualquer indústria: “Para garantir a qualidade de um produto foram criados departamentos de qualidade, por forma a quem está envolvido no processo nunca se esquecer que existem padrões que devem ser garantidos, caso contrário o departamento de qualidade vai intervir e o produto não passará para o cliente. Na Aubay, é exatamente isso que procuramos, se houver num processo de relação interpessoal algo que não siga o padrão que acreditamos ser o ideal, temos uma pessoa a quem recorrer, que pode intervir e tentar garantir que todos os processos são humanizados e que se procura estabelecer os níveis desejáveis de felicidade de todas as partes”.

Em 2017, Fábio Pina, que foi selecionado para este desafio, desempenhava também tarefas de comunicação e marketing, algo que a consultora quer alterar. “A nossa aposta é que evolua agora para algo totalmente exclusivo e focado na felicidade e bem-estar dos nossos colaboradores. Queremos que a função seja cada vez mais visível internamente e que chegue a todos sem exceção”, explica o responsável pela área de desenvolvimento de talento e da marca.

O happiness manager tem, nas palavras de João Miguel Rodrigues, “uma componente estratégica forte”. Tem de criar conceitos para se aproximar das pessoas que vão além dos eventos corporativos (anualmente Aubay organiza 12 festas e dezenas de teambuildings, além dos almoços semanais que reúnem perto de 250 colaboradores em Lisboa e 80 colaboradores no Porto). Além das iniciativas de bem-estar em felicidade e de responsabilidade social, esta pessoa é uma espécie de “relações públicas e embaixador da cultura Aubay”. “Tem também várias tarefas de cariz mais operacional, como telefonar aos colaboradores nos dias de aniversário, encomendar presentes para o nascimento de filhos dos colaboradores, comprar presentes para colaboradores que estejam doentes, assinalar o dia de aniversário na empresa, participar das sessões de boas-vindas a novos consultores, visitar colaboradores que estejam fora do escritório em projetos em cliente, entre muitas outras tarefas que visam acima de tudo ser alguém próximo de todos”.

Agência UNA é responsável pela campanha “Procuramos Humano com Experiência em Felicidade”

O bem-estar é, cada vez mais, uma exigência dos colaboradores e uma preocupação das empresas. Talvez por isso, no universo de 800 colaboradores, a figura do happiness manager tenha ganho rapidamente importância. “Quando a função foi criada, ou até mesmo quando os novos colaboradores ouvem falar da função, ficam algo curiosos e desconfiados, mas depois quando têm oportunidade de conhecer a pessoa e de ver o seu trabalho, normalmente reconhecem valor e percebem o que a empresa pretende com a sua existência. O que mais valorizam habitualmente é a forma como o happiness manager as trata, as acolhe, o facto de as tratar pelo nome ou até mesmo pela alcunha, como muitas vezes sabe o nome dos filhos, como sabe os seus hobbies, como os faz sentir especiais e parte da família”.

A felicidade organizacional é de facto uma aposta estratégica da Aubay e que procura contribuir para o engagement e para a atração e retenção de talento, que são dois desafios tremendos no nosso setor em particular. Não é só por isso que apostamos nesta cultura, pois é algo que faz parte do nosso ADN e que nos acompanha desde 2007, data em que arrancamos a nossa operação em Portugal. Em 2017, apenas decidimos materializar esta ideia e apostar de forma declarada em ter uma pessoa que funcione como embaixador da cultura”, acrescenta.

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Oposição francesa une-se para convocar referendo à privatização dos aeroportos

Macron quer avançar com maior vaga de privatizações em França em mais de uma década. Mas a oposição, da esquerda à direita, está contra venda e procura realizar primeiro referendo a uma privatização.

A oposição francesa pôs de lado as diferenças ideológicas e uniu-se para travar a nova vaga de privatizações que Emmanuel Macron procura levar a cabo e que colocará novo conjunto de ativos estratégicos em mãos privadas.

Entre os bens dos contribuintes que Macron procura entregar ao setor privado, encontra-se a fatia de 50,6% do capital do grupo Aéroports de Paris (AdP), dona dos aeroportos Paris-Charles de Gaulle, Paris-Orly e Paris-Le Bourget e de outras 11 destas infraestruturas em França. Mas o futuro desta privatização deverá ficar nas mãos dos eleitores franceses, que deverão ser chamados pela primeira vez a decidir diretamente uma venda do Estado.

A intenção de entregar os aeroportos franceses a privados foi o ponto do plano de privatizações de Macron que “provocou” a conciliação de interesses na oposição política francesa, com os vários partidos, à exceção da Frente Nacional de Le Pen, a unir esforços para solicitar ao Tribunal Constitucional o direito de sujeitar a privatização a um referendo popular, com sucesso — aproveitando um mecanismo legal criado por Nicolas Sarkozy em 2008 para permitir a convocação de referendos populares.

Para a oposição francesa, há duas questões essenciais nesta operação: por um lado, acusam a nova vaga de privatizações desenhada pelo governo francês de significar a venda dos últimos anéis nos dedos do Estado e, por outro, apontam para os recentes resultados das privatizações de aeroportos na Europa, que levaram a serviços piores e mais caros para companhias aéreas e passageiros.

“Muitos aeroportos principais continuam em mãos públicas. Uma exceção óbvia é Heathrow, e hoje os britânicos arrependem-se de ter privatizado Heathrow”, referiu Gilles Carrez, deputado francês dos Republicanos, ex-UMP, de Sarkozy, citado pelo The Guardian.

Mas a aprovação por parte do Constitucional não é mais do que um pequeno passo para conseguir levar o tema até às urnas. A alteração legislativa aprovada por Sarkozy há pouco mais de dez anos prevê que para o referendo avançar os seus proponentes precisam de recolher as assinaturas de pelo menos 10% do eleitorado francês num prazo de nove meses desde o pedido ao Constitucional. Falamos de 4,7 milhões de subscritores, ou seja, 17 mil assinaturas por dia.

Os vários partidos da oposição encontram-se assim numa corrida contra o relógio, reconhecendo que apesar da dimensão da tarefa, não será impossível conseguir todas as assinaturas a tempo. Nesse sentido, várias organizações partidárias, mas também sindicatos, estão a promover vários encontros com os seus representados para explicar o referendo e recolher subscritores.

O primeiro destes encontros realizou-se na última semana, tendo permitido a recolha de mais de 20 mil assinaturas, segundo escreve o diário britânico, que acrescenta uma curiosa nota de reportagem, ao salientar as “cenas inusitadas” que se viveram no referido encontro em Saint-Denis, com “sindicalistas e comunistas a acenarem bandeiras e a aplaudirem políticos de direita de que noutra qualquer ocasião teriam escarnecido”.

Os proveitos potenciais da venda da AdP foram calculados pelo executivo de Macron em perto de sete mil milhões de euros, verba que o presidente francês pretende que seja canalizada para fundos de investimento públicos especializados em startups e no setor da tecnologia, além de aplicar parte na gestão da dívida pública do país. Além do grupo AdP, Macron pretende também vender os 23,64% do Estado na Engie, de gás e eletricidade, e na Lotaria Nacional.

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Vai de férias? Amazon quer vigiar a sua casa com drones

  • ECO
  • 24 Junho 2019

A Amazon patenteou um sistema que usa drones para vigiar as casas dos clientes a pedido. Uma solução algo excêntrica para manter a casa "debaixo de olho" durante as férias.

São cada vez mais os que se queixam da vigilância massiva levada a cabo pelas grandes tecnológicas norte-americanas. Mas… e se essa vigilância fosse feita a pedido? É a ideia por detrás da nova patente da Amazon: um drone de vigilância capaz de passar pela sua casa sempre que quiser. E uma alternativa um tanto excêntrica para manter a sua propriedade mais segura durante as férias.

A ideia não é mais do que uma patente, pelo que não há qualquer confirmação de que o projeto vai sair do papel. Mas mostra o quão sério está a Amazon a pensar na nova era dos drones e da aviação privada. Sabe-se que a empresa quer entregar encomendar em poucas horas com recurso a drones e, agora, parece que também quer “espiar” as nossas casas… desde que tenha a nossa autorização.

Segundo o Business Insider (acesso condicionado), o sistema que foi idealizado pela Amazon permite “proteger” a privacidade das habitações vizinhas. Através da geolocalização, o aparelho é capaz de omitir as habitações e terrenos contíguos, para que não sejam captadas imagens de propriedades privadas sem autorização dos respetivos donos.

Ilustração do sistema desenvolvido pela Amazon.Amazon/United States Patent and Trademark Office

Fonte oficial da Amazon lembrou ao jornal que “as patentes demoram vários anos a serem atribuídas e não refletem necessariamente os produtos” que a empresa pretende lançar ao público. A multinacional reforçou, contudo, que o sistema não foi pensado para vigiar localizações de forma indiscriminada e arbitrária. “A patente mostra claramente que é um serviço opcional disponível para os consumidores que autorizem a monitorização das suas casas”, frisou a mesma fonte.

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Coca-Cola e Mengniu Diary fecham acordo multimilionário com os Jogos Olímpicos

  • ECO
  • 24 Junho 2019

Até 2032, as bebidas não alcoólicas oficiais dos Jogos Olímpicos serão Coca-Cola e... laticínios. As duas empresas fecharam um acordo de patrocínio de três mil milhões de dólares.

Já está presente nos Jogos Olímpicos há mais de cem anos e… quer continuar. A Coca-Cola vai continuar a ser a bebida “não alcoólica” oficial do evento, depois de se ter unido à fabricante de laticínios China Mengniu Diary para fechar um acordo multimilionário com a organização, num valor considerado recorde, diz o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

A Coca-Cola uniu-se à China Mengniu Diary, o segundo maior produtor de laticínios asiático, para, em conjunto, patrocinarem o evento entre 2021 e 2032, período que inclui seis edições de verão e inverno. Juntos, serão parceiros oficiais de “bebida” não alcoólica dos Jogos Olímpicos. O acordo deverá ser anunciado por ambas as empresas esta segunda-feira.

Detalhes sobre o acordo não foram revelados, mas uma fonte próxima do assunto revelou ao FT que este estaria avaliado em “vários milhares de milhões de dólares”. Outra fonte acrescentou que este patrocínio valeria até 1,5 mil milhões de dólares, comparando com os 200 a 205 milhões de dólares que o Comité Olímpico Internacional ganhou em acordos recentes com a Alibaba, a Bridgestone e a Panasonic.

Contudo, a mesma fonte acrescentou que, no total, a parceria está perto dos três mil milhões de dólares (2,64 mil milhões de euros), dado que ambas as empresas se comprometeram com gastos adicionais em comunicação e publicidade. Este é considerado um dos acordos mais caros no mundo do desporto.

“Com a Mengniu, vimos uma oportunidade de expandir o conceito de laticínios na categoria de bebidas”, disse James Quincey, presidente e diretor-executivo da Coca-Cola, citado pelo FT. “Vamos avançar com os nossos próprios planos de marketing, mas teremos todo o gosto em ser parceiros em conjunto com uma empresa de laticínios muito respeitada e que conhecemos muito bem na China”.

A Mengniu encara este acordo com parte de uma estratégia ambiciosa para crescer fora do mercado doméstico. A empresa, com sede em Hohhot, entra assim para uma elite empresarial no grupo de patrocinadores oficiais dos Jogos Olímpicos, que inclui empresas como a fabricante americana de chips Intel, a chinesa Toyota e ainda o Alibaba.

Este acordo entre as duas empresas vai permitir garantir o futuro financeiro do maior evento desportivo do mundo até à próxima década e mostra que, nos Jogos Olímpicos, há cooperação entre as principais empresas chinesas e norte-americanas, numa altura em que as duas maiores economias do mundo atravessam um período de tensões comerciais.

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